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Diferenças entre as normas do Código Civil e as normas das leis especiais sobre os títulos de crédito:
1 - Prescrição no Código Civil e na Lei do Cheque. O Código Civil de 2002, em seu art. 206, §5º, I, aponta que prescreve em 5 anos a pretensão para a cobrança de dívidas líquidas constante em instrumento público ou particular, todavia, a Lei do Cheque dispõe que o prazo para a propositura da ação de execução é de 6 meses (art. 33). 
2- Ato ilícito e o Cheque. Segundo o art. 187 do CC/2002, comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Assim, cobrar o cheque fora do tempo estabelecido pela Lei do Cheque e pelo Código Civil possibilita a responsabilização civil.
3 -Da Letra de Câmbio. Com a entrada em vigor do Código Civil, em 2002, a data de emissão passou a ser requisito essencial (art. 889 do Código Civil). O negócio jurídico não perde a validade, mas o título deixa de ser executivo extrajudicial.
4 - Regulamentação subsidiária do Código Civil. Consoante o art. 903, salvo disposição específica na lei especial, o título de crédito é regido pelas normas do Código Civil. Assim, mesmo com a entrada em vigor do Código de 2002, permaneceram regentes as leis especiais (destaque para a não revogação da Lei de Genebra).
5 -  Títulos digitais (desmaterialização dos títulos de crédito). O Código Civil de 2002 normatizou a possibilidade de emissão de títulos de crédito editados por meio de computador (art. 889, §3º), o que inexiste nas normas especiais de cada título de crédito (ex: cheque, duplicata, letra de câmbio, etc).
6 – Do endosso. O art. 914 do Código Civil dispõe que ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título. Já o art. 15 da LUG disciplina que o endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra. O endossante pode proibir um novo endosso, e, neste caso, não garante o pagamento às pessoas a quem a letra for posteriormente endossada.
7 – A cláusula de juros nos títulos de crédito. O art. 890 do Código Civil dispõe que consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações. Já o art. 5º da Lei Uniforme permite que nas letras à vista e a certo termo da vista se estabeleça cláusula de juros, desde que a taxa aplicável seja indicada expressamente no título.
8 – Do aval parcial. Conforme o art. 897, parágrafo único, do Código Civil, não é possível o aval parcial. Todavia, a Lei Uniforme admite, conforme o seu art. 30 (o pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval).
9 – Dos títulos ao portador. O Código Civil, em seu art. 907, aponta que é nulo o título ao portador emitido sem autorização em lei especial. Nesse passo, o art. 69 da Lei di Cheque registra que os cheques até R$ 100,00 pode ser emitido ao portador.
10 – Do local do endosso. Segundo o art. 910 do Código Civil, o endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título. A LUG, de outra parte, aponta a possibilidade de endosso em folha ligada a este (art. 13).

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