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• Professor: Marcus Vinicius Gonzatti Direito Empresarial TÍTULOS DE CRÉDITO Conceito de Título de Crédito de Cesare Vivante: Título de Crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado. Conceito do Código Civil: Art. 887 – O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeitos quando preencha os requisitos da Lei. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Letra de Câmbio ou Nota Promissória: Decreto 57.663/1966 – Lei Uniforme de Genebra; Duplicata: Lei 5.474/1968; Cheque: Lei 7.357/1985; Código Civil: Artigo 903 – Salvo disposição diversa em Lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. PRINCÍPIOS CAMBIÁRIOS Princípio da Cartularidade Princípio da Literalidade Princípio da Autonomia PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE A expressão cartularidade advém do latim “chartula” (Papel pequeno, pedaço de papel, escrito de pouca extensão), que remonta a ideia de papel, no sentido de que a apresentação do documento seria essencial para o exercício do direito. O exercício de qualquer direito representado no título pressupões a sua posse legítima Art. 784/CPC: São títulos executivos extrajudiciais: I – a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE Tal princípio encontra inúmeras aplicações, dentre elas, a exigência de apresentação do original para instruir ação executiva. A apresentação de cópia autêntica não garante que o apresentante seja o efetivo possuidor do título, ou seja, não garante que o mesmo tenha o direito de exigir o crédito consubstanciado no mesmo. Além disso, quem paga o título deve exigir que o título lhe seja entregue, ou seja, inutilizado, a fim de evitar a circulação do crédito para terceiro de boa-fé, que terão o direito de cobrar- lhe a importância consignada no título. PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE Exceção Art. 889, § 3º Código Civil: O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo. Lei da Duplicata Escritural: Lei n. 13.775 de 20/12/2018 que entrou em vigência em 21/04/2019. PRINCÍPIO DA LITERALIDADE Só tem eficácia para o direito cambiário o que está literalmente escrito no título de crédito; O que não se encontra expressamente consignado no título de crédito não produz consequências na disciplina das relações jurídico-cambiais. Assegura certeza quanto à natureza, ao conteúdo e a modalidade de prestação prometida ou ordenada. Impede que meros ajustes verbais possam influir no exercício do direito ali mencionado. Súmula 387 do STF: A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA As relações jurídico-cambiais são autônomas e independentes entre si. Assim, o vício em uma das relações não atinge as demais obrigações assumidas no título. Ex.: o endosso ou o aval dado por pessoa incapaz não atinge as demais obrigações assumidas no título de crédito. Em consequência, o portador que adquire o título de forma regular e em boa fé, é garantido pelo teor de seus direitos, ainda que possa haver vícios anteriores à circulação do título. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA Inoponibilidade Exceções Pessoais a Terceiros de Boa-fé É o aspecto processual do princípio da autonomia, pois descreve as matérias que poderão ser arguidas como defesa pelo devedor. Dessa forma, uma pessoa que seja executada judicialmente em face de um título de crédito não poderá alegar matéria diversa daquela que não tenha relação direta com o exequente. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA Abstração: O título de crédito se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem, isto é, questões relativas a esse negócio jurídico subjacente não têm o condão de afetar o cumprimento da obrigação do título de crédito. Não importa a origem do título, ele existe abstratamente, completamente desvinculado da relação originária. O que autoriza a execução é exclusivamente o título e não a obrigação que o gerou. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA O POSSUIDOR DE BOA-FÉ EXERCITA UM DIREITO PRÓPRIO QUE NÃO PODE SER RESTRINGIDO OU DESTRUÍDO PELAS RELAÇÕES OCORRIDAS ENTRE OS POSSUIDORES ANTERIORES E O DEVEDOR Qualquer pessoa de boa-fé, que adquira a condição de credora do título de crédito, adquire um direito novo como se fosse um credor originário, não ocupando a posição do antigo credor. Tal princípio é uma garantia de negociabilidade do título na medida em que a pessoa que o adquire não precisa saber se o credor anterior teria ou não direito de receber o valor do título. CONTRATOS MERCANTIS COMPRA E VENDA MERCANTIL REPRESENTAÇÃO MERCANTIL FRANQUIA OU FRANCHISING FACTORING OU FOMENTO MERCANTIL LOCAÇÃO EMPRESARIAL LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA CONTRATOS MERCANTIS COMPRA E VENDA MERCANTIL Art. 481. Código Civil - Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. CONTRATOS MERCANTIS REPRESENTAÇÃO MERCANTIL Lei que rege a matéria: 4.886/65 CONCEITO: Art. 1º “Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego, que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para, transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios”. STJ: “Compete à Justiça Comum processar e julgar ação de cobrança de comissão proposta por representante comercial", mesmo após a edição da EC 45/2004 (CC 130.392-MG). Recentemente o TST: o TST decidiu que cabe à Justiça do Trabalho processar e julgar ação de cobrança movida por representante comercial contra a empresa representada (TRT 15ª Região). CONTRATOS MERCANTIS FRANQUIA OU FRANCHISING “Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.” (Art. 2º, Lei 8.955/94) CONTRATOS MERCANTIS FACTORING OU FOMENTO MERCANTIL “Pelo contrato de fomento mercantil, um dos contratantes (faturizador) presta ao empresário (faturizado) o serviço de administração de crédito, garantindo o pagamento das faturas por este emitidas”. (COELHO, Fábio Ulhoa). CONTRATOS MERCANTIS LOCAÇÃO EMPRESARIAL Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. § 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor. CONTRATOS MERCANTIS LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL Lei que rege a matéria: 6.099/74 e Lei 11649/08 (para veículos): CONCEITO: “Considera-se arrendamento mercantil, paraos efeitos desta Lei, o negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio desta” FORNECEDOR VENDE O BEM ARRENDATÁRIO ARRENDATÁRIO COMPRAR O BEM PAGANDO O VRG DEVOLVER O BEM RENOVAR O ARRENDAMENTO ARRENDAMENTO CONTRATOS MERCANTIS ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA “É aquele negócio em que uma das partes, proprietária de um bem, aliena-o em confiança a outro, que, por sua vez, se obriga a devolver-lhe a propriedade do mesmo bem nas hipóteses previstas em contrato” Sujeitos: Fiduciante → Devedor – possuidor direto Fiduciário → Credor – possuidor indireto A alienação fiduciária está genericamente regulada pela Lei 4728/65, com as alterações da Lei 10.931/04 e, de forma específica, A) para a alienação de bens móveis: CC (arts. 1361 a 1368); B) e, para bens imóveis: a Lei 9514/97. CONTRATOS MERCANTIS COMPRA E VENDA MERCANTIL REPRESENTAÇÃO MERCANTIL FRANQUIA OU FRANCHISING FACTORING OU FOMENTO MERCANTIL LOCAÇÃO EMPRESARIAL LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA Títulos de Crédito Características Negociabilidade Bens Móveis Arts. 82, 83 e 84 do CC Executividade Artigo 784 CPC Obrigação PRO SOLVENDO •Para pagamento Obrigação PRO SOLUTO •Em pagamento. • Obrigação Quesível - Querable Solidariedade Civil Solidariedade Cambiária INSTITUTOS DE DIREITO CAMBIÁRIO Tí tu lo s d e C ré d it o Modelo Vinculados Livres Estrutura Ordens de Pagamento Letra de Câmbio Promessas de Pagamento Hipóteses de Emissão Causais Abstratos Circulação Nominativos À ordem Não à ordem Ao Portador Lei 8.021/90 Cheque até o limite de R$100,00 INSTITUTOS DE DIREITO CAMBIÁRIO • O Saque • A Apresentação • O Aceite • O Endosso • O Aval • O Protesto SAQUE • O Instituto do Saque representa a criação do título de crédito, sua emissão, confecção e assinatura. • Sacar um título de crédito representa emitir o título de crédito e não receber o crédito como se usa popularmente a expressão. AGENTES DO INSTITUTO DO SAQUE • Sacador - o criador, emitente do título (codevedor) • Sacado - o devedor do título • Tomador ou Beneficiário - o credor, quem recebe os valores do título • Estudando o Instituto do Saque podemos enxergar com clareza o que é uma ordem de pagamento e uma promessa de pagamento: • Ordem de Pagamento – envolve pelo menos 3 agentes: quem ordena pagar (Sacador), quem recebe e cumpre a ordem (Sacado), quem recebe efetivamente os valores (Tomador/Beneficiário) • Promessa De Pagamento – apenas dois agentes quem promete pagar (Sacador / Sacado) e quem recebe (Tomador / Beneficiário). APRESENTAÇÃO • É o ato de submeter uma ordem de pagamento ao reconhecimento do sacado, pode significar também o ato de exigir o pagamento. • Um título de crédito é apresentado para Pagamento, ou Aceite. ACEITE • O aceite representa o reconhecimento e a concordância do Sacado com o pagamento do título na data avençada. • Instituto Cambiário muito utilizado nas Ordens de Pagamento e em face da emissão das Duplicatas. ENDOSSO • O ato de transferir a terceiro a propriedade do título por meio de assinatura ou através de mandatário com poderes específicos; • O tomador que faz uso do endosso torna-se codevedor do título; • O endosso é sempre integral jamais parcial; DENOMINAÇÕES • Endossante • Endossatário • Endosso em preto • Endosso em branco • Limite para o número de Endossos: • Não há um limite para o número de endossos. No entanto, todos devem ser claros, definido quem são os Endossantes e Endossatários dentro da cadeia de Endossos. ENDOSSO EM PRETO • Significa que o endossante discriminou, no título, o nome do endossatário, destinação específica na transferência do crédito. • Para continuar transferindo o título, neste caso, é necessário uma sequência de endossos. ENDOSSO EM BRANCO • Apenas assina e não discrimina o nome do endossatário. Deixa em branco o destinatário. • Neste caso, basta a tradição (entrega física do título de crédito) para passar para o mercado. • Note que o endosso em branco resguarda, ao título de crédito, a circulação livre, como se fosse um título ao portador. Isso gerou grande discussão na doutrina já que o título ao portador, como regra, é proibido. • O STJ, contudo, autorizou o endosso em branco, esclarecendo que: Resp 329.996 • “.... satisfeito pelo credor o requisito da identificação para fins de controle fiscal, não há falar-se em nulidade do título ou ilegitimidade de parte. O fato de não haver o endossante aposto, no verso da cártula, o nome do endossatário não o nulifica, nem obsta a que o credor, identificando- se, venha a cobrar o quantum devido.” (RESP 329.996). ENDOSSO IMPRÓPRIO • Endosso impróprio • É o endosso que perdeu uma característica essencial, qual seja, a transmissão da propriedade do título de crédito. Nascendo outra finalidade ao endosso, sendo eles: • Endosso caução • Endosso mandato ENDOSSO CAUÇÃO • O título de crédito é entregue como garantia de uma transação negocial realizada. Cumprida a obrigação o título é devolvido, sendo o título liberado da condição de caução. • Não cumprida a obrigação o crédito do título é utilizado para suprir a inadimplência. ENDOSSO MANDATO • Neste endosso ocorre a transferência dos poderes de procurador ao endossatário-mandatário, transferência esta realizada por procuração (instrumento público). • Transfere apenas os poderes cambiais do título, não a propriedade. AVAL • Trata-se de uma garantia pessoal quanto ao pagamento do título, o avalista é solidário para com quem recebe o aval. • O aval e prestado no título ou em folha anexa, pessoalmente ou por mandatário com poderes. • Difere da garantia real, uma vez que esta é a garantia da coisa e não da pessoa. • É preciso ter vênia conjugal para garantir um título de crédito com Aval? • Sim, exceto se os cônjuges forem casados no regime de separação total de bens. • Qual seria, então, a consequência para o cônjuge que não dá o aval? • Sobre o tema, há duas correntes na doutrina. • 1º corrente: O cônjuge que não deu a vênia conjugal poderá requerer a anulação do Aval. O credor prejudicado, por sua vez, poderá ingressar com ação regressiva contra o cônjuge que assinou o aval. • 2º corrente: o aval será ineficaz em relação a quem não assinou. • Segundo a súmula 332 do STJ, “a fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia”. • O aval pode ser total ou parcial? • Depende da espécie de título de crédito. • Letra de câmbio e nota promissória: para esses dois títulos o aval pode ser parcial. • Cheque: o aval pode ser parcial. • Duplicata: Na omissão da lei, utiliza-se o texto do decreto 57663/66. Segundo este decreto, o aval pode ser total ou parcial, logo, é possível o aval parcial na duplicata. • Cédula de crédito Bancária: o art. 44 da lei 10.981, que regulamenta a cédula de crédito bancária, disciplina que, no caso de omissão, aplica -se o decreto 57663/66, motivo pelo qual, assim como a duplicata, é possível o aval parcial. • Títulos atípicos: nestes títulos, aplica-se o Código Civil. Segundo o art. 897, parágrafo único, do Código Civil, o aval pode ser apenas total. • O que é aval simultâneo e aval sucessivo? • Trata-se de espécie de aval em que duas ou mais pessoas são avalistas. • Aval Simultâneo: • Significa que os avalistas realizaram o aval ao mesmo tempo. De acordo com a súmula 189 do STF, quando não houver informação, presume-se que os avais são simultâneos. Diante do aval simultâneo, os avalistas ocupam a mesma posição na obrigação. • Aval Sucessivo: • Os avalistas, neste caso, ocupam posições diferentes na obrigação.• Lembrando que o Aval é pessoal e não real. Relação direta entre Avalista e Avalizado. • Qual é a diferença entre aval e fiança? • Aval • É uma garantia pessoal dada por terceiro. • É necessariamente uma garantia cambial, ou seja, presta-se, apenas, para garantir o pagamento do título de crédito. • Trata-se de garantia solidária, ou seja, o avalista responde junto com o devedor principal, sem qualquer espécie de benefício de ordem. • Vênia conjugal é necessária, salvo se for casado no regime de separação total de bens; • A relação do avalista é autônoma. FIANÇA • A fiança é disciplinada pelo art. 818 e seguintes do Código Civil. • É uma garantia pessoal dada por terceiro; • É uma garantia contratual (e não cambiária); • A responsabilidade é subsidiária, salvo se no contrato estiver expressa a responsabilidade solidária; • Vênia conjugal é necessária, salvo se casado no regime de separação total de bens. • A fiança é acessória, pois em caso de anulação do contrato principal, o contrato de fiança também será anulado; PROTESTO • É o ato oficial e público de apresentar um título ao devedor para o seu aceite ou pagamento. • Pode ser obrigatório (preservar direitos) ou facultativo (fazer prova, colocar em mora). • Para fins falimentares é obrigatório o protesto específico e especial (jurisprudência admite o protesto comum / cambiário). • Na ação de execução o protesto é facultativo contra o devedor principal e obrigatório contra os coobrigados (sacador da letra, avalista...); • O protesto pode ser cancelado: a) pelo pagamento; b) por defeito formal do título; c) por defeito no título reconhecido judicialmente. • O que pode ser objeto de protesto? • Títulos de crédito • Contrato • Sentença • Quais são as espécies de protesto? • O protesto poderá ser efetuado em razão da falta de aceita, falta de pagamento ou falta de devolução. • Qual é o procedimento do protesto? • Em primeiro lugar, o credor vai levar o título de crédito ao cartório de protestos. Após o recebimento do título pelo cartório, o devedor é notificado, podendo: • Pagar o título (pagar o título + emolumentos do cartório) • Ajuizar ação judicial voltada a sustação do protesto: Ação Declaratória com pedido de tutela antecipada requerida em caráter antecedente (art. 303 e seguintes do CPC). • Tudo deve ser feito no prazo de pagamento que consta na notificação do cartório (3 dias), sob pena do protesto ser efetivamente lançado, hipótese em que o procedimento a ser adotado será o de cancelamento e não o de sustação do protesto. • Quais são os prazos para protesto quanto aos Coobrigados / Endossante? • Letra de Câmbio e Nota Promissória • 1º corrente: prazo MÁXIMO para protesto é de 2 dias após o vencimento; • 2º corrente: prazo MÁXIMO será de 1 dia a contar do vencimento. • Duplicata • O prazo para protesto é 30 DIAS, contados do vencimento. • É possível protestar o título após esses prazos? • Sim, contudo, o endossante não poderá ser acionados. Trata-se do denominado endosso tardio (ou póstumo). • Vale destacar que, existindo endosso efetuado após o prazo do protesto, tal endosso terá efeito cessão civil de crédito. Perde-se, com isso, a natureza cambiária do título e, por conseguinte, a autonomia e abstração do título. • Por quanto tempo perdura os efeitos do protesto em face do nome do Devedor? • Após a efetivação do protesto o nome do Devedor fica marcado pelo prazo de 5 anos, após este período a restrição do protesto é retirada. • O protesto interrompe a prescrição? • Sim, mas apenas uma única vez: • Código Civil • Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: • III - por protesto cambial; • Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. Títulos de Crédito em Espécie Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. TÍTULOS DE CRÉDITO EXTRAJUDICIAL / CPC • A EXISTÊNCIA DE AÇÃO DISCUTINDO O DÉBITO NÃO OBSTA A EXECUÇÃO • § 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução. TÍTULOS DE CRÉDITO EXTRAJUDICIAL / CPC • TÍTULOS ESTRANGEIROS / DESNECESSIDADE DE HOMOLOGAÇÃO / REQUISITOS • § 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados. • § 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação. TÍTULOS DE CRÉDITO EXTRAJUDICIAL / CPC • OPÇÃO PELO AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE CONHECIMENTO • Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial. PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • PECULIARIDADES SOBRE OS TÍTULOS DE CRÉDITO PREVISTA NO CÓDIGO CIVIL / REGRA GERAL: • A INVALIDADE DO TÍTULO DE CRÉDITO NÃO INVALIDA O NEGÓCIO JURÍDICO • Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • DATA DE VENCIMENTO / LOCAL DE PAGAMENTO • Art. 889. ... • § 1º É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. • § 2º Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • NÃO SÃO VÁLIDAS AS SEGUINTES CLÁUSULAS SE CONSTANTES NOS TÍTULOS DE CRÉDITOS TÍPICOS • Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações. PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • AQUELE QUE AGI SEM PODERES, MAS COM INTENÇÃO PERANTE TERCEIRO PASSA A SER RESPONSÁVEL PELO TÍTULO DE CRÉDITO • Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante ou representado.Marcus Vinicius Gonzatti de Arruda - 05686726744 PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • TRANSFERÊNCIA AMPLA DO TÍTULO DE CRÉDITO / PRINCIPAL E ASSESSÓRIOS • Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • REGRAS GERAIS DO AVAL • Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. • Parágrafo único. É vedado o aval parcial. PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título. • § 1º Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista. • § 2º Considera-se não escrito o aval cancelado. PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final. • § 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores. PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • § 2º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma. • Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • PAGAMENTO DO TÍTULO DE CRÉDITO • Art. 901. Fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao legítimo portador, no vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé. • Parágrafo único. Pagando, pode o devedor exigir do credor, além da entrega do título, quitação regular. PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • PAGAMENTO DO TÍTULO DE CRÉDITO / ANTECIPADO / PARCIAL • Art. 902. Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e aquele que o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento. • § 1º No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial. PECULIARIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL • § 2º No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em separado, outra deverá ser firmada no próprio título. • CONCLUSÃO • Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA TÍTULOS EM ESPÉCIE • LETRA DE CAMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA • É um título à ordem, ou seja, é emitido em favor de uma pessoa determinada, mas que é transferível através de endosso. Trata-se de uma ORDEM de pagamento. • Previsão legal na LUG - Lei Uniforme de Genebra - Decreto n° 57.663 de 24 de janeiro de 1966, que também regi as Notas Promissórias LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA • Partes: • I) Sacador: emitente da letra • II) Sacado: pessoa contra qual a letra foi emitida, ou seja, que realizará o pagamento. • III) beneficiário/tomador: que receberá o crédito. • Atenção: uma mesma pessoa pode ocupar duas posições: o sacador e sacado podem ser a mesma pessoa. LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA • Após a emissão da Letra de câmbio existem duas possibilidades: • I) Se o sacado aceita: este se torna devedor principal. • II) Se não houver o aceite do sacado: o tomador deve protestar o título (2 dias úteis), ocasionando o vencimento antecipado do mesmo. Assim, o tomador pode cobrar diretamente o sacador e os coobrigados (avalistas e endossantes) se houver. LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA • Requisitos formais do Art. 1º da LUG (Lei Uniforme de Genebra - Decreto n° 57.663 de 24 de janeiro de 1966 ): • 1 - A palavra" letra “ inserida no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação desse título; • 2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA • 3 - O nome daquele que deve pagar (sacado); • 4 - A época do pagamento; • 5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; • 6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga; LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA 7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada (emitida / sacada); • 8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador). • ATENÇÃO: • Se faltar algum dos requisitos não produzirá efeito como letra, salvo se: LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA • a) não indicar a época do pagamento = pagamento será a vista; • b) não houver indicação especial do lugar para pagamento = o pagamento será no domicílio do sacado; • c) se não houver lugar onde foi passada = será considerado como sendo o lugar designado, ao lado do nome do sacador. LETRA DE CÂMBIO OU SIMPLESMENTE LETRA • Prazo Prescricional: • Cabe para Letra de câmbio e para Nota promissória - Art. 70 e 71 c/c 77 da LUG. • I) Contra o aceitante/devedor: 3 anos a partir do vencimento. • II) Contra endossantes e contra o sacador: 1 ano a partir do protesto feito em tempo útil (2 dias) ou da data do vencimento. NOTA PROMISSÓRIA • NOTA PROMISSÓRIA • Trata-se de uma promessa de pagamento, que pode ser transferida por endosso e garantida por aval, porém não comporta aceite. • Previsão legal na LUG - Lei Uniforme de Genebra - Decreto n° 57.663 de 24 de janeiro de 1966. • O Sacador no momento do pagamento se torna Sacado. Envolve apenas duas pessoas. NOTA PROMISSÓRIA • Trata-se de um título de crédito que ficou bem popular no Brasil e poderia ser adquirido (talão de notas / formato padrão) em papelarias para preenchimento. • Foi utilizado em diversas espécies de transações entre pessoas físicas e jurídicas, movimentando o crédito empresarial. • No entanto, poderia ser confeccionado sem grande rigor quanto ao seu formato bastando preencher os requisitos de validade. NOTA PROMISSÓRIA • Os Requisitos formais são os mesmo da Letra de Câmbio, Art. 1º da LUG (Lei Uniforme de Genebra - Decreto n° 57.663 de 24 /1966 ) adaptados a uma realidade de Promessa de Pagamento: • 1 - A palavra" Nota Promissória “ inserida no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação desse título; • 2 - O compromisso puro e simples de pagar uma quantia determinada; NOTA PROMISSÓRIA • 3 - O nome daquele que deve pagar (sacado); • 4 - A época do pagamento; • 5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; • 6 - O nome da pessoa que irá se beneficiar do crédito (tomador). NOTA PROMISSÓRIA • 7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a NP é passada (emitida / sacada); • 8 - A assinatura de quem passa a Nota Promissória (sacador). • ATENÇÃO: • Se faltar algum dos requisitos não produzirá efeito como letra, salvo se: NOTA PROMISSÓRIA • a) não indicar a época do pagamento = pagamento será a vista; • b) não houver indicação especial do lugar para pagamento = o pagamento será no domicílio do sacado; • c) se não houver lugar onde foi passada = será considerado como sendo no lugar designado, ao lado do nome do sacador. NOTA PROMISSÓRIA • Prazo Prescricional: • Cabe para Letra de câmbio e para Nota promissória - Art. 70 e 71 c/c 77 da LUG. • I) Contra o aceitante: 3 anos a partir do vencimento. • II) Contra endossantes e contra o sacador: 1 ano a partir do protesto feito em tempo útil (2 dias) ou da data do vencimento. DUPLICATA • DUPLICATA MERCANTIL / SERVIÇOS • Trata-se de uma ordem de pagamento que se materializa como um reflexo/consequência a uma transação negocial mercantil (compra e venda) ou de serviços. • Transfere-se por endosso e garante-se por aval • A Lei que rege as Duplicatas é a nº 5474/68 DUPLICATA • O aceite na duplicata é OBRIGATÓRIO, pois é requisito formal ao recebimento dos bens ou serviços, porém, nas situações expressas nos Art. 8º e 21, ele poderá ser recusado: • Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de: • I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidasou não entregues por sua conta e risco; DUPLICATA • II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados; • II - divergência nos prazos ou nos preços ajustados. DUPLICATA • Art. 21. O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata de prestação de serviços por motivo de: • I - não correspondência com os serviços efetivamente contratados; • II - vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente comprovados; • III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados. DUPLICATA • Forma em regra duas posições jurídicas: • I) Sacador (Credor/emitente): é aquele que vendeu um determinado produto ou prestou um serviço. • II) Sacado (Devedor): é aquele que comprou um determinado produto ou tomou um serviço. DUPLICATA • Título causal • Só pode ser estabelecida nas duas causas permitidas na lei: compra e venda mercantil ou serviço. Não se tratando de um título abstrato quanto a sua emissão. • Para fins de cobrança/execução tem que ser provado do aceite. Nota Fiscal com canhoto assinado ou documento similar com evidência. DUPLICATA • Emissão da Duplicata • Em todo contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no Brasil, com prazo não inferior a 30 dias, contado da data de entrega ou despacho das mercadorias, emitirá o vendedor a respectiva fatura para apresentação ao comprador (Cobrança). • No ato da emissão desta fatura poderá ser extraída a duplicata para circulação. DUPLICATA • O mesmo se aplica a duplicata de prestação de serviços. • IMPORTANTE • Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura. O correto é uma duplicata para cada fatura emitida. DUPLICATA • Duplicata simulada • Expedida ou aceita sem que exista uma relação de compra e venda ou serviço • Triplicata • É segunda via da duplicata • Prazo para protesto • 30 dias a contar do vencimento sob pena de perder o direito em face dos coobrigados. DUPLICATA • Prescrição • A ação executiva da Duplicata prescreve nos precisos termos do Art. 18 da lei 5474/68: • Art. 18 A ação de execução prescreve: • I- contra o sacado e respectivos avalistas, em 3 (três) anos, contados da data do vencimento do título DUPLICATA • II - contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) ano, contado da data do protesto; • III- de qualquer dos coobrigados contra os demais, em 1 (um) ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título. CHEQUE • CHEQUE • A previsão lega do título de crédito cheque se encontra na Lei 7.357/85. • Trata-se de uma ordem de pagamento em dinheiro e a vista. • Transfere-se por endosso e pode ser garantido por aval, porém não comporta aceite. CHEQUE • Três posições jurídicas: • I) Sacador (Emitente); • II) Sacado (Banco); e • III) Tomador/Beneficiário. CHEQUE • Aval Parcial / Possibilidade • O cheque admite o aval parcial, conforme estabelece o artigo. 29 da Lei do cheque. • Art. 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título. CHEQUE • A partir da emissão do cheque, que é uma ordem de pagamento à vista a sua apresentação ao banco sacado poderá ser a qualquer momento, no entanto, para referencia prescricional existe uma prazo de apresentação sendo este: • 30 dias: cheque apresentado na mesma praça da agência em que o cheque foi emitido. • 60 dias: cheque apresentado em praça DIFERENTE da agência em que o cheque foi emitido. CHEQUE • Prescrição da Ação Executiva do Cheque • Após decorrer o prazo de apresentação do cheque (30 ou 60 dias dependendo da praça) passados 06 meses o cheque não poderá mais ser submetido à execução. • Ação de Regresso • A ação de um obrigado que pagou pelo cheque contra outro prescreve em 06 meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado. CHEQUE • Ação de Enriquecimento Ilícito • Contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 02 anos, contados do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59, da Lei do Cheque. CHEQUE • Cheque Pré-Datado (pós datado) • É aquele emitido para ser apresentado depois de certo tempo. A cláusula de pré-datação é considerada como não lida e não anula o cheque. O não cumprimento não gera obrigações para o banco apenas para quem prometeu cumpri-la (danos materiais e morais). CONECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT” • CONHECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT” • São ambos títulos de crédito emitidos exclusivamente pelos ARMAZÉNS GERAIS, um título duplo, nascem juntos, mas possuem finalidades diferentes. • Os Armazéns Gerais são estabelecimentos especializados para depósito e armazenagem de mercadorias e produtos. Vários são os motivos que levam produtores a utilizarem os Armazéns. CONECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT” • Os motivos podem ser a falta de espaço em seus próprios depósitos, falta de estrutura própria para estocagem, ou mesmo necessidade de deixá-los guardados para, no futuro, obterem melhores preços para negociação. • Os Armazéns Gerais precisam dar garantia de conservação e segurança dos produtos e mercadorias ali depositados, seguro contra incêndio, por exemplo. CONECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT” • O proprietário da mercadoria pode optar por negociar a mercadoria depositada, seja vendendo parte ou toda a mercadoria, ou mesmo utilizando-a como garantia de determinada operação financeira, surgem então os Títulos de Crédito: Conhecimento de Depósito e Warrant, que são regulados pelo Decreto 1.102 de 21/11/1903. CONECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT” • Vale ressaltar que produtos agropecuários, seus derivados, subprodutos e resíduos de valor econômicos são legislados pela Lei 9.973 de 2000 e os Títulos de Crédito surgidos destes produtos são denominados: Conhecimento de Depósito Agropecuário (CDA) e Warrant Agropecuário (WA). CONECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT” • CONHECIMENTO DE DEPÓSITO: define quem é o proprietário das mercadorias e a transferência do título é a transferência da propriedade das mercadorias depositadas. • WARRANT: título que constitui uma promessa de pagamento que é garantida pelas mercadorias depositadas no armazém. • NEGOCIAÇÃO: os respectivos títulos podem ser negociados juntos ou separados. PROCESSO DE EXECUÇÃO • PROCESSO DE EXECUÇÃO • A Execução do Título de Crédito será realizada nos precisos termos do Código de Processo Civil: • Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível. PROCESSO DE EXECUÇÃO • TÍTULOS EXECUTÍVOS EXTRAJUDICIAIS • Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: • I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; • II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; • III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; PROCESSO DE EXECUÇÃO • IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; • V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; • VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; PROCESSO DE EXECUÇÃO • VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; • VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; • IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; PROCESSO DE EXECUÇÃO • X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectivaconvenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; • XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; • XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. PROCESSO DE EXECUÇÃO • § 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução. • § 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados. PROCESSO DE EXECUÇÃO • § 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação. • Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial. PROCESSO DE EXECUÇÃO • INÍCIO DA EXECUÇÃO • Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo. • Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título. PROCESSO DE EXECUÇÃO • Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente: • I - instruir a petição inicial com: • a) o título executivo extrajudicial; • b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa; PROCESSO DE EXECUÇÃO • c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso; • d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do exequente; PROCESSO DE EXECUÇÃO • II - indicar: • a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada; • b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica; PROCESSO DE EXECUÇÃO • c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível. • Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter: • I - o índice de correção monetária adotado; • II - a taxa de juros aplicada; PROCESSO DE EXECUÇÃO • III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de juros utilizados; • IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso; • V - a especificação de desconto obrigatório realizado. PROCESSO DE EXECUÇÃO • CITAÇÃO / EXPROPRIAÇÃO DE BENS • Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado. • § 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade. PROCESSO DE EXECUÇÃO • § 2º O valor dos honorários poderá ser elevado até vinte por cento, quando rejeitados os embargos à execução, podendo a majoração, caso não opostos os embargos, ocorrer ao final do procedimento executivo, levando-se em conta o trabalho realizado pelo advogado do exequente. PROCESSO DE EXECUÇÃO • Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da citação. • § 1º Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do executado. PROCESSO DE EXECUÇÃO • § 2º A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante demonstração de que a constrição proposta lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente. • Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução. PROCESSO DE EXECUÇÃO • § 1º Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará a citação com hora certa, certificando pormenorizadamente o ocorrido. • § 2º Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma vez frustradas a pessoal e a com hora certa. PROCESSO DE EXECUÇÃO • § 3º Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o arresto converter-se-á em penhora, independentemente de termo.
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