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Psico-oncologia e cuidados paliativos

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Psico-Oncologia e
Cuidados Paliativos
PSICOLOGIA HOSPITALAR
A entrevista
Psicóloga entrevistada: Vanessa DescherinPsicóloga entrevistada: Vanessa Descherin
Formação acadêmica: FURB - Universidade deFormação acadêmica: FURB - Universidade de
Blumenau, Graduação em Psicologia.Blumenau, Graduação em Psicologia.
Hospital Santo Antônio Blumenau - Pós-graduaçãoHospital Santo Antônio Blumenau - Pós-graduação
Lato SensuLato Sensu Residência Multiprofissional, Oncologia -Residência Multiprofissional, Oncologia -
Psico-oncologia CognitivoPsico-oncologia Cognitivo
Pós-graduação Lato Sensu - Especialização, TerapiaPós-graduação Lato Sensu - Especialização, Terapia
Cognitivo ComportamentalCognitivo Comportamental
Atualmente trabalha no Hospital Unimed (HU) comoAtualmente trabalha no Hospital Unimed (HU) como
Psicóloga HospitalarPsicóloga Hospitalar
"Narrativa Profissional em Oncologia”
Ambulatório de oncologia: São realizadas duas modalidades de
atendimento.
Consulta integrada: Os pacientes que iniciam o tratamento
oncológico são atendidos por equipe multidisciplinar com
psicóloga, nutricionista, farmacêutica e enfermagem.
Consulta individual: Quando não há possibilidade juntar a
equipe. O que serve para conhecer o paciente e analisar
possíveis demandas.
Relato:
Vanessa: “mas é o quanto essa doença vai trazer um
impacto psicológico, social, financeiro na vida dessa
pessoa, a gente tem pacientes jovens, muitas vezes que
deixaram de trabalhar ou até os idosos que tinham
planejado a vida inteira.”
Vanessa: “Há pacientes que apresentam respostas de
enfrentamento e resiliência, esses têm menos frequência
de atendimentos, mas tendo possibilidades de
agendamentos quando acharem necessário. Outros, na
primeira consulta já demonstram a necessidade de um
acompanhamento mais de perto.”
Internação oncológica
São os atendimentos realizados por solicitação, seja da enfermagem,
equipe multi ou médicos.
Ex.: paciente tem suspeita de câncer, está em processo de investigação.
Quando pacientes que já estão em tratamento são internados em
decorrência da queda de imunidade ou efeito colateral da quimioterapia.
Paciente em cuidados paliativos
A atenção dedicada aos pacientes abrange diversas etapas da doença,
considerando que algumas não possuem cura, mas oferecem a perspectiva
de estabilidade ou tratamento, ao passo que outros podem não apresentar
melhoras significativas.
No âmbito do cuidado, destaca-se a importância das medidas de conforto,
compreendendo a prevenção da dor, a busca pelo máximo bem-estar
possível e o oferecimento de uma passagem digna em situações terminais.
Para uma abordagem mais precisa, utiliza-se a avaliação da Neck-Pal, uma
escala que contempla a análise da independência, funcionalidade, níveis de
dor e questões emocionais, proporcionando uma visão abrangente dos
cuidados paliativos prestados.
É questionada a enfermagem: você se surpreenderia se esse paciente
morresse esse ano, nos próximos 12 meses?
Caso a resposta seja negativa, a psicóloga é acionada e o paciente passa
pela avaliação, quanto maior o score, maior a indicação para cuidados
paliativos. Trabalho com a tríade paciente-família-equipe: é trabalhada a
ideia de morte, respeitando o limite de cada um.
Paciente em cuidados paliativos
Experiência vivia no Hospital Santo Antônio
Vanessa: Eu atendi uma paciente de 44 anos, era
professora, casada e tinha um filho adolescente, foi
diagnosticada com câncer no pâncreas, foi
acompanhada por pouco mais de 1 ano. Após as
orientações de um médico paliativista, eu utilizei a
Terapia da Dignidade, onde é construído um
documento por meio de perguntas, ao final ele é
denominado “Legado” e o paciente em questão
escolhe o que fazer com esse documento.
Vanessa: Nesse “legado” tu conta um pouquinho da
tua história, quem você é, quem você foi e como você
quer ser lembrado, né, depois que você não estiver
mais aqui, que é a parte que fala sobre a continuidade
do eu, como eu quero ser lembrado, você também tem
a oportunidade de deixar algumas recomendações
para algum familiar, deixar algum recado. Essa
paciente pediu para ser entregue para o marido após
falecimento. No dia da entrega, foi realizada a leitura
do documento nas exatas palavras da paciente, que
foram anteriormente transcritas. E então o marido
reuniu as amigas da falecida esposa e passou adiante
as lembranças deixadas por ela.
Experiência vivia no Hospital Unimed
Vanessa: Aqui na Unimed, atendi um homem de 34
anos, casado com um filho de 2 anos, acometido por
um câncer muito raro, acompanhado por 11 meses.
Eu fui acionada pela equipe por ele estar sofrendo
de constantes crises de ansiedade, assim, eram
realizados acompanhamentos semanais. Quando
ele realizou um transplante, foram realizados
atendimentos online, visto a vontade de continuar
mas a impossibilidade de ir até o hospital.
Vanessa: Após várias linhas de
quimioterapia e o transplante, a doença
ainda se tornava cada vez mais agressiva.
Certa manhã ele me disse que não tinha
medo de morrer, que estava tudo bem. Mas
após receber a notícia da equipe paliativa
de que não haveria mais o que ser feito, “ele
se concretizou”. A esposa dele me chamou
para uma nova consulta, visto o choro do
marido. 
Vanessa: Daí eram umas quatro e pouquinho, eu
fui lá com ele, ele tava com visita, eu tinha um
vínculo muito grande com a família, então
quando eu cheguei eles saíram e eu fui atender
ele. E ele falou, “Vanessa, eu vou ser muito
hipócrita, se eu te disser que eu mudei de ideia,
porque hoje de manhã eu te disse que eu não
tinha medo de morrer, mas agora eu tenho”. Daí
eu disse que não, porque eu fui acolhendo ele,
entendendo que era que ele tava sentindo
naquele momento, tudo, e aí ele disse que tava
com medo de morrer. 
Eu perguntei pra ele, no que é que ele acredita. Isso
não é, não é questão religiosa, nem nada disso, mas o
que ele acreditava, o que acontecia depois que a gente
morria? E aí ele me trouxe que na concepção dele ele
iria para o céu, então eu perguntei como é que era o
céu, o que ele acreditava. Ele era uma pessoa muito
brincalhona sempre, sabe, então era muito leve
atender, ele disse, ah, eu acho que é uma sala que tu
entra, aí tem um sofá, né, tu fica lá, tem uma TV com
videogame, ele adorava jogar videogame, e tu pode
comer tudo que tu quiser. Aí gostava de comer. E,
assim, só porcaria, McDonald's, essas coisas, porque lá
no céu tu não precisa se preocupar com colesterol, com
essas coisas.
Vanessa: E aí, eu ia todos os dias lá no final do dia
pra me despedir dele, porque eu não sabia quando
poderia acontecer de eu não vê-lo mais. E aí,
naquele dia, na sexta eu fui, e aí no sábado à noite,
na madrugada de sábado para domingo, ele
faleceu. E aí, 4 e pouco da manhã, eu perdi acho
que 6 e pouco da manhã, e ele tinha um áudio
dele, daí eu pensei, não deve ter sido ele, eu ouvi,
daí era a mãe dele me falando assim, Vanessa,
nosso menino partiu.” “E aí naquele dia de manhã
eu ainda assisti o filme O céu é de verdade, porque
me remeteu ao que ele falou, sabe?”
Ana Flavia Bárbara Flavia Venturi Gabriela Zanato Pablo 
BEZERRA, Thais de Lima; TAURISANO, Aila Alvez Alvarenga; PREBIANCHI, Helena Bazanelli. Psico-oncologia. In:
BAPTISTA, Makilim Nunes; DIAS, Rosana Righetto; BAPTISTA, Adriana Said Daher. Psicologia hospitalar: teoria, aplicações
e casos clínicos. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Cap. 4. p. 61-75.
CARVALHO, M. M. Psico-oncologia: história, características e desafios. Psicol. USP, vol.13, n.1, p.151-166. 2002. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/pusp/a/C9zDcZyWhfKMLqWykFhVfqQ/?lang=pt. Acesso em: 21 de novembro de 2023.
SILVA, Bruna Gabriele Xavier Pereira da; PAPA, Fernanda Cristina Soares; ACORRONI, Liliane; SILVA, Pedro Henrique
Gonçalves da. A Psico-oncologia e os Cuidados Paliativos. 2021. 18 f. TCC (Graduação) - Curso de Psicologia, Centro
Universitário Una, Belo Horizonte, 2020.
Referências

Outros materiais