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gestão de estoque na farmacia hospitalar

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Universidade de Ribeirão Preto 
UNAERP 
Pós Graduação Farmácia Hospitalar e Clínica 
 
 
 
 
 
 
JENIFER CAMPEZZI CONSTÂNCIO 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIBEIRÃO PRETO 
2018 
JENIFER CAMPEZZI CONSTÂNCIO 
 
 
 
 
GESTÃO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
como exigência parcial para a conclusão do 
Curso de Pós Graduação em Farmácia 
Hospitalar e Clínica da Faculdade de 
Ciências Farmacêuticas da Universidade de 
Ribeirão Preto – UNAERP. 
 
 
Orientadora: Profª Me Nilva Maria Rodrigues 
Rocha da Silva Passos 
 
 
 
Ribeirão Preto 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ficha catalográfica preparada pelo Centro de 
Processamento Técnico da Biblioteca Central da UNAERP 
 
 - Universidade de Ribeirão Preto - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Constâncio Jenifer Campezzi, 1993- 
C758g Gestão de estoque na farmácia hospitalar/ Jenifer Campezzi 
 Constâncio. - - Ribeirão Preto, 2018. 
 52 f.: il. 
 
 Orientadora: Profª. Me. Nilva Maria R. R. da S. Passos. 
 
 Monografia (especialização) - Universidade de Ribeirão 
 Preto - UNAERP, Farmácia clínica e hospitalar. Ribeirão Preto, 
 2018. 
 
1. Gestão da farmácia hospitalar. 2. Controle de estoque. 
 3. Redução de custos. I. Título. 
 
 CDD 615.1 
 
 
JENIFER CAMPEZZI CONSTÂNCIO 
GESTÃO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
como exigência parcial para a conclusão do 
Curso de Pós Graduação em Farmácia 
Hospitalar e Clínica da Faculdade de 
Ciências Farmacêuticas da Universidade de 
Ribeirão Preto – UNAERP. 
 
 
Orientadora: Profª Me Nilva Maria Rodrigues 
Rocha da Silva Passos 
 
 
 
 
 
Aprovação ____/____/____ 
 
 
 
 
 
 
 
 _________________________________________ 
 Profª. Me. Nilva Maria Rodrigues Rocha da Silva Passos 
Universidade de Ribeirão Preto 
Orientadora 
 
 
RESUMO 
 
 
Quando se refere à qualidade em serviços de saúde a gestão hospitalar é primordial 
para a atuação da instituição, sendo importante a realização de avaliações 
periódicas com o intuito de analisar sua eficiência. A gestão dos custos das 
instituições de saúde tem uma função estratégica, pois nessa área os recursos 
financeiros são escassos e onerosos. Para desenvolver suas atividades o hospital 
conta com a farmácia hospitalar, uma unidade que da assistência técnica e 
administrativa, sob a supervisão de um farmacêutico ligado as atividades 
hospitalares. Sua função é assegurar a qualidade da assistência prestada ao 
paciente, através do uso correto e racional de medicamentos. Quanto aos estoques 
sua importância é medida pelo seu valor monetário e por ser indispensável a 
prestação de serviços. O excesso de produtos deve ser evitado, pois geram custos 
elevados, assim como a falta deles devem ser evitados também, pois poderia causar 
até óbito de pacientes. A intenção é mostrar que a seleção e manutenção de 
materiais e medicamentos, tem que ser desempenhada por uma equipe relacionada 
ao paciente ou ao seu método de atendimento. Sendo assim, as necessidades dos 
pacientes serão atendidas com mais eficiência e a comunicação entre os setores de 
logística que abrange a compra, seleção, cotação, recebimento, armazenamento e 
distribuição interna ocorrera de maneira mais notória. O objetivo da pesquisa é expor 
alternativas em relação à gestão de estoque na farmácia hospitalar, por meio de 
ferramentas que possam reduzir os custos. 
 
Palavras Chave: Gestão da Farmácia Hospitalar. Controle de Estoque. Redução de 
Custos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
When referring to the quality in health services, hospital management is paramount 
for the institution's performance, and it is important to carry out periodic evaluations 
in order to analyze its efficiency. The management of the costs of health institutions 
has a strategic function, since in this area financial resources are scarce and costly. 
To develop its activities, the hospital has a hospital pharmacy, a unit that provides 
technical and administrative assistance under the supervision of a pharmacist linked 
to hospital activities. Its function is to ensure the quality of care provided to the 
patient through the correct and rational use of medications. As for stocks, their 
importance is measured by their monetary value and because it is indispensable to 
provide services. Excessive products should be avoided because they generate high 
costs, as well as the lack of them should be avoided too, as it could cause even 
death of patients. The intention is to show that the selection and maintenance of 
materials and medicines must be performed by a team related to the patient or his 
method of care. Therefore, the needs of patients will be met more efficiently and 
communication among the logistics sectors, which encompasses the purchase, 
selection, quotation, receipt, storage and internal distribution will occur in a more 
noticeable way. The objective of the research is to expose alternatives to inventory 
management in the hospital pharmacy, through tools that can reduce costs. 
 
Keywords: Hospital Pharmacy Management. Inventory control. Reduction of Costs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------09 
2 REVISÃO DE LITERATURA--------------------------------------------------------------11 
2.1 HISTÓRICO SOBRE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR DE MODO 
GERAL--------------------------------------------------------------------------------------------11 
2.1.1 A importância da gestão--------------------------------------------------------------14 
2.2 GESTÃO DA FARMÁCIA HOSPITALAR-------------------------------------------17 
2.2.1 A importância do farmacêutico na gestão da farmácia hospitalar---------22 
2.3 CONTROLE E GESTÃO DE ESTOQUE DE MEDICAMENTOS NA 
FARMÁCIA HOSPITALAR-------------------------------------------------------------------27 
2.4 GESTÃO DE MEDICAMENTOS EM HOSPITAIS DO SUS--------------------35 
2.5 MÉTODO CURVA ABC E SUA APLICAÇÃO--------------------------------------38 
2.5.1 Comportamento da curva abc-------------------------------------------------------42 
2.5.2 Vantagens da utilização desse método-------------------------------------------42 
3 PROPOSIÇÃO-------------------------------------------------------------------------------44 
4 METODOLOGIA-----------------------------------------------------------------------------45 
5 CONCLUSÃO---------------------------------------------------------------------------------46 
REFERÊNCIA-----------------------------------------------------------------------------------48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
ANVISA- Agência de Vigilância Sanitária 
CTI- Centro de terapia Intensiva 
CTI- Centro de terapia Intensiva 
ESF- Estratégia de Saúde da Família 
FH- Farmácia Hospitalar 
FSESP- Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública 
HUFS- Hospitais Universitários Federais 
MS- Ministério da Saúde 
NGP- Nova Gestão Pública 
OMS- Organização Mundial de Saúde 
PIB- Produto Interno Bruto 
SAMU- Serviço de Atendimento Móvel deUrgência 
SUS- Sistema Único de Saúde 
UPA- Unidade de Pronto Atendimento 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Equipe de Gestores da área Hospitalar-----------------------------------13 
Figura 2: Farmácia Antiga-----------------------------------------------------------------17 
Figura 3: Esquema da Assistência Farmacêutica no Âmbito Hospitalar-----18 
Figura 4: Equipe de Farmacêuticos-----------------------------------------------------21 
Figura 5: Atividades do Farmacêutico--------------------------------------------------23 
Figura 6: Assistência Farmacêutica-----------------------------------------------------24 
Figura 7: Estoque de Medicamentos----------------------------------------------------28 
Figura 8: Gerenciamento de Estoque---------------------------------------------------31 
Figura 9: Controle de Estoque------------------------------------------------------------31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 1 INTRODUÇÃO 
 
Ao longo dos anos as várias profissões vêm sofrendo mudanças e para a 
área da farmácia não foi diferente. O farmacêutico de uns tempos para cá vem 
enfrentando mudanças que foram causadas pelo crescimento da indústria 
farmacêutica, coligada ao desenvolvimento de fórmulas para a produção de 
medicamentos em grande quantidade e a descoberta de novos fármacos. 
Por meio dessas mudanças a sociedade passou a reconhecer o farmacêutico 
como um balconista, ou seja, um simples vendedor de medicamentos. 
No Brasil as farmácias atualmente perderam seu prestígio de instituição de 
saúde, sendo reconhecida como instituições comerciais ou depósitos de 
medicamentos. 
Para que o farmacêutico volte a ser reconhecimento profissionalmente e a 
farmácia um estabelecimento de saúde é fundamental investir num atendimento de 
qualidade e na conscientização da sociedade para o uso adequado dos 
medicamentos. 
Ao referir se a qualidade em relação aos serviços de saúde a gestão 
hospitalar é essencial para o desempenho da instituição juntamente com a atuação 
de um farmacêutico que tem como função assegurar a qualidade da assistência 
prestada ao paciente por meio do uso racional de medicamentos e administrar o 
controle de estoques visando à redução de custos, os excessos assim como a falta 
deles. 
Uma assistência farmacêutica qualificada e de bons resultados só é possível 
por meio do seguimento correto das etapas que abrangem a compra, seleção, 
cotação, recebimento, armazenamento e distribuição. 
O tema em estudo é de grande relevância para a área da farmácia, por 
justificar a importância da presença de um farmacêutico no âmbito hospitalar tanto 
em relação à assistência a saúde com qualidade quanto à gestão de estoque 
assegurando que a instituição sobreviva financeiramente, pois a gestão de estoques 
gerará lucros evitando desperdícios. 
O objetivo da pesquisa é apresentar o funcionamento da gestão de estoque 
de uma farmácia hospitalar, pesquisando sugestões de melhorias nas atividades que 
abrangem admissão, armazenamento e distribuição de medicamentos para a 
satisfação dos pacientes, além de resultados satisfatórios para o hospital. 
10 
 
 A pesquisa será de caráter bibliográfico através da seleção de artigos, 
dissertações, monografias e revistas na base do Google Acadêmico e Scielo, e os 
artigos selecionados serão analisados e utilizados para a elaboração da pesquisa e 
em seguida serão apontados os resultados e discussões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 HISTÓRICOS SOBRE GESTÃO NA ÁREA HOSPITALAR DE UM MODO 
GERAL 
 
Recentes pesquisas têm mostrado que a saúde é uma das principais 
preocupações das pessoas, ficando atrás, somente de situações como o 
desemprego. 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para atender as 
expectativas da população são importantes assegurar a promoção, proteção e a 
recuperação da saúde. Nos Estados Unidos a saúde é uma das principais questões, 
ou seja, ela é primordial, sendo que os gastos com essa área já chegaram a 16% do 
Produto Interno Bruto (PIB). 
Uma pesquisa abrangendo oito dos maiores estados brasileiros realizada em 
setembro de 2010, apontou que a saúde é o principal problema, com uma 
porcentagem de 32,8% na média dos estados sendo 54% no Distrito Federal e 25% 
em Pernambuco. 
De acordo com o decreto oficial 37.773 de 22/08/1955: “hospital é a instituição 
destinada a internar, para diagnóstico e tratamento, pessoas que precisam de 
assistência médica e cuidados constantes de enfermagem”. 
Desse modo, o hospital tem um compromisso com a sociedade não apenas 
pelo seu processo curativo e preventivo, mas pela sua índole com a sociedade, pois 
assim como qualquer instituição deve se preocupar com o seu marcado de atuação. 
Antigamente, os hospitais cobriam perfeitamente boa parte dos custos por 
meio de convênios com o Sistema Único de Saúde (SUS) atualmente, em 
decorrência das dificuldades que há no atendimento SUS, a solução foi procurar 
cliente particular, que tem condições de pagar o atendimento. 
O hospital não deve criar seu quadro de agentes com administradores 
hospitalares, mas sim com um profissional que além de exercer a função 
administrativa, presta serviço na área da saúde. 
Para Pizzini (2010) os hospitais são instituições que atuam sobre situações 
similares com serviços padronizados que mudam expressivamente em termos de 
operação. 
12 
 
O gestor hospitalar tem um trabalho complexo e atua em diversos setores ao 
mesmo tempo. Sua responsabilidade é grande, pois a gestão abrange instituições 
de saúde, em que a vida e o bem estar das pessoas estão em primeiro lugar. 
O gestor deve ter uma visão estratégica para conseguir desenvolver todas as 
atividades que lhe são atribuídas, sendo essencial o seu conhecimento em relação à 
profissão e a rotina dos funcionários do hospital, para que possa administrar as 
atividades e suprir eventuais carências. 
A área da gestão hospitalar exige do profissional um perfeito conhecimento 
das técnicas administrativas nas várias áreas, além de ser essencial uma boa 
atuação por parte do profissional para que possa solucionar os inúmeros desafios 
que ocorrem dentro das instituições de saúde. 
Os gestores que trabalham em hospitais do governo não têm muito domínio 
em relação aos diversos cargos da instituição (VILAS BOAS, 2015, p. 10). 
Segundo Oliveira (2013) a maior parte dos hospitais universitários no Brasil, 
são instituições públicos mantidos por fundos públicos e incorporados ao sistema 
Único de Saúde (SUS), com custos mais altos que os demais hospitais, porque 
incluem ensino, pesquisa e assistência social. 
O autor ainda ressalta sobre os Hospitais Universitários Federais (HUFS) que 
tem passado por vários desafios em relação aos limites na gestão e prestação de 
cuidados de qualidade ao paciente. 
De acordo com Paula (2005) nos últimos anos as instituições públicas 
experimentam a passagem da administração burocrática para o modelo irregular de 
burocracia flexível em busca de resultados, metas e objetivos estipulados. A nova 
gestão pública iniciou-se com a crise econômica rescaldada pelos países ocidentais 
principalmente no Reino Unido. 
Paula (2005) ainda ressalta que a administração gerencial não surgiu para 
hostilizar a burocracia e sim para torná-la eficaz, tendo com foco principal os 
resultados. 
A autora assegura que "um modelo econômico puramente centrado do 
mercado não vai garantir o desenvolvimento sustentável nem a qualidade de vida 
dos cidadãos hoje ou no futuro (PAULA, 2010, p. 493)”. 
Para Martins (2002) a preocupação da administração hospitalar deve ser 
voltada para assuntos referentes a custos, despesas, receitas, visando proporcionar 
serviços médicos com qualidade, assim como mostra a figura 1: 
13 
 
Figura 1: Equipe de gestores da área hospitalar 
 
Fonte: youtube.com 
 
No entanto, na perspectiva da Nova Gestão Pública(NGP), é importante além 
da busca pelos resultados, considerar o papel dos gestores nas instituições, pois os 
mesmos devem mobilizar e sensibilizar as pessoas a alcançar os resultados, com 
iniciativa e autonomia na realização de suas funções, para que a não realização das 
mesmas acarreta em sentimentos frustração e culpa por resultados insatisfatórios 
(VILAS BOAS, 2015, p. 14). 
 Segundo os autores Seixas e Melo (2004) o progresso da administração 
hospitalar está diretamente ligado à história dos hospitais e da medicina. No Brasil e 
demais países, antigamente os hospitais eram vistos como uma instituição de 
caridade e a sua administração era feita por religiosos, médicos, enfermeiros ou 
moradores da comunidade. 
A maior parte dos administradores hospitalares aponta a perda de foco como 
a principal causa do problema administrativo. Daí por diante aparecem os 
desperdícios, prejuízos e problemas técnicos. 
Com o passar dos anos nota-se o aumento dos custos das instituições 
hospitalares, prejudicando a gestão operacional e gerencial do hospital. Diante de 
uma visão mais analítica, a saúde pública e estadual pode ser considerada 
destruída, tornando indiscutível sua urgência de um serviço prestado com qualidade. 
Conforme Chiavenato (2000) os “hospitais abrangem atividades diversas em 
prol da promoção da saúde, e são organizadas em departamentos, setores e 
seções”. 
A missão administrativa em uma instituição hospitalar é fundamental para 
organizar, planejar, controlar e determinar técnicas que possibilitem a prestação do 
serviço. 
14 
 
2.1.1 A Importância da Gestão 
 
Atualmente os hospitais sofrem vários acontecimentos que requer uma gestão 
mais rígida em suas áreas internas, tendo como foco o setor que provêm o 
fornecimento para uma instituição hospitalar realizar sua atividade final, uma gestão 
voltada para a área de materiais e medicamentos hospitalares, analisando a 
necessidade de eficácia em seus procedimentos. 
Conforme Barbieri e Machline (2005) a gestão eficiente de materiais requer 
um esforço contínuo dos responsáveis. A direção não pode deixar de determinar 
normas básicas, que não deixe faltar qualquer item essencial para a saúde do 
paciente, ou seja, visando um serviço com 100% de qualidade. Outra norma que 
deve ser determinada pela instituição são os estoques a serem mantidos, durante o 
tempo de consumo. 
Na área da saúde a gestão de materiais é mais complicada do que a de 
outras seções da economia, pois os materiais e medicamentos de enfermagem 
possuem prazo de validade pequeno; exige conservação a baixa temperatura; são 
passíveis a rastreabilidade; são facilmente furtados; apresentam-se sob várias 
formas; tanto comprimidos quanto injetáveis; as doses individuais devem ser 
prescritas diariamente, preparadas, baixadas dos estoques, ministrados ao paciente 
e faturados sem erro. 
Quanto ao controle de medicamentos e materiais para que sejam eficazes é 
importante que os problemas sejam administrados com atenção. 
Outro fator essencial é a tecnologia da informação que exerce uma função 
importante para este controle, além de contribuir com a redução dos custos e 
aumentando a produção dos setores. 
A principal função do gestor hospitalar é gerenciar os recursos com o mínimo 
de materiais em estoques, mas impedindo que a sua falta ocorra. 
A importância do gestor hospitalar é essencial para a gestão de tópicos 
específicos e comuns das instituições, tais como a gestão de pessoas, custos, 
processos, finanças, compras e tecnologias. 
Segundo Couto e Pedrosa (2007), o gestor hospitalar tem vários desafios, 
inclusive o de comandar as angústias e objetivos específicos de cada profissional 
que age na instituição hospitalar, tentando gerenciar conflitos e disputas e, portanto, 
igualar os objetivos específicos ao objetivo maior da instituição. 
15 
 
Para Maximiano (2008) existem cinco tipos de funções administrativas, o 
planejamento, a organização, a liderança, a execução e o controle. 
Como assegura Viana (2009) o estoque pode ser considerado os materiais, 
mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de forma a 
possibilitar o atendimento regular das necessidades dos usuários para a 
continuidade das atividades da instituição. 
Para Pereira (2016) quando se fala em administração hospitalar, as pessoas 
pensam na quantidade de leitos ou no agendamento de consultas. 
Um hospital abrange outras demandas que asseguem um atendimento com 
qualidade, por meio da equipe de profissionais, da adição e descarte de materiais, a 
probabilidade dos procedimentos, a estrutura física, os equipamentos básicos, etc. 
 O profissional da área de administração hospitalar, pertence ao hospital, 
utilizando métodos visando à eficácia e qualidade dos serviços. É responsabilidade 
de um gestor hospitalar, organizar a parte administrativa e contábil, determinando 
onde empregar o dinheiro e como equilibrar a saúde financeira e produtiva do 
hospital. 
A autora ainda salienta que os administradores no setor da saúde, devem se 
preocupar com os diversos setores, pois independente do hospital ser particular ou 
público, sem os requisitos básicos de qualidade, não conseguirá a autorização para 
funcionar. 
Para Macêdo e Romeiro et al (2017) há uma grande procura por gestores 
hospitalares com qualificação, ou seja, que tem uma formação específica no setor 
hospitalar. Mesmo sabendo da importância de um gestor na administração 
hospitalar, o médico continua executando o papel de diretor geral. 
Para Padilha e Nassar (2009) ressaltam que mesmo o médico tendo a 
formação que tem, não é suficiente para que assuma o cargo de gestão. 
Assim, o profissional que exerce a função de médico deveria além do 
conhecimento dos conteúdos técnicos, entender a área social e política que ele atua 
inclusive a da área administrativa. 
Mesmo que os médicos e enfermeiros não possuem conhecimentos teóricos 
de administração e métodos gerenciais, é essencial que a gestão seja dividida com 
esses setores, com o intuito de alcançar os melhores serviços prestados por esses 
profissionais que com certeza cooperaram com os administradores. 
 
16 
 
Na instituição hospitalar ocorre uma renovação contínua no setor 
técnico/médico, mas, no setor administrativo, não ocorre com frequência, 
possibilitando uma acomodação por parte do gestor em relação às modificações das 
rotinas de trabalho (SEIXAS e MELO 2004, p. 18). 
O administrador necessita mostrar que o seu papel não é somente realizar um 
controle administrativo, além da tarefa de fazer planejamento, traçar e executar 
estratégias, controlar os custos dos procedimentos e ter como foco principal a 
melhoria no atendimento prestado aos pacientes. 
Sendo assim, a administração hospitalar deve proporcionar recursos nas 
áreas de saúde e de assistência, atuando-nos diversos setores da instituição, 
modernizando a gestão, visando à promoção da qualidade no atendimento aos 
pacientes. 
Neste caso, o direito a saúde só se objetiva por meio do acesso do paciente 
ao medicamento, pois ao mesmo tempo em que o medicamento é essencial ao 
procedimento de atenção á saúde, pode se tornar um perigo se for utilizado 
inadequadamente. 
O uso de medicamentos de forma abusiva e incorreta gera desperdícios e 
riscos a saúde (ROSSATO, 2008). 
Nesse contexto, Gomes e Reis (2001) salienta que o papel do farmacêutico 
pode além de impedir, cooperar por meio de uma perfeita assistência farmacêutica 
no contexto hospitalar. 
Para se exercer a função de gestor hospitalar, é essencial: saber organizar as 
atividades para conquistar os objetivos; proporcionar programas de capacitação dos 
profissionais para seguir as inovações, proporcionar a motivação da equipe de 
profissionais para trabalharem com entusiasmo, pois sem renovação o hospital irá 
declinar (SEIXAS e MELO 2004, p. 18). 
O gestor deve ser um excelente administrador, para que assim os profissionaisreconheçam o hospital como uma instituição segura que durará gerações, além de 
ser um ambiente multiplicador de benefícios sociais e econômicos. 
 
 
 
 
 
17 
 
2.2 GESTÃO DA FARMÁCIA HOSPITALAR 
 
Primeiramente, antes iniciar falando sobre a gestão da farmácia hospitalar é 
importante conhecer um pouco sobre a história da farmácia hospitalar. 
A primeira farmácia hospitalar surgiu na Pensilvânia nos EUA em 1752, e no 
Brasil, as farmácias hospitalares mais antigas foram montadas nas Santas Casas de 
Misericórdia e nos Hospitais Militares, no qual o farmacêutico era quem manipulava 
os medicamentos dispensados aos pacientes internados, obtidos por meio de um 
ervanário que tinha no próprio hospital. 
 
Figura 2: Farmácia Antiga 
 
Fonte: wordPress.com 
 
Segundo Tannus (2010a) a Farmácia Hospitalar é uma unidade tecnicamente 
aparelhada, com o objetivo de prover as clinicas e demais serviços de um hospital, 
os medicamentos e correlatos, que se fizerem necessário ao bom funcionamneto do 
mesmo. 
De acordo com a Resolução n.°338/04, do Conselho Nacional de Saúde, 
Assistência Farmacêutica é: 
 
 (...) um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da 
saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo 
essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve 
a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, 
bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, 
dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, 
18 
 
acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção 
de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. 
 
Na gestão da Farmácia Hospitalar é essencial administrar de forma efetiva os 
métodos organizacionais e estabelecer programas de qualidade direcionados ao 
rendimento das instituições públicas e privadas da saúde, pois qualidade e 
rendiemntos são fatores essenciais para a conquista de resultados positivos 
(BARBOSA, 2015, p. 07). 
Segundo Paraíso (2017) em um de seus artigos salienta que a gestão da 
farmácia hospitalar é de grande relevância e deve ser tratada como uma prioridade, 
na saúde. Além de ser uma área dentro do hospital que necessita assegurar a 
qualidade da assistência prestada ao paciente, através do uso adequado de 
medicamentos, é um setor que busca altos valores orçamentários. 
As atividades nos setor da assistência farmacêutica engloba atividades 
relacionadas a manipulação, controle de qualidade, logística, atenção farmacêutica e 
farmácia clínica, alem das atividades intersetoriais, que é a interação com outros 
setores e equipes do hospital. 
 
Figura 3: Esquema da assistência farmacêutica no âmbito hospitalar 
 
Fonte: CRF-SP 
 
Sendo que a logística farmacêutica demanda que o profissional farmacêutico 
esteja pronto para desafios, como a gestão da aquisição de medicamentos, além de 
19 
 
cooperar para uma administração eficiente considerando a redução dos custos da 
instituição. 
Farmacêutico é responsável por todo o fluxo do medicamento, englobando o 
planejamento, implementação, controle eficiete, ao correto custo, do fluxo, e 
armazenagem de materiais médicos hospitalares, medicamentos e outros materias. 
Incluinto tambem a criação de normas e controles que garatam a sistematica da 
distribuição e qualificação de fornecedores. 
De acordo com a RDC n.°54/2013 da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) 
o rastreio do medicamentos é padronizado da seguinte maneira: 
 
 “Rastreamento de Medicamentos: conjunto de procedimentos que 
permitem traçar o histórico, a aplicação ou localização de medicamentos, 
através de informações previamente registradas, mediante sistema de 
identificação exclusivo dos produtos, prestadores de serviços e usuários, a 
ser aplicado no controle de toda e qualquer unidade de medicamento 
produzido, dispensado ou vendido no território nacional”. 
 
Por meio de um sistema eficiente de gestão da farmácia hospitalar é mais fácil 
controlar a validade dos lotes, e saber de qual fornecedor o produto foi comprado, 
além da aquisição de informações sobre a empresa em relação ao prazo de 
pagamentos, medicamentos mais vantajosos, melhor custo benefício e lotes 
dispensados. 
O método também informa quem retirou o medicamento do almoxarifado, 
quando o material esta terminando, além de auxiliar no acompanhamento da 
movimentação do estoque para que nenhum material fique em falta ou armazenado 
com a validade vencida. 
Os medicamentos e materiais usados para fazer exames, são fortemente 
deterioravéis e necessitam de cuidado em relação a data de validade, sendo 
essencial controlar o vencimento e os lotes nos estoques das clínicas e hospitais. 
É importante, ter uma simetria ao comprar esses materiais com controles de 
estoques minuciosos, acompanhando as normas comerciais determinadas 
proporcionando uma autonomia ao profissional da saúde. 
De acordo com os autores Junquilho (2001) a gestão é “um processo técnico, 
político e social capaz de produzir resultados”, já Guimarães et al (2004) diz que a 
gestão é “ a faculdade de uma organização em decidir com autonomia, flexibilidade 
20 
 
e transparência, mobilizando recursos e construindo a sustentabilidade dos 
resultados de gestão”. 
Para Barbieri e Machline (2006) quanto mais “qualidade a instituição e de sua 
farmácia administrarem corretamente os materiais e medicamentos, terá mais 
capacidade de proporcionar aos pacientes serviços de qualidade e com custos 
reduzidos. 
Porém, para Gonçalves (2006) a gestão de medicamentos no âmbito 
hospitalar abrange uma variedade de produtos diferenciados á disposição dos 
profissionais da saúde, e a falta dos mesmos no estoque, pode causar a morte de 
pacientes e gerar perdas irrecuperavéis para a instituição. 
Conforme Dias (2011) em uma instituição, os estoques são essenciais para 
que não interrompa a produção e nem cause insatisfação aos usúarios, mas 
estoques em excesso também comprometem o andamento da instituição, 
imobilizando o capital e prejudicando o resultadp financeiro, assim é indispensavél o 
planejamneto e o controle dos estoques. 
Quando se refere a qualidade em serviços de saúde a gestão hospitalar é 
primordial para o desempenho da instituição, sendo importante que os gestores 
realizem avaliações periódicas visando analisar sua eficiência. 
No dia a dia da farmácia hospitalar é importante a aplicação de conhecimentos 
administrativos, a partir dos conhecimentos básicos, planejamentos, controle, 
desenvolvimento, gerenciamento, etc. 
O farmacêutico admitido em um hospital deve elaborar um planejamneto para 
alcançar posições gerenciais e até assumir a administração da farmácia hospitalar. 
O seu papel como administrador é decifrar os objetivos propostos pela 
instituição e convertê-los em ação através de planejamneto, organização, controle 
visando alcançar tais objetivos. 
Na gestão da farmácia hospitalar o farmacêutico é o responsavél exclusivo 
pela farmácia e o principal foco da sua gestão é prestar assistência farmacêutica. 
Sendo assim, ele deve desenvolver uma estrutura organizacional que: 
 Estabeleça a missão, os valores e a visão da farmácia hospitalar; 
 Formule, implemente e acompanhe o palnejamento estratégico, visando 
o cumprimento da missão; 
 Acompanhe e monitore a implementação das ações; 
 Avalie as ações preventivas ou corretivas de não conformidades; 
21 
 
 Ofereça funcionários capacitados de acordo com as necessidades para 
as atividades da farmácia hospitalar; 
 Promova treinamentos necessários e a educação permanente de sua 
equipe, 
 Acompanhe o desenvolvimento financeiro e orçamentário. 
Na figura 4 mostra a equipe de profissionais na palestra sobre assistência 
farmacêutica: 
 
Figura 4: Equipe de Farmacêuticos 
 
Fonte: youtube.com 
 
O dia a dia do hospital é afetado pelos preços de medicamentosque 
provocam grande efeito nos gastos assistenciais da instituição. 
Conforme Cavallini e Bisson (2002) a área da saúde é definida por sucessivas 
restrições relacionada a orçamentos, assim, o controle de recursos escassos deve 
se juntar á sua utilização com eficiência, pois todo cidadão utilizará o serviço de 
saúde seja hospitalar ou ambulatorial. 
Para realizar suas atividades, o hospital insere a farmácia hospitalar com o 
propósito de assegurar o uso seguro e racional dos medicamentos prescritos pelo 
médico, além de atender as necessidades de tratamento dos pacientes internados, 
mantendo sob sua proteção os estoques desses produtos (SIMONETTI e NOVAES, 
et al, 2007, 02). 
Conforme Gomes e Reis (2001) a gestão da farmácia hospitalar deve ter como 
foco principal a assistência farmacêutica assegurando o abastecimento, 
dispensação, acesso, controle, uso racional de medicamentos através de práticas de 
22 
 
assistência com o propósito de monitorar o seu uso, otimizar os custos, além de 
advertir sobre os benefícios e os riscos do uso dos medicamentos. 
 
 
2.2.1 A importância do farmacêutico na gestão da farmácia hospitalar 
 
Conforme a Portaria 3.916/1998 do Ministério da Saúde, a gestão da Farmácia 
Hospitalar, é de responsabilidade total do Farmacêutico e deve ter como foco 
principal a prestação de assistência farmacêutica (SBRAFH, 2007). 
 O Farmacêutico Hospitalar é responsável por todo o ciclo da assistência 
farmacêutica, iniciando com a sua seleção (ativos e fornecedores), armazenamento, 
controles, finalizando com a dispensação e o uso pelo paciente. A atuação do 
farmacêutico hospitalar é extensa e por meio de conhecimentos exclusivos, ele 
possui habilidade para aceitar diversas responsabilidades, na administração pública 
na fabricação e no abastecimento de medicamentos. 
Na segura abaixo um esquema das atividades realizadas pelo farmacêutico 
hospitalar: 
 
Figura 5: Atividades do Farmacêutico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: a autora 
 
 Atividades Logísticas: o responsavél por todo o fluxo do 
medicamento dentro da instituição hospitalar é o farmacêutico e as 
Atividades 
Logísticas 
Atividade de 
Manipulação/
Produção 
Atividades 
Focadas no 
Paciente 
Farmacêutico 
Hospitalar 
Controle de 
Qualidade 
Atividades 
Intersetoriais 
23 
 
atividades abrangem o planejamento, implementação e controle 
eficiente, além da composição de parâmetros e controles que 
asseguram o sistema de distribuição e qualificação dos 
fornecedores (CRF-SP, 2010). 
 Atividades de Manipulação/ Produção: o principal foco da 
manipulação de fórmulas (magistrais, oficiais e parentais) é 
disponibilizar medicamentos com segurança e qualidade, conforme 
á necessidade da população atendida, além desenvolver fórmulas 
de medicamentos mais e econômico. 
Conforme a RDC Anvisa n.°67/2007 para manipular fármacos é 
necessário seguir os príncipios das Boas Práticas de Manipulação 
em Farmácia que discorre que a farmácia deve possuir áreas para 
as atividades administrativas, de armazenamento, controle de 
qualidade e dispensação além de um ambiente exclusivo para 
manipular e pesar. Em casos de hospitais de pequeno porte é 
permitida a contratação de terceiros, pois não é viavél a realização 
de um serviço de manipulação. 
 Atividades Focadas no Paciente: essa atividade engloba vários 
serviços direcionados ao paciente: 
Farmácia Clínica- definida como a ciência da saúde que tem como 
responsabilidade garantir o uso seguro e adequado de 
medicamentos; 
Atenção farmacêutica- envolvem atitudes, valores éticos, 
comportamentos, habilidades, compromissos voltados à prevenção 
de doenças, promoção e recuperação da saúde; 
Assistência Domiciliar- o farmacêutico presta orientações quanto ao 
uso, indicações, interações (interais e nasointerais), além de 
gerenciar o armazenamento assegurando que o medicamento e os 
materiais para a saúde cheguem ao paciente de maneira segura; 
Erros de Medicação- é qualquer erro que ocorre em relação aos 
processos de utilização de medicamentos, podem estar aliado a 
falhas de comunicação entre os profissionais da equipe de saúde. 
Ex: erros de prescrição, erro de dispensação e erros de 
administração. 
24 
 
Controle de Qualidade- a instituição hospitalar por meio da sua 
missão em favor da proteção da vida da sociedade tem que 
preocupar-se com a qualidade de sua gestão e assistência. 
 Atividades Intersetoriais: o hospital é um local complexo, que busca 
a ação simultânea de profissionais com diversas formações para 
alcançar seu principal objetivo que é aprimorar a saúde dos 
pacientes atendidos. 
Segundo Marin (2003) há algumas atividades que não podem ser efetuadas 
por uma só pessoa, e precisa da colaboração de várias pessoas em prol de um 
mesmo objetivo. 
Para Nascimento et al (2013) a Farmácia Hospitalar é uma área ligada a 
diversos setores do hospital, assim, a farmácia por intermédio do farmacêutico deve 
conservar o estreitamento entre os setores que fazem parte da farmácia para que 
possa realizar as obrigações que lhe são impostas. 
A farmácia hospitalar (FH) forma um ambiente ligado as outras unidades que 
promovem assistência ao paciente, sendo essencial no que diz respeito ao uso 
seguro e racional de medicamentos. Esse processo é promovido por meio da 
assistência e atenção farmacêutica prestada, desde a seleção, aquisição, 
armazenamento, dispensação do medicamento. 
Segundo Vieira (2007) o farmacêutico no campo da farmácia hospitalar pode 
introduzir um método de assistência farmacêutica por meio do acompanhamento ao 
tratamento do paciente e da melhoria a saúde, como meio de dar uma melhor 
assistência ao paciente. 
Na figura 6 mostra um exemplo de assistência farmacêutica: 
 
Figura 6: Assistência Farmacêutica 
 
Fonte: CRF-SP 
25 
 
De acordo com o informativo técnico n.°122 de 1957 da Organização Mundial 
da Saúde (OMS) a instituição hospitalar é parte complementar de um processo 
coordenado de saúde, que tem como missão dispensar à comunidade assistência a 
saúde com qualidade. 
Os autores Cavallini e Bisson (2002) ressaltam que um hospital para obter o 
cumprimento do seu trabalho necessita de certas exigências para sua formação, sua 
constituição, equipamentos e sua manutenção devem estar capacitados para a 
prestação de serviços, de diagnóstico e tratamento dos pacientes internados, além 
da importância de uma equipe de profissionais habilitados. 
Dos serviços ligados a instituição hospitalar, um deles é o serviço de farmácia 
hospitalar, que segundo a RE n.°300 do Conselho Federal de Farmácia, é formada 
por uma unidade clínica de assistência técnica e administrativa, administrada por um 
farmacêutico, e tem como função principal assegurar a qualidade da assistência 
prestada aos pacientes por meio do uso seguro de medicamentos (ROSSATO, 
2008, p. 16). 
A assistência farmacêutica tem como material fundamental o medicamento 
que é de grande importãncia para a realização do procedimento de atenção á saúde. 
Para Brasil (2004) a assistência farmacêutica cuida de uma série de 
acontecimentos direcionados á promoção, proteção e recuperação da saúde, tendo 
como material importante o medicamento. 
Para Nunes et al (2003) uma outra maneira de assistência farmacêutica é 
avaliar as prescrições médicas, visando a redução dos erros relacionados a dose, 
administração, etc; e assim , o farmacêutico atua juntamente ao corpo clínico e 
demais profissionais, formando uma equipe multidisciplinar. 
A assistência farmacêutica hospitalar simbolizam em um hospital, ferramentas 
essenciais para o cuiddao do paciente, e impedir custos elevados e desnecessários, 
que geram diversos problemas quepoderiam ser impedidos com a ampliação da 
função do farmacêutico dentro do ambiente hospitalar (PELENTIR, 2015, p.07). 
Esse grupo abrange a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de 
medicamentos e materiais, assim como, a sua seleção, programação, aquisição, 
distribuição, dispensação, garantia de qualidade dos produtos e dos serviços 
prestados, visando resultados satisfatórios e a melhoria da qualidade de vida das 
pessoas. 
26 
 
Em todas as situações de atenção à saúde, a prestação de serviços é de 
caráter multiprofissional. Assim, a equipe de saúde, que está fatalmente envolvida 
com o uso de medicamentos, é imprescindível a inclusão de um farmacêutico. Pode-
se observar claramente essa questão no enfoque de equipe utilizado na atenção 
clínica nos hospitais e centros de saúde (BRASILIA, 2004). 
 
 “Art. 3º - No desempenho de suas atribuições nos serviços de atendimento 
pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, o 
farmacêutico exerce funções clínicas, administrativas, consultivas, de 
pesquisa e educativas”. 
 
Art. 5º - Nas atividades de assistência farmacêutica é de competência do 
farmacêutico nos serviços de atendimento pré-hospitalar, farmácia 
hospitalar e outros serviços de saúde (RESOLUÇÃO Nº 568, DE 6 DE 
DEZEMBRO DE 2012).” 
 
Para Andrade (2015, p. 21) Ferracine (2010) a farmácia clinica orienta a 
prestação do serviço farmacêutico direcionado ao paciente, efetuando a assistência 
farmacoterapêutica e assim contribuir para a melhora da qualidade de vida do 
mesmo, estabelecendo relação entre o farmacêutico e o paciente, concedendo um 
trabalho com o propósito de buscar, identificar, prevenir e resolver problemas que 
poderão ocorrer durante o tratamento farmacológico. 
 
“Art. 2º - As atribuições clínicas do farmacêutico visam à promoção, 
proteção e recuperação da saúde, além da prevenção de doenças e de 
outros problemas de saúde (RESOLUÇÃO Nº 585 DE 29 DE AGOSTO DE 
2013)”. 
 
Os autores ainda salientam que em diversas instituições hospitalares tem 
auxiliado o desenvolvimento de equipes interdisciplinares proporcionando o cuidado 
adequado ao paciente, assim os farmacêuticos representam um papel absoluto 
nessa equipe. A assistência farmacêutica pode ser determinada como resultados 
que possam impedir problemas com medicamentos e melhorar a terapia 
medicamentosa para cada paciente, em colaboração juntamente com os demais 
profissionais de saúde. 
 
27 
 
2.3 CONTROLE E GESTÃO DE ESTOQUE DE MEDICAMENTOS NA FARMÁCIA 
HOSPITALAR 
 
Com a crise financeira enfrentada pelo Brasil nas décadas de 1980 e 1990 os 
custos em relação à assistência a saúde aumentaram afetando as instituições 
hospitalares, ocasionando modificações no gerenciamento dos hospitais. 
 Para Goodman e Gilman (2007) as instituições hospitalares têm buscado se 
ajustar às novas realidades, procurando aprimorar o emprego dos recursos 
financeiros que dispõe. O objetivo atual do gerenciamento hospitalar é adequar-se 
às mudanças constantes do mercado para proporcionar meios indispensáveis para 
assistência aos pacientes de maneira eficaz. 
Diante desse contexto o gerenciamento de materiais tem um papel 
importante, pois estes produtos são parte significativa dos gastos dos hospitais por 
meio dos medicamentos que comprometem cerca de 5% a 20% dos orçamentos dos 
hospitais. 
Apesar de aparentemente, o peso dos gastos com medicamentos não seja 
alto, esta é uma ferramenta fundamental para a assistência ao paciente e sua 
participação nos gastos com saúde que vem aumentando progressivamente nos 
últimos anos. 
Conforme Maia Neto (2005) outro fator preocupante além do 
aspecto econômico, que é uma questão importante é a qualidade, pois o paciente 
tem direito a uma assistência de qualidade não importa a situação financeira da 
instituição. A atuação do profissional de saúde dentro do método logístico de 
materiais é indispensável, pois normalmente ele requer o produto com a adequada 
especificação, controla a qualidade do que vai ser comprado, efetua o recebimento 
qualitativo e por fim também pode ser um usuário destes materiais nas suas 
atividades. 
Não se pode examinar e determinar algo sem ter conhecimento do que o 
mesmo seja. Sendo assim, antes de se cogitar a respeito de um diagnóstico de 
procura e políticas de estoque, é essencial entender o que é estoque. 
Para Ballou (2006) o estoque é como “ excesso de produtos acabados que 
surgem em numerosos pontos do canal de produção e logística das instituições”. 
28 
 
Após o entendimento sobre estoques pode-se explorar o estudo em relação a 
gestão de estoque, pois de acordo com alguns autores sabe-se que os mesmos são 
necessários, mas a questão é saber a quantidade de estoque a manter. 
No Brasil, particularmente na área da saúde, encontra-se muitas 
problemáticas relacionadas a gestão de estoque, pois tais concentram-se em gastos 
consideravéis com o gerenciamento de medicamentos e materiais como ressalta 
Agapito (2007): 
“[...] No Brasil, estes gastos, em relação aos custos totais do hospital, 
representam um valor em torno de 5% a 20% dos orçamentos dos hospitais”. 
Estoque é todo recurso contraído e armazenado com o próposito de regular o 
fluxo produtivo de uma instituição, atentar as suas necessidades e facilitar o seu 
funcionamento. Em particular para o âmbito hospitalar, representam os materiais 
essenciais a um excelente atendimento ao paciente (TESSAROLI, SILVA et al, 
2015, p. 02). 
Os estoques são materiais que não são utilizados de imediato, mas sim, 
futuramente de acordo com as necessidades, ou seja, estocar é guardar os produtos 
para utilização futura. 
Os estoques são compostos pelas seguintes funções: 
a) Assegurar o abastecimento de materiais as instituições, paralisando os 
resultados de demora ou atraso no fornecimento; 
b) Promover economias de escala, por meio da compra ou produção em lotes 
econômicos 
Na figura abaixo mostra o modelo de estoque de medicamentos: 
 
Figura 7: Estoque de Medicamentos 
 
Fonte: google.com.br 
29 
 
 
Segundo Tófoli (2008) o estoque simboliza a quantia de bens físicos 
armazenados aguardando a venda por um certo tempo. 
A gestão de estoques é de grande relevância para o funcionamento das 
instituições, impedindo a falta de algum material ou o seu excesso. 
 
A gestão de estoques em organizações de saúde (hospitais, clínicas, 
centros médicos e almoxarifados) vem passando, nos últimos anos, por 
profundas transformações, principalmente nos EUA, União Europeia e 
Sudeste Asiático. É sabido nessas regiões que o custo total associado à 
gestão de estoques de medicamentos pode representar entre 35 e 50% do 
custo operacional total numa organização privada de saúde (WANKE, 2004, 
p. 1). 
 
Na demanda pela excelência no atendimento aos clientes e pela minimização 
do nível de investimentos retidos, o gerenciamento de estoques assume um 
conjunto de tarefas árduas, que merece análise cautelosapor parte das instituições 
(MELO, 2008, p. 06). 
Para Vendrame (2008) a gestão de estoque estabelece uma sequência de 
ações que autorizem o administrador a analisar se os estoques estão sendo bem 
utilizados, em boa localização referente as áreas que fazem uso deles, e se estão 
bem manejados e controlados. 
O autor complementa que a gestão de estoque, é a ação de administrar 
recursos que possuem valores econômicos e empregado ao fornecimento das 
necessidades futuras de material, em uma instituição. 
Segundo Francisco e Castilho (2002) adotar métodos de gestão de estoque é 
essencial para proporcionar aos serviços de saúde, o controle dos gastos com 
atenção a qualidade e ao envolvimento dos profissionais relacionados no 
desempenho desses métodos. 
Para Vecina e Ferreira (2001) a gestão de estoque tem como objetivo repor os 
bens materiais importantes para a instituição de saúde, com qualidade, em 
quantidades exatas, no tempo exato, inclusivecom um custo reduzido. 
Sendo assim, a gestão de estoque pode ser compreendida como uma 
determinada quantia de itens conservados a disposição contínua e renovada, para 
gerar lucros e serviços (PACHECO, et al, 2009, p. 03). 
30 
 
O gerenciamento de materiais é de grande importância pois: 
 
É a necessidade de se reduzir custos com estoques de produtos e ao 
mesmo tempo proporcionar um nível ideal de 100% no atendimento ao 
paciente, não deixando faltar qualquer insumo em sua atividade produtiva. 
Para se manter este equilíbrio, torna-se necessária uma administração 
adequada do estoque de materiais. (COSTA, 2009, p. 12) 
 
Os hospitais possuem várias outras instituições que funcionam 
simultaneamente: uma farmácia, um banco de sangue, uma lanchonete, um call 
center, etc, e o cuidado sobre cada uma dessas áreas envolve o correto 
abastecimento de seus estoques para a plena realização dos serviços. 
Segundo Santos (2006) a administração de medicamentos e materiais médico-
hospitalares abrange um ciclo contínuo de operações correlatadas e 
interdependentes, quanto as unidades hospitalares possuem alta complexidade 
quanto aos produtos ali estocados. 
Para Vecina Neto et al (2013) “ o objetivo básico da administração de 
materiais consiste em dispor os recursos indispensavéis ao método produtivo com 
qualidade, em quantias corretas, no tempo determinado e com custos reduzidos”. 
Conforme Almeida(2011) o controle de estoque tem como foco principal 
impedir a falta de material sem a necessidade de um estoque exagerado, 
conservando um nível correto com as necessidades de consumo. 
A gestão é uma das áreas que tem progredido nos últimos anos, 
especialmente em relação a área da farmácia. A gestão da compra e os estoques 
devem ser administrados corretamente, pois podem interferir financeiramente nos 
hospitais, além do seu controle que também contribui para uma gestão eficiente. 
Conforme Tadeu: 
 
O gerenciamento de estoques visa, por meio de métodos quantitativos 
aplicados, o pleno atendimento às expectativas de produção ou de consumo 
das organizações, com a máxima eficiência, redução dos custos e tempo de 
movimentação. Procura-se maximizar o capital investido, em busca de 
retornos satisfatórios sobre o investimento realizado (TADEU, 2010, p. 48). 
 
 
 
31 
 
A figura abaixo mostra as etapas do gerenciamento de estoques: 
 
Figura 8: Gerenciamento de Estoques 
 
Fonte: google.com.br 
 
As funções do controle de estoque são: determinar o que permanece em 
estoque; quando o mesmo deve ser reabastecido; o que deve ser comprado; acionar 
o setor de compras para adquirir itens; receber; armazenar; atender a falta de 
materiais; controlar quantidade e valor de estoque e recolher do estoque os intens 
vencidos e danificados. 
Para Martins et al (2002) o controle de estoque desempenha uma grande 
influência no rendimento da instituição. 
Conforme Dias (2009) o controle de estoque são todas as formas de registro 
que objetivam controlar a quantidade de matérias em estoque tanto físico quanto 
financeiro, e ainda salienta que sem estoque é impossível uma instituição trabalhar. 
De acordo com Maia Neto (2005) examinar os estoques é fazer uma 
observação contínua das mudanças sofridas pelos mesmos num espaço de tempo, 
assim como suas causas e efeitos. 
 
Figura 9: Controle de Estoque 
 
Fonte: youtube.com 
32 
 
Um método eficaz de gestão de estoque possibilita reconhecer em tempo 
propício: histórico da movimentação dos estoques (entradas e saídas), nivéis de 
estoques (minimo, máximo, ponto de reabastecimento), dados do consumo, 
demanda atendida e não atendida e diversas informações utéis ao método de 
compra (SFORSIN, et al, 2012, p. 05 apud TUMA, et al, 2009). 
 
O método é baseado na cronologia das entradas e saídas. O procedimento 
de baixa dos itens de estoque é feito para ordem de entrada do material na 
empresa, primeiro que entrou será o primeiro que saíra e assim utilizar seus 
valores na contabilização do estoque (POZO, 2007, p. 55). 
 
Algumas exigências indispensavéis devem ser seguidas: 
 Manter sempre atualizado o custo de cada produto; 
 Determinar políticas de cobertura (estoque de segurança, minimo e 
máximo) para cada produto; 
 Manter o controle para reduzir ou evitar estoques de medicamentos 
em desuso; 
 Manter controle permanente sobre a disponibilidade do estoque 
para suprir as faltas rapidamente; 
 Determinar o custo de falta de cada produto; 
 Realizar inventários físicos e períodicos para conferí-lo com os 
dados do controle de estoque, 
 Manter sistemas de informações integrados para acesso e consulta 
imediata da quantidade disponível de cada material em estoque 
(SFORSIN, et al, 2012, p. 06). 
O gerenciamento de materiais divide os tipos de estoque por meio de suas 
características, funções e métodos, da seguinte maneira: 
 Estoque de matéria-prima: reporta todo material básico que passará 
pelo método de mudança durante o processo produtivo; 
 Estoque de manutenção: é caracterizado pelos materiais que não 
passa prlo processo produtivo, ou seja, são os materiais utilizados 
para manutenção da instituição. 
33 
 
 Estoque de produtos em processo: refere-se a materiais que é 
ligado ao produto final e que já enfrentaram algum processo interno 
de transformação da matéria-prima. 
 Estoque de produtos acabados: referente ao produtos que 
passaram por todos os métodos do processo produtivo, e estão 
prontos para o uso ou entrega ao cliente. 
Cavallini e Bisson (2002) ressaltam que na área da saúde, as inovações 
tecnológicas e a descoberta de novas doenças geram mudanças na eficácia e nos 
custos dos tratamentos médicos. 
Conforme Quinto et al (2004) e Lourenço (2006) os hospitais são considerados 
complexos, com profissionais especializados que desempenham atividades 
diversificadas que gastam uma variedade de materiais, o que tem favorecido para o 
aumento dos custos nos hospitais. 
O desafio do gestor de estoques é saber quando e quanto repor de cada 
material e qual a quantidade deve estocar por segurança. Com o aumento nos 
números de itens com diversas normas de procura e caracteristicas específicas a 
dificuldade na administração de materiais cresce por conta da necessidade de um 
controle diferenciado (SANTOS e RODRIGUES, 2006). 
O estoque de segurança ou estoque mínimo é a quantidade de cada item que 
deve ser mantida como reserva para assegurar a continuidade do atendimento, em 
caso de situações como: aumento do consumo e atraso no fornecimento. 
O estoque de segurança impede o rompimento do estoque que tem como 
resultado o declínio no nível de atendimento e o próprio custo do rompimento. 
O custo do fornecimento de estoque pode ser analisado considerando os 
seguintes parâmetros: custo do não atendimento; custo com o pessoal que estará, 
temporariamente, subutilizado pela falta do material; custo adicional do material 
adquirido para manutenção do nível de atendimento e o custo do trabalho realizado. 
O estoque de segurança resulta do consumo, do tempo de abastecimento e 
da classificação ABC do produto. 
O uso de estoques seja por segurança ou para cobrir o atendimento da 
procura é de suma importância, pois proporciona um melhor atendimento ao usuário 
e melhora a concorrência da empresa em relação aos adversários. 
Para Ballou (2001) a gestão tem como principal objetivo a redução do custo da 
operação além de ser um importante método na realização de adicionar materiais. 
34 
 
A farmácia hositalar necessita de uma gestão consistente e qualificada em 
relação ao abastecimento de medicamentos, de acordo com a demanda da 
assistência á saúde sendo essencial possuir em estoque medicamentos adequados 
ao receituário prescrito (GARCIA et al, 2009, p. 110). 
Os estoques retratam os investimentos da instituição, sendo essencial o seu 
controle. Eles abrangem a administração e a racionalização econômicados diversos 
tipos de estoques conservados na isntituição (MAIA NETO, 2005, p. 58). 
O autor ainda salienta que os investimentos assumem perspectivas 
conflitantes em relação aos estoques e seus custos, gerando sérios problemas. 
Os estoques pequenos podem originar em: 
a) Riscos por falta 
b) Elevados custos de obtenção. 
Os estoques grandes podem originar em: 
a) Investimentos adicionais por armazenamento 9Custo de manutenção); 
b) Redução de verba disponível para aplicação em outras necessidades ou 
negócios; 
c) Perda por vencimento do prazo de validade, obsolência ou deterioração. 
Observa-se que a gestão de estoques é importante para assegurar o 
rendimento do capital, pois, o mesmo é formado pelo planejamento, controle e 
replanejamento dos variados tipos de estoques mantidos pela instituição (MAIA 
NETO, 2005, p. 59). 
Para Dias (2006) a gestão de estoque é importante para que não ocorra 
custos altos com os materiais , reduzindo o capital investido pela instituição no 
estoque, além de impedir a falta de materiais para o paciente. 
De acordo com Paulus (2005) a gestão de materiais, é ligada a gestão de 
estoque, na procura da redução das necessidades dos estoques, aprimorando e 
reduzindo o capital de giro investido. Deste modo, a gestão de materiais demanda 
melhoria do planejamento, organização, direção, coordenação e controle das 
atividades para uma melhor aquisição, armazenamento e distribuição. 
 
 
 
 
 
35 
 
2.4 GESTÃO DE MEDICAMENTOS EM HOSPITAIS DO SUS 
 
Antigamente quando não tinha o Sistema Único de Saúde (SUS) a assistência 
à saúde no Brasil tinha uma ligação escassa com as atividades previdenciárias, e a 
personalidade contributiva do método existente criava uma divisão da população em 
dois grandes grupos os previdenciários e não previdenciários (CONASS, 2003, p. 
14). 
Uma divisão injusta que separava a população em cidadãos de 1ª e de 2ª 
classe, cujo, os da 1ª classe eram compostos pelos contribuintes da previdência que 
possuíam um acesso amplo à assistência à saúde, com uma rede de serviços 
ambulatoriais e hospitalares servidos pela previdência social através do INAMPS, e 
os de 2ª classe, eram compostos pelo restante da população brasileira, com um 
acesso regrado á assistência á saúde, às vezes as ações eram limitadas em relação 
aos hospitais públicos e as atividades de certas instituições de assistência. 
 Este método de organização e subsídio das atividades de atenção e 
assistência à saúde, além das discriminações notáveis relacionadas a elas, 
estabelecia um método de divisão de papéis e competências dos vários órgãos 
públicos abrangendo questões de saúde (CONASS, 2003, p. 14). 
Assim, o Ministério da Saúde (MS) e as Secretarias de Saúde dos Estados e 
Municípios realizavam métodos de promoção da saúde e prevenção de doenças, 
como campanhas de vacinação e controle de epidemias. 
A atuação dessas entidades públicas na prestação de assistência à saúde era 
regrada e com restrições em relação aos métodos realizados por algumas 
instituições hospitalares próprias e pela Fundação de Serviços Especiais de Saúde 
Pública (FSESP) e direcionadas aos indigentes que tinham acesso a assistência de 
saúde por meio de instituições filantrópica como as Santas Casas. 
O processo de implantação do SUS ocorreu após as definições legais 
determinadas pela Constituição Federal de 1988 e da Lei Orgânica de Saúde, por 
meio das representações dos Secretários Estaduais e Municipais de Saúde. 
Esse processo tem sido conduzido pelas Normas Operacionais do SUS, 
através de portarias ministeriais, definindo as competências de cada governo e as 
condições essenciais para que Estados e municípios possam aceitar as novas 
disposições no método de implantação do SUS (CONASS, 2003, p. 17). 
36 
 
O Sistema Único de Saúde (SUS) é entendido pelos usúarios como uma 
conquista e uma vitória dos brasileiros, sendo que seu fortalecimento deve ser uma 
primazia de toda a sociedade. 
O SUS teve um grande progresso em relação a ampliação da atenção básica, 
por meio da criação e desenvolvimento de alguns serviços como: Estratégia de 
Saúde da Família (ESF), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), 
Unidades de Pronto Atendimento (UPA). 
As críticas relacionadas a gestão em saúde no Brasil são extensas e mostram 
o tamanho dos problemas a serem encarados. 
Conforme salienta Silva e Cassiani (2004) a gestão hospitalar deve estar 
atenta não somente aos procedimentos técnicos e básicos carcaterísticos á 
profissão, mas reconhecer os trajetos percorridos pelo medicamento desde o 
instante da prescrição feita pelo médico até a sua distribuição ao paciente, além de 
avaliar o método de distribuição de medicamentos, pensando sobre seus possíveis 
erros. 
Em relação a esses erros, diversos estudos, inclusive Silva e Cassiani (2004) 
tem demonstrado, dentro de uma instituição hospitalar, os assuntos relacionados ao 
gerenciamento dos medicamentos e a maneira como são distribuídos entre as 
diversas áreas (postosde enfermagem, centro cirúrgico, CTI) dizem muito sobre a 
qualidade da prestação deste serviço pela farmácia. 
As instituições que mais sofrem com o controle externo são os hospitais 
públicos, as vezes por conta do próprio governo, dos tribunais de contas, e até 
mesmo pela população que deseja a solução rápida dos seus problemas de saúde. 
Diante deste contexto, os gestores dos hospitais do SUS estão sendo 
encaminhados a gerenciar essas instituições mais profissionalmente cumprindo 
dentro da lei com eficiência e economia a função das instituições que administram 
(NETA, BRANCO, et al, 2011, p.13). 
De acordo co Miasso et al (2006) o hospital que tem como propósito oferecer 
uma assistência segura para seus pacientes devem ter como foco principal a 
medicação, por ser a maneira mais simples de intervenção no cuidado á saúde, 
além de ser um método seguro que irá ajudar os profissionais na prevenção de 
erros, por meio de métodos que proporcionem facilidades para a ação de medicar e 
dificuldades para cometer os erros. 
37 
 
O gerenciamento de medicamentos é uma ação realizada nas instituições 
hospitalarespor intermédio e responsabilidade de um farmacêutico, equipe de 
enfermagem e deve ser reconhecida pelos profissionais como uma das ações do 
procedimento de medicação (SILVA, CASSIANI, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
2.5 MÉTODOS CURVA ABC E SUAS APLICAÇÕES 
 
Diante da grande procura referente à busca e solicitação dos serviços 
prestados por essa imensa rede hospitalar, encontram-se as farmácias hospitalares, 
uma área de fundamental importância á melhoria e cura do paciente. 
Segundo Tannus (2010b) o controle de estoque de uma farmácia hospitalar 
passa pelo gerenciamento, cujas obrigações abrangem a gestão de custos, 
planejamento estratégico e educação permanente. 
Os estoques das farmácias hospitalares abrangem uma variedade de 
produtos, atrapalhando o planejamento de seu reabastecimento. 
Conforme Caon et al (2001) os medicamentos são compostos por grupos com 
determinadas modalidades gerenciais (como giro, preço, consumo, prazos de 
entrega) é importante que o gestor divida os produtos em grupos com caracteristicas 
gerenciais similares. 
Para Barbieri e Machline (2006) esta divisão proporciona ao gestor de 
estoques individualizarem a atenção para cada grupo de medicamentos, pois um 
tipo de controle pode ser eficiente para um produto e não ser para os demais. 
Segundo Lourenço e Castilho (2006) a distribuição pela Curva ABC ou 80-20, 
é fundamentada pelo economista Wilfredo Pareto, desenvolvido após a Segunda 
Guerra Mundial, no século XIX, num estudo sobre a renda e riqueza, o economista 
observou que 20% representam uma pequena parcela da riqueza. 
Para Queiroz et al (2003)a Curva ABC é um processo de distribuição de 
informações, para dividir os itens de grandeimportância, normalmente em menos 
número, para determinar medidas de gestão adequada á importância de cada 
medicamento referente ao valor total dos estoques. 
Trata-se da distribuição de materiais fundamentada na teoria de Pareto, em 
que a importância dos materiais é levada em consideração, fundamentada nas 
quantidades e no valor. 
De acordo com Queiroz et al (2003) na avaliação dos resultados da curva 
ABC , nota-se o giro do itens no estoque, os lucros e o faturamento da instituição. 
O autor ainda salienta que os recursos financeiros investidos na obtenção do 
estoque poderão ser determinados pelo estudo e aplicação adequada dos dados 
oferecidos com o método da curva ABC. 
39 
 
O estudo dos recursos financeiros determinados em cada produto vai mostrar 
que pequeno número de itens é responsavél pelo compromisso de um enorme 
volume de recursos gastos com materiais. 
O Método Curva ABC ou Curva de Pareto divide os produtos em grupos com 
características similares, em razão de seus valores e consumos, com o intuito de 
seguir a um procedimento de gestão adequado a cada grupo (SILVA, 2010, p. 05). 
De acordo com este procedimento, os materiais de consumo são divididos em 
três classes (SIMONETTI; NOVAES et al, 2006, p. 05 apud DIAS, 1994): 
 Classe A: abrange a classe dos intens mais importantes, correspondem a um 
pequeno número de medicamentos, ou seja, cerca de 20% e os 80% 
simbolizam o valor toral do estoque, e devem receber um controle mais rígido 
por parte dos administradores, por serem responsavéis pelo maior 
faturamento da instituição. 
 Classe B: simboliza uma classe de itens em condição intermediária entre as 
classes A e C, podendo ser o seu controle menos rígido que os itens da 
classe A representando um valor intermediário no faturamento das institições, 
sendo 30% dos itens em estoque e consomem 15% dos recursos. 
 Classe C: abrange itens de pequena importância que comprovam pouca 
atenção em relação a administração , pois correspondem a um pequeno valor 
do estoque, cerca de 50% e cerca de 5% dos itens, sendo indispensavél 
considerar os itens individualmente, pois são de pouca importância para o 
faturamento da instituição. 
Os itens determinados na classe C podem operar com prazos mais longos de 
fornecimentos, elevando os estoques de reserva e o controle pode ser mais rápido 
(AGAPITO, 2005). 
Ainda segundo Martins (2009) o autor ressalta que: 
 
Essa análise consiste na verificação, em certo espaço de tempo 
(normalmente 6 meses ou 1 ano), do consumo, em valor monetário ou 
quantidade, dos itens de estoque, para que eles possam ser classificados 
em ordem decrescente de importância. Aos itens mais importantes de 
todos, segundo a ótica do valor ou da quantidade, dá-se a denominação 
itens classe A, aos intermediários, itens classe B, e aos menos importantes, 
itens classe C (MARTINS, 2009, p. 211). 
 
40 
 
Na figura abaixo segue o modelo da Curva ABC: 
 
Figura 11: Curva ABC 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
Conforme Agapito (2005) os parâmetros de gerenciamento utilizados para os 
itens A são desiguais dos demais, sendo fundamental, que o gestor determine 
objetivos para eles como: 
 Redução dos estoques; 
 Redução dos prazos de abastecimento; 
 Redução dos estoques de reserva; 
 Pedidos de compra; 
 Estabelecimento de protocolos de utilização; 
 Busca por melhores fornecedores, 
 Obtenção dos melhores preços. 
O firmamento da Curva de Pareto (Curva ABC) consiste no fato de que nem 
todos os materiais ou itens em estoque exibem as mesmas características ou grau 
de importância para uma instituição. 
 Tubino (2000) salienta que um dos parâmetros mais aplicados na 
classificação ABC é a procura valorizada ou valor do estoque. 
A Curva ABC é um processo de distribuição de informações, utilizado para 
dividir os itens de grande relevância ou impacto (CARVALHO, 2002). Corresponde a 
uma dupla distribuição dos itens: de acordo com seu valor, alcançado pelo preço 
unitário; e de acordo com sua posição no estoque, alcançada pelos registros de 
consumo. Esse método pode ser útil para estabelecer os estoques de segurança; o 
exagero na designação dos recursos; e para diminuir os gastos. 
 
41 
 
A seguir os passos para a elaboração da Curva ABC: 
1) Listar todos os itens comprados ou consumidos e produzir unidade de 
custo (comprimido, ampola, frasco); 
 2) Calcular o número de unidades consumidas por unidade de tempo de 
análise; 
3) Calcular o valor de consumo (multiplica-se o valor unitário pelo número de 
unidades consumidas no período), adquirindo o valor total gasto de cada item no 
período; 
4) Calcular o valor percentual de cada item, dividindo o valor total gasto de 
cada item pelo valor total da lista. 
5) Rearranjar a lista, realocando os itens de acordo com os percentuais 
individuais, começando com o maior. 
6) Em uma nova coluna, calcular o percentual acumulado no valor total de 
cada item. 
7) Escolher os pontos de corte para itens A, B, C. Sugere-se como exemplo: 
 •Medicamentos A= 10 a 20% dos itens e 75 a 80% dos recursos; 
• Medicamentos B= 10 a 20% dos itens e 15 a 20% dos recursos; 
• Medicamentos C= 60 a 80% dos itens e 05 a 10% dos recursos. 
 
 
2.5.1 Comportamentos da Curva ABC 
 
Os itens da classe A correspondem à maior parte do investimento e devem 
ser priorizados gerencialmente e, assim, se tornam importantes para estabelecer o 
estoque de segurança. 
O estoque de segurança dos itens A deve ser suficiente para assegurar o 
atendimento sucessivo durante uma parte do tempo de abastecimento. 
É aconselhável que os itens classe A tenham um índice maior de 
revezamento para possibilitar um capital maior de giro disponível, impedindo a 
paralisação de recursos. Os itens B terão um estoque de segurança maior em 
relação aos da classe A e os da classe C maior do que os da classe B. 
 
 
 
42 
 
2.5.2 Vantagens da utilização desse método 
 
A curva ABC representa várias vantagens para a gestão de estoque de uma 
instituição desde que seja bem elaborada, pois pode influenciar em outras áreas 
positivamente. 
A seguir algumas das vantagens proporcionadas pela curva ABC: 
1. Estoques mais coerentes com a realidade de vendas: essa análise ajuda a 
reconhecer quais materiais devem ser comprados periodicamente e a sua 
quantidade, fazendo com que a composição do estoque se alinhe de acordo com a 
procura dos clientes; 
2. Redução de desperdícios: se há uma garantia de que os produtos 
comprados terão uma boa venda, a perdas diminuirá, contribuindo para a redução 
do desperdício do capital; 
3. Investimentos mais inteligentes: por meio das informações em relação aos 
produtos, o setor de compras alcança dados mais exatos a respeito do que é 
necessário comprar e a frequência deve ser realizado a compra, desta forma o 
capital de giro é utilizado com sabedoria, assegurando um retorno apropriado. 
4. Aumento da lucratividade: uma das variáveis utilizadas na distribuição de 
um item esta aliada à margem de lucro que ele oferece ao ser vendido, assim, é 
seguro declarar que os lucros aumentam com as compras realizadas 
adequadamente e com a redução dos gastos. Mas as vantagens da curva abc 
também prejudicam a área de marketing, passando a realizar propagandas de 
divulgação aumentando as promoções. 
As vantagens desse método podem ser notadas na área financeira por meio 
da elaboração de estratégias em conjunto com a área de vendas. 
5. Elaboração de estratégias mais eficazes para o fluxo de caixa e capital de 
giro: por meio da conquista da melhora na gestão financeira, tanto os resultados do 
fluxo de caixa quanto o uso do capital de giro são mais satisfatórios, assim, o gestor 
pode efetuar estratégias de forma mais eficiente e segura. 
É essencial assegurar um controle com eficácia, pois qualquer erro ocorrido 
na gestão de estoque provoca resultados negativos no setor de compras,vendas e 
financeiro. 
6. Avaliação de impactos financeiros: a curva abc também tem como função 
reconhecer impactos na mudança de preços de materiais, ou seja, se a inflação 
43 
 
aumentou é possível saber o quanto a instabilidade de preços pode prejudicar o 
orçamento. 
Vale ressaltar que o mais importante é o conceito da aplicação da Curva, não 
é imperativa a relação “80/20”. Na gestão de estoques são utilizadas de maneira 
comum as curvas decrescentes de Valor de Estoque, Valor dos Itens com Baixa 
Movimentação e de Valor de Consumo, sendo possíveis normas diferenciadas, 
fugindo à relação 80/20. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
3 PROPOSIÇÃO 
 
Levantar dados por meio de um estudo bibliográfico sobre a função da Gestão 
de Estoque na Farmácia Hospitalar. 
Apontar a importância da gestão na instituição hospitalar e os pontos positivos 
que a mesma proporciona a instituição. 
Identificar a importância do controle de estoque na farmácia hospitalar e as 
vantagens proporcionadas pelo mesmo. 
Destacar a importância do papel do farmacêutico na gestão da farmácia 
hospitalar. 
Estudar a aplicação do método Curva ABC e as vantagens que esse método 
oferece. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
4 METODOLOGIA 
 
Para alcançar o objetivo proposto, foi realizada uma pesquisa em literatura 
básica e eletronica na base de dados do Google Acadêmico e Scielo, em busca de 
artigos em revistas, jornais, monografias, dissertações referentes ao assunto em 
estudo. 
Foram encontrados 50 artigos dos quais 26 foram selecionados e revisados, 
sendo coletadas as informações mais importantes para a elaboração da pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
5 CONCLUSÃO 
 
A pesquisa tem como objetivo fazer um levantamento bibliográfico sobre a 
gestão de estoque da farmácia hospitalar, relacionando os principais métodos de 
gestão de estoque, destacando a importância da aplicação do método da curva abc 
para resultados satisfatórios. 
Com as modificações ocorridas em consequência da globalização requer 
esforços por parte das instituições hospitalares na busca de ferramentas 
fundamentais a sustentação dos seus negócios. Os avanços da tecnologia referente 
à medicina têm feito as instituições a controlar seus gastos e determinar seus 
recursos. 
As Farmácias Hospitalares são forçadas a trabalhar com grandes estoques 
que acolhem uma variedade de produtos que impedem o planejamento de seu 
reabastecimento. 
Sendo assim, o custo total agregado aos medicamentos retrata um valor 
expressivo nos orçamentos dos hospitais, acarretando diversos problemas como a 
desqualificação de profissionais para gerenciar os estoques e métodos de compras 
de emergência. 
A gestão de estoques em farmácias hospitalares nos últimos anos tem 
enfrentado grandes mudanças, assim, planejar e controlar custos são artifícios que 
podem assegurar a permanência das instituições hospitalares. 
Para isso, há diversos métodos de gestão de estoques que podem ser 
adequadas ás necessidades das farmácias hospitalares, procurando melhorar a 
qualidade do serviço em relação ao controle dos itens dos estoques. 
A gestão de estoques estabelece uma ação que suporta interferencias de 
diversas causas, mas que proporciona benefícios, facilidade e custos consequentes 
da manutenção de produtos em estoque. 
O gestor deve determinar normas e técnicas de decisões em relação aos 
itens e suas quantidades existentes em estoque para que o rendimento e o controle 
dos recursos de armazenamento sejam eficazes. 
A pesquisa demonstrou que o planejamento adequado e permanente dos 
estoques é essencial para que se tenha um controle dos recursos de acordo com a 
procura, e nas instituições hospitalares não pode haver excessos e nem falta de 
medicamentos, pois no caso de faltas podem causar até óbitos. 
47 
 
Em um hospital a gestão de estoques tem como objetivo garantir o 
abastecimento dos materiais e medicamentos indispensavéis ao funcionamento da 
instituição com qualidade e menor custo. 
Quanto à farmácia hospitalar ela resguarda um dos materiais mais caros do 
hospital que é o medicamento, que requer muita atenção referente ao modo de 
aquisição, armazenamneto, dispensação, controle de prescrição e outras atividades 
de competência do farmacêutico. 
Conclui-se que a gestão de estoques de uma farmácia hospitalar é de grande 
importância, e requer a atuação de um profissional especilaizado que tenha 
conhecimento das técnicas de gerenciamento de estoque e dos materiais e 
medicamentos. 
Portanto é importante que os hospitais se ajustem as contínuas modificações, 
avaliando seus métodos e modernizando seus modelos de gestão, para que 
conquistem resultados que assegurem a continuidade da instituição no mercado 
além da satifação dos usúarios. 
São diversas as formas de gerenciar os estoques de medicamentos e 
materiais, e cada modelo possui a sua utilidade de acordo com as suas 
particularidades, assim como mostra o método da curva abc, porém ambos os 
métodos devem ser utilizados em conjunto. 
O método da curva abc é de fundamental no tratamento dos itens, porém, 
deve ser utilizado com cuidado em decorrência da diferenciação entre as classes por 
apresentarem particularidades e tratamento diferenciado, com a possibilidade de se 
aplicar o método separado paca cada classe, impedindo assim, modificações no 
gerenciamento dos medicamentos e materiais. 
O importante é que gestor de estoque assegure que o medicamento e 
material chegue à quantidade certa, no local certo, no tempo certo, e com um custo 
acessível, evitando a falta dos mesmos. 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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Estudo Logístico. Universidade Federal de Santa Catarina, 2005/2007. 
 
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mar./ 2015. Disponível em: 
http://www.farmaciahospitalar.com/?p=1074 
 
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(Pós-graduação) Curso de Pós-graduação Lato Sensu e Farmácia hospitalar e 
Clínica, Centro de Capacitação Educacional: Recife, 2015. 
 
BARBIERI, J. C.; MACHLINE, C. Logística hospitalar: Teoria e prática. São Paulo: 
Saraiva 2006. 
 
BARBOSA, K. S. R. Gerenciamento de Farmácia Hospitalar: otimização da 
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4, jan./dez., 2015. Disponível em: 
 https://www.uninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article/dow
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BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística 
Empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
 
CASTILHO, V; LOURENÇO, G. K. Classificação ABC dos Materiais: Uma 
Ferramenta Gerencial de Custos em Enfermagem. Revista Brasileira de 
Enfermagem, v. 59, n. 1, jan./fev., 2006. 
 
CAVALLINI, M. E; BISSON, M. P. Farmácia hospitalar: um enfoque em sistemas 
de saúde. Barueri: Manole, 2002. 
 
CHIAVENATO, I. Introdução À Teoria Geral Da Administração. 6a Ed. Rio de 
Janeiro: Campus, 2000. 
 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução n° 300 de 30 de janeiro de 
1997. Regulamenta o exercício profissional em farmácia, clínicas e casa de saúde 
de natureza pública ou privada, Brasília- DF, 1997. 
 
CONASS. Conselho Nacional de Secretário de Saúde. Para entender a gestão do 
SUS. 2003. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf 
 
DIAS, M. A. Administração de Materiais. São Paulo: Ed. Atlas, 2011. 
 
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 5.° ed. 
São Paulo: Atlas; 2006. 
 
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