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pesquisa sobre chumbo - processo metalurgico

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA
CAMPUS ANANINDEUA
ENGENHARIA DE MATERIAIS
ANA BEATRIZ RODRIGUES PORTO
CINTIA DA SILVA MATOS
KARYMME MAYARA BARBOSA DE OLIVEIRA
SOLIDIFICAÇÃO 
LIGAS DE CHUMBO
Ananindeua
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA
CAMPUS ANANINDEUA
ENGENHARIA DE MATERIAIS
ANA BEATRIZ RODRIGUES PORTO
CINTIA DA SILVA MATOS
KARYMME MAYARA BARBOSA DE OLIVEIRA
SOLIDIFICAÇÃO
LIGAS DE CHUMBO
Trabalho apresentado como um dos requisitos para a avaliação na disciplina Solidificação dos Metais do curso Engenharia de Materiais da Universidade Federal do Pará – UFPA, Campus Ananindeua.
Professor: Deibson Silva da Costa.
Ananindeua
2017
1. INTRODUÇÃO
 O chumbo (do latim plumbum) é um elemento químico de símbolo Pb, número atómico 82, massa atómica igual a 207,2 u, pertencente ao grupo 14 ou IVA da classificação periódica dos elementos químicos. Apresenta-se no estado sólido em temperatura ambiente e é um metal tóxico quando ingerido.
 É comumente usado na construção civil, baterias de ácido, em munição, proteção contra raios-X e raios gama e forma parte de ligas metálicas para a produção de soldas, fusíveis, revestimentos de cabos elétricos, materiais anti-fricção, metais de tipografia, etc.
 O chumbo raramente é encontrado no seu estado elementar, sendo extraído da natureza a partir de alguns minerais. O minério de chumbo mais comum é a galena (PbS com 86,6% deste metal), e os que possuem maior importância comercial é a cerussita (PbCO3) e o mineral anglesita (PbSO4), que são mais raros. 
 O principal processo de obtenção do chumbo é através da ustulação, para a separação do enxofre do minério de sulfetado, galena, obtendo-se como produto o óxido de chumbo que, num alto forno, é reduzido com a utilização de coque, fundente e óxido de ferro, o produto obtido é o chumbo bruto. O chumbo bruto obtido é separado da escória por flotação. A seguir, é refinado para a retirada das impurezas metálicas, que pode ser por destilação. Em seguida, é submetido a refinação, para remoção das impurezas metálicas, por refinação eletrolítica ou por destilação. O chumbo obtido por esse processo pode apresentar teor de pureza de 99,9%.
2. LOCALIZAÇÃO DAS MINAS
 Os principais depósitos de minérios de chumbo estão localizados nos Estados Unidos, Austrália, Canadá, Peru, México, Bolívia, Argentina, África do Sul, Zâmbia, Espanha, Suécia, Alemanha, Itália e Sérvia, sendo os principais produtores são os Estados Unidos, Austrália, Canadá, Peru e México. 
 No Brasil, a produção iniciou-se na Bahia, ainda hoje o maior produtor do país, vindo em seguida São Paulo e Paraná. Os minérios de chumbo brasileiros, principalmente a galena, apresentam alto teor de prata (cerca de 2,5kg para uma tonelada de chumbo refinado). 
 A Bahia registra uma reserva de 997 mil toneladas. Esta reserva deve-se aos pilares da mina de Boquira, no município de Boquira, que foi dada como exaurida em 1992. Atualmente, estão fazendo uma reavaliação das reservas, inclusive do rejeito que será aproveitado devido à presença de chumbo, cádmio, ouro, ferro e prata. Estes elementos, mais o ferro que ocorre na área da mina, estão propiciando a rentabilidade do projeto que se encontra em estudo de viabilidade econômica, com previsão de conclusão dos trabalhos para o ano de 2010.
 As reservas de São Paulo, que ocorrem no Vale da Ribeira, são inexpressivas, 16,6 mil toneladas e teor médio de 8,05%, perfazendo 1,3 mil toneladas de chumbo contido. O Paraná detém uma reserva de aproximadamente 2,0 milhões de toneladas, com teor médio de 4,87%, e um contido com 99,1 mil toneladas de chumbo. O minério da região de Adrianópolis e Cerro Azul tem má qualidade, provocando um alto custo operacional.
 O Estado de Minas Gerais é detentor de uma reserva de 8,9 milhões toneladas (medidas + indicadas), com teor de 1,21% e contido de 108 mil toneladas. O Rio Grande do Sul possui uma reserva aprovada de 22,2 milhões de toneladas, com teor médio de 2%, e contido de 444,6 mil toneladas. 
3. MERCADO PRODUTOR
 Os principais produtores de chumbo primário são os países detentores das maiores reservas do mundo e suas produções são em torno de foram: 3.000 mt na China, 690 mt na Austrália, 340 mt nos Estados Unidos da América (EUA) e 220 mt no México. A produção brasileira de concentrado de chumbo, em metal contido, ta na média de de 9 mt, representando 0,1% da produção mundial.
 O chumbo é um metal que permite a reciclagem de sua sucata, especialmente de baterias automotivas, industriais e de telecomunicações. No brasil, o reaproveitamento dessa sucata corresponde a um terço das nossas necessidades dessa matéria prima.
4. PROPRIEDADES FÍSICAS, QUIMICAS E MECÂNICA DO CHUMBO.
 O chumbo é um metal pesado (densidade relativa de 11,4 a 16ºC), de coloração branca-azulada, tornando-se acinzentado quando exposto ao ar. Muito macio, altamente maleável, baixa condutividade elétrica e altamente resistente à corrosão. O chumbo se funde com facilidade (327,4ºC), com temperatura de vaporização a 1725ºC. Os estados de oxidação que pode apresentar são 2 e 4. É relativamente resistente ao ataque dos ácidos sulfúrico e clorídrico, porém se dissolve lentamente em ácido nítrico. O chumbo é um anfótero, já que forma sais de chumbo dos ácidos, assim como sais metálicos do ácido plúmbico. O chumbo forma muitos sais, óxidos e compostos organolépticos.
5. PROPRIEDADES FÍSICAS 
	Estado da matéria
	Sólido
	Ponto de fusão
	600,61k
	Ponto de ebulição
	2022k
	Condutividade elétrica
	4,81x106 m-1 Ω-1
	Condutividade térmica
	35,3 w/(m.k)
6. CLASSIFICAÇÃO: TIPOS DE CHUMBO 
A seguir são apresentados os diferentes tipos de chumbo e suas ligas, de acordo com o sistema de classificação UNS (Unified Numbering System – Sistema Unificado de Numeração), que congrega várias entidades que representam diversos fabricantes e consumidores de vários tipos de metais e suas ligas. A tabela Pb-1 apresenta os diferentes tipos de chumbo comercialmente puro e ligas de chumbo e sua composição química.
Tabela 1 – Chumbo comercialmente puro e ligas de chumbo – Composição química. Classificação UNS 50000 a 50999.
	Tipo de Chumbo ou Liga
	Classificação UNS
	Composição Química
	Chumbo refinado por zona
	L50001
	Mínimo de 99,9999 % Pb
	Chumbo refinado macio
	L50005
	Mínimo de 99,999 % Pb
	Chumbo refinado macio
	L50011, L50012,L50013, L50014
	Mínimo de 99,99 % Pb
	Chumbo industrial comercialmente puro
	L50042
	Mínimo de 99,94 % Pb
	Chumbo comum
	L50045
	Mínimo de 99,94 % Pb
	Ligas de Chumbo (UNS L50100 a L50199)
	Liga para revestimento de cabos
	L50101
	99,8 % Pb – 0,2 % Ag
	Ligas para eletro-refino
	L50110, L50115, L50120
	99,5 a 99 % Pb – 0,5  a 1 % Ag
	Liga para eletro-refino
	L50122
	98 % Pb – 1 % Ag – 1 % As
	Liga para anodo de proteção catódica
	L50140
	98 % Pb – 2 % Ag
	Liga para soldagem mole
	L50121, L50131
	1 a 1,5 % Ag – 1 % Sn, restante Pb
	Liga para soldagem mole
	L50132, L50150, L50151
	1,5 a 2,5 % Ag, restante Pb
	Liga para soldagem mole
	L50134
	1,5 % Ag – 5 % Sn – 93,5 % Pb
	Liga para soldagem mole
	L50152
	2,5 % Ag – 2 % Sn – 95,5 % Pb
	Liga para soldagem mole
	L50170
	5 % Ag – 95 % Pb
	Liga para soldagem mole
	L50171, L50172
	5 % Ag, - 5 % Sn ou 5 % In, restante Pb
	Liga para soldagem mole
	L50180
	5,5 % Ag, restante Pb
	Liga chumbo-arsênico para revestimento de cabos
	L50310
	0,15 % As – 0,10 % Bi – 0,10 % Sn – 99,6 % Pb
	Liga chumbo-bário
	L50510
	0,05 % Ba – 99,9 % Pb
	Liga chumbo-estanho-bário
	L50520, L50522, L50530, L50535
	0,05 a 0,10 % Ba – 1 a 2 % Sn – 97,9 a 99 % Pb
	Liga chumbo-bário-cálcio
	L50540 – L50543
	0,4 a 1,2 % Ba – 0,5 a 0,8 % Ca – 97,2 a 98,8 % Pb
	Liga chumbo-cálcio
	L50710, L50720
	0,008 a 0,03 % Ca – 99,9 % Pb
	Ligachumbo-cálcio-estanho para revestimento de cabos
	L50712, L50713
	0,025 % Ca – 0 a 0,025 % Sn – 99,7 a 99,9 % Pb
	Liga chumbo-cobre-cálcio
	L50722
	0,06 % Cu – 0,03 % Ca – 99,9 % Pb
	Liga para anodo de eletro-refino
	L50730
	0,5 % Ag – 0,05 % Ca - 99,4 % Pb
	Liga para grade de bateria
	L50735
	0,06 % Ca – 99,9 % Pb
	Ligas para grade de bateria
	L50736, L50737, L50740, L50745, L50750, L50755
	0,065 % Ca – 0,2 a 1,5 % Sn – 99,7 a 98,4 % Pb
	Ligas para grade de bateria
	L50760, L50765
	0,07 % Ca – 0 a 0,7 % Sn – 99,2 a 99,2 a 99,9 % Pb
	Ligas para grade de bateria
	L50770, L50775, L50780, L50790,
	0,10 % Ca – 0 a 1 % Sn – 98,9 a 99,9 % Pb
	Ligas para grade de bateria
	L50795, L50800
	0,12 % Ca – 0,3 % Sn – 99,6 % Pb
	Liga para mancais
	L50810
	0,02 % Al – 0,04 % Li – 0,7 % Ca
	Liga para mancais
	L50820
	0,02 % Al – 0,04 % Li – 0,7 % Ca – 0,2 % Na – 0,4 % Ba – 98,7 % Pb
	Ligas chumbo-cálcio
	L50840, L 50850, L50880
	1 a 6 % Ca – 94 a 99 % Pb
	Liga chumbo cádmio eutética
	L50940
	17 % Cd – 83 5 Pb
7. PROCESSOS ESPECIAIS E TRATAMENTOS QUÍMICOS
Esses processos envolvem a produção de ligas de chumbo e outras formas de chumbo para mercados definidos.
7.1. LIGAS
 As ligas de chumbo são feitas pela adição de outros metais em teores variando entre 0,1 e 70%. O antimônio e estanho são usados, frequentemente, para a proteção anticorrosiva, para melhorar a fluidez quando fundido ou endurecer quando resfriado. O cádmio é, também, um constituinte de ligas facilmente fusíveis e de soldas maleáveis, apesar de não ser usados amplamente. As ligas de chumbo são mais comuns em baterias, soldas, metais de impressão e revestimentos protetores.
7.2. CHUMBO BRANCO (CARBONATO DE CHUMBO)
 A produção desse produto químico foi comum nos séculos 18, 19 e 20. Vários processos de produção foram usados, tais como o velho processo holandes e os processos Carter, Euston, Sperry e Thompson‐Stewart, que usam a mesma reação química básica. O chumbo, quer como sólido ou como pó, era convertido em acetato de chumbo pela reação com ácido acético e o acetato resultante era, então, convertido em carbonato de chumbo por reação com dióxido de carbono (CO2). O chumbo branco era amplamente utilizado como pigmento na indústria de tintas e em cerâmicas, embora tenha sido substituído em tintas pelo uso de dióxido de titânio (TiO2).
7.3. LITARGÍRIO (MONÓXIDO DE CHUMBO, PbO) E CHUMBO VERMELHO (ÓXIDO DE CHUMBO, Pb3O4)
O litargírio é formado pela fusão de barras de chumbo em fornos revérbero e de copelação na presença de ar. Alguns processos de produção envolviam a queima do chumbo com formação de fumaça na presença de oxigênio. O litargírio, que tem sidousado em uma ampla variedade de indústrias, em escamas ou na forma de pó, pode ser conhecido como litargírio de vidreiro (utilizado na fabricação de uma forma de vidro endurecido), litargírio cerâmico (usado como um costituinte vitrificante para cerâmicas e esmaltes), litargírio colorante (usado na fabricação de pigmentos) ou litargírio para fabricantes de borracha (usado como acelerador ou enrijecedor na fabricação de borracha). O chumbo vermelho, que é usado como pigmento, é uma forma de chumbo mais oxidada que a do litargírio. Ele é formado pelo aquecimento do litargírio em pó em temperatura cuidadosamente controlada. O litargírio absorve oxigênio e é convertido em chumbo vermelho.
8. DIAGRAMA DE FASES DO CHUMBO 
 São diagramas que mostram regiões de estabilidade das fases, através de gráficos que representam as relações entre temperatura, pressão e composição química. Os diagramas de fases (também chamados de diagrama de equilíbrio) relacionam temperatura, composição química e quantidade das fases em equilíbrio.
Um diagrama de fases é um “mapa” que mostra quais fases são as mais estáveis nas diferentes composições, temperaturas e pressões.
A microestrutura dos materiais pode ser relacionada diretamente com o diagrama de fases.
Existe uma relação direta entre as propriedades dos materiais e as suas microestruturas.
	
8.1. DIAGRAMA DE FASES DE LIGAS
O fenômeno de fusão e solidificação para um só elemento, metal puro, é feito a uma temperatura constante chamada ponto de fusão. Para a mistura de metais com outros elementos, metais ou metalóides, a liga começa a fundir a uma certa temperatura e passa inteiramente ao estado líquido a uma temperatura mais elevada ou, inversamente, do estado líquido ao estado sólido a uma temperatura mais baixa. Entre estas duas temperaturas a liga forma uma massa pastosa, constituída de metal líquido e de cristais sólidos, cujas proporções variam em função da temperatura. Conhecido também como diagrama de equilíbrio, este diagrama pode ser usado como um “mapa” através do qual podemos identificar qualquer um dos dados da liga tendo os outros a qual este dado depende.
Por exemplo, para 50% estanho e 100º C, o diagrama de fase indica duas fases sólida á é uma solução sólida rica em chumbo com algum estanho dissolvido; â é estanho quase puro com pequena parcela de chumbo dissolvido. A 200ºC uma liga de 10%de estanho e 90% de chumbo se situa numa área que é inteiramente fase á. Ela é uma solução sólida de chumbo com pouco estanho dissolvido. À mesma temperatura, mas para 30% de estanho e 70% de chumbo, o diagrama de fase indica uma mistura de duas fases – líquida e solução sólida á; se esta liga for aquecida à temperatura de 300ºC, resultará totalmente líquida.
8.2. DEFINIÇÕES 
Componentes:
São elementos químicos e/ou compostos que constituem uma fase.
Sistema:
Definição 1: quantidade de matéria com massa e identidade fixas sobre a qual dirigimos a nossa atenção. Todo o resto é chamado vizinhança.
Exemplo: uma barra da liga, com 40% de Pb.
Definição 2: série de fases possíveis formadas pelos mesmos componentes, independendo da composição específica. 
Exemplo: o sistema Pb-Sn.
Fase:
Uma parte estruturalmente homogênea do sistema, que possui propriedades físicas e químicas características. Exemplo: fases α, β e L da liga.
8.3. MICROESTRUTURAS RESULTANTES 
Segundo a regra da alavanca figura 1, haverá proporções específicas de fase α e β na composição acima, mas a morfologia depende do histórico de resfriamento. 
Figura 1- Regra da alavanca.
8.4. DESENVOLVIMENTO DE MICROESTRUTURAS EM SISTEMA COM EUTÉTICOS
É muito pequena a faixa de composições químicas em que pode se formar estrutura monofásica α de acordo com a figura 2.
Figura 2- Estruturas monofásicas.
8.5. PRECIPITAÇÃO
Ao ser ultrapassado o limite de solubilidade (linha solvus) de Sn no Pb, ocorre a precipitação da fase β, de reticulado cristalino distinto do da fase a e com distintas propriedades físico-químicas figura 3.
Figura 3- Precipitação de fase B.
 A transformação eutética corresponde à formação de uma mistura de duas fases (α + β) a partir do líquido formando um arranjo interpenetrado figura 4.
Figura 4- Mistura de duas fazes.
Em ligas hipo-eutéticas ocorre inicialmente precipitação de fase primária - dendritas de a pró-eutéticas. O líquido eutético residual L (61,9% Sn) se transforma em microestrutura eutética [α (18,3% Sn) + β(97,8%Sn)] figura 5. Esta microestrutura é composta de uma fase alfa rica em chumbo (regiões escuras grandes) dentro de uma estrutura eutética lamelar.
Desenvolvimento das microestruturas em ligas do sistema eutético Pb - Sn sujeitas a resfriamentos lentos eutético lamelar figura 6. Representação esquemática da formação da estrutura eutética para o sistema chumbo – estanho. As transformações de fase envolvem difusão, que são dependentes do tempo.
Figura 5- Liga Hipoeuticas, fase alfa rica em chumbo (regiões escuras)
Figura 6- Micro estrutura de uma liga de chumbo-estanho.
(6a- transformações de fases, 6b- estrutura eutetica)
8.6. INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE RESFRIAMENTO 
Curva de resfriamento para uma liga hipoeutética, parte ocorre com uma troca de inflexão e parteem um patamar como se fosse um metal puro figura 7 e 8. 
Durante o resfriamento de muitos metais (e ligas) os cristais nucleados crescem preferencialmente em certas direções fazendo com que cada cristal em crescimento assuma uma forma distinta conhecida como “Dendrita”.
Figura 7- Curva de resfriamento, Liga 1 (60% DE Pb) e Liga 2 (40% DE Pb).
Figura 8- Microestrutura da curva de resfriamento.
8.7. LIGAS HIPOEUTÉTICAS, EUTÉTICA E HIPEREUTÉTICAS 
LIGAS EUTÉTICA
Durante a solidificação acredita-se que as duas fases sólidas se depositam simultaneamente. Interrompendo a influência do sub-resfriamento, que é geralmente moderado em ligas eutéticas, não há nenhum efeito de “coring”, porque ocorre a solidificação na, ou, muito próxima a uma temperatura e as composições das fases são praticamente constantes. As proporções relativas das fases α e β na liga completamente solidificada podem ser verificadas tratando a reação isotérmica eutética
LIGA HIPOEUTÉTICAS E HIPEREUTÉTICAS
Essas ligas que ocorrem em um lado da composição eutética são chamadas ligas hipoeutéticas, enquanto que aquelas no outro lado são chamadas ligas hipereutéticas. Não existe uma regra inflexível que pode ser usada para determinar, em qualquer caso específico, qual lado do sistema de liga deve ser chamado hipoeutético e qual lado deve ser chamado hipereutético.
Ao contrário da liga eutética em si, as ligas hipo- e hipereutéticas sofrem tanto transformação bivariante como a transformação univariante durante a fusão e a solificação. O curso da solidificação passa pelas zonas de equilíbrio L + α ou L + β, além do equilíbrio eutético L + α + β. Por isso, será conveniente mais uma vez distinguir entre fusão e solidificação em "equilíbrio" e "natural".
Figura 9- TIipos de liga no sistema Pb- Sn.
8.8. APLICAÇÃO DA REGRA DA ALAVANCA PARA SISTEMAS EUTÉTICOS 
Em relação à liga com composição C4 na temperatura da reação eutética: A fração do microconstituinte eutético We é a mesma fração do líquido WL que a originou WL=We= P / P+Q Fase α sozinha Wα=Q / P+Q (primária ou pró-eutetica) Fase α total Wαt=Q+R/P+Q+R Fase β total Wβt = P / P+Q+R, figura 10.
Figura 10- Regra da alavanca para sistema eutetico.
8.9. INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA
Latões com chumbo (Cu-Zn-Pb)
Os latões com chumbo são ligas cobre-zinco-chumbo nas quais o chumbo é adicionado com o propósito principal de aumentar a usinabilidade. O chumbo não se combina com o cobre, nem com o zinco, nem com qualquer elemento de liga secundário e está presente nessas ligas sobre a forma de partículas (glóbulos) que se distribuem aleatoriamente na microestrutura do latão. Essas partículas de chumbo lubrificam a ferramenta de corte durante a usinagem e ao promoverem uma fragilização localizada, favorecem a retirada do cavaco. 
Nos latões com chumbo em geral o teor de zinco é superior a 35 %, fazendo com que, do ponto de vista microestrutural, estas ligas sejam bifásicas (alfa e beta) nas quais, adicionalmente, as partículas de chumbo se distribuem. Entretanto, estas mesmas partículas de chumbo causam problemas quanto à deformação plástica. Por este motivo, os latões com chumbo são mais empregados para a fabricação de parafusos e peças usinadas a partir de barras e perfis extrudados, e não são usados para processos de deformação plástica considerável a frio. O teor de chumbo varia entre 0,3 e 3,5 % para os chamados latões de corte fácil. Os latões com chumbo na classificação CDA-ASTM são designados por números iniciados pelo algarismo 3, como a liga C 360 (61 % de cobre, 36 % de zinco e 3 % de chumbo) por exemplo.
Uma alternativa ao uso do chumbo para melhorar a usinabilidade dos latões é o uso do selênio e do telúrio, que não prejudicam tanto as propriedades de deformação plástica do latão, mas por outro lado são elementos mais caros e de menor disponibilidade. Além dos latões bifásicos, algumas outras ligas de cobre como o latão monofásico, a alpaca (Cu-Zn-Ni) e o cobre em si podem conter consideráveis teores de chumbo, mas seu uso não é tão difundido quanto o do latão bifásico com chumbo.
9. APLICAÇÕES DO ELEMENTO CHUMBO NA LIGA 
Latão C 340 (65 % de cobre, 34 % de zinco e 1 % de chumbo) – Possui partículas de chumbo dispersas em uma matriz de fase alfa, podendo, no entanto, conter uma pequena quantidade de fase beta. Apresenta elevada usinabilidade e pode ser conformada para a fabricação de parafusos, rebites, porcas, componentes de instrumentos e de relógios.
Latão C 353 (62 % de cobre, 36 % de zinco e 2 % de chumbo) – Apresenta uma estrutura bifásica (fases alfa e beta) e com partículas dispersas de chumbo. Possui aplicações semelhantes à do latão C 340, porém apresenta menor trabalhabilidade. É utilizada para a fabricação de terminais de baterias elétricas e de velas de ignição de motores, e de peças gravadas mecanicamente.
Latão C 360 (61 % de cobre, 36 % de zinco e 3 % de chumbo) – Apresenta microestrutura muito semelhante à do latão C 353. É conhecido como latão de usinagem fácil (“free cutting brass”). É muito utilizada sob a forma de barras extrudadas que são posteriormente usinadas para a fabricação de diversos produtos, entre os quais porcas, parafusos, pinos, buchas, mancais, afastadores e peças tubulares com extremidades abertas ou fechadas.
 Latão C 370 (61 % de cobre, 38 % de zinco e 1 % de chumbo) – Apresenta o mesmo tipo de microestrutura presente nas ligas anteriormente citadas, porém além da elevada usinabilidade, possui boa trabalhabilidade a quente. É fornecida geralmente sob a forma de tubos usados para a fabricação de peças tubulares em máquinas operatrizes de usinagem.
10. CONCLUSÕES
 A utilização do chumbo, como matéria prima, na indústria moderna é imprescindível, devido às propriedades físico-químicas apresentadas por este metal. Deste modo, os cuidados em sua manufatura, em sua manipulação nestas indústrias, assim como, em sua estocagem devem seguir regras meticulosas para que não ocorra contaminação de funcionários e/ou moradores em sua redondeza.
Hoje o Brasil ainda necessita de leis mais específicas sobre a manipulação deste metal, principalmente quanto ao seu uso como pigmentos para tinturas. Uma legislação eficiente deve incluir ainda, maneira específica para o descarte de materiais que contenham chumbo, enfatizando, principalmente, os equipamentos eletroeletrônicos, pois estes apresentam hoje um volume de descarte preocupante para o meio ambiente e consequentemente a saúde humana.
11. REFERÊNCIA
DNPM-2015 <http://www.dnpm.gov.br/dnpm/sumarios/sumario-mineral-2015>
ICZ-CHUMBO <http://www.icz.org.br/chumbo-mercado.php>
Metalurgia Física, Propriedades e Aplicações. http://www.infomet.com.br/site/metais-eligasconteudoler.php?codAssunto=102 Acessado em 28/05/2017.
Metais & Ligas| Informações Técnicas. Latão: binário, com chumbo e com estanho<http://www.infomet.com.br/site/metais-e-ligas-conteudo-ler.php?codAssunto=63 >
Ligas: Diagrama de Fases. Adriano Weihmayer Almeida RA:980221-5 <http://www.eletrica.ufpr.br/piazza/materiais/AdrianoAlmeida.pdf>
ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia.
Paulo Emílio Valadão de Miranda | Professor Titular UFRJ - DIAGRAMA DE FASES.
Prof. Hairton Sousa - CIÊNCIA DOS MATERIAIS

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