A água em Lamego Trabalho em construção2

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A água em Lamego
Licenciatura em Gestão Turística, Cultural e Patrimonial
Disciplina de Itinerários e Sistemas de Informação Geográfico
A água em Lamego
Docente: Didiana Ribeiro
Autores: 
Andreia Borges, nº2135
Carlos Moura, nº2121
Liliana Moreira, nº2356
Maria Ribeiro de Almeida, nº2320
Índice 
Índice de imagens 
Introdução
A disciplina de Itinerários e Sistemas de Informação Geográfico tem como objetivo capacitar-nos na elaboração de itinerários turísticos, sejam eles rotas ou circuitos, para citar alguns termos aqui ensinados. Esta disciplina insere-se no Curso de Gestão Turística, Cultural e Patrimonial proposto na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego e lecionada pela Professora Didiana Ribeiro.
A docente supracitada apoiou a escolha do tema para o qual enveredámos: a água em Lamego. Orientámos então as nossas pesquisas para as obras e documentos online que abordassem o tema escolhido. Perante alguma dificuldade em obter informações que nos permitissem avançar, o trabalho de campo foi uma necessidade. Pouco a pouco foi se desenhando o itinerário/circuito, esclarecendo o tema da água em Lamego para poder transpô-lo sob a forma de circuito turístico com as devidas paragens e curiosidades que só os populares conhecem.
Quanto as tipologias e classificações de itinerários diversificam-se semelhante o critério utilizado assim, podemos classificar os itinerários segundo a motivação subentendida e, nesse sentido segundo o tipo de produto turístico, ou segundo o tipo de transporte utilizado. Então o tipo de classificação do nosso itinerário será ecológico ou da natureza este tipo de itinerários vem suscitando um interesse crescente motivado, em parte, pelo ritmo da vida moderna da cidade de lamego. O objetivo é proporcionar aos participantes o desfrute e o contacto com a natureza e valores do património natural (e cultural) que estes espaços encerram que no caso do nosso trabalho é a água então estas áreas escolhidas pelo nosso grupo, pelas suas características são um ponto fulcral para a realização deste tipo de itinerários o que obviamente vamos ter em consideração critérios de conservação e salvaguarda dos recursos naturais.
I – Enquadramento temático do itinerário a ser elaborado:
I.1 – O lugar da água na sociedade:
Sob a forma de vapor, de gelo ou de líquido, a única substância que existe, em circunstâncias normais e em todos os três estados da matéria é a água. É um bem de primeira necessidade presente de forma preponderante na e para a vida dos homens. Não poderíamos deixar de esquecer que a água é um recurso natural de valor econômico, estratégico e social, essencial à existência, ao bem-estar do homem e à conservação dos ecossistemas. A água é a essência da humanidade.
O Planeta Terra deveria designar-se ‘Água’, já que 70% de sua superfície é coberta por oceanos, assim sendo da mesma forma que o Sol é um recurso natural imprescindível à vida no nosso planeta. Segundo algumas teorias, as primordiais formas de vida nasceram nos oceanos há cerca de 4 milhões de anos e eram conhecidas como os Procariontes. Eram formas de vida monocelulares que ao longo da história evoluíram para os Eucariontes, um pouco mais complexos do que os primeiros. Assim ao longo da história, originaram uns pequenos vermes achatados e criaturas invertebradas mais complexas. Destes surgiram os peixes tornando-se assim os senhores dos mares e por razões desconhecidas estes começaram a sair das águas dando origem às criaturas anfíbias que poderiam andar no solo. Estes anfíbios evoluíram para os répteis e para os Sinapsídeos, antepassados dos mamíferos, que permaneceram escondidos durante o longo reinado dos dinossauros, para finalmente aparecer o Homem.
Origem da vida, a água é formada por dois átomos de hidrogénio (H2) e por um átomo de oxigénio (O), formando assim, a molécula H2O. A água na Terra desloca-se continuamente segundo um ciclo, conhecido cientificamente como o ciclo hidrológico que alude à troca incessante de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, as águas superficiais, subterrâneas e dos seres vivos.
Figura 1:ciclo hidrológico
Fonte: http://eb1santoantoniodeossela.blogspot.pt/2013/01/o-ciclo-da-agua.html
I.2 – Enquadramento Regional e Histórico da cidade de Lamego 
Lamego é uma cidade portuguesa no Distrito de Viseu, Região Norte e sub-região do Douro, com cerca de 8 848 habitantes sendo a segunda maior cidade do distrito. O município está situado na margem sul do rio Douro. O município é limitado a norte pelos municípios de Mesão Frio e Peso da Régua, a leste por Armamar, a sueste por Tarouca, a sudoeste por Castro Daire e a oeste por Resende.
Lamego é uma cidade histórica e as suas origens permanecem por desvendar, uma vez que o seu antiquíssimo passado não permite certificar, com segurança, a época da sua fundação. Pode-se dizer que Lamego é uma cidade muito anterior à fundação da Nacionalidade mas infelizmente devido às destruições por que passou, e ao desaparecimento de vestígios que seriam importantes não nos permite desvendar este mistério. (Pereira, 2002).
Figura2 
I.2.1 – Apresentação do tema escolhido:
A água será então o tema escolhido para este trabalho. O percurso do nosso raciocínio acompanhará a rota lamecense que nos propusemos de construir á volta da água. Este tema está relacionado com a natureza e com os homens. Considera-se que o itinerário engloba os aspetos natural e etnográfico. Também permite apoiar-se na temática cultural e histórica, através da contextualização histórica da utilização da água ao longo dos tempos.
Por razões óbvias de organização, este percurso será pedestre com uma duração aproximativa de uma hora. O modelo escolhido será o Stopover, para ter um ponto de partida diferente do ponto de chegada. Baseando-nos nos critérios de classificação abordados em sede de aulas, podemos falar de um itinerário específico (grupo I), local (grupo III), de curta duração (grupo IV), urbano (grupo V), cultural (grupo VI) e para pequenos grupos (grupo VII).
I.2.2 - A história “aquática” Lamecense:
Um pouco da história de Lamego determina-se pela passagem Árabe origem perde-se no tempo a criação do nome Lamego.
Os locais, na cidade, que deixaram importantes sinais arquitetónicos foram: a torre da Sé; a igreja de Almacave; parte da muralha do castelo; o embasamento do próprio castelo e, magnífica cisterna abobadada. O que nos leva a deduzir a importância da água já nos seus primórdios de urbe encontrámos numa obra de Ferreira, (s.d) uma citação de Sanchez, que desejamos repetir no nosso trabalho:
“Los árabes, como pueblo cuyas raíces se hunden en el árido desierto, sempre han conservado un especial aprecio y consideración hacia el agua. “ (pág. 33).
Assim segundo Ferreira (s,d),diz o seguinte:
Lamego, como a maior parte das cidades árabes, ou islamizadas, deveria ter os seus banhos públicos, embora, até à data não tenhamos conseguido identificar a sua possível localização. A necessidade da água para realizar as purificações próprias do ritual da oração dos muçulmanos, propiciou o aparecimento de fontes e lugares específicos para o efeito nas mesquitas. Também nas imediações dos edifícios religiosos, acabam por aparecer fontes e banhos públicos (hammâmât), localizados em edifícios independentes. Tendo em conta a possibilidade de a mesquita se situar no local onde hoje se ergue a igreja de Almacave, não será descabido pensar que existiria aí próximo um balneário, ou edifício de banhos. Algumas das indústrias que maior quantidade de água necessitavam, como a cerâmica; tratamento de couros; tinturarias; tratamento de têxteis (linho e cânhamo),vão-se situar fora da cidade, junto aos rios, quer pela própria necessidade da água para a execução dos trabalhos, quer pela facilidade de fazer escoar os resíduos produzidos.
Assim, em Lamego, é junto ao rio Fáfel, que se vão estabelecer algumas destasindústrias, nomeadamente do tratamento de têxteis, havendo registo de moinhos que aí funcionavam, e também da cerâmica, tal como era indicado pelo próprio nome da Rua Da Olaria. (pag.131)
Então podemos dizer que os cursos que estão mais ligados à agricultura, vão-se estabelecer no vale, nos arrabaldes (em árabe, ar-rabad), junto aos terrenos mais irrigados e por isso mais férteis. A cidade desenvolve-se assim segundo um eixo bem delineado junto aos cursos de água.
I – 3 – Levantamento dos polos e recursos disponíveis:
A área abrangida pelo nosso percurso ficará na parte antiga da cidade de Lamego e poderá ter os seguintes pontos de passagem:
Fonte do Pelicano na escadaria da Sé da Nossa Senhora dos Remédios;
Trecho do rio Coura em Medelo;
Cisterna do Bairro do Castelo;
Percurso invisível do Rio Coura (Ponto a determinar);
Largo entre o Teatro e o Museu (onde o rio passa);
Avistar a foz do rio Coura no rio Balsemão atrás do Museu de Lamego (a determinar);
Terminar nas bacias da Avenida Visconde Guedes Teixeira. 
Estes possíveis polos decorrem de uma análise do tema em vários sentidos. Iniciamos a nossa pesquisa no terreno listando os sítios relacionados com água: o escadório na Senhora dos Remédios com as suas fontes, minas, lago; o percurso do rio Coura, que não é visível em toda a parte da cidade; a Cisterna do Bairro do Castelo. Orientámos o trabalho para uma construção que evidenciasse o passado comparando com o presente.
II – CONCEPÇÃO DO ITINERÁRIO TEMÁTICO
Os recursos disponíveis na conceção deste itinerário á volta da água são os seguintes:
Fonte do Pelicano
Esta fonte monumental é uma importante peça lavrada em granito que atrai a atenção pela riqueza dos elementos que a compõem, sobressaindo ao alto uma bela escultura representando um pelicano, com as asas abertas e abrindo com o bico o seu próprio peito para dali tirar o sustento para as crias famintas.
O conjunto é formado por um nicho em arco, de grandes proporções, onde a água escorre em cascata para duas graciosas taças, acabando por cair no reservatório que tem na base.
A obra é ladeada por duas bicas de água que vem das minas do parque.
 Localização: ao fundo da escadaria dos Remédios.
Cisterna - Junto a um troço de muralha, na R. com o seu nome, a CISTERNA de pedra lavrada e siglada, abobadada em cantaria de ogiva nervada com quatro arcos apoiados em pilares laterais, no eixo dos quais tem uma pequena abertura para iluminação. Lateralmente a meia altura, possui uma porta de acesso, com escada interior, estando ligada a um resto de pano de muralha. Próximo, a Praça de Armas, com c. 90 m. de perímetro, formando um polígono hexagonal irregular.
Acessos
Rua do Castelo *1, Rua da Cisterna. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,099207, long.: -7,808767
Bacias da Avenida Visconde Guedes Teixeira –
II.2 – Aspetos Técnicos do Itinerário
III – ITINERÁRIO FINAL
III.1 – Texto de Apoio - Traçado do itinerário/Programa
III.2 – Cartografia - Desenho final do Itinerário
Representação Gráfica, escolha e seleção de variáveis visuais e suportes informativos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
Lamego, janeiro 2014