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Questionário Fisiologia

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA
FISIOLOGIA CARDIO-VASCULAR – Prof. CARLA LANNA
Nome: Natalia Ribeiro Alessandrini
CARDIOPATIA ISQUÊMICA – CAPÍTULO 21
Como é a dinâmica do fluxo sanguíneo muscular durante o repouso e o exercício?
R: Durante o repouso, o fluxo sanguíneo pelos músculos esqueléticos é em média de 3 a 4 ml/min por 100 gramas de músculo. Entretanto, durante exercício extremo, essa intensidade pode aumentar por até 15 a 25 vezes, elevando-se para 50 a 80 ml por 100 g de músculo. Fluxo intermitente durante a contração muscular. A imagem abaixo mostra um estudo das alterações do fluxo sanguíneo nos músculos da panturrilha da perna humana durante forte exercício muscular rítmico. Observe que o fluxo aumenta e diminui a cada contração muscular diminuindo durante a fase de contração e aumentando entre as contrações. Ao final das contrações rítmicas, o fluxo sanguíneo permanece muito alto por mais alguns segundos, mas depois cai gradativamente de volta ao normal durante os minutos seguintes.
Quais os efeitos, que combinados, aumentam o fluxo sanguíneo durante o exercício?
R:  Durante o repouso, apenas 20 a 25% dos capilares musculares têm sangue fluindo. Durante o exercício vigoroso, porém, todos os capilares se abrem. Essa abertura dos capilares até então inativos também diminui a distância pela qual o oxigênio e outros nutrientes têm de se difundir dos capilares até as fibras musculares, e proporciona grande aumento da área de superfície pela qual os nutrientes podem difundir-se a partir do sangue.
Como é o fluxo sanguíneo coronariano, de acordo com as fases do ciclo cardíaco?
R: 
Quais são e como agem os fatores que regulam o fluxo sanguíneo coronariano?
R: A circulação sangüínea do sistema coronariano é, quase inteiramente regulada, pelas necessidades locais do músculo cardíaco. O funcionamento desse mecanismo é igual bem quando a inervação para o coração está intacta ou removida. Sempre que a contração cardíaca, por qualquer causa, for aumentada, o vigor do fluxo coronariano acompanhará este aumento e vice-versa. Essa regulação local do fluxo sangüíneo ocorre também em muitos outros tecidos, especialmente na musculatura esquelética do corpo. O fluxo sangüíneo coronariano pode ser afetado pela estimulação dos nervos autônomos, que se dirigem ao coração de duas maneiras: direta e indiretamente. A ação direta de substâncias transmissoras nervosas como acetilcolina e norepinefrina, sobre os vasos coronarianos, é efeito dos resultados diretos. Uma atividade aumentada ou diminuída do coração, determinando alterações no fluxo sangüíneo coronariano, é a parte dos efeitos indiretos. O papel mais importante no controle normal do fluxo sangüíneo coronariano, é desempenhado pelos efeitos indiretos. Portanto, a estimulação simpática faz aumentar tanto a contratibilidade do coração quanto a freqüência cardíaca, bem como sua taxa metabólica. Por sua vez a maior atividade do coração gera mecanismos reguladores do fluxo sangüíneo local para dilatar os vasos coronarianos, com o fluxo sangüíneo aumentado em proporção aproximada com as necessidades metabólicas do músculo cardíaco ³. Contrastando com a estimulação simpática, a estimulação nervosa parassimpática exerce ligeiro efeito depressivo sobre a contratibilidade cardíaca, uma vez que desacelera o coração.
O que é cardiopatia isquêmica e qual a sua principal causa?
R: A cardiopatia isquémica é uma doença em que se verifica isquemia (diminuição do fornecimento de sangue) do miocárdio, normalmente devida a uma aterosclerose coronariana. O risco de contrair a doença aumenta com a idade, tabagismo, consumo de carne vermelha, hipercolesterolemia, diabetes e hipertensão arterial (desatualizado), sendo mais frequente em indivíduos do sexo masculino e naqueles com familiares portadores da doença. Entre os sintomas da cardiopatia isquémica estável estão a angina de peito e a diminuição da tolerância ao esforço físico. A cardiopatia isquémica instável manifesta-se através de dores no peito ou outros sintomas em repouso, ou angina de peito súbita. O diagnóstico é feito através de electrocardiograma, análises de sangue, prova de esforço ou de angiograma. Dependendo dos sintomas e do grau de risco, o tratamento pode ter como base a medicação, a angioplastia coronária ou um bypass.
Qual a importância da circulação colateral?
R: As várias artérias coronárias têm inúmeras ramificações que as unem entre si, o que constitui uma grande vantagem, pois caso alguma deixe de irrigar um determinado sector do coração, outra pode compensar o seu funcionamento, evitando qualquer prejuízo. Trata-se da denominada circulação colateral, igualmente denominada "compensadora", pois muitas vezes permite que a extensão de um enfarte, em caso de obstrução de uma determinada artéria, fique mais limitada.
Como ocorre o infarto do miocárdio? Como o musculo cardíaco se recupera de um infarto? Quais as causas de morte devido ao infarto agudo do miocárdio.
R: O infarto do miocárdio é consequência da obstrução de uma artéria coronária por um coágulo de sangue sobre a placa de gordura que estava em sua parede, impossibilitando assim, que uma quantidade suficiente de sangue chegue até aquela área do músculo cardíaco. Esta porção do músculo cardíaco sofre um processo de morte celular e necrose, podendo levar à morte súbita ou à insuficiência cardíaca que acarreta limitações físicas até a recuperação do quadro clínico. Sem possibilidade de multiplicar suas próprias células, quando submetido a um excesso de demanda, ao músculo cardíaco só restaria a oportunidade de aumentar o tamanho de cada uma delas para hipertrofiar-se. A hipertrofia, no entanto, tem seus limites. Sem contar com células novas para fazer frente ao esforço excessivo, o coração não consegue crescer indefinidamente para vencer a resistência aumentada do sistema hidráulico e bombear sangue para as regiões mais distantes do corpo. Como consequência, surge a insuficiência cardíaca, que evolui com aumento do tamanho do coração, cansaço, falta de ar aos esforços, inchaço e falência de múltiplos órgãos. Além disso, as células musculares hipertrofiadas não se contraem e relaxam durante os batimentos com a mesma eficiência das normais, tornando o coração predisposto ao aparecimento de arritmias que podem levar ao colapso do sistema e à parada cardíaca.
O que é a Angina de Peito?
R: É um desconforto ou dor no peito que ocorre quando não chega às células musculares do coração sangue rico em oxigênio em quantidade suficiente. A angina não é uma doença mas sim um sintoma de uma condição mais grave, normalmente uma doença coronária, em que os vasos que fornecem sangue ao coração se apresentam estreitados ou obstruídos. A doença coronária é normalmente causada pela aterosclerose, uma situação em que depósitos gordos (chamados “placas”) se formam ao longo das paredes interiores dos vasos sanguíneos. Apesar de a angina afetar mais frequentemente homens de meia-idade ou mais velhos, pode ocorrer em ambos os sexos e em todas as faixas etárias.

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