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CRONOGRAMA.docx CRONOGRAMA DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DATAS CONTEÚDO E ATIVIDADES 20/fev Introdução a Identidade Profissional e código de ética 27/fev Esclarecimentos sobre o estágio e suas documentações (coordenação e secretaria) - conteúdo sobre gerações, storytelling, identidade profissional. 06/mar APRESENTAÇÃO DO PLANO DE ENSINO E CRONOGRAMA 13/mar Conteúdo explicativo para produção de relatório de vivência profissional - Análise Organizacional- Obrigatória 20/mar Conteúdo explicativo para produção de relatório de vivência profissional – Obrigatória 27/mar Produção de relatório vivência profissional I 03/abr Produção de relatório vivência profissional I 10/abr Entrega do relatório de vivência profissional I Conteúdo explicativo para produção de relatório de Estudo Exploratório II – Obrigatória 17/abr Produção de relatório Estudo Exploratório II 24/abr Produção de relatório Estudo Exploratório II 01/mai Feriado Nacional - Dia do Trabalhador 08/mai Entrega do relatório de Estudo Exploratório II Conteúdo Explicativo para produção de relatório Proposta de Futuros Trabalhos III – Obrigatória 15/mai Produção de relatório Proposta de Futuros Trabalhos III Em breve, datas e o tempo de cada apresentação. Apresentações – pela ordem da chamada! 22/mai Entrega do Relatório Proposta de Futuros Trabalhos III Conteúdo: Apresentações e Oratória 29/mai Apresentações - 05/jun Apresentações - 12/jun Apresentações - 19/jun Apresentações - 26/jun Apresentações - 03/jul Término das Apresentações - Finalização da disciplina cod_etica_administrador_.pdf RESOLUÇÃO NORMATIVA CFA Nº 353, DE 9 DE ABRIL DE 2008 Aprova o novo Código de Ética Profissional do Administrador (CEPA) e o Regulamento do Processo Ético do Sistema CFA/CRAs, e dá outras providências. O CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO, no uso da competência que lhe conferem a Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965, o Regulamento aprovado pelo Decreto nº 61.934, de 22 de dezembro de 1967, e o Regimento do CFA aprovado pela Resolução Normativa CFA n° 309, de 14 de setembro de 2005, CONSIDERANDO que o estabelecimento de um Código de Ética para os profissionais da Administração, de forma a regular a conduta moral e profissional e indicar normas que devem inspirar o exercício das atividades profissionais, é matéria de alta relevância para o exercício profissional, CONSIDERANDO que o Código de Ética Profissional do Administrador está expressamente citado na alínea g do artigo 7º da Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965, e na alínea g do artigo 20 do Decreto nº 61.934, de 22 de dezembro de 1967, CONSIDERANDO, com fundamento no art. 7º, alínea g, da Lei nº 4.769, já mencionada, que compete aos Conselhos Federal e Regionais de Administração operacionalizar e zelar pela fiel execução do Código de Ética Profissional do Administrador; e a DECISÃO do Plenário na 5ª reunião, realizada no dia 4 de abril de 2008, RESOLVE: Art. 1º Aprovar o novo CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ADMINISTRADOR (CEPA) e o REGULAMENTO DO PROCESSO ÉTICO DO SISTEMA CFA/CRAs. Art. 2º Esta Resolução Normativa entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente as Resoluções Normativas CFA nº 253, de 30 de março de 2001, e 264, de 6 de março de 2002. Adm. Roberto Carvalho Cardoso Presidente do CFA CRA/SP nº 097 rn 35308 -09-04-08 2 2 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ADMINISTRADOR (Aprovado pela Resolução Normativa CFA nº 353, de 9 de abril de 2008) PREÂMBULO I - De forma ampla a Ética é definida como a explicitação teórica do fundamento último do agir humano na busca do bem comum e da realização individual. II - O exercício da profissão de Administrador implica em compromisso moral com o indivíduo, cliente, empregador, organização e com a sociedade, impondo deveres e responsabilidades indelegáveis. III - O Código de Ética Profissional do Administrador (CEPA) é o guia orientador e estimulador de novos comportamentos e está fundamentado em um conceito de ética direcionado para o desenvolvimento, servindo simultaneamente de estímulo e parâmetro para que o Administrador amplie sua capacidade de pensar, visualize seu papel e torne sua ação mais eficaz diante da sociedade. CAPÍTULO I DOS DEVERES Art. 1º São deveres do Administrador: I - exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, defendendo os direitos, bens e interesse de clientes, instituições e sociedades sem abdicar de sua dignidade, prerrogativas e independência profissional, atuando como empregado, funcionário público ou profissional liberal; II - manter sigilo sobre tudo o que souber em função de sua atividade profissional; III - conservar independência na orientação técnica de serviços e em órgãos que lhe forem confiados; IV - comunicar ao cliente, sempre com antecedência e por escrito, sobre as circunstâncias de interesse para seus negócios, sugerindo, tanto quanto possível, as melhores soluções e apontando alternativas; V - informar e orientar o cliente a respeito da situação real da empresa a que serve; VI - renunciar, demitir-se ou ser dispensado do posto, cargo ou emprego, se, por qualquer forma, tomar conhecimento de que o cliente manifestou desconfiança para com o seu trabalho, hipótese em que deverá solicitar substituto; rn 35308 -09-04-08 3 3 VII - evitar declarações públicas sobre os motivos de seu desligamento, desde que do silêncio não lhe resultem prejuízo, desprestígio ou interpretação errônea quanto à sua reputação; VIII - esclarecer o cliente sobre a função social da organização e a necessidade de preservação do meio ambiente; IX - manifestar, em tempo hábil e por escrito, a existência de seu impedimento ou incompatibilidade para o exercício da profissão, formulando, em caso de dúvida, consulta ao CRA no qual esteja registrado; X - aos profissionais envolvidos no processo de formação do Administrador, cumpre informar, orientar e esclarecer sobre os princípios e normas contidas neste Código. XI - cumprir fiel e integralmente as obrigações e compromissos assumidos, relativos ao exercício profissional; XII - manter elevados o prestígio e a dignidade da profissão. CAPÍTULO II DAS PROIBIÇÕES Art. 2º É vedado ao Administrador: I - anunciar-se com excesso de qualificativos, admitida a indicação de títulos, cargos e especializações; II - sugerir, solicitar, provocar ou induzir divulgação de textos de publicidade que resultem em propaganda pessoal de seu nome, méritos ou atividades, salvo se em exercício de qualquer cargo ou missão, em nome da classe, da profissão ou de entidades ou órgãos públicos; III - permitir a utilização de seu nome e de seu registro por qualquer instituição pública ou privada onde não exerça pessoal ou efetivamente função inerente à profissão; IV - facilitar, por qualquer modo, o exercício da profissão a terceiros, não habilitados ou impedidos; V - assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por terceiros ou elaborados por leigos alheios à sua orientação, supervisão e fiscalização; VI - organizar ou manter sociedade profissional sob forma desautorizada por lei; VII - exercer a profissão quando impedido por decisão administrativa do Sistema CFA/CRAs transitada em julgado; rn 35308 -09-04-08 4 4 VIII - afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo temporariamente, sem razão fundamentada e sem notificação prévia ao cliente ou empregador; IX - contribuir para a realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la, ou praticar, no exercício da profissão, ato legalmente definido como crime ou contravenção; X - estabelecer negociação ou entendimento com a parte adversa de seu cliente, sem sua autorização ou conhecimento; XI - recusar-se à prestação de contas, bens, numerários, que lhes sejam confiados em razão do cargo, emprego, função ou profissão, assim como sonegar, adulterar ou deturpar informações, em proveito próprio, em prejuízo de clientes, de seu empregador ou da sociedade; XII - revelar sigilo profissional, somente admitido quando resultar em prejuízo ao cliente ou à coletividade, ou por determinação judicial; XIII - deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de Administração, bem como atender às suas requisições administrativas, intimações ou notificações, no prazo determinado; XIV - pleitear, para si ou para outrem, emprego, cargo ou função que esteja sendo ocupado por colega, bem como praticar outros atos de concorrência desleal; XV - obstar ou dificultar as ações fiscalizadoras do Conselho Regional de Administração; XVI - usar de artifícios ou expedientes enganosos para obtenção de vantagens indevidas, ganhos marginais ou conquista de contratos; XVII - prejudicar, por meio de atos ou omissões, declarações, ações ou atitudes, colegas de profissão, membros dirigentes ou associados das entidades representativas da categoria. CAPÍTULO III DOS DIREITOS Art. 3º São direitos do Administrador: I - exercer a profissão independentemente de questões religiosas, raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, condição social ou de qualquer natureza discriminatória; II - apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições, quando as julgar indignas do exercício profissional ou prejudiciais ao cliente, devendo, nesse caso, dirigir-se aos órgãos competentes, em particular ao Tribunal Regional de Ética dos Administradores e ao Conselho Regional de Administração; rn 35308 -09-04-08 5 5 III - exigir justa remuneração por seu trabalho, a qual corresponderá às responsabilidades assumidas a seu tempo de serviço dedicado, sendo-lhe livre firmar acordos sobre salários, velando, no entanto, pelo seu justo valor; IV - recusar-se a exercer a profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho sejam degradantes à sua pessoa, à profissão e à classe; V - participar de eventos promovidos pelas entidades de classe, sob suas expensas ou quando subvencionados os custos referentes ao acontecimento; VI - a competição honesta no mercado de trabalho, a proteção da propriedade intelectual sobre sua criação, o exercício de atividades condizentes com sua capacidade, experiência e especialização. CAPÍTULO IV DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS Art. 4º Os honorários e salários do Administrador deverão ser fixados, por escrito, antes do início do trabalho a ser realizado, levando-se em consideração, entre outros, os seguintes elementos: I - vulto, dificuldade, complexidade, pressão de tempo e relevância dos trabalhos a executar; II - possibilidade de ficar impedido ou proibido de realizar outros trabalhos paralelos; III - as vantagens de que, do trabalho, se beneficiará o cliente; IV - a forma e as condições de reajuste; V - o fato de se tratar de locomoção na própria cidade ou para outras cidades do Estado ou do País; VI - sua competência e renome profissional; VII - a menor ou maior oferta de trabalho no mercado em que estiver competindo; VIII - obediência às tabelas de honorários que, a qualquer tempo, venham a ser baixadas, pelos respectivos Conselhos Regionais de Administração, como mínimos desejáveis de remuneração. Art. 5° É vedado ao Administrador: I - receber remuneração vil ou extorsiva pela prestação de serviços; II - deixar de se conduzir com moderação na fixação de seus honorários, devendo considerar as limitações econômico-financeiras do cliente; rn 35308 -09-04-08 6 6 III - oferecer ou disputar serviços profissionais, mediante aviltamento de honorários ou em concorrência desleal. CAPÍTULO V DOS DEVERES ESPECIAIS EM RELAÇÃO AOS COLEGAS Art. 6° O Administrador deverá ter para com seus colegas a consideração, o apreço, o respeito mútuo e a solidariedade que fortaleçam a harmonia e o bom conceito da classe. Art. 7° Com relação aos colegas, o Administrador deverá: I - evitar fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras; II - recusar cargo, emprego ou função, para substituir colega que dele tenha se afastado ou desistido, visando a preservação da dignidade ou os interesses da profissão ou da classe; III - evitar emitir pronunciamentos desabonadores sobre serviço profissional entregue a colega; IV - evitar desentendimentos com colegas, usando, sempre que necessário, o órgão de classe para dirimir dúvidas e solucionar pendências; V - tratar com urbanidade e respeito os colegas representantes dos órgãos de classe, quando no exercício de suas funções, fornecendo informações e facilitando o seu desempenho; VI - na condição de representante dos órgãos de classe, tratar com respeito e urbanidade os colegas Administradores, investidos ou não de cargos nas entidades representativas da categoria, não se valendo dos cargos ou funções ocupados para prejudicar ou denegrir a imagem dos colegas, não os levando à humilhação ou execração; VII - auxiliar a fiscalização do exercício profissional e zelar pelo cumprimento do CEPA, comunicando, com discrição e fundamentadamente aos órgãos competentes, as infrações de que tiver ciência; Art. 8° O Administrador poderá recorrer à arbitragem do Conselho Regional de Administração nos casos de divergência de ordem profissional com colegas, quando for impossível a conciliação de interesses. CAPÍTULO VI DOS DEVERES ESPECIAIS EM RELAÇÃO À CLASSE Art. 9° Ao Administrador caberá observar as seguintes normas com relação à classe: rn 35308 -09-04-08 7 7 I - prestigiar as entidades de classe, propugnando pela defesa da dignidade e dos direitos profissionais, a harmonia e a coesão da categoria; II - apoiar as iniciativas e os movimentos legítimos de defesa dos interesses da classe, participando efetivamente de seus órgãos representativos, quando solicitado ou eleito; III - aceitar e desempenhar, com zelo e eficiência, quaisquer cargos ou funções, nas entidades de classe, justificando sua recusa quando, em caso extremo, achar-se impossibilitado de servi-las; IV - servir-se de posição, cargo ou função que desempenhe nos órgãos de classe, em benefício exclusivo da classe; V - difundir e aprimorar a Administração como ciência e como profissão; VI - cumprir com suas obrigações junto às entidades de classe às quais se associou, inclusive no que se refere ao pagamento de contribuições, taxas e emolumentos legalmente estabelecidos; VII - acatar e respeitar as deliberações dos Conselhos Federal e Regional de Administração CAPÍTULO VII DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES Art. 10 Constituem infrações disciplinares sujeitas às penalidades previstas no Regulamento do Processo Ético do Sistema CFA/CRAs, aprovado por Resolução Normativa do Conselho Federal de Administração, além das elencadas abaixo, todo ato cometido pelo profissional que atente contra os princípios éticos, descumpra os deveres do ofício, pratique condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem: I - praticar atos vedados pelo CEPA; II - exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou, por qualquer meio, facilitar o seu exercício aos não registrados ou impedidos; III - não cumprir, no prazo estabelecido, determinação de entidade da profissão de Administrador ou autoridade dos Conselhos, em matéria destes, depois de regularmente notificado; IV - participar de instituição que, tendo por objeto a Administração, não esteja inscrita no Conselho Regional; V - fazer ou apresentar declaração, documento falso ou adulterado, perante as entidades da profissão de Administrador; rn 35308 -09-04-08 8 8 VI - tratar outros profissionais ou profissões com desrespeito e descortesia, provocando confrontos desnecessários ou comparações prejudiciais; VII - prejudicar deliberadamente o trabalho, obra ou imagem de outro Administrador, ressalvadas as comunicações de irregularidades aos órgãos competentes; VIII - descumprir voluntária e injustificadamente com os deveres do ofício; IX - usar de privilégio profissional ou faculdade decorrente de função de forma abusiva, para fins discriminatórios ou para auferir vantagens pessoais; X - prestar, de má-fé, orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer ato profissional que possa resultar em dano às pessoas, às organizações ou a seus bens patrimoniais. CAPÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 11 Caberá ao Conselho Federal de Administração, ouvidos os Conselhos Regionais e a categoria dos profissionais de Administração, promover a revisão e a atualização do CEPA, sempre que se fizer necessário. Art. 12 As regras processuais do processo ético serão disciplinadas em Regulamento próprio, no qual estarão previstas as sanções em razão de infrações cometidas ao CEPA. Art. 13 O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Administração manterão o Tribunal Superior e os Tribunais Regionais, respectivamente, objetivando o resguardo e aplicação do CEPA. Art. 14 É dever dos CRAs dar ampla divulgação ao CEPA. Aprovado na 5ª reunião plenária do CFA, realizada no dia 4 de abril de 2008. Adm. Roberto Carvalho Cardoso Presidente do CFA CRA/SP nº 097 rn 35308 -09-04-08 9 9 REGULAMENTO DO PROCESSO ÉTICO DO SISTEMA CFA/CRAS (Aprovado pela Resolução Normativa CFA nº 353, de 9 de abril de 2008) CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º O presente Regulamento trata das regras processuais relativas à tramitação dos processos éticos instaurados no âmbito do Sistema CFA/CRAs. Art. 2° Os Conselhos Federal e Regionais de Administração, quando da instauração e tramitação do processo ético, obedecerão, dentre outros, os princípios da legalidade, finalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório e eficiência. Art. 3° O processo ético somente poderá ser instaurado contra Administrador legalmente registrado em Conselho Regional de Administração. Parágrafo único. Para os fins deste Regulamento, considera-se interessado todo aquele em relação ao qual foi instaurado o processo ético. CAPÍTULO II DOS TRIBUNAIS DE ÉTICA DOS ADMINISTRADORES Art. 4° O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Administração manterão o Tribunal Superior e os Tribunais Regionais , respectivamente, objetivando o resguardo e aplicação do Código de Ética Profissional do Administrador. Art. 5° Os Conselhos Federal e Regionais de Administração funcionarão como Tribunal Superior e Tribunais Regionais de Ética , respectivamente. § 1º O Presidente de cada Conselho, Federal ou Regional, será o Presidente do Tribunal de Ética Profissional respectivo. § 2º No impedimento do Presidente, caso o processo seja instaurado contra ele, presidirá o Tribunal seu sucessor hierárquico, de acordo com o que estabelece o Regimento. § 3º O Tribunal Superior será auxiliado pelo órgão de apoio administrativo da Presidência do Conselho Federal de Administração e os Tribunais Regionais serão auxiliados pelo Setor de Fiscalização do Conselho Regional. julgar as transgressões ao CEPA, inclusive os Conselheiros Regionais, resguardada a competência originária do Tribunal Superior, aplicando as penalidades previstas, assegurando ao infrator, sempre, amplo direito de defesa. Art. 7º Compete ao Tribunal Superior: I - processar e julgar, originariamente, os Conselheiros Federais no exercício do mandato, em razão de transgressão a princípio ou norma de ética profissional; rn 35308 -09-04-08 10 10 II - julgar os recursos interpostos contra decisões proferidas pelos Tribunais Regionais. Art. 8° Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. Parágrafo único. O Tribunal Superior de Ética dos Administradores avocará a competência do Tribunal Regional quando este deixar de cumprir o prazo de que trata o artigo 18, § 2º, deste Regulamento Art. 9° As reuniões dos Tribunais Superior e Regionais de Ética ocorrerão em sessões secretas, sendo os processos sigilosos. Parágrafo único. Dos autos do processo somente será permitida vista ao interessado ou a seu representante legal. CAPÍTULO III DOS DIREITOS E DEVERES DO INTERESSADO Art. 10 Quando da instauração de processo ético, o interessado tem os seguintes direitos, sem prejuízo de outros que lhes sejam assegurados: I – ser atendido pelas autoridades e empregados, que deverão permitir o exercício dos seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; II – ter conhecimento da tramitação dos processos em que seja interessado, desde que requerido; III – fazer-se assistir ou representar por Advogado, Administrador ou pelo Sindicato dos Administradores a que pertencer. § 1º É também direito do interessado conhecer das decisões proferidas. § 2º São ainda direitos do interessado: I – ter vistas dos autos e obter cópias de documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem; II – obter certidões; III – conhecer das decisões proferidas; IV – formular alegações e apresentar documentos nos prazos fixados, ou até antes da decisão, desde que apresente fatos novos, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente. Art. 11 São deveres do interessado perante os Conselhos Federal e Regionais de Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: I – proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; rn 35308 -09-04-08 11 11 II – não agir de modo temerário, nem de modo a tumultuar o bom andamento do processo; III – prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. CAPÍTULO IV DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO Art. 12 Os atos do processo ético não dependem de forma determinada, salvo quando este Regulamento expressamente exigir. § 1º Os atos processuais devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável. § 2º Salvo previsão legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade. § 3º A autenticação de documentos poderá ser feita pelo órgão administrativo. § 4º Os documentos devem ser juntados ao processo em ordem cronológica e as folhas numeradas seqüencialmente e rubricadas. § 5º Não se admitem, nos atos e termos, espaços em branco, bem como entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se aqueles forem inutilizados e estas expressamente ressalvadas. Art. 13 Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento do órgão no qual tramitar o processo. Parágrafo único. Serão praticados ou concluídos depois do horário normal os atos cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou, ainda, aos Conselhos Federal e Regionais de Administração. CAPÍTULO V DA CIÊNCIA AO INTERESSADO Art. 14 Incumbirá ao CRA do local onde tramita o processo proceder a ciência ao interessado, quando denunciado, para conhecimento da denúncia e apresentação, se quiser, de defesa. § 1º Para a validade do processo, é indispensável a ciência inicial do interessado. § 2º A intervenção do interessado no processo supre a falta de cientificação. § 3º A ciência se dará por meio de ofício contendo a finalidade, a identificação do destinatário e o prazo para a prática do ato, quando houver. rn 35308 -09-04-08 12 12 § 4º A ciência pode ainda ser efetuada por via postal, com aviso de recebimento, por notificação judicial ou extra-judicial. § 5º Será admitida a ciência por meio de edital publicado na imprensa oficial ou jornal de grande circulação quando comprovadamente restarem frustradas as demais hipóteses. Art. 15 A intimação deverá conter: I – identificação do intimado; II – finalidade da intimação; III – data, hora e local em que deverá comparecer ou prazo para se manifestar; IV – se o intimado deverá comparecer pessoalmente ou se poderá ser representado; V – informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento ou manifestação; VI – indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. CAPÍTULO VI DOS PRAZOS Art. 16 Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação, excluindo- se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. § 1º Nas hipóteses previstas nos §§ 4º e 5º do art. 14 os prazos começarão a fluir a partir da juntada, que deverá ser certificada nos autos, dos comprovantes de entrega ou da publicação do edital. § 2º Os prazos somente começarão a ser contados no primeiro dia útil subseqüente ao da cientificação ou da juntada prevista no parágrafo anterior em que houver expediente. § 3º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal. § 4º Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. § 5º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o dia subseqüente. rn 35308 -09-04-08 13 13 § 6° A prática do ato, antes do prazo respectivo, implicará a desistência do prazo remanescente. Art. 17 Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem. Art. 18 Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e do interessado que dele participe devem ser praticados no prazo máximo de 10 (dez) dias, salvo motivo de força maior. §1° O prazo previsto neste artigo poderá ser prorrogado até o dobro, mediante comprovada justificação. § 2º O TREA deverá concluir o julgamento do processo ético em um prazo de seis meses, contados a partir de sua instauração, podendo ser prorrogado por mais um mês, na hipótese de o Relator pedir a prorrogação prevista no art. 37, § 2º, deste Regulamento. CAPÍTULO VII DAS PROVAS Art. 19 Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo dos deveres do órgão competente relativamente à instrução processual. Art. 20 Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes no próprio Conselho, ao Conselho caberá adotar as medidas necessárias à obtenção dos documentos ou das cópias destes. Art. 21 Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão. § 1º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. § 2º Nos casos em que houver ônus pecuniário para a obtenção de provas solicitadas pelo interessado, incumbirá a estes arcar com as respectivas despesas. Art. 22 Quando dados ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação dos fatos processuais, o não atendimento no prazo fixado pelo CRA para a respectiva apresentação tornará prejudicada tal apreciação, implicando em prejuízo do alegado, pelo próprio interessado. Art. 23 É facultado aos Conselhos Federal e Regionais de Administração, sempre que acharem necessário ao andamento do processo, ou ao julgamento do feito, convocar o interessado para prestar esclarecimentos. rn 35308 -09-04-08 14 14 CAPÍTULO VIII DAS EXCEÇÕES Art. 24 Será impedido de atuar em processo aquele que esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado. Parágrafo único. O impedimento de que trata este artigo se estende quando a atuação no processo tenha ocorrido pelo cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau consangüíneo ou afim. Art. 25 Aquele que incorrer em impedimento deverá comunicar o fato ao Presidente do tribunal ético, abstendo-se de atuar no processo. Art. 26 Poderá ser argüida a suspeição daquele que tenha amizade íntima ou inimizade notória com o interessado. § 1o A argüição de que trata o caput deste artigo deverá ser dirigida ao Presidente do Tribunal Ético e submetida ao Plenário. § 2o Nos casos de suspeição ou impedimento da maioria dos membros do Plenário do CRA, inclusive os Suplentes, caberá ao CFA o julgamento dos processos. Art. 27 O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso ao Conselho Federal de AdminIstração. CAPÍTULO IX DAS NULIDADES Art. 28 São nulos: I – os atos praticados por empregado que não tenha competência para fazê- lo; II – as decisões proferidas por autoridade incompetente ou com preterição de direito do interessado; III – as decisões destituídas de fundamentação. Art. 29 São passíveis de retificação os atos praticados com vícios sanáveis decorrentes de omissão ou incorreção, desde que sejam preservados o interesse público e o direito do interessado. CAPÍTULO X DA PRESCRIÇÃO Art. 30 A punibilidade dos interessados pelos Tribunais de Ética, por falta sujeita a processo ético, prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data da ocorrência do fato. rn 35308 -09-04-08 15 15 §1º Caso um processo fique paralisado por mais de 3 (três) anos, pendente de despacho ou julgamento, deverá ser arquivado de ofício ou a requerimento do interessado, sem qualquer prejuízo ao interessado. CAPÍTULO XI DO INÍCIO DO PROCESSO Art. 31 O processo ético será instaurado de ofício ou mediante denúncia fundamentada de qualquer autoridade ou particular. Art. 32 A denúncia deverá ser formulada por escrito e conter os seguintes dados: I – órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; II – identificação do denunciante e do denunciado; III – endereço do denunciante e do denunciado; IV – formulação do pedido, com exposição dos fatos, de seus fundamentos e indicação e juntada das provas que existirem; V – data e assinatura do denunciante ou de seu representante. §1º É vedada a recusa imotivada de recebimento da denúncia, devendo o empregado orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. CAPÍTULO XII DA DEFESA Art. 33 É facultada ao interessado a apresentação de defesa dentro do prazo de 15 (quinze) dias, a serem contados na forma do art. 16 e seus parágrafos, deste Regulamento. Art. 34 Incumbirá ao interessado fazer prova do alegado em sua defesa, devendo acostar aos autos, quando da apresentação da referida peça, os documentos que se fizerem necessários para tal. Parágrafo único. O interessado poderá, também, juntar pareceres, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo. CAPÍTULO XIII DO SANEAMENTO DO PROCESSO Art. 35 Após o recebimento da defesa, ou vencido o prazo sem a sua apresentação, os autos serão encaminhados ao Presidente do Tribunal de Ética, que fará o seu saneamento. rn 35308 -09-04-08 16 16 Art. 36 Caberá ao Presidente do Tribunal de Ética determinar providências para a sua regularidade e manter a ordem no curso dos respectivos atos, determinando de ofício a produção de provas que entender necessárias ao julgamento do feito. Art. 37 Saneado o processo e encerrada a sua instrução, os autos serão distribuídos ao Conselheiro Relator no prazo máximo de 10 (dez) dias, contados a partir do recebimento da defesa ou após vencido o prazo sem a sua apresentação. § 1º O Relator terá prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da distribuição, para apresentar seu parecer e voto perante o Tribunal de Ética. § 2° O Relator poderá solicitar prorrogação do prazo por mais 30 (trinta) dias para apresentação de seu parecer e voto. § 3º Ao interessado e seu representante legal será facultado assistir ao julgamento de seu processo, devendo-lhe, desde que solicitado previamente, ser comunicada a data, hora e local da realização deste, na forma do art. 15 deste Regulamento. CAPÍTULO XIV DA ANÁLISE E JULGAMENTO DAS INFRAÇÕES Art. 38 São requisitos essenciais do relato do Conselheiro Relator: I – preâmbulo, que deverá indicar o número do processo, o nome do interessado, a capitulação e a tipificação da infração; II – relatório, que deverá conter a exposição sucinta dos termos da autuação e das alegações, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; III – parecer e voto, que deverá conter a indicação dos motivos de fato e de direito em que irá fundar-se a decisão e a sua sugestão de decisão para o Colegiado. Parágrafo único. Quando for vencedor voto divergente do manifestado pelo Relator, este deverá ser fundamentado, tomado a termo nos autos e firmado pelo Conselheiro proponente. Art. 39 Constatada a existência de inexatidões ou erros materiais no relato ou na deliberação, decorrentes de lapso manifesto ou erros de escrita ou de cálculos, poderá o Relator ou o Presidente do órgão julgador, de ofício ou a requerimento do interessado, corrigi-las, suspendendo-se o prazo para eventual recurso. CAPÍTULO XV DA FIXAÇÃO E GRADAÇÃO DAS PENAS Art. 40 A violação das normas contidas neste Regulamento importa em falta que, conforme sua gravidade, sujeita seus infratores às seguintes penalidades: rn 35308 -09-04-08 17 17 I - advertência escrita e reservada; II - multa; III - censura pública; IV - suspensão do exercício profissional de 30 (trinta) dias a 3 (três) anos. V - cancelamento do registro profissional e divulgação do fato para o conhecimento público. Parágrafo único. Da decisão que aplicar penalidade prevista nos incisos IV e V deste artigo, deverá o Tribunal Regional interpor recurso ex officio ao Tribunal Superior. Art. 41 Na aplicação das sanções previstas neste Regulamento, serão consideradas atenuantes as seguintes circunstâncias: I - ausência de punição anterior; II - prestação de relevantes serviços à Administração; III - infração cometida sob coação ou em cumprimento de ordem de autoridade superior. Art. 42 Salvo nos casos de manifesta gravidade e que exijam aplicação imediata de penalidade mais grave, a imposição das penas obedecerá à gradação do art. 40. Parágrafo único. Avalia-se a gravidade pela extensão do dano e por suas conseqüências. Art. 43 A advertência reservada será confidencial, sendo que a censura pública, a suspensão e o cancelamento do exercício profissional serão efetivados mediante publicação em Diário Oficial e em outro órgão da imprensa, e afixado em mural pelo prazo de 3 (três) meses, na sede do Conselho Regional do registro principal e na Delegacia do CRA da jurisdição de domicílio do punido. Parágrafo único. Em caso de cancelamento e suspensão do exercício profissional, além dos editais e das comunicações feitas às autoridades competentes interessadas no assunto, proceder-se-á à apreensão da Carteira de Identidade Profissional do infrator. Art. 44 A pena de multa variará entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo do seu décuplo. CAPÍTULO XVI DAS SUSTENTAÇÕES ORAIS Art. 45 É facultada ao interessado a sustentação oral. rn 35308 -09-04-08 18 18 Parágrafo único. A sustentação oral deverá ser requerida por escrito e obedecerá aos seguintes requisitos: I – deverá ser dada ciência ao interessado do local, data e hora em que o julgamento do feito irá ocorrer, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias; II – o tempo concedido para sustentação oral deverá ser de, no máximo, 15 (quinze) minutos, podendo ser prorrogado por igual período. Art. 46 Na sessão de julgamento, após a exposição da causa (relatório) pelo Relator, o Presidente dará a palavra ao interessado ou ao seu representante legal. § 1º Após a sustentação oral, o Relator proferirá seu parecer e voto. § 2º Caso seja contra o Presidente do Conselho, Federal ou Regional, que esteja sendo instaurado o processo ético, quem presidirá os trabalhos será seu sucessor hierárquico, conforme estabelecido no Regimento respectivo. CAPÍTULO XVII DA EXTINÇÃO DO PROCESSO Art. 47 O órgão competente declarará extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. CAPÍTULO XVIII DOS RECURSOS EM GERAL Art. 48 Das decisões de primeira instância caberá recurso ao TSEA, em face de razões de legalidade e de mérito. § 1º Somente o interessado ou seu representante legal tem legitimidade para interpor recurso. § 2º O recurso será dirigido ao órgão que proferiu a decisão. Art. 49 É de 15 (quinze) dias o prazo para interposição de recurso, contados a partir da intimação, na forma prevista pelos arts. 14 e 15 deste Regulamento. § 1º O recurso deverá ser decidido no prazo máximo de 2 (duas) reuniões plenárias ordinárias do Conselho Federal de Administração, a partir da recepção do processo no CFA. § 2o O prazo mencionado no § 1º deste artigo poderá ser motivadamente prorrogado. § 3º Na análise e julgamento dos recursos aplicar-se-á o disposto nos arts. 38 e 39 deste Regulamento. rn 35308 -09-04-08 19 19 Art. 50 O recurso será interposto por meio de requerimento, no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame. Art. 51 O recurso não será conhecido quando interposto fora do prazo ou por quem não seja legitimado. Parágrafo único. O juízo de admissibilidade será exercido pelos Conselhos Regionais, aos quais caberá analisar o preenchimento dos requisitos e a tempestividade recursais. CAPÍTULO XIX DO TRÂNSITO EM JULGADO Art. 52 Para os efeitos desta norma, considera-se-á transitada em julgado a decisão terminativa irrecorrível. CAPÍTULO XX DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 53 Este Regulamento, quando da sua entrada em vigor, aplicar-se-á aos processos que se encontrarem em andamento. Art. 54 Compete ao Conselho Federal de Administração formar jurisprudência quanto aos casos omissos, ouvindo os CRAs, e incorporá-la a este Regulamento. Art. 55 Aplicam-se subsidiariamente ao processo ético as regras gerais do Código de Processo Penal, naquilo que lhe for compatível. Art. 56 O Administrador poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de Administração quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão. Art. 57 Caberá ao Conselho Federal de Administração, ouvidos os CRAs e a classe dos profissionais de Administração, promover a revisão e a atualização do presente Regulamento, sempre que se fizer necessário. Aprovado na 5ª reunião plenária do CFA, realizada no dia 4 de abril de 2008. Adm. Roberto Carvalho Cardoso Presidente do CFA CRA/SP n° 097 Aula 4 - 13.03.pptx Disciplina Estágio Supervisionado I AULA 4 Profª Jadna Herbst Aula 4 APRENDER FAZENDO! Aula 4 ANÁLISE ORGANIZACIONAL A análise organizacional é uma etapa importante no trabalho de qualquer gestor tanto no setor público como no privado. É por meio dela que os problemas organizacionais são identificados e analisados para que sejam implementadas as alternativas de solução mais adequadas. Aula 4 A análise organizacional consiste fundamentalmente no diagnóstico dos processos de trabalho que auxilia a organização a compreender a sua performance procurando localizar áreas/unidades que apresentem problemas, identificando oportunidades e desenvolvendo planos de ação que, uma vez realizados, culminem com a melhoria do desempenho global. Aula 4 Diversas circunstâncias podem recomendar a realização de uma análise organizacional, entre elas: custos elevados ou em crescimento; problemas de relacionamentos, conflitos, absenteísmo, rotatividade de pessoal; desmotivação da equipe; resultado ruim numa pesquisa de clima organizacional ou satisfação dos clientes; número elevado de reclamação de clientes; perda de participação de mercado; Aula 4 baixo nível de qualidade de produtos ou serviços; operação ineficiente; processo de tomada de decisão lento; elevado nível de perdas, desperdícios; baixa competitividade; dificuldade de crescimento e expansão; sobrecarga de trabalho em alguns setores; estoque elevado ou com baixo giro; resultados ruim dos indicadores de desempenho. Aula 4 Para realizar uma análise organizacional é primordial conhecer o negócio da empresa, seu core business, mapear a sua cadeia de valor, a arquitetura organizacional (organograma), resultados de estudos e pesquisas já realizadas e identificar todos os planos da organização, seus objetivos, metas e prioridades, para então conhecer os processos de trabalho, analisando os pontos relevantes para a definição da metodologia de análise que será utilizada no estudo. Aula 4 O entendimento do ambiente organizacional e da cultura são de fundamental importância para formar uma compreensão da organização das perspectivas interna e externa. Aula 4 Deve-se analisar a empresa como um sistema composto por diversos subsistemas, cada um deles caracterizado por entradas, saídas, transformação e retroalimentação. Aula 4 A análise organizacional se desenvolve em quatro etapas conforme pode ser visto na Figura 1: Aula 4 A primeira etapa consiste do Diagnóstico que contempla o levantamento preliminar de informações. Pode ser realizada por meio de reuniões, aplicação de uma metodologia como a consulta-entrevista e o diagnóstico de modelo de gestão. Aula 4 Instrumentos de levantamento de Informações: Entrevista Questionário Observação Pessoal Pesquisa de Documentação Existente (consulta a registros) Aula 4 Observação Pessoal É o único método de comparação das informações obtidas na pesquisa de documentação, questionários e entrevistas com a realidade dos fatos. Consiste em observar a aplicação de métodos e técnicas na organização, tais como: o cumprimento de normas pelos empregados, a disciplina, disposição dos móveis e equipamentos, utilização de arquivos e formulários etc. Aula 4 Comportamentos e cuidados no processo de levantamento de dados: É indispensável que seja conhecida a situação atual ou vigente e, para que se conheça esta situação com segurança é necessária a realização de um levantamento completo de todos os procedimentos que envolvem determinado trabalho; Identificar o órgão em estudo, no organograma da empresa; Identificar as relações entre o órgão em estudo com outros órgãos (formais e informais); Identificar os cargos dos funcionários que serão consultados; Aula 4 Identificar detalhadamente as tarefas de cada funcionário e o tempo respectivo de execução; Identificar os impressos (formulários) utilizados em cada tipo de serviço; Testar a idoneidade e/ou necessidade de cada informação recebida; Aula 4 Analisar o layout do escritório ou a distribuição dos móveis e equipamentos e sua relação com as pessoas e o fluxo de trabalho; Analisar as condições ambientais de trabalho, ou seja, iluminação, temperatura, higiene, segurança etc.; Incentivar os funcionários para a apresentação de sugestões que possam contribuir para o estudo; Preocupar-se unicamente em conhecer a realidade dos fatos; Aula 4 Não fazer juízo ou sugestões sobre os fatos que se apresentarem, classificando-os como certos ou errados; Estar atento, apurando as habilidades de escutar e observar, para tudo que acontece quando do levantamento. Aula 4 Essas técnicas de investigação estão direcionadas a fornecer à equipe de análise as informações necessárias para que o estudo possa ser desenvolvido com base em dados reais e verdadeiros. Um levantamento realizado sem técnica metodologicamente válida pode comprometer todo o trabalho. Aula 4 Conhecer o problema da empresa na qual a análise organizacional é realizada é o objeto das primeiras reuniões. Nela, ambas as partes deverão identificar a situação atual da empresa e concluir sobre o onde e o como devem atuar para mitigar o problema existente. A técnica aconselhada é a de ouvir o cliente (empresa) com a máxima atenção e formular perguntas que o levem à reflexão e a possibilidade de identificação de informações precisas para todas as partes envolvidas conhecerem a dimensão exata do problema e identificar, a partir de suas peculiaridades, as correlações no ambiente organizacional. Aula 4 Portanto, assim como na medicina, sem conhecer o problema (a doença), será muito difícil aplicar a metodologia de tratamento e intervenção adequados. Caso a opção seja pelo desenvolvimento de multiplicadores internos esse é o momento para que eles sejam selecionados e capacitados. Nessa etapa do Projeto é importante também a realização de uma sensibilização com os demais colaboradores da empresa não diretamente envolvidos com a análise para que estes se percebam como parte de um trabalho relevante. O desconhecimento ou o conhecimento distorcido pode gerar resistências que dificultarão a implantação de soluções. Aula 4 É importante validar os resultados preliminares obtidos para assegurar que as necessidades da empresa foram corretamente percebidas. A validação nessa etapa do trabalho minimiza o risco do trabalho prosseguir e ser questionado posteriormente. Aula 4 Na segunda etapa é a Modelagem da Solução onde as alternativas de solução para os problemas levantados começam a surgir e ser modeladas, a partir de modelos conceituais. Aqui mais uma vez recomenda-se a realização de uma validação. Essa validação pode ocorrer numa área escolhida como piloto e estendida aos demais setores. Aula 4 Na terceira etapa é a Implementação onde a solução modelada começa a ser desenvolvida para implantação. Começa-se a implantar as soluções propostas com o uso de metodologias. Aula 4 Finalmente na quarta etapa, Treinamento, devem ser realizados as capacitações com os colaboradores da empresa e eventualmente parceiros e clientes para que o que foi desenhado e implantado seja incorporado definitivamente como uma prática da empresa e passe a fazer parte do seu modelo de gestão, de negócios e seus processos de trabalho. Aula 4 Para que o Projeto tenha êxito é importante sensibilizar e envolver os colaboradores da empresa, treiná-los, para permitir um processo de revisão da análise periodicamente, levando-os a participar das discussões e a se comprometer com a implementação das soluções já que os ganhos dependem de todos e são para todos. Modelo de peça de comunicação – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Março/ 2010 Aula 4 Referências https://professorannibal.com.br/2017/09/19/analise-organizacional-identificando-a-origem-dos-problemas/ https://analiseorganizacional.files.wordpress.com/2013/08/conteudo02.pdf Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Brasil PREVIEW_MTUR_Codigo_de_Etica_Turismo_120_210mm_Portugues.pdf CÓDIGO de ÉTICA MUNDIAL para o TURISMO PREÂMBULO Nós, membros da Organização Mundial do Turismo (OMT), representantes do setor tu- rístico mundial, delegados de Estados, territórios, empresas, instituições e organismos, reu- nidos na Assembleia Geral, em Santiago, Chile, em 1º de ou- tubro de 1999, Reafirmando os objetivos enunciados no art. 3º dos Esta- tutos da Organização Mundial do Turismo, e conscientes da função "central e decisiva" re- conhecida à Organização pela Assembleia-Geral das Nações Unidas na promoção e no de- senvolvimento do turismo com a finalidade de contribuir para o crescimento econômico, a compreensão internacional, a paz e a prosperidade dos pa- íses, assim como para o res- peito universal e a observação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais sem distinção de raça, sexo, língua ou religião, Profundamente convencidos de que, graças ao contato di- reto, espontâneo e imediato que permite entre homens e mulheres de culturas e formas de vida diferentes, o turismo é uma força viva a serviço da paz e um fator de amizade e com- preensão entre os povos, Atendo-nos aos princípios orientados a conciliar de for- ma sustentável a proteção do meio ambiente, o desenvol- vimento econômico e a luta contra a pobreza, formulados pelas Nações Unidas por oca- sião do "Cume da Terra", no Rio de Janeiro em 1992, e que foram expressos no Programa 21 adotado na mesma ocasião, Tendo presente o rápido e contínuo crescimento, tanto passado como previsível, da atividade turística originada por motivos de lazer, negó- cios, cultura, religião ou saú- de, bem como seus poderosos efeitos positivos e negativos no meio ambiente, na econo- mia e na sociedade dos países emissores e receptores, nas co- munidades locais e nas popu- lações autóctones, assim como nas relações e nos intercâm- bios internacionais, Movidos peIa vontade de fo- mentar um turismo respon- sável e sustentável, ao qual todos tenham acesso no exer- cício do direito aplicável a to- das as pessoas de dispor de seu tempo livre para fins de lazer e viagens, com o devido respei- to às opções sociais de todos os povos, Mas convencidos também de que o setor turístico em seu conjunto se favoreceria con- sideravelmente de desenvol- ver-se em um contexto que fomente a economia de mer- cado, a empresa privada e a liberdade de comércio e que lhe permita otimizar seus efei- tos benéficos de geração de atividades e empregos, Intimamente convencidos de que, sempre que se repetem determinados princípios e se observam certas normas, o turismo responsável e susten- tável não é de modo algum incompatível com uma maior liberalização das condições pelas quais se rege o comér- cio de serviços sob cuja tutela operam as empresas do setor, e que é possível conciliar neste campo: economia e ecologia, meio ambiente e desenvolvi- mento, e abertura aos inter- câmbios internacionais e pro- teção das identidades sociais e culturais, Considerando que neste pro- cesso todos os agentes do desenvolvimento turístico – administrações nacionais, regionais e locais, empresas, associações profissionais, tra- balhadores do setor, organi- zações não governamentais e organismos de todo tipo do setor turístico – e também as comunidades receptoras, os órgãos de imprensa e os pró- prios turistas exercem respon- sabilidades distintas, porém interdependentes, na valori- zação individual e social do turismo, e que a definição dos direitos e deveres de cada um contribuirá para atingir este objetivo, Interessados, tanto quanto a própria Organização Mundial do Turismo desde 1977, quan- do em sua Assembleia Geral adotou, em Istambul, a Reso- lução 364 (XII) para promover uma verdadeira colaboração entre os agentes públicos e privados do desenvolvimento turístico, e desejosos de que uma associação e uma coope- ração de mesma natureza se estendam de forma aberta e equilibrada às relações entre países emissores e receptores, e entre seus respectivos seto- res turísticos, Expressando nossa vontade de dar continuidade às De- clarações de Manila de 1980 sobre o turismo mundial e de 1997 sobre os efeitos sociais do turismo, bem como à Car- ta do Turismo e ao Código do Turista, adotados em Sofia no ano de 1985, sob os auspícios da OMT, Mas compreendendo que es- ses instrumentos devem ser complementares a um conjun- to de princípios interdepen- dentes em sua interpretação e aplicação, aos quais os agentes de desenvolvimento turístico deverão ajustar sua conduta no início do século XXI, Referindo-nos, para os efei- tos do presente instrumento, às definições e classificações aplicáveis aos viajantes, e es- pecialmente às noções de "vi- sitante", "turista" e "turismo" adotadas pela Conferência Internacional de Otawa, reali- zada de 24 a 28 de junho de 1991, e aprovadas em 1993 pela Comissão de Estatutos das Nações Unidas, em seu 27º período de seções, Referindo-nos particularmen- te aos instrumentos relaciona- dos a seguir: Afirmamos o direito ao turis- mo e à liberdade de desloca- mento turístico, • Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 10 de dezembro de 1984, • Pacto Internacional de Di- reitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 16 de dezem- bro de 1966, • Pacto Internacional de Direi- tos Civis e Políticos, de 16 de dezembro de 1966, • Convênio de Varsóvia sobre o transporte aéreo, de 12 de outubro de 1929, • Convênio Internacional de Chicago sobre Aviação Civil, de 7 de dezembro de 1944, assim como as convenções de Tóquio, Haia e Montreal adotadas com relação aos ci- tados convênios, • Convenção sobre as facilida- des aduaneiras para o turis- mo, de 4 de julho de 1954, e Protocolo associado, • Convênio relativo à prote- ção do patrimônio mundial, cultural e natural, de 23 de novembro de 1972, • Declaração de Manila sobre o Turismo Mundial, de 10 de outubro de 1980, • Resolução da VI Assembleia- -Geral da OMT (Sofia), na qual foram adotados a Car- ta do Turismo e o Código do Turista, de 26 de setembro de 1985, • Convenção sobre os Direitos das Crianças, de 20 de no- vembro de 1989, • Resolução da IX Assembleia- -Geral da OMT (Buenos Aires), relativa à facilitação de via- gens e à segurança dos turis- tas, de 4 de outubro de 1991, • Declaração do Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, de 13 de junho de 1992, • Acordo-Geral sobre o Co- mércio de serviços, de 15 de abril de 1994, • Convênio sobre a Diversida- de Biológica, de 16 de janei- ro de 1995, • Resolução da XI Assembleia- -Geral da OMT (Cairo) sobre a prevenção do turismo se- xual organizado, de 22 de outubro de 1995, • Declaração de Estocolmo contra a exploração sexual comercial de crianças, de 28 de agosto de 1996, • Declaração de Manila sobre os Efeitos Sociais do Turismo, de 22 de maio de 1997, e • Convênios e recomendações adotados pela Organização Internacional do Trabalho com respeito aos convênios coletivos, à proibição de tra- balhos forçados e do traba- lho infantil, à defesa dos di- reitos dos povos autóctones, à igualdade de trato e à não discriminação no trabalho. Afirmamos o direito ao turis- mo e à liberdade de desloca- mento turístico. Expressamos nossa vontade de promover um ordenamento turístico mundial equitativo, responsá- vel e sustentável, em benefí- cio mútuo de todos os setores da sociedade e em um contex- to de economia internacional aberta e liberalizada, e Proclamamos solenemente com esse fim os princípios do Código de Ética Mundial para o Turismo. Artigo 1º CONTRIBUIÇÃO DO TURISMO PARA O ENTENDIMENTO E O RESPEITO MÚTUO ENTRE HO- MENS E SOCIEDADES 1. A compreensão e a promo- ção dos valores éticos comuns da humanidade, em um espí- rito de tolerância e respeito à diversidade, às crenças religio- sas, filosóficas e morais são, ao mesmo tempo, fundamento e consequência de um turismo responsável. Os agentes do desenvolvimento turístico e os próprios turistas prestarão atenção às tradições e práticas sociais e culturais de todos os povos, incluindo as minorias nacionais e as populações au- tóctones, e reconhecerão suas riquezas. 2. As atividades turísticas se- rão organizadas em harmonia com as peculiaridades e tradi- ções das regiões e países re- ceptores, respeitando suas leis e costumes. 3. Tanto as comunidades re- ceptoras quanto os agentes profissionais locais deverão aprender a conhecer e respei- tar os turistas que os visitam e a informar-se sobre sua for- ma de vida, seus gostos e suas expectativas. A educação e a formação que competem aos profissionais contribuirão para uma recepção hospitaleira aos turistas. 4. As autoridades públicas têm a missão de assegurar a prote- ção dos turistas e dos visitan- tes, assim como de seus perten- ces. Neste sentido, prestarão especial atenção aos turistas estrangeiros, devido a sua par- ticular vulnerabilidade. Com esta finalidade, facilitarão o estabelecimento de meios de informação, prevenção, pro- teção, seguro e assistência es- pecíficos que correspondam às suas necessidades. Os aten- tados, agressões, sequestros e ameaças dirigidos contra turis- tas ou trabalhadores do setor turístico, assim como a destrui- ção intencional de instalações turísticas ou de elementos do patrimônio cultural ou natural devem ser condenados e re- primidos com severidade, em conformidade com a respecti- va legislação nacional. 5. Em seus deslocamentos, os turistas e visitantes deverão evitar todo ato criminal ou considerado delitivo pelas leis do país que visitam, bem como qualquer comportamento que possa chocar ou prejudicar a população local, ou ainda dani- ficar o entorno do lugar. Deve- rão se abster de qualquer tipo de tráfico de drogas, armas, an- tiguidades, espécies protegidas e produtos e substâncias peri- gosas e proibidas pelas regula- mentações nacionais. 6. Os turistas e visitantes têm a responsabilidade de infor- mar-se, desde antes de sua saída, sobre as características do país que se dispõem a visi- tar. Além disso, estarão cons- cientes dos riscos à saúde e à segurança inerentes a todos os deslocamentos fora de seu entorno habitual e deverão se comportar de modo a minimi- zar esses riscos. Artigo 2º O TURISMO, INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO PES- SOAL E COLETIVO 1. O turismo, que é uma ati- vidade geralmente associada ao descanso, à diversão, ao es- porte e ao acesso à cultura e à natureza, deve ser entendido e praticado como um meio pri- vilegiado de desenvolvimento individual e coletivo. Quando vivenciado com a abertura de espírito necessária, é um fator insubstituível de autoeduca- ção, tolerância mútua e apren- dizagem das legítimas diferen- ças entre povos, culturas e sua diversidade. 2. As atividades turísticas de- verão respeitar a igualdade entre homens e mulheres. Do mesmo modo, deverão ser promovidos os direitos huma- nos e, em particular, os direi- tos específicos dos grupos de populações mais vulneráveis, especialmente as crianças, os idosos, as pessoas com defici- ência, as minorias étnicas e os povos autóctones. 3. A exploração de seres hu- manos, em qualquer de suas formas, principalmente a se- xual, e em particular quando atinge as crianças, fere os obje- tivos fundamentais do turismo e estabelece uma negação de sua essência. Portanto, confor- me o direito internacional, de- ve-se combatê-la sem reservas, com a colaboração de todos os Estados interessados, e pe- nalizar os autores desses atos com rigor em acordo com as legislações nacionais dos pa- íses visitados e de seus países de origem, mesmo quando co- metidos no exterior. 4. Os deslocamentos por moti- vos de religião, saúde, educa- ção e intercâmbio cultural ou linguístico constituem formas particularmente interessantes de turismo e merecem ser pro- movidos. 5. Será favorecida a introdu- ção, em programas de estudo, de conteúdos sobre o valor dos intercâmbios turísticos, seus benefícios econômicos, sociais e culturais e também seus riscos. Artigo 3º O TURISMO, FATOR DE DESEN- VOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 1. Todos os agentes de de- senvolvimento turístico têm o dever de proteger o meio am- biente e os recursos naturais, com vistas a um crescimento econômico estruturado, cons- tante e sustentável, que seja capaz de satisfazer equitativa- mente as necessidades e aspi- rações das gerações presentes e futuras. 2. As autoridades públicas na- cionais, regionais e locais favo- recerão e incentivarão todas as modalidades de desenvolvi- mento turístico que permitam preservar recursos naturais es- cassos e valiosos, em particular a água e a energia, e evitar no que for possível a produção de resíduos. 3. Serão feitos esforços para distribuir no tempo e no espa- ço os movimentos de turistas e visitantes, em particular por meio das férias remuneradas e das férias escolares, e equi- librar melhor o fluxo turístico, com o objetivo de reduzir a pressão causada pela ativida- de turística no meio ambiente e de aumentar seus efeitos be- néficos no setor turístico e na economia local. 4. A infraestrutura e as ativida- des turísticas serão planejadas de modo a proteger o patri- mônio natural que constituem os ecossistemas e a diversidade biológica e a preservar as es- pécies da fauna e da flora sil- vestre em perigo. Os agentes do desenvolvimento turístico, e em particular os profissionais do setor, devem admitir que se imponham limites a suas ati- vidades quando exercidas em espaços particularmente vul- neráveis: regiões desérticas, polares ou de montanha, lito- râneas, florestas tropicais ou zonas úmidas, que sejam idô- neos para a criação de parques ou reservas protegidas. 5. O turismo de natureza e o ecoturismo são reconhecidos como formas de turismo par- ticularmente enriquecedoras e valorizadoras, sempre que res- peitem o patrimônio natural e a população local e se ajustem à capacidade de carga dos lu- gares turísticos. Artigo 4º O TURISMO, FATOR DE APRO- VEITAMENTO E ENRIQUECI- MENTO DO PATRIMÔNIO CUL- TURAL DA HUMANIDADE 1. Os recursos turísticos per- tencem ao patrimônio comum da humanidade. As comuni- dades em cujo território se encontram têm com relação a eles direitos e obrigações par- ticulares. 2. As políticas e atividades tu- rísticas serão desenvolvidas respeitando-se os patrimô- nios artístico, arqueológico e cultural, os quais devem ser protegidos e transmitidos às gerações futuras. Será dada atenção particular à proteção e à recuperação dos monu- mentos, santuários e museus, bem como dos lugares de in- teresse histórico ou arqueo- lógico, que devem estar am- plamente abertos à visitação turística. Será estimulado o acesso do público aos bens e monumentos culturais de propriedade particular, res- peitando-se os direitos de seus proprietários, assim como aos edifícios religiosos, sem preju- dicar os cultos. 3. Os recursos provenientes da visitação dos lugares e monu- mentos de interesse cultural deverão ser designados pre- ferencialmente, ao menos em parte, à manutenção, prote- ção, melhoria e enriquecimen- to desse patrimônio. 4. A atividade turística será or- ganizada de modo a permitir a sobrevivência e o desenvol- vimento da produção cultural e artesanal tradicional, bem como do folclore, sem permitir que seja padronizada e empo- brecida. Artigo 5 O TURISMO, ATIVIDADE BENÉ- FICA PARA OS PAÍSES E AS CO- MUNIDADES DE DESTINO 1. As populações e comunida- des locais se associarão às ati- vidades turísticas e terão uma participação equitativa nos benefícios econômicos, sociais e culturais relacionados, espe- cialmente na criação direta e indireta de emprego do local. 2. As políticas turísticas se or- ganizarão de modo a contri- buir com a melhoria do nível de vida da população das regi- ões visitadas e corresponder às suas necessidades. A concep- ção urbanística e arquitetô- nica e a forma de exploração das estações e dos meios de hospedagem turísticos busca- rão uma ótima integração nos contextos econômico e social locais. Com igual importância se priorizará a contratação de mão de obra local. 3. Será dada particular aten- ção aos problemas específi- cos das zonas litorâneas e dos territórios peninsulares, assim como das frágeis zonas rurais e de montanha, onde o turis- mo representa com frequência uma das poucas oportunida- des de desenvolvimento ante o declínio das atividades eco- nômicas tradicionais. 4. Em acordo com a normativa estabelecida pelas autoridades públicas, os profissionais de turismo, e em particular os in- vestidores, executarão estudos de impacto de seus projetos de desenvolvimento no entor- no e nos ambientes naturais. Da mesma forma, facilitarão com a máxima transparência e com a objetividade pertinente toda informação relativa aos seus programas futuros e suas consequências previsíveis e fa- vorecerão o diálogo sobre seu conteúdo com as populações interessadas. Artigo 6º OBRIGAÇÕES DOS AGENTES DO DESENVOLVIMENTO TU- RÍSTICO 1. Os agentes profissionais do turismo têm obrigação de faci- litar aos turistas uma informa- ção objetiva e autêntica sobre os destinos e sobre as condi- ções de viagem, recepção e es- tadia. Além disso, assegurarão a absoluta transparência das cláusulas dos contratos que proponham a seus clientes, tanto com respeito à natureza, ao preço e à qualidade dos ser- viços que se comprometeram a prestar quanto com respeito às compensações financeiras cabíveis em casos de ruptura unilateral, por sua parte, de tais contratos. 2. No que lhes couber e em co- operação com as autoridades públicas, os profissionais do turismo velarão pela seguran- ça, a prevenção de acidentes as condições sanitárias e a hi- giene dos alimentos daqueles que recorram a seus serviços; se preocuparão com a existên- cia de sistemas de seguros e de assistência adequados. Além disso, assumirão o compromis- so de prestar contas, conforme determinado pela legislação nacional e, quando for o caso, pagar uma justa indenização em casos de descumprimento de suas cláusulas contratuais. 3. No que lhes couber, os pro- fissionais do turismo contribui- rão para o pleno desenvolvi- mento cultural e espiritual dos turistas e permitirão o exercí- cio de suas práticas religiosas durante os deslocamentos. 4. Em coordenação com os profissionais interessados e suas associações, as autorida- des públicas dos Estados de origem e dos países de destino se responsabilizarão pelo esta- belecimento dos mecanismos necessários para a repatriação dos turistas nos casos de des- cumprimento de contrato por parte das empresas organiza- doras de suas viagens. 5. Os Governos têm o direito – e o dever –, especialmente em casos de crise, de informar aos seus cidadãos as condições di- fíceis, inclusive os perigos com os quais possam se deparar durante seus deslocamentos ao exterior. Além disso, é de sua incumbência facilitar essas informações sem prejudicar de forma injustificada nem exagerada o setor turístico dos países receptores e os in- teresses de seus próprios ope- radores. O conteúdo das even- tuais advertências deverá ser previamente discutido com as autoridades dos países de des- tino e com os profissionais in- teressados. As recomendações que forem formuladas guar- darão estrita proporção com a gravidade das situações reais e se limitarão às zonas geográfi- cas onde se haja comprovado a situação de insegurança. Es- sas recomendações serão ate- nuadas ou anuladas quando suceder a volta à normalidade. 6. A imprensa, e em particular a imprensa especializada em turismo, e os demais meios de comunicação, incluindo os mo- dernos meios de comunicação eletrônica, difundirão uma informação verdadeira e equi- librada sobre os acontecimen- tos e as situações que possam influir no fluxo turístico. Deve- rão ainda ter o cuidado de dis- ponibilizar indicações precisas e fiéis aos consumidores dos serviços turísticos. Com esse objetivo, serão desenvolvidas e implementadas as novas tec- nologias de comunicação e co- mércio eletrônico, que, como a imprensa e os demais meios de comunicação, não deverão facilitar de forma alguma o tu- rismo sexual. Artigo 7º DIREITO AO TURISMO 1. A possibilidade de acesso direto e pessoal ao descobri- mento das riquezas de nosso mundo constituirá um direito aberto por igual a todos os habitantes de nosso planeta. A participação cada vez mais difundida no turismo nacio- nal e internacional deve ser entendida como uma das me- lhores expressões possíveis do contínuo crescimento do tem- po livre, e a ela não se colocará obstáculo nenhum. 2. O direito ao turismo para todos deve ser entendido como consequência do direito ao descanso e ao lazer e em particular à limitação razoável da duração do trabalho e às férias anuais pagas, garantidas no art. 24 da Declaração Uni- versal dos Direitos Humanos e no art. 7.d do Tratado Interna- cional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. 3. Com o apoio das autoridades públicas se desenvolverá o tu- rismo social, em particular asso- ciativo, que permite o acesso da maioria dos cidadãos ao lazer, às viagens e às férias. 4. Serão incentivados e facilita- dos o turismo familiar, dos jo- vens e dos estudantes, dos idosos e das pessoas com deficiência. Artigo 8º LIBERDADE DE DESLOCAMEN- TO TURÍSTICO 1. Em acordo com o direito in- ternacional e as leis nacionais, os turistas e visitantes se bene- ficiarão da liberdade de circu- lar no interior de seus países e de um país a outro, conforme o art. 13 da Declaração Uni- versal dos Direitos Humanos, e poderão ter acesso às áreas de trânsito e permanência, assim como aos lugares turís- ticos e culturais, sem formali- dades exageradas nem discri- minações. 2. É reconhecida aos turistas e visitantes a permissão de utili- zar todos os meios de comuni- cação disponíveis, interiores e exteriores, que se beneficiarão de um acesso rápido e fácil aos serviços administrativos, judiciais e sanitários locais e poderão entrar livremente em contato com as autoridades do país do qual sejam cidadãos em conformidade com os con- vênios diplomáticos vigentes. 3. Os turistas e visitantes go- zarão dos mesmos direitos que os cidadãos do país que visitam no que diz respeito à confidencialidade de seus da- dos pessoais, particularmente quando a informação estiver armazenada em meio eletrô- nico. 4. Os procedimentos admi- nistrativos para atravessar as fronteiras estabelecidas pelos países ou por acordos inter- nacionais, como os vistos e as formalidades sanitárias e adu- aneiras, serão adaptados de modo a facilitar ao máximo a liberdade das viagens e o acesso da maioria das pessoas ao turismo internacional. Se- rão promovidos acordos entre grupos de países para harmo- nizar e simplificar esses proce- dimentos. As taxas e encargos específicos que penalizem o setor turístico e diminuam sua competitividade serão elimi- nados e corrigidos progressi- vamente. 5. Sempre que a situação eco- nômica de seus países de ori- gem o permita, os viajantes poderão dispor das concessões de conversão monetária de que precisem para seu deslo- camento. Artigo 9º DIREITOS DOS TRABALHADO- RES E DOS EMPRESÁRIOS DO SETOR TURÍSTICO 1. Sob a supervisão das ad- ministrações de seus países de origem e dos países de destino, serão garantidos es- pecialmente os direitos fun- damentais dos trabalhadores assalariados e autônomos do setor turístico e das atividades afins, levando-se em conside- ração as limitações específicas ligadas à sazonalidade de suas atividades, a dimensão global de seu setor e a flexibilidade que a natureza do seu traba- lho costuma impor. 2. Os trabalhadores assala- riados e autônomos do setor turístico e de atividades liga- das ao setor têm o direito e o dever de receber uma for- mação inicial e contínua ade- quada. Terão assegurada uma proteção social suficiente, e será limitada o quanto pos- sível a precariedade de seus empregos. Será proposto um estatuto particular dos tra- balhadores estáveis do setor, especialmente com respeito à seguridade social. 3. Sempre que demonstre possuir as disposições e qua- lificações necessárias, será re- conhecido a toda pessoa física e jurídica o direito a exercer uma atividade profissional no âmbito do turismo, em acor- do com a legislação nacional vigente. Será reconhecido aos empresários e investidores, especialmente das pequenas e médias empresas, o livre acesso ao setor turístico com o audrey.van Nota art. 7dnullnullnão existe, favor verificar mínimo de restrições legais e administrativas. 4. As trocas de experiências oferecidas aos dirigentes do setor, bem como a outros tra- balhadores, de distintos paí- ses, sejam assalariados ou não, contribuem para a expansão do setor turístico mundial. Por esse motivo, as trocas de experiências serão facilitadas o máximo possível, em con- formidade com as legislações nacionais e as convenções in- ternacionais aplicáveis. 5. As empresas multinacionais do setor turístico, fator insubs- tituível de solidariedade no desenvolvimento e de dina- mismo nos intercâmbios inter- nacionais, não abusarão da po- sição dominante que possam ocupar. Evitarão se converter em transmissoras de modelos culturais e sociais impostas ar- tificialmente às comunidades receptoras. Em troca da liber- dade de investimento e ope- ração comercial que lhes deve ser reconhecida plenamente, deverão se comprometer com o desenvolvimento local, evi- tando que uma repatriação excessiva de seus benefícios ou a indução de importações reduza a contribuição dada às economias onde estejam esta- belecidas. 6. A colaboração e o estabele- cimento de relações equilibra- das entre empresas dos países emissores e receptores contri- buem para o desenvolvimento sustentável do turismo e para uma divisão equitativa dos be- nefícios de seu crescimento. Artigo 10 APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO CÓDIGO ÉTICO MUNDIAL PARA O TURISMO 1. Os agentes públicos e priva- dos do desenvolvimento turís- tico cooperarão na aplicação dos presentes princípios e con- trolarão sua prática efetiva. 2. Os agentes do desenvolvi- mento turístico reconhecerão o papel das organizações in- ternacionais, em primeiro lu- gar o da Organização Mundial do Turismo e das organizações não governamentais compe- tentes nos campos da promo- ção e do desenvolvimento do turismo, da proteção dos di- reitos humanos, do meio am- biente e da saúde, em acordo com os princípios gerais do di- reito internacional. 3. Os mesmos agentes manifes- tam sua intenção de submeter os litígios relativos à aplicação ou à interpretação do Código de Ética Mundial para o Turis- mo a um terceiro órgão impar- cial, denominado Comitê de Ética do Turismo, para fins de conciliação. Para mais informações: http://ethics.unwto.org/en/content/global-code-ethics-tourism “Este código foi traduzido do original em espanhol, edi- tado pela OMT, pela Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciência (Fundatec), Câmara de Turismo do Rio Grande do Sul, no ano 2000, e revisado pelo Ministé- rio do Turismo em 2015, mas não foi revisado pela OMT. “ Aula 3 - 06.03.pptx Disciplina Estágio Supervisionado I AULA 3 Profª Jadna Herbst AULA 3 ESTÁGIO Na sociedade em constantes transformações, em que os conhecimentos e informações se renovam em velocidade muito
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