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INFLAMAÇÃO AGUDA Professor Esp. Antônio Arlen da Silva Freire Cirurgião-Dentista – ESF/SEMSA Mestrando em Disfunções Temporomandibulares e dor Orofacial FACULDADE META DISCIPLINA: PATOLOGIA GERAL ODONTOLOGIA INFLAMAÇÃO - CONCEITO Resposta protetora que envolve células do hospeideiro, vasos sanguíneos, proteínas e outros mediadores; Inflamação: Destinada a eliminar a causa da lesão, bem como células necróticas e iniciar o processo de reparo. (KUMAR, ABBAS, ASTER, 2013) A inflamação remove infecções e outros estímulos nocivos, além de iniciar o reparo. A inflamação pode causar danos consideráveis. VISÃO GERAL DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA AS MOLÉCULAS E AS CÉLULAS DE DEFESA CIRCULAM NO SANGUE I N F L A M A Ç Ã O TRAZER PARA O LOCAL DA INFECÇÃO OU LESÃO TECIDUAL INFLAMAÇÃO - CONCEITO Infecções; Necrose; Corpos estranhos; Reações imunes. Causas: (KUMAR, ABBAS, ASTER, 2016) Reconhecimento de microrganismos: Receptores celulares para microrganismos; Sensores de dano celular; Proteínas circulatórias. VISÃO GERAL DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA A inflamação aguda é de início rápido e de curta duração, de poucos minutos a poucos dias. • Caracteriza-se pela exsudação de líquidos e proteínas plasmáticas e acúmulo de leucócito neutrófilo. MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA AS MANIFESTAÇÕES EXTERNAS DO PROCESSO INFLAMATÓRIO DENOMINAM-SE SINAIS CARDINAIS DA INFLAMAÇÃO INFLAMAÇÃO AGUDA É UMA RESPOSTA RÁPIDA QUE LEVA LEUCÓCITOS E PROTEÍNAS PLASMÁTICAS PARA O LOCAL DA LESÃO HÁ DOIS COMPONENTES PRINCIPAIS: ALTERAÇÕES VASCULARES Aumento do fluxo sanguíneo (vasodilatação) e alterações nas paredes vasculares que permitem que as proteínas plasmáticas deixem a circulação (aumento da permeabilidade vascular) EVENTOS CELULARES Emigração de leucócitos da microcirculação e seu acúmulo no foco da lesão. ALTERAÇÕES VASCULARES AS PRINCIPAIS REAÇÕES VASCULARES SÃO: AUMENTO DO FLUXO SANGUÍNEO RESULTANTE DA VASODILATAÇÃO E AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR DESTINADOS A TRAZER CÉLULAS SANGUÍNEAS E PROTEÍNAS PARA O LOCAL DA LESÃO 1. HÁ VASOCONSTRIÇÃO E POSTERIOR VASODILATAÇÃO (ERITEMA E CALOR) 2. AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR, FAZENDO PROTEÍNAS EXTRAVASAREM - APARECEM PEQUENOS VASOS DILATADOS REPLETOS DE HEMÁCIAS (ESTASE) 3. LEUCÓCITOS SE ACUMULAM AO LONGO DA SUPERFÍCIE ENDOTELIAL - MARGINAÇÃO ALTERAÇÕES VASCULARES AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR O aumento da permeabilidade vascular leva a saída de líquido rico em proteínas e células sanguíneas – exsudato. EVENTOS CELULARES Os leucócitos ingerem agentes ofensivos, destroem bactérias e eliminam os tecidos necróticos. NORMALMENTE OS LEUCÓCITOS FLUEM RAPIDAMENTE NO SANGUE, NA INFLAMAÇÃO, DEVEM SER PARADOS E LEVADOS AO AGENTE AGRESSOR OU AO LOCAL DA LESÃO. Marginação e rolagem Aderência ao endotélio Transmigração entre as células endoteliais Migração para os tecidos intersticiais EVENTOS CELULARES Os leucócitos ingerem agentes ofensivos, destroem bactérias e eliminam os tecidos necróticos. NORMALMENTE OS LEUCÓCITOS FLUEM RAPIDAMENTE NO SANGUE, NA INFLAMAÇÃO, DEVEM SER PARADOS E LEVADOS AO AGENTE AGRESSOR OU AO LOCAL DA LESÃO. Marginação e rolagem Aderência ao endotélio Transmigração entre as células endoteliais Migração para os tecidos intersticiais EVENTOS CELULARES Uma vez no local, a função dos neutrófilos podem envolver: Fagocitose Destruição intracelular de micróbios Liberação de substâncias que destroem micróbios extracelulares e células mortas Produção de mediadores PADRÕES DE INFLAMAÇÃO AGUDA A gravidade da resposta inflamatória, a causa e o tecido podem modificar a morfologia da inflamação aguda, manifestando-se em situações clínicas distintas: INFLAMAÇÃO SEROSA R o b b in s ; C o tr a n , 2 0 0 7 INFLAMAÇÃO FIBRINOSA R o b b in s ; C o tr a n , 2 0 0 7 INFLAMAÇÃO PURULENTA R o b b in s ; C o tr a n , 2 0 0 7 INFLAMAÇÃO CRÔNICA Professor Esp. Antônio Arlen da Silva Freire Cirurgião-Dentista – ESF/SEMSA FACULDADE META DISCIPLINA: PATOLOGIA GERAL ODONTOLOGIA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Inflamação crônica é a inflamação de duração prolongada (semana, meses ou até anos) no qual inflamação ativa, destruição tecidual e reparação por fibrose ocorrem simultaneamente; Caracteriza-se por um conjunto de alterações: Infiltração por células mononucleares Destruição tecidual Reparo INFLAMAÇÃO CRÔNICA A inflamação crônica ocorre devido as seguintes situações: • Infecções persistentes por microrganismos difíceis de erradicar; • Doenças inflamatórias imunomediadas; • Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos. CÉLULAS – INFLAMAÇÃO CRÔNICA MACRÓFAGOS São as células dominantes da inflamação crônica Provenientes dos monócitos e de maior capacidade fagocitária, os macrófagos têm vários papéis críticos na defesa do hospedeiro e na resposta inflamatória. Ingerem e eliminam micróbios e tecidos mortos Iniciam reparo tecidual Secretam mediadores da inflamação Expõe antígenos ao linfócitos T e respondem os sinais Macrófagos podem ser ativados por duas vias: Via clássica Via alternativa Defesa do hospedeiro contra microrganismos Reparo tecidual LINFÓCITOS LINFÓCITOS São os principais orientadores da inflamação em doenças autoimunes e inflamatórias crônicas A ativação dos linfócitos B e T é parte da resposta imune adaptativa Nos tecidos, os linfócitos B podem se desenvolver em plasmócito (que secretam anticorpos), enquanto que o linfócito T são ativados para secretar citocinas. Existem três subgrupos de células T que secretam grupos diferentes de citocinas: • Células TH1 produzem citocinas que ativam macrófagos na via clássica; • Células TH2 produzem citocinas que recrutam e ativam eosinófilos e macrófagos por via alternativa; • Células TH17 produzem citocinas que recrutam neutrófilos e monócitos. OUTRAS CÉLULAS EOSINÓFILOS • Encontrados em infecções parasitárias ou em algumas alergias MASTÓCITOS • Liberam histamina que suscitam alterações vasculares. INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA Os granulomas são encontrados em certos estados patológicos específicos; O granuloma é um agente útil de defesa, entretanto, a formação do granuloma nem sempre leva à eliminação do agente causal, o qual frequentemente é resistente à destruição ou degradação do órgão Kummar; Abbas; Aster, 2013 ASPECTOS DO REPARO TECIDUAL VISÃO GERAL DO REPARO NOS TECIDOS INFLAMADOS ASPECTOS DO REPARO TECIDUAL O processo inflamatório não serve apenas para remover os microrganismos e/ou tecidos lesionados, mas serve também para iniciar o reparo tecidual; O reparo é a restauração da arquitetura e da função do tecido após a lesão!(KUMAR; ABBAS; ASTER, 2013) REGENERAÇÃO As células lesionadas são substituídas e o tecido retorna ao estado normal! A regeneração ocorre por proliferação de células residuais. CICATRIZAÇÃO Ocorre quando as células não tem capacidade de proliferar rapidamente ou quando o tecido foi gravemente lesionado! O reparo ocorre por deposição de tecido conjuntivo, assim, a cicatrização NÃO é capaz de realizar função das células perdidas. ASPECTOS DO REPARO TECIDUAL REGENERAÇÃO CELULAR E TECIDUAL A regeneração envolve a proliferação celular. A regeneração é orientada por fatores de crescimento e depende grandiosamente da Matriz Extracelular (MEC). Fatores de Crescimento são proteínas que estimulam a mitose da célula, além de promover migração, proliferação e outras respostas celulares. EX.: EGF, VEGF, etc.! A Matriz Extracelular (MEC) é um complexo de várias proteínas que se arranjam em uma rede que circunda as células. A MEC regula a proliferação, movimento e diferenciação das células. Há três componentes na MEC 1. Proteínas fibrosas estruturais que dão resistência à tensão e flexibilidade 2. Géis hidratados que permitem elasticidade e lubrificação 3. Glicoproteínas de adesão, que conectam os elementos da matriz uns aos outros e às células. CICATRIZAÇÃO Se a lesão ao tecido é grave ou se afetar células que não tem capacidade proliferativa, o reparo ocorre por cicatrização. As células originais são substituídas por tecido conjuntivo, levando à formação de uma cicatriz. A cicatrização é guiada pelos seguintes passos: 1. Angiogênese 2. Migração e Proliferação de Fibroblastos 3. Maturação e reorganização do tecido fibroso EXEMPLOS CLÍNICOS CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS Envolve regeneração do epitélio e cicatrização do tecido conjuntivo. Dependendo do tamanho da lesão, pode ocorrer por primeira ou segunda intenção. Primeira Intenção O principal mecanismo de reparo é a REGENERAÇÃO! EXEMPLOS CLÍNICOS EXEMPLOS CLÍNICOS CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS Envolve regeneração do epitélio e cicatrização do tecido conjuntivo. Dependendo do tamanho da lesão, pode ocorrer por primeira ou segunda intenção. Segunda Intenção Há a formação de uma grande CICATRIZ! REFERÊNCIAS KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, John C. Patologia Básica. 9.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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