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49 
 
GESTÃO DE ESTOQUE: UMA ATIVIDADE LOGÍSTICA NA 
ADMINISTRAÇÃO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO ESTADO DO RJ 
 
Renato Vivas Nery1 
Vanessa de Almeida Guimarães2 
 Ilton Curty Leal Junior3 
 
RESUMO: O objetivo da pesquisa foi analisar se as ferramentas de gestão apontadas na 
literatura são usadas na administração do almoxarifado de materiais médicos de um hospital 
público da região sul do Estado do Rio de Janeiro. Foi realizada uma visita no almoxarifado 
deste hospital, sendo observada a gestão do estoque dos materiais médicos, além de uma 
entrevista com a responsável pelo setor. O principal resultado evidencia a falta de uma 
gestão eficiente com relação aos materiais médicos no hospital em questão, devido a 
problemas de infraestrutura, falta de recursos humanos e a falta de qualificação dos 
profissionais. 
Palavras-chave: Gestão de Estoque; Materiais médicos; Hospital. 
 
ABSTRACT: The aim of this study is to analyze if the management tools mentioned in the 
literature are used in the management of a warehouse of medical supplies of a public 
hospital in the southern of the state of Rio de Janeiro. We visited the warehouse of this 
hospital, observed the stock management of medical materials and interviewed the 
responsible for the sector. The main result highlights the lack of efficient management with 
respect to medical supplies in the hospital under analysis, due to infrastructure problems, 
lack of human resources and the lack of qualification of professionals. 
Keywords: Stock Management; Medical supplies; Hospital. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Na atual conjuntura econômica em que se busca competitividade e ganhos de 
eficiência, o planejamento dos processos logísticos se destaca por possibilitar a 
redução de desperdícios (BALLOU, 2006). No que concerne ao contexto hospitalar, 
essa necessidade se acentua, uma vez que os materiais médicos armazenados 
geram custos, que estão associados à quantidade de material estocado e ao tempo 
de permanência deste no estoque (VIANA, 2006). Assim, torna-se importante 
abastecer o sistema produtivo o mais próximo possível do momento de uso e ao 
menor custo, sem diminuir a qualidade da prestação do serviço (VECINA NETO e 
FERREIRA JUNIOR, 2001). 
 Jurado et al. (2016) destacam que a falta de determinados medicamentos 
pode conduzir a morte de pacientes. Para evitar essa situação, normalmente, opta-
 
1
 Especialista em Administração Pública (UFF-Volta Redonda), Esp. em Eng. Econômica e Financeira (UFF-
Niterói), Bacharel em Adm. Hospitalar e Administrador Hospitalar na adm. pública municipal. rvnery7@gmail.com 
2
 Msc em Eng. de Transportes (COPPE/UFRJ), Mestranda em Administração (UFF), Esp. em Adm. Pública 
(UFF), Bacharel em Administração e Professora substituta do depto de adm. e adm. pública da UFF-VR. 
vanessaguin@hotmail.com 
3
 Dr em Engenharia de Transportes (COPPE/UFRJ), Mestre em Administração (UFRJ), Graduado em 
Administração e Professor adjunto do depto de adm e adm. pública da UFF-VR. iltoncurty@gmail.com 
 
50 
 
se por manter maiores níveis de estoque, o que nem sempre é economicamente 
sustentável, fazendo com que a gestão de estoque tenha papel fundamental na 
administração hospitalar. Iannone et al. (2013) reforçam a importância da gestão de 
materiais no sistema de saúde, uma vez que eles influenciam diretamente os 
resultados clínicos e financeiros. Neste contexto, surge a seguinte pergunta para 
representar o problema de pesquisa: como a gestão de estoque, especificamente no 
que concerne à utilização de ferramentas abordadas na literatura, pode influenciar o 
gerenciamento de materiais médicos em uma unidade hospitalar? 
Assim, o objetivo geral da pesquisa foi analisar se as ferramentas de gestão 
apontadas na literatura são usadas no almoxarifado de materiais médicos de um 
hospital público da região sul do Estado do Rio de Janeiro. Para isso, teve-se, como 
objetivos específicos: (1) investigar os processos e os fluxos de estocagem de 
materiais médicos realizados no hospital geral de uma cidade da região sul do 
Estado do Rio de Janeiro; (2) sugerir novos processos, de forma a reduzir os custos 
e melhorar a armazenagem dos materiais médicos, se necessário. 
A opção pelo tema se deve ao fato da relevância do setor de logística no 
contexto hospitalar. De acordo com Medeiros et al. (2009), a logística representa um 
dos maiores desafios da administração hospitalar, sendo que a necessidade de 
adotar inovações no sistema logístico de qualquer hospital está relacionada com um 
fato sensível: a vida do paciente, muitas vezes, depende da eficiência e eficácia 
dessa atividade. 
Além disso, de 20 a 35% do orçamento dos hospitais são destinados ao 
setor farmacêutico (JURADO et al., 2016), sendo que, no Brasil, os materiais 
médicos podem representar entre 15% a 25% das suas despesas (INFANTE e 
SANTOS, 2007). Assim, o investimento inadequado ou a perda destes recursos 
pode acarretar prejuízo financeiro para a instituição, impactando no funcionamento 
dos demais serviços. Dessa forma, este estudo é relevante para a área de saúde, 
uma vez que pode auxiliar na conscientização dos envolvidos no planejamento 
sobre a importância da gestão logística dos materiais médico-hospitalares. Quanto 
ao objeto de estudo, este se destaca por ser o principal hospital da cidade onde está 
localizado prestando atendimento à população por meio do SUS. 
Como delimitação da pesquisa, destaca-se que o objeto de estudo foi o 
almoxarifado de materiais médicos de um hospital geral de grande porte localizado 
51 
 
na região sul do Estado do Rio de Janeiro. Portanto, não são objetos da pesquisa os 
medicamentos armazenados na farmácia do hospital. Foram aplicadas técnicas de 
coleta de dados tradicionais como observação do funcionamento do almoxarifado e 
entrevista com o responsável pelo setor. 
Além desta introdução, este trabalho está dividido em cinco seções: 
referencial teórico, procedimentos metodológicos, análise e discussão dos 
resultados, conclusão e referências bibliográficas. 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
Materiais médicos e farmacêuticos consomem grande parte dos recursos 
dos hospitais (PASCHOAL e CASTILHO, 2010; MONTON, CHAROENCHAI e 
SUKSAEREE, 2014) representando, muitas vezes, mais de 40% do orçamento 
(NABELSI e GAGNON, 2016). Assim, de acordo com Gonçalves et al. (2006), a 
gestão de estoque é um fator crítico, tendo em vista que estes materiais podem 
representar, financeiramente, até 75% do consumo em um hospital geral. Dessa 
forma, a gestão logística – especialmente a gestão de estoques –, pode contribuir 
para o desempenho do hospital (RAIMUNDO, DIAS e GUERRA, 2015; SERROU e 
ABOUABDELLAH, 2016). 
Esclarece-se que a gestão de estoque constitui um conjunto de ações 
sequenciadas que possibilitam ao gestor identificar se os estoques estão sendo 
utilizados, manuseados e controlados adequadamente (PEREIRA, 2008). O 
armazenamento apropriado de materiais (em local seco, climatizado na temperatura 
correta, protegido do sol e chuva, nas estantes adequadas), por exemplo, tende a 
evitar a perda dos mesmos. No que concerne aos materiais médico-hospitalares, 
Paterno (1990) aponta recomendações gerais quanto à circulação de ar, ausência 
de umidade e temperatura não superior a 25 graus celsius. 
Salienta-se que os estoques se caracterizam como recursos ociosos que 
possuem valor econômico e representam um investimento destinado à melhoria das 
atividades de produção e ao atendimento aos clientes (SLACK, 2002). Para 
Medeiros et al. (2009), a importância dos estoques na área da saúde não deve ser 
avaliada somente por seu valor monetário, mas também pela importânciados 
serviços que dependem de seu suporte. 
52 
 
Assim, verifica-se que foco nos pacientes faz com que os hospitais tendam a 
manter níveis elevados de estoques e, com isso, imobilizem capital, o que pode 
comprometer a saúde financeira da instituição (MONTEIRO et al., 2003; JURADO et 
al., 2016). Dessa forma, o ideal seria encontrar o nível “ótimo” de estoque de 
materiais médicos, ou seja, nem excessivos (para não comprometer o desempenho 
financeiro) nem escassos (para não comprometer o nível de serviço). 
Dessa maneira, a gestão de estoques torna-se essencial para a 
administração hospitalar fazendo crescer as discussões sobre os níveis de estoque 
que devem ser mantidos para que não haja excesso nem sobra de materiais 
médicos, levando-se em conta eficiência e qualidade (CAUDURO e ZUCATTO, 
2011). Anil et al. (2012) destacam que os gestores públicos têm voltado sua atenção 
para este fato, em função do montante de recurso requerido para aquisição e 
manutenção de medicamentos e materiais médicos, corroborando a relevância deste 
estudo. 
No processo de gestão de estoque, uma das primeiras medidas é 
estabelecer modelos de previsão de demandas apropriadas às características da 
logística da organização (SILVA et al., 2010). Entretanto, a demanda nem sempre é 
previsível, estável e constante (JURADO et al., 2016), dificultando o planejamento 
do abastecimento dos materiais médicos e requerendo, portanto, a manutenção de 
maiores níveis de estoque para o pronto atendimento ao paciente. 
As aquisições de materiais médicos devem ser realizadas segundo uma 
sequência de processos, onde é definida a quantidade solicitada em um dado 
momento, para que supra o consumo até o recebimento de novo lote, levando-se em 
conta o estoque de segurança. Dessa maneira, estimar adequadamente a demanda 
de cada item a ser adquirido pode ser decisivo para determinar o nível de estoque 
(GARCIA, PEREIRA e OSÓRIO, 2009; MEAULO e PENSUTTI, 2011). 
Os modelos de previsão de demanda para gestão hospitalar são foco do 
estudo de Bose (2006), Mayer (2010), Meaulo e Pensutti (2011) e Rios, Figueiredo e 
Araújo (2012). O método mais utilizado em unidades hospitalares é a média móvel 
aritmética, que consiste em uma previsão de demanda futura pela média aritmética 
da demanda já ocorrida – histórica – de um número constante de pedidos de uma 
série temporal (PEREIRA, 2008). 
53 
 
O profissional de enfermagem vivencia com frequência nas instituições de 
caráter público, principalmente, problemas com falta de materiais de consumo para 
desempenhar suas atividades junto ao cliente. A substituição dos materiais de 
consumo é prática frequente sempre que existe falta do material de primeira escolha 
para realização do procedimento (GROSSI e BITTAR, 2012). 
Assim, a padronização de materiais médicos pode ser adotada como uma 
das formas de redução de custo e de um estoque enxuto, já que possibilita a compra 
de materiais avaliados e aprovados por uma comissão de profissionais que atuam 
em diversas áreas do hospital. Para dar início ao processo de padronização de 
materiais, o hospital deve implantar uma comissão de padronização de materiais, 
composta por membros multiprofissionais que opinem sobre os materiais que 
deverão ser padronizados e incorporados ao estoque e os avaliem. 
Os membros dessa comissão devem reunir-se periodicamente para discutir 
e resolver os problemas que envolvam a qualidade dos materiais médicos utilizados, 
as possíveis substituições e os testes de novos produtos (FERRACINI e BORGES 
FILHO, 2005); a interação com as unidades envolvidas, como a administração, 
corpo clínico, enfermagem, unidade de suprimentos e compras, almoxarifado, 
comissão de ética e a qualidade, é fundamental. De acordo com Pozo (2007 pp. 38-
39), “a importância da correta gestão de estoques pode ser mais facilmente 
percebida quando os bens necessários não estão disponíveis no momento exato e 
correto para atender às necessidades da demanda”. Para maior detalhamento sobre 
padronização de materiais médicos, recomenda-se a leitura de Meaulo e Pensutti 
(2011). 
Outra forma de buscar a redução dos custos e de enxugar o estoque é 
adotar a classificação (ou curva) ABC de materiais. Dias (2009) explica que a 
classificação ABC é um dos instrumentos para que o gestor de estoques possa 
identificar os materiais que devem ter atenção e tratamento diferenciados quanto a 
sua administração. 
A classificação ABC se baseia no diagrama de Pareto, em que os materiais 
mais significativos são monitorados com maior atenção. A divisão dos materiais é 
realizada em classes denominadas A, B e C; considerando o valor financeiro de 
cada um dos mesmos. 
54 
 
Na classe A, são incluídos, de maneira geral, 20% da quantidade de 
materiais que correspondem a 80% do valor financeiro do estoque; a classe B 
abrange de 20% a 30% da quantidade de materiais que correspondem a 15% do 
valor financeiro do estoque; e a classe C abrange de 30% a 60% da quantidade de 
materiais que correspondem a 5% do valor financeiro do estoque (CHING, 2010). De 
acordo com Pereira (2008) e Meaulo e Pensutti (2011), pode-se adotar esse tipo de 
classificação para gerenciar o estoque de material médico hospitalar. 
Diante do exposto, a administração de materiais, no que diz respeito à 
gestão de estoque, é fundamental para que a unidade hospitalar possa desenvolver 
suas atividades de forma satisfatória no que concerne aos materiais médico-
hospitalares, realizando o controle dos mesmos com relação ao abastecimento, 
evitando excessos, faltas e perdas de materiais por má estocagem e vencimento do 
prazo de validade. 
 
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
Tendo como base Silva e Menezes (2005), este trabalho está fundamentado 
em uma pesquisa qualitativa e exploratória realizada pelo procedimento de estudo 
de caso em um almoxarifado onde é feita a armazenagem de materiais médicos em 
um hospital público na região sul do Estado do Rio de Janeiro. Na ótica de Gil 
(2010), o método estudo de caso se baseia em um estudo profundo e exaustivo de 
um ou poucos objetos, permitindo seu amplo e detalhado conhecimento. 
Foram utilizados instrumentos de coleta de dados tradicionais como 
observação e entrevista. Com relação à observação, foi desenvolvida uma 
observação não participante do funcionamento do serviço de armazenagem onde foi 
contemplada a solicitação de material médico a central de abastecimento a qual o 
hospital está subordinando, o recebimento, a armazenagem e a dispensação ao 
solicitante. Com relação à entrevista, foi realizada uma entrevista não estruturada 
com o responsável pelo almoxarifado, explorando as fases descritas na observação, 
como acontece a interatividade entre o almoxarifado e a central de abastecimento e 
principalmente a forma como é realizado o armazenamento dos materiais médicos 
no setor. 
O hospital escolhido para a pesquisa é gerido pelo município onde o mesmo 
está localizado. Dentro deste cenário, analisou-se a logística dos materiais médicos, 
55 
 
procurando identificar as estratégias utilizadas para que se evite a falta de materiais 
médico-hospitalares e sua perda dentro do almoxarifado da unidade. 
A observação foi realizada em dias alternados para que se pudesse 
observar como as equipes desenvolvem seu trabalho – já que o serviço funciona em 
regime de plantão com um diarista – e a entrevista que abrangeu a previsão de 
demanda, técnicas de gestão de estoque (armazenagem e sistema de reposição), 
padronização de materiais, interface com a central de abastecimento e o sistema de 
gestão utilizado, foi realizada com o responsável pelo setor em um dia com horário 
previamenteagendado. 
Foram realizados o tratamento e a análise dos dados mediante a 
interpretação das informações geradas pela observação e pela pesquisa, as quais 
proporcionaram um melhor entendimento do funcionamento do setor de 
almoxarifado do hospital. Os dados obtidos por meio da observação foram 
analisados através da técnica de análise de conteúdo (CAMPOS, 2004). 
A entrevista foi realizada separadamente dos dias de observação e teve uma 
duração aproximada de quarenta e cinco minutos, sendo transcrita para facilitar a 
interpretação. Os dados oriundos da entrevista também foram tratados por meio da 
análise de conteúdo. 
O processo de análise deu-se da seguinte forma: na primeira etapa foi 
analisada a infraestrutura do setor, na segunda etapa foi realizada uma análise da 
movimentação, tratamento e armazenagem dos materiais médicos, e na terceira e 
última etapa formulou-se um diagnóstico com base nas informações geradas nas 
etapas antecedentes, o qual forneceu subsídios para a formulação de alternativas de 
melhoria no setor quanto aos processos de armazenagem dos materiais médicos, 
visando uma menor perda e uma diminuição dos custos. 
 
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
A identidade da unidade hospitalar objeto da pesquisa foi mantida em sigilo 
(por opção do autor), sendo simplesmente denominado de hospital. O hospital é 
público e presta serviços de urgência e emergência com atendimentos de baixa e 
média complexidade, realiza cirurgias de emergência e eletivas e possui um 
ambulatório de ortopedia. 
56 
 
A estrutura é vertical com três pavimentos distribuídos em um pavilhão. 
Possui cinco salas cirúrgicas e uma sala para pequenos procedimentos, enfermarias 
de clínica médica, clínica ortopédica, clínica pediátrica, repouso masculino, repouso 
feminino, observação psiquiátrica, e uma Unidade de Pacientes Graves (UPG), em 
um total aproximado de cem leitos, além de um serviço de imagem. Atualmente 
conta com seiscentos colaboradores. 
A equipe de funcionários do almoxarifado do hospital é formada por um 
coordenador, três plantonistas e um diarista, sendo o horário de funcionamento de 
24 horas em regime de plantão. O almoxarifado é responsável pelo abastecimento 
de materiais utilizados em procedimentos médico-cirúrgicos (cateteres, luvas 
cirúrgicas e de procedimentos, máscaras, sondas, gazes, algodão, esparadrapo, 
compressas cirúrgicas etc.) e material de escritório/gráfico. O número de itens em 
estoque no almoxarifado é de aproximadamente 400 itens, incluindo material médico 
e de escritório/gráfico. O método de dispensação utilizado para os materiais médicos 
é o First Expire, First Out (FEFO). 
De acordo com as informações do responsável pelo setor, dos plantonistas e 
diaristas, foram levantados alguns pontos cruciais para uma análise funcional das 
atividades nele desenvolvidas, o qual, historicamente, apresenta problemas 
gerenciais como: 
a) Tarefas realizadas de maneira empírica pelos funcionários do almoxarifado. 
Não é realizado um curso de armazenagem de material médico ou treinamento com 
profissional habilitado. As atribuições são distribuídas de maneira desigual (tanto 
homens como mulheres desenvolvem as mesmas atividades), causando desconforto 
e sobrecarga em alguns casos. A experiência empírica do grupo é repassada a um 
novo integrante quando o mesmo ingressa no setor; 
b) Falta de padronização dos materiais médico-hospitalares utilizados pelo 
hospital, como preconiza Ferracini e Borges Filho (2005) e Meaulo e Pensutti (2011); 
c) Infraestrutura física inadequada. A infraestrutura do setor é inadequada para a 
quantidade de itens utilizados, chegando ao ponto de alguns itens serem estocados 
na área de recepção. O local onde funciona o almoxarifado foi idealizado para outro 
serviço (Serviço de Arquivo Médico e Estatística – SAME). O ambiente é 
climatizado, mas não possui um termômetro para aferição da temperatura. Faltam 
57 
 
estantes de aço, caixas plásticas para acondicionar os materiais e carrinhos para 
transporte; 
d) Falta de padronização de rotinas. A falta de padronização e rotinas dificulta o 
planejamento nas atividades do setor. Mesmo com a adoção de um sistema de 
gerenciamento de estoques informatizado no setor, a alimentação das informações 
ainda é um problema, dificultando o acesso a informações reais de consumo por 
setor, bem como no estabelecimento de programações de fornecimentos de acordo 
com a realidade do hospital. O sistema ainda não é utilizado em sua plenitude e os 
pedidos de reposição de estoque que são realizados mensalmente para a Central de 
Abastecimento ainda são feitos por meio de papel ou e-mail; 
e) A previsão de demanda é realizada com base no consumo do último mês, 
onde não se leva em conta a sazonalidade. A cidade onde fica o hospital é uma 
cidade turística com praias, e, com o movimento de turistas, registra-se um aumento 
populacional em torno de 40% no verão, que coincide com o Natal e a passagem de 
ano, além das férias escolares; 
f) Falta de catalogação, codificação e especificação técnica dos materiais. Não 
existe classificação de curva ABC. A especificação do material não é clara, gerando 
dúvida no fornecedor quanto ao material solicitado. Além disso, nos casos de 
materiais médico-hospitalares, quem é responsável por fornecer os dados da 
especificação de um material utilizado pelo hospital é o setor de enfermagem. A falta 
de um catálogo englobando todos os itens utilizados, padronizados por nome e 
finalidade, dificulta a aquisição dos materiais médicos. 
Assim, por meio dos relatos sintetizados, entende-se haver um problema 
relacionado com as especificações técnicas de alguns materiais médicos, que 
depende de profissionais que não são ligados ao setor. Devido a uma especificação 
técnica que carece de detalhes sobre a composição do produto, são comprados 
alguns materiais médicos de qualidade inferior. Pode-se citar a compra de 
compressa cirúrgica de baixa qualidade, gerando um aumento de consumo. Isso traz 
um prejuízo para o sistema de saúde do município, pois o custo poderia ser menor 
se a especificação do material solicitado estivesse de acordo com a necessidade; 
g) A não utilização do sistema de gestão informatizado implantado no setor 
dificulta o acesso às demandas de informações e controles. Dessa forma, identifica-
58 
 
se uma necessidade de os gestores manterem um treinamento para os funcionários 
ligados diretamente com a utilização do software de gestão de estoques; 
h) Segundo o coordenador do almoxarifado, a triagem dos funcionários do setor 
não é feita pela capacidade ou qualidade, mas pela necessidade. Na opinião do 
mesmo, o ideal é que o processo de controle de materiais em um hospital esteja 
sobre a responsabilidade técnica de um profissional preparado, e que se conte com 
um número suficiente de pessoas, com formação adequada, de acordo com a 
complexidade e as funções desenvolvidas em cada processo. 
A falta de uma preparação prévia dos funcionários, bem como a deficiência 
de pessoal e a falta de conhecimento dos produtos têm comprometido o processo de 
organização das atividades do setor, uma vez que os mesmos adquirem experiência 
através do empirismo, sem o devido conhecimento técnico sobre as ferramentas de 
gestão de estoque. Contudo, como apontado no referencial teórico, entende-se que 
a organização da gestão de estoque é primordial para o bom funcionamento das 
atividades no hospital, contribuindo para a diminuição das perdas e a redução dos 
custos, bem como a garantia da qualidade dos serviços médicos hospitalares 
prestados aos pacientes internados. 
Com relação às alternativas de melhoria no setor quanto aos processosde 
armazenagem dos materiais médicos, visando uma melhor gestão do estoque, 
podem-se destacar: (a) a aquisição de equipamentos (paleteiras e carrinhos de 
transporte), estantes de aço e caixas plásticas para manuseio e guarda dos 
materiais; (b) a instalação de um termômetro para a leitura e controle da temperatura 
ambiente; (c) a implantação de uma previsão de demanda baseada na média de 
consumo dos últimos três meses levando-se em conta o ajuste sazonal; (d) a 
implantação de classificação de materiais baseada na curva ABC (para que haja 
uma atenção maior com os materiais mais importantes no contexto do hospital); (e) 
a padronização de materiais para diminuição de itens no estoque (propiciando um 
enxugamento de itens que ficam nas prateleiras e não são utilizados com 
frequência); (f) a utilização do módulo de gerenciamento de estoque do sistema de 
gestão implantado no hospital (maior controle do estoque, solicitação de reposição 
de estoque de acordo com as informações do sistema, dispensação de itens para os 
setores solicitantes, entre outros), e (g) a capacitação da equipe do setor. 
 
59 
 
5. CONCLUSÃO 
Ao longo do estudo, pode-se perceber que a falta de ferramentas de gestão 
adequadas, de recursos humanos, de equipamentos, de infraestrutura, de 
processos, de capacitação dos funcionários pode impactar negativamente na gestão 
de estoque de uma unidade hospitalar. Esses problemas fazem com que a gestão 
do estoque seja comprometida, podendo levar a falta ou excesso de material e, em 
alguns casos, perdas por prazo de validade expirado. 
Verificou-se que as ferramentas de gestão apontadas na literatura não são 
utilizadas no setor de armazenagem de materiais médicos de um hospital público da 
região sul do Estado do Rio de Janeiro, atendendo ao objetivo geral do estudo. Os 
objetivos específicos foram alcançados, onde se identificou quais os processos e os 
fluxos de estocagem de materiais são realizados no hospital, sendo possível verificar 
que a gestão de estoque é realizada de maneira intuitiva, sem a aplicação das 
técnicas de gestão indicadas na literatura. 
A escolha pelo tema deu-se ao fato da relevância do setor de logística no 
contexto hospitalar, buscando mostrar a necessidade de se desenvolver uma gestão 
de estoque capaz de suprir a demanda por materiais médicos, eliminando perdas e 
reduzindo os custos com aquisições desnecessárias. 
No caso analisado, conclui-se que a gestão de estoque deve ser realizada 
por pessoas capacitadas para que os materiais médicos sejam armazenados de 
forma a permitir o seu total aproveitamento, evitando perdas e custos 
desnecessários. Mas, para isso, os profissionais dos almoxarifados devem estar 
capacitados em todas as atividades da área para que desenvolvam suas tarefas 
satisfatoriamente. 
A falta de equipamentos adequados para o desenvolvimento das atividades 
dentro do almoxarifado contribui de forma relevante para que o processo não seja 
realizado de acordo com as necessidades, prejudicando o serviço. 
Levando-se em conta que o processo de armazenagem de materiais 
médicos na saúde é complexo e o hospital constitui um centro de interação de várias 
especialidades e profissões, incorporando tecnologias, gerando um modelo 
assistencial com grande variedade de itens e graus de diversidade, cabe ao gestor 
de estoque dominar o desenvolvimento de suas atividades. 
60 
 
A gestão de materiais, devido à complexidade de atividades pertinentes à 
área (como: controle, compras, estoque, armazenamento, distribuição, entre outras), 
exige por parte do gestor do estoque, atributos como: planejamento, supervisão, 
pensamento estratégico, antecipação, poder de decisão, liderança, comunicação, 
educação permanente com capacitação em serviço e criatividade. 
Todo o trabalho do gestor de estoque, quando baseado no controle da 
qualidade do serviço, visa à satisfação das pessoas (seus clientes internos e 
externos), por isso se faz necessário que todos estejam envolvidos para atenderem 
às necessidades e expectativas dos clientes, por meio de prestação de serviços que 
expressem confiabilidade e garantia de qualidade dos produtos ofertados, realizando 
os procedimentos de forma correta e utilizando os equipamentos adequados para 
tal. 
Os dados obtidos com a observação e a entrevista foram analisados sob a 
ótica do serviço em uma unidade hospitalar, tendo como base de comparação a 
literatura exposta no referencial teórico. 
Esse estudo esboça, sucintamente, algumas reflexões sobre o tema sem a 
pretensão de esgotá-lo. Como limitação, destaca-se que, durante a observação, 
algumas etapas do funcionamento do almoxarifado, como o recebimento dos 
materiais enviados pela Central de Abastecimento, não puderam ser observadas 
devido ao horário praticado (noturno), sendo descritas pela responsável do setor 
durante a entrevista. Espera-se ter contribuído para a gestão de estoque no tocante 
à armazenagem de materiais médico-hospitalares e, por fim, sugerem-se outros 
estudos comparativos, inclusive no setor privado de assistência à saúde, que 
comprovem a importância do tema, como a avaliação do impacto das ações visando 
às melhorias no setor, apontadas nesse estudo. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANIL, K. M. et al. Analysis of inventory of drug and pharmacy department of a tertiary 
care hospital. Analysis, India, v. 25, n. 3, pp. 183-185, 2012. 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística 
empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
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Recebido em: 29 de abril de 2016 
Aceito em: 08 de setembro de 2016

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