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Líquidos corporais - FISIOLOGIA

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Fisiologia
Líquidos corporais
O equilíbrio hídrico se caracteriza quando a quantidade de entrada de líquidos no organismo é a mesma quantidade que é eliminada.
Fontes de água: A água é ingerida na forma de líquido ou pela água presente nos alimentos, o que ao todo soma um total de 2.100 mL/dia. Ela também é sintetizada pelo corpo por oxidação dos carboidratos, adicionando um total em torno de 200 mL/dia. Esses mecanismos proporcionam uma entrada total de agua de cerca de 2.300 mL/dia.
Perda de água: 
Perda insensível: Os seres humanos experimentam uma perda constante de água por evaporação no trato respiratório e por difusão através da pele, o que ao todo corresponde a algo em torno de 700 mL/dia de perda de água nas condições normais. Isso é conhecido como perda insensível de água, porque conscientemente não a percebemos, mesmo que ocorra de forma contínua em todo ser humano vivo.
A média de perda de água pela difusão através da pele está em torno de 300 a 400 mL/dia. A perda insensível de líquido pelo trato respiratório varia em torno de 300 a 400 mL/dia. Quando o ar entra no trato respiratório, fica saturado por umidade, com pressão de vapor de aproximadamente 47 mmHg, antes de ser expelido. Em razão de a pressão do vapor do ar inspirado ser geralmente menor do que 47 mmHg, a água é continuamente perdida pelos pulmões durante a respiração.
Perda Sensível: 
❑ Suor - varia com a temperatura e atividade física (100 ml/dia a 1 a 2 l/h no calor ou atividade) controle pelo mecanismo da sede 
❑ Fezes - 100 ml/dia 
❑ Rins - Controle da excreção renal dos eletrólitos do corpo.
Compartimento de líquidos corporais
O líquido corporal total está distribuído principalmente em dois compartimentos: o líquido extracelular e o líquido intracelular. O líquido extracelular é dividido em líquido intersticial e plasma sanguíneo.
Existe outro compartimento menor de líquido, conhecido como líquido transcelular. Esse compartimento inclui o líquido dos espaços sinoviais, peritoneais, pericárdicos, intraoculares e o líquido cefalorraquidiano. Todos os líquidos transcelulares juntos constituem cerca de 1 a 2 litros. 
Líquido intracelular: Em torno de 28 a 42 litros de líquido do corpo estão dentro dos 100 trilhões de células e são coletivamente designados como líquido intracelular. Dessa maneira, o líquido intracelular constitui cerca de 40% do total do peso corporal em pessoa “média”. O líquido de cada célula contém sua composição individual de diferentes substâncias, porém as concentrações dessas substâncias são similares de uma célula para outra. 
Líquido extracelular: Todos os líquidos por fora das células são coletivamente designados como líquidos extracelulares. Juntos, esses líquidos constituem em torno de 20% do peso corporal. Os dois maiores compartimentos do líquido extracelular são o líquido intersticial, que corresponde a 75% do líquido extracelular, e o plasma, responsável por 25%. O plasma é a parte não celular do sangue; ele troca continuamente substâncias com o líquido intersticial através dos poros das membranas capilares.
Volume Sanguíneo: O sangue é considerado compartimento líquido em separado, por ter sua própria câmara, o sistema circulatório. O volume sanguíneo é particularmente importante no controle da dinâmica cardiovascular. Representa 8% do peso corporal, sendo 60% plasma e 40% hemácias. 
Hematócrito: É a fração de sangue composto por hemácias. Homens = 40% Mulheres = 36%
Constituintes dos líquidos extra e intracelulares
Líquido extracelular: O plasma e o líquido intersticial são separados apenas pela membrana capilar altamente permeável a íons, assim, suas composições iônicas são similares. A diferença mais importante, entre esses dois compartimentos, é a maior concentração de proteínas no plasma; em função dos capilares terem baixa permeabilidade às proteínas plasmáticas, somente pequena quantidade de proteína vaza para o espaço intersticial na maioria dos tecidos, o que leva ao efeito Donnan a [ ] de íons positivos é maior no plasma devido as proteínas plasmáticas serem negativas. 
O líquido intersticial possui maior quantidade de ânions. A composição do líquido extracelular é regulada, principalmente, por mecanismos renais.
Líquido intracelular: Em contraste com o líquido extracelular, o líquido intracelular contém somente uma pequena quantidade íons. Entretanto, contém uma grande quantidade de proteínas, sendo 4x mais que o plasma.
REGULAÇÃO DA TROCA DE LÍQUIDOS E EQUILÍBRIO OSMÓTICO ENTRE OS LÍQUIDOS INTRA E EXTRACELULARES
Pressão osmótica: Pressão necessária para impedir a osmose, quanto maior a pressão osmótica, menor é a concentração de água e maior a concentração de solutos.
Relação entre a Pressão Osmótica e Osmolaridade: A concentração osmolar de uma solução é chamada de osmolaridade quando essa concentração expressa em osmóis por litro de solução. A pressão osmótica de uma solução é proporcional a osmolaridade. Pode-se calcular a pressão osmótica potencial de uma solução, através de: p= C.R.T. Onde C = [ ] do soluto, R = constante dos gases e T = Temperatura (Kelvin).
Para uma solução 1mOsm/l a pressão osmótica = 19,3 mm Hg 
A pressão osmótica celular = 280 mOsm/l (miliosmol por litro).
Equilíbrio Osmótico dos Líquidos Intra e Extracelulares
Altas pressões osmóticas podem ser desenvolvidas através da membrana celular, com alterações relativamente pequenas da concentração de solutos do líquido extracelular. Há uma enorme força que pode mover a água através da membrana celular quando os líquidos intra e extracelulares não estão em equilíbrio osmótico. Como resultado dessas forças, alterações relativamente pequenas na concentração de solutos impermeantes do líquido extracelular podem causar grandes alterações no volume da célula.
Líquidos isotônicos: Se a célula for colocada em solução de solutos impermeantes com osmolaridade de 282mOsm/L (osmolaridade normal), a célula não terá seu volume alterado, pois as concentrações de água, nos líquidos intra e extracelulares, são iguais e os solutos não podem entrar ou sair da célula. Tal solução é dita isotônica por não alterar o volume das células. (Ex. glicose a 5% ou NaCl a 0,9%)
Líquidos hipotônicos: Se a célula for colocada em solução hipotônica, com concentração de solutos impermeantes menor que o normal (<282 mOsm/L), a água se difundirá do líquido extracelular para a célula, causando inchamento; a água continuará a se difundir pela célula diluindo o líquido intracelular até que este se torne isotônico em relação ao extracelular. Caso o inchamento da célula ultrapasse a capacidade de distensão da membrana, esta se rompe. (Ex. soluções de cloreto de sódio com concentração menor do que 0,9% são hipotônicas).
Líquidos Hipertônicos: Se a célula for colocada em solução hipertônica, com concentração maior de solutos impermeantes que o líquido intracelular, água sairá da célula para o líquido extracelular, concentrando o líquido intracelular e diluindo o líquido extracelular. Nesse caso, a célula encolherá até que a osmolaridade do líquido intracelular se iguale à do meio extracelular. (Ex. As soluções de cloreto de sódio maiores do que 0,9% são hipertônicas).
Volumes e Osmolaridades dos Líquidos intra e extracelular em Situações Anormais
Hiponatremia: Condição que ocorre quando o nível de sódio no sangue está muito baixo
· Excesso de água - hiponatremia hiposmótica por hiperhidratação (excesso de hormônio antidiurético)
· Perda de Na+ - desidratação hiposmótica (diarreia, vômitos e sudorese excessiva) ou na doença de Addison que há diminuição da produção de aldosterona
Hipernatremia: Alta concentração de sódio no sangue.
· Perda de água - desidratação hiperósmica pela deficiência de hormônio antidiurético (urina diluída)
· Excesso de Na+
Edema
O edema refere-se à presença de excesso de líquido nos tecidos do corpo. Na maioria das vezes, o edema ocorre no compartimento de líquido extracelular, mas também pode envolver o líquido intracelular.
edema Intracelular
Três condições são especialmente propensas a causar edema intracelular: 
(1) Hiponatremia,como mostrado antes; 
(2) Depressão dos sistemas metabólicos dos tecidos; 
(3) Falta de nutrição adequada para as células. Por exemplo, quando o fluxo sanguíneo para um determinado tecido é reduzido, a distribuição de oxigênio e de nutrientes também é reduzida.
O edema intracelular pode também decorrer de processo inflamatório nos tecidos. A inflamação, na maioria das vezes, aumenta a permeabilidade da membrana celular, permitindo, assim, que o sódio e outros íons se difundam para o interior da célula, com subsequente osmose para essas células.
Edema extracelular
O edema no líquido extracelular ocorre quando se acumula um excesso de líquido nos espaços extracelulares. Geralmente há duas causas para o edema extracelular: (1) vazamento anormal de líquido plasmático para os espaços intersticiais através dos capilares; e (2) falha do sistema linfático de retornar líquido do interstício para o sangue, muitas vezes chamada linfedema. A causa clinicamente mais comum para o acúmulo de líquido no espaço intersticial é a filtração excessiva do líquido capilar.
Resumo das causas do edema extracelular: Grande número de condições pode causar acúmulo de líquido nos espaços intersticiais pelos vazamentos anormais do líquido dos capilares ou pela incapacidade dos linfáticos de retornar o líquido do interstício de volta para a circulação. Encontra-se, a seguir, lista parcial das condições que podem causar edema extracelular, por esses dois tipos de anormalidades:
0. Aumento da pressão capilar
A) Retenção excessiva de sal e água pelos rins.
I) Insuficiência aguda ou crônica dos rins.
II) Excesso de mineralocorticoides.
B) Aumento de pressão venosa
I) Insuficiência cardíaca
II) Obstrução venosa 
III) Insuficiência do bombeamento venoso 
a. Paralisia dos músculos
b. Imobilização de partes do corpo 
c. Insuficiência das válvulas venosas
C) Diminuição da resistência arteriolar
I) Aumento excessivo da temperatura corporal
II) Insuficiência do sistema nervoso simpático
III) Uso de fármacos vasodilatadores
Diminuição da Concentração Plasmática de Proteínas 
A) Perda de proteínas na urina (síndrome nefrótica)
B) Perda de proteínas através de áreas desnudadas da pele
I) Queimaduras
II) Feridas 
C) Diminuição da produção de proteínas
I) Doença hepática
II) Grave desnutrição proteica ou calórica
 Aumento da Permeabilidade Capilar 
A) Reações imunológicas que causam liberação de histamina ou de outros produtos imunitários 
B) Toxinas
C) Infecções bacterianas
D) Deficiência de vitaminas, especialmente de vitamina C
E) Isquemia prolongada
F) Queimaduras
Bloqueio do Retorno Linfático
A) Câncer
B) Infecções (por exemplo, por filarias)
C) Cirurgia
D) Ausência ou anormalidade congênita dos vasos linfáticos
Fatores de Segurança que Impedem a Formação de Edema
Mesmo que muitos distúrbios possam causar edema, geralmente as anormalidades devem ser muito graves para que edema importante se desenvolva. A razão pela qual a anomalia deve ser grave é a existência de três fatores de segurança, que evitam acúmulo excessivo de líquido nos espaços intersticiais:
1) Baixa complacência do interstício quando a pressão do líquido for negativa- aumento da pressão hidrostática do líq. Intersticial que irá se opor a filtração capilar.
2) Capacidade do fluxo linfático de aumentar por 10 a 50 vezes o normal.
3) A diluição das proteínas do líquido intersticial, quando a filtração capilar aumenta, o que causa redução da pressão coloidosmótica do líquido intersticial - diminui pressão osmótica coloidal do líq. Intersticial à medida que a filtração capilar aumenta.

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