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imunologia

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Imunologia Básica: Fundamentos de Biologia das Células Sanguíneas. 
Hematopoiese: processo pela qual as células sanguíneas crescem, dividem-se e se diferenciam na medula óssea. São produzidas três classes de células: 
1) Eritrócitos (hemácias): transporte de oxigênio.
2) Plaquetas: controle da hemorragia.
3) Leocócitos: a maioria está envolvida na defesa do hospedeiro.
Essas células mencidonadas originam-se de um conjunto de CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS (HSC) pluripotentes, que residem na medula óssea e produzem todos os tipos de células do corpo. 
As células maduras de linhagem mielóide* incluem os neutrófilos, monócitos, mastócitos, eosinófilos, basófilos e megacariócitos (células que origiam as plaquetas).
* mielóide: que tem origem na medula óssea.
As células maduras da linhagem de linfócitos incluem os linfócitos B, linfócitos T e possivelmente as NK (células natural killer).
Ontogenia da hematopoese:
Dentro de 2 meses após a concepção, as HSC migram para o fígado fetal (inicialmente produzidas no saco vitelínico embrionário). A produção de eritrócitos é a primeira fase da hematopoese; durante o terceiro mês inicía-se a produção de plaquetas. Com 5 meses de gestação dá-se início à produção de leocócitos. 
A atividade hematopoiética nos ossos longos decai com o avanço da idade, de modo que, após a puberdade, a hematopoese restringe-se, em grande parte, ao esqueleto axial – pelve, esterno, costelas, vértebras e crânio. Entretanto, se a medula óssea for lesada por alguma infecção ou neoplasia, a hematopoesepode recomeçar no fígado e no baço do adulto para manter o suprimento de células sanguíneas. 
Citocinas: 
São substâncias que além de estimularem o aumento de células sanguíneas, exerce efeito mais pronunciado sobre a função das células (principal função das citocinas).
Controle da proliferação e sobrevida celulares:
Morte celular programada/apoptose:
São normais e com efeitos, são essenciais para a manutenção de populações celulares estáveis ao permitir que a taxa de produção de novas células seja equilibrada por uma taxa igual de morte celular. O suicídio celular também desempenha uma função de defesa: as células infectadas por um vírus ou outro patógeno intracelular podem suicidar-se; o que ajuda a limitar disseminação da infecção. 
Características de uma apoptose: 
No decorre de várias horas, a célula dimiui de tamanho à medida que o núcleo e o citoplasma se tornem compactados; as características de superfície, como as microvilosidade, desaparecem; fragmentos do citoplasma desprendem-se da superfície (vesiculação); a cromatina nuclear se condensa; e as endonucleases celulares clivam o DNA cromossomal em segmentos. Por fim a célula se desentegra em pequenos fragmentos (corpos apoptóticos), que são rapidamente fagocitados e digeridos por células adjacentes.
Imunidade Inata/natural:
O corpo humano detém de inúmeras barreiras de defesa. 
1) Barreiras mecânicas: pele; ácido láctico – mantém um PH ácido da superfície da pele, ajudando a prevenir a colonização de bactérias ou outros microrganismos; muco produzido pelas mucosas ororaingeanas e nasais que, podem capturar, dissolver e eliminar substâncias estranhas.
Imunidade inata: refere-se a qualquer resistência inata presente quando um patógeno se apresenta pela primeira vez; não requer nenhuma exposição anterior e não se modifica significamente através de exposições repetidas ao patógeno durante a vida do indivíduo. 
Imunidade adquirida: refere-se à resistência que está ausente ou fraca por ocasião da primeira exposição ao patógeno, mas que aumenta acentuadamente com exposições subsequentes ao mesmo patógeno específico. 
Proteínas solúceis da imudade inata:
1º) Essas proteínas são continuamente expressas durante toda a vida do indivíduo, independente das necessidades de seus efeitos protetores em determinado momento. 
2º) Embora muitas dessas proteínas possam ser produzidas em qauntidades aumentadas nos momentos de necessidade, suas propriedades qualitativas (como a especificidade do substrato) não se modificam.
3º) Apesar de essas proteínas exercerem funções altamente específicas em nível molecular, elas reconhecem alvos ou substratos encontrados em uma ampla varidade de diferentes microrganismos, permitindo, assim, que forneçam uma proteção relativamente inespecífica contra uma grande variedade de patógenos. 
A resposta da fase aguda:
O fígado aumenta temporariamente a síntese de mais de uma dúzia de diferentes proteínas séricas que participam da defesa antimicrobiana. A resposta é desencadeada quando os hepatócitos são expostos à certas citocinas liberadas localmente ou na corrente sanguínea por outras células do hospedeiro.
Respostas vasculares e endoteliais à lesão ou infecção:
Qualquer tipo de agressão para um tecido sólido – traumatismo fechado, queimadura térmica ou química, laceração, infecção microbiana, etc- tende a ser acompanhado de vasodilatação nos tecidos lesados. O aumento de suprimento sanguíneo local ajuda a melhorar o suprimento de oxigênio, plaquetas e fatores de coagulação na área lesada, o que, por sua vez, ajuda a estabilizar os tecidos lesados e facilita a cicatrização e reparo das feridas. Além disso, o líquido vascular que extravaza nos tecidos pode imediatamente diluir ou dissolver substâncias nocivas e trazer com ele muitas das proteínas antimicrobianas do soro, ajudando, assim, a fornecer rapidamente fatores de defesa inespecíficos e inatos nos locais onde são necessários. 
Fagócitos:
Embora praticamente todos os tipos de leucócitos contribuam para a defesa do hospedeiro, três tipos desempenhas papéis particularmente proeminetes. Dois deles – neutrófilos e asérie de monócitos-macrófagos – são células fagocíticas, que atuam primariamente ao ingerir ou digerir bactérias, restos celulares, etc. O terceiro grupo que compreende os linfócitos, possui poucas capacidade fagocítica, mas realiza uma série de outras reações protetoras (respostas imunológicas).
Neutrófilos:
Formam um exército de fagóciitos cincundantes, equipados para responder rapidamente e em grande número toda vez que houver alguma lesão tecidual. Eles podem ser identificados pelo seu núcleo multilobulado e pelos abundantes grânulos de reserva em seu citoplasma. Esses grânulos armazenam agentes bactericidas e anzimas lisossômicas, até o momento em que se tornam necessários para matar e digerir um microrganismo ingerido. As partículas engolfadas pelo neutrófilo são inicialmente contidas dentro de vacúolos delimitados por membrana (fagossomos). Dentro de segundos após o engolfamento, os grânulos de armazenamento presentes no citoplasma do neutrófilo começam a fundir-se com cada fagossoma, liberando seu conteúdo (desgranulação). Os grânulos dos neutrófilos contém uma extensa série de enzimas e outras substâncias que tem a capacidade de matar e degradar bactérias ou dissolver outros materiais fagocitados.
Se uma resposta localizada for prolongada ou intensa, as enzimas liberadas dos neutrófilos mortos podem liquefazer as células circundantes e material estranho, formando pus – característica de inflamação aguda. 
Fagócitos Mononucleares: o sistema de monócitos-macrófagos.
Os macrófagos secretam numerosas citocinas que influenciam crescimento e as atividades de outros tipos celulares. Estes incluem fatores de estimulação de colônias – prolongamento da sobrevida de neutrófilos dos tecidos ao suprimir a apoptose; fatores de crescimento dos fibroblastos, prostaglandinas e quimiocinas que, atraem linfócitos e outros leucócitos para a vizinhança.
Eles podem se fundir para formar grande células gigantes multinucleadas, que são capazes de fagocitar algos maiores como, lascas, parasitas multinucleares ou material de sutura cirúrgica. 
Os macrófagos estão entre as principais células apresentadoras de antígenos – processam e exibem, na sua superfície substâncias estranhas numa forma passível de serem reconhecidas oelos linfócitos.
Linfócitos e tecidos linfóides:
A distinção mais fundamental consiste em classificação dessas células
em duas linhagens principais: células T (provenientes do timo) e B (provenientes da medula óssea). AS proporções relativas de células T e B variam entre tecidos; no sangue periférico, representam cerca de 75 e 10% de todos os linfócitos, respectivamente. Os outros 15% restantes de linfócitos do sangue periférico pertencem a uma linhagem separada conhecida como células NK. O desenvolvimento das células B ocorre totalmente na medula óssea. Já as células T desenvolvem-se a partir de precursores imaturos que abandonam a medula óssea e circulam pela corrente sanguínea até o timo, onde proliferam e diferenciam-se em linfócitos T maduros. 
O timo e a medula óssea são órgãos linfoides primário pois, produzem a maior parte das células linfoides. Em geral, os linfócitos são produzidos e liberados pela medula óssea e o timo numa taxa mais ou menos constante, independentemente da necessidade de células para uma resposta imunológica em determinado momento. A linfopoese celular T no timo prossegue até aproximadamente a época da puberdade, quando o órgão sofre, naturalmente, atrofia, enquanto as células B continuam sendo produzidas pela medula óssea durante toda a vida. 
Os linfócitos maduros que surgem no timo e na medula óssea encontram-se em um estado de “repouso”: mitoticamente inativos. Embora sejam potencialmente capazes de sofrer divisão celular e desempenhar funções imunológicas, ainda não foram estimulados a fazê-lo. Quando dispersos na corrente sanguínea, migram eficientemente para vários órgãos linfoides secundários, como o baço, os linfonodos e as amígdalas. A função dos órgãos secundários é maximizar o encontro entre linfócitos e substâncias estranhas, e esses locais é que surgem a maioria das respostas imunológicas. A maioria dos linfócitos virgens possui uma sobrevida muito curta, sendo programados a morrer dentro de poucos dias após terem abandonado a medula óssea ou o timo. Entretanto, se uma dessas células receber um estímulo indicando a presença de um patógeno ou substância estranha, ela pode responder através de um fenômeno conhecido como ativação, durante pode sofrer vários ciclos sucessivos de divisão células no decorrer de um período de vários dias. Algumas das células-filha retornam ao repouso, tonando-se linfócitos de memória – podem sobreviver muitos anos. Outras células do sistema imune são as Células efetoras, que sobrevivem apenas alguns dias, mas que, durante esse período, executam atividades de defesa específicas dirigidas contra o invasor estranho. 
Células B:
Essas células têm capacidade de sintetizar imunoglobulinas. Cada imunoglobulina liga-se especificamente ao seu próprio ligante que podem possuir inúmeros determinantes químicos, por exemplo proteínas, carboidratos, lipídeos ou macromoléculas. Os determinantes moleculares ligados pelas imunoglobulinas podem ser denominados como antígenos. Nos linfócitos B em repouso, as imunoglobulinas trabalham apenas como receptores ligados à membrana, para antígenos específicos. Cada linfócito em repouso pode expressar inúmeras imunoglobulinas de membrana sobre sua superfície. As células efetoras de linhagem B (plasmócitos) são exclusivamente especializadas na secreção de grandes quantidades de imunoglobulinas em seu meio circundante. Essas imunoglobulinas são chamadas de anticorpos. Quando o linfócito B sofre divisão, algumas células-filha tornam-se células de memória enquanto outras tornam-se plasmócitos. Não há imunoglobulina na superfície do plasmócito. Eles apenas produzem essas no meio intracelular e expelem para o meio extracelular. A principal função das células B é a produção de anticorpos no sangue e outros líquidos orgânicos, tornando esses líquidos inóspitos para invasores estranhos. Eles são o principal tipo celular envolvido na imunidade humoral. AS células B porem atuar como células apresentadoras de antígenos ao processar e levar substancias estranhas para o linfócitos T. Podem também secretar linfocinas, que influencia no crescimento e atividade de outras células imunologicamente importantes.
Células T: 
Exercem seus efeitos protetores através do contato direto (não usam imunoglobulinas) com um alvo ou influenciam atividade de outras células imunológicas importantes. Assim como para produzir a maioria dos seus efeitos imunológicos. As células B e os macrófagos são apresentadores de antígenos para as células T. A maioria dos linfócitos T que expressa a proteínas CD8 possui atividade citotóxica – capacidade de matar células que possuem macromoléculas estranhas em sua superfície. Eles são extremamente importantes na defesa contra infecções virais. Exemplo: destruição de células infectadas do hospedeiro para que haja a erradicação da doença. Os linfócitos TCD4, não são citotóxicos, mas atuam como células T auxiliares, promovendo a proliferação, maturação e função imunológica de outro tipos celulares.
Órgãos linfoides:
Cada linfócito individual passa maior parte de sua vida em tecidos sólidos, entrando na circulação apenas periodicamente para migrar de um local de repouso para outro. Encontramos no máximo 1% da população total de linfócitos. As células restantes encontram-se, em sua maioria em órgãos secundários, como timo, amígdalas, linfonodos e baço. 
Linfonodos: drenam e filtram a linfa dos órgãos, com exceção do cérebro, globos oculares, cavidades medulares, cartilagem e placenta. 
Baço: a cada dia, cerca de metade do sangue corporal é filtrado pelo baço, onde os linfócitos e macrófagos procedem a um contínuo reconhecimento na procura de agentes infecciosos. O baço atua como linha de defesa crítica contra patógenos transportados via hematogênica. Os macrófagos esplênicos também desempenham a função de reconhecer e eliminar quaisquer eritrócitos ou leucócitos anormais ou lesados do sangue. Na ocorrência de uma esplenectomia, ocorre uma elevação persistente na porcentagem de eritrócitos deformados circulantes e aumento moderado no risco de sepse por diplococos ou outras bactérias piogênicas (que provoca pus).
Amígdalas: Em muitas regiões do trato alimentar, trato genituritário e vias respiratórias, observa-se grande número de linfócitos B e T individuais, macrófagos e plasmócitos. 
As amígdalas são agregados nodulares de macrófagos e tecido linfoide. A função dela é detectar e responder à patógenos nas secreções respiratórias e alimentares. Em seu conjunto, todos os tecidos linfoides organizados e difusos encontram-se em regiões da submucosa do corpo, podem ser considerados como uma única unidade funcional, denominada tecido linfoide associado às mucosas (MALT). Esse tecido secreta anticorpos através da superfície da mucosa como defesa contra patógenos externos. 
A pele também é importante na defesa. Na derme e epiderme, existem constantemente pequenas populações de linfócitos. Além disso, a epiderme contém uma subpopulação residente de células apresentadoras de antígeno, denominadas de Células de Langerhans. Cada uma dessas células emitem uma rede de ramos dendríticos que, se entrelaçam entre as células epiteliais da epiderme numa área relativamente grande. Quando entra em contato com substancias estranhas, as células de Langerhans secretam citocinas que atraem linfócitos adicionais da circulação. Os macrófagos da epiderme desempenham um papel semelhante como sentinelas e apresentadores de antígenos. 
Timo: Envolvido na produção e maturação dos linfócitos do que vigilância imunológica em si. Trata-se do principal local onde os linfócitos T diferenciam-se e tornam-se funcionalmente competentes. 
Inflamação: Apesar de os linfócitos e as células apresentadoras de antígenos serem as células fundamentais em todas as respostas imunológicas, outros tipos de células poder ser recrutados nessa resposta. Assim, por exemplo, as citocinas ou outros produtos liberados por linfócitos ativados e macrófagos podem atrais quimicamente os neutrófilos ou eosinófilos, estimular a proliferação de fibroblastos e células endoteliais ou induzir a descarga de substâncias bioativas por mastócitos e basófilos nos tecidos locais. Esses
agentes, bem como os produtos da cascata de complemento, podem resultar, direta ou indiretamente, em aumento da perfusão vascular local, permeabilidade capilar, acúmulo de líquido extravascular e dor. A reação global e integrada do hospedeiro – abrangendo a resposta imunológica juntamente com todos os seus fenômenos secundários, associados – é denominada inflamação. Os fatores solúveis que deflagram os vários aspectos secundários da inflamação são coletivamente conhecidos como mediadores inflamatórios e considerados pró-inflamatórios. As células envolvidas (incluindo linfócitos, neutrófilos, mastócitos, etc) são frequentemente descritas como células inflamatórias. Diferentes características da inflamação predominam em diferentes situações dando origem a várias categorias distintas de reações inflamatórias. Os aspectos da inflamação são em sua maioria potencialmente benéficos, visto que ajudam a defender o hospedeiro contra toxinas, patógenos ou outras substâncias lesivas. Entretanto, as reações inflamatórias, quando excessivas ou inapropriadas, podem resultar em desconforto, incapacidade e até mesmo morte. Por esse motivo os antiinflamatórios e outras medidas terapêuticas que suprirem a inflamação desempenham importante papel na prática médica atual. 
Propriedades Gerais das respostas imunes:
Imunidade inata e adaptativa: 
Imunidade inata/natural: mecanismo de defesa que já existe no hospedeiro antes mesmo de entrar em contato com o antígeno e que está pronto para agir de maneira rápida às infecções. 
Principais componetes:
→ Barrerias físicas: epitélios.
→ Barreiras químicas: substâncias químicas antimicrobiana produzidas pelo epitélio.
→ Células fagocitárias: neutrófilos e macrófagos; Células dendríticas e células NK (natural killer).
→ Proteínas do sangue, incluindo membros do sistema complemento e outros mediadores da inflamação.
→ Proteínas Citocinas: regulam em coordenam muitas das atividades celulares imunitárias.
Imunidade adaptativa/ adquirida: 
A resposta imunológica é estimulada pela exposição à agentes infecciosos. Essa resposta tem alta especificidade para moléculas distintas e memória, além de responder sempre com mais intensidade a cada nova exposição ao agente infeccioso.
Principais componentes: 
→ Linfócitos e seus produtos secretados, tais como os anticorpos. 
Antígeno: substancia estranhas; patógenos que invadem o hospedeiro.
Imunidade humoral: é mediada por moléculas no sangue e nas mucosas (anticorpos) produzidas pelos linfócitos B. Os anticorpos reconhecem e combatem os antígenos microbianos. Essa imunidade é o principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suass toxinas.
Imunidade celular: é mediada por linfócitos T. Os microrganismos intracelulares (vírus e algumas bactérias) sobrevivem e se prolifeream no interior dos fagócitos e de outras células do hospedeiro, onde são inacessíveis aos anticorpos circulantes. A defesa contra essas infecções é responsabilidade da imunidade celular que, promove a destruição dos microrganismos que residem nos macrófagos ou destroem células infectadas para eliminar os reservatórios da infecção. 
A imunidade que é induzida pela exposição a um antígeno é denominada imunidade ativa, visto que o indivíduo imunizado desempenha uma resposta ativa ao antígeno. 
A imunidade também pode ser conferida pela transferência de soro ou linfócitos de um indivíduo especificamente imunizado, conhecido como trasnferência adotiva. O receptor dessa trasnferência se torna imune mesmo sem ter sido exposto anteriormente ao antígeno (imunidade passiva).
Exemplo Imunidade ativa: transferência de anticorpos maternos para o feto.
Exemplo de Imunidade passiva: imunização do hospedeiro por adminstração de anticorpos de animais imunizados contra antígenos ou toxinas (tétano ou veneno de cobra).
Principais característica da resposta Imuni adaptativa:
→ Especificidade e diversidade: as partes dos antígenos que são reconhecidas espeficicamente pelos linfócitos são denominadas determinantes antigênicos. Essa especificidade apurada ocorre porque os linfócitos expressam receptores de membrana que são capazes de distinguir diferenças sutis na estrutura de diferentes determinantes antigênicos.
A capacidade do repertório linfocitário (reconhece milhões de antígenos) é conhecida como diversidade. 
→ Memória: Pelo fato do hospedeiro já ter tido contato com o antígeno, as respostas secundárias (segunda exposição e subsequentes) ao mesmo antígeno, geralmente são mais rápidas e de maior intensidade, e com frequência, qauilitativamente diferentes da primeira resposta. 
→ Espanção clonal: refere-se a um aumento do número de células que expressam receptores idênticos para o mesmo antígeno e que, portanto, pertencem a um clone. Esse fenômeno permite que haja uma resposta imediata e muito rápida frente ao rápido ritmo de divisão dos patógenos. 
→ Especialização: o sistema imunitário responde de maneira distinta e especial a diferentes microrganismos, maximizando a eficiência dos mecanismos de defesa antimicrobianos.
→ Contração e homeostasia: Todas as respostas imunológicas normais diminuem com o passar do tempo após a estimulação antigênica, de modo que o sistema imunológico retorna ao seu estado basal (homeostasia). Essa contração das respostas imunológicas ocorre, em grande parte, pelo fato de que as respostas imunológicas que são desencadeadas por antígenos atuam para eliminá-los, removendo, dessa maneira, um estímulo essencial para a sobrevida e a ativação dos linfócitos. Com exceção das células de memória, os linfócitos que são privados desse estímulo morrem por apoptose. A contração permite que ao sistema retornar a um estado de repouso após eliminar um antígeno e a estar preparado oara responder a outros antígenos. 
→ Não reatividade ao próprio: é a capacidade do sistema imunológico de reagir aos antígenos sem que haja prejuízos a si mesmo. A ausência de resposta imunológica a determinados microrganismos (flora intestinal, por exemplo), denomina-se tolerância, caso não haja essa tolerância, por anormalidades de autotolerância, desencadeiam-se as doenças autoimunes. 
O sistema imunitário tem como objetivo manter a HOMEOSTASIA CORPORAL. De que maneira? Eliminando o causador da “desordem”, no caso, patógenos ou substâncias tóxicas. Em casos de desregulagem corporal do sistema imunológico, podem ocorrer ataques do sistema imunológico ao próprio sistema imunológico ou aos tecidos, caracterizando DOẼNÇAS AUTOIMUNES. Se não controlado com imunossupressores o indivíduo pode vir à óbito. Para isso, o sistema imunitário utiliza de todas as “ferramentas” mencionadas acima. 
Compomentes celulares do sistema imunológico adaptativo:
→ Linfócitos: são as células que reconhecem e respondem espeficicamente a antígenos estranhos. 
→ Linfócitos B: únicas células capazes de produzir anticorpos. Essas células identificam antígenos extracelulares, diferenciam-se em plasmócitos secretores de anticorpos.
→ Linfócitos T: reconhecem os antígenos de microrganismos intracelulares e ajudam os fagócitos a destruí-los, ou matam diretamente as células infectadas. 
Os linfócitos T tem especificidade restrita para os antígenos; eles reconhecem pept´ideos derivados de proteínas denominadas moléculas do complexo principal de histocompatibilidade que são expressas da superfície de outras células. 
Populações de linfócitos: 
* Células T auxiliares: secretam proteínas (citocinas) que atuam como moléculas mensageiras. As citocinas estimulam a diferenciação das próprias células T; ativam outras células, inclusive as células B, macrófagos e leucócitos.
* Linfócitos T citotóxicos: destroem as células que exigem antígenos estranhos (células infectadas por vírus ou outros microrganismos intracelulares).
* Células T reguladoras: inibem as rspostas imunológicas (para não ocorrer danos teciduais – doenças autoimunes).
* Células Natural Killer (NK): envolvida na imunidade natural contra vírus e microrganismos intracelulares.
* Células apresentadoras de antígenos:
O início e o desenvolvimento das respostas imunológicas adapctativas exigem que os antígenos sehjam capturados e apresentados aos infócitos específicos. As com maior grau de especialização são as células dendríticas, que capturam os antígenos microbianos provenientes do ambiente externo, transportando-os até os órgãos linfóides e apresentando aos linfócitos T virgens, que iniciam as respostas imunológicas.
A eliminação do antígeno exige a participação de células efetoras que, medeiam o efeito final da resposta imunológica. Exemplos: linfócitos T ativados, fagócitos mononucleares e leucócitos.
Citocinas, mediadores solúveis do sistema imunológico: 
Pleitropismo: quando uma citocina pode atuar em diferentes células e exercer inúmeors efeitos biológicos.
Ação autócrina: Quando as citocinas agem nas proximidades do local em que foram produzidas. 
Ação parácrina: quando as citocinas agem em alguma célula adjacente.
Ação endócrina: quando são produzidas em grande escala, as citocinas podem entrar na circulação e atuar distante de seu local de produção.
As citocinas são produzidas por células da imunidade natural (células dendríticas, macrófagos e mastócitos), impulsionam o processo de inflamação ou contribuem para defesa contra infecções virais.
Em geral, as citocinas podem se produzidas por inúmeros tipos de células, atuam sobre células-alvo diferentes e apresentam propriedades distintas.
Visão geral das respostas imunes aos microrganismos:
Imunidade inata: os principais locais de interação entre os indivíduos e seus ambiente (pele e tratos gastrointestinal e respiratório) são revestidos por epitélios contínuos, que funcionam como barreiras para impedir a entrada de microrganismos do ambiente externo. 
* Inflamação: refere-se ao processo de recrutamento de leucócitos e proteínas plasmáticas do sangue, seu acúmulo nos tecidos e sua ativação para destruir os microrganismos.
Consequências sistemicas e patológicas das respostas inflamatórias agudas: 
* Febre: é mediada pelo aumento de prostaglandinas por células hipotalâmicas estimuladas por citocinas. AAS (acído acetilsalicílico inibe essas citocinas, reduzindo a febre)
Em infecções graves: 
Inibição da contratibilidade do miocardio e do tônus da msuculatura lisa vascular, causando grande redução da pressão arterial ou choque; desenvolvimento de trombose intravascular; choque séptico
Os principais leucócitos que são recrutados na inflamação são os neutrófilos (vida curta nos tecidos) e os monócitos (transformados em macrófagos teciduais). Esses fagócitos expressam em sua superfície receptores que ligam aos microrganismos que ingerem, bem como outros receptores que reconhecem diferentes moléculas microbianas e ativam as células. Com a ativação desses receptores, os fagócitos produzem radicais reativos de oxigênio e nitrogênio e enzimas lisossômicas, que destroem os microrganismos que foram ingeridos. 
* Defesa antiviral: consistem em uma reação mediada por citocinas, em que as células adquirem resistência à infecção viral, e na destruição pelas células NK das células infectadas por vírus.
Imunidade adaptativa: usa três estratégias para combater microrganismos:
* Anticorpos secretados ligam-se aos microrgaismos extracelulares, bloqueiam sua capacidade de infectar células do hospedeiro e promove sua ingestão e destruição pelos fagócitos.
* Células T auxiliares aumentam a capacidade microbicida dos fagócitos, que e ingerem os microrganismos e os destroem.
* Linfócitos T citotóxicos destroem as células infectadas por microrganismos que são inacessíveis aos anticorpos e à destruição fagocítica.
O objetivo da resposta adquirida consiste em ativar um ou mais desses mecanismos de defesa contra microrganismos diversos que podem estar em diferentes localizações anatômicas, como o lúmen intestinal, a circulação ou dentro de células. 
As células dendríticas localizadas nos epitélios e nos tecidos conjuntivos capturam os microrganismos, digerem suas proteínas em peptídeos e expressam, em sua superfície ao sistema imune adaptativo. 
As células dendríticas também exibem os peptídeos dos microrganismos em outros tecidos linfóides, como no baço. 
Reconhecimento dos antígenos pelos linfócitos:
Existem linfócitos específicos para um grande número de antígenos antes mesmo da exposição ao antígeno, e, quando um antígeno entra no hospedeiro, seleciona células específicas e as ativa. O reconhecimento do antígeno fornece especificidade à resposta imunológica, e a necessidade de coestimulação assegura que, as células T respondam à microrganismos e não a substâncias inofensivas. 
Imunidade celular: ativação dos linfócitos T e eliminação dos microrganismos intracelulares.
Os linfócitos TCD4 auxiliares ativados proliferam e diferenciam-se em células efetoras cujas funções são mediadas, em grande parte, por citocinas secretadas. Uma das respostas mais iniciais da células T auxiliares CD4 é a secreção da citocina, a interleucina 2. IL2 é um fator de crscimento que atua sobre os linfócitos ativados por antígenos e que estimula a sua proliferação (expansão clonal). 
Muitas dessas células efetoras deixam os órgãos linfóides em que foram geradas e migram para os locais de infecção e inflamação que a acompanha. Quando esses efetores diferenciados são novamente expostos à microrganismos associados à células, são ativados para desempenhar as funções responsáveis pela eliminação dos microrganismos. 
Algumas células T efetoras da linhagem das células auxiliares CD4 secretam citocinas que recrutam leucócitos e que estimulam a produção de substâncias microbicidas nos fagócitos. Por conseguinte, essas células T auxiliares ajudam os fagócitos a destruir os patógenos. Outras células T efetoras CD4 secretam citocinas que estimulam a produção de uma classe especial de anticorpos, denominada imunoglobina E (IgE), e ativam leucócitos denominados eosinófilos, que são capases de matar parasitas que podem ser grande demais para serem fagocitados. 
Os linfócitos CD8 ativados proliferam e diferenciam-se em células citotóxicas, que destroem as células que contém microrganismos no citoplasma. Esses microrganismos porem ser vírus infectando vários tipos de células, ou bactérias que são ingeridas pelos macrófagos mas que, escapam das vesículas fagocíticas para o citoplasma (onde são inacessíveis aos mecanismos de destruição dos fagócitos, que se limita em grande parte, as vesículas). Ao destrui as células as células citotóxicas eliminam os reservatórios da infecção. 
Imunidade humoral: ativação dos linfócitos B e eliminação dos microrganismos extracelulares.
Uma vez ativados os linfócitos B proliferam e diferenciam-se em células que secretam diferentes classes de anticorpos, com funções distintas. Uma proteção mais efetiva é proporcionada pelas células de memória, que quando ativadas pelo microrganismo, diferenciam-se rapidamente para produzir grandes números de plasmócitos.
Memória Imunológica: 
As células de memória são mais efetivas no combate aos microrganismos do que os linfócitos virgens, visto que, conforme foi assinalado anteriormente, as células de memória representam um reservatório expandido de linfócitos específicos para um determinado antígeno, e respondem mais rapidamente e de modo mais efetivo contra o antígeno do que as células virgens.
Células e tecidos do sistema imune:
As principais células e tecidos do sistema imunológicoe suas funções importantes são:
* Macrófagos: são fagócitos que estão presentes nos tecidos e respondem rapidamente aos microrganismos que entram nos tecidos.
* Neutrófilos: tipo abundandte de fagócito, e os monócitos, precursores dos macrófagos teciduais, estão sempre presentes no sangue e podem ser rapidamente transportados para qualquer lugar do corpo.
* Tecidos especializados: denominados tecidos linfóides periféricos, funcionam para concentrar antígenos microbianos que entram pela pele, tratos gastrointestinal e respiratório. A captura do antígeno e seu transporte para os
órgãos linfóides são as primeiras etapas na resposta imune adaptativa. Antígenos que são transportados para órgãos linfoides são apresentados pelas células apresentadoras de antígenos para reconhecimento por linfócitos T específicos.
* Quase todos os tecidos têm células dendríticas que são células apresentadoras de antígenos especializadas em caprutar antígenos microbianos, transportá-los aos tecidos linfoides e apresentá-los para o reconhecimento por linfócitos T.
* Linfócitos virgens (linfócitos que ainda não entraram com nenhum antígeno) migram para os órgãos linfoides periféricos, onde reconhecem os antígenos e iniciam as respostas imunológicas adaptativas. A anatomia dos órgãos linfoides favorece interações célula-célula que são necessárias para o reconhecimento do antígeno pelos linfócitos e para a ativação de linfócitos efetores e de memória.
* Linfócitos efetores e de memória circulam no sangue, dirigem-se aos sítios. Isso assegura que a imunidade seja sistêmica (mecanismos protetores possam atuar em todo o corpo).
Células do sistema imune:
Embora a maioria dessas células se encontre no sangue, as respostas aos microrganismos geralmente são localizadas nos tecidos e não refletem alterações no número total de leucócitos circulantes.
Fagócitos:fagócitos, incluindo neutrófilos e macrófagos são células cuja função primária é identificar, ingerir e destruir microrganismos. 
As respostas funcionais dos fagócitos na defesa do organismo constitem em passos sequenciais: recrutamento das células para os sítios de infecção, reconhecimento e ativação dos fagócitos pelos microrganismos, ingestão por fagocitose e destruição ddos microrganismos.
Neutrófilos/ leucócitos polimorfonucleares: constituem a população mais abundante de leucócitos cirsculantes e medeiam as fases iniciais das reações inflamatórias. 
O núcleo desse é segmentado em 3 a 5 lóbulos conectados, por isso o nome polimorfonuclear. O citoplasma contem grânulos de 2 tipos. Os neutrófilos são produzidos na medula óssea e origiram-se de uma linhagem comum com os fagócitos mononucleares. Se um neutrófilo não é recrutado para para um sítio de inflamação, sofre apoptose e é fagocitado por macrófagos do fígado ou baço. Após a entrada no tecido, os neutrófilos atuam por algumas horas e morrem. Cada um circula no sangue cerca de 6 horas e depois sofre apoptose. 
Fagócitos mononucleares: 
* População inflamatória: rapidamente recrutada do sangue para para os locais de inflamação.
* Fonte de macrófagos: residentes em tecidos e algumas células dendríticas.
Quando os monócitos entram nos tecidos tornam-se macrófagos. Esses tem nomes diferentes de acordo com o tecido em que se encontram. 
* SNC (sistema nervoso central): micróglia.
* Fígado: células de Kupffer.
* Vias aéreas pulmonares: Macrófagos alveolares.
* Tecido ósseo: osteoclastos (fagócitos multinucleados).
→ Funções dos macrófagos: 
* Ingestão e morte de microrganismos. Ex: geração enzimática de espécies reativas de Oxigênio e nitrogênio (tóxicas para microrganismos) e Ingestão proteolítica.
* Ingestão de células mortas do hospedeiro para limpeza/ regeneração tecidual após infecção. Ex: fagocitam neutrófilos mortos que estão em sítios de infecção ou lesão tecidual por traumatismo ou interrupção sanguínea. Ex2: englobam células apoptóticas antes que elas possam liberar seu conteúdo e induzir reações inflamatórias.
Os macrófagos atuam como células apresentadoras de antígenos. Assim como, promovem o reparo tecidual, estimulando o crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogênese) e pela síntese de matriz extracelular rica em colágeno (fibrose).
Mascócitos, basófilos e eosinófilos:
Presença de grânulos citoplasmáticos preenchidos por vários mediadores inflamatórios e antimicrobianos.
Estão envolvidos em respostas contra helmintos e processos alérgicos.
Mastócitos: Provenientes da medual óssea e estão presentes na pele e epitélio das mucosas. Contém grânulos citoplasmáticos abundantes preenchidos por citocinas, histaminas e outros mediadores.
Mastócitos maduros são encontrados nos tecidos saudáveis, próximos a pequenos vasos sanguíneos e nervos. 
Quando os mastócitos são estimulados, o conteúdo dos grânulos citoplasmáticos – citocionas e histaminas – é liberado no meio xtracelular, as quais promovem alterações nos vasos sanguíneos que fazem parte do processo inflamatório. 
Respondem contra helmintos e são responsáveis pelos sintomas de doenças alérgicas. 
Basófilos: semelhante ao mastócito mas, como sua representação no tecido é muito pequena, sua importância na defesa do hospedeiro e nas reações alérgicas são incertas. 
Eosinófilos: seus grânulos contém enzimas danosas às paredes celulares dos parasistas, mas podem lesionar os tecidos do hospedeiro. 
Estão presentes geralmente nos tecidos periféricos (revestimento das mucosas dos tratos respiratório, gastrointestinal e genitourinário), podendo aumentar em número diante de condições inflamatórias. 
Células apresentadoras de antígenos: Principal: célula dendrítica. Componenetes das imunidades inata e adquirida. 
Células dendríticas: contém grande projeções membranosas, capacidade fagocítica, estão amplamente distribuídas nos tecidos linfóides, no epitélio das mucosas e no parênquima dos órgãos. Essas células reconhecem ácidos nucléicos de vírus intracelulares e produzem prteínas solúveis chamadas interferons do tipo I, que são antivirais.
Células apresentadoras de antígenos para linfócitos T efetores: Células dendríticas, macrófagos e linfócitos B.
Células dendríticas foliculares: localizadas nos folículos linfóides dos gânglios linfáticos, no baço e tecidos linfóides das mucosas. Elas NÃO são derivadas de precursoras da medula óssea e NÃO são relacionadas com células dendríticas. Elas capturam antígenos complexados com anticorpos ou produtos do complemento e apresentam esses antígenos aos linfócitos B.
Linfócitos: 
Medula óssea: origem de células sanguíneas (eritrócitos, granulócitos e monócitos); local de maturação das células B. 
A hematopoese, após a puberdade, restringe-se apenas aos ossos chatos e medula óssea. Na medula vermelha encontrada nesses ossos consiste em uma estrutura reticular esponjosa localizadaentre as longas trabéculas. Os espaços nossa estrutura contêm uma rede de sinusoides preenchidos por sangue e revestidos por células endoteliais ligadas a uma membrana basal descontínuoa. Fora dos sinusóides estão grupos de precursores de células sanguíneas em vários estágios de desenvolvimento. Os precursores de células sainguíneas amadurecem e migram pelas membranas basais dos sonusoides e entre as células endoteliais entrarem no meio intravascular. 
Quando a medula sofre alguma lesão ou demanda excepcional na produção de células sanguíenas, o fígado e o baço tornrma-se os locais de hematopoiese extramedular. 
Células tronco-hematopoieticas (pluripotentes): originam dois tipos de células multipotentes: 
* progenitor linfoide comum: origina células T, B e NK. As células NK maturam totalmente na medula óssea. 
* progenitor mieloide comum: originam linhagens eritroide, magacariocítica, granulocítica e monocítica; que originarão respectivamente, eritrócitos, plaquetas, granulócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos) e monócitos. A maior parte das células dendríticas origina-se da linhagem monocítica.
Timo: órgão bilobado, situado no mediastino anterior. O cortex contém uma coleção densa de linfócitos T. O timo tem um rico suprimento sanguíneo e vasos linfáticos eferentes que drenam para os gênglios linfáticos do mediastino. Os linfócitos do timo (timócitos) são linfócitos T em vários estágios de maturação. A maturação no timo começa então no córtex e conforme os linfócitos vão amadurecendo, migram em direção à medula, de modo que a medula contém a maioria das células T maduras. Somente as células T maduras saem do timo e entram nno sangue e nos tecidos linfóides periféricos. 
Sistema linfático: consiste em vasos especializados que drenam os líquidos dos tecidos para os gânglios linfáticos e
desses para o sangue, é essencial para a homeostase dos líquidos teciduais e das respostas imunológicas.
Esse sistema é composto por vasos que drenam o líquido instersticial. Na maioria das vezes, os microrganismos entram no hospedeiro pela pele e tratos gastrointestinal e respiratório. Todos esses tecidos são revestidos por epitélios que contêm células dendríticas, e todas são drenadas por vasos linfáticos. 
Gânglios linfáticos: órgão sécundário. É preenchido com linfa, macrófagos, células dendríticas e outros tipos celulares. 
Baço: tem as funções de retirar da circulação células sanguíneas lesionadas e senescentes (velhas) e partículas estranhas, além de iniciar respostas imunológicas adaptativas aos antígenos capturados do sangue. Os macrófagos da polpa vermelha servem como um importante filtro para o sangue, removendo microrganismos, células lesionadas. Indivíduos que perdem o baço são altamente suscetíveis a infecções por bactérias encapsuladas (pneumococos e meningococos).
Sistemas Imunológicos regionais:
O sistema imunológico cutÂneo tem evoluído para responder a uma grande variedade de desafios ambientais. Os componentes do sistema imunológico associados à mucosa gastrointestinal e brônquica são denominadoas tecidos linfóides associados à mucosa (MALT) e estão envolvidos em respostas imunológicas para antígenos ingeridos ou inalados. 
Migração dos leucócitos para os tecidos:
Ações biológicas das quimiocinas: algumas quimiocinas são produzidas pelos leucócitos e por outras células em resposta a estímulos externos e estão envolvidas em reações inflamatórias, enquanto outras quimiocinas são produzidas de modo constitutivo nos tecidos e desempenham um papel na organização do tecido. As quimiocinas são essenciais para o recrutamento dos leucócitos circulantes dos vasos sanguíneos para dentro dos locais extravasculares. O recrutamento de leucócitos, leucócitos virgens e efetores, monócitos e neutrófilos que penetram nos locais de infecção nos tecidos, é regulado pelas ações de várias quimiocinas. 
As quimiocinas estão envolvidas no desenvolvimento dos órgãos linfoides, e regulam o trânsito dos linfócitos e de outros leucócitos através dos tecidos linfóides periféricos. As quimiocinas são necessárias para a migração das células dendríticas dos locais de infecção para os gânglios linfáticos regionais (drenantes).
Interações de leucócitos com as células endoteliais e extravazamento dos leucócitos:
As selectinas, as integrinas e as quimiocinas atuam em conjunto para reger as interações entre leucócitos e células endoteliais que são necessárias para a migração dos leucócitos nos tecidos. 
Rolamento dos leucócitos mediado por selectinas sobre o endotélio: os leucócitos circulam próximo às paredes das vênulas revestidas por endotélio nos locais de resposta imune inata, em consequência da vasodilatação e letificação do fluxo sanguíneo, e os ligantes de selectinas sobre as microvilosidades dos leucócitos ligam-se às selectinas na superfície das células endoteliais. Como as interações de slectina e ligante de selectina são de baixa afinidade, com rápida taxa de desligamento, elas são facilmente rompidas pela porça de cisalhamento do fluxo sanguíneo. Em consequência, os leucócitos desprendem-se repetidamente e ligam-se novamente e, dessa maneira, rolam ao longo da superfície endotelial. Essa lentificação dos leucócitos sobre o endotélio permite a atuação do conjunto de estímulos seguinte sobre os leucócitos, no processo em múltiplas etapas.
Adesão estável dos leucócitos ao endotélio mediada por integrinas:
Paralelamente à ativação das integrinas e sua conversão para um estado de alta afinidade, as citocinas também aumentam a expressão endotelial de ligante de integrina. O resultado final consiste na fixação firme dos leucócitos ao endotélio, reorganização do citoesqueleto e adesão a uma área maior da superfície endotelial, passo fundamental para que ocorra a transmigração.
Imunidade Inata: Resposta inespecífica
1° linda de combate: barreiras naturais, mucosa, secreções, peristaltismo e flora normal. 
2° linha de combate: inflamação- células fagocitárias, substância antimicrobiana (impede a proliferação da bactéria e ate mata a bactéria), febre (tentativa do organismo de não deixar a bactéria proliferar). 
Imunidade Adaptativa/Adquirida: Resposta específica.
3° linha de combate: Anticorpos (imunidade humoral) e citotóxicas (imunidade celular). 
Altamente específica e lisa as células hospedeiras. 
Resposta Imune específica: 
↗Anticorpos (imunidade humoral)- Linfócitos B- Especificidade 
↗Células da Imunidade celular- Linfócito T- Memória 
A Imunidade Inata (também chamada Natural ou Nativa) proporciona a linha de defesa inicial contra microorganismos. Consiste em mecanismos de defesa celulares e bioquímicos, que já existem até mesmo antes da infecção e que estão prontos para responder rapidamente a infecções. 
-Primeira linha de defesa. 
-Está disponível para ativação antes do ataque do patógeno. 
-Componente não-específico. 
-Primeiros obstáculos aos patógenos: rompimento de barreiras que protegem o hospedeiro.
Os principais componentes da Imunidade Inata são: 
1) As Barreiras: Oferecem a primeira linha de defesa contra a entrada de microrganismos e de moléculas tóxicas ao ambiente asséptico e rico em nutrientes de nossos tecidos: 
* Barreiras Físicas: Pele e mucosa inactadas, Flora microbiana normal, Ácidos graxos na pele, Acido no estômago, Lençol muco ciliar na traquéia, Enzimas no intestino, salivas e lagrimas, Tosse, espirros, vômito, diarreia e Febre. 
* Barreiras Químicas: pH (pele, estômago, vagina) e Moléculas microbicidas (α-defensinas, β-defensinas, catelicidina, RNAses, DNAses, lizosima, psoriasina). 
* Barreiras Biológicas. 
2) Células 
→ Fagocitárias (neutrófilos, macrófagos): fagocitose e destruição de bactérias, vírus, fungos e protozoários. 
→ Neutrófilos: população mais abundante de leucócitos circulantes. São os primeiros a responder à maioria das infecções. Os grânulos específicos dos 
neutrófilos possuem enzimas como lisozima, colagenase e elastase. 
→ Macrófagos: células fagocíticas derivadas dos monócitos. Respondem aos 
microorganismos quase tão rapidamente quanto os neutrófilos, mas persistem 
por mais tempo no local da inflamação. São as células efetoras dominantes nos estágios mais tardios da resposta imunológica natural. 
→ Dendríticas (distribuídas nos tecidos linfóides, epitélio da mucosa e parênquima dos órgãos): Mielóides - secretoras de IL-12; Plasmocitóides - expressão aumentada de TLR7 e TLR9; secretam altos níveis de IFN-alpha. 
→ Eosinófilos, Basófilos / Mastócitos: inflamação, aumento da permeabilidade vascular e destruição de helmintos. 
→ Basófilos: diferenciação de mastócitos. Participação nas alergias. A Histamina que contêm é responsável pela vasodilatação e pelo aumento da 
permeabilidade capilar durante uma reacção alérgica. Também contêm heparina, um anticoagulante que limita a velocidade de coagulação do sangue. 
→ Basófilos: fagocitose. Ação anti-inflamatória. Se estiverem aumentadas, pode ser que esteja ocorrendo uma infecção parasitária (vermes (helmintos), por exemplo) ou uma reação alérgica.
Células NK (natural killer): destroem as células infectadas e secretam citocinas. O principal papel fisiológico das células NK é a defesa contra os vírus e outros microrganismos intracelulares. A expansão e a atividade das células NK, são também estimuladas por citocinas, principalmente a IL-12 (interleucina-12) e IL-15 (interleucina-15). 
Funções efetoras das células NK: tem grânulos que contêm perforina que cria poros nas membranas das células alvo. NK têm granzimas que penetram pelos poros criados pela perforina induz a apoptose pela ativação das caspases-1. 
3) Proteínas do Sangue:
Membros do Sistema Complemento: recrutamento celular, lise de bactérias e vírus. 
Proteína C Reativa: opsonização e produção de citocinas. 
Obs: Opsonização: processo que facilita a ação do sistema imunológico em fixar opsoninas ou
fragmentos do complemento na superfície bacteriana, permitindo a fagocitose. 
4) Citocinas: Recrutam e ativam leucócitos e produzem alterações sistêmicas, incluindo aumento na síntese de células efetoras e proteínas que potencializam as respostas anti-microbianas.
Principal fonte de citocinas: macrófagos, neutrófilos, células NK. Células endoteliais e algumas células epiteliais como queratinócitos produzem algumas destas proteínas. Estimulam e influenciam a natureza da imunidade adaptativa. 
Recrutamento:
Recrutamento de Leucócitos para o sítio de Infecção: Neutrófilos e Monócitos são recrutados para o sítio de infecção por se ligarem a moléculas de adesão nas células endoteliais e por substâncias quimiotáticas produzidas na resposta à infecção. Processam múltiplas etapas, envolvendo aderência dos linfócitos circulantes à superfície das células endoteliais nas vênulas pós-capilares e migração através da parede do vaso.
Adesão do leucócito no endotélio: transmigração dos Leucócitos. 
Quimiotaxia: processo de locomoção de células em direção a um gradiente químico, podendo ser positiva ou negativa a certa substância. 
Reconhecimento de Microorganismos:
Neutrófilos e macrófagos expressam receptores de superfície que reconhecem microrganismos e quando ativados induzem as células a produzirem citocinas, substâncias microbicidas e estimulam a migração das células para os locais da infecção. 
Fagocitose: É o englobamento e digestão de partículas sólidas e microorganismos por fagócitos ou células amebóides. Na corrente sanguínea ocorre quando o sistema imunológico identifica um corpo 
estranho que será englobado e digerido pelos leucócitos. Um grande aumento de leucócitos no sangue indica processo infeccioso. Estas células de defesa têm a importante função de eliminar agentes agressores ao nosso organismo. 
A característica chave que distingue os microorganismos patogênicos dos não-patogênicos é a suas habilidade para superar as defesas imunes inatas. 
Resposta Inflamatória:
Papéis fundamentais no combate à infecção: 
1)Oferecer células e moléculas adicionais aos sítios de infecção 
2)Promover reparo dos tecidos danificados 
A inflamação no sítio de infecção é iniciada pela resposta dos macrófagos ao patógeno. 
Sistema de coagulação: Formação de coágulo de fibrina. Previne a entrada de 
microorganismos infeccioso na corrente sanguínea. 
PAMP - Padrão Molecular Associado a Patógenos:
- As membranas dos microorganismos apresentam uma estrutura molecular com padrão repetido. 
- O sistema imune inato reconhece estes patógenos por meio de receptores que se ligam a padrão de estrutura regular (reconhecimento de padrão de moléculas associado a patógeno). 
- Na maioria das vezes o reconhecimento do patógeno e discriminação do que é próprio é devido ao reconhecimento de certos resíduos de açúcares que são documentados em micróbios patogênicos e não em células do hospedeiro.
Imunidade adaptativa: 
Além da Imunidade Inata, existem outras respostas imunológicas que são estimuladas pela exposição a agentes infecciosos, cuja magnitude e capacidade de defesa aumentam com cada exposição sucessiva a determinado organismo. Como essa forma de imunidade desenvolveu-se em resposta à infecção e adapta-se a ela, é denominada Imunidade Adaptativa (Adquirida). Uma característica notável é a especificidade para moléculas distintas e sua capacidade de lembrar e responder com mais intensidade em exposições repetidas ao mesmo microorganismo. 
Os principais componentes da imunidade adquirida consistem em células denominadas LINFÓCITOS e seus produtos secretados, tais como os ANTICORPOS. 
Existem dois tipos de resposta imune adaptativa, denominados IMUNIDADE HUMORAL e IMUNIDADE CELULAR, as quais são mediadas por diferentes componentes do sistema imunológico e cuja função é eliminar diferentes tipos de microorganismos. 
* Imunidade Humoral: é mediada por moléculas no sangue e nas secreções das 
mucosas, denominadas ANTICORPOS, que são produzidos pelos Linfócitos B (células B). É o principal mecanismo de defesa contra microorganismos extracelulares e suas toxinas, visto que os anticorpos secretados podem ligar-se a esses microorganismos e toxinas e ajudar na sua eliminação. 
→ Imunidade Celular: é mediada pelos Linfócitos T (células T). Os microorganismos intracelulares, como os vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam no interior dos fagócitos e de outras células do hospedeiro, onde são inacessíveis aos anticorpos circulantes. A defesa contra essas infecções constitui uma função da imunidade celular, que promove a destruição dos microorganismos que residem nos macrófagos ou a destruição das células infectadas para eliminar os reservatórios da infecção. 
Especificidade e Diversidade: As partes de antígenos que são reconhecidas 
especificamente pelos linfócitos são denominadas DETERMINANTES ANTIGÊNICOS ou EPÍTOPOS. Essa especificidade apurada ocorre porque os linfócitos expressam receptores de membrana que são capazes de distinguir diferenças sutis na estrutura de diferentes epítopos. 
Memória: As respostas a uma segunda exposição e a exposições subsequentes ao mesmo antígeno, denominadas RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS SECUNDÁRIAS, geralmente são mais rápidas, de maior intensidade e, com frequência, qualitativamente diferentes da primeira resposta ou resposta imunológica primária ao antígeno. 
A memória imunológica deve-se ao fato de que cada exposição a um antígeno gera células de memória de vida longa específicas para o antígeno, que são mais numerosas que as células T virgens específicas para o antígeno, as quais já existem antes da exposição ao antígeno específico. 
Expansão Clonal: Refere-se a um aumento no número de células que expressam receptores idênticos para o mesmo antígeno e que, portanto, pertencem a um clone. Esse aumento nas células específicas para determinado antígeno permite que a resposta imunológica possa fazer frente ao rápido ritmo de divisão dos patógenos. 
Especialização: A cada tipo de resposta imunológica protege o hospedeiro contra aquela classe de microorganismo. As respostas são específicas e distintas para cada antígeno, maximizando a eficiência dos mecanismos de defesa. 
Contração e Homeostasia: A contração das respostas imunológicas ocorre, em grande parte, pelo fato de que as respostas imunológicas que são desencadeadas por antígenos atuam para eliminá-los, removendo, dessa maneira, um estímulo essencial para a sobrevida e a ativação dos linfócitos. Com exceção das células de memória, os linfócitos que são privados desse estímulo morrem por apoptose. 
Não reatividade ao próprio (tolerância a AGs próprios): Habilidade em reconhecer muitos antígenos estranhos (não próprios), responder a eles e eliminá-los, e ao mesmo tempo não desenvolver uma reação lesiva às substâncias antigênicas do hospedeiro (próprias). 
Mecanismos de Auto-tolerância: 
-Eliminação de linfócitos que expressam receptores específicos para alguns antígenos 
próprios 
-Permitir que os linfócitos encontrem outros antígenos próprios em circunstâncias que 
levam à desativação funcional ou morte dos linfócitos autorreativos 
Anormalidades da autolerância → Doenças Autoimunes.
Principais componentes da Imunidade Adaptativa (adquirida):
→Linfócitos T e B; 
→Células apresentadoras de Antígenos;
→Células Efetoras.
Linfócitos: Células que reconhecem e respondem especificamente a antígenos estranhos. Existem vários subtipos que diferem em sua forma de reconhecimento de antígeno e em suas funções . 
*Linfócitos B: 
-Provenientes da medula 
-Reconhecem antígenos extracelulares 
-Quando ativados, diferenciam-se em plasmócitos - células secretoras de imunoglobulinas (anticorpos). São as únicas células capazes de produzir Anticorpos 
-Mediadores da imunidade humoral 
* Linfócitos T: 
-Amadurecem no timo 
-Reconhecem antígenos intracelulares 
-Células da Imunidade Celular 
-Possuem receptores de células T (TCR) 
-Apresentam uma especificidade restrita para antígenos 
-Reconhecem apenas peptídeos
antigênicos ligados 
Células Apresentadoras de antígenos:
-Captura e apresentação de antígenos a leucócitos específicos 
-Fornecer sinais para proliferação e diferenciação dos linfócitos 
-APCs com maior grau de especialização são as células dendríticas 
-Outros tipos celulares desempenham esse papel em diferentes estágios das respostas imunológicas. 
Células Efetoras: A eliminação do antígeno frequentemente exige a participação de células denominadas Células Efetoras, tendo em vista o fato de que medeiam o efeito final da resposta imunológica: eliminar o microorganismo. Os linfócitos T ativados, os fagócitos mononucleares e outros leucócitos atuam como Células Efetoras em diferentes respostas imunológicas. 
Tecidos do Sistema Imunológico:
•Órgãos Linfóides Primários: São sítios de produção, diferenciação, proliferação e 
amadurecimento de diversos tipos celulares 
–Medula Óssea 
–Timo 
•Órgãos Linfóides Secundários: Ambiente onde as respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos 
são iniciadas e desenvolvidas.
–Linfonodos 
–Baço 
–Sistemas Linfóides Cutâneos 
–Sistemas Linfóides associados às mucosas 
* Medula Óssea: Local onde todas as células sanguíneas são geradas (Hematopoiese);
-Local em que as células B se desenvolvem 
-Quando a medula óssea é lesada ou quando ocorre um aumento da demanda para a produção de novas células sanguíneas, o fígado e o baço são recrutados como locais de hematopoiese extra-
medular
* Timo: 
-Local de desenvolvimento das células T.
-O desenvolvimento começa no córtex e, conforme vão se desenvolvendo, migram para a medula.
-Células T desenvolvidas deixam o timo e entram no sangue e nos tecidos linfóides periféricos. 
* Linfonodos: 
-Agregados nodulares de tecidos linfóides localizados ao longo de canais linfáticos por todo o 
corpo.
-Locais onde as células T e B respondem aos antígenos que são coletados pela linfa dos tecidos 
periféricos.
-As células B estão concentradas nos folículos, enquanto que as células T se concentram no 
córtex parafolicular. 
* Baço: 
-Local onde ocorre as respostas imunológicas a antígenos provenientes do sangue.
-Contém fagócitos em abundância que ingerem e destroem os micróbios no sangue.
-Os linfócitos T estão concentrados nas bainhas linfóides periarteriolares e as células B residem.
nos folículos. 
Sistemas Linfóides Cutâneo e de Mucosas:
-Localizados abaixo do epitélio da pele (cutâneo) e dos tratos gastrintestinal e respiratório (de mucosas) 
-São locais de respostas imunológicas a antígenos que atravessam o epitélio. 
Ex.: Tonsilas, placas de Peyer. 
Tipos de Respostas Imunológicas Adquiridas: 
* Imunidade Ativa: Obtida após estimulação antigênica. Pode ser adquirida após infecção (indução natural), ou em consequência de vacinação (indução artificial).
* Imunidade Passiva: Conferida pela transferência de soro ou fluidos de um animal previamente imunizado para outro não imunizado. Ex: amamentação, passagem transplacentária de anticorpos maternos para o feto (indução natural) e soros hiperimunes (indução artificial).
Principais estratégias para combater Microorganismos: 
-Anticorpos secretados ligam-se aos micro-organismos extracelulares, bloqueiam sua capacidade de infectar células do hospedeiro e promovem sua ingestão e subsequente destruição por fagócitos. -Fagócitos ingerem os micro-organismos e os destroem, e as células T auxiliares aumentam as 
capacidades microbicidas dos fagócitos.
-CTLs destroem as células infectadas por micro-organismos que não são acessíveis aos 
anticorpos.
Imunidade Celular:
Funções das células T: 
*Funções Reguladoras: Mediadas, primeiramente, por Células T Auxiliares (CD4), as 
quais produzem citocinas. 
ex. : IL-4 e IL-5 → induzem as células B a produzirem anticorpos. 
IL-2 → ativação das CD4 e CD8.
* Funções Efetoras: Desempenhadas pelas Células T Citotóxicas (CD8), as quais eliminam 
as células infectadas, células tumorais e enxertos. 
Imunidade Humoral: 
-Ramo da resposta imunológica adaptativa que funciona para neutralizar e eliminar 
microorganismos extracelulares e as toxinas microbianas. 
-As respostas imunológicas humorais são iniciadas pelo reconhecimento dos antígenos pelos 
receptores específicos de imunoglobulinas (Ig) das células B pré-imunes. 
-Mediada por anticorpos, produzidos pelos linfócitos B Linfócitos B ativados proliferam e se 
diferenciam em células secretoras de anticorpos (plasmócitos). 
Anticorpos e antígenos: 
Características Gerais da Estrutura dos Anticorpos 
Todos os anticorpos compartilham as mesmas característica s estruturais básicas, mas apresentam enorme variabilidade (de aminoácidos) na região de ligação aos antígenos. 
Anticorpos monoclonais: A fusão de linfócitos B de um animal imunizado com uma linhagem celular de mieloma leva à formação de hibridomas (células fundidas). Essas células são cultivadas em condições em que células normais não fundidas e tumorais não podem sobreviver, o que provoca a “seleção” dos hibridomas. Cada hibridoma produz apenas um tipo de anticorpo. Os anticorpos secretados por muitos clones de hibridomas são separados conforme sua ligaç ão ao antígeno de interesse. O clone com especificidade desejada é selecionado e expandido . Os produtos destes clones são o s chamados anticorpos monoclonais. 
Os anticorpos monoclonais apresentam muitas aplicações: identificação de marcadores fenotípicos de determinados tipos celulares, levando ao reconhecimento de populações celulares ; imunodiagnóstico ; detecção de tumores, usando anticorpos monoclonais específicos contra tumores; terapia, usando anticorpos monoclonais direcionados a células e moléculas envolvidas na patogênese de muitas doenças; análise funcional de moléculas, uma vez que anticorpos monoclonais se ligam às moléculas de superfície celular, estimulando ou inibindo suas funções.
Síntese, Montagem e Expressão das Moléculas de Ig: 
As cadeias pesadas e leves das Ig são sintetizadas por ribossomos ligados à membrana do 
retículo endoplasmático rugoso. O enovelamento adequado das cadeias pesadas e sua montagem com as cadeias leves são regulados por proteínas do retículo endoplasmático chamadas chaperoninas. Após a montagem, as moléculas de Ig são transportadas até o complexo de Golgi, onde seus carboidratos são modificados e onde são empacotadas em vesículas. Dentro das vesículas, as Ig são, então, enviadas à membrana plasmática. A maturação dos linfócitos B é acompanhada por alterações na expressão do gene da Ig. Linfócitos B maduros expressam em sua superfície IgM e IgD, que atuam como receptores e, ao interagirem com antígenos, iniciam a ativação do linfócito B. Quando estes são ativados, diferenciam -se em plasmócitos e passam a produzir mais Ig secretada (em vez da form a presa à membrana) e passam a expressar outros isótipos de cadeia pesada. 
Meia Vida dos Anticorpos: Diferentes isótipos têm meia vida diferente. Enquanto IgA, IgE e IgM têm meia vida bastante curta, a IgG tem meia vida de 21 a 28 dias. Essa meia vida longa está associada ao “seqüestro intracelular” de IgG. 
Ligação entre Anticorpos e Antígeno: 
Embora todos os antígenos sejam reconhecidos por linfócitos e anticorpos, apenas alguns 
estimulam a resposta imunológica. Os que o fazem são chamados imunógenos. Por exemplo, apenas 
macromoléculas podem ativar linfócitos B, pois a ativação dos mesmos requer ligação cruzada de 
múltiplos receptores com seus antígenos protéicos. Assim, pequenas moléculas de antígenos não são 
capazes de ativar os linfócitos B. Porém, várias cópias de tais pequenas moléculas podem ser ligadas a uma proteína ou a um polissacarídeo. Esse complexo hapteno -carreador (molécula pequena -macromolécula) pode, então, atuar como imunógeno. 
Base estutural e química da ligação ao antígeno: O reconhecimento do antígeno pelo anticorpo envolve a formação de uma ligação não-covalente e reversível, como pontes de hidrogênio, forças eletrostáticas, forças de vander Waals e interações hidrofóbicas. A força da ligação entre um sítio
de combinação de um anticorpo e um epítopo do antígeno é chamada afinidade. Devido à flexibilidade conferida pela região de dobradiça e também devido à formação de complexos multiméricos de anticorpos, estes podem se ligar a um antígeno por mais de um sítio de ligação. A forç a de ligação do anticorpo ao antígeno, chamada avidez, deve levar em conta a interação de todos os sítios com todos os epítopos (afinidades).
Relação entre Estrutura e Função nas Moléculas de Anticorpo:
Características Relacionadas ao Reconhecimento do Antígeno: além da especificidade e diversidade citadas anteriormente, há:
Maturação da afinidade: Durante as respostas imunes humorais, ocorrem mutações nos linfócitos B estimulados por antígenos. Essas mutações fazem surgir novas estruturas, sendo que alguns se ligam aos antígenos com mais afinidade do que os domínios originais. Esses linfócitos B produtores de anticorpos de alta afinidade têm preferência na ligação aos antígenos e, por seleção, passam a ser os clones dominantes a cada exposição ao antígeno. Esse processo, chamado maturação de afinidade, aumenta a afinidade de ligação dos anticorpos aos antígenos durante a evolução da resposta imune humoral.

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