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Hemodinâmica - Guyton

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Resumo de Fisiologia – Guyton – Capítulo 25 
Greyce Azevedo – 1 Odontologia 
 
Hemodinâmica renal 
(Os compartimentos dos líquidos corporais; Líquidos extracelular e intracelular; 
Líquido Intersticial e Edema) 
 
 A manutenção relativamente constante desses líquidos é necessária para a homeostasia 
 Importantes problema ocorrem em função de anormalidades no sistema de controle que mantem 
a homeostasia dos líquidos corporais. 
 
 Entrada e saída de líquido são balanceadas nas condições estáveis. 
Entrada deve ser combinada com a saída para evitar que o volume de líquido do corpo aumente ou 
diminua. 
Entrada diária de água (Total de 2.300ml ao dia) 
Vem de duas fontes principais: 
1. Ingestão na forma de líquidos ou pela agua nos alimentos (2.100ml adc ao dia). 
2. Sintetizada pelo corpo como resultado da oxidação de carboidratos. (200ml adc ao dia) 
Varia de pessoa para pessoa, depende do clima, do hábito e de atividades físicas. 
Perda diária de água no corpo. 
Perda insensível de água. 
 Não precisam ser reguladas. 
 Ex: Perda de água por evaporação no trato respiratório e por difusão através da pele. (700ml ao 
dia em condições normais.) 
 Chamada de perda insensível porque não à perdemos conscientemente, mesmo que isso 
ocorra. 
 Ocorre independentemente da sudorese, está presente em pessoas que nascem sem glândulas 
sudoríparas. 
 Perda de agua por difusão através da pele está em torno de 300ml a 400ml/dia. Essa perda é 
minimizada pela camada cornificada de colesterol da pele que forma barreira contra a perda 
excessiva por difusão. Quando camada cornificada não está presente, essa perda pode chegar a 
até 3 a 5 / dia, por esta razão, vítimas de queimaduras devem receber grande quantidade de 
líquidos preferencialmente por via venosa, para contrabalancear essa perda. 
 Perda insensível de líquido pelo trato respiratório varia em torno de 300 a 400 ml/dia. 
 Ar entra no trato respiratório, satura-se por umidade com pressão de vapor em torno de 47mmHg 
antes de ser expelido Pressão de vapor do ar inspirado geralmente é menor que isso, e a água é 
continuamente perdida nos pulmões durante a respiração. Em climas frios a pressão do vapor 
diminui até quase 0, o que causa sensação de ressecamento nas vias respiratórias. 
Perda de líquido no suor. 
 Depende da quantidade de ativ. física e da temperatura ambiente. 
 Quant normal é de 100mL ao dia, em exercícios ou em climas muito quentes geralmente 
aumenta para 1/2L por hora. 
Perda de água nas fezes. 100mL/dia em pessoas normais. Pode aumentar em pessoas com diarreia, po 
essa razão a diarreia grave causa riscos à vida. 
Perda de água pelos rins 
 Urina excretada pelos mesmos. 
 O meio mais importante pelo qual o corpo mantêm o balanço entre o ganho e a perda de água 
bem como o balanço entre o ganho e a perda de eletrólitos é pelo controle da intensidade com 
que os rins secretam essa substâncias. 
 Volume da urina pode ser 0,5L/dia em pessoa desidratada ou 20L/dia em pessoa que ingere 
bastante água. 
 Ganho de eletrólitos também varia. (Sódio, Cloreto, Potássio) 
 Rins deverão ajustar a excreção de água e eletrólitos com a entrada dessas substâncias. 
 Compartimentos de líquidos corporais. 
 Líquido corporal é basicamente dividido em líquido extracelular (dividido em líquido intersticial 
e plasma sanguíneo), líquido intracelular e líquido transcelular. 
Compartimento do líquido transcelular: 
 Inclui líquidos dos espaços sinoviais, peritoneais, pericárdicos, intraoculares e o líquido 
cefalorraquidiano. (Considerado tipo especializado de líquido extracelular.) 
 Todos juntos constituem cerca de 1 a 2 L. 
 Pessoa de 70kg possui aprox. 42L de agua (60% do seu peso.) 
 Percentual varia de acordo com idade, sexo e porcentagem de gordura corporal. 
 Com o envelhecimento, o percentual de água no corpo diminui gradualmente. (Aumento de 
tecido adiposo diminui concentração de água.) 
 Mulheres: Aprox. 50% de água / RN: 70 a 75% 
Compartimento do líquido intracelular. 
 28 a 42 L de líquido no corpo estão dentro dos 100trilhões de células, e são coletivamente 
designados como líquido intracelular 
 “Em média” 40% do peso de uma pessoa. 
 Considerado grande compartimento de líquido. 
 Líquido de cada célula contém substâncias individuais, porém em concentrações similares. 
 
 
 
Compartimento de líquido extracelular. 
 Fora das células 
 Em torno de 20% do peso corporal (14L em homem de 70kg) 
 Líquido intersticial: Compõe ¾ (11L) 
 Plasma: ¼ do Líquido extracelular (3L) 
Parte não celular do sangue 
Troca continuamente substâncias com o líquido intersticial através dos poros das membranas 
capilares. Esses poros são altamente permeáveis a quase todos os solutos do líquido 
extracelular com exceção das proteínas. 
 Líquidos extracelulares estão em bastante contato. 
 Têm aproximadamente a mesma composição, exceto pelas proteínas presentes no plasma. 
 Volume sanguíneo 
 Sangue contém líquido extracelular (plasma – 60%) e intracelular (hemácias – 40%). 
 Volume importante no controle da dinâmica cardiovascular. 
 No adulto é cerca de 7% do seu peso corporal. 
 Percentual de plasma e hemácias pode variar em diversos fatores (idade, peso, etc.) 
Hematócrito (Volume total das hemácias) 
 Fração de sangue representada pelas hemácias determinada pela centrifugação do sangue até 
que as células fiquem compactadas no fundo de um tubo. É impossível compactar 
completamente todas as hemácias, logo, após a centrifugação, 3 a 4% do plasma ainda 
permanecem entre as células. 
 Constituintes dos líquidos extracelular e intracelular são similares. 
As composições iônicas do plasma e do líquido intersticial são similares. 
 Plasma e L. Intersticial 
são separados apenas pela 
membrana capilar altamente 
permeável a íons. 
 Diferença entre eles: 
Plasma contém maior 
concentração de proteínas. 
 Em virtude do efeito 
Donnan a concentração de 
cátions é um pouco maior 
(aprox. 2%) no plasma do 
que no líquido intersticial. 
 Proteínas do plasma tem 
carga negativa real no pH 
fisiológico. 
1. Ânions são mais 
concentrados no liq. intersti. 
2. Ânions ligam-se a cátions 
como Sódio e Potássio, 
mantendo quantidades 
maiores desses íons no 
plasma junto com proteínas 
plasmáticas 
OU 
1. Íons com carga negativa mantêm concentrações pouco maiores no líquido intersticial que no 
plasma 
2. Cargas negativas das proteínas plasmáticas tendem a repelir os ânions com carga negativa. 
Por estas razões as quantidades de íons no liq. intersti. e no plasma são consideradas iguais. 
 
 Figura: Líquido Extracelular (incluindo Plasma e L. Intersticial) contém grandes quantidades de 
íons sódio e cloreto quantidade razoável de bicarbonato de sódio e quantidades baixas de íons 
potássio, cálcio, magnésio, fosfato e ácidos orgânicos. 
 Composição do líquido extracelular é regulada por vários mecanismos, especialmente pelos rins, 
isso permite que a célula permaneça banhada apenas em quantidades de eletrólitos suficientes 
para funcionamento ideal. 
Constituintes do líquido intracelular. 
 Separado do líquido extracelular que é muito permeável à agua, mas não permeável a maioria 
de eletrólitos existentes no corpo. 
 Líquido intracelular: Contém pequena quantidade dos íons sódio e cloreto e quantidades muito 
menores de cálcio em comparação ao extracelular. Grade quantidades de íons potássio e 
fosfato, que existem normalmente em baixas concentrações no líquido extracelular. 
 Células também têm grande quantidade de proteínas, quase 4x maior que no plasma. 
 Regulação da troca de líquidos e equilíbrio osmótico entre os líquidos 
intracelular e extracelular. 
As quantidades relativas de líquido extracelular distribuídas entre o plasma e os espaços intersticiais,são determinadas principalmente pelo equilíbrio das forças hidrostáticas e coloidosmoticas através 
das membranas dos capilares. 
 A distribuição dos líquidos entre os compartimentos intracelular e extracelular, em contraste, é 
determinada principalmente pelo efeito osmótico dos solutos menos – especialmente sódio, 
cloreto e outros eletrólitos – agindo através da membrana celular. -> Membranas celulares são 
 
 
 
permeáveis a agua mas relativamente impermeáveis a íons menores que agua, tais como sódio 
e cloreto. -> Portanto, Água se move rapidamente através da membrana celular e o líquido 
intracelular permanece isotônico em relação ao líquido extracelular. 
 Princípios básicos da osmose e da pressão osmótica 
 Osmose é a difusão efetiva de água através de membrana seletivamente permeável, de região 
de maior concentração de agua para região de menor concentração. 
 Quanto maior a concentração de soluto na solução, menor a concentração de água. 
 Água se difunde de região de baixa concentração de soluto (alta concentração de água) para 
região de alta concentração de soluto (baixa concentração de água). 
 Sempre que existir maior concentração de soluto de um lado da membrana celular a água se 
difunde pela membrana em direção ao lado de maior concentração de soluto. (Membrana 
celulares são relativamente impermeáveis para maioria dos solutos e muito permeáveis a água.) 
Ex.: Adição de soluto como o cloreto de sódio ao líquido extracelular, difusão de agua através da 
membrana celular, da célula para o líquido extracelular, até que a concentração de água de 
ambos os lados da membrana se igualem. 
Ex.: Soluto removido -> Difusão de agua através do líquido extracelular através das membranas 
celulares para as células. 
 Intensidade da osmose: Intensidade de difusão da água. 
Relação entre moles e osmóis 
Osmol: Termo usado para se referir ao número de partículas osmoticamente ativas na solução e não 
ao número de moléculas na solução que designa a contração molar. 
É a unidade muito grande para expressar a atividade osmótica de solutos nos líquidos corporais. 
Osmolalidade e Osmolaridade 
 Osmolalidade: Concentração expressa em osmóis por quilograma de água. 
 Osmolaridade: Concentração expressa em osmóis por litro de solução. 
Casos clínicos: Mais fácil de serem expressados em Osmolalidade. 
Osmolaridade dos líquidos corporais. 
Tabela: Osmolaridade aproximada de várias substâncias osmoticamente ativas no plasma, no líquido 
intersticial e no líquido intracelular. 
 Quase 80% da Osmolaridade total do LI e do plasma são devidos aos íons sódio e cloreto, 
enquanto para o líquido intracelular quase da metade da Osmolaridade é devida aos íons 
potássio e o restante é dividido entre as muitas outras substâncias intracelulares. 
 Pequena diferença entre a Osmolaridade do plasma e do LI é causada pelos efeitos osmóticos 
das proteínas do plasma, que mantêm pressão osmótica nos capilares em torno de 20mmHg 
Atividade osmolar corrigida dos líquidos corporais 
Figura 25.2: São mostradas as atividades osmóticas do plasma, do LI e do LE. 
 A razão para essas correções é que os cátions e os ânions na solução exercem atração 
interiônica que pode causar discreta redução na “atividade osmótica” da subs dissolvida. 
 O equilíbrio osmótico é mantido entre os líquidos intracelular e extracelular. 
 Altas pressões osmóticas podem ser desenvolvidas através da membrana células com 
alterações relativamente pequenas da concentração de soluto do líquido extracelular. 
 Agua pode mover enorme força através da membrana celular quando os LI e LE não estão em 
equilíbrio osmótico. 
 Como resultado dessas forças, alterações relativamente pequenas na concentração de solutos 
impermeantes do LE podem causar grandes alterações no volume da célula. 
Líquidos isotônicos, hipotônicos e hipertônicos. 
1. Solução Isotônica: Célula não terá seu volume alterado ao ser colocada em soluções com 
concentração de agua nos LE e LI iguais, e solutos não podem sair ou entrar na célula. 
Soluto com Osmolaridade 282mOsm/L 
Ex.: Glicose a 5% ou Cloreto de Sódio a 9% podem ser infundidas no sangue sem alterar o 
equilíbrio osmótico entre LI e LE. 
2. Solução Hipotônica: Água irá se difundir do LE para célula, causando inchamento e continuará 
a se difundir pela célula diluindo o LI até que este se torne isotônico em relação ao LE. Caso o 
inchamento ultrapasse a capacidade de distensão da membrana, ela se rompe. 
Soluto (<282mOsm/L) 
Ex.: Soluções de Cloreto de sódio com concentração menor que 0,9% 
3. Solução Hipertônica: Concentração maior de solutos impermeantes que o LI, água irá sair da 
célula para LE, concentrando o LI e diluindo o LE. Célula irá encolher até que a Osmolaridade do 
LI se iguale à do LE. 
Ex.: Soluções de cloreto de sódio maiores que 0.9% 
Líquidos isosmóticos, hiperosmóticos e hipo-osmóticos 
Os termos isotônicos, hipotônicos e hipertônicos referem-se às soluções que causarão alterações do 
volume celular. 
 Isosmóticas: Soluções com a mesma Osmolaridade que a célula, independentemente do soluto 
poder ou não penetrar na membrana celular. 
 Hiperosmótico: Solução com maior Osmolaridade que o LE normal, se o soluto não for 
permeante. 
 Hipo-osmótico: Soluções com menor Osmolaridade que o LE normal, se o soluto não for 
permeante. 
Ex.: Ureia (muito permeante). Pode causar alterações transitórias no volume de LI e LE, porém, depois de 
terminado tempo as concentrações se igualam e apresentam pouco efeito sobre o volume intracelular, 
sob condições de estado estável. 
 
 
 
 
O equilíbrio osmótico entre os líquidos LE e LI é rapidamente atingido. 
 A transferência de líquido é tão rápida que qualquer diferença entre esses dois ocorre em 
segundos, ou, no máximo, em minutos. (Alguns compartimentos intracelular e extracelular de 
todo o corpo) 
 Em geral, são necessários cerca de 30min para que seja alcançado o equilíbrio osmótico em 
todo o corpo depois de se ingerir água. 
 Volume e Osmolalidade dos líquidos extracelular e intracelular em estados anormais. 
Alguns fatores podem causar alteração considerável nos volumes dos LE e LI, exemplo: Ingestão de 
água, desidratação, infusão intravenosa, perda de grandes quantidades de líquidos pelo trato 
gastrointestinal, perda de grandes quantidades através do suor ou rins. 
Pode se calcular o valor das alterações no LI e LI e o tipo de terapia a ser utilizada se os princípios 
básicos seguintes forem considerados: 
1. A água se move rapidamente de um lado ao outro da membrana celular -> Osmolaridades de LI 
e LE são iguais, exceto por poucos minutos após a alteração da osmolaridade em um dos 
compartimentos 
2. As membranas celulares são quase completamente impermeáveis a muitos solutos. -> numero 
de osmois entre LI e LE permanece constante. 
Efeito da adição de solução salina ao líquido extracelular. 
 Isotônica adicionada à LE: Osmolaridade do LE não se altera -> Não ocorre osmose através das 
membranas celulares. 
Aumento no volume de sódio no LE. 
 Hipertônica adicionada à LE: Osmolaridade do LE aumenta e causa osmose dá agua das células 
para o compartimento extracelular. 
Aumento do volume extracelular 
Redução no volume intracelular 
Aumento da Osmolaridade dos compartimentos. 
 Hipotônica adicionada à LE: Osmolaridade do LE diminui, perda de água extracelular se difunde 
por osmose para as células, até que os compartimentos intracelular e extracelular tenham a 
mesma Osmolaridade. 
Ambos os volumes aumentam, embora volume intracelular aumente em maior grau. 
 Glicose e outras soluções administradas com objetivo nutricional 
 Administrados por via intravenosa para nutrir pessoas que não podem de outra maneira obter 
quantidades adequadas de nutrientes. 
 Glicoses são muito utilizadas, soluções de aminoácidose de gordura homogeneizada são 
utilizadas em menor escala. 
 Suas concentrações de substâncias osmoticamente ativas são ajustadas aproximadamente à 
isotonicidade, ou são infundidas lentamente para que não perturbem consideravelmente o 
equilíbrio osmótico dos líquidos corporais. 
 Depois de glicose ser metabolizada o excesso de água permanece principalmente se for ingerido 
líquido adicional. 
 Em condições normais, os rins secretam isso em forma de urina muito diluída, resultando apenas 
em adição de nutrientes ao corpo. 
 Anormalidades clínicas da regulação do volume de líquidos: Hiponatremia e 
Hipernatremia 
 A concentração de sódio no plasma é indicador razoável da osmolaridade do plasma 
sob várias condições 
 Hiponatremia: Concentração de sódio no plasma é 
reduzida por mais do que alguns miliequivalentes 
abaixo do normal. 
 Hipernatremia: Concentração de sódio no plasma 
acima do normal. 
Causas da Hiponatremia: Excesso de água ou perda de 
sódio. 
 Redução da concentração plasmática de sódio pode 
resultar da perda de cloreto de sódio do LE ou da 
adição excessiva de água ao LE. 
 Perda primária de cloreto de sódio geralmente 
resulta em Hiponatremia-desidratação e é 
associada á redução do volume do LE. 
 Diarreia e vômito 
 Uso excessivo de diuréticos que inibem a 
reabsorção de sódio nos túbulos renais e certos 
tipos de doenças renais, em que ocorre excreção 
excessiva de sódio, pode causar graus moderados 
de Hiponatremia. 
 Doença de Addison: Diminui secreção da 
aldosterona -> diminui a reabsorção tubular renal de 
sódio -> grau moderado de Hiponatremia 
 Hiponatremia-hiperidratação: Associada à 
retenção excessiva de água, que dilui o sódio do 
LE. Ex.: Secreção excessiva de hormônio anti-
diurético. 
 
 
 
 
Consequências da Hiponatremia: Inchaço celular 
 Efeitos intensos nos tecidos e na função dos órgãos, especialmente no cérebro. 
 Redução rápida no sódio plasmático pode causar dores de cabeça, náuseas, letargia e 
desorientação. 
 Se a concentração plasmática de sódio cair para abaixo de 115 a 120mmol/L, o inchaço pode 
levar a convulsões, coma, dano cerebral permanente e morte. 
 Devido à rigidez do crânio, o cérebro não pode aumentar seu volume por mais de 10%. 
 Quando a hiponatremia se desenvolve lentamente o cérebro e outros tecidos respondem 
transportando sódio, cloreto e solutos orgânicos (Ex: Glutamato.) da célula para o compartimento 
extracelular, o que atenua o fluxo osmótico de agua para a célula e o inchaço dos tecidos. 
 
 
 Transporte de solutos pelas células durante o desenvolvimento lento, pode fazer com que o 
cérebro se torne mais vulnerável se a Hiponatremia for corrigida lentamente. 
 Quando soluções hipertônicas são adicionadas para corrigir Hiponatremia, isso pode ultrapassar 
a capacidade do cérebro de recuperar a perda de solutos das células e pode levar à lesão 
osmótica dos neurônios, associada à dismielinização (perda da bainha de mielina dos 
neurônios.) 
 Hiponatremia é a causa mais comum de distúrbios eletrolíticos encontrados na prática clínica. 
Causas de Hipernatremia: Perda de água ou excesso de sódio 
 Hipernatremia-desidratação: Perda primária de água do LE. 
Pode decorrer de deficiência de hormônio antidiurético que é necessário para que os rins 
conservem a água do corpo. -> Rins secretam grande quantidade de urina diluída (diabetes 
insípido) -> desidratação e aumento da concentração de cloreto de sódio no LE. 
 Diabetes insípido nefrogênico: Rins não respondem ao hormônio antidiurético 
 Causa mais comum da Hipernatremia: Desidratação causada pelo menor ganho que a perda de 
água pelo corpo, o que pode ocorrer durante exercícios pesados e prolongados. 
 Hipernatremia-hiperidratação: Adição excessiva de cloreto de sódio ao LE. 
Excesso de cloreto de sódio extracelular é associado a, no mínimo, algum grau de retenção de 
água pelos rins. Ex.: Secreção excessiva de aldosterona, que retém sódio. 
 Não é tão grave pois o aumento da secreção de aldosterona faz com que os rins reabsorvam 
grandes quantidades de água, assim como de sódio. 
 Deve-se considerar a causa do distúrbio na concentração plasmática de sódio: 
1. Perda ou ganho primário de sódio. 
2. Perda ou ganho primário de água. 
Consequências da Hipernatremia: Murchamento celular 
 Menos comum que a Hiponatremia. 
 Sintomas graves geralmente ocorrem apenas com aumento rápido e muito alto da concentração 
plasmática de sódio. (acima de 158 a 160mmol/L), pois Hiponatremia provoca sede intensa que 
protege contra grande aumento de sódio no plasma e no fluido extracelular. 
 Pode ocorrer em pacientes com lesões hipotalâmicas que comprometem seu sentido de sede, 
em crianças que não podem ter acesso imediato à agua, ou em idosos com estado mental 
alterado. 
 Também ativa mecanismos de defesa que protegem a célula de alterações do volume. 
 Mecanismos de defesa são opostos aos que ocorrem na Hiponatremia e consistem de 
mecanismos que aumentem a concentração intracelular de sódio e de outros solutos. 
 Edema: Excesso de líquido nos tecidos 
Excesso de líquidos no corpo que na maioria das vezes ocorre no compartimento de LE. 
Edema intracelular 
 Condições propensas a causar edema intracelular: 
1. Hiponatremia 
2. Depressão dos sistemas metabólicos dos tecidos 
3. Falta de nutrição adequada para células. 
Ex.: Fluxo sanguíneo reduzido para determinados tecidos, distribuição de nutrientes e oxigênio também é 
reduzida. 
 Também pode decorrer de processo inflamatório dos tecidos. (Inflamação geralmente aumenta a 
permeabilidade da membrana celular, permitindo que sódio e outros íons se difundam para o 
interior da célula, com subsequente osmose para essas células.) 
Edema extracelular 
Excesso de líquido nos espaços extracelulares. 
 Geralmente existem duas causas: 
1. Vazamento anormal de líquido plasmático para os espaços intersticiais através dos 
capilares. 
2. Falha do sistema linfático de retornar líquido do interstício para o sangue, muitas vezes 
chamada de linfedema. 
Causa clínica mais comum: Filtração excessiva do líquido capilar. 
Fatores que podem aumentar a filtração capilar: 
1. Aumento do coeficiente de filtração capilar 
2. Aumento da pressão hidrostática capilar 
3. Redução da pressão coloidosmótica do plasma. 
 
 
 
 
Resumo das causas de edema extracelular (IMPRESSO) 
 Edema causado por insuficiência cardíaca 
 Edema causado pela redução na excreção renal de sal e água 
 Edema causado pela redução de proteínas plasmáticas 
Fatores de segurança que normalmente previnem o edema: 
 Fatores de segurança causado pela baixa complacência do interstício em um valor negativo de 
pressão 
 Importância do gel intersticial 
 Importância dos filamentos proteoglicanos como um “espaçador” das células e na prevenção 
de fluxo rápido de líquido nos tecidos 
 Aumento do fluxo linfático como um fator de segurança contra o edema 
 “Lavagem” das proteínas do líquido intersticial como fator de segurança contra o edema. 
Resumo dos fatores de segurança que previnem o edema: 
1. O fator de segurança, devido à baixa complacência do tecido, com valor negativo de 
pressão intersticial é em torno de 3mmHg 
2. O fator de segurança, devido ao aumento do fluxo linfático, é em torno de 7mmHg 
3. O fator de segurança, causado pela lavagem de proteínas dos espaços intersticiais, é em 
torno de 7mmHg. 
 Líquidos nos “espaços em potencial” do corpo 
“Espaços em potencial”, exemplos: Cavidade pleural, cavidade peritoneal e cavidades sinoviais, incluindo 
as das articulações e as bolsas. 
 Quase todos têm superfícies que tocam umas nas outras, com camada fina de líquido entre elas, 
e as superfícies deslizam 
 Líquido viscoso proteico facilita o deslizamento.O líquido é trocado entre os capilares e os espaços em potencial 
 Membrana da superfície do espaço em potencial não oferece resistência significativas, podendo 
se mover com facilidade em ambos os sentidos entre o espaço intersticial e o Líquido intersticial 
no tecido circundante. 
 Líquidos dos capilares, adjacentes aos espações em potencial se difundem não somente para o 
líquido intersticial, mas também para o espaço em potencial. 
Os vasos linfáticos drenam as proteínas dos espaços em potencial. 
 Proteínas se acumulam nos espaços em potencial, tal qual ocorre com o líquido intersticial, 
quando ocorre vazamento da proteína dos capilares para o interstício. 
 As proteínas devem ser removidas pelos vasos linfáticos ou por outras vias e retornar para a 
circulação. 
O líquido do edema no espaço em potencial é chamado de efusão.

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