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Aula 7 - Preços e Estruturas de Mercado

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ECONOMIA
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Preços e Estruturas de Mercados
FACULDADE DE ECONOMIA (FE)
ECONOMIA
Preços e Estruturas de Mercado
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Preços e Estruturas de Mercados
I) Modelo de Concorrência Perfeita:
A economia neoclássica supõem um modelo de concorrência perfeita;
Onde os agentes econômicos se comportam de maneira racional;
Para que haja concorrência perfeita é necessário os seguintes requisitos:
1) Produtos homogêneos (não diferenciado por marcas embalagens etc.):
a) Caracterizando concorrência exclusiva através de preço e não por diferenciação;
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I) Modelo de Concorrência Perfeita:
2) Empresas pequenas e sem poder de mercado:
 a) Os vendedor e comprador deve ser tão pequeno que individualmente não consigam determinar e nem influenciar os preços;
 b) Se uma empresa sair ou entrar no mercado, não afetará a oferta total de produtos e nem o seu preço;
3) Ausência de restrições externas à mobilidade dos fatores de produção:
 a)Não pode haver intervenção nas leis de mercado, tais como: tabelamento, fixação de W mínimo etc.;
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I) Modelo de Concorrência Perfeita:
4) Conhecimento por parte dos agentes econômicos de todos os preços de mercado:
 a) Para que o comprador e vendedor hajam de forma racional eles devem comparar preços e, portanto conhecê-los;
É evidente que nunca existiu e dificilmente vai existir este tipo de mercado:
 a) Trata-se de um modelo teórico, que tenta mostrar as principais linhas de força do sistema;
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I) Modelo de Concorrência Perfeita:
b) Que faz abstrações de variáveis menos importantes;
c) A Ciência não pode prescindir de modelos;
d) Na construção de um modelo, o mais importante é saber selecionar as variáveis mais importante e desconsiderar as outras;
e) A validade de um modelo vai depender de como ele nos ajuda a compreender a realidade;
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I) Modelo de Concorrência Perfeita:
f) A ciência têm por objeto o estudo da realidade (social ou natural) e deve apresentar duas dimensões:
 A coerência interna;
 Correspondência com a realidade;
g) Os modelos neoclássicos passam tranqüilo pela coerência interna, mas não se pode dizer o mesmo quanto a correspondência com a realidade;
h) Neste modelos, o consumidor decide. A última palavra é do consumidor, que irá comprar ou rejeitar a mercadoria (a teoria da soberania do consumidor);
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II) Teoria da Concorrência Imperfeita:
Em 1926, Piero Sraffa, Italiano que imigrou para a Inglaterra e precursor da teoria da concorrência imperfeita, publicou um livro em que criticava as limitações da teoria marginalista em vigor;
Em 1933, surgem dois livros que abordam o problema da concorrência imperfeita ou concorrência monopolística:
Edward Chamberlin ( EUA - Harvard): a teoria da competição monopolística;
Joan Robinson (Inglaterra – Cambridge): a economia da competição imperfeita;
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II) Teoria da Concorrência Imperfeita:
O monopólio puro ocorre quando uma empresa produz um produto diferenciado singular, sem substituto próximo (“não tem” concorrência);
A concorrência monopolística: Chamberlin e Robinson, consideram um caso diferente, em que as empresas produzem um produto singular, diferenciado, mas com substituto próximo:
	- Por isso o termo concorrência monopolística:
 a) Existe monopólio, porque a empresa produz um produto singular e diferenciado;
 b) Existe concorrência, porque estes produtos têm substitutos próximos;
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II) Teoria da Concorrência Imperfeita:
Em 1934, Heinrich Von Stackelberg aborda o mesmo problema no seu livro “ Estrutura de mercado e equilíbrio” : 
a) Acentua mais os problemas de oligopólio;
b) Já defende a intervenção da Estado na economia;
c) Esta abordagem mostra que o autor já não confiava nos mecanismos de mercado;
Em 1953, Joan Robinson já se tornara suficientemente Keynesiana para rejeitar qualquer posição de equilíbrio automático na economia;
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II) Teoria da Concorrência Imperfeita:
O modelo Neoclássico tradicional não representava a realidade da economia:
a) Surgiam mega empresas que fugiam completamente do contexto da concorrência perfeita, que muitas vezes tinham um faturamento maior do que o PIB de vários países somados (grande número de pequenas empresas);
b) Nesta grandes empresas, os preços não eram determinadas pelo mercado;
- As empresas formavam cartéis (trustes) que determinavam administrativamente os preços dos seus produtos;
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II) Teoria da Concorrência Imperfeita:
O modelo Neoclássico tradicional não representava a realidade da economia:
- Não havia concorrência de preços, mas apenas em outros detalhes, como propaganda, embalagens etc.;
- Em períodos de crise os preços em vez de baixar, como determina o modelo neoclássico, subiam;
- Estas empresas tinham o poder de optar em vender menos a preços maiores, mantendo a taxa de lucro;
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II) Teoria da Concorrência Imperfeita:
O modelo Neoclássico tradicional não representava a realidade da economia:
c) Os objetivos das empresas mudaram;
Existiam situações em que as empresas não tinha por objetivo maximização de lucro:
Com a administração profissional, um dos grandes objetivos passou a ser a ampliação do tamanho da empresa:
Empresa grande = prestígio administradores / poder de mercado (pode definir preço ou impor formas de conduta/ competição);
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II) Teoria da Concorrência Imperfeita:
O modelo Neoclássico tradicional não representava a realidade da economia:
d) Surgiam os mega sindicatos classistas:
- Surgiam indícios de que o preço dos salários também não eram mais determinados pelo mercado;
- Os trabalhadores passaram a exigir seus interesses através de grandes e organizados sindicatos;
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II) Teoria da Concorrência Imperfeita:
O modelo Neoclássico tradicional não representava a realidade da economia:
e) Como o modelo neoclássico tradicional passou a ter dificuldade para explicar o contexto real, surgem novas escolas:
- A macroeconomia com John M. Keynes e os Monetaristas da Escola de Chicago;
- A nova microeconomia com os Novos Neoclássicos;
- A Meso economia, para explicar o comportamento das grandes corporações:
	. Organização Industrial;
	. Economia Industrial;
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II) Teoria da Concorrência Imperfeita:
Portanto: com a abordagem do problema da concorrência imperfeita ou concorrência monopolística:
a) Identifica-se mercados em que o principal fator competitivo não era mais o preço (produto diferenciado);
b) Identifica-se outros objetivos administrativos (que não eram maximização de lucro), como o objetivo da ampliação do tamanho da empresa (a partir da administração profissional);
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II) Teoria da Concorrência Imperfeita:
SURGE A NOVA ECONOMIA INDUSTRIAL: 
a) Inicialmente surge a teoria de organização industrial tradicional, de base neoclássica:
- Estrutura, conduta e desempenho. A estrutura (tamanho) determina a conduta e o desempenho da empresa;
b) Depois a nova economia
industrial que aborda a questão estudando o padrão de competição e as respectivas estratégias de competição, assim:
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II) Teoria da Concorrência Imperfeita:
SURGE A NOVA ECONOMIA INDUSTRIAL: 
	- Existem diversos padrões de competição:
Que são definidos através do que o consumidor valoriza no produto;
	- Existem diversas estratégias de competição:
As estratégias das empresas são definidas de acordo com as características do padrão de competição em que a empresa atua;
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III) Estruturas de Mercado:
1) As Estruturas de Mercado são resultados da influência da combinação de alguns fatores
Número de firmas;
Tamanho e dimensão das firmas;
Extensão e interdependência das Firmas;
Homogeneidade ou o grau de heterogeneidade do produto das firmas;
Natureza e o número dos compradores;
Extensão das informações que compradores e vendedores dispõem dos preços das transações de outros produtos;
Habilidade das firmas individuais para influenciar a procura do mercado por meio da promoção do produto, melhoria na sua qualidade, facilidades especiais de comercialização etc;
Facilidade com que as firmas entram e saem da indústria;
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III) Estruturas de Mercado:
2) Comportamento da Firma
	Na abordagem padrão (tradicional) da microeconomia o objetivo da firma é a maximização do lucro. O lucro somente pode ser maximizado se:
A RT (Receita Total) for igual ou superior ao CVT (Custo Variável Total). Portanto, a firma só produz quando é mais caro não produzir do que produzir. Se o preço do produto ou a RT  CVT, pelo menos parte do Custo Fixo Total (CFT) estará sendo coberto.
Se RMg = CMg. A firma aumentará a produção sempre que o aumento da receita for maior do que o aumento do custo. Quando isto não ocorre o lucro total deixa de aumentar e até diminui.
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III) Estruturas de Mercado:
i) Concorrência Perfeita:
1 – Importância do modelo:
É uma concepção idealizada. A Concorrência perfeita não existe e nem nunca existiu. Alguns mercados atuais estão apenas próximos deste mercado. Ex. a produção agrícola (na produção, não na distribuição e armazenamento;
2 – A Curva da Demanda da Firma:
O preço é uma variável exógena (determinada pelo mercado), ela pode vender quantas unidades desejar ao preço vigente. Assim:
a) RMg = RMe = Preço;
b) Como a firma é incapaz de alterar o preço corrente do mercado, a demanda da firma é perfeitamente elástica e a curva da demanda da firma é horizontal;
Obs. A curva da demanda de mercado continua decrescente as esquerda para a direita;
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III) Estruturas de Mercado:
i) Concorrência Perfeita
3 – A Curva da Oferta da Firma:
A curva do CMg acima do CVMe pode ser identificada como a curva da oferta da firma em concorrência perfeita;
Em outras palavras, a curva do CMg que está acima da curva do CVMe é que é relevante para as decisões de produção e representa a curva em que a firma estará interessada em oferecer o produto. Isto porque, o preço ou a RMg deve ser no mínimo igual ou superior ao CVMe, senão a empresa terá prejuízo;
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III) Estruturas de Mercado:
ii) Monopólio:
1 – Importância do modelo:
Existe um único produtor, o setor é a própria firma;
A oferta da firma é a oferta do setor;
A demanda da firma é a demanda do setor;
O monopolista pode controlar o preço do produto ou a quantidade produzida, mas não pode controlar as duas coisas simultaneamente;
2 – Hipóteses do Monopólio:
O setor é constituído de uma única firma;
A firma produz um produto para o qual não existe substituto próximo;
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III) Estruturas de Mercado:
ii) Monopólio:
3 – A Curva da Receita:
A curva da Receita Média (RMe) da firma é a curva da demanda do mercado. 
	RMe = Receita Total (RT) / quantidade vendida (q).
A curva da RMe indica os diferentes preços recebidos por unidade, quando o monopólio desejar vender quantidades diferentes de produtos.
Isto ocorre porque o monopolista precisa baixar os preços do produto para aumentar as quantidades vendidas, isto significa que a RMg é decrescente. Quanto maior a quantidade vendida menor é o preço e menor é a RMg;
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III) Estruturas de Mercado:
iii) Concorrência Monopolista:
1 – Hipóteses do modelo de concorrência monopolista:
Existe um número elevado de empresas, sendo que cada empresa possui um certo pode na fixação dos preços (a curva de demanda é negativamente inclinada como na concorrência perfeita, pois a existência de substitutos próximos permite aos consumidores fugirem de preços altos);
Produtos diferenciados, embora substitutos próximos. Ex. diferentes marcas de cigarros, perfumes, sabonetes, refrigerantes, etc;
A diferenciação dos produtos pode se dar por características físicas (composição química, potência), por embalagens ou por esquemas de promoção de vendas (propaganda, atendimento, brindes, etc);
Livre mobilidade dos fatores de produção. Livre acesso e saída das firmas no mercado (sem barreiras). Isto refletira que a longo prazo os lucros serão normais, não existindo lucros extraordinários;
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III) Estruturas de Mercado:
iv) Oligopólio:
Estrutura de mercado que prevalece em grande parte dos países ocidentais, inclusive no Brasil. Ex. transporte aéreo, rodoviário, química, siderúrgica, alguns serviços, etc;
1 – Hipóteses do Oligopólio:
Existe um reduzido número de produtores e vendedores;
Produtos são substitutos próximos entre si;
Todos os produtores possuem uma parcela significativa de mercado, as decisões sobre os preços e produção de equilíbrio são interdependentes, pois a decisão de um influencia a decisão de outro;
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III) Estruturas de Mercado:
v) Monopsônio:
Caracteriza-se pela existência de muitos vendedores e um único comprador (Verifica-se no mercado de trabalho, ou se empregam na única empresa de região ou trabalham em outra região);
A condição de único comprador permite pagar preços mais baixos;
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III) Estruturas de Mercado:
vi) Oligopsônio:
Caracteriza-se pela existência de muitos vendedores e um pequeno número de compradores (Ex. setor automobilístico, na compra de auto peças e os supermercados);
vii) Monopólio Bilateral:
Caracteriza-se pela existência de um único vendedores e um único comprador. 
O preço é determinado pela negociação recíproca;
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III) Estruturas de Mercado:
viii) Modelos Marginalistas de Oligopólio:
1) Modelo de Demanda Quebrada (Sweezy)
a) – Objetiva explicar porque os preços dos oligopólios permaneciam constantes por longos períodos de tempo, mesmo quando os custos mudavam:
Demanda elástica para aumento de preços. Se um oligopolista aumentasse o seu preço, não seria acompanhado pelos demais e desta forma perderia parte do mercado para os concorrentes;
Por outro lado, se um oligopolista reduzisse o seu preço para aumentar a sua fatia de mercado, seria seguido pelos demais e provocaria uma guerra de preços. Diante da guerra de preços, todos permaneceriam com a mesma fatia de mercado, diminuindo o lucro extraordinário de todos.
Resposta:
Os oligopolista reconhecem a interdependência de suas ações e, por isso, não haveria nenhuma razão para que baixassem os preços, fazendo com que os preços fiquem
estáveis a longo prazo. Assim as firmas maximizam lucro.
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III) Estruturas de Mercado:
viii) Modelos Marginalistas de Oligopólio:
2) O Cartel Perfeito
a) – Nesta condição os oligopolista reconhecem a interdependência de suas ações e procuram se unir para maximizar o lucro do cartel:
Assume característica próximas do monopólio puro. Fixado os preços, resta decidir como será feita a divisão entre o cartel;
A divisão entre o cartel se dará de diferentes formas e vai depender da capacidade de negociação dos membros;
Os cartéis são instáveis. Por, geralmente, operarem com capacidade ociosa, existem um incentivo forte para burlar os acordos. 
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III) Estruturas de Mercado:
viii) Modelos Marginalistas de Oligopólio:
3) Os Modelos de Liderança de Preço
1 – A firma líder fixa o preço e é seguida pelas demais (com acordo formal ou informal):
A liderança da empresa se sustenta no custo (liderança de custo) ou no tamanho da empresa (liderança da firma maior);
Na liderança de custos a empresa descarta preços predatórios para não incidir na lei antimonopólio;
Assim as firmas maximizam lucro.
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III) Estruturas de Mercado:
ix) Modelos de markup de Oligopólio
1 – Difere das teorias marginalistas por três aspectos:
Não enfatiza as ações e reações das firmas no setor;
A competição é extra-preço (qualidade do produto, promoção de vendas, serviços, etc);
As firmas não maximizam lucro (RMg = CMg), simplesmente adicionam uma margem sobre os custos de produção (Mark-up).
2 – Outras características:
As firmas tem apenas uma idéia vaga sobre a demanda de seus produtos. A demanda é muito sensível a propaganda, hábitos e gostos dos consumidores, crédito, serviços de manutenção etc;
As firmas produzem mais de um produto e por isso desconhecem de forma precisa os custos de cada produto individualmente (conhece apenas o custo médio total);
Portanto, como as firmas não conhecem RMg e CMg utilizam outro critério para fixar os preços, adicionar uma margem de lucro (m) aos seus custos.
				P = C . (1 + m)
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III) Estruturas de Mercado:
ix) Modelos de Mark-up de Oligopólio
3 – A margem de Lucro (m) varia de acordo com as condições de entrada de novas firmas:
Quanto maior as barreiras de entrada, maior tem de a ser a margem de lucro (mark-up).
4 – As barreiras de entrada de novas firmas depende:
Barreiras legais a entrada;
Diferenciação do produto;
Economias de escala;
Vantagens de custos da empresas já estabelecidas;
Montante de recursos necessários para entrar no setor.
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III) Estruturas de Mercado:
x) Os Mercados Contestáveis
Obs: Na abordagem marginalista tradicional, o oligopólio e o monopólio apresentam lucros extraordinários porque que podem fixar os seus preços; 
1 – Mercado Contestável é aquele mercado que não oferece barreiras de entrada e nem custos de saída do setor:
Neste mercado é possível entrar, sem restrição, lucras e sair sem custos;
Neste mercado não há liberdade de fixação de preços. Os lucros extraordinários não se sustentam a longo prazo porque novas empresas entrariam;
No mercado contestável não há firmas ineficientes, uma vez que os produtores mais eficientes se aproveitariam de sua estrutura de custo mais econômica para aumentar a sua fatia de mercado.
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III) Estruturas de Mercado:
xi) Estudos de Organização Industrial
1 - A Organização Industrial é uma área de estudos de estruturas de mercado que enfatiza o aspecto empírico do mercado; 
2 – Dentro da Organização Industrial podemos distinguir três abordagens, que se complementam entre si. Surgindo a abordagem Estrutura-Conduta-Desempenho.
Na Estrutura de mercado: são analisadas a concentração, diversificação, diferenciação entre os produtos, barreiras à entrada e economias de escala;
Na Conduta: são analisados a forma como os preços são fixados, estratégias de marketing e comportamento legal das firmas;
No Desempenho: a preocupação é com a eficiência, equidade, criação de empregos e qualidade do produto.
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III) Estruturas de Mercado:
xii) Abordagem Gerencial
1 - A Abordagem Gerencial se destaca por colocar em primeiro plano o comportamento dos gerentes das empresas; 
2 – Os objetivos da gerência (Adm. Profissional) e dos proprietárias da empresa (acionistas) seriam diferentes. Os proprietários objetivam maximizar o lucro, enquanto os gerentes estariam preocupados em manter a sua posição dentro da empresa.
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III) Estruturas de Mercado:
xii) Abordagem Gerencial
3 – Modelo de Maximização de Vendas ou conquista de mercados (Baumol): 
O preço e a quantidade de equilíbrio são obtidas numa análise parecida com a análise marginalista;
No entanto, a variável a ser maximizada não é o lucro, mais as vendas;
O lucro é apenas uma restrição que deve ser observada na maximização condicionada das vendas.
Porque maximizar as vendas?
Os salários e o status dos gerentes estão mais ligados as vendas do que aos lucros da empresa. Vendas crescentes implica em contratação enquanto que vendas em queda implica em demissões.
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VII – BIBLIOGRAFIA
GRASEL, D e SANTANA, E. A. de. Investimento e crescimento em setores de elevada competição: os casos das indústrias de revestimento cerâmico e da agroindústria de carnes. Rio de Janeiro, Revista Arche’typon, Universidade Cândido Mendes (UCAM), v.8, n. 23, p.151-182, maio/agosto/2000.
PINHO, D. B. e VASCONCELOS, M. A.. S. de (Org.). Manual de economia. São Paulo: Saraiva, 1992.
ARAÚJO, C. R. V. História do Pensamento Econômico: uma abordagem introdutória, São Paulo: Atlas, 1988.
HOLANDA, N. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
VASCONCELLOS, M. A. S. de. Economia Micro e Macro. SP: Atlas, 2002.

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