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Palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Ocorrem por descuido ou desconhecimento das regras por parte do emissor, e aparecem com tanta frequência, nas peças processuais, que passam despercebidos. Tipos: 1. Pleonasmo Vicioso ou Redundância: repetição desnecessária de uma informação na frase, redundância de ideias. Exemplos: preferir mais, repetir de novo, hemorragia de sangue, antecipar antes, etc.. Há muito tempo atrás o autor já havia registrado os fatos no boletim. 2. Barbarismo: é o desvio da norma. Todo e qualquer erro grosseiro que atente contra a forma ou a ideia correta da palavra. a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico. Exemplo: Solicitei à cliente sua rúbrica. (rubrica); circuíto/circuito; décano/decano; gratuíto/gratuito. b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas. Exemplo: azuleijo/azulejo; seje/seja; mendingo/mendigo. c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra. Vício desconhecido no direito. Exemplo: Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei) O segurança deteu aquele homem. (deteve) 3. Solecismo: erros sintáticos de concordância e regência, alheios aos textos legais. Exemplos: Haviam muitos alunos naquela sala. (Havia) A testemunha assistiu o crime. (ao) Me empreste o Código Civil. (empreste-me) 4. Plebeísmo: palavras vulgares ou gírias. Exemplos: Fiquei besta com a sentença. (perplexo) Ele é um advogado bacana. (excelente advogado) 5. Estrangeirismos: uso de palavras estranhas à língua. Emprego desnecessário de palavras estrangeiras, quando já existe palavra ou expressão correspondente na língua. No Art.156 do CPC afirma que em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo. Exemplos: O show é hoje! (espetáculo) Vamos tomar um drink? (drinque) 6. Arcaísmo: uso de palavras ou expressões antiquadas, em desuso. Exemplos: manceba/mulher; mandadeiro/procurador; ergástulo local/cadeia local. 7. Cacofonia: quando a disposição das palavras produz uma mensagem desagradável e, às vezes, obscena. Exemplo: As afirmações do réu, como as concebo, são inverdades descabidas sobre os fatos. 8. Ambiguidade/Anfibologia: uso de frases de sentido duplo. Exemplos: O cachorro do seu irmão avançou sobre o amigo. Encostado na cela, o policial avistou o preso. 9. Preciosismo: exagero da linguagem. Exemplos: Na pretérita centúria, meu progenitor presenciou o acasalamento do astro-rei com a rainha da noite. (ou seja: No século passado, meu avô presenciou um eclipse solar.) 10. Obscuridade: consiste na falta de clareza pela disposição intricada da frase. Exemplo: Art. 262 do Código Civil Não tendo bens particulares, que bastem, o cônjuge responsável pelo ato anulado, aos terceiros de boa-fé se comporá o dano pelos bens comuns, na razão do proveito que lucrar o casal. Redação substituída Quando o cônjuge responsável pelo ato anulado não tendo bens particulares, que bastem, o dano aos terceiros de boa-fé se comporá pelos bens comuns, na razão do proveito que lucrar o casal.
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