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O Método Teacch E A Inclusão De Pacientes Autistas Na Educação

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PPGEDU UFRGS FACED
Disciplina: S.E.: TEMAS CONTEMPORÂNEOS EM EDUCAÇÃO:
I - Produção do conhecimento - práticas interculturais
Professoras: Dra. Carla Meinerz; 
Dra. Lodenir Karnopp, 
Dra. Maria Aparecida Bergamaschi
Título: O Método Teacch E A Inclusão De Pacientes Autistas Na Educação
Aluna: Ivani Schuster
ANO: 2017
A Lei 12.764/2012, abrange a inclusão dos estudantes de espectro Autista MEC/2008, que todos tem o direito a educação e participação integrada com os demais estudantes sem prejuízo da sua dignidade e conhecimento, onde o estudante espectro autista tem suas limitações que devem ser trabalhadas em conjunto com o professor podendo ser enquadrada no cronograma escolar normal e capacitação dos professores para que todos consigam harmonizar as habilidades dos estudantes inclusos que muitas vezes, são tão ou mais habilidosos em suas tarefas que nem percebemos o seu déficit de atuação, podendo ser perceptivo e participativo normalmente apenas dando-lhes o espaço adequado de aprendizagem e desenvolvimento intelectual, e a formação de seus estudos tanto como indivíduo de mesma classe estudantil ou mero retentor de habilidades direcionadas para sua aptidão, assegurando os direitos a pessoas com deficiência do qual o espectro autista se encontra na formação e atenção as suas tarefas que foi submetido dentro dos seus limites inerentes de execução e todos os integrantes tem capacidade superior à muitas pessoas normais concentrando-se em um único objetivo atual, até ser apresentado um novo objetivo. 
O aprendizado do Espectro Autista é para sempre, porque quando assimilam o conhecimento esse é para toda vida pois fazem destes hábitos seus dias muitos felizes, sendo essas informações passadas nas imagens do aluno como um filme que representará um encontro com o seu cognitivo intelecto e processada em sua memória, assim com as informações guardadas vai aumentado a sua capacidade de desenvolvimento e passo a passo podendo unir os seus propósitos com as demais informações, saindo do anonimato para um caminho ainda mais desconhecido que vai galgando sua escala e podendo assim chegar a um patamar elevado tanto mental como de conhecimento em seus estudos. 
O método TEACCH deriva da psicolinguística e historicamente esse enfoque proporcionou uma ponte interdisciplinar entre a Psicologia Cognitiva e a Lingüística, cujo propósito é o estudo da interação entre o pensamento e a linguagem, estabelecendo uma constatação de que a imagem visual é geradora de comunicação (1995; Walter, 2000). 
O programa TEACCH, nos Estados Unidos, tem recebido reconhecimento nacional e internacional, e é visto por profissionais da área como um programa de excelência pelos seus resultados (Marques e Mello, 2002). Para iniciar o programa é necessário antes realizar uma avaliação e para tanto utiliza-se a Escala CARS (Classification Autism Ratting Scale) de Schopler e cols. (1980). A escala é composta por 15 itens comportamentais que são observadas na crianças e mensuradas através de uma escala da pontuação atingida. A escala classifica o autismo em leve, moderado e severo (Walter, 2000). Os itens analisados na escala CARS são: 
Relação com as pessoas. 
Imitação 
Reação emocional. 
Uso do corpo. 
Uso dos objetos. 
Adaptação a mudanças. 
Reação visual. 
Reação auditiva. 
Discriminação tátil ou gustativa. 
Reações nervosas. 
Comunicação verbal. 
Comunicação não-verbal. 
Nível de atividade. 
Nível de consistência da resposta intelectual. 
Impressões gerais. 
Além da CARS, o PEP-R (Psychoeducational Profile) de Schopler e cols (1980) também é usado com o objetivo de verificar as habilidades psicoeducacionais nas crianças (Walter, 2000). As áreas avaliadas são: 
Imitação 
Comportamento motor amplo. 
Comportamento motor fino. 
Coordenação mão/olho. 
Performance cognitiva. 
Percepção 
Percepção cognitiva verbal. 
Comportamento de auto-cuidado. 
 O PEP foi adaptado para adultos em 1988 e então foi criado o AAPEP (Adolescent and Adult Psychoeducacional Profile). As áreas que devem ser avaliadas pelo AAPEP são: 
Habilidades vocacionais. 
Funcionamento independente. 
Habilidades de lazer 4- Comportamento vocacional. 
Comunicação funcional. 
Comportamento interpessoasl. 
 Para Walter (2000), ao se definir as estratégias educacionais e de tratamento é preciso estar atento às metas e considerar os comportamentos que são de fato funcionais. Uma vez terminada avaliação é possível conhecer quais são os problemas que se destacam com maior urgência (Wing, 1982). O método se preocupa bastante com a estrutura das salas de aula, com a programação que é oferecida aos alunos, com as rotinas diárias estruturadas, com os sistemas individualizados de trabalho e com o uso do apoio visual para a realização independente das atividades. Ao contrário dos métodos comportamentais, o TEACCH não faz uma intervenção direta nos comportamentos inadequados, mas procura compreender suas causas. As modificações de conduta só são feitas quando há situações de risco. A organização da sala de aula deverá ser feita em quatro áreas: área de aprendizado, onde a criança recebe instruções, área de trabalho independente, área de descanso ou lazer e área de rotina diária. Alguns critérios para a aplicação do TEACCH (Marques e Mello, 2002): 
Os materiais devem ser adequados e as atividades apresentadas de modo que o aluno consiga entender a proposta visualmente. 
Deve-se levar em conta que o aluno aprende em pequenos passos e o tempo de tolerância de trabalho também deve ser aumentado aos poucos. 
O professor deve se preocupar em obter a atenção da criança antes de começar o trabalho. 
O professor deve se preocupar em utilizar uma linguagem verbal compatível com o nível de desenvolvimento da criança. 
A mesa de trabalho deve ser organizada de maneira clara, de modo que fique claro o que a criança tem que fazer. 
Não se deve apresentar um grande número de tarefas ao mesmo tempo. 
As indicações devem ser apresentadas antes que a criança responda de forma incorreta. 
O aluno deve ter sempre a sua disposição recursos para pedir ajuda. 
O professor deve ter fácil acesso visual às áreas de trabalho de cada aluno. 
As áreas de trabalho devem ser marcadas de maneira que o aluno possa dirigirse a elas sozinho. 
Cada aluno deve ter definido o lugar onde guardar o trabalho terminado. 
A rotina deve ser clara e compreensível para o aluno. 
O objetivo final do método TEACCH é proporcionar ao paciente autista uma autonomia de sobrevivência quando alcançar a vida adulta. Um dos objetivos é fazer com que o autista entenda o mundo em que ele vive ao fazê-lo desenvolver habilidades de comunicação e compreensão para que possa interagir com outras pessoas em seu ambiente e assim ter a oportunidade de escolher de acordos com suas necessidades. 
Em outras palavras, é objetivo do TEACCH, ensinar para os alunos portadores do autismo as relações de causa e efeitos, já que muitos autistas não reconhecem que sua ação no mundo pode gerar acontecimentos previsíveis. 
A Lei Berenice Piana, em seu Art. 3º afirma que o autista tem direito ao acesso à educação e ao ensino profissionalizante. Depois, em parágrafo único, a mesma lei afirma que “Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso 
IV do art. 2º, terá direito a acompanhante especializado.”. Aqui está outro grande alívio para nós, profissionais, que temos lutado por acompanhante especializado de escola em escola e que já ouvimos tantos “nãos” e tantos estranhamentos frente a este pedido. O acompanhante especializado é direito do autista e é fundamental para que ele se adapte ao meio escolar e consiga aproveitar ao máximo as estimulações deste contexto. 
Mas segundo Maria Teresa Mantoan, professora da Universidade de Campinas (Unicamp) especialista em inclusãoem uma entrevista dada ao site Educação Integral, o cenário educacional brasileiro atual tem como mote principal o acesso, permanência e sucesso de toda criança na escola regular. A educadora afirma que a situação se concretiza como desafio, posto que a escola atual não é feita para todos. 
“Até agora, os sistemas de ensino têm lidado com a questão por meio de medidas facilitadoras, como cuidadores, professoras de reforço e salas de aceleração, que não resolvem, muito menos atendem o desafio da inclusão. Pois qualificar uma escola para receber todas as crianças implica medidas de outra natureza, que visam reestruturar o ensino e suas práticas usuais e excludentes. Na inclusão, não é a criança que se adapta à escola, mas a escola que para recebê-la deve se transformar” 
 
Considerações Finais 
O ensino estruturado é uma ferramenta fundamental para o eficaz aprendizado do autista. Surgido na década de 70 e desenvolvido por Eric Schopler e seus colaboradores, o ensino estruturado consiste em ensinar técnicas comportamentais e métodos de educação especial a crianças autistas, a fim de que respondessem as suas necessidades, muitas vezes impossibilitadas pela falha na comunicação. 
(BRASIL, 2008) 
Normalmente, à medida que vão se desenvolvendo, as crianças vão aprendendo a estruturar seu ambiente, enquanto que os autistas e outras pessoas com distúrbios difusos do desenvolvimento precisam de uma estrutura externa para otimizar uma situação de aprendizagem. (GURGEL, 2012) 
O ensino estruturado busca diminuir a ocorrência de problemas de comportamento, com a promoção da organização interna que facilita os processos de aprendizagem. (BRASIL, 2008) 
Através de um ensino estruturado é possível: - Fornecer uma informação clara e objetiva das rotinas; - Manter um ambiente calmo e previsível; - Atender à sensibilidade do aluno aos estímulos sensoriais; - Propor tarefas diárias que o aluno é capaz de realizar; - Promover a autonomia. (BRASIL, 2008) 
Referências 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Unidades de Ensino Estruturado para alunos com perturbações de espectro do autismo. Normas Orientadoras; 2008. 
 
GURGEL, DS. A arte e as dificuldades de educar uma criança autista. Pedagogia ao pé da letra. Educação Especial; 2012. [acesso em: 27 jun. 2016] Disponível em: http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/a-arte-e-as-dificuldades-deeducaruma- criancas-autistas/. 
 
Marques, M. B. & Mello, A. M. S. (2002). TEACCH – Treatment and education of autistic and related communication handicapped children. In: Camargo Jr. W. Transtorno Invasivo do Desenvolvimento: 3º Milênio/ Waltter Camargo e Colaboradores. Brasília: Ministério da Justiça, Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, AMES, ABRA, 2005. 
 
Schopler, E., (1980). Reicheler, R. & Lansing, M. Individualized assessment and treatment for autistic and developmentally disable children. Baltimore: University Park Press. 
 
Walter, C. C. de F. (2000). Os efeitos da adaptação do PECS ao curriculum funcional natural em pessoas com autismo infantil. Dissertação de Mestrado não publicada. Universidade Federal de São Carlos 
 
Wing, L.; Gould, J. (1979). Severe Impairments Of Social Interaction And Associated Abnormalities In: Children: Epidemiology and Classification. Journal of Autism and Developmental Disorders, 9, 11-30.

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