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Resumo Micro e Mico clinica

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Resumo Micro e Mico – NP1 
Biogênese – Teoria que diz que apenas seres vivos podem originar outros seres vivos, esta que foi criada por Louis Pasteur através do experimento com carne isolada com meio externo e carne exposta. 
Abiogênese – Teoria das emanações, onde acreditava-se que avida surgia através dos elementos da natureza, como ar, agua, terra, etc. 
Principais diferenças entre células eucariontes e procariontes 
	Procariontes 
	Eucariontes 
	DNA desorganizado (sem carioteca) 
	DNA organizado, presença de carioteca. 
	Sem organelas 
	Diversas organelas (RER, REL, Complexo de Golgi) 
	Plasmídeo 
	Mitocôndria, vacúolo (vegetal), cloroplasto (vegetal) 
	Parede celular complexa 
	Parede celular quimicamente simples (vegetais e fungos) 
	DNA circular 
	DNA linear 
	Divisão por fissão binaria 
	Divisão por mitose e meiose 
	 
	 
 
Morfologia bacteriana 
1 – Cocos – micrococos, diplococos, tétrade, Sarcina, estreptococos, estafilococos. 
Staphyllococcus aureus. 
2 – Bastonete – bacilos – Possuem diferentes formas e tamanhos (cuidado p não confundir com cocos) 
Salmonella 
3- Espiralados – espiroqueta (mais flexível) e espirilo (menos flexível).
Leptospira interrogans 
4 – Vibriões – semelhantes ao formato de uma virgula 
Vibrio cholerae 
Parede celular 
Usado principalmente para definir se uma bactéria é Gram + ou Gram –  
Gram + - possui uma grossa camada de peptídioglicano 
Gram - - possui uma fina camada de peptídioglicano entre membranas. 
Processo da coloração de Gram 
Fixação (pega com a alça e coloca na placa diluindo a amostra em uma gota de NaCl, seca ao bico ou deixa secar ao ar); Aplicação do corante cristal violeta por 60s, tirar o excesso após o tempo; Aplicar lugol a placa; Alcool/acetona; corante de contraste (safranina ou fenolftaleína), aplicar uma gota de óleo de imersão p observação. 
Flagelos – Possuem a função de locomoção – monotríquea, anfittríquea, lofotríquea, peritríquea. 
Fimbrias – Comunicação (fimbrias sexuais) e adesão. 
Glicocálice – compõe a capsula bacteriana. 
Transformação bacteriana – incorporação do DNA de uma outra bactéria que sofreu lise. 
Conjugação – Troca de DNA através das fímbrias. 
Transdução – Vírus bacteriófago integra seu DNA ao da bactéria, transformando-a em um “virusmaker”. 
Endosporos – Produzidos quando o ambiente não está favorável a bactéria, é o DNA protegido por uma estrutura grossa e desidratado, que se reidrata quando o ambiente se torna favorável. 
Crescimento bacteriano – 4 fases 
1 – Lag – aumento do metabolismo sem divisão celular 
2- Log – rápida divisão celular 
3-Estacionária - Carência de nutrientes, mortes=novas células – equilíbrio populacional 
4 – Declínio – mais mortes, menos células novas. 
Nutrição bacteriana 
Fototróficos – utilizam da luz como fonte de energia/nutrição. – Autótrofos. 
Quimiotróficos – Dependem da oxidação de compostos químicos para obtenção de energia. – Heterótrofos. 
Limitantes do crescimento 
Temperatura – Todo microrganismo possui uma temperatura mínima, ótima e máxima de crescimento; Psicrófilas: temp., ótima -20-10ºC; Mesófilas: temp. ótima 25-45ºC; Termófilas: temp. ótima 45-80ºC 
pH – O pH é um importante fator do crescimento; Acidófilas: pH 0,1-5,4; Neutrófilas:  pH 5,5,-8,5; Alcalófilas: pH 8,5-11,5. 
Oxigênio – Aeróbias estritas – crescem na presença de O2; anaeróbias estritas – crescem na ausência de O2; Microaerofílicas – precisam de O2 numa pressão diferente da atmosférica; anaeróbia facultativa/aerotolerante – crescem na presença ou na ausência de O2. 
Cultivo de microrganismos – meios de cultura 
Meio sintético – composição química bem definida 
Meio complexo – composição química não perfeitamente definida (mais utilizados) 
Meio seletivo – Cresce bactérias selecionadas/isoladas, muitas vezes são adicionados inibidores para garantir que outras bactérias não cresçam no meio além da desejada. 
Meio diferencial – Permite a diferenciação das colônias pelo modo de crescimento.  
Meio liquido – permite a observação da nutrição/metabolismo da espécie de microrganismo, crescimento positivo notado pela turvação do meio. 
Meio semissólido – Caracterizado por baixa concentração de ágar, o que permite observar a motilidade do microrganismo. 
Meio sólido – O foco é observar o crescimento e formação de colônias - >2% de ágar. 
Tipos de meios de cultura 
Agar-nutriente: cor original do meio branco opalescente, muito utilizado para análise de alimentos e água; positivo: crescimento de bactéria; negativo: ausência do crescimento. – Meio diferencial. 
Agar Sal Manitol – meio seletivo – cor original do meio rosa – O excesso de cloreto de sódio inibe quase que completamente o crescimento de outras bactérias que não seja Staphylococcus spp. 
Agar sangue – meio diferencial – usado para microrganismos não fastidiosos, cresce quase de tudo. Cor original do meio vermelho – diferenciação de steptococcus(c/ halo) e staphylococcus(s/ halo) beta hemólise- halo transparente; alfa hemólise – halo verde (hemólise incompleta); gama hemólise – sem halo, sem hemólise. 
Agar chocolate – para microrganismos fastidiosos, embora a maioria cresça nesse meio – meio diferencial 
Agar MacConkey – meio seletivo – crescem apenas bactérias gram -, como o meio possui cristal violeta o ambiente torna-se toxico para gram+; E.coli, cresce, Staphylococcus aureus, não. 
Agar CLED – anilise de microrganismos presentes em amostras de urina – meio diferencial 
Agar Salmonella-Shiguela – Meio seletivo para identificação de Samonella e Shiguela 
Agar Hektoen Enteric (HE) – meio seletivo – Salmonella spp, Shiguela spp. E outras enterobactérias – o meio saturado de corantes tóxicos a gram + permite que apenas bactérias gram – cresçam no meio. 
Agar Thayer Martin chocolate – meio seletivo – Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitidis. 
Agar Lowenstein-Jensen – meio seletivo – micobacterias, diagnostico de tuberculose. 
Agar Sabaraud – crescimento de fungos – meio diferencial 
Agar Regan-Lowe – meio seletivo – contem cefalexina que impede que a maioria das bactérias do trato respiratório cresçam, menos a Bodetella spp. 
Provas Bioquímicas – 5 tipos 
Auxiliam na identificação de bactérias através da verificação de transformações bioquímicas. 
- Prova de Catalase; Citocromooxidase; Fontes de carbono; Provas IMViC; Teste de proteínas. 
Catalase: Degradação do peróxido de H (água oxigenada) pela enzima catalase em água e oxigênio. 
Citocromoxidase: Microrganismos que metabolizam o citocromo, proteína presente na mitocôndria, Aeróbio +; anaeróbio -. 
Fontes de carbono: Fermentação; a não mudança de cor significa que o teste é negativo; a mudança de cor significa positivo; a mudança de cor e o liquido subir no tudo significa também a produção de gás. 
Provas IMViC: Indol – mudança de cor e formação de uma “espuma”, significa que metaboliza o a.a. triptofano. Teste vermelho de metila – analisa a capacidade da bactéria de metabolizar glicose, positivo ocorre alteração de cor e pH. Prova VP: analisa a mesma coisa que a prova de Indol (líquidos). Teste do citrato: É feito num meio de ágar com citrato: É observado se o microrganismo é capaz de utilizar apenas o citrato como fonte de carbono, o positivo apresenta mudança de cor. 
Fontes de proteínas – A bactéria que possui a enzima gelatinase degrada a gelatina em a.a., isso mostra que ela pode utilizar proteínas como fonte de energia. No positivo é possível notar “flocos” e opalescência na amostra. 
Infecções tegumentares 
Pode ocorrer por conta do decido lesado ou não (baixa imunológica). – Obtenção do material: biópsia, exsudato de lesão (superficial, profundo, operatório), licor. 
O ideal é que o material seja colhido das margens e da profundidade da lesão, no caso de feridas abertas. 
O SWAB só é indicado quando não der pra usar agulha, e o ideal é que este tenha um meio de transporte, no caso de abcessos fechados e nódulos. 
No caso de queimaduras o indicado é que se faça biópsia da lesão. 
Pústula,se assemelha a acne, amostras por SWAB, aspiração ou biópsia. 
Como devem ser tratadas as amostras: SWAB sem meio de transporte deve ser enviado imediatamente ao lab.; SWAB com meio de transporte pode ser enviado até 8h depois da coleta; aspirados devem ser enviados em até 2h; Biópsia deve ser enviado em até duas horas. 
Inoculação nos meios de cultura 
SWAB sem meio de transporte – Suspender em caldo TSB (um caldo supernutritivo) depois inocular em ágar. 
SWAB com meio de transporte só inocular em ágar. 
Seringa/aspirados semear em ágar e em caldo THIO(tioglicolato) 
Biópsia triturar, diluir e semear. 
Sempre ter atenção ao controle de temperatura para não matar as bactérias. 
Antibiograma – teste de suscetibilidade a antibióticos (último teste a ser feito) 
Bacterioscopia – analise da bactéria ao microscópio e contagem, auxilia a saber o nível e estágio de infecção. 
Infecções do trato urinário - Principal causador E.coli 
Bacteriúria assintomática - Comum em mulheres gravidas e crianças com refluxo vesicouretral. 
Cistite - Infecção da bexiga cuja sintomatologia mais frequente é a disúria (dor ao urinar)  
Pielonefrite - Infecção que acomete os rins e pélvis, infecção sistêmica, geralmente relacionada a febre. 
Uretrite - Infecção da uretra: urgência ao urinar, sangramento. 
A coleta deve ser feita em frasco estéril, a urina deve ser retida por pelo menos 3h e não se deve beber muita água para evitar a diluição da amostra. A amostra deve ser processada em até 24h se refrigerada, 2ml de amostra são suficientes. Os meios mais usados são o CLED e o MacConkey. O laminocultivo também é muito utilizado pois é uma maneira de identificar as UFC's e economizar material. 
Interpretação
	Contagem bacteriana 
	Leucócitos
	Sintomatologia
	Conduta
	Comentários
	
Sem crescimento
	A
	A
	Negativo
	 Sem infecção
	
	
	P
	Negativo
	Clamídia, uretrite
	
	
P
	A
	Negativo
	Piúria asséptica causada por desidratação/inflamação
	
	
	P
	Negativo
	Uretrite, clamídia, gnococco
	Qualquer contagem de Streptococcus agalactiae
	
A/P
	
A/P
	
ID e antibiograma
	Agente importante em gestantes
	
<105 UFC/ml
 
 
	 
A
	A
	2 ou + microrganismos
	Contaminação ou colonização
	
	
	P
	2 ou + microrganismos
	Clamídia, gnococco
	
	 P
 
	 A
	1 ou + microrganismo ID
	 Bacteriúria assintomática
	
	
	 P
	ID e antibiograma
	 Bacteriúria sintomática
	
>105 UFC/ml
 
	
A
	
A
	
1 ou mais microorg: ID
	Bacteriúria assintomática Contaminação Infecção transitória
	
	
	
P
	
ID + antibiog.
	Cistite, pielonefrite Bacteriúria sem piúria
	
	P
	A
	ID + antibiog.
	Bacteriúria assintomática
	
	
	P
	ID + antibiog.
	Cistite, pielonefrite

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