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BOTULISMO EM AVES Ornitopatologia Veterinária Fabiane Andrade Correia Neiva UNESP Botucatu Luiza Capella Riccetto Manuela Agostinho Principais Clostridioses aviárias Clostridium botulinum – botulismo Clostridium perfringens – enterite necrótica Clostridium colinum – enterite ulcerativa Clostridium septicum – dermatite gangrenosa Quadro de intoxicação aguda associado à ingestão da neurotoxina botulínica; Acomete praticamente todas as espécies de aves; Principais sinais: paralisia flácida, debilidade, prostração, óbito; Fonte: http://www.jardimcor.com/bichos-no-jardim/urubu-de-cabeca-preta/ Clostridium botulinum tipo C / aumento dos SURTOS devido à tecnificação e otimização dos plantéis; Fonte: Google Imagens DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA Distribuição mundial; Bactérias nos mais diversos ambientes; Predomínio em climas quentes; Esporos altamente RESISTENTES! Fonte: http://www.naturezaeconservacao.eco.br/2016/02/global-big-day-observadores-de-aves-do.html ETIOLOGIA Bactérias em forma de bastonetes grandes, Gram positivas; Formação de esporos; Presença de flagelos nas células vegetativas – móveis; Liberação da toxina a partir da autólise de bactéria; 7 tipos de acordo com a toxina; Fonte: Google Imagens ETIOLOGIA Bactérias normalmente presentes no ambiente Em condições favoráveis (ANAEROBIOSE), sofrem processo de germinação e multiplicação; Disseminação do microorganismo no ambiente; Morte da bactéria LIBERAÇÃO DE TOXINAS ETIOLOGIA Toxinas absorvidas no trato intestnal (resistentes à ação enzimática); Atingem os nervos periféricos através da via sanguínea e linfática; Atuam na junção neuromuscular, impedindo transmissão de impulsos nervosos; Fonte: Google Imagens PATOGENICIDADE E EPIZOOTIA Aves aquáticas: ingestão de larvas de moscas, vegetação, invertebrados em decomposição; EM AVIÁRIOS: **surtos após feriado; A produção de amônia e decomposição de cama úmida x moscas; Criações de alta densidade: surtos em regiões do galpão. PERÍODO DE INCUBAÇÃO Variantes: Quadro de intoxicação: - algumas horas após a ingestão ou entre 1 e 2 dias Quantidade de material ingerido Concentração da toxina presente no material TRANSMISSÃO Ingestão de larvas, carcaças, alimentos contaminados com toxina botulínica Fatores de risco: C. botulinum habitante normal da flora do TGI das aves Resistência ambiental Esporos frequentemente encontrados em granjas e arredores DIRETA SINAIS CLÍNICOS Paralisia flácida das pernas, asas, pescoço e terceira pálpebra - aves deitadas, não se mexem, com pescoço distendido apoiado no chão Debilidade e prostração Gallus gallus domesticus relato de caso. Arq. Ciênc. Vet. Zool. Unipar, Umuarama, v. 10, n. 2, p. 125-128, jul./dez. 2007 SINAIS CLÍNICOS Penas arrepiadas que podem ser arrancadas em tufos Diarreia Se forçadas a levantar – dificuldade respiratória (ofegantes) Gallus gallus domesticus relato de caso. Arq. Ciênc. Vet. Zool. Unipar, Umuarama, v. 10, n. 2, p. 125-128, jul./dez. 2007 MORTALIDE E MORBIDADE Variável: quantidade de toxina ingerida Baixas intoxicações = baixa morbidade e mortalidade CASOS GRAVES > 40% ALTERAÇÕES ANATOMOPATOLÓGICAS Maioria dos relatos: sem alterações macroscópicas ou microscópicas características ; Congestão generalizada (Borland et al. 1977) ; hemorragias sub-endocárdicas ou sub-epicárdicas, congestão de mucosa ou serosa intestinal, assim como edema, hemorragias e hiperemia cerebral (BLOOD , HENDERSON,1978; CARDOSO et al., 1994). ACHADOS DE NECROPSIA Acúmulo de muco na cavidade bucal; Presença de material em decomposição, fezes e larvas em inglúvio, pró-ventrículo e moela de aves afetadas. https://alunosonline.uol.com.br/biologia/sistema-digestorio-das-aves.html Gallus gallus domesticus relato de caso. Arq. Ciênc. Vet. Zool. Unipar, Umuarama, v. 10, n. 2, p. 125-128, jul./dez. 2007 DIAGNÓSTICO Presuntivo (sinais clínicos) Definitivo: detecção da toxina no sangue, intestino, papo, moela ou no fígado Inoculação da toxina em camundongos Isolamento de C. botulinum ELISA PCR PREVENÇÃO E CONTROLE Evitar o acesso dos animais a potenciais fontes de toxina como carcaças, compostagens, lixo e materiais em decomposição em geral; Recolher rapidamente aves mortas -> fossas assépticas ou incineração; Remover a cama a cada lote; Limpeza e Desinfecção dos galpões e áreas próximas. Fonte: Google Imagens TRATAMENTO Isolamento da ave na espera pela recuperação; Selenito de sódio, uso de vitaminas A, E e D; Uso de ATB, tais como: estreptomicina, clortetraciclinas e bacitracina de zinco; Antitoxina botulínica. IMUNIZAÇÃO Não é realizada em aves. Fonte: Google Imagens DÚVIDAS???? Fonte: Google Imagens REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FILHO, Raphael Lucio A. Saúde Aviária e Doenças. Editora ROCA. LOBATO, Francisco Carlos Faria et al. Botulismo tipo C em perus em Minas Gerais, Brasil. Ciência Rural, v. 39, n. 1, p. 272-274, 2009. BRADA, Wilhelm; LANGENEGGER, Jerome; LANGENEGGER, Charlotte Hubinger. Botulismo em aves no Estado do Rio de Janeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 6, n. 1, p. 27-32, 1971. PIGATTO, Caroline Pigatto et al. Intoxicação natural por Clostridium botulinum tipo C: em grupo de aves domésticas. Archives of Veterinary Science, p. 13-16, 2007. LOBATO, Francisco Carlos Faria et al. Type C botulism in turkeys in Minas Gerais, Brazil. Ciência Rural, v. 39, n. 1, p. 272-274, 2009. GUERRA ALVES, Guilherme et al. Surto de botulismo tipo C em frangos na cidade de Pancas, Espírito Santo, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, v. 34, n. 1, 2013. https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/botulismo-em-aves/20090114-103709-3508 http://www.portalsuinoseaves.com.br/2014/07/17/botulismo-aviario/ http://altissimomedvet.blogspot.com.br/2009/09/botulismo.html http://www.petsedicas.com/2013/04/Clostridioses-em-aves-Sintomas-causas-e-tratamento.html
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