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Slides de Direito Empresarial

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Prévia do material em texto

• Professor: Marcus Vinicius Gonzatti
Direito Empresarial
TÍTULOS DE 
CRÉDITO
 Conceito de Título de Crédito de Cesare Vivante: Título de 
Crédito é o documento necessário para o exercício do direito 
literal e autônomo nele mencionado.
 Conceito do Código Civil: Art. 887 – O título de crédito, 
documento necessário ao exercício do direito literal e 
autônomo nele contido, somente produz efeitos quando 
preencha os requisitos da Lei.
LEGISLAÇÃO 
APLICÁVEL
 Letra de Câmbio ou Nota Promissória: Decreto 57.663/1966 –
Lei Uniforme de Genebra;
 Duplicata: Lei 5.474/1968;
 Cheque: Lei 7.357/1985;
 Código Civil: Artigo 903 – Salvo disposição diversa em Lei 
especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste 
Código.
PRINCÍPIOS 
CAMBIÁRIOS
 Princípio da Cartularidade
 Princípio da Literalidade
 Princípio da Autonomia
PRINCÍPIO DA 
CARTULARIDADE
 A expressão cartularidade advém do latim “chartula” (Papel 
pequeno, pedaço de papel, escrito de pouca extensão), que 
remonta a ideia de papel, no sentido de que a apresentação do 
documento seria essencial para o exercício do direito.
 O exercício de qualquer direito representado no título 
pressupões a sua posse legítima
 Art. 784/CPC: São títulos executivos extrajudiciais:
 I – a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a 
debênture e o cheque;
PRINCÍPIO DA 
CARTULARIDADE
 Tal princípio encontra inúmeras aplicações, dentre elas, a 
exigência de apresentação do original para instruir ação 
executiva.
 A apresentação de cópia autêntica não garante que o 
apresentante seja o efetivo possuidor do título, ou seja, não 
garante que o mesmo tenha o direito de exigir o crédito 
consubstanciado no mesmo.
 Além disso, quem paga o título deve exigir que o título lhe seja 
entregue, ou seja, inutilizado, a fim de evitar a circulação do 
crédito para terceiro de boa-fé, que terão o direito de cobrar-
lhe a importância consignada no título.
PRINCÍPIO DA 
CARTULARIDADE
 Exceção
 Art. 889, § 3º Código Civil: O título poderá ser emitido a partir 
dos caracteres criados em computador ou meio técnico 
equivalente e que constem da escrituração do emitente, 
observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.
 Lei da Duplicata Escritural: Lei n. 13.775 de 20/12/2018 que 
entrou em vigência em 21/04/2019.
PRINCÍPIO DA 
LITERALIDADE
 Só tem eficácia para o direito cambiário o que está literalmente 
escrito no título de crédito;
 O que não se encontra expressamente consignado no título de 
crédito não produz consequências na disciplina das relações 
jurídico-cambiais.
 Assegura certeza quanto à natureza, ao conteúdo e a 
modalidade de prestação prometida ou ordenada.
 Impede que meros ajustes verbais possam influir no exercício 
do direito ali mencionado.
 Súmula 387 do STF: A cambial emitida ou aceita com omissões, 
ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé 
antes da cobrança ou do protesto.
PRINCÍPIO DA 
AUTONOMIA
 As relações jurídico-cambiais são autônomas e independentes 
entre si.
 Assim, o vício em uma das relações não atinge as demais 
obrigações assumidas no título.
 Ex.: o endosso ou o aval dado por pessoa incapaz não atinge as 
demais obrigações assumidas no título de crédito.
 Em consequência, o portador que adquire o título de forma 
regular e em boa fé, é garantido pelo teor de seus direitos, 
ainda que possa haver vícios anteriores à circulação do título.
PRINCÍPIO DA 
AUTONOMIA
 Inoponibilidade Exceções Pessoais a Terceiros de Boa-fé
 É o aspecto processual do princípio da autonomia, pois 
descreve as matérias que poderão ser arguidas como defesa 
pelo devedor.
 Dessa forma, uma pessoa que seja executada judicialmente em 
face de um título de crédito não poderá alegar matéria diversa 
daquela que não tenha relação direta com o exequente.
PRINCÍPIO DA 
AUTONOMIA
 Abstração: O título de crédito se desvincula do negócio jurídico 
que lhe deu origem, isto é, questões relativas a esse negócio 
jurídico subjacente não têm o condão de afetar o cumprimento 
da obrigação do título de crédito. Não importa a origem do 
título, ele existe abstratamente, completamente desvinculado 
da relação originária.
 O que autoriza a execução é exclusivamente o título e não a 
obrigação que o gerou.
PRINCÍPIO DA 
AUTONOMIA
 O POSSUIDOR DE BOA-FÉ EXERCITA UM DIREITO PRÓPRIO QUE 
NÃO PODE SER RESTRINGIDO OU DESTRUÍDO PELAS RELAÇÕES 
OCORRIDAS ENTRE OS POSSUIDORES ANTERIORES E O 
DEVEDOR
 Qualquer pessoa de boa-fé, que adquira a condição de credora 
do título de crédito, adquire um direito novo como se fosse um 
credor originário, não ocupando a posição do antigo credor.
 Tal princípio é uma garantia de negociabilidade do título na 
medida em que a pessoa que o adquire não precisa saber se o 
credor anterior teria ou não direito de receber o valor do título.
CONTRATOS 
MERCANTIS
 COMPRA E VENDA MERCANTIL
 REPRESENTAÇÃO MERCANTIL
 FRANQUIA OU FRANCHISING
 FACTORING OU FOMENTO MERCANTIL
 LOCAÇÃO EMPRESARIAL
 LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL
 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA
CONTRATOS 
MERCANTIS
 COMPRA E VENDA MERCANTIL
 Art. 481. Código Civil - Pelo contrato de compra e venda, 
um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de 
certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
CONTRATOS 
MERCANTIS
 REPRESENTAÇÃO MERCANTIL
 Lei que rege a matéria: 4.886/65 
 CONCEITO: Art. 1º “Exerce a representação comercial 
autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de 
emprego, que desempenha, em caráter não eventual por 
conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização 
de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, 
para, transmiti-los aos representados, praticando ou não atos 
relacionados com a execução dos negócios”. 
 STJ: “Compete à Justiça Comum processar e julgar ação de 
cobrança de comissão proposta por representante comercial", 
mesmo após a edição da EC 45/2004 (CC 130.392-MG). 
 Recentemente o TST: o TST decidiu que cabe à Justiça do 
Trabalho processar e julgar ação de cobrança movida por 
representante comercial contra a empresa representada (TRT 
15ª Região).
CONTRATOS 
MERCANTIS
 FRANQUIA OU FRANCHISING
 “Franquia empresarial é o sistema pelo qual um 
franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca 
ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva 
ou semiexclusiva de produtos ou serviços e, 
eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de 
implantação e administração de negócio ou sistema 
operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, 
mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no 
entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.” (Art. 
2º, Lei 8.955/94) 
CONTRATOS 
MERCANTIS
 FACTORING OU FOMENTO MERCANTIL
 “Pelo contrato de fomento mercantil, um dos contratantes 
(faturizador) presta ao empresário (faturizado) o serviço de 
administração de crédito, garantindo o pagamento das 
faturas por este emitidas”. (COELHO, Fábio Ulhoa).
CONTRATOS 
MERCANTIS
 LOCAÇÃO EMPRESARIAL
 Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o 
locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, 
desde que, cumulativamente: 
 I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com 
prazo determinado; 
 II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos 
ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; 
 III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo 
ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. 
 § 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a 
ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no 
mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato 
em vigor.
CONTRATOS 
MERCANTIS
 LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL
 Lei que rege a matéria: 6.099/74 e Lei 11649/08 (para 
veículos): 
 CONCEITO: “Considera-se arrendamento mercantil, paraos 
efeitos desta Lei, o negócio jurídico realizado entre pessoa 
jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou 
jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por 
objeto o arrendamento de bens adquiridos pela 
arrendadora, segundo especificações da arrendatária e 
para uso próprio desta”
FORNECEDOR 
VENDE O BEM
ARRENDATÁRIO ARRENDATÁRIO
COMPRAR O BEM PAGANDO O VRG
DEVOLVER O BEM
RENOVAR O ARRENDAMENTO
ARRENDAMENTO
CONTRATOS 
MERCANTIS
 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA
 “É aquele negócio em que uma das partes, 
proprietária de um bem, aliena-o em confiança a 
outro, que, por sua vez, se obriga a devolver-lhe a 
propriedade do mesmo bem nas hipóteses previstas 
em contrato”
 Sujeitos: 
 Fiduciante → Devedor – possuidor direto 
 Fiduciário → Credor – possuidor indireto 
 A alienação fiduciária está genericamente regulada 
pela Lei 4728/65, com as alterações da Lei 10.931/04 e, 
de forma específica, 
 A) para a alienação de bens móveis: CC (arts. 1361 a 
1368); 
 B) e, para bens imóveis: a Lei 9514/97.
CONTRATOS 
MERCANTIS
 COMPRA E VENDA MERCANTIL
 REPRESENTAÇÃO MERCANTIL
 FRANQUIA OU FRANCHISING
 FACTORING OU FOMENTO MERCANTIL
 LOCAÇÃO EMPRESARIAL
 LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL
 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA
Títulos de Crédito
Características
Negociabilidade
Bens Móveis
Arts. 82, 83 e 84 
do CC
Executividade Artigo 784 CPC
Obrigação PRO SOLVENDO
•Para pagamento
Obrigação PRO SOLUTO
•Em pagamento.
• Obrigação Quesível - Querable
Solidariedade Civil
Solidariedade Cambiária
INSTITUTOS DE DIREITO CAMBIÁRIO
Tí
tu
lo
s 
d
e 
C
ré
d
it
o
Modelo
Vinculados
Livres
Estrutura
Ordens de 
Pagamento
Letra de Câmbio
Promessas de 
Pagamento
Hipóteses de 
Emissão
Causais
Abstratos
Circulação
Nominativos
À ordem
Não à ordem
Ao Portador Lei 8.021/90
Cheque até o 
limite de R$100,00
INSTITUTOS 
DE DIREITO 
CAMBIÁRIO
• O Saque
• A Apresentação
• O Aceite
• O Endosso
• O Aval
• O Protesto
SAQUE
• O Instituto do Saque representa a criação 
do título de crédito, sua emissão,
confecção e assinatura.
• Sacar um título de crédito representa
emitir o título de crédito e não receber
o crédito como se usa popularmente a 
expressão.
AGENTES
DO 
INSTITUTO 
DO
SAQUE
• Sacador - o criador, emitente do título
(codevedor)
• Sacado - o devedor do título
• Tomador ou Beneficiário - o credor, 
quem recebe os valores do título
• Estudando o Instituto do Saque podemos enxergar 
com clareza o que é uma ordem de pagamento e 
uma promessa de pagamento:
• Ordem de Pagamento – envolve pelo menos 3 
agentes: quem ordena pagar (Sacador), quem 
recebe e cumpre a ordem (Sacado), quem recebe 
efetivamente os valores (Tomador/Beneficiário)
• Promessa De Pagamento – apenas dois agentes
quem promete pagar (Sacador / Sacado) e quem
recebe (Tomador / Beneficiário).
APRESENTAÇÃO
• É o ato de submeter uma ordem de
pagamento ao reconhecimento do
sacado, pode significar também o ato de
exigir o pagamento.
• Um título de crédito é apresentado para
Pagamento, ou Aceite.
ACEITE
• O aceite representa o 
reconhecimento e a concordância do
Sacado com o pagamento do título na
data avençada.
• Instituto Cambiário muito utilizado nas
Ordens de Pagamento e em face da
emissão das Duplicatas.
ENDOSSO
• O ato de transferir a terceiro a
propriedade do título por meio de
assinatura ou através de mandatário
com poderes específicos;
• O tomador que faz uso do endosso
torna-se codevedor do título;
• O endosso é sempre integral jamais
parcial;
DENOMINAÇÕES
• Endossante
• Endossatário
• Endosso em preto
• Endosso em branco
• Limite para o número de Endossos:
• Não há um limite para o número de
endossos. No entanto, todos devem
ser claros, definido quem são os
Endossantes e Endossatários dentro
da cadeia de Endossos.
ENDOSSO 
EM 
PRETO
• Significa que o endossante discriminou,
no título, o nome do endossatário,
destinação específica na transferência do
crédito.
• Para continuar transferindo o título,
neste caso, é necessário uma sequência
de endossos.
ENDOSSO 
EM BRANCO
• Apenas assina e não discrimina o
nome do endossatário. Deixa em
branco o destinatário.
• Neste caso, basta a tradição
(entrega física do título de crédito)
para passar para o mercado.
• Note que o endosso em branco
resguarda, ao título de crédito, a 
circulação livre, como se fosse um título
ao portador. Isso gerou grande discussão 
na doutrina já que o título ao portador,
como regra, é proibido.
• O STJ, contudo, autorizou o endosso
em branco, esclarecendo que:
Resp 329.996
• “.... satisfeito pelo credor o requisito da 
identificação para fins de controle fiscal, 
não há falar-se em nulidade do título ou 
ilegitimidade de parte. O fato de não
haver o endossante aposto, no verso da
cártula, o nome do endossatário não o 
nulifica, nem obsta a que o credor,
identificando- se, venha a cobrar o
quantum devido.” (RESP 329.996).
ENDOSSO 
IMPRÓPRIO
• Endosso impróprio
• É o endosso que perdeu uma
característica essencial, qual seja, a
transmissão da propriedade do título
de crédito. Nascendo outra finalidade
ao endosso, sendo eles:
• Endosso caução
• Endosso mandato
ENDOSSO 
CAUÇÃO
• O título de crédito é entregue como
garantia de uma transação negocial
realizada. Cumprida a obrigação o
título é devolvido, sendo o título 
liberado da condição de caução.
• Não cumprida a obrigação o crédito
do título é utilizado para suprir a 
inadimplência.
ENDOSSO 
MANDATO
• Neste endosso ocorre a transferência
dos poderes de procurador ao 
endossatário-mandatário, 
transferência esta realizada por
procuração (instrumento público).
• Transfere apenas os poderes
cambiais do título, não a
propriedade.
AVAL
• Trata-se de uma garantia pessoal
quanto ao pagamento do título, o
avalista é solidário para com quem
recebe o aval.
• O aval e prestado no título ou em folha
anexa, pessoalmente ou por
mandatário com poderes.
• Difere da garantia real, uma vez que
esta é a garantia da coisa e não da
pessoa.
• É preciso ter vênia conjugal para garantir um 
título de crédito com Aval?
• Sim, exceto se os cônjuges forem casados no 
regime de separação total de bens.
• Qual seria, então, a consequência para o cônjuge que não dá o aval?
• Sobre o tema, há duas correntes na doutrina.
• 1º corrente: O cônjuge que não deu a vênia conjugal poderá requerer a
anulação do Aval. O credor prejudicado, por sua vez, poderá ingressar com
ação regressiva contra o cônjuge que assinou o aval.
• 2º corrente: o aval será ineficaz em relação a quem não assinou.
• Segundo a súmula 332 do STJ,
“a fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total
da garantia”.
• O aval pode ser total ou parcial?
• Depende da espécie de título de crédito.
• Letra de câmbio e nota promissória: para esses dois
títulos o aval pode ser parcial.
• Cheque: o aval pode ser parcial.
• Duplicata: Na omissão da lei, utiliza-se o texto do 
decreto 57663/66. Segundo este decreto, o aval 
pode ser total ou parcial, logo, é possível o aval 
parcial na duplicata.
• Cédula de crédito Bancária: o art. 44 da lei 10.981, 
que regulamenta a cédula de crédito bancária, 
disciplina que, no caso de omissão, aplica -se o 
decreto 57663/66, motivo pelo qual, assim como a 
duplicata, é possível o aval parcial.
• Títulos atípicos: nestes títulos, aplica-se o Código 
Civil. Segundo o art. 897, parágrafo único, do 
Código Civil, o aval pode ser apenas total.
• O que é aval simultâneo e aval sucessivo?
• Trata-se de espécie de aval em que duas ou mais 
pessoas são avalistas.
• Aval Simultâneo:
• Significa que os avalistas realizaram o aval ao 
mesmo tempo. De acordo com a súmula 189 do 
STF, quando não houver informação, presume-se 
que os avais são simultâneos. Diante do aval 
simultâneo, os avalistas ocupam a mesma posição 
na obrigação.
• Aval Sucessivo:
• Os avalistas, neste caso, ocupam posições 
diferentes na obrigação.• Lembrando que o Aval é pessoal e não real. 
Relação direta entre Avalista e Avalizado.
• Qual é a diferença entre aval e fiança?
• Aval
• É uma garantia pessoal dada por terceiro.
• É necessariamente uma garantia cambial, ou seja, 
presta-se, apenas, para garantir o pagamento do 
título de crédito.
• Trata-se de garantia solidária, ou seja, o avalista 
responde junto com o devedor principal, sem 
qualquer espécie de benefício de ordem.
• Vênia conjugal é necessária, salvo se for casado no 
regime de separação total de bens;
• A relação do avalista é autônoma.
FIANÇA
• A fiança é disciplinada pelo art. 818 e
seguintes do Código Civil.
• É uma garantia pessoal dada por
terceiro;
• É uma garantia contratual (e não
cambiária);
• A responsabilidade é subsidiária, salvo se no
contrato estiver expressa a responsabilidade
solidária;
• Vênia conjugal é necessária, salvo se casado no 
regime de separação total de bens.
• A fiança é acessória, pois em caso de anulação do 
contrato principal, o contrato de fiança também 
será anulado;
PROTESTO
• É o ato oficial e público de apresentar
um título ao devedor para o seu aceite
ou pagamento.
• Pode ser obrigatório (preservar
direitos) ou facultativo (fazer
prova, colocar em mora).
• Para fins falimentares é 
obrigatório o protesto específico e
especial (jurisprudência admite o 
protesto comum / cambiário).
• Na ação de execução o protesto é facultativo 
contra o devedor principal e obrigatório contra os 
coobrigados (sacador da letra, avalista...);
• O protesto pode ser cancelado:
a) pelo pagamento;
b) por defeito formal do título;
c) por defeito no título reconhecido judicialmente.
• O que pode ser objeto de protesto?
• Títulos de crédito
• Contrato
• Sentença
• Quais são as espécies de protesto?
• O protesto poderá ser efetuado em razão da falta 
de aceita, falta de pagamento ou falta de 
devolução.
• Qual é o procedimento do protesto?
• Em primeiro lugar, o credor vai levar o título de 
crédito ao cartório de protestos. Após o 
recebimento do título pelo cartório, o devedor é 
notificado, podendo:
• Pagar o título (pagar o título + emolumentos do 
cartório)
• Ajuizar ação judicial voltada a sustação do 
protesto: Ação Declaratória com pedido de tutela 
antecipada requerida em caráter antecedente (art. 
303 e seguintes do CPC).
• Tudo deve ser feito no prazo de pagamento que 
consta na notificação do cartório (3 dias), sob pena 
do protesto ser efetivamente lançado, hipótese 
em que o procedimento a ser adotado será o de 
cancelamento e não o de sustação do protesto.
• Quais são os prazos para protesto quanto aos 
Coobrigados / Endossante?
• Letra de Câmbio e Nota Promissória
• 1º corrente: prazo MÁXIMO para protesto é de 2 
dias após o vencimento;
• 2º corrente: prazo MÁXIMO será de 1 dia a contar 
do vencimento.
• Duplicata
• O prazo para protesto é 30 DIAS, contados do 
vencimento.
• É possível protestar o título após esses prazos?
• Sim, contudo, o endossante não poderá ser 
acionados. Trata-se do denominado endosso 
tardio (ou póstumo).
• Vale destacar que, existindo endosso efetuado 
após o prazo do protesto, tal endosso terá efeito 
cessão civil de crédito. Perde-se, com isso, a 
natureza cambiária do título e, por conseguinte, a 
autonomia e abstração do título.
• Por quanto tempo perdura os efeitos do protesto 
em face do nome do Devedor?
• Após a efetivação do protesto o nome do Devedor 
fica marcado pelo prazo de 5 anos, após este 
período a restrição do protesto é retirada.
• O protesto interrompe a prescrição?
• Sim, mas apenas uma única vez:
• Código Civil
• Art. 202. A interrupção da prescrição, que 
somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
• III - por protesto cambial;
• Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da
data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para
a interromper.
Títulos de Crédito em Espécie
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o
cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo
devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) 
testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, 
pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos 
transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro
direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel 
de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e 
despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos
créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de
condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas 
em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a
valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela 
praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei
atribuir força executiva.
TÍTULOS DE CRÉDITO EXTRAJUDICIAL / CPC
• A EXISTÊNCIA DE AÇÃO DISCUTINDO O DÉBITO
NÃO OBSTA A EXECUÇÃO
• § 1º A propositura de qualquer ação relativa a 
débito constante de título executivo não inibe o 
credor de promover-lhe a execução.
TÍTULOS DE CRÉDITO EXTRAJUDICIAL / CPC
• TÍTULOS ESTRANGEIROS / DESNECESSIDADE DE 
HOMOLOGAÇÃO / REQUISITOS
• § 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos 
de país estrangeiro não dependem de 
homologação para serem executados.
• § 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva 
quando satisfeitos os requisitos de formação 
exigidos pela lei do lugar de sua celebração e 
quando o Brasil for indicado como o lugar de 
cumprimento da obrigação.
TÍTULOS DE CRÉDITO EXTRAJUDICIAL / CPC
• OPÇÃO PELO AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE 
CONHECIMENTO
• Art. 785. A existência de título executivo 
extrajudicial não impede a parte de optar pelo 
processo de conhecimento, a fim de obter título 
executivo judicial.
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• PECULIARIDADES SOBRE OS TÍTULOS DE CRÉDITO 
PREVISTA NO CÓDIGO CIVIL / REGRA GERAL:
• A INVALIDADE DO TÍTULO DE CRÉDITO NÃO 
INVALIDA O NEGÓCIO JURÍDICO
• Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, 
que tire ao escrito a sua validade como título de 
crédito, não implica a invalidade do negócio 
jurídico que lhe deu origem.
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• DATA DE VENCIMENTO / LOCAL DE PAGAMENTO
• Art. 889. ...
• § 1º É à vista o título de crédito que não contenha 
indicação de vencimento.
• § 2º Considera-se lugar de emissão e de 
pagamento, quando não indicado no título, o 
domicílio do emitente.
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• NÃO SÃO VÁLIDAS AS SEGUINTES CLÁUSULAS SE 
CONSTANTES NOS TÍTULOS DE CRÉDITOS TÍPICOS
• Art. 890. Consideram-se não escritas no título a 
cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a 
excludente de responsabilidade pelo pagamento 
ou por despesas, a que dispense a observância de 
termos e formalidade prescritas, e a que, além 
dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja 
direitos e obrigações.
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• AQUELE QUE AGI SEM PODERES, MAS COM
INTENÇÃO PERANTE TERCEIRO PASSA A SER
RESPONSÁVEL PELO TÍTULO DE CRÉDITO
• Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou 
excedendo os que tem, lança a sua assinatura em 
título de crédito, como mandatário ou 
representante de outrem, fica pessoalmente 
obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos 
direitos que teria o suposto mandante ou 
representado.Marcus Vinicius Gonzatti de Arruda - 05686726744
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• TRANSFERÊNCIA AMPLA DO TÍTULO DE CRÉDITO / 
PRINCIPAL E ASSESSÓRIOS
• Art. 893. A transferência do título de crédito
implica a de todos os direitos que lhe são 
inerentes.
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• REGRAS GERAIS DO AVAL
• Art. 897. O pagamento de título de crédito, que 
contenha obrigação de pagar soma determinada, 
pode ser garantido por aval.
• Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no 
anverso do próprio título.
• § 1º Para a validade do aval, dado no anverso do 
título, é suficiente a simples assinatura do 
avalista.
• § 2º Considera-se não escrito o aval cancelado.
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome 
indicar; na falta de indicação, ao emitente ou 
devedor final.
• § 1° Pagando o título, tem o avalista ação de 
regresso contra o seu avalizado e demais 
coobrigados anteriores.
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• § 2º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a
obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a
nulidade decorra de vício de forma.
• Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos
efeitos do anteriormente dado.
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• PAGAMENTO DO TÍTULO DE CRÉDITO
• Art. 901. Fica validamente desonerado o devedor 
que paga título de crédito ao legítimo portador, 
no vencimento, sem oposição, salvo se agiu de 
má-fé.
• Parágrafo único. Pagando, pode o devedor exigir 
do credor, além da entrega do título, quitação 
regular.
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• PAGAMENTO DO TÍTULO DE CRÉDITO / 
ANTECIPADO / PARCIAL
• Art. 902. Não é o credor obrigado a receber o 
pagamento antes do vencimento do título, e 
aquele que o paga, antes do vencimento, fica 
responsável pela validade do pagamento.
• § 1º No vencimento, não pode o credor recusar 
pagamento, ainda que parcial.
PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL
• § 2º No caso de pagamento parcial, em que se 
não opera a tradição do título, além da quitação 
em separado, outra deverá ser firmada no 
próprio título.
• CONCLUSÃO
• Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial,
regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste
Código.
LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA
TÍTULOS EM ESPÉCIE
• LETRA DE CAMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA
• É um título à ordem, ou seja, é emitido em favor 
de uma pessoa determinada, mas que é 
transferível através de endosso. Trata-se de uma 
ORDEM de pagamento.
• Previsão legal na LUG - Lei Uniforme de Genebra -
Decreto n° 57.663 de 24 de janeiro de 1966, que 
também regi as Notas Promissórias
LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA
• Partes:
• I) Sacador: emitente da letra
• II) Sacado: pessoa contra qual a letra foi emitida, 
ou seja, que realizará o pagamento.
• III) beneficiário/tomador: que receberá o crédito.
• Atenção: uma mesma pessoa pode ocupar duas 
posições: o sacador e sacado podem ser a mesma 
pessoa.
LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA
• Após a emissão da Letra de câmbio existem duas 
possibilidades:
• I) Se o sacado aceita: este se torna devedor 
principal.
• II) Se não houver o aceite do sacado: o tomador 
deve protestar o título (2 dias úteis), ocasionando 
o vencimento antecipado do mesmo. Assim, o 
tomador pode cobrar diretamente o sacador e os 
coobrigados (avalistas e endossantes) se houver.
LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA
• Requisitos formais do Art. 1º da LUG (Lei 
Uniforme de Genebra - Decreto n° 57.663 de 24 
de janeiro de 1966 ):
• 1 - A palavra" letra “ inserida no próprio texto do 
título é expressa na língua empregada para a 
redação desse título;
• 2 - O mandato puro e simples de pagar uma 
quantia determinada;
LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA
• 3 - O nome daquele que deve pagar (sacado);
• 4 - A época do pagamento;
• 5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o 
pagamento;
• 6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de 
quem deve ser paga;
LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA
7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a 
letra é passada (emitida / sacada);
• 8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador).
• ATENÇÃO:
• Se faltar algum dos requisitos não produzirá efeito 
como letra, salvo se:
LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA
• a) não indicar a época do pagamento = pagamento 
será a vista;
• b) não houver indicação especial do lugar para 
pagamento = o pagamento será no domicílio do 
sacado;
• c) se não houver lugar onde foi passada = será 
considerado como sendo o lugar designado, ao 
lado do nome do sacador.
LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA
• Prazo Prescricional:
• Cabe para Letra de câmbio e para Nota 
promissória - Art. 70 e 71 c/c 77 da LUG.
• I) Contra o aceitante/devedor: 3 anos a partir do 
vencimento.
• II) Contra endossantes e contra o sacador: 1 ano a 
partir do protesto feito em tempo útil (2 dias) ou 
da data do vencimento.
NOTA PROMISSÓRIA
• NOTA PROMISSÓRIA
• Trata-se de uma promessa de pagamento, que 
pode ser transferida por endosso e garantida por 
aval, porém não comporta aceite.
• Previsão legal na LUG - Lei Uniforme de Genebra -
Decreto n° 57.663 de 24 de janeiro de 1966.
• O Sacador no momento do pagamento se torna 
Sacado. Envolve apenas duas pessoas.
NOTA PROMISSÓRIA
• Trata-se de um título de crédito que ficou bem 
popular no Brasil e poderia ser adquirido (talão de 
notas / formato padrão) em papelarias para 
preenchimento.
• Foi utilizado em diversas espécies de transações 
entre pessoas físicas e jurídicas, movimentando o 
crédito empresarial.
• No entanto, poderia ser confeccionado sem 
grande rigor quanto ao seu formato bastando 
preencher os requisitos de validade.
NOTA PROMISSÓRIA
• Os Requisitos formais são os mesmo da Letra de 
Câmbio, Art. 1º da LUG (Lei Uniforme de Genebra -
Decreto n° 57.663 de 24 /1966 ) adaptados a uma 
realidade de Promessa de Pagamento:
• 1 - A palavra" Nota Promissória “ inserida no 
próprio texto do título é expressa na língua 
empregada para a redação desse título;
• 2 - O compromisso puro e simples de pagar uma 
quantia determinada;
NOTA PROMISSÓRIA
• 3 - O nome daquele que deve pagar (sacado);
• 4 - A época do pagamento;
• 5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o 
pagamento;
• 6 - O nome da pessoa que irá se beneficiar do 
crédito (tomador).
NOTA PROMISSÓRIA
• 7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a 
NP é passada (emitida / sacada);
• 8 - A assinatura de quem passa a Nota Promissória 
(sacador).
• ATENÇÃO:
• Se faltar algum dos requisitos não produzirá efeito 
como letra, salvo se:
NOTA PROMISSÓRIA
• a) não indicar a época do pagamento = pagamento 
será a vista;
• b) não houver indicação especial do lugar para 
pagamento = o pagamento será no domicílio do 
sacado;
• c) se não houver lugar onde foi passada = será 
considerado como sendo no lugar designado, ao 
lado do nome do sacador.
NOTA PROMISSÓRIA
• Prazo Prescricional:
• Cabe para Letra de câmbio e para Nota 
promissória - Art. 70 e 71 c/c 77 da LUG.
• I) Contra o aceitante: 3 anos a partir do 
vencimento.
• II) Contra endossantes e contra o sacador: 1 ano a 
partir do protesto feito em tempo útil (2 dias) ou 
da data do vencimento.
DUPLICATA
• DUPLICATA MERCANTIL / SERVIÇOS
• Trata-se de uma ordem de pagamento que se 
materializa como um reflexo/consequência a 
uma transação negocial mercantil (compra e 
venda) ou de serviços.
• Transfere-se por endosso e garante-se por aval
• A Lei que rege as Duplicatas é a nº 5474/68
DUPLICATA
• O aceite na duplicata é OBRIGATÓRIO, pois é 
requisito formal ao recebimento dos bens ou 
serviços, porém, nas situações expressas nos Art. 
8º e 21, ele poderá ser recusado:
• Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar 
a duplicata por motivo de:
• I - avaria ou não recebimento das mercadorias, 
quando não expedidasou não entregues por 
sua conta e risco;
DUPLICATA
• II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou 
na quantidade das mercadorias, devidamente 
comprovados;
• II - divergência nos prazos ou nos preços 
ajustados.
DUPLICATA
• Art. 21. O sacado poderá deixar de aceitar a 
duplicata de prestação de serviços por motivo 
de:
• I - não correspondência com os serviços 
efetivamente contratados;
• II - vícios ou defeitos na qualidade dos serviços 
prestados, devidamente comprovados;
• III - divergência nos prazos ou nos preços 
ajustados.
DUPLICATA
• Forma em regra duas posições jurídicas:
• I) Sacador (Credor/emitente): é aquele que 
vendeu um determinado produto ou prestou um 
serviço.
• II) Sacado (Devedor): é aquele que comprou um 
determinado produto ou tomou um serviço.
DUPLICATA
• Título causal
• Só pode ser estabelecida nas duas causas 
permitidas na lei: compra e venda mercantil ou 
serviço. Não se tratando de um título abstrato 
quanto a sua emissão.
• Para fins de cobrança/execução tem que ser 
provado do aceite. Nota Fiscal com canhoto 
assinado ou documento similar com evidência.
DUPLICATA
• Emissão da Duplicata
• Em todo contrato de compra e venda mercantil 
entre partes domiciliadas no Brasil, com prazo não 
inferior a 30 dias, contado da data de entrega ou 
despacho das mercadorias, emitirá o vendedor a 
respectiva fatura para apresentação ao 
comprador (Cobrança).
• No ato da emissão desta fatura poderá ser 
extraída a duplicata para circulação.
DUPLICATA
• O mesmo se aplica a duplicata de prestação de 
serviços.
• IMPORTANTE
• Uma só duplicata não pode corresponder a mais 
de uma fatura. O correto é uma duplicata para 
cada fatura emitida.
DUPLICATA
• Duplicata simulada
• Expedida ou aceita sem que exista uma relação 
de compra e venda ou serviço
• Triplicata
• É segunda via da duplicata
• Prazo para protesto
• 30 dias a contar do vencimento sob pena de 
perder o direito em face dos coobrigados.
DUPLICATA
• Prescrição
• A ação executiva da Duplicata prescreve nos 
precisos termos do Art. 18 da lei 5474/68:
• Art. 18 A ação de execução prescreve:
• I- contra o sacado e respectivos avalistas, em 3 
(três) anos, contados da data do vencimento do 
título
DUPLICATA
• II - contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) 
ano, contado da data do protesto;
• III- de qualquer dos coobrigados contra os 
demais, em 1 (um) ano, contado da data em que 
haja sido efetuado o pagamento do título.
CHEQUE
• CHEQUE
• A previsão lega do título de crédito cheque se 
encontra na Lei 7.357/85.
• Trata-se de uma ordem de pagamento em 
dinheiro e a vista.
• Transfere-se por endosso e pode ser garantido por 
aval, porém não comporta aceite.
CHEQUE
• Três posições jurídicas:
• I) Sacador (Emitente);
• II) Sacado (Banco); e
• III) Tomador/Beneficiário.
CHEQUE
• Aval Parcial / Possibilidade
• O cheque admite o aval parcial, conforme 
estabelece o artigo. 29 da Lei do cheque.
• Art. 29 O pagamento do cheque pode ser 
garantido, no todo ou em parte, por aval 
prestado por terceiro, exceto o sacado, ou 
mesmo por signatário do título.
CHEQUE
• A partir da emissão do cheque, que é uma ordem 
de pagamento à vista a sua apresentação ao banco 
sacado poderá ser a qualquer momento, no 
entanto, para referencia prescricional existe uma 
prazo de apresentação sendo este:
• 30 dias: cheque apresentado na mesma praça da 
agência em que o cheque foi emitido.
• 60 dias: cheque apresentado em praça DIFERENTE 
da agência em que o cheque foi emitido.
CHEQUE
• Prescrição da Ação Executiva do Cheque
• Após decorrer o prazo de apresentação do cheque
(30 ou 60 dias dependendo da praça) passados 06
meses o cheque não poderá mais ser submetido à
execução.
• Ação de Regresso
• A ação de um obrigado que pagou pelo cheque 
contra outro prescreve em 06 meses, contados do 
dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia 
em que foi demandado.
CHEQUE
• Ação de Enriquecimento Ilícito
• Contra o emitente ou outros obrigados, que se 
locupletaram injustamente com o não-pagamento 
do cheque, prescreve em 02 anos, contados do dia 
em que se consumar a prescrição prevista no art. 
59, da Lei do Cheque.
CHEQUE
• Cheque Pré-Datado (pós datado)
• É aquele emitido para ser apresentado depois de 
certo tempo. A cláusula de pré-datação é 
considerada como não lida e não anula o cheque. 
O não cumprimento não gera obrigações para o 
banco apenas para quem prometeu cumpri-la 
(danos materiais e morais).
CONECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT”
• CONHECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT”
• São ambos títulos de crédito emitidos 
exclusivamente pelos ARMAZÉNS GERAIS, um 
título duplo, nascem juntos, mas possuem 
finalidades diferentes.
• Os Armazéns Gerais são estabelecimentos 
especializados para depósito e armazenagem de 
mercadorias e produtos. Vários são os motivos que 
levam produtores a utilizarem os Armazéns.
CONECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT”
• Os motivos podem ser a falta de espaço em 
seus próprios depósitos, falta de estrutura 
própria para estocagem, ou mesmo 
necessidade de deixá-los guardados para, no 
futuro, obterem melhores preços para 
negociação.
• Os Armazéns Gerais precisam dar garantia de 
conservação e segurança dos produtos e 
mercadorias ali depositados, seguro contra 
incêndio, por exemplo.
CONECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT”
• O proprietário da mercadoria pode optar por 
negociar a mercadoria depositada, seja 
vendendo parte ou toda a mercadoria, ou 
mesmo utilizando-a como garantia de 
determinada operação financeira, surgem então 
os Títulos de Crédito: Conhecimento de 
Depósito e Warrant, que são regulados pelo 
Decreto 1.102 de 21/11/1903.
CONECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT”
• Vale ressaltar que produtos agropecuários, 
seus derivados, subprodutos e resíduos de 
valor econômicos são legislados pela Lei 9.973 
de 2000 e os Títulos de Crédito surgidos destes 
produtos são denominados: Conhecimento de 
Depósito Agropecuário (CDA) e Warrant 
Agropecuário (WA).
CONECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT”
• CONHECIMENTO DE DEPÓSITO: define quem 
é o proprietário das mercadorias e a 
transferência do título é a transferência da 
propriedade das mercadorias depositadas.
• WARRANT: título que constitui uma promessa 
de pagamento que é garantida pelas 
mercadorias depositadas no armazém.
• NEGOCIAÇÃO: os respectivos títulos podem 
ser negociados juntos ou separados.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• PROCESSO DE EXECUÇÃO
• A Execução do Título de Crédito será realizada nos 
precisos termos do Código de Processo Civil:
• Art. 783. A execução para cobrança de crédito
fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, 
líquida e exigível.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• TÍTULOS EXECUTÍVOS EXTRAJUDICIAIS
• Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
• I - a letra de câmbio, a nota promissória, a 
duplicata, a debênture e o cheque;
• II - a escritura pública ou outro documento 
público assinado pelo devedor;
• III - o documento particular assinado pelo 
devedor e por 2 (duas) testemunhas;
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• IV - o instrumento de transação referendado pelo 
Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela 
Advocacia Pública, pelos advogados dos 
transatores ou por conciliador ou mediador 
credenciado por tribunal;
• V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, 
anticrese ou outro direito real de garantia e 
aquele garantido por caução;
• VI - o contrato de seguro de vida em caso de 
morte;
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
• VIII - o crédito, documentalmente comprovado,
decorrente de aluguel de imóvel, bem como de
encargos acessórios, tais como taxas e despesas
de condomínio;
• IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, correspondente aos créditos inscritos 
na forma da lei;
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• X - o crédito referente às contribuições ordinárias 
ou extraordinárias de condomínio edilício, 
previstas na respectivaconvenção ou aprovadas 
em assembleia geral, desde que 
documentalmente comprovadas;
• XI - a certidão expedida por serventia notarial ou 
de registro relativa a valores de emolumentos e 
demais despesas devidas pelos atos por ela 
praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em 
lei;
• XII - todos os demais títulos aos quais, por 
disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• § 1º A propositura de qualquer ação relativa a 
débito constante de título executivo não inibe o 
credor de promover-lhe a execução.
• § 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos 
de país estrangeiro não dependem de 
homologação para serem executados.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• § 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva 
quando satisfeitos os requisitos de formação 
exigidos pela lei do lugar de sua celebração e 
quando o Brasil for indicado como o lugar de 
cumprimento da obrigação.
• Art. 785. A existência de título executivo 
extrajudicial não impede a parte de optar pelo 
processo de conhecimento, a fim de obter título 
executivo judicial.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• INÍCIO DA EXECUÇÃO
• Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o 
devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e 
exigível consubstanciada em título executivo.
• Parágrafo único. A necessidade de simples 
operações aritméticas para apurar o crédito
exequendo não retira a liquidez da obrigação 
constante do título.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao 
exequente:
• I - instruir a petição inicial com:
• a) o título executivo extrajudicial;
• b) o demonstrativo do débito atualizado até a 
data de propositura da ação, quando se tratar de 
execução por quantia certa;
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• c) a prova de que se verificou a condição ou 
ocorreu o termo, se for o caso;
• d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a 
contraprestação que lhe corresponde ou que lhe 
assegura o cumprimento, se o executado não for 
obrigado a satisfazer a sua prestação senão 
mediante a contraprestação do exequente;
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• II - indicar:
• a) a espécie de execução de sua preferência, 
quando por mais de um modo puder ser 
realizada;
• b) os nomes completos do exequente e do
executado e seus números de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica;
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que 
possível.
• Parágrafo único. O demonstrativo do débito 
deverá conter:
• I - o índice de correção monetária adotado;
• II - a taxa de juros aplicada;
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• III - os termos inicial e final de incidência do 
índice de correção monetária e da taxa de juros 
utilizados;
• IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se 
for o caso;
• V - a especificação de desconto obrigatório 
realizado.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• CITAÇÃO / EXPROPRIAÇÃO DE BENS
• Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de 
plano, os honorários advocatícios de dez por 
cento, a serem pagos pelo executado.
• § 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3 
(três) dias, o valor dos honorários advocatícios 
será reduzido pela metade.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• § 2º O valor dos honorários poderá ser elevado 
até vinte por cento, quando rejeitados os 
embargos à execução, podendo a majoração, 
caso não opostos os embargos, ocorrer ao final 
do procedimento executivo, levando-se em conta 
o trabalho realizado pelo advogado do 
exequente.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• Art. 829. O executado será citado para pagar a 
dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da 
citação.
• § 1º Do mandado de citação constarão, também, 
a ordem de penhora e a avaliação a serem 
cumpridas pelo oficial de justiça tão logo 
verificado o não pagamento no prazo assinalado, 
de tudo lavrando-se auto, com intimação do 
executado.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• § 2º A penhora recairá sobre os bens indicados 
pelo exequente, salvo se outros forem indicados 
pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante 
demonstração de que a constrição proposta lhe 
será menos onerosa e não trará prejuízo ao 
exequente.
• Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o
executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos
bastem para garantir a execução.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• § 1º Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do 
arresto, o oficial de justiça procurará o executado 
2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo 
suspeita de ocultação, realizará a citação com 
hora certa, certificando pormenorizadamente o 
ocorrido.
• § 2º Incumbe ao exequente requerer a citação 
por edital, uma vez frustradas a pessoal e a com 
hora certa.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
• § 3º Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo 
de pagamento, o arresto converter-se-á em 
penhora, independentemente de termo.

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