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FISIOLOGIA VEGETAL SARAIVA Eng. Agrônomo – UNIPAM (2004-2007) MSc. Proteção de Plantas – UNESP/Botucatu (2008-2010) Coordenador / Professor Faculdade Cidade de Coromandel – FCC (2014 – atual) Email.: agronomia@fcc.edu.br / Blog: www.professorsaraiva.wordpress.com Engenharia Agronômica – Departamento de Fitotecnia Thiago Silvestre Conteúdo programático: 1. Estrutura e propriedades físico-química da água; 2. Processos de movimento da água; 3. Potencial hídrico; 4. Água no solo; 5. Absorção e movimento radial de águas nas raízes; 6. Movimento ascendente de água no xilema; 7. Transpiração; 8. Fisiologia dos estômatos; Introdução Indispensável para os seres vivos; Constitui 80 – 95% da massa em tecidos vivos; 30 – 75% em tecidos lenhosos; 5 – 15% em sementes; Relações solo – planta – atmosfera intimamente ligadas; Movimento determinado por princípios físicos-químicos; Conhecimento de sua estrutura e propriedades indispensáveis para o engenheiro agrônomo; 1. Tabela 1. Comparação entre propriedades físicas da água e as de outros compostos com estruturas similares, que tem 10 prótons e 10 elétrons. 1. Estrutura e propriedades físico-química da água (KERBAUY, G. B., 2008) Figura 1. A. Representação esquemática da molécula de água. B. Esquema mostrando as distâncias das ligações de átomos de hidrogênio e oxigênio intra- e intermoleculares 1. Estrutura e propriedades físico-química da água (KERBAUY, G. B., 2008) Figura 2. A. A forte eletronegatividade do átomo de oxigênio (ligação covalente – carga parcial do hidrogênio positiva) e, Cada um dos dois pares solitários de elétrons do átomo de oxigênio produz uma carga parcial negativa. B. As cargas parciais opostas (δ– e δ+) na molécula de água levam à formação de pontes de hidrogênio intermoleculares com outras moléculas de água. (TAIZ, L.; ZEIGER, E.; MOLLER, I. M.; MURPHY, A., 2017) 1. Estrutura e propriedades físico-química da água Propriedades Solvente; Térmicas; Coesão e adesão; Figura 3. A. Orientação das moléculas de água na superfície de um íon. B. Orientação das moléculas de água em superfícies de macromoléculas carregadas. 1. Estrutura e propriedades físico-química da água (KERBAUY, G. B., 2008) 1. Estrutura e propriedades físico-química da água A água possui alto: Ponto de fusão; Ponto de ebulição; Calor latente de vaporização; Calor latente de fusão; Calor específico; Sólido – Líquido Líquido - Gasoso OBS.: Altera a temperatura da água (KERBAUY, G. B., 2008) 1. Estrutura e propriedades físico-química da água A água possui alto: Ponto de fusão; Ponto de ebulição; Calor latente de vaporização; Calor latente de fusão; Calor específico; Líquido – Gasoso Ocorre durante a transpiração; A água evapora enquanto sua superfície resfria; A medida que a temperatura aumenta, o calor latente de vaporização diminui; Ponto máximo à 100ºC; OBS.: Não altera a temperatura da água 1. Estrutura e propriedades físico-química da água A água possui alto: Ponto de fusão; Ponto de ebulição; Calor latente de vaporização; Calor latente de fusão; Calor específico; Sólido – Líquido Pontes de hidrogênio atuam como isolante térmico; Plantas bem hidratadas sofrem menos com oscilações de temperatura; OBS.: Manejo em regiões mais frias 1. Estrutura e propriedades físico-química da água A água possui alto: Ponto de fusão; Ponto de ebulição; Calor latente de vaporização; Calor latente de fusão; Calor específico; Energia calórica requerida Aumento de 1ºC requer uma elevada energia calórica; Garante variações de temperatura em organismos vivos; Habilidade de condutância de temperatura; Pontes de hidrogênio; Melhor redistribuição da caloria; OBS.: Manejo em regiões mais frias 1. Estrutura e propriedades físico-química da água Figura 4. A. A forma de uma gotícula colocada sobre uma superfície solida reflete a atração relativa do líquido em relação ao sólido e em relação a si mesmo. B. A capilaridade (TAIZ, L.; ZEIGER, E.; MOLLER, I. M.; MURPHY, A., 2017) 2. Processos de movimento Fluxo de massa; Difusão; Osmose; 2. Processos de movimento da água (https://www.mgmferramentas.com.br) Figura 4a. Sistema de bombeamento de poço artesiano. Deslocamento de água pelo encanamento impulsionada pela bomba. (http://studyingplantphysiology.blogspot.com.br) Figura 4b. Deslocamento de água dentro do xilema em função da diferença de pressão no solo, dentro da planta (raízes, caule e folha) e na atmosfera. O deslocamento de água é impulsionado pela diferença de pressão. No fluxo de massa pode-se observar: Forças de coesão e adesão; Processo de transpiração; Calor latente de vaporização; 2. Processos de movimento da água (KERBAUY, G. B., 2008) Figura 5. Movimento termocaótico de partículas que leva à difusão. 𝑱j = −𝑫𝒋 𝒅𝒄𝒋 𝒅𝒙 Lei de Fick 2. Processos de movimento da água (BIOLOGIANET) Figura 6. Movimento da água através de uma membrana semipermeável (permite somente a passagem de água pura). O movimento é caracterizado pela passagem da água doce (meio hipotônico) para salgada (meio hipertônico). Pressão + Concentração Fluxo de massa Difusão 3. Potencial hídrico O potencial hídrico representa o potencial químico da água, ou seja, a energia livre associada às moléculas de água. O valor do Potencial Hídrico da água no estado padrão recebeu por convenção o valor ZERO; 3. Potencial hídrico 𝜓𝑤 = 0 (𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎) Quatro fatores contribuem para o potencial hídrico celular Solutos - 𝜓𝑠; Potencial osmótico – efeito dos solutos dissolvidos em água; Pressão - 𝜓𝑝; Pressão hidrostática da solução; Determina o turgor das células; Gravidade - 𝜓𝑔 Pressão exercida pela atmosfera; Mátrico - 𝜓𝑚 Adesão e coesão. 3. Potencial hídrico 𝜓𝑤 = 𝜓𝑠+ 𝜓𝑝+ 𝜓𝑚+ 𝜓𝑔 Potencial hídrico dentro da célula O 𝜓𝑚 e o 𝜓𝑔 embora exista dentro da célula, é considerado desprezível; Como a água se desloca dentro da célula então? 3. Potencial hídrico 𝜓𝑤 = 𝜓𝑠+ 𝜓𝑝 Água pura 𝜓𝑝 = 0 MPa 𝜓𝑠= 0 MPa 𝜓𝑤 = 𝜓𝑠+ 𝜓𝑝 𝜓𝑤 = 0 MPa Solução 0,1 M Sacarose 𝜓𝑝 = 0 MPa 𝜓𝑠= -0,244 MPa 𝜓𝑤 = 𝜓𝑠+ 𝜓𝑝 𝜓𝑤 =−0,244 MPa Célula flácida 𝜓𝑝 = 0 MPa 𝜓𝑠= -0,732 MPa 𝜓𝑤 =−0,732 Mpa Célula após equilíbrio 𝜓𝑤 =−0,244 Mpa 𝜓𝑠= -0,732 MPa 𝜓𝑝 = 𝜓𝑤 - 𝜓𝑠 = 0,488 Mpa Aumento de sacarose na solução para 0,3 M 𝜓𝑝 = 0 MPa 𝜓𝑠= -0,732 MPa 𝜓𝑤 = -0,732 Mpa Célula turgida 𝜓𝑝 = 0,488 MPa 𝜓𝑠= -0,732 MPa 𝜓𝑤 =−0,244 Mpa Célula após equilíbrio 𝜓𝑤 =−0,732 Mpa 𝜓𝑠= -0,732 MPa 𝜓𝑝 = 𝜓𝑤 - 𝜓𝑠 = 0 Mpa Célula estado inicial 𝜓𝑤 =−0,244 Mpa 𝜓𝑠= -0,732 MPa 𝜓𝑝 = 𝜓𝑤 - 𝜓𝑠 = 0,488 Mpa Célula estado inicial 𝜓𝑤 =−0,244 Mpa 𝜓𝑠= -1,464 MPa 𝜓𝑝 = 𝜓𝑤 - 𝜓𝑠 = 1,22 Mpa 4. Água no solo A taxa de movimento da água no solo depende diretamente da granulometria do solo; 4. Água no solo Água no solo Pressão hidrostática negativa no solo diminui o potencial hídrico do solo; A água se move através do solo por fluxo de massa; 4. Água no solo Água no solo A taxa do fluxo de massa nos solos dependem de dois fatores: Do tamanho do gradiente de pressão; Da condutibilidade hidráulica do solo; Dependente da textura do solo e do conteúdo de água, exemplo; Solos arenosos – grandes espaços = alta condutibilidade; Solos argiloso – pequenosespaços = baixa condutibilidade; 4. Água no solo A medida que o solo perde água a condutibilidade hidráulica diminui devido a substituição dos espaços de água por ar Água no solo Ponto de murcha permanente 𝜓w solo muito baixo; A célula não podem recuperar a pressão de turgor; Isso significa que o potencial hídrico (𝜓w) do solo é menor ou igual ao potencial osmótico da planta (𝜓s). 4. Água no solo 5. Absorção de água pelas raízes A água se move na raiz pelas rotas apoplástica, transmembrana e simplástica: Apoplástica – a água move-se exclusivamente pela parede celular sem atravessar qualquer membrana; Transmembrana – a água move-se de uma célula a outra através dos plasmodesmas; Simplástica – a água move-se de célula a célula atravessando as membranas; 5. Absorção e movimento radial de águas nas raízes 6. Transporte de água através do xilema Xilema consiste de dois elementos traqueais; O movimento da água através do xilema requer menos pressão do que o movimento nas células vivas; Teoria da coesão-tensão explica o transporte de água no xilema; A evaporação da água na folha gera uma pressão negativa no xilema; 6. Movimento ascendente de água no xilema 7. Movimento de água da folha para a atmosfera A força propulsora para a perda de água é a diferença de concentração de vapor de água; O controle estomático acopla a transpiração foliar à fotossíntese foliar; 7. Transpiração 8. 8. Fisiologia dos estômatos 8. Fisiologia dos estômatos Fenômeno natural GUTAÇÃO FISIOLOGIA VEGETAL SARAIVA Eng. Agrônomo – UNIPAM (2004-2007) MSc. Proteção de Plantas – UNESP/Botucatu (2008-2010) Coordenador / Professor Faculdade Cidade de Coromandel – FCC (2014 – atual) Email.: agronomia@fcc.edu.br / Blog: www.professorsaraiva.wordpress.com Engenharia Agronômica – Departamento de Fitotecnia Thiago Silvestre
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