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73417ResumoD AmbientalAula 10

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Direito Ambiental 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Direito Ambiental 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
1. Lei nº 9.985/2000 – Lei do SNUC (continuação) ................................................... 3 
1.1 Conceito de Unidade de Conservação Ambiental. .......................................... 4 
1.2 Pressupostos Para a Criação de Uma Unidade de Conservação ....................... 4 
1.3. Limitações Administrativas Provisórias ......................................................... 5 
1.4 Recursos Obtidos pelas UCS do Grupo de Proteção Integral. .......................... 5 
1.5 Objetivos do SNUC ........................................................................................ 7 
1.6 Estrutura ....................................................................................................... 8 
1.7 Áreas do SNUC .............................................................................................. 8 
1.7.1 1º Grupo: Áreas de proteção integral ...................................................... 9 
1.7.2 2º Grupo: Unidades de Uso Sustentável ................................................. 11 
2. Conceitos importantes da Lei ........................................................................... 19 
3. Reservas da biosfera ........................................................................................ 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Ambiental 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1. Lei nº 9.985/2000 – Lei do SNUC (continuação) 
 Vamos continuar com o estudo do SNUC. 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes 
a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente 
através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos 
que justifiquem sua proteção. 
No Direito Constitucional existe o princípio do paralelismo das formas, esse princípio 
que determina que algo que foi criado por decreto, apenas por decreto poderá ser extinto. 
Se é criado por uma lei, apenas uma lei pode extingui-la. 
Em relação ao SNUC, é possível que uma unidade de conservação da natureza seja 
criada por meio de um decreto. Em agosto de 2016, Michel temer criou através de um 
decreto o “REVIS”- REFÚGIO DA VIDA SILVESTRE, no arquipélago de Alcatrazes em São Paulo. 
Se por ventura, o presidente resolver extinguir esse refúgio, para extinguir esse REVIS 
só será possível através de uma lei específica. Por isso, pode-se concluir que, no Direito 
Ambiental, existe exceção ao referido princípio, de modo que, uma unidade de conservação 
pode ser criada mediante Lei stricto sensu ou decreto. Todavia, apenas por lei específica será 
possível extinguir, ou alterar os limites de uma Unidade de Conservação. 
Há uma divergência na doutrina no tocante essa questão de alteração dos limites 
territoriais. De acordo com a letra seca da lei, somente através de uma lei específica será 
possível, contudo, segundo a doutrina, como o intuito é proteger o meio ambiente, essa 
permissão deveria ser autorizada por decreto também de modo a facilitar o procedimento. 
A jurisprudência não entende nesse sentido. 
Dessa forma, para diminuir ou aumentar os limites da unidade de conservação é 
preciso uma lei específica. Porém para suprimir uma vegetação nativa dentro da Unidade de 
conservação, o STF entendeu que pode ser realizado por meio de um decreto, ato 
normativo, ato administrativo do órgão ambiental competente que administra aquela 
unidade de conservação ambiental. 
A justificativa é evitar o retrocesso ambiental. 
Observação: A lei do SNUC é condizente com o protocolo de Kyoto em relação as 
MDLS (mecanismos de desenvolvimento limpo). 
Direito Ambiental 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Observação: Em recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, 
os EUA decidiram sair do Acordo de Paris. 
 
1.1 Conceito de Unidade de Conservação Ambiental. 
O artigo 2º inciso I da lei do SNUC traz o conceito de Unidade de Conservação 
Ambiental: 
Art. 2o Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: 
I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as 
águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo 
Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de 
administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. 
Aqui, o objetivo é dar proteção aos espaços territoriais ambientais com 
características excepcionais. 
 
1.2 Pressupostos Para a Criação de Uma Unidade de Conservação 
Estudos técnicos cumulados com a consulta pública, devendo esta última ser obrigatória, 
sob pena de nulidade, entretanto, não vinculará o Poder Público acerca da criação ou 
não da unidade de conservação. 
O STF (MS 26189, AgR/ 2013), entende que não há necessidade de que os estudos 
estejam finalizados para realização da consulta. 
ATENÇÃO!!! Haverá a possibilidade da consulta pública ser facultativa quando a 
discussão for sobre a instituição da Estação Ecológica e da Reserva Biológica 
 Cuidado com essas exceções, pois são muito cobradas em prova! 
Os pressupostos para a criação de uma Unidade de Conservação Ambiental 
encontram-se previstos nos dispositivos abaixo transcritos: 
Art. 22. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público. 
§ 2o A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e 
de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais 
adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento. 
§ 3o No processo de consulta de que trata o § 2o, o Poder Público é obrigado a fornecer 
informações adequadas e inteligíveis à população local e a outras partes interessadas. 
§ 4o Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é obrigatória a consulta 
de que trata o § 2o deste artigo. 
§ 5o As unidades de conservação do grupo de Uso Sustentávelpodem ser transformadas 
total ou parcialmente em unidades do grupo de Proteção Integral, por instrumento 
normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os 
Direito Ambiental 
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procedimentos de consulta estabelecidos no § 2o deste artigo. 
§ 6o A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dos seus 
limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento 
normativodo mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os 
procedimentos de consulta estabelecidos no § 2o deste artigo. 
§ 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser 
feita mediante lei específica. 
 
1.3. Limitações Administrativas Provisórias 
Antes da criação de uma unidade de conservação, será possível a instituição de 
limitações administrativas provisórias durante o trâmite dos estudos técnicos, com prazo 
de até 7 (sete) meses, IMPRORROGÁVEL, a fim de proteger cautelarmente a área, se 
houver risco de dano grave aos recursos naturais ali existentes, VEDADO o corte raso da 
vegetação nativa, SALVO para atividades agropecuárias, obras públicas ou outras 
atividades econômicas já em desenvolvimento e licenciadas. 
 Atenção a esse ponto. 
Art. 22-A. O Poder Público poderá, ressalvadas as atividades agropecuárias e outras 
atividades econômicas em andamento e obras públicas licenciadas, na forma da lei, 
decretar limitações administrativas provisórias ao exercício de atividades e 
empreendimentos efetiva ou potencialmente causadores de degradação ambiental, para 
a realização de estudos com vistas na criação de Unidade de Conservação, quando, a 
critério do órgão ambiental competente, houver risco de dano grave aos recursos 
naturais 
ali existentes. 
§ 2o A destinação final da área submetida ao disposto neste artigo será definida no 
prazo 
de 7 (sete) meses, improrrogáveis, findo o qual fica extinta a limitação administrativa. 
O prazo é muito importante, portanto, guardem o referido dispositivo. 
2.3 Recursos Obtidos Pelas UCS do Grupo de Proteção Integral 
 
1.4 Recursos Obtidos pelas UCS do Grupo de Proteção Integral. 
O artigo 35 dispõe acerca dos recursos provenientes de taxas. Exemplo: Parque 
localizado no Cristo Redentor. O ICMBIO administra unidade de conservação ambiental 
federal, não é mais atribuição do IBAMA. 
Em 2013, o STF declarou sua constitucionalidade em uma ADI, que foi proposta por 
servidores públicos do IBAMA. O ICMBIO administrará unidade de conservação federal, 
criada pela União. No caso dos Estados e Municípios, serão órgãos estaduais e municipais, 
respectivamente. 
Direito Ambiental 
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Art. 35. Os recursos obtidos pelas unidades de conservação do Grupo de Proteção 
Integral mediante a cobrança de taxa de visitação e outras rendas decorrentes de 
arrecadação, serviços e atividades da própria unidade serão aplicados de acordo com os 
seguintes critérios: 
I - até cinqüenta por cento, e não menos que vinte e cinco por cento, na implementação, 
manutenção e gestão da própria unidade; 
II - até cinqüenta por cento, e não menos que vinte e cinco por cento, na regularização 
fundiária das unidades de conservação do Grupo; 
III - até cinqüenta por cento, e não menos que quinze por cento, na implementação, 
manutenção e gestão de outras unidades de conservação do Grupo de Proteção Integral. 
É necessária a memorização dos incisos elencados no art. 35. 
O artigo 36 dispõe acerca da compensação que o empreendedor deve pagar: 
Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo 
impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com 
fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o 
empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de 
conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no 
regulamento desta Lei. 
§ 1o O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para esta finalidade 
não 
pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do 
empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador, de acordo 
com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento. (Vide ADIN nº 3.378-6, 
de 2008) 
O parágrafo primeiro já foi objeto de ADIN perante o SFT, que decidiu que o referido 
dispositivo é constitucional. Destaca-se que essa percentagem pode variar, sendo, no 
mínimo, 0,5% do valor total do empreendimento. Porém, existe a possibilidade de variação 
de acordo com o grau de poluição que aquele empreendimento possa vir a causar àquela 
unidade de conservação à natureza. 
Outro ponto importante é o fato de o valor pago, a título de compensação pelo 
empreendedor, será abatido do valor da indenização arbitrada de pelo Poder Judiciário, se o 
empreendimento causar um dano ambiental, sob pena de bis in idem. 
§ 2o Ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de conservação a 
serem 
beneficiadas, considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o 
empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a criação de novas unidades de 
conservação. 
§ 3o Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona 
de amortecimento, o licenciamento a que se refere o caput deste artigo só poderá ser 
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concedido mediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a 
unidade 
afetada, mesmo que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das 
beneficiárias da compensação definida neste artigo. 
 
1.5 Objetivos do SNUC 
Os objetivos do SNUC estão dispostos no artigo 4 da lei: 
Art. 4o O SNUC tem os seguintes objetivos: 
I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no 
território nacional e nas águas jurisdicionais; 
II - proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; 
Observação: Unidades de Conservação podem ser criadas em áreas degradadas. 
III - contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas 
naturais; 
IV - promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; 
Observação: Princípio do desenvolvimento sustentável. 
V - promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no 
processo de desenvolvimento; 
VI - proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; 
VII - proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, 
espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; 
VIII - proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; 
IX - recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; 
X - proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e 
monitoramento ambiental; 
XI - valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; 
XII - favorecer condições e promovera educação e interpretação ambiental, a recreação 
em contato com a natureza e o turismo ecológico; 
XIII - proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, 
respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e 
economicamente. 
É importante que o SNUC seja implementado de forma mais eficaz, de modo a 
garantir a sobrevivência das espécies em extinção. 
 
 
 
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1.6 Estrutura 
São órgãos que compõe o SNUC os elencados no artigo 6º: 
Art. 6o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições: 
I – Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, 
com as atribuições de acompanhar a implementação do Sistema; 
II - Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de coordenar o 
Sistema; e 
III - órgãos executores: o Instituto Chico Mendes e o Ibama, em caráter supletivo, os 
órgãos estaduais e municipais, com a função de implementar o SNUC, subsidiar as 
propostas de criação e administrar as unidades de conservação federais, estaduais e 
municipais, nas respectivas esferas de atuação. (Redação dada pela Lei nº 11.516, 2007) 
Parágrafo único. Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critério do Conama, 
unidades de conservação estaduais e municipais que, concebidas para atender a 
peculiaridades regionais ou locais, possuam objetivos de manejo que não possam ser 
satisfatoriamente atendidos por nenhuma categoria prevista nesta Lei e cujas 
características permitam, em relação a estas, uma clara distinção. 
Também temos o órgão central, que é o Ministério do Meio Ambiente. 
ATENÇÃO: na lei do SISNAMA ainda possui o nome de Secretaria do Meio Ambiente 
porque é uma lei de 1981 e não foi atualizada. A Secretaria do Meio Ambiente foi revogada 
em 1992, mas a lei ainda prevê o nome expressamente. Não se confunda! Aqui, por ser de 
2000, a lei já prevê Ministério do Meio Ambiente. 
Como órgãos executores do SNUC, responsáveis pela administração, temos o 
Instituto Chico Mendes e o Ibama. 
Assim, o ICMBIO é o órgão executor da lei do SNUC, que irá gerenciar, administrar as 
Unidades de Conservação Ambiental (UCs) instituídas pela União – as UCs federais (e não o 
Ibama). 
Observação: O IBAMA atuará de modo supletivo, e na ausência do ICMBIO, ele irá 
atuar. 
 
1.7 Áreas do SNUC 
Atenção! muito cobradas em prova. 
Art. 7o As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois grupos, 
com características específicas: 
I - Unidades de Proteção Integral; 
II - Unidades de Uso Sustentável. 
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§ 1o O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo 
admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos 
previstos nesta Lei. 
§ 2o O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar a conservação 
da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. 
 
1.7.1 1º Grupo: Áreas de proteção integral 
Neste grupo, o objetivo é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto 
dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na Lei. Desta forma, são áreas 
mais protegidas. 
Neste grupo, há um regime que propicia uma maior qualidade das áreas, inclusive, 
vedando a entrada deliberada de pessoas, visitantes, tendo uma população de visitantes 
mais controlada. 
Há, também, o grupo de uso sustentável, que possui, inclusive, a possibilidade de 
populações morarem nessas unidades de conservação da natureza. 
 
O artigo 8º informa quais as UCs que compõe, que formam esse 1º grupo de 
proteção integral: estação ecológica, reserva biológica, parque nacional, monumento 
natural, refúgio de vida silvestre. 
Art. 8o O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes 
categorias de unidade de conservação: 
I - Estação Ecológica; 
II - Reserva Biológica; 
III - Parque Nacional; 
IV - Monumento Natural; 
V - Refúgio de Vida Silvestre. 
Os grupos possuem diferentes atividade jurídicas, e diferentes regime jurídicos. 
É defeso o uso direto da natureza, admitindo-se o uso indireto, desde que sejam 
preservados os bens. Exemplo: visitação e turismo ecológico. 
EXCEÇÃO: possibilidade de corte de árvores para estudos, mediante autorização do 
órgão competente de acordo com o plano de manejo. 
ATENÇÃO: o monumento nacional e o refúgio da vida silvestres (Revis) poderão ser 
instituídos tanto em propriedade pública quanto particular, desde que o particular concorde 
com os requisitos. Caso o particular não concorde e for óbice para a criação da UC ou para 
sua manutenção, haverá a desapropriação e essa área passará a ser integralmente composta 
por área pública. 
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São UCs desse grupo: 
I) Estação ecológica 
Visa à preservação da natureza e pesquisas científicas. A propriedade será pública, 
sendo proibida a visitação pública, exceto para fins educativos. 
 
II) Reserva biológica 
Preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes, sem a 
interferência humana direta. A propriedade será pública, sendo proibida a visitação, exceto 
para fins educativos. Poderá haver a pesquisa científica, se autorizada. 
 
III) Parque Nacional/Estadual/Municipal 
Grande relevância ecológica e beleza cênica, podendo haver pesquisa, se autorizada, 
e o turismo ecológico. Será de propriedade pública. 
Exemplo, o Parque Estadual da Serra do Mar, em São Paulo, que, de acordo com o 
artigo 225 da Constituição Federal, é patrimônio natural do Brasil. 
 
IV) Monumento Natural 
Visa à preservação de sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica, 
admitida a visitação, podendo a área ser pública OU privada, se compatível. 
Observe que tanto o monumento natural quanto o Revis (refúgio da vida silvestre) 
podem ser formados por área privada, se compatível – caso contrário, haverá 
desapropriação. 
 
V) Refúgio da Vida Silvestre 
Ambientes naturais típicos de reprodução de espécimes ou comunidades da flora 
local e da fauna residente ou migratória. Será de propriedade pública OU privada, se 
compatível. 
Exemplo, em Alcatraz, temos várias aves provenientes da Argentina que veem para 
essa região do país para reproduzir-se. 
 
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1.7.2 2º Grupo: Unidades de Uso Sustentável 
O artigo 14 menciona quais são as UCs que o constituem: área de proteção ambiental 
(APAs), área de relevante interesse ecológico, floresta nacional, reserva extrativista, reserva 
de fauna, reserva de desenvolvimento sustentável e reserva particular de patrimônio natural(RPPN). 
Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de 
unidade de conservação: 
I - Área de Proteção Ambiental; 
II - Área de Relevante Interesse Ecológico; 
III - Floresta Nacional; 
IV - Reserva Extrativista; 
V - Reserva de Fauna; 
VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e 
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural. 
As APAS são áreas de proteção ambiental mais comuns no Brasil. Fernando de 
Noronha é uma APA e, há, por exemplo, uma limitação em relação aos visitantes, uso de 
recursos naturais. 
Também há nas rodovias, por exemplo, no Estado de São Paulo, em Atibaia. 
A RPPN é a única unidade de conservação de natureza formada por propriedade 
privada, dispensando a zona de amortecimento, assim como a APA. 
 
Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva 
Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando 
conveniente, corredores ecológicos.(Regulamento) 
§ 1o O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá normas 
específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona de amortecimento 
e dos corredores ecológicos de uma unidade de conservação. 
§ 2o Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e as respectivas 
normas de que trata o § 1o poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou 
posteriormente. 
Em Pirenópolis, GO, há várias cachoeiras sem sítios. Para visitar essas cachoeiras, 
precisa pagar uma taxa de visitação ao proprietário do sítio. Apesar de ser uma UC do grupo 
sustentável, é formada por área privada/particular. 
A RPPN é instituída por ato bilateral, ou seja, temos que ter a vontade do proprietário 
e a vontade da Administração Pública em criar aquela reserva particular do patrimônio 
natural. Apresenta um regime eficaz de proteção, porém, menos rígido em relação às 
demais UCs. 
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Neste grupo, o uso é direto da natureza sustentável, podendo ser possível a criação 
de animais de pequeno porte e desmatamento considerado mínimo. 
 
I) Áreas De Preservação Ambiental (Apas) 
Formadas por áreas públicas ou privadas. 
São consideradas áreas extensas, com certo grau de ocupação humana, com 
atributos bióticos, abióticos ou mesmo culturais, visando promover a diversidade e 
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos. 
STF, MS 28406 no AgR/2012 – permite a desapropriação para fins de reforma agrária 
em APAs. 
 Atenção a Banca CESPE já cobrou sobre entendimento do STF acerca do assunto 
ATENÇÃO para o artigo 15: 
Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau 
de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais 
especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações 
humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o 
processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos 
naturais.(Regulamento) 
§ 1o A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas. 
§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições 
para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Proteção 
Ambiental. 
§ 3o As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas 
sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade. 
§ 4o Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições 
para pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais. 
§ 5o A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo órgão 
responsável por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, 
de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no 
regulamento desta Lei. 
 
II) Área de Relevante Interesse Ecológico 
São áreas privadas ou públicas. Em geral, de pouca extensão, com pouca ou 
nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga 
exemplares raros da biota regional, visando manter ecossistemas naturais de importância 
nacional ou regional. 
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DICA: atente-se às diferenças entre as APAs e as áreas de relevante interesse 
ecológico, como extensão e ocupação humana. 
 
III) Floresta Nacional/Estadual/Municipal 
São áreas públicas e privadas desapropriadas. Área coberta com vegetação 
predominantemente nativa, cujo objetivo é de manter o uso sustentável dos recursos e 
desenvolver a pesquisa, sendo permitida a ocupação por populações tradicionais. 
Possuirá um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão competitivo por sua 
administração, juntamente com órgãos públicos representantes da sociedade civil, cujo 
objetivo é a aprovação de um Plano de Manejo de área. 
Como exemplo, temos a Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro. 
Atenção ao artigo 17: 
Art. 17. A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies 
predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos 
recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração 
sustentável de florestas nativas.(Regulamento) 
§ 1o A Floresta Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares 
incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 2o Nas Florestas Nacionais é admitida a permanência de populações tradicionais que a 
habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no 
Plano de Manejo da unidade. 
§ 3o A visitação pública é permitida, condicionada às normas estabelecidas para o 
manejo da unidade pelo órgão responsável por sua administração. 
§ 4o A pesquisa é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão 
responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este 
estabelecidas e àquelas previstas em regulamento. 
§ 5o A Floresta Nacional disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão 
responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, 
de organizações da sociedade civil e, quando for o caso, das populações tradicionais 
residentes. 
§ 6o A unidade desta categoria, quando criada pelo Estado ou Município, será 
denominada, respectivamente, Floresta Estadual e Floresta Municipal. 
 
IV) Reserva Extrativista 
Propriedade pública, utilizada pelas populações extrativistas tradicionais. 
Será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua 
administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da 
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sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área. A função primordial deste 
conselho é a aprovação do Plano de Manejo da área. 
Observe o artigo 18: 
Art.18. A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações extrativistas 
tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na 
agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como 
objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o 
uso sustentável dos recursos naturais da unidade.(Regulamento) 
§ 1o A Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido às populações 
extrativistas tradicionais conforme o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação 
específica, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser 
desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 2o A Reserva Extrativista será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo 
órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos 
públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na 
área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade. 
§ 3o A visitação pública é permitida, desde que compatível com os interesses locais e de 
acordo com o disposto no Plano de Manejo da área. 
§ 4o A pesquisa científica é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização 
do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este 
estabelecidas e às normas previstas em regulamento. 
§ 5o O Plano de Manejo da unidade será aprovado pelo seu Conselho Deliberativo. 
§ 6o São proibidas a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou 
profissional. 
V) Reserva da fauna 
Propriedade pública, composta por área natural com animais nativos, adequada ao 
estudo científico, ligada ao manejo dos recursos faunísticos e permitida a visitação pública. É 
vedada a caça. 
Artigo 19 dispõe a respeito: 
Art. 19. A Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais de espécies 
nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos 
técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. 
§ 1o A Reserva de Fauna é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares 
incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 2o A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o manejo da 
unidade e de acordo com as normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua 
administração. 
§ 3o É proibido o exercício da caça amadorística ou profissional. 
§ 4o A comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas obedecerá 
ao disposto nas leis sobre fauna e regulamentos. 
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VI) Reserva de Desenvolvimento Sustentável 
Propriedade pública, composta por área natural e que abriga populações tradicionais. 
São as populações previstas na OIT 169, dentre elas, as populações indígenas, 
ribeirinhas, quilombolas. Populações que já existiam aqui no país antes da colonização 
portuguesa, como as indígenas e as equiparadas – ribeirinhas e quilombolas. 
Atenção: Importante lembrar-se da dupla afetação, ou seja, pode coexistir uma 
unidade de conservação da natureza com uma área indígena. 
Artigo 20 trata do assunto: 
Art. 20. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural que abriga 
populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de 
exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às 
condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da 
natureza e na manutenção da diversidade biológica.(Regulamento) 
§ 1o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável tem como objetivo básico preservar a 
natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a 
reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos 
naturais das populações tradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o 
conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente, desenvolvido por estas populações. 
§ 2o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é de domínio público, sendo que as 
áreas particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário, 
desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. 
§ 3o O uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais será regulado de acordo 
com o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica. 
§ 4o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida por um Conselho 
Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por 
representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações 
tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de 
criação da unidade. 
§ 5o As atividades desenvolvidas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável 
obedecerão às seguintes condições: 
I - é permitida e incentivada a visitação pública, desde que compatível com os interesses 
locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da área; 
II - é permitida e incentivada a pesquisa científica voltada à conservação da natureza, à 
melhor relação das populações residentes com seu meio e à educação ambiental, 
sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela administração da unidade, 
às condições e restrições por este estabelecidas e às normas previstas em regulamento; 
III - deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o tamanho da população e 
a conservação; e 
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IV - é admitida a exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de 
manejo sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde 
que sujeitas ao zoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área. 
§ 6o O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de 
proteção integral, de uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos, e será 
aprovado pelo Conselho Deliberativo da unidade. 
 
VII) Reserva Particular do Patrimônio Natural (Rppn) 
SOMENTE ÁREA PRIVADA, não podendo ser criada por decisão unilateral da 
Administração Pública, mas sim, entre consentimento do proprietário da área que deseja 
criar, por meio de um TERMO, devendo ser registrado em cartório de imóveis, gravado por 
perpetuidade. 
Na verdade, seu regime jurídico é de unidade de proteção integral, possibilitando 
somente a pesquisa e visitação. 
Assunto tratado no artigo 21: 
Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com 
perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. (Regulamento) 
§ 1o O gravame de que trata este artigo constará de termo de compromisso assinado 
perante o órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público, e será 
averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. 
§ 2o Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conforme se 
dispuser em regulamento: 
I - a pesquisa científica; 
II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais; 
III - (VETADO) 
§ 3o Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno, prestarão 
orientação técnica e científicaao proprietário de Reserva Particular do Patrimônio 
Natural para a elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da 
unidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRUPO 1: PROTEÇÃO INTEGRAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRUPO 2: USO SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
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2. Conceitos importantes da Lei 
O Artigo 2º traz alguns conceitos importantes: 
Art. 2o Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: 
XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com 
objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as 
condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma 
harmônica e eficaz; 
XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos 
objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as 
normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a 
implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade; 
XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, onde as 
atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de 
minimizar os impactos negativos sobre a unidade; e 
Observação 1: Plano de manejo é o documento que estabelece o zoneamento das 
Unidades de Conservação. 
Lembre-se que florestas e reservas extrativistas possuem um conselho deliberativo 
que aprovam esse plano de manejo. 
Observação 2: APAs e RPPN não conterão áreas de amortecimento. 
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ATENÇÃO: artigo 25 é muito cobrado em prova! 
Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva 
Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando 
conveniente, corredores ecológicos.(Regulamento) 
§ 1o O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá normas 
específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona de amortecimento 
e dos corredores ecológicos de uma unidade de conservação. 
§ 2o Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e as respectivas 
normas de que trata o § 1o poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou 
posteriormente. 
 
3. Reservas da biosfera 
São ecossistemas imprescindíveis para preservação do meio ambiente no globo 
terrestre. 
No Brasil, a UNESCO já reconheceu as seguintes reservas da biosfera: Mata Atlântica 
(1991), Cerrado (1993). Cinturão Verde da cidade de São Paulo (1994), Pantanal Mato-
Grossense (2000), Caatinga (2001), Amazônia Central (2011) e Serra do Espinhaço (2005). 
Atente-se ao artigo 41, que menciona sobre a reserva da biosfera: 
Art. 41. A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão 
integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de 
preservação da diversidade biológica, o desenvolvimento de atividades de pesquisa, o 
monitoramento ambiental, a educação ambiental, o desenvolvimento sustentável e a 
melhoria da qualidade de vida das populações.(Regulamento) 
§ 1o A Reserva da Biosfera é constituída por: 
I - uma ou várias áreas-núcleo, destinadas à proteção integral da natureza; 
II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas atividades que não 
resultem em dano para as áreas-núcleo; e 
III - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo de ocupação 
e o manejo dos recursos naturais são planejados e conduzidos de modo participativo e 
em bases sustentáveis. 
§ 2o A Reserva da Biosfera é constituída por áreas de domínio público ou privado. 
§ 3o A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de conservação já criadas 
pelo Poder Público, respeitadas as normas legais que disciplinam o manejo de cada 
categoria específica. 
§ 4o A Reserva da Biosfera é gerida por um Conselho Deliberativo, formado por 
representantes de instituições públicas, de organizações da sociedade civil e da 
população residente, conforme se dispuser em regulamento e no ato de constituição da 
unidade. 
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§ 5o A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa Intergovernamental "O Homem 
e a Biosfera – MAB", estabelecido pela Unesco, organização da qual o Brasil é membro.

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