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ELEMENTOS DE MAQUINAS EIXOS EIXOS DEFINIÇÃO: Elementos de máquinas utilizados para suportar componentes rotativos e/ou transmitir potência ou movimento rotativo ou axial. Os eixos trabalham em condições extremamente variáveis de carregamento. EIXOS INTRODUÇÃO: Apresentam normalmente forma cilíndrica (existem exceções). Podendo apresentar perfis lisos e compostos, bem como se apresentarem com seções cheias ou vazadas, com grande variedade de tamanhos, consequentemente podendo ser utilizados em diversos campos de aplicação na engenharia. EIXOS INTRODUÇÃO: Normalmente são construídos em materiais metálicos, porém em função de novos materiais ou aplicações específicas, materiais alternativos passaram a ser utilizados. EIXOS INTRODUÇÃO: Exemplo de eixos EIXOS INTRODUÇÃO: Eixos utilizados em diversos equipamentos motrizes e operatrizes EIXOS INTRODUÇÃO: Eixos de transmissão ou simplesmente eixos, são utilizados em praticamente todas as partes de máquinas que possuem algum movimento rotativo para transmitir o movimento de rotação e torque de um ponto ao outro. Unidade Unidade Eixo Geradora Consumidora EIXOS CLASSIFICAÇÃO: Podem ser classificados de duas formas: Eixos propriamente ditos, Eixos-árvore. EIXOS CLASSIFICAÇÃO: Eixos propriamente ditos Sua característica principal é que nesta situação, este elemento trabalha fixo. Ex.: eixos não tracionados de veículo ou equipamento (eixo que sustenta a roda de um carrinho de mão). EIXOS APLICAÇÃO: Eixos que suportam cargas EIXOS CLASSIFICAÇÃO: Eixos-árvore Nesta situação, o elemento está em movimento. Ex.: Eixos que compõem a caixa de transmissão de um veículo, ou um eixo de uma serra circular. EIXOS APLICAÇÃO: Um eixo tipicamente transmite diretamente torque de um dispositivo de comando (motor elétrico ou de combustão interna) através da máquina. Outras vezes, aos eixos, encontramos engrenagens, polias, correntes que transmitem o movimento rotativo para outra unidade. EIXOS APLICAÇÃO: Transmissão direta e indireta através de correia em bombas centrífugas – Cortesia Derrick EIXOS APLICAÇÃO: Eixos encontrados em um diferencial EIXOS APLICAÇÃO: O eixo pode ser parte integral do acionador, tal como um eixo de motor (elétrico ou a combustão), ou pode ser livre conectado a seu vizinho por algum tipo de acoplamento. EIXOS APLICAÇÃO: Exemplo de transmissão direta EIXOS APLICAÇÃO: Transmissão realizada por dispositivos de acoplamento EIXOS APLICAÇÃO: Máquinas de produção automatizada frequentemente possuem eixos em linha que se estendem potência pelo para comprimento da máquina e levam todas as estações de trabalho. Unidade Motora Unidade Consumidora 1 Unidade Consumidora 2 Unidade Consumidora 3 EIXOS APLICAÇÃO: Industria Madeireira – Serrarias Eixos de Serras, Sistemas de Movimentação de Peças e Resíduos EIXOS MONTAGEM: Os eixos são montados sobre apoios (mancais), em duas configurações possíveis: uma configuração biapoiada (montagem em sela) ou em balanço (montagem saliente), dependendo da configuração da máquina. Cada tipo de montagem apresenta seus prós e seus contras. EIXOS MONTAGEM E CONEXÕES : Montagem biapoiada Montagem em balanço EIXOS PERFIL: Às vezes é possível projetar eixos de transmissão úteis que não têm variações do diâmetro de seção ao longo de seu comprimento, mas é mais comum que os eixos tenham um número de degraus ou ressaltos onde o diâmetro mude para acomodar elementos fixados tais como mancais, catracas, engrenagens entre outros. heterogênea, Assim, a forma homogenia ou dependerá dos elementos suportados pelo eixo ou pontos de solicitações. EIXOS PERFIL: Exemplo de eixos EIXOS CONEXÕES E TRAVAMENTO: Chavetas, anéis retentores ou pinos transversais são freqüentemente usados para segurar elementos fixados ao eixo a fim de transmitir o torque requerido ou para prender a parte axialmente. EIXOS MATERIAIS PARA OS EIXOS: Normalmente se utiliza materiais metálicos resistentes na produção de eixos tais como: Aço de baixo ou médio carbono laminados a frio ou a quente: são os mais usuais, devido ao falo de apresentar elevado módulo de elasticidade. Quando utilizados com mancais de deslizamento, devem ser endurecidos superficialmente (total ou parcial); Ferro fundido nodular: empregado principalmente quando há engrenagens ou junções integralmente fundidas ao eixo; Bronze e aço inoxidável: utilizados em ambientes corrosivos ou marítimos EIXOS MATERIAIS PARA OS EIXOS: ABNT DESIGNAÇÃO TENSÃODE RUPTURA(N/mm²) TENSÃODE escoamentoe(N/mm²) Dureza BrinellDB (N/mm²) 1025 ST42,11 50 23 120/140 1035 ST50,11 60 27 140/170 1045 ST60,11 70 30 170/195 1060 ST70,11 85 35 195/240 Aço ABNT- 1020; 1025; 1045; Aço ABNT- 2340 (Cromo Níquel); Aço ABNT- 4143; 4140 (Cromo Molibdênio); Aço ABNT- 6115; 6120; 6140 (Cromo Vanádio); Aço ABNT- 8640; 8660 (Cromo Níquel Molibdênio); Aço ABNT- 51210; 51410 (Aço Inoxidável). EIXOS MATERIAIS PARA OS EIXOS: EIXOS CONSTRUÇÃO DE EIXOS: Torneamento a partir de barras Trefiladas: até 60 mm Laminadas: de 60 mm a 150 mm Forjadas: acima de 150 mm Fundição Extrusão EIXOS CONSTRUÇÃO DE EIXOS: Os eixos de um modo geral, que em função do dimensionamento possuírem diâmetro de menor do que 150mm, podem ser construídos através de processos como torneamento ou trefilação a frio. Em casos mais específicos, estes podem ser produzidos por métodos de fundição e posterior retificação por meio de usinagem. EIXOS CONSTRUÇÃO DE EIXOS: Podem ser utilizados tratamentostérmicos e revestimentos para aumentar aresistência ao desgaste. Reparação de partes danificadas podem ser realizadas a partir de processos de eletrodeposição e posterior retífica. EIXOS CONSTRUÇÃO DE EIXOS: e dimensionamento dos eixos é complexo. Isto acontece porque, O estudo relativamente normalmente há uma grande solicitações que este elemento quantidade de pode sofrer. Por exemplo, torções, flexões, esforços cortantes e esforços normais. Não há de forma contundente uma única rotina que pode ser empregada para tal trabalho. Mesmo assim algumas serão propostas, porem um bom conhecimento na área de Mecânica (estática e dinâmica) e Resistência dos Materiais é indispensável. EIXOS CONSTRUÇÃO DE EIXOS: Solicitações EIXOS CONSTRUÇÃO DE EIXOS: Uma metodologia empregada solicitações por separado e, após, somar é a de calcular as os resultados para identificar a força resultante. No dimensionamento dos elementos de máquinas ou estruturas, como os eixos, vários são os critérios que podem ser utilizados para o estabelecimento de suas dimensões mínimas, compatíveis com as propriedades mecânicas dos materiais utilizados. EIXOS CONSTRUÇÃO DE EIXOS: Tais critérios surgem quando se busca a resposta do ponto onde ocorrerá a deterioração do material, por ruptura, por plastificação, por ser ultrapassado o limite de proporcionalidade, ou de escoamento etc, dependendo de seu uso). Assim o dimensionamento do eixo deve ser realizado considerando que o material é elástico e linear, (Lei de Hooke). EIXOS CONSTRUÇÃO DE EIXOS: EIXOS CONSTRUÇÃO DE EIXOS: O projetista de máquinas está frequentemente envolvido com a tarefa de projetar um eixo (tipo de material, comprimento e principalmente o diâmetro) que atenda de forma segura todos os requisitos solicitados. Sub-dimensionado Dimensionado corretamente Super-dimensionado Eixos EIXOS CONSTRUÇÃO DE EIXOS: Falha Imagem detalhando a falha do elemento EIXOS CARGAS EM EIXOS: de rotação é A carga em eixos de transmissão predominantemente uma de dois tipos: Torção devido ao torque transmitido Flexão devido às cargas transversais em engrenagens, polias e catracas. Calculando-se a carga resultante. Essas cargas normalmente ocorrem em combinação, porque, o torque transmitido pode estar associado com forças nos dentes das engrenagens oude catracas fixadas aos eixos. O caráter de ambas as cargas pode ser fixo (constante) ou variar no tempo. EIXOS CARGAS EM EIXOS: O dimensionamento de eixos se baseia na teoria de vigas, de Resistência dos Materiais Função ajustada para seção transversal circular. =tensão, M=momento fletor, W=módulo de resistência, b=fator de forma EIXOS DIMENSIONAMENTO: Torque no eixo – T, Esforços na transmissão – Ft, Fr, Fn, Momento Fletor Resultante – Mr(max), Mc Momento Fletor Ideal – Mi, Coeficiente de Bach – a, Fator de Forma – b, Diâmetro do Eixo – d. EIXOS DIMENSIONAMENTO: Engrenagens Polias EIXOS TORQUE NO EIXO: T P 60 Vel.angular(rad / s) N Rotação(rpm) 2. .N T Torque(N.m) P Potência(W ) T Torque(N.m) x1000 N.mm EIXOS TORQUE NO EIXO: que um motor Calcule o torque em N.m e N.mm transmite a um eixo. Motor trifásico de 3KW e 1750 rpm. Calcule o torque em N.m que um motor 1.4 (50KW) transmite ao eixo quando este trabalha num regime de 5000 rpm. EIXOS POTÊNCIA NO EIXO: A potência transmitida por um eixo pode ser encontrada a partir de princípios básicos. A potência instantânea para um sistema rotativo é o produto do torque pela velocidade angular: SI = W Onde a velocidade angular é expressa em radianos por unidade de tempo (rad/s) e o torque em N.m EIXOS ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Como visto anteriormente, existe elementos de transmissão (engrenagens, polias, correntes, rodas entre outros) acoplados ao eixo. Nesses pontos onde ocorrem os acoplamentos dos elementos e onde este eixo está apoiado (mancais) deve-se realizar o levantamento dos esforços para que se possa efetuar o dimensionamento. EIXOS ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Força Tangencial (Ft) - Engrenagem 60.1000 vp dp .dp.n vp vp V . periférica (m / s) Ft P Ft F.Tangencial(N) dp D.primitivo(m) ou Ft 2.T Ft =T/rp =P/ .rp EIXOS ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Força Radial (Fr) - Engrenagem Fr Ft. tan Fr F.radial(N) ang. pressão engrenagens( ) Fr EIXOS ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Força Resultante (Fn) - Engrenagem Ft Fr Fn F.resul tan te(N) Fn ou Fn Ft2 Fr2 cos sen Fr Ft Fn EIXOS ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Determinar Fn para a seguinte situação: P=3KW N=1730rpm T=? Ft=? =20 Fr=? Fn=? Motor dp=50mm EIXOS ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Determinar Fn para a seguinte situação: P=3KW N=1730rpm Ft=662N Fr=240N Fn=704N EIXOS ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Força Resultante (Fn) – Polia Para calculo da força resultante em polias, existe a necessidade de se realizar a soma vetorial de duas forças (F1-motora e F2-resistiva). Esta soma é igual a Ft. dp n n EIXOS dp Ft F.Tangencial(N) dp D.polia(m) ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Força Tangencial (Ft) - Polia Ft 2.T Ft EIXOS ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Força Resultante (F1, F2) – Polia Sabemos que: Onde: . 180 rad F 2 F1 e . rad F1 F 2 Ft F1=Força Motora (N), F2=Força Resistiva (N) e=base dos logaritmos neperianos =e=2,71... =coeficiente de atrito – polia e correia (adimensional) Borracha 0,2 0,8 rad=arco de contato – abraçamento da polia menor (radianos) EIXOS ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Força Resultante (Fn) – Polia Desta forma calculamos Fn: Fn F12 F 22 2.(F1.F 2.cos ) Onde: Fn=Força resultante (N) =2.=-180 EIXOS ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Determinar Fn para a seguinte situação: 173 P=735,5W N=1730rpm T=? Ft=? Borracha =0,25 rad=? F1=? F2=? Fn=? F1 Fn F2 Motor dp=65mm EIXOS ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO: Determinar Fn para a seguinte situação: P=735,5W N=1730rpm T=30.P/ .N=4,06N.m Ft=2.T/dp=125N =0,25 rad=(/180).173=3,02rad Sistema de equações: F1/F2=e.rad F1-F2=Ft 1 2 F1/F2=2,71820,25.3,02 F1=2,13F2 Subst. 1 em 2 = F2=110N e F1=235N Fn=345N EIXOS MOMENTO FLETOR: Determinação do momentos fletores nos pontos de apoio. Fx 0 Fy 0 F F M 0 M (anti horário) M (horário) Apoio A Apoio B Fn EIXOS MOMENTO FLETOR: Apoio A Apoio B Fn + + - FC MF Mr(max) V H EIXOS MOMENTO FLETOR: Exemplo: Ma 0 180.Rb 704.60 Rb 235N Fy 0 Ra Rb 704 Ra 469 N Ra Rb 704N 60mm 120mm EIXOS MOMENTO FLETOR: Exemplo: Parte1 A Fn 0 x 60 Fc 469 N , M 0N.mm X 0 Fc 469 N , M 28140 N.mm X 60 Parte2 Fn B 60 x 180 Fc 235N , M 28140 N.mm X 60 Fc 235N , M 0N.mm X 180 EIXOS MOMENTO FLETOR: Exemplo: Ra Rb 704N 60mm 120mm + + - FC MF Mr(max) V H Mancal B Mancal A EIXOS máximo encontrado no MOMENTO FLETOR: Calcule o momento diagrama: fletor 400N 20mm 80mm Engrenagem EIXOS MOMENTO IDEAL: Para calcular o momento ideal: Onde: a=Coeficiente de Bach 2 2 .T a Mi Mr(max) 2 V H fornecidas)- Onde: Tensões admissíveis N/mm², N/m² (Pa) tadm torção (Normalmente EIXOS COEFICIENTE DE BACH: Para calcular o Coeficiente de Bach: tadm flexão a EIXOS COEFICIENTE DE BACH: r = Tensão de ruptura, e = Tensão de escoamento, t = Tensão admissível à tração c = Tensão admissível à compressão, f = Tensão admissível à flexão, t = Tensão admissível à torção EIXOS 1 4 1 b 1,065 vazado d / D 0,5 vazado D d b FATOR DE FORMA: Para calcular o fator de forma (b): b 1 maciço d D EIXOS DIÂMETRO DO EIXO: Para calcular o diâmetro do eixo: Mi tadm flexão d 2,173 b. EIXOS DIÂMETRO DO EIXO: Existem diversas outras formas citadas em bibliografia de se calcular o diâmetro. Por exemplo: flexão tadm ou Soderberg conservadora fs=Fator de segurança, adimensional ex.:1,2-2,5 fs leve, fs moderado e fs pesado. T d 1/ 3 1/ 2 2 2 (max) .Mr 32. fs . EIXOS DIÂMETRO DO EIXO: Calcule o diâmetro do eixo (Utilizar as informações já calculadas). Material: ABNT 1035 =50N/mm² =40N/mm² EIXOS DIÂMETRO DO EIXO: Calcule o diâmetro mínimo do eixo (maciço) a ser projetado. Material: ABNT 1025 =40N/mm² =30N/mm² fs=2,8 Mancal B Mancal A 20mm 50mm 30mm 80N 120N EIXOS DIÂMETRO DO EIXO: Calcule o diâmetro mínimo do eixo (maciço) a ser projetado. Motor: 2,6KW Material: =35N/mm² =30N/mm² EIXOS DIÂMETRO DO EIXO: 5KW mm mm mm F1y F2y F1x F2x EIXOS DIÂMETRO DO EIXO: Material: ABNT 1035 =50N/mm² =40N/mm² Fn1=1,1KN Fn2=2,2KN 7,2 KW B A A>Fn1=35mm A>Fn2=15mm B>Fn1=20mm B>Fn2=40mm Fn1 Fn2 Fn1 Fn2