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Processo Especial Penal

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Processo Especial Penal 
20/02
Procedimento = rito (Art. 394, CPP)
Comum: 
Ordinário: quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 anos de pena privativa de liberdade.
Sumário: quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade.
Sumaríssimo (9.099 em caso de âmbito estadual ou 12.259/10 em caso de âmbito federal): para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.
OBS: Justiça federal não julga contravenção penal.
OBS: Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. – Art. 61, Lei 9.099/95
Especial: 11.343/06 – júri
Rito comum ordinário: 
Denúncia ou queixa 
- Art. 89 da L. 9.099/95
- STF 696
Recebimento (HC) ou rejeição 
Citação 
Resposta escrita 396-A (recursos)
Absolvição sumária 
AIJ – Art. 400
Diligências
Alegações finais
Sentença
Prisão: 
Penal: Decorre em regra de sentença penal condenatória transitada em julgado. (presunção de inocência só dura até a via ordinária, após a segunda instância não há presunção de inocência, após segunda instância inicia-se a execução provisória).
Processual: Prisão decretada nos termos e na forma da lei, quando esta medida se mostra necessária, mas não constitui pena. 
- Cautelar: Tem natureza provisória e é um instrumento do processo. Prisão cautelar não é pena. 
- Provisória:
- Instrumental: 
1- Flagrante: 
2- Temporária:
3- Preventiva:
OBS: Não ofende o princípio da presunção de inocência a decretação de prisão provisória. 
Deferimento do provimento: Salvo a sentença de mérito quando o juiz fica em dúvida, se vai absolver ou condenar, ou na hipótese de dúvida acerca de qual é a norma de regência, situações em que vigora o indubio pro reo. Em todos os demais provimentos judiciais, será utilizado o indubio pro societate. 
27/02
Espécies de prisão em flagrante:
Flagrante facultativo: qualquer do povo poderá prender quem se encontrar em flagrante de delito (Art. 301, CPP). Como o nome já diz, o ato de detenção é facultativo, o que é obrigatório é prestar socorro à vítima, havendo a possibilidade. Nesse caso, o civil irá levar o suspeito até a delegacia e quem irá lavrar o auto é o delegado, verificando se é caso ou não de instaurar o inquérito policial. 
OBS: Salvo a prisão em flagrante, a única forma de prender alguém é com mandado de prisão. 
Flagrante obrigatório: a autoridade policial e os seus agentes deverão prender quem se encontra em flagrante de delito. Em caso de um agente da lei, se recusar em agir em um caso que ele poderia evitar, ele irá responder a título de dolo ou culpa pelo crime que ele poderia evitar. 
Flagrante próprio ou real (art. 302, I e II): quando o agente está cometendo a infração ou acaba de cometê-la. 
Flagrante impróprio ou quase flagrante (art. 302, III): quando o agente é perseguido logo após pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa em situação de que faça presumir ser autor da infração. Neste caso tem que ficar demonstrado que havia uma perseguição. Prisão em flagrante não tem prazo, o prazo é para o preso receber a nota de culpa, que é de 24h. Enquanto não cessar a perseguição, será possível a prisão em flagrante. 
OBS: Em caso de crime permanente, a prisão pode ser feita a qualquer momento. Em caso de crime instantâneo, deve-se respeitar o lapso temporal para a prisão em flagrante. 
Flagrante ficto ou presumido: quando o agente é encontrado logo depois com os objetos, instrumentos, armas ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração. 
Crime permanente: a consumação se faz com o tempo, permitindo a prisão em flagrante a qualquer momento. Neste caso a residência não possui asilo, pois se trata de flagrante a qualquer momento. Exemplos de crime permanente: receptação, tráfico de droga na modalidade de ter em depósito, posse ilegal de arma, sequestro, etc.
Só é possível violar o asilo da residência, de dia com mandado de busca e apreensão, ou a qualquer dia e hora, havendo situação de flagrante delito ou para prestar socorro. 
Flagrante preparado (STF 145): Flagrante por obra do agente provocador. Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. Nos termos do art. 17, CP, trata-se de crime impossível. É modalidade de prisão ilegal. É a polícia que induz a prática do crime para realizar a prisão em flagrante, contudo, o crime nunca poderia chegar à consumação. 
Flagrante forjado: é modalidade de prisão ilegal. Aquele que forjou as provas da existência do crime é que responderá pela infração penal. 
Flagrante esperado: É modalidade de prisão legal. A polícia aguarda o momento em que o agente inicia a execução do crime para prendê-lo em flagrante. 
OBS: Não existe prisão em flagrante por auto apresentação. Mas a auto apresentação não impede a prisão temporária ou preventiva. 
06/03
Flagrante de delito – Imunidade 
Art. 86, §3°, CF/88: Enquanto não sobrevier sentença condenatória nas infrações comuns, o presidente da república não estará sujeito à prisão. Presidente da república só pode ser preso em decorrência de sentença penal condenatória transitada em julgado. Não se admite nenhuma hipótese de prisão cautelar (temporária, preventiva ou flagrante). Presidente da república tem imunidade ao flagrante de delito. 
Art. 53, §2°, CF/88, e pelo princípio da simetria o art. 27, §1°, CF/88: Desde a expedição do diploma, os membros do congresso nacional não podem ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. O mesmo se aplica ao deputado estadual, devido ao princípio da simetria. 
Magistrados e membros do MP (Art. 33, II, Lei Orgânica da Magistratura Nacional, Lei Complementar 35/79; Art. 40, III, Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, Lei 8.625/93): Só podem ser presos em flagrante pela prática de crime inafiançável, e neste caso, a prisão do magistrado deve ser comunicada ao presidente do respectivo Tribunal e a prisão do promotor deve ser comunicada ao Procurador Geral de Justiça. Só pode ser preso em flagrante de crime inafiançável. Caso contrario, não poderá ser preso.
Art. 7°, §3°, Lei 8.906/94: Advogado no exercício da profissão só pode ser preso em flagrante pela prática de crime inafiançável, mas pode ser objeto de prisão temporária ou preventiva. 
Art. 48, §3°, Lei 11.343/06: Porte de droga para uso próprio, nesta hipótese não se imporá prisão em flagrante. 
Art.69, parágrafo único, Lei 9.099/95: Autor do fato de crime de menor potencial ofensivo, que é imediatamente levado à juízo, ou, assina o termo circunstanciado, se comprometendo a comparecer no dia e hora marcada para audiência, não será preso em flagrante, nem será exigida a fiança. 
Menor de idade (Art. 106, ECA): Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
Art. 236, Lei 4.737/65 (eleitor): Não pode ser preso 5 dias antes e 48 horas após as eleições, salvo em flagrante de crime inafiançável. 
Art. 236, §1°, Lei 4.737/65: Candidatos só podem ser presos em flagrante nos 15 dias que antecedem a eleição, não se admitindo outra forma de prisão. 
Art. 29, Convenção de Viena de 1961: Diplomatas não podem ser presos em território brasileiro, em nenhuma modalidade de prisão. 
Art. 301, CTB: Condutor do veiculo que presta socorro à vítima, não será preso em flagrante. 
Art. 323 e 324, CPP – Crimes inafiançáveis: 
I – Nos crimes de racismo.              
II – Nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos.                  
III – Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
IV– Aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo.
V – Em caso de prisão civil (por dívida de pensão alimentícia) ou militar.
VI – Quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva.
São imprescritíveis: 
I – Crime de racismo. 
II – Crime de injúria racial. 
III – Ação de grupos armados contra o estado democrático de direto. 
OBS: O STF declarou tráfico privilegiado não é equiparado a crime hediondo. 
OBS: O crime será considerado inafiançável quando for hipótese de prisão preventiva. 
Prisão temporária – Lei 7.960/89: A prisão temporária é instituto exclusivo do inquérito policial, não existe prisão temporária no curso da ação penal, que tem como finalidade assegurar as investigações. Só cabe prisão temporária nos casos de crime previstos no inciso III, desta lei, cumulados com o inciso I ou II. 
Pode-se ter prisão temporária mediante representação policial no curso do inquérito ou a requerimento do MP.
OBS: não se admite prisão temporária de ofício pelo juiz, tem que ser a requerimento do MP ou do delegado.
Prazo da prisão temporária (regra): 5 dias, prorrogável por mais 5=, em caso de extrema e comprovada necessidade. Após o prazo, deve-se conceder liberdade, salvo se for concedida a prisão preventiva (caso estejam presentes os requisitos do art. 312 e 313, CPP).
OBS (Art. 2°, §4°, Lei 8.072/90): Nos crimes hediondos e crimes equiparados a hediondos (TTT) a prisão temporária terá prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, em caso de extrema e comprovada necessidade. 
OBS: Em caso de dúvida pelo magistrado, se adota a prisão temporária ou não, será adotada a prisão, baseada no in dubio pro societate.
13/03/18
Prisão preventiva – Art. 311, CPP.
OBS: Em caso de prisão ilegal, ela deverá ser relaxada. Em caso de estar tudo de acordo com a lei, a prisão em flagrante será convertida em prisão preventiva, ou será concedida a liberdade provisória, com ou sem fiança. (Art. 310, CPP). 
Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do MP, do querelante ou do assistente (vítima no crime de ação penal pública), ou por representação da autoridade policial.
OBS: Assistente de acusação não pode arrolar testemunhas, pois o mesmo só entra no processo após a denúncia. É facultativo à vítima de crime de ação penal pública ser assistente no processo, consiste em um direito subjetivo da vítima. No curso da ação penal o assistente pode requerer prisão preventiva. 
Em caso de descumprimento de medida protetiva ou cautelar, converte-se em prisão preventiva, esse requerimento será dado de ofício pelo juiz. 
A prisão preventiva é decretada na forma dos Art. 312 e 313, CPP. É uma prisão cautelar, instrumental e provisória, que por isso exige a prova da existência do crime e indício suficiente da autoria. Deve-se atender aos fundamentos da prisão preventiva (art. 312, CPP):
Garantia da ordem pública: para se evitar a reincidência, por clamor público. 
Garantia da ordem econômica: em crimes contra o sistema financeiro, é possível a decretação de prisão preventiva. 
Conveniência da instrução criminal: pode-se prender preventivamente até o fim da AIJ, em qualquer hipótese de destruição de prova ou ameaça para qualquer membro do processo (juiz, promotor, testemunha) é decretada a prisão preventiva para a garantia da instrução. 
Assegurar a aplicação da lei penal: quando existe fundado receio de fuga. 
Será admitida a prisão preventiva em casos de (Art. 313, CPP): 
Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos. Ocorrendo concurso de crime, as penas máximas deverão ser somadas para determinar se cabe a hipótese da prisão preventiva. Se o réu é reincidente em crime doloso, qualquer que seja a pena cominada, admite prisão preventiva.
Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. Qualquer que seja a pena cominada, caberá prisão preventiva. 
Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. 
OBS: Prisão preventiva só é admitida em crime doloso. 
OBS: A prisão preventiva não será decretada em casos de excludentes de ilicitude, devendo conceder a liberdade provisória sem fiança. 
OBS: O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
OBS: Da decisão que indefere requerimento de prisão preventiva, que revoga, concede liberdade provisória ou relaxa prisão em flagrante, cabe recurso em sentido estrito no prazo de cinco dias (art. 581, V, CPP). 
Prisão domiciliar (Art. 317, CPP):
A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. 
20/03
Só se pode usar prisão preventiva antes da medida cautelar adversa, de forma excepcional, tendo o juiz que justificar o por que da medida cautelar ser insuficiente. 
 
Prisão Domiciliar – Art. 318, CPP
 Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
Maior de 80 anos.
Extremamente debilitado por motivo de doença grave. 
Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficiência.
Gestante.
Mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos.
Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
Liberdade provisória, com ou sem fiança – Art. 321, CPP
OBS: Fiança consiste em medida cautelar diversa da preventiva. 
OBS: Em caso de quebra de fiança, metade do valor será perdido e a medida cautelar será convertida em prisão preventiva (art. 327, CPP).
OBS: Toda vez que não se aplica a prisão preventiva, o réu tem direito a pleitear a liberdade provisória, com fiança como medida cautelar. Crime inafiançável admite liberdade provisória, em se tratando de não ser caso de prisão preventiva, podendo o juiz conceder outras medidas cautelares que não a fiança. 
Em caso de crime de menor potencial ofensivo (pena de até 2 anos, cominado ou não com multa), assinando o termo circunstanciado, o acusado não será preso em flagrante nem será exigida a fiança, o delegado irá decretar a liberdade provisória automaticamente. 
Em crime afiançável com pena de até 4 anos, o próprio delegado irá conceder liberdade provisória com o pagamento da fiança. 
Se a pena é superior a 4 anos, ou se o crime é inafiançável, somente o juiz poderá conceder liberdade provisória, com ou sem fiança, com ou sem medidas cautelares diversas da preventiva. 
Se o preso é hipossuficiente, não possuindo os recursos necessários para o pagamento da fiança, somente o juiz poderá conceder liberdade provisória sem fiança, podendo adotar outras medidas cautelares do art. 319, CPP. (art. 350, CPP)
Valor da fiança – Art. 325, CPP
Pena de até 4 anos, o delegado ou o juiz irá arbitrar a fiança entre o valor de 1 a 100 salários mínimos. 
Em caso de pena superior a 4 anos, o juiz irá arbitrar a fiança entre o valor de 10 a 200 salários mínimos. 
27/03/18
Fiança 
Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta (a execução começa após a decisão por acórdão, em jurisdição de segundo grau, TJ). – Art. 344, CPP. 
Reforço de fiança – Art. 340, I, II e III, CPP. 
Quando a fiançaé tomada por engano.
Depreciação ou perecimento dos bens caucionados. 
Inovação na classificação do crime. 
Se a fiança não for reforçada, será declarada sem efeito. O valor será devolvido integralmente e o juiz decidirá se aplica outra medida do art. 319, CPP, ou se decreta a prisão preventiva. 
Cassação – Art. 338 e 339, CPP
Quando a fiança é concedida por equívoco.
Quando ocorre inovação na classificação do crime.
A fiança cassada será integralmente restituída. O juiz poderá aplicar outra medida do art. 319, CPP ou aplicar a prisão preventiva. 
Quebramento – Art. 327 e 341, CPP.
Quando deixa de comparecer a ato processual.
Muda de endereço sem prévia comunicação, ou se afasta da comarca por mais de oito dias. 
Obstrui o andamento do processo 
Descumpre medidas cautelares cumuladas com a fiança. 
Resiste de forma injustificada à ordem judicial. 
Pratica novo crime doloso 
Quebrada a fiança, será perdida metade do valor, poderá ser aplicada outra cautelar do art. 319, CPP ou decretada a prisão preventiva. 
Perdimento – Art. 344 e 345, CPP
Quando o réu é condenado e não se apresenta para cumprir a pena (execução da pena).
Perderá todo o valor da fiança, e após deduzidas as custas e encargos o valor será recolhido ao fundo penitenciário. 
Rito comum ordinário: 
Denúncia ou queixa – Art. 41, CPP *(art. 89, Lei 9.099/95 e STF 696).
Recebimento (HC) ou rejeição.
Citação; pessoal, hora certa ou edital. 
Resposta escrita em 10 dias. (art. 396-A).
Absolvição sumária (art. 397, CPP).
AIJ em 60 dias (art. 400, CPP).
Diligências (art. 402, CPP).
Alegações finais (art. 404, parágrafo único, CPP) em 5 dias. 
Sentença oral ou em 10 dias. 
Denúncia ou queixa: 
Institutos despenalizadores da Lei 9.099/95: 
Composição dos danos civis – Art. 74, Lei 9.099/95 
O juiz irá receber denúncia mesmo caso não hajam todos os dados do acusado, contanto que seja possível a individualização do sujeito acusado. É possível juntar documentos a qualquer momento. É necessário apresentar o rol de testemunhas no ato da denuncia ou queixa (acusação) ou no momento de resposta escrita (defesa), caso o rol não seja apresentado, esse direito irá precluir. 
- Composição dos danos civis consiste no acordo entre vítima e autor do fato, caso haja composição, irá haver a renuncia da queixa e direito à representação. 
- Proposta de transação penal é o acordo entre o MP e o autor do fato. Cumprida a proposta, esse acordo é homologado e é declarada extinta a punibilidade do fato. Após a PTP o autor ficará suspenso de nova PTP em até 5 anos. 
- Suspensão condicional do processo – Art.89, Lei 9.099/95
Qualquer crime, ainda que não seja de menor potencial ofensivo, admitirá suspensão do processo, seguidos os requisitos do art. 89, exceto quando a lei proibir (lei maria da penha). 
Consiste em um acordo entre MP e autor do fato.
03/04/18
 
Recebimento ou rejeição: 
Da decisão do juiz que recebeu a denuncia não cabe recurso, mas admite Habeas Corpus (não é recurso e sim remédio constitucional).
Da decisão que rejeita denuncia ou queixa, em regra, cabe recurso em sentido estrito (Art. 581, CPP) que tem prazo de 5 dias.
Se a rejeição for no JECRIM cabe apelação em 10 dias.
Rejeição da denúncia ou queixa (art. 395, CPP): quando for manifestamente inepta (a denúncia deve ser sucinta e objetiva, atendendo aos requisitos do art. 41, CPP, narrando os fatos com todas as suas circunstâncias.), faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal e/ou faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
Condições da ação: 
Legitimidade das partes: compete privativamente ao MP o oferecimento da denúncia, em crime de ação penal pública. Em crime de ação penal privada, somente a vítima ou seu representante legal possuem legitimidade para oferecer a queixa crime. Para figurar no polo passivo da ação, o réu deve ser maior de 18 anos. 
Sentença absolutória imprópria: o juiz absolve o réu, mas aplica uma medida de segurança, em hipótese de inimputabilidade por doença mental ou desenvolvimento retardado, o juiz não poderá condenar sumariamente, pois a lei não permite condenação sumária, portanto deve-se cumprir o devido processo legal. 
Interesse de agir: na denúncia não pode estar presente uma causa de extinção da punibilidade, prevista no art. 107, CP. (Só se declara extinta a punibilidade do réu em caso de morte mediante a certidão de óbito.)
Possibilidade jurídica do pedido: o fato descrito na denúncia ou queixa, deve corresponder a uma norma penal incriminadora. O fato deve ser típico. Deve-se respeitar o princípio da legalidade, anterioridade e taxatividade. 
OBS: Para o professor Afrânio Silva Jardim, existem mais duas condições, são elas justa causa e originalidade. 
Justa causa: é a demonstração de indícios suficientes da autoria e da materialidade, através de elementos pré-constituídos. Sem a demonstração de justa causa, o juiz não recebe a denúncia ou queixa. 
Originalidade: a ação penal deve ser única, original, para que não exista ofensa a coisa julgada ou litispendência. Segundo o professor Afrânio, originalidade é condição, mas segundo o art. 395, CPP, é pressuposto processual. 
Pressuposto processual se divide em pressuposto de existência e de validade, são requisitos necessários para a instauração do processo.
Existência: para existir, exigem-se dois requisitos:
Órgão investido em jurisdição. (a jurisdição é una e indivisível, ela pode ser limitada por critérios de competência. No caso de juiz de plantão, ele julgará qualquer causa.)
Demanda deduzida em juízo. 
Validade: são pressupostos de desenvolvimento válido e regular do processo, podem ser positivos ou negativos. Positivos são os que devem estar presentes, e negativos são os que não podem estar presentes. 
Relativo ao juiz: natural, competente e imparcial. 
“Todo homem tem direto, em plena igualdade, a uma justa e pública, audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.” – Art. 10, Lei dos DH.

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