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Contribuições do psicólogo hospitalar

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Introdução
Deve-se aplicar psicologia hospitalar em toda rede de saúde, pois tem uma importância grandiosa devido o olhar do psicólogo a saúde do paciente. Não desconsiderando outras profissões da área da saúde, essas que por sua vez tem muita capacidade para com a saúde física do paciente, portanto, atua o psicólogo visando o indivíduo no contexto hospitalar de maneira integral, considerando ele como um ser biopsicossocial e também espiritual. 
Ação do psicólogo hospitalar 
Quando a pessoa fica doente, toda sua subjetividade se depara com uma nova realidade, a vulnerabilidade de uma doença. Os aspectos psicológicos acabam se revelando no paciente, na família e inclusive na equipe profissional. Há uma relação do psicólogo com o paciente sobre seu sintoma, onde existe uma avaliação psicológica hospitalar que o paciente se refere, por vezes, sobre seus temores, dores, revoltas, expectativas, outros. 
O psicólogo hospitalar acaba direcionando a sua atuação a nível de apoio, compreensão e suporte ao tratamento, atenção, clarificação dos sentimentos, esclarecimento sobre a doença e fortalecimento dos vínculos familiares. O psicólogo hospitalar é aquele membro da saúde que possui um estetoscópio para auscultar o silencio do sofre. (SELMA citado por CAMOM e VALLE, 2004).
Sua atuação estar voltada a promover mudanças, atividades curativas e de prevenção, minimizar o sofrimento que uma hospitalização pode gerar. O psicólogo deve-se estar atento, geralmente, para com a maneira que o paciente reage frente a sua doença, de que forma isso implica na sua vida pessoal, psíquica, social, espiritual, no que pode interferir em sua subjetividade e também, como se estabelecem os laços familiares e o contato com a equipe hospitalar. Portanto, se direciona a ação do psicólogo hospitalar, em primeiro lugar ao paciente, sua família e a toda equipe da saúde que atua com o paciente de maneira integrada. 
A psicologia hospitalar considera o ser humano em sua globalidade e integridade, única em suas condições pessoais, com seus direitos humanamente definidos e respeitados. (CAMON, 2003). 
Atividade possíveis do psicólogo hospitalar 
De acordo com Cabral citando Rodriguez e Marín (2003) a Psicologia Hospitalar é um conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as várias correntes da psicologia oferecem para prestar uma assistência de maior qualidade aos pacientes hospitalizados. 
De maneira geral, o psicólogo hospitalar é o profissional que obtém esses saberes e técnicas para aplicá-los de maneira sistemática e coordenada, sempre visando a melhora da assistência integral do sujeito hospitalizado. 
Ainda segundo esse mesmo autor existem seis tarefas básicas do psicólogo hospitalar:
A função de coordenação, relacionadas as atividades com os funcionários da instituição; 
A função do auxílio à adaptação na qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente internado;
A função de inter-consulta: auxiliando outros profissionais a lidarem com o paciente; 
A função de enlace, de intervenção, por meio de delineamento e execução de programas com os profissionais, para modificar ou instalar comportamentos adequados dos pacientes;
Assistência direta: atua diretamente com o paciente;
A função de gestão de recursos humanos: aprimora os serviços dos profissionais da instituição, o que contribui de forma significativa para a promoção de saúde. 
Os limites de atuação da psicologia hospitalar
Sabendo que a psicologia hospitalar é uma área que lida diretamente com a subjetividade e sofrimento do outro, se faz necessário que o psicólogo entenda os limites de sua atuação para não se tornar um dos elementos invasivos provenientes dentro do contexto hospitalar.
Embora o paciente esteja vulnerável em um hospital é necessário avaliar à vontade ou não paciente de receber assistência, a vontade do indivíduo deve ser respeitada. Assim, pode-se pensar em uma atuação que respeita a condição humana e que caminhe dentro dos princípios morais e éticos como pede o CFP. 
É também muito importante observar-se o fato de que, ao atuar em uma instituição, o psicólogo, ao contrário da prática isolada de consultório, tem que ter bastante claros os limites institucionais de sua atuação. Na instituição o atendimento deverá ser norteado a partir dos princípios institucionais (ANGERAMI, 1984).
Conclusão
A psicologia hospitalar deve, acima de tudo, colaborar com seus objetivos para promover a humanização e a transformação social no ambiente hospitalar, de maneira integrada, multidisciplinar, sem ficar preso somente as teorizações que isolam os conflitos mais amplos.

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