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@atravesdafisioterapia 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema 
cardiovascular 
 
@atravesdafisioterapia 
 O sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, é o sistema 
responsável por garantir o transporte de sangue pelo corpo, permitindo, dessa forma, que 
nossas células recebam, por exemplo, nutrientes e oxigênio. Esse sistema é formado pelo 
coração e pelos vasos sanguíneos. 
 
Componentes do sistema cardiovascular 
 
 O sistema cardiovascular é composto pelas seguintes estruturas: 
 Coração: órgão responsável por garantir o bombeamento do sangue; 
 Vasos sanguíneos: são tubos por onde o sangue passa. Os três principais tipos de vasos 
sanguíneos são: artérias, veias e capilares. 
 
Coração 
 
 O coração dos seres humanos, assim 
como o dos outros mamíferos, é 
um órgão muscular formado por quatro 
câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os 
átrios são as câmaras responsáveis por 
garantir o recebimento do sangue no 
coração, enquanto os ventrículos são as 
câmaras responsáveis por garantir o 
bombeamento do sangue para a fora do 
coração. 
 No lado esquerdo do coração, 
percebe-se a presença apenas de sangue 
rico em oxigênio, enquanto do lado direito 
observa-se a presença apenas de sangue 
rico em gás carbônico. No coração, há 
ainda a presença de quatro válvulas que 
impedem o refluxo do sangue, permitindo, desse modo, um fluxo contínuo. 
 O coração apresenta três camadas ou túnicas: o endocárdio, o miocárdio e o epicárdio. O 
endocárdio é a camada mais interna. O miocárdio é a camada média, a qual é formada por 
tecido muscular estriado cardíaco, sendo ela, portanto, a responsável por assegurar que o 
sangue seja bombeado adequadamente devido às contrações musculares. O miocárdio é a 
camada mais espessa do coração. Por fim, temos o epicárdio, que é a camada mais externa. É 
no epicárdio que se acumula a camada de tecido adiposo que geralmente envolve o órgão. 
 O coração é capaz de contrair e também de relaxar, sendo chamada a contração de sístole e 
o relaxamento de diástole. Quando ele contrai, bombeia sangue e quando relaxa, enche-se de 
sangue. Nos seres humanos, os batimentos cardíacos originam-se no próprio coração. A região 
que origina o batimento cardíaco é chamada de nó sinoatrial e ele é caracterizado por ser um 
aglomerado de células que produzem impulsos elétricos. 
 
Vasos sanguíneos 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/coracao-humano.htm
@atravesdafisioterapia 
 Os vasos sanguíneos são um grande sistema de tubos fechados por onde o sangue circula. 
Os três principais vasos sanguíneos encontrados no corpo são as artérias, veias e os capilares. 
Veja, a seguir, algumas características básicas desses três vasos: 
 Artérias: As artérias são vasos que levam o sangue, a partir do coração, para os órgãos e tecidos 
do corpo. Nesses vasos, o sangue corre em alta pressão. As artérias ramificam-se em arteríolas. 
 Capilares: São vasos sanguíneos muito delgados que garantem a troca de substâncias entre o 
sangue e os tecidos do corpo. 
 Veias: Os capilares sanguíneos convergem para as chamadas vênulas, as quais convergem para 
as veias. As veias são os vasos que garantem que o sangue retorne ao coração. Nesses vasos, o 
sangue corre em baixa pressão e para evitar o refluxo do sangue as veias são dotadas de valvas. 
 
 Diferença entre veia, artéria e capilar: 
 
Os vasos sanguíneos, assim como o coração, são componentes do sistema cardiovascular, 
também chamado de sistema circulatório. Apesar de todos serem vasos que transportam 
sangue, existem algumas diferenças básicas entre veia, artéria e capilar. 
 
Característica comum aos vasos sanguíneos 
 
 Os vasos sanguíneos normalmente são formados por algumas camadas (túnicas) em 
comum: a túnica íntima, túnica média e túnica adventícia. A túnica íntima, camada mais interna, 
é formada por células endoteliais que se apoiam em tecido conjuntivo. Em seguida, temos 
a túnica média, formada por células musculares lisas e tecido elástico. Nais externamente, 
temos a túnica adventícia, formada principalmente por tecido conjuntivo denso não modelado 
e tecido conjuntivo frouxo. 
 
 Veias 
 As veias resultam da convergência 
de vasos capilares e se tornam de 
maior calibre à medida que chegam 
próximo ao coração. Diferentemente 
das artérias, a túnica média das veias 
apresenta músculos e fibras elásticas 
em menor quantidade, e a pressão 
sanguínea nesses vasos é baixa. 
 A tarefa principal das veias é levar 
sangue do corpo para o coração para 
que ele possa ser bombeado 
novamente para o corpo. Como 
algumas veias transportam sangue 
contra a gravidade e a pressão 
sanguínea é baixa, essas estruturas apresentam algumas válvulas. Essas válvulas, formadas por 
pregas da túnica íntima, garantem o fluxo correto do sangue em direção ao coração. 
 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-circulatorio.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-estrutura-dos-vasos-sanguineos.htm
@atravesdafisioterapia 
 Capilares 
 
 Os capilares são vasos sanguíneos muito delgados, sem túnica média e adventícia, que 
formam uma rede complexa de vasos. Por possuírem parede fina, com apenas poucas camadas 
de células, tornam-se local ideal para que ocorram as trocas gasosas. 
 
 Curiosidade: Há algum tempo o termo sangue venoso e arterial era utilizado para indicar o sangue 
que corria nas veias e nas artérias, respectivamente. Entretanto, o sangue venoso, que é rico em gás 
carbônico, circula também em artérias, mais precisamente na artéria pulmonar. O mesmo ocorre com 
sangue arterial, rico em oxigênio, que circula nas veias pulmonares. Assim sendo, é inadequado dizer 
que nas veias há apenas sangue venoso e que nas artérias há apenas sangue arterial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@atravesdafisioterapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@atravesdafisioterapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@atravesdafisioterapia 
A circulação nos seres humanos 
 
 O sangue chega ao coração pelo átrio direito por meio das 
veias cavas. Esse sangue é rico em gás carbônico e pobre em 
oxigênio. Esse sangue desoxigenado segue, então, para o 
ventrículo direito. Do ventrículo direito, é bombeado para os 
pulmões via artérias pulmonares. 
 Nos pulmões, ocorre o processo de hematose, o sangue até 
então rico em gás carbônico, recebe oxigênio proveniente da 
respiração pulmonar. O sangue rico em oxigênio volta ao 
coração via veias pulmonares, chegando a esse órgão pelo átrio 
esquerdo. Do átrio, ele segue para o ventrículo esquerdo. 
 Do ventrículo esquerdo, o sangue segue para o corpo, saindo do coração pela artéria aorta. 
O sangue então segue para os vários órgãos e tecidos do corpo. Nos capilares, ocorrem as trocas 
gasosas. O oxigênio presente no sangue passa para os tecidos e o gás carbônico produzido na 
respiração celular passa para o sangue. 
 Os capilares reúnem-se formando vênulas, que formam as veias, as quais seguem levando o 
sangue pobre em oxigênio para o coração. As veias cavas superior e inferior garantem que o 
sangue rico em gás carbônico seja levado até o átrio direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circulação sistêmica e pulmonar 
 
 A circulação nos seres humanos é denominada de circulação dupla, uma vez que se observa 
a presença de dois circuitos: a circulação sistêmica ou grande circulação e a circulação pulmonar 
ou pequena circulação: 
 Circulação sistêmica ou grande circulação: Diz respeito ao circuito que o sangue faz partindo do 
coração em direção aos vários tecidos do corpo e depois retornando a esse órgão. Ao chegar 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tipos-circulacao-sanguinea.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/circulacao-sistemica-pulmonar.htm
@atravesdafisioterapia 
do pulmão, o sangue é impulsionadopara o corpo. Nos capilares, são feitas as trocas gasosas, e 
o sangue, agora rico em gás carbônico e pobre em oxigênio, retorna ao coração. 
 Circulação pulmonar ou pequena circulação: Diz respeito ao circuito realizado pelo sangue do 
coração aos pulmões e seu retorno ao coração. Nesse circuito, o sangue sai pobre em oxigênio 
do coração, segue para o pulmão, onde é oxigenado, e retorna ao coração. 
 
 Transporte de substâncias pelo corpo execução das trocas necessárias à manutenção da 
hematose: 
 
• Nutrientes; água e gases homeostase (captados do meio exterior) 
• Resíduos que as células eliminam (e.g CO2 eH2O) 
• Materiais que se movem de célula para célula:m hormônios, glicose , células do sistema 
Imunológico, etc 
• Pressão capilar, para a filtração renal, troca de líquido entre os espaços intravascular e 
intersticial 
 
Resumindo a circulação 
 
Ventrículo esquerdo  aorta  Ramificações sucessivas das 
artérias Arteríolas  Capilares sanguíneos  Vênulas  
Veia cava (inferior e superior) Átrio direito  Ventrículo 
direito  Artéria pulmonar  Capilares pulmonares 
Vênulas  Veia pulmonar Átrio esquerdo  Ventrículo 
esquerdo 
 
 Circulação Sistêmica: leva sangue do VE para o corpo, 
oxigenando os tecidos e voltando ao coração. 
 Circulação Pulmonar: leva sangue do VD para o pulmão, 
eliminando CO2 e H2O e retorna ao coração. 
 A circulação central é aquela composta pelo lado direito e 
esquerdo do coração. O sangue chega ao coração pela veia 
cava e deixa o coração pela artéria aorta. A circulação 
sistêmica tem a aorta como seu ponto de entrada e a veia 
cava como seu ponto de saída. 
 
Mecânica cardíaca 
 
 O coração é um órgão auto-excitável pois não precisa de qualquer estímulo externo 
(nervoso ou outro) para se contrair (via estímulos miogênicos). 
 Todas as fibras pertencentes ao sistema condutor do coração são passíveis de auto-
excitação, despolarizando espontaneamente. No entanto, nem todas elas possuem igual 
automatismo, o que acarreta em uma hierarquia no automatismo cardíaco: a fibra com 
capacidade de se despolarizar mais rapidamente irá assumir a função de marcapasso cardíaco 
(despolarização espontânea ou despolarização diastólica), impondo ritmicidade ao batimento 
@atravesdafisioterapia 
cardíaco. Este papel é assumido pelo nodo sinusal ou nódulo sinoatrial. O que torna essas 
fibras auto-excitáveis é o seu potencial de repouso menos negativo, consequência de uma 
permeabilidade naturalmente aumentada aos íons Na+ dessas fibras. 
 
 
 
 
 
 
 
 Nos nodos SA e AV, a auto-excitação ocorre devido a um vazamento de Na+ para o interior da célula e 
também ao influxo de Ca++ pelos canais transitórios de Ca++ ou Canais de Ca++ T , que fazem com que o 
potencial atinja o limiar de excitabilidade. O gradativo influxo de íons eletropositivos torna o potencial no 
interior da célula cada vez mais próximo do potencial limiar. Esse intervalo, que compreende desde o 
potencial de repouso (-55 a –60 mV) até o limiar (-40 mV) chama-se Prépotencial. Quando o potencial atinge 
–40 mV, os canais de Na+ já estão fechados, não influenciando mais no potencial. Neste momento abrem-se 
os canais de Ca++ de longa duração ou Canais de Ca++ L , responsáveis pelo potencial de ação. Ao atingir, 
aproximadamente, 0 mV, abrem-se os canais de K + , que iniciarão a repolarização da fibra. 
 As células do nodo AV também apresentam potenciais marca-passo, embora a despolarização 
espontânea seja mais lenta que a do nodo SA. O trânsito do estímulo através do nodo atrioventricular tem 
características fundamentais, a principal é o retardo entre os batimentos atrial e ventricular. No momento em 
que o estímulo penetra na junção de transição entre o nodulo e o ventrículo, a velocidade de condução é de 
pouco mais de 1m/s, atinge um valor mínimo de 0,02m/s na região nodal, daí por diante volta a se acelerar até 
atingir a velocidade de 4m/s na região de contato com as fibras do feixe de Hiss. Essa condução lenta é 
responsável pelo retardo da contração ventricular em relação a atrial e portanto pelo enchimento ideal do 
ventrículo durante a sístole atrial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
@atravesdafisioterapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@atravesdafisioterapia 
 
A contração da fibra muscular pode ser graduada, diferente do que ocorre no músculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Chegada do potencial de ação à membrana das fibras musculares (sarcolema)  abertura de canais de 
Ca+2 controlados por voltagem  o ↑ Ca+2 induz abertura dos canais receptores de rianodina, (RyR) 
localizados no RE  libera Ca+2 do RE no hialoplasma  Ca+2 se liga a topônima (na miofibrila), modifica a 
forma da tropo miosina e libera o sítio de ligação (desbloqueia os sítios de ligação da actina)  a miosina se 
liga a estes sítios formando pontes cruzadas com a actina deslizamento da actina, resultando na contração 
da fibra. 
 Assim que cessa o estímulo, o cálcio é imediatamente rebombeado para o interior do retículo 
sarcoplasmático, o que faz cessar a contração. 
 
 
@atravesdafisioterapia 
Contração de relaxamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sequência do sistema de contração cardíaca (Mecânica Cardíaca): Nodo SA (sístole atrial) via 
internodal nodo AV (sístole ventricular) fascículo AV (ou feixe de His) com ramos E e D fibras purkinje 
SÍSTOLE = Fase de Contração (SA e SV) e fase de expulsão DIÁSTOLE = Fase de relaxamento (SA e SV) e fase 
de enchimento Nota: Os 2 átrios se contraem enquanto os 2 ventrículos relaxam e vice-versa Ciclo cardíaco ou 
Mecânica cardíaca 
 • Se referi a pressão o sangue ejetado do coração exerce sobre as paredes dos vasos sanguíneos. 
 • Corresponde ao valor máximo da sístole 
 • Depende da resistência vascular periférica. 
 • Corresponde ao valor mínimo da diástole 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@atravesdafisioterapia 
Propriedades do coração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluxo, pressão e resistência 
 
 A sangue sempre flui de áreas de: ↑ pressão para de  pressão. Logo o fluxo ao longo de um vaso é definido 
por dois fatores: o gradiente de pressão entre as extremidades deste vaso, e a resistência ao fluxo. A lei 
deOhm é a relação física que traduz o conceito de fluxo. Fluxo (F) = Pressão (P) Resistência (R) O fluxo 
sanguíneo para qq porção do sistema vascular ou para cada órgão será determinado = pressão efetiva de 
perfusão (1) naquela porção (ou orgão) dividido pela resistência (2). 1. Pressão efetiva de perfusão: É a pressão 
intraluminal média na extremidade arterial menos a pressão na extremidade venosa. 2. Resistência: É dada 
por unidades de resistência (R), calculada por: Resistência (R) = Pressão (P) Fluxo (F) A resistência vascular é 
qualquer impedimento proporcionado por um vaso ao fluxo nele contido. O fluxo sanguíneo através de todo o 
sistema circulatório é equivalente ao débito cardíaco, ou seja, é igual ao bombeamento do sangue pelo 
coração, que no homem adulto equivale a 100 mL/s.FLUXO, PRESSÃO & RESISTÊNCIA Fluxo (F) = Pressão (P) 
Resistência (R) 
 Exemplo 1: Circulação Cardiovascular Considerando que a diferença de P entre artérias sistêmicas e as veias 
sistêmicas é de ~100mmHg, logo a Resistência = 100 mmHg/100 mL.s-1 = 1 URP (unidade de resistência 
periférica) Resistência (R) = Pressão (P) Fluxo (F) 
 Exemplo 2: Circulação Pulmonar Considerando que a pressão arterial média é de cerca de 16 mmHg, 
enquanto a pressão atrial esquerda é de cerca de 2 mmHg. Sendo assim, a diferença de pressão neste sistema 
é de aproximadamente 14 mmHg., logo a Resistência = 14 mmHg/100 mL.s-1 = 0.14 URP (unidade de 
resistência periférica) 
 Logo: resistência vascular pulmonar é de aproximadamente 0,14 URP, ou seja, quase sete vezes menor que 
a resistência da circulaçãosistêmica (= 1 URP) 
 NOTA: Todos os órgãos da circulação sistêmica são expostos à mesma pressão de perfusão. Portanto, as 
diferenças no fluxo sangüíneo para os vários órgãos resultam exclusivamente de suas diferentes resistências 
vasculares. 
 A resistência vascular de um órgão é determinada principalmente pelo diâmetro de suas arteríolas. 
Portanto, a vasodilatação e vasoconstricção arteriolar são os mecanismos que aumentam ou diminuem o fluxo 
sanguíneo em um órgão com relação a outro. 
@atravesdafisioterapia 
 O fluxo de sangue para o lado direito do coração (que, naturalmente, é igual ao débito cardíaco) é de 2,5 
L/min em repouso e aumenta para 10 L/min durante o exercício (aumento de 4 vezes). 
 Todo o débito cardíaco passa pelos pulmões e em seguida é bombeado pelo ventrículo esquerdo (VE) para 
o sistema arterial sistêmico. As artérias sistêmicas liberam sangue para cada um dos leitos vasculares 
sistêmicos (coronário, cerebral, esplâncnico, renal, muscular esquelético e outros.) em cada órgão sistêmico, o 
sangue precisa passar através de arteríolas de alta resistência antes de alcançar os capilares.As arteríolas 
agem como coxins ajustáveis ou constrictores. 
 A fração do débito cardíaco total que vai para os diferentes órgãos varia em percentagens. Como cada 
órgão fica exposto á mesma pressão arterial (PA) e pressão venosa (PV) a fração do débito cardíaco que cada 
órgão recebe é determinada pelas suas resistências relativas. A resistência é determinada principalmente pelo 
diâmetro arteriolar. 
 Durante o exercício vigoroso, as arteríolas das musculatura esquelética dilatam-se ao máximo, e o fluxo 
sanguíneo para os músculos em exercício aumenta 16 vezes (de 0,5 mL/min em repouso para 7,8 mL/min). As 
arteríolas coronarianas também se dilatam, e o fluxo sanguíneo coronariano aumenta cerca de 4 vezes, o que 
satisfaz a maior demanda de oxigênio do músculo cardíaco. 
 A vasoconstricção causa pequena redução no fluxo sanguíneo para a circulação esplâncnica e renal. O fluxo 
sanguíneo para o cérebro fica praticamente inalterado. A percentagem de débito cardíaco total recebida pelo 
cérebro diminui. Animais com insuficiência cardíaca, o débito cardíaco não aumenta muito acima de seu nível 
de repouso. Por conseguinte, a pressão arterial cai durante exercício, e nenhum órgão recebe o fluxo 
sanguíneo necessário. É por isso que os animais com insuficiência cardíaca exibem fraqueza, fadiga e 
intolerância a exercício. 
 A vasodilatação e a vasoconstricção arteriolar são os mecanismos que aumentam ou diminuem o fluxo de 
sangue em um órgão em relação a outro órgão. Os fatores que afetam a resistência arteriolar podem ser 
divididos em intrínseco e extrínseco. 
 Mecanismos de controle extrínsecos atuam externamente em um tecido, através de nervos ou hormônios, 
para alterar a resistência arteriolar. 
 O controle intrínseco, é exercido através de mecanismos locais dentro de um tecido. Por exemplo, a 
histamina é liberada de mastócitos dos tecidos em reposta a lesões ou durante reações alérgicas. A histamina 
atua localmente no músculo liso arteriolar e, assim, aumenta o fluxo de sangue para o tecido. Outro exemplo 
de controle intrínseco é a dilatação arteriolar e o fluxo de sangue aumentado durante atividade física no 
músculo esquelético. 
 Os mecanismos intrínsecos predominam sobre o mecanismo no controle das arteríolas na circulação 
coronária, cérebro e no músculo esquelético em atividade. Por outro lado, os mecanismos extrínsecos 
predominam sobre os mecanismos intrínsecos no controle do fluxo sangüíneo para os rins, os órgãos 
esplâncnicos e os músculos esqueléticos em repouso. Em geral, o controle local Intrínseco predomina sobre o 
controle extrínseco nos chamados tecidos críticos – os que necessitam de bastante sangue para suprir suas 
necessidades metabólicas a todo o momento para a sobrevivência do animal. 
 A resistência ao fluxo de sangue é determinada não somente pelo raio dos vasos sanguíneos (resistência 
vascular), mas também pela viscosidade do sangue. 
 O plasma é 1.8 vezes mais viscoso que a água. O sangue total é 3 a 4 vezes mais viscoso que o plasma. Logo 
a viscosidade do sanguínea depende em sua maior parte do hematócrito. 
 Nos grandes vasos, aumento de hematócrito causam aumento considerável da viscosidade. 
 Em vasos menores que 100 m (i.e. arteríolas, capilares e vênulas) a alteração da viscosidade por unidade de 
mudança do hematócrito é muito menor do que o é em vasos de grosso calibre. Isso se deve a uma diferença 
na natureza do fluxo pelos pequenos vasos. 
 Logo, alterações nos hematócritos tem relativamente pouco efeito sobre a resistência periférica, exceto 
quando as alterações são grandes. 
 Exemplos: 
1) Policitemia grave (produção excessiva de hemácias) há aumento da resistência elevando o trabalho do 
coração; 
@atravesdafisioterapia 
2) Anemia acentuada há diminuição da resistência periférica. Nesta doença ocorrerá hemoglobina   da 
capacidade de transporte de O2 do sangue; mas o fluxo sanguíneo melhorado pela menor resistência (devido 
menor viscosidade) compensa parcialmente esta limitação. 
 
Debito e frequência cardíaca 
 
 Débito Cardíaco (DC) = volume de sangue ejetado pelo ventrículo em determinado período de tempo. É 
calculado por: DC = VS x FC ; valor médio 5L/min 
 Frequência Cardíaca (FC) = número de batimentos do coração por unidade de tempo. Determinada pelo 
marcapasso e pelas modulações do Nodo AS; valor médio = 70 ppm em repouso (70batimentos/min) 
 Volume sistólico (VS)= Quantidade de sangue bombeada pelo ventrículo durante uma única ejeção 
ventricular; valor médio = 70 mL Logo: DC = 70 mL x 70 bat/min = 4900 mL/ min ( 4,9 L/min) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@atravesdafisioterapia 
Controle local da vasoconstrição e vasodilatação arterial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As lesões cardiovasculares estão entre as doenças que mais causam mortalidade no mundo. A capacidade 
física e funcional são as principais causas de incapacidade em realizar as atividades laborais e pessoais. Além 
de fatores psicológicos que influenciam em uma má qualidade de vida em cardiopatas. 
 Assim, um programa de Reabilitação Cardíaca abrange atividades com exercícios aeróbicos e resistidos 
proporcionando à reversão ou controle do sedentarismo. Atuação do Fisioterapeuta na Cardiologia vem 
crescendo e em 1993 foi fundado o Departamento de Fisioterapia da SOCESP. 
 
O que é fisioterapia cardiológica? 
 
 A Fisioterapia Cardiológica está relacionada à prevenção e ao 
tratamento das doenças cardíacas através do exercício físico, 
proporcionando uma série de benefícios como: 
 Melhora na capacidade funcional 
 Redução de fatores de risco 
 Redução dos sintomas 
 Melhora na qualidade de vida e detecção precoce de sinais 
 Sintomas que antecedem importantes complicações e 
descompensações. 
 É um tratamento considerado eficiente para pacientes 
diagnosticados de insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, cardiopatias congênitas, entre outras. A 
Fisioterapia Cardiológica permite que o paciente retorne gradativamente as suas atividades básicas do 
cotidiano. 
 
Aspectos da reabilitação cardíaca 
 
 A Organização Mundial da Saúde (OMS) define Reabilitação Cardíaca como atividades necessárias para 
assegurar da melhor maneira possível às condições físicas, mentais e sociais do cardiopata, possibilitando o 
seu retorno à comunidade e proporcionando vida ativa e produtiva. 
@atravesdafisioterapia 
 Os programas de reabilitação cardíaca foram desenvolvidos com o propósito de trazer os pacientes 
cardiopatas de volta às suas atividades diárias habituais, com ênfase na prática do exercício físico, 
acompanhada por ações educacionais voltadas para mudanças no estilo de vida. 
 A Reabilitação Cardíaca tem sido recomendada para pacientes apósinfarto agudo do miocárdio e após 
cirurgia de revascularização do miocárdio, pós-operatório de cirurgias cardíacas, insuficiência cardíaca 
crônica, pré e pós transplante cardíaco, intervenções percutâneas do miocárdio, doenças valvares e doença 
arterial periférica. 
 
As fases da reabilitação cardíaca 
 
 A intervenção fisioterapêutica na Reabilitação Cardíaca pode ser dividida em 3 fases: 
 Hospitalar 
 Ambulatorial 
 Manutenção, que pode ser supervisionada ou não supervisionada. 
 
Fase hospitalar 
 
 Engloba atitudes tomadas desde o início da internação à alta hospitalar. O fisioterapeuta poderá atuar no 
pré ou pós-operatório e também na fase de compensação cardíaca. Assim é possível evitar complicações dos 
efeitos deletérios do repouso, mantendo ou melhorando a amplitude de movimento e força muscular. 
Também é possível realizar orientações quanto à prevenção de fatores de risco a quedas, entre outros. 
 Nos pacientes cirúrgicos, o fisioterapeuta trata principalmente do sistema respiratório, realizando higiene 
brônquica e promovendo a reexpansão pulmonar através de manobras ou uso de incentivadores respiratórios. 
Também são oferecidos suportes e cuidados em ventilação mecânica, determinando parâmetros adequados 
caso o paciente esteja ou necessite de intubação endotraqueal. 
 
Fase ambulatorial 
 
 Corresponde ao processo de reabilitação fora do hospital, indo da alta hospitalar até aproximadamente a 
três meses após a internação. Os programas de Reabilitação Cardíaca ambulatorial foram desenvolvidos com 
ênfase no exercício físico e são acompanhados de ações educacionais para mudanças e adaptação no estilo de 
vida. 
 O objetivo é melhorar a funcionalidade e qualidade de vida, principalmente manutenção do programa de 
exercícios. Assim é possível manter força muscular, flexibilidade e condicionamento cardiorrespiratório, 
evitando descompensações. 
 A Reabilitação Cardíaca na fase ambulatorial abrange atividades com exercícios aeróbicos associados a 
exercícios resistidos, proporcionando condicionamento físico e reversão ou controle do sedentarismo. A 
intensidade do exercício deve ser suficiente para aumentar a força e resistência muscular dos principais grupos 
musculares. Recomenda-se um conjunto de 8 a 10 exercícios com frequência de 2 a 3 vezes por semana. 
 
Fase de manutenção (supervisionada ou não supervisionada) 
 
 Considerada a fase da recuperação e manutenção da capacidade funcional, a qual é muito importante, 
sendo o paciente responsável por dar continuidade a todo treinamento aprendido e orientado pelo 
fisioterapeuta, realizando sozinho ou em grupo, podendo ser realizado com ou sem a supervisão de um 
profissional. 
 A Reabilitação Cardíaca não supervisionada pode ser alternativa para aumentar a adesão ao treinamento 
físico em pacientes de baixo risco. Além disso oferece custos inferiores quando comparados à Reabilitação 
Cardíaca supervisionada. 
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 Caso o paciente optar e tiver condição financeira, ele também poderá continuar o seu programa de 
exercícios com a supervisão de um fisioterapeuta ou personal trainer qualificado. O paciente ainda poderá 
realizar atividades em grupo, o que pode trazer um ânimo a mais nessa fase. 
Independentemente, se supervisionada ou não supervisionada, a da prática regular e contínua de exercício 
físico impede o descondicionamento tanto físico quanto cardiorrespiratório, evitando a descompensação 
cardíaca. 
 
A importância das coletas de dados 
 
 O fisioterapeuta exerce um papel primordial na Reabilitação Cardiológica. Ao primeiro contato com o 
paciente, ele analisa as capacidades e limitações, sempre com base na avaliação funcional e clínica. Em 
seguida, desenvolve um plano de tratamento com objetivos a serem alcançados e as condutas que serão 
realizadas. 
 Os exercícios realizados na fisioterapia visam melhorar a mobilidade e a condição física, social e mental dos 
pacientes para que sejam capazes de retornar as suas atividades de vida diária. A frequência a ser realizada 
dependerá do estado clínico do paciente, e pode ainda, ser feita juntamente com a equipe multidisciplinar 
para melhores resultados. 
 
Análise 
 
 Os dados obtidos na avaliação física e em exames como o teste ergométrico ou cardiopulmonar fornecem 
informações que permitem avaliar e analisar as limitações funcionais dos sistemas envolvido. Assim, é viável 
delinear o plano de tratamento e prescrever exercícios adequados para o paciente com segurança e eficiência. 
 É importante que o fisioterapeuta responsável pela Reabilitação conheça sobre fisiologia do exercício, suas 
repercussões e principalmente as alterações fisiológicas e sintomatológicas das diversas doenças 
cardiovasculares. 
 
 
Benefícios da reabilitação cardíaca no pós-operatório de pacientes submetidos a transplante cardíaco 
 
 O Transplante Cardíaco (TC) é a primeira opção de tratamento na falência cardíaca, e as principais 
indicações para a realização são: 
 A rejeição de corações previamente transplantados 
 Cardiomiopatia dilatada 
 Doença arterial coronariana 
 Miocardiopatia isquêmica 
 Doença valvar 
 Cardiopatia congênita, quando a terapia farmacológica não é mais responsiva. 
 O frequente êxito do TC proporciona uma segunda chance de vida para pacientes em estágio final da 
doença, aumentando em média 10 anos de sobrevida dos transplantados, proporcionando o retorno as suas 
atividades diárias com melhor qualidade de vida. 
 O programa de Reabilitação Cardíaca tem sido eficiente no tratamento de pacientes transplantados, 
podendo ser iniciado antes mesmo da cirurgia, no pré-operatório. 
 A Reabilitação Cardíaca proporciona ao transplantado diversos benefícios, tais como a adequada 
readaptação às atividades de vida diária e ocupacionais, redução da frequência cardíaca e da pressão arterial 
em repouso e no exercício submáximo, aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo), retardo da 
elevação de lactato durante o exercício, redução no Índice de Percepção de Esforço (IPE) representado pela 
escala de Borg, e melhora da capacidade funcional e consequentemente da qualidade de vida. 
 Programas de Reabilitação Cardíaca com duração de 8 a 12 meses podem aumentar em até 50% a 
capacidade funcional de pacientes submetidos a transplante cardíaco. Através do desenvolvimento de 
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adaptações centrais e periféricas melhora-se a extração periférica de oxigênio e o desempenho 
hemodinâmico. 
 Para esse grupo de pacientes, os programas formais de exercício parecem ser mais proveitosos do que 
somente a prática da atividade física domiciliar. Além de recuperarem a capacidade funcional, eles 
beneficiam-se do suporte educacional, nutricional e do apoio psicológico disponíveis em programas 
estruturados de Reabilitação Cardíaca. 
 
Atuação do fisioterapeuta no tratamento pós-transplante cardíaco 
 
 Segundo as Diretrizes de Reabilitação Cardíaca a prescrição de exercícios deve ficar a cargo de profissional 
especializado em exercícios físico. Em geral, os programas de Reabilitação Cardíaca para pacientes 
cardiopatas resultam na melhora do condicionamento físico e da capacidade funcional. Além da redução da 
frequência cardíaca e da concentração plasmática de catecolaminas em intensidades submáximas de 
exercícios, entre outros. 
 
Fases de tratamento através de exercícios 
 
Fase hospitalar 
 
 Nesta fase inicia-se o aconselhamento do paciente e familiar quanto aos fatores de risco e mudanças de 
hábitos. Os principais procedimentos utilizados nesta fase são os da fisioterapia respiratória, que utiliza 
manobras respiratórias que consistem em técnicas manuais, posturais e cinéticas, para evitar infecções 
respiratórias, atelectasias e acúmulo de secreção em vias aéreas. As técnicas mais aplicadas são: 
 
Exercícios respiratórios 
 
 Os exercíciosrespiratórios visam promover a aprendizagem de um padrão respiratório normal englobando 
a conscientização do movimento toraco-abdominal, ganho de força da musculatura respiratória, além de 
favorecer a reexpansão pulmonar, o aumento da ventilação e da oxigenação, e a melhora da mobilidade da 
caixa torácica. 
 
Tapotagem ou percussão pulmonar 
 
 São manobras realizadas com a mão em concha sobre a superfície externa do tórax do paciente 
proporcionando vibrações mecânicas, as quais são transmitidas aos pulmões, gerando mobilização das 
secreções pulmonares. 
 
Vibração manual pulmonar 
 
 A vibração é a aplicação de movimentos ritmados durante a expiração, aumentado o fluxo expiratório e 
conduzindo as secreções já soltas para serem expectoradas. 
Nessa fase, também é importante realizar fisioterapia motora para manutenção e/ou ganho de força 
muscular, amplitude de movimento, treino de equilíbrio e marcha. Alguns exemplos: 
 Movimentação passiva ou ativo-assistida: 
 Movimentação ativa de membros superiores: 
 A fisioterapia deve se iniciar nas primeiras 24 horas após cirurgia com exercícios passivos, evoluindo para 
movimentação ativa e uma deambulação lenta, até chegar à fase ambulatorial. 
 
Fase Ambulatorial 
 
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 Esta fase tem um importante papel na manutenção do bem-estar do transplantado, favorecendo maior 
tempo de sobrevida com melhor qualidade de vida. Esta fase está relacionada com a ausência dos sintomas 
da insuficiência cardíaca, responsável por promover a adequada readaptação e o retorno das atividades 
básicas e instrumentais de vida diária, e possivelmente, para as suas atividades laborais. 
 Na fase ambulatorial ainda ocorre a necessidade de monitorização, podendo ser realizada fora do ambiente 
hospitalar, em ambulatório ou em clínica de reabilitação especializada, cujo principal objetivo é evitar a 
evolução da patologia, rejeição do novo coração, e o aparecimento de um novo acometimento cardiovascular. 
 Nessa fase destaca-se a combinação do exercício aeróbico e do resistido como protocolo ideal, 
demonstrando maiores benefícios a curto e longo prazo. 
 
Treino aeróbico 
 
 Pode ser realizado em esteira ou bicicleta ergométrica, e ainda, através de circuitos ativos que associam 
deslocamentos ântero-posterior e látero-lateral. 
 Há comprovação cientifica que os exercícios aeróbicos promovam um aumento do VO2 de pico, 
traduzindo-se em aumento da capacidade de suportar esforços prolongados, além de redução do colesterol 
total, LDL e níveis séricos de glicose. 
 Já os exercícios resistidos são capazes de incrementar o tempo de exercício aeróbico, além de promover o 
aumento de força muscular dos membros superiores e inferiores, refletindo na melhora da capacidade física. 
Por isso é muito importante continuar realizando-os na próxima fase, a qual deverá ser “eterna”. 
 Os exercícios resistidos devem ser realizados tanto para os membros superiores quanto inferiores, através 
da resistência manual, de molas ou elásticos, auxiliando no aumento da massa muscular e da densidade óssea. 
Este tipo de treinamento é particularmente importante, porque neste grupo de pacientes ocorre perda de 
massa magra e óssea em consequência da insuficiência cardíaca e dos medicamentos utilizados no pós-
transplante. 
 
Fase de manutenção ou não supervisionada 
 
 É a última e a principal fase, onde o paciente já está apto a realizar suas atividades diárias e ainda praticar 
os exercícios de forma independente, sozinho ou em grupo, com ou sem supervisão, realizando de forma 
consciente em qualquer ambiente (clínicas, clubes, academias), inclusive em seu domicilio. 
 É importante que o paciente tenha acompanhamento da equipe multiprofissional, a qual irá realizar 
avaliações semestrais para realizar atualização do programa de orientações e de treinamento físico, além dos 
exames de rotina. Portanto, é de extrema importância que os pacientes continuem realizando o programa de 
treinamento com exercícios aeróbicos e resistidos para manter os benefícios alcançados durante a 
Reabilitação Cardíaca por mais tempo. 
 Independentemente do método de Reabilitação Cardíaca pós-transplante, os pacientes têm obtido 
resultados benéficos. A intensidade do exercício deve ser suficiente para manter e/ou aumentar a força e 
resistência muscular dos principais grupos musculares, de acordo com a avaliação prévia do fisioterapeuta. Os 
transplantados submetidos a programas de Reabilitação Cardíaca, que realizam sessões de exercício quatro 
vezes por semana com intensidade moderada, apresentaram melhora da capacidade aeróbia entre 20 e 50%. 
 
Cuidados necessários com o seu paciente pós-cirurgia 
 
 Após o transplante cardíaco é necessário que o paciente o ambiente domiciliar, e também a sua nova 
rotina, necessitando seguir diversas orientações para a manutenção do seu bem estar e prevenção de 
complicações, em especial nos meses iniciais do pós-transplante. 
Modificações no cotidiano são exigidas e trazem consigo o esvaziamento das escolhas pessoais, determinadas 
por um conjunto de orientações e regras caracterizadas pela padronização e impessoalidade, sendo de 
fundamental importância a atuação de uma equipe multidisciplinar, proporcionando ao paciente maior ajuda 
na adaptação à nova vida. 
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 A rotina diária da pessoa submetida a um transplante diferencia-se de outras não submetidas devido aos 
cuidados excessivos que se deve ter em relação à prevenção de infecções, alimentação saudável e adequada, 
manutenção do peso e administração continuada da medicação rigorosamente no horário prescrito. 
 
Restrições de exercícios 
 
 Após o transplante cardíaco o paciente deve ser orientado por profissionais competentes e respeitar alguns 
ítens: 
 A cicatrização total da ferida cirúrgica, que ocorre entre a 6ª e a 8ª semana pós-cirurgia. Neste período não se 
deve levantar objetos muito pesados, empurrar ou puxar objetos grandes ou de muito peso, e nem realizar 
atividades que provoquem dor no local da cirurgia. 
 Esportes de contato, que possam provocar choque na região torácica e abdominal (como o futebol, handebol, 
jiu-jitsu, karaté, basquetebol, etc) devem ser evitados. 
 Exercícios físicos devem ser suspensos durante episódios de rejeição, dispneia ou cansaço. 
 
O que são as doenças cardiovasculares? (dcv) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As doenças cardiovasculares (cardio=coração e vascular=vasos sanguíneos) são doenças que afetam o 
sistema cardiovascular: coração e vasos sanguíneos (incluindo as artérias, veias e vasos capilares). Existem 
vários tipos de doenças cardiovasculares sendo que as mais graves são as que afetam as artérias coronárias e 
as artérias do cérebro. 
 A maioria das doenças cardiovasculares é provocada por aterosclerose, ou seja, acumulação de placas de 
gordura e cálcio que dificultam ou impedem mesmo a circulação do sangue. Quando isto acontece, as artérias 
podem fechar e deixar de poder oxigenar os tecidos, ocorrendo um enfarte na região que não recebeu 
oxigénio e entrou em colapso. No caso do enfarte do miocárdio e da angina do peito a arteriosclerose 
acontece nas artérias coronárias; no acidente vascular cerebral (AVC) o depósito destas placas acontece nas 
artérias do cérebro. Este é um processo silencioso que tem início numa fase precoce e progride ao longo da 
vida, apresentando-se já num estado avançado quando surgem os primeiros sintomas clínicos. 
 
 
 
 
 
 
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Os principais fatores de risco 
 
 Entende-se por fator de risco uma condição que aumenta o risco, ou seja a 
probabilidade, de se sofrer de uma doença cardiovascular. A investigação científica tem 
permitido identificar e dividir em duas categorias os fatores de risco para estas doenças: 
fatores de risco modificáveis e fatores de risco não modificáveis. 
 
 
Fatores de risco modificáveis 
 
 Grande parte dasdoenças cardiovasculares resulta de um estilo de vida inapropriado, ou seja, de fatores de 
risco modificáveis. O controlo destes fatores de risco, em conjunto, é uma arma potente para combatermos a 
principal causa de morte e de incapacidade no mundo: 
 Pressão arterial elevada (hipertensão arterial); 
 Açúcar elevado no sangue (Diabetes); 
 Colesterol elevado (hipercolesterolemia); 
 Triglicerídeos elevados (hipetrigliceridemia); 
 Pouco exercício físico (sedentarismo); u Excesso de peso e obesidade; 
 Hábito de fumar; u Abuso de bebidas alcoólicas. 
 
 Fatores de risco não modificáveis 
 
 Há fatores de risco que não podemos alterar com o nosso estilo de vida e que também aumentam o risco de 
desenvolvermos algumas doenças cardiovasculares: 
 Sexo; 
 Idade; 
 Genética (inclui a história familiar de doenças cardiovasculares). 
 
Como prevenir as doenças cardiovasculares 
 
 O nosso comportamento pode evitar e controlar a maioria das doenças cardiovasculares. É muito 
importante tentarmos controlar o conjunto de fatores de risco para estas doenças e não apenas 
individualmente, uma vez que estes se potenciam uns aos outros. 
 Algumas dicas para prevenir as doenças cardiovasculares: 
 Controlar a tensão arterial através de uma alimentação saudável, redução do consumo do sal, exercício 
físico, entre outros; 
 Controlar o excesso de peso especialmente no abdómen; 
 Reduzir o açúcar no sangue e prevenir/controlar a Diabetes; 
 Controlar o colesterol através de uma alimentação saudável e exercício físico; 
 Ser ativo através da prática de exercício físico diário; 
 Ter uma alimentação saudável rica em fruta e vegetais; 
 Deixar de fumar; 
 Diminuir o stress. 
 
As doenças cardiovasculares 
 
 As doenças cardiovasculares são mais comuns em pessoas com mais idade e com história familiar. 
Contudo, não significa que pessoas mais jovens e sem histórico familiar não as possam desenvolver. Os 
sintomas das doenças cardiovasculares são muito variados e, por regra geral, aparecem em fases em que a 
doença já está instalada, o que dificulta a sua prevenção. Normalmente, os sintomas estão associados ao tipo 
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de doença que o indivíduo tem. Alguns exemplos desses sintomas são: a dificuldade em respirar, dor no peito, 
desmaio, alterações no ritmo cardíaco. 
Existem inúmeras doenças cardíacas, algumas das quais muito frequentes e/ou com maior gravidade. Abaixo 
destacamos alguns tipos de doenças cardiovasculares. 
 
Hipertensão e aterosclerose 
 São doenças que afetam o funcionamento das artérias e podem levar a insuficiências cardíacas muito 
graves. 
 
Hipertensão 
 
 A hipertensão arterial é uma doença que surge quando há um aumento 
exagerado da tensão do sangue nas paredes das artérias. Existe uma série de 
fatores, de origem genética e ambiental que podem originar esta condição. Os 
sintomas da hipertensão são as tonturas, hemorragias nasais e dores de cabeça. 
Está demonstrado que mudar alguns hábitos de vida é muitas vezes suficiente 
para controlar a hipertensão, nomeadamente diminuir o consumo de sal, comer 
frutas, legumes e saladas, praticar exercício físico, evitar o consumo de álcool, 
reduzir o stress e perder peso. No entanto, quando a alteração dos hábitos de vida não é suficiente deve 
recorrer-se ao tratamento com recurso à utilização de fármacos. 
 
Aterosclerose 
 
 A aterosclerose é uma doença inflamatória que se caracteriza-se por 
depósitos (placas) de várias substâncias nas paredes das artérias. A 
deposição de substâncias gordas, como o colesterol e outros elementos 
que são transportados pela corrente sanguínea, causam uma obstrução 
dos vasos sanguíneos. É uma doença lenta, progressiva e silenciosa que 
pode iniciar-se ainda durante a infância e não causar sintomas até aos 
50/70 anos. No entanto, têm aumentado o aparecimento de sintomas em 
jovens adultos entre os 30/40 anos, principalmente se forem fumadores. 
A aterosclerose afeta as artérias de grande e médio calibre, sendo a causa principal de doenças cardíacas 
muito graves e frequentes como o enfarte agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC). 
 Esta doença não está, aparentemente, relacionada com fatores genéticos e o seu aparecimento depende 
fundamentalmente de estilos de vida menos saudáveis É por isso uma condição da nossa sociedade que pode 
ser evitada (ver secções dos fatores de risco e prevenção de doenças cardiovasculares). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Angina do peito, enfarte agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (avc) 
 
 Estas doenças caracterizam-se pela acumulação de depósitos de gordura nas células que revestem a 
parede das artérias com obstrução à passagem do sangue e insuficiência cardíaca. 
 
Angina do peito 
 
 A angina ou angina de peito, caracteriza-se por uma dor torácica 
transitória ou uma sensação de pressão que se produz quando o 
músculo cardíaco não recebe oxigénio suficiente. Aparece de forma 
característica durante um esforço físico, dura só alguns minutos e 
desaparece com o repouso. Algumas pessoas podem prevê-la, pois 
conhecem com que grau de esforço a angina de peito se manifesta 
(para outras os episódios são imprevisíveis). 
 Pode também surgir devido à obstrução de uma artéria coronária 
fazendo com que o fluxo sanguíneo pare quase completamente. Os 
sintomas neste caso são semelhantes aos de um enfarte mas menos 
intensos e com duração inferior (menos de 20 minutos) e incluem 
aperto no peito que irradia para o braço esquerdo, normalmente 
acompanhado por falta de ar, palidez e náuseas. 
 
Enfarte agudo do miocárdio 
 O enfarte agudo do miocárdio, vulgarmente conhecido como ‘ataque cardíaco’ é uma das principais 
causas de morte. Ocorre quando há uma interrupção brusca do fluxo sanguíneo que chega ao coração, 
geralmente devida à obstrução de uma artéria coronária, produzindo, como consequência, a destruição 
(morte) do músculo cardíaco (miocárdio) por falta de oxigénio. 
 A capacidade do coração para continuar a bombear sangue depois de um enfarte depende da extensão e 
da localização do tecido lesionado (enfarte). A localização da lesão depende da artéria obstruída. Se a lesão 
afeta mais de metade do tecido cardíaco, o coração funciona mal e é provável que se verifique uma 
incapacidade grave ou a morte. Mesmo quando a lesão é menos extensa, o coração pode não ser capaz de 
bombear adequadamente dando origem a uma insuficiência cardíaca ou um choque (que é um quadro ainda 
mais grave). 
 A causa mais frequente de obstrução completa de uma artéria coronária é um coágulo sanguíneo que 
geralmente se forma devido a depósitos de gorduras e outras substâncias nas paredes das artérias. Outras 
causas menos frequentes dos enfartes do miocárdio são a formação de coágulos no coração (êmbolos) que 
se podem desprender e fixar nas artérias coronárias, e o espasmo de uma artéria coronária que impede o fluxo 
sanguíneo no coração. Estes espasmos podem ser causados por drogas como a cocaína ou tabaco ou por 
outras causas ainda desconhecidas. 
 Aproximadamente 2 em cada 3 pessoas que têm um enfarte do miocárdio referem ter tido angina de 
peito intermitente, dispneia ou fadiga poucos dias antes. Os episódios de dor podem tornar-se mais 
frequentes, inclusive com um esforço físico cada vez menor. Uma angina do peito instável pode originar um 
enfarte. 
Os sintomas de um enfarte do miocárdio incluem: 
 Dor (sintoma mais típico) no meio do peito que se estende às costas, ao maxilar, ao braço esquerdo ou, 
com menor frequência, ao braço direito. A dor pode aparecer em uma ou várias destas localizações e 
não no peito. Com menos frequência, a dor pode sentir-se também no abdómen. A dor de um enfarte 
é semelhante à da angina de peito mas é geralmente mais intensa, dura mais tempo e não se acalma 
com o repouso ou com a administração de nitroglicerina; 
 Outros sintomas incluemuma sensação de desfalecimento e de um forte martelar do coração; 
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 Durante um enfarte, o doente pode sentir-se inquieto, suado, ansioso e experimentar uma sensação de 
morte iminente. Há casos em que os lábios, as mãos ou os pés se tornam ligeiramente azuis (cianose). 
Nos idosos, também pode observar-se desorientação. 
 Apesar de todos estes possíveis sintomas, 1 em cada 5 pessoas é assintomática ou 
apresenta sintomas muito ténues. Pode acontecer que um enfarte silencioso só seja 
detetado algum tempo depois, ao se efetuar um eletrocardiograma (ECG) por qualquer 
outro motivo. 
 O ECG é o exame diagnóstico inicial mais importante quando se suspeita de um 
enfarte agudo do miocárdio. Em muitos casos este exame mostra imediatamente se 
uma pessoa está ou não a ter um enfarte. De acordo com o tamanho e a localização da 
lesão do músculo cardíaco podem detetar-se diferentes anomalias no ECG. 
 Para além do ECG, a medição das concentrações de certas enzimas no sangue também é útil para 
diagnosticar um enfarte. A enzima CK-MB que se encontra normalmente no músculo cardíaco é libertado 
para o sangue quando este se lesiona. Quando o ECG e a determinação de CK-MB não proporcionam 
informação suficiente, pode realizar-se um ecocardiograma ou um estudo radio isotópico. Os 
ecocardiogramas podem mostrar se existe ou não uma redução da mobilidade de uma parte da parede 
ventricular esquerda (a cavidade do coração que bombeia o sangue para o corpo), o que dá indicação que 
pode haver uma lesão por enfarte. As imagens com isótopos radioativos podem evidenciar uma redução 
persistente do fluxo de sangue numa região do músculo cardíaco, o que sugere a existência de uma cicatriz 
(tecido morto) causada por um enfarte. 
 Um enfarte agudo do miocárdio é uma urgência médica. Metade das mortes por enfarte ocorrem nas 
primeiras 3 ou 4 horas após o início dos sintomas. Quanto mais cedo se iniciar o tratamento maiores serão 
as probabilidades de sobrevivência. Qualquer pessoa com sintomas que possam indiciar um enfarte deverá 
consultar um médico imediatamente. 
 As principais formas de tratamento de um enfarte do miocárdio são: 
 A administração de um comprimido mastigável de aspirina que reduz o coágulo na artéria coronária e 
aumenta as probabilidades de sobrevivência; 
 A administração de um betabloqueador para retardar a frequência cardíaca que diminui o esforço do 
coração e ajuda a limitar a lesão; 
 A administração de oxigénio através de uma máscara ou de um tubo com as extremidades 
introduzidas nas fossas nasais, causando o aumento da pressão do oxigénio no sangue, 
proporcionando mais oxigénio ao coração; 
 A administração de morfina e nitroglicerina que ajuda a aliviar a dor e tem um efeito calmante, 
reduzindo a atividade do coração. Os inibidores da enzima conversor da angiotensina (ECA) também 
podem reduzir o aumento do tamanho do coração em muitos doentes que sofrem de enfarte; 
 A dissolução dos coágulos sanguíneos numa artéria através utilização de fármacos trombolíticos como 
a estreptoquinase, a uroquinase ou o ativador tecidular do plasminógeno. A aspirina que evita que as 
plaquetas formem coágulos sanguíneos, ou a heparina que também interrompe a coagulação podem 
aumentar a eficácia do tratamento trombolítico; 
 A cirurgia para desobstruir as artérias (angioplastia) ou a cirurgia de derivação (bypass) das artérias 
coronárias imediatamente depois do enfarte, em vez da administração de fármacos trombolíticos. 
 
Acidente vascular cerebral (avc) 
 
 O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido como hemorragia ou 
trombose cerebral, é caracterizado pela perda rápida da função 
neurológica por ausência de oxigénio, que decorre do entupimento 
(isquemia) ou rutura (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais. É uma 
doença de início súbito na qual o paciente pode apresentar paralisação 
ou dificuldade de movimento dos membros de um mesmo lado do 
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corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e défice visual súbito de uma parte do campo visual. 
Pode deixar sequelas, e evoluir para coma e morte. 
 Um AVC resulta da lesão das células do cérebro, que morrem ou deixam de funcionar normalmente, 
devido à ausência de oxigénio e de nutrientes. Esta situação acontece na sequência de um bloqueio do fluxo 
de sangue (AVC isquémico) ou porque as células cerebrais são inundadas pelo sangue a partir de uma artéria 
que se rompe (AVC hemorrágico). O AVC isquémico é muito mais frequente e corresponde a cerca de 4/5 do 
total. 
 Existe ainda outra forma de AVC de duração mais reduzida que se designa por acidente isquémico 
transitório (AIT) com entupimento transitório da artéria cerebral com os sintomas a durar apenas alguns 
minutos ou horas. 
 As células do cérebro morrem pouco tempo depois da ocorrência do AVC e, por este motivo, é essencial 
um tratamento muito rápido para minimizar as lesões causadas. É importante reforçar que, mesmo nestes 
casos transitórios, é essencial recorrer ao Hospital, uma vez que um AIT pode ser o primeiro sinal de um AVC 
com consequências muito graves (1 em cada 5 pessoas que apresenta um AIT irá sofrer um AVC extenso nos 
próximos três meses). 
 Como o cérebro controla as funções corporais e os sintomas mentais, os sinais do AVC irão variar em 
função da área afetada. Um AVC ocorre de forma súbita, pela obstrução ou pela rutura de uma artéria, 
com efeitos imediatos no corpo. Pode reconhecer-se um AVC através da regra dos 5 F’s (os sintomas podem 
surgir de forma isolada ou em combinação): 
 Face: a face pode ficar assimétrica de uma forma súbita, parecendo um “canto da boca” ou uma das 
pálpebras estarem descaídos; 
 Força: é comum um braço ou uma perna perder subitamente a força ou ocorrer uma súbita falta de 
equilíbrio; 
 Fala: a fala pode parecer estranha ou incompreensível e o discurso não fazer sentido. Com 
frequência, a pessoa parece não compreender o que se lhe diz; 
 Falta de visão súbita: a perda súbita de visão, de um ou de ambos os olhos, é um sintoma frequente 
num AVC, bem como a visão dupla; 
 Forte dor de cabeça: dor de cabeça súbita e muito intensa, diferente do padrão habitual e sem causa 
aparente. 
 Os tratamentos mais utilizados para a prevenção e tratamento do AVC são os medicamentos para a 
hipertensão, os antiagregantes plaquetários e os anticoagulantes. No seu conjunto, estas três classes de 
medicamentos melhoram a circulação e garantem um melhor fluxo de sangue, oxigénio e nutrientes com 
destino às células cerebrais. Em algumas situações poderá ser fundamental uma cirurgia para desbloquear a 
artéria bloqueada. 
 A recuperação de um AVC é longa e cerca de um terço dos doentes recupera de um modo significativo no 
primeiro mês mas muitos doentes vão permanecer com sequelas ao longo das suas vidas. Esta recuperação 
vai depender da localização e extensão do AVC mas também do tempo decorrido desde o início do AVC, razão 
pela qual é crucial o recurso imediato ao Hospital quando existe suspeita de desenvolvimento de um AVC. A 
fisioterapia e a alteração no estilo de vida são também muito importantes para a recuperação. 
 
Doenças cardíacas congénitas 
 
 As cardiopatias congénitas são malformações ou defeitos na anatomia do coração e vasos sanguíneos 
desde o nascimento. Podem ser muito graves e pôr a vida em risco. As causas mais frequentes para estas 
doenças são os fatores ambientais a que a mãe se expõe durante a gravidez, principalmente durante os 3 
primeiros meses (infeções por vírus rubéola e citomegalovírus; exposição a raios X, excessivo consumo de 
álcool e administração de alguns medicamentos) e as anomalias genéticas ou cromossómicas. 
 Existem vários tipos de malformações congénitas muitas vezes associadas entre si: 
 Anomalia do septo atrial (ADS) (abertura do septo); 
 Anomalia no canal arterial (não encerra após o nascimento); 
 Estenose pulmonar (válvulapulmonar não abre adequadamente); 
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 Coartação da Aorta (inicio da aorta está mais estreita-estenosada); 
 Tetralogia de Fallot, na qual estão associadas quatro malformações (estenose pulmonar, comunicação 
interventricular, hipertrofia da parede do ventrículo direito e deslocamento da raiz da aorta); 
 Transposição dos grandes vasos (artéria aorta origina-se no ventrículo direito em vez do esquerdo e 
artéria pulmonar surge no ventrículo esquerdo em vez do direito). 
 Os sintomas mais comuns destas malformações são a fadiga muscular, cansaço, cor azulada da pele e 
das mucosas (cianose), falta de ar, e nos casos mais graves, episódios de perda de consciência ou mesmo 
desmaios (síncopes). 
 O diagnóstico realiza-se através da investigação dos antecedentes familiares e da gravidez, da capacidade 
física e de exames complementares, como radiografias ao tórax, eletrocardiogramas, ecocardiogramas e 
cateterismos cardíacos. 
 O tratamento pode consistir na adoção de determinadas medidas gerais como o repouso, evitar o exercício 
físico e a administração de medicamentos para aliviar os sintomas, ou, nos casos mais graves, na reparação 
das estruturas cardíacas afetadas através de cateterismos cardíacos ou intervenção cirúrgica. Contudo, 
existem casos em que a única solução para resolver uma doença cardíaca congénita é o transplante de 
coração ou mesmo do coração e pulmões. 
 
Miocardiopatias 
 
 As miocardiopatiaas são patologias do músculo do coração – o miocárdio – que, apesar de poderem 
evoluir sem manifestação de sintomas, podem vir a originar insuficiências graves no funcionamento do 
coração. 
 Dividem-se em: 
 Miocardiopatia dilatada: dilatação das cavidades ventriculares provocada pelo depósito de fibras de 
colagénio no próprio músculo cardíaco, o que provoca a progressiva debilidade do músculo cardíaco, 
com diminuição da sua força contráctil afetando, a longo prazo, o funcionamento global do coração; 
 Miocardiopatia hipertrófica: desorganização das células do músculo cardíaco, irregular espessamento 
e endurecimento das paredes dos ventrículos, o que provoca o aumento do tamanho do coração 
provocando complicações como a insuficiência cardíaca. A miocardiopatia hipertrófica é uma das 
causas da morte súbita; 
 Miocardiopatia restritiva: as paredes dos ventrículos perdem a sua elasticidade e a sua capacidade de 
dilatação devido ao depósito de certas substâncias que endurecem o tecido muscular. 
 Desconhecem-se ainda as causas de algumas destas doenças mas sabe-se que há uma certa predisposição 
genética no aparecimento de algumas delas. 
 No caso da miocardiopatia hipertrófica não é comum desenvolver-se em consequência de outras doenças 
que afetem o tecido miocárdico, como é o caso da insuficiência renal e de determinadas doenças 
neurológicas, como a ataxia de Friedreich e a neurofibromatose. A miocardiopatia restritiva afeta 
normalmente pessoas que sofrem de certas doenças autoimunes como o lúpus eritematoso disseminado e a 
artrite reumatóide e que desenvolvem amiloidose (depósito de uma substância denominada “amilóide” no 
miocárdio e noutros tecidos). 
 Os sintomas das miocardiopatias são a sensação de falta de ar, a debilidade muscular, as náuseas, embolia 
pulmonar, edema pulmonar e episódios passageiros de perda de consciência. Em fases mais avançadas – 
caso a insuficiência cardíaca progrida – são também frequentes outros sintomas e algumas complicações, 
como arritmias, palpitações, angina de peito, enfarte agudo do miocárdio, edema pulmonar agudo, choque e 
paragem cardíaca por morte súbita. 
 O tratamento das miocardiopatias tem como objetivo aliviar os sintomas e travar a evolução da 
insuficiência cardíaca e consiste basicamente em repouso, alimentação sem sal e na administração de 
medicamentos que melhorem a função cardíaca (digitálicos) e antiarrítmicos. Quando as lesões se 
concentram numa zona circunscrita do miocárdio, é possível reparar o tecido danificado através da cirurgia. 
Pode ainda recorrer-se, em situações muito graves, ao transplante de coração. 
 
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Doenças inflamatórias do coração e seu revestimento endocardites, miocardites, pericardites 
 
 Estas doenças são causadas por agentes infeciosos como algumas bactérias e fungos que afetam o coração 
e o seu revestimento. 
 
Endocardite 
 
 Inflamação das estruturas internas do coração causadas por agentes infeciosos. Afeta principalmente as 
válvulas cardíacas e forma-se normalmente quando uma bactéria a circular na corrente sanguínea se aloja em 
uma das válvulas, multiplicando-se e formando o que chamamos de vegetação valvar (emaranhado de 
bactérias, glóbulos brancos, glóbulos vermelhos, fibrinas e restos celulares). As endocardites podem ser 
causadas pela família das bactérias Streptococcus e Enterococos e Staphylococcus. 
 Os sintomas mais comuns são a febre e calafrios, falta de ar, cansaço e podem evoluir para insuficiência 
cardíaca, com intensa falta de ar, incapacidade de ficar deitado e edemas nas pernas. O diagnóstico é 
geralmente confirmado através do ecocardiograma, que é um exame capaz de identificar a presença de 
vegetações nas válvulas do coração. O tratamento da endocardite é feito obrigatoriamente com antibiótico 
por via venosa. Nos casos mais graves, quando há destruição da válvula cardíaca pela infeção, é necessária 
uma cirurgia para substituição de válvula, com implantação de uma válvula artificial. 
 
Miocardite 
 
 Inflamação do miocárdio que pode surgir como consequência de uma infeção de alguns vírus e 
determinados parasitas, em especial o Trypanosoma cruzi, agente causador de uma doença comum na 
América do Sul, conhecida como doença de Chagas. A miocardite pode também aparecer como 
consequência de várias doenças autoimunes, como o lúpus e a artrite reumatóide. As miocardiopatias 
costumam afetar pessoas 
com antecedentes familiares neste tipo de doenças, alcoólicos e indivíduos que sofram de outras doenças 
autoimunes ou metabólicas. 
 A miocardite viral é uma doença relativamente frequente, que muitas vezes não gera manifestações 
importantes e diminui de intensidade sem qualquer intervenção. Nos casos mais graves, sempre que se 
evidenciem manifestações próprias de uma insuficiência cardíaca incipiente, como sensação de falta de ar e 
dificuldade respiratória, recomenda-se repouso e administração de medicamentos anti-inflamatórios. 
 No caso da doença de Chagas e nas doenças autoimunes, a doença pode permanecer assintomática 
durante algum tempo, mas normalmente o processo inflamatório persiste e evolui ao longo de muitos anos 
até provocar uma miocardiopatia dilatada. 
 
Pericardite 
 
 Nesta doença, o pericárdio (saco exterior que reveste o coração) apresenta zonas fracas ou buracos. Estes 
defeitos podem ser perigosos porque o coração ou um vaso sanguíneo principal pode sobressair (hérnia) 
através de um buraco do pericárdio e ficar preso e obstruir-se, o que pode causar a morte em minutos. 
Estas anomalias reparam-se habitualmente, através de uma intervenção cirúrgica; se a reparação não é 
possível, extrai-se a totalidade do pericárdio. Para além dos defeitos de nascença, as doenças do pericárdio 
podem ser consequência de infeções, feridas e tumores que se disseminaram. 
 
Doenças nas válvulas cardíacas (valvulopatias) 
 
 Estas doenças caracterizam-se por um mau funcionamento das válvulas cardíacas provocando alterações 
cardíacas significativas. 
 As anomalias nas válvulas cardíacas podem provocar diferentes tipos de alterações do fluxo sanguíneo no 
interior do coração e nos grandes vasos e manifestar-se de duas formas: 
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 Anomalias que impedem a abertura adequada de uma válvula (estenose): o sangue tende a acumular-
se na cavidade cardíaca que precede a válvula, o que provoca um espessamento do seu tecido 
muscular (hipertrofia) para aumentar a sua potência e vencer a estenose; 
 Anomaliasque não permitem encerramento valvular normal (insuficiência valvular): parte do sangue 
que passa para a cavidade cardíaca ou para o segmento arterial posterior à válvula tende a retroceder 
para a cavidade cardíaca precedente, provocando a acumulação de um maior volume de sangue do 
que o normal, o que origina a sua dilatação. 
 Estes mecanismos de hipertrofia e dilatação do músculo cardíaco são normalmente suficientes para 
compensar os defeitos na circulação sanguínea provocados pelas lesões valvulares leves. Por outro lado, 
quando as lesões valvulares são mais graves, estes mecanismos compensadores não são suficientes. 
As causas mais frequentes destas doenças são a febre reumática, uma doença autoimune desencadeada 
por uma infeção bacteriana. Após a infeção o organismo começa a produzir auto-anticorpos que provocam 
lesões nas válvulas cardíacas. Outras causas das valvulopatias são as cardiopatias congénitas, as endocardites 
e as miocardiopatias já mencionadas. 
 As valvulopatias mais frequentes são as que afetam a válvula mitral (estenose mitral e insuficiência mitral) 
e as que afetam a válvula aórtica (estenose aórtica e insuficiência aórtica). As menos frequentes são as que 
afetam as válvulas tricúspide (estenose tricúspide e insuficiência tricúspide) e a válvula pulmonar (estenose 
pulmonar e insuficiência pulmonar). 
 O tratamento médico – que tem como objetivos aliviar os sintomas, parar a evolução da insuficiência 
cardíaca e prevenir as complicações – consiste em repouso, numa alimentação sem sal e na administração de 
medicamentos diuréticos, digitálicos e antiarrítmicos. Nos casos mais graves, recomenda-se a reparação 
da válvula danificada através de valvuloplastia (reparação de uma válvula) ou a sua substituição cirúrgica 
por uma prótese valvular. 
 
Arritmias cardíacas 
 
 As alterações do ritmo cardíaco são muito comuns e de tipos muito variados. Podem iniciar-se através de 
mecanismos fisiológicos como o stress e não ter qualquer consequência, ou resultar de doenças graves e ter 
graves consequências no organismo caso não sejam tratadas. 
 O nódulo sinusal, situado na aurícula direita, gera ritmicamente entre 60 a 100 estímulos elétricos por 
minuto que se propagam por vias de condução especiais e provocam a contração sequencial das câmaras 
cardíacas. 
 A arritmia surge quando há uma alteração da frequência, da regularidade, do ponto de origem ou da 
trajetória dos impulsos elétricos. Estas patologias classificam-se em dois grupos de acordo com a frequência 
dos batimentos cardíacos: as taquiarritmias )quando se ultrapassam os 100 batimentos por minuto) e as 
bradiarritmias (quando se produzem menos de 60 batimentos por minuto). 
 
As taquiarritmias: 
 
 taquicardia auricular: as aurículas contraem-se continuamente até 500 batimentos por minuto o que 
provoca contrações irregulares e de magnitude variável dos ventrículos; 
 taquicardia supraventricular: por razões ainda pouco claras, os impulsos nervosos não se originam no 
nódulo sinusal, mas sim noutros pontos das aurículas, com frequência cardíaca regular entre os 120 e 
os 200 batimentos por minuto. São normalmente situações passageiras que afetam pessoas jovens e 
saudáveis, embora em alguns casos seja uma manifestação de outras anomalias; 
 taquicardia auricular: os impulsos elétricos também são originados de forma anómala em qualquer 
ponto das aurículas com frequência de 250 a 400 batimentos por minuto provocando um ritmo 
cardíaco irregular. 
 É normalmente uma manifestação de outras doenças cardíacas mais graves apesar de poder também 
acontecer em pessoas saudáveis; 
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 fibrilhação auricular: as aurículas contraem-se continuamente até 500 batimentos por minuto, 
originando contrações dos ventrículos irregulares e de magnitude variável; 
 extrassístoles ventriculares: contrações espontâneas e isoladas dos ventrículos, que ocorrem 
normalmente em pessoas saudáveis, especialmente após o consumo de bebidas ou substâncias 
estimulantes; 
 taquicardia ventricular: arritmia grave em que os ventrículos se podem contrair a um ritmo regular até 
250 batimentos por minuto e que afeta, principalmente, pessoas que já apresentam problemas 
cardíacos; 
 fibrilhação ventricular: arritmia grave em que os ventrículos se contraem de forma irregular e 
dessincronizada, e que pode surgir como complicação de um enfarte do miocárdio. 
 
As bradiarritmias: 
 
 Bradicardia sinusal (tipo mais frequente): a frequência cardíaca desce para menos de 60 batimentos 
por minuto, apesar de manter a sua regularidade. Surge normalmente como resposta fisiológica 
normal do organismo a diversas circunstâncias; 
 Bloqueio cardíaco: interrupção ou a passagem mais lenta dos impulsos elétricos no seu percurso pelas 
vias de condução; 
 Paragem cardíaca (emergência médica): ausência de contrações dos ventrículos que surge 
principalmente como complicação de outras arritmias e de outras patologias cardiovasculares. 
 Os sintomas das arritmias cardíacas são as palpitações, dor no tórax, náuseas, alterações de equilíbrio 
e nos casos mais sérios a síncope ou a perda momentânea da consciência. Normalmente, são passageiras 
e não provocam complicações com exceção de alguns casos graves em que exista outra doença 
cardiovascular subjacente ou quando persistem durante um prolongado período de tempo. 
 O diagnóstico é normalmente feito por auscultação cardíaca, palpação do pulso arterial e através de um 
eletrocardiograma (ECG) que pode ser ambulatório de 24 horas para avaliar a atividade elétrica ao longo de 
um dia de atividade. 
 As arritmias ligeiras não necessitam normalmente de tratamento e recomenda-se apenas diminuição 
do consumo de álcool, tabaco, café e por vezes prescrevem-se também ansiolíticos. 
 No utros tipos de arritmias são administrados medicamentos antiarrítmicos para normalizar a frequência e 
ritmo cardíaco (digitálicos ou quinidina). Nos casos mais graves é normalmente recomendada a implantação 
de um pacemaker cardíaco. Pode ser também aplicada uma descarga elétrica torácica, denominada 
desfibrilhação, para reverter para ritmo sinusal uma fibrilhação ventricular ou tratar uma paragem cardíaca.

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