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lei do silencio

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HERMENÊUTICA
LEI DO SILÊNCIO
A chamada popularmente Lei do Silêncio é exercida e legislada pelos órgãos municipais, sendo encontradas nas leis orgânicas municipais e nos códigos de conduta de cada município.  Desta forma, esta lei pode variar muito de estado para estado.
CONTRAVENÇÃO 
Diferente do que muitos acreditam, a Lei do Silêncio não está prevista no Código Civil. O artigo que mais se aproxima do assunto no CC é o art.1.277.
Já a Lei de Contravenção Penal (LCP) é mais incisiva ao abordar o tema. O artigo de número 42 tipifica a contravenção.
Perturbação do trabalho e do sossego.
ART. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios:
I- com gritaria ou algazarra;
II- exercendo profissão ruidosa em desacordo com as prescrições legais;
III- abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos ;
IV- provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de quem tem guarda:
Pena – prisão simples 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa*
LEI PAULISTA 
Psiu: a Lei do Silêncio paulistana – Instituído pelo Decreto 34.569 de 06 de outubro de 1994, e reestruturado pelo Decreto 35.928 de 06 de março de 1996. o Programa de Silêncio Urbano (PSIU) da prefeitura de São Paulo fiscaliza apenas locais confinados, como bares, boates, restaurantes, salões de festas, templos religiosos, indústrias e até mesmo obras. Porém, a lei não permite que vistorie. O estabelecimento que descumpre a Lei da 01 Hora está sujeito a multa de R$ 30.606. Se desobedecer novamente a lei, é lacrado na hora. Já para a desobediência à Lei do Ruído, a primeira multa pode variar entre R$ 500 a R$ 8 mil, calculados a partir d e Unidades Fiscais do Município de São Paulo (UFMs).
DO SENTIDO DA LEI 
Educar as pessoas no sentido de se formar uma consciência sobre a necessidade de respeitar a tranquilidade alheia, seja no período noturno ou diurno, seja em área residencial ou comercial.
 DO ALCANCE DA LEI 
Todos sabem, , os malefícios que o barulho causa à saúde. É fato comprovado pela ciência médica, que ruídos excessivos provocam perturbação da saúde mental. Além do que, poluição sonora ofende o meio ambiente, e consequentemente afeta o interesse difuso e coletivo, à medida em que os níveis excessivos de sons e ruídos causam deterioração na qualidade de vida, na relação entre as pessoas, sobretudo quando acima dos limites suportáveis pelo ouvido humano ou prejudiciais ao repouso noturno e ao sossego público, em especial nos grandes centros urbanos.
Bom senso
Esclarecendo que com relação a Lei do Silencio é , onde começa e onde termina o direito de cada um.
Como seres humanos, temos necessidade de viver em grupo, tendo como objetivo, principalmente, ajudar-nos uns aos outros, e essa condição trouxe, além das inúmeras vantagens, também diversos problemas de convivência.
Hoje, entre outras coisas, temos a perturbação do trabalho e da tranquilidade, provocada, muitas vezes, pelos próprios vizinhos, com volume de som nas alturas ou animais que fazem barulho, até mesmo na nossa sala de aula, conversas paralelas que muitas vezes atrapalha ouvirmos o que o professor esta dizendo.
As situações contra a Lei do Silencio são as mais variadas e, certamente, cada pessoa possui uma história a esse respeito.
Há quem diga de que há um limite noturno em que se permite ruídos, considerando-se que 22 horas seja o horário máximo. Contudo, trata-se de um conceito sem qualquer base, fundamentado apenas no costume de que esse horário seja um limite tolerável para excesso de ruídos.
Comunidades x Lei do Silêncio.
Justiça?
 Algumas cidades do nosso Brasil são partidas 
 em duas, literalmente . – a da favela e a do asfalto. Tomei a cidade do Rio de Janeiro como meu exemplo. Isso é tão explicito que uma mesma expressão em português tem um sentido na favela e outro no asfalto. A expressão é “lei do silêncio”. Essa lei é entendida como uma regra da boa convivência que determina que após as 22h  todo som produzido
numa casa, apartamento ou até igrejas deve ficar restrito, em respeito ao vizinho. 
 Qualquer pessoa que nasceu numa casa 
ou edifício no asfalto sabe disso,
 embora seja cada vez maior o número de indivíduos ou grupos que insistem em ignorar essa regra de convivência. (Gerson entra aqui). O problema do barulho cresceu tanto que na maioria das vezes vira caso de polícia e resulta até em mortes violentas.
Pois na favela lei do silêncio é outra coisa totalmente diferente. Trata-se de uma regra imposta pelos “donos do morro” – sejam eles traficantes, milicianos ou policiais bandidos – que determina que nenhum de seus crimes seja denunciado a quem quer que seja, sobretudo aos representantes do Estado. Uma regra cujo desrespeito normalmente implica em “leis” inimagináveis.
 Uma regra cuja violação pode significar até a morte de seu infrator. Muitos têm pagado com a vida a decisão de não se calar diante da violência, do crime, da injustiça praticada por bandidos ou até mesmo agentes do Estado. O carioca cresceu aprendendo que “caguete” “x9” merece cacete” e não percebeu que a cultura da bandidagem era a principal beneficiada com esse ditado popular. 
Entrei nesse assunto para abordar um fato que deixou muitos de nós brasileiros, estarrecidos, comovidos e até mesmo revoltados.
Um crime trazendo o silêncio para uma voz.
 A vereadora carioca Marielle Franco, de 38 anos foi eleita vereadora em 2016 como a quinta mais votada (46.500 votos).   
 Ao contrario do que estão dizendo ( PSOL, ja recebeu 11 mil denuncias de “Fake News”sobre Marielle), ela era engajada nas causas sociais, a favor das mulheres, negros, homossexuais e dos favelados. Ela nasceu na comunidade da favela, era negra, e apaixonada pelo seus ideais.
 Marielle, fez em 15 meses de mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, dezesseis propostas, duas aprovadas como leis concretas.
 Seu assassinato trata-se da execução contra a VOZ PÚBLICA fazendo valer a LEI DO SILÊNCIO impostas por pessoas que têm medo de serem descobertas, se não fosse isso, teria ela sido assassinada 4 dias após denunciar o 41º Batalhão do Rio de Janeiro pela segunda vez?
 Em nenhuma outra região do Rio de Janeiro a polícia mata e atira mais do que na região do BPM, segundo o Jornal Folha de São Paulo foram 567 mortes violentas de autoria do 41º BPM Rio de Janeiro desde 2.011.
 A LEI DO SILÊNCIO, imposta por milicianos, ou até por policiais bandidos, é tratar pessoas assim como Marielle Franco, feito lixo não se importando com o que fica.
 Sentido estes, feridos por pessoas como ela dizerem o que realmente acontece dentro do Sistema.
 Deixo uma pergunta, caros amigos estudantes de Direito:
 Num país onde dizem haver democracia, que abraça os ideais , que respeita as pessoas....
 Isso é justo?
Fontes:
Revista Veja Edição 2.574 (21 de março de 2.018)
Jornal Folha de São Paulo
Site JusBrasil
1º ANO DIREITO DIURNO
Professor Pedro Quintino
 
Simone Rosangela Silva
Marcelo Seregni
Cleide Souza

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