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Profa: Juliana Santiago Disciplina: Parasitologia Médica Toxoplasmose Centro superior de estudos de Manhuaçu Ltda Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu MEDICINA Toxoplasma gondii • Hospedeiro definitivo: gato e demais felídeos • Hospedeiro intermediário:homem e outros animais (aves e mamíferos) Estudos aprofundados na década de 60 oocisto Morfologia e Hábitat • Formas múltiplas por habitar células, tecidos e líquidos orgânicos variados •Taquizoíto/trofozoítos •Forma infectante •Fase aguda •Encontrados livres, em líquidos orgânicos e no vacúolo de várias células •Destruídos pelo suco gástrico Morfologia e Hábitat • Formas múltiplas por habitar células, tecidos e líquidos orgânicos variados •Cisto com Bradizoíto •Forma infectante •Dentro do vacúolo parasitóforo de várias células •Membrana do cisto resistente à resposta imunológica •Fase crônica Morfologia e Hábitat •Oocisto •Parede resistente •Formado nas células intestinais dos felídeos não imunes •Eliminados nas fezes •No ambiente esporula formando esporocistos com esporozoítos Reprodução por endodiogenia • Duas células filhas se originam dentro da mãe • Endopoligenia: múltipla endodiogenia Morfologia e Hábitat • Taquizoíto adentra a célula hospedeira pela adesão da parte apical • Invade todas as células nucleadas • Forma um vacúolo parasitóforo com a membrana da célula hospedeira • Não suporta o líquido estomacal Ciclo Biológico - Heteroxeno Sexuado (coccidiana) no intestino do gato e assexuada em diversos tecidos Assexuado no homem e outros mamíferos – hospedeiro intermediário ou incompleto 1)Ingestão de oocisto em alimentos e água; cisto em carne crua e taquizoítos no leite 2) Esporozoítos, bradizoítos e taquizoítos invadirão células (VP) e se trasnformrão em taquizoítos, multilicando-se 3) taquizoíto 4) Cistos 6) Epitélio do intestino 5) Ingestão de cisto, oocisto ou taquizoítos 8) Formam os oocistos 10) Esporulação 11) oocisto com esporocisto 12) Esporocisto com esporozoíto 7) merozoítos 9) Sai nas fezes Um gato jovem na fase aguda pode liberar 100 milhões de oocistos Tecido do rato ou aves com cistos Ingerem plantas e água com oocistos Ciclo Biológico - Heteroxeno • Os taquizoítos livres n linfa e sangue infectarão novas células • A infecção e desenvolvimento da doença vai depender da carga parasitária, cepa e organismo do hospedeiro • Pode ocorrer um quadro polissintomático e até a morte do hospedeiro na fase aguda • A resposta imunológica pode impedir a evolução da doença Ciclo Biológico - Heteroxeno • A formação de cistos caracteriza a fase crônica da doença, sem sintomas • A doença pode ser reativada • Os gatos podem eliminar oocistos por 1 mês • Oocistos no meio podem resistir por até 1 ano e meio Felídeo infectado não imune Infecção por cisto – 3 dias para liberar oocisto Infecção por taquizoítos – 19 dias para liberar oocisto Infecção por oocistos– 20 dias ou mais para liberar oocisto Transmissão • Doença bem difundida • 40 a 80% dos adultos já pegaram a doença, depende da localização 1. Ingestão de oocisto presente em alimentos, água, solo ou disseminados por moscas, baratas, etc 2. Cistos em carne mal cozida 3. Transplacentária (com imunidade baixa, pode reativar a doença)OBS Transmissão • Acidente laboratorial • Ingestão de leite de cabra contaminada • Transplante • Transfusão Imunidade • Imunidade Inata com produção de IFN-γ, IL-12 e TNF-α • Macrófagos e NKs • TCD8 (memória) e TCD4 auxiliando o macrófago • IgG (fase crônica), M (fase aguda), A e E • IL-10 para controle de IFN-γ Patogenia • Depende: 1. Carga parasitária; 2. Cepa; 3. Modo como a pessoa se infecta; 4. Sistema imunológico (transplantados, aidéticos e via congênita) Patogenia - Transplacentária • Adquirido a doença na gestação (fase aguda) ou imunossuprimida 1. Aborto (1º trimestre) 2. Morrer após o parto 3. Criança nascer prematura saudável ou não (2º e 3º trimestre) •Comprometimento ganglionar •Hepatoesplenomegalia •Edema •Miocardite •Lesões oculares (mesmo na fase adulta) •Anemia •Trombocitopenia (baixa de plaquetas) + grave Patogenia - Transplacentária • Sintomas dentro da Síndrome de Sabin Coriorretinite (90%) Calcificações cerebrais (69%) Retardamento psicomotor (60%) Micro ou macrocefalia (50%) Patogenia – Adquirida 1. Ganglionar ou febril aguda • Adultos e crianças • Febre alta • Pode deixar os gânglios comprometidos • Crônico benigno à complicações oculares, geralmente Patogenia – Adquirida 2. Ocular • Coriorretinite ou retinocoroidite • Agudo causada por taquizoítos ou crônico por reativação de cistos • Pode cicatrizar ou evoluir para uma cegueira Patogenia – Adquirida 3. Cerebrospinal ou meningoencefálica • Em caso de imunossuprimidos, reativação de cisto •Parasitos invadem células nervosas •Febre, cefaleia, paralisia, convulsões, confusão mental, delírio, morte Patogenia – Adquirida 4. Generalizada • Rara e mortal • Imunossuprimidos apresentaram comprometimento meningocefálico, respiratório, cardiovascular, ocular, digestivo e testicular Patogenia – Adquirida 5. Cutânea ou exantemática • Rara e fatal • Lesões na pele Sintomas • Aumento dos gânglios linfáticos; • Febre e mal-estar; • Cansaço; • Aumento do fígado e baço; • Perda de visão, principalmente nos imune suprimidos Diagnóstico • Clínico na fase aguda deve ser acompanhado por laboratorial • Demonstração do parasito: fase aguda, taquizoíto no líquido amniótico, líquor e corado em Giemsa; PCR; imuno-histoquímica • Detecção de anticorpos - ELISA Diagnóstico • No recém-nascido: dosar IgM; ver se os níveis de IgG é maior que o da mãe (quinzenal) e se o dela está reduzindo mês a mês • Dois métodos quinzenalmente (quarta vez 15 vezes maior) • Toxoplasmose ocular: níveis de IgG no humor aquoso (IgG e IgA) Formas da doença • Aguda: taquizoítos no sangue até o aparecimento da resposta imune • Crônica: formação de cistos Prevalência de Toxoplasmose em gestantes UFMG, 2009 Clima e condições sociais variadas Tratamento • Incurável pela persistência do cisto no tecido • Tratamento pra fase aguda, gestantes, imunossuprimidos e com sequelas ocular • Pirimetamina e sulfadiazina – não permite sintese de ácido fólico pelo parasito • Combinado de drogas dependendo da patogenia Profilaxia • Não se alimentar de carne crua ou malcozida de qualquer animal ou leite cru • Controle da população de gatos nas cidades e em fazendas • Os criadores de gatos devem manter os animais dentro de casa e alimentá-los com carne cozida ou seca, ou com ração de boa qualidade • Incinerar todas as fezes dos gatos. Profilaxia • Proteger as caixas de areia para evitar que os gatos defequem nesse local • Recomenda-se o exame pré-natal para toxoplasmose em todas as gestantes • Tratamento das gestantes em fase aguda • Desenvolvimento de vacinas Por que algumas pessoas desenvolvem toxoplasmose e outras não? • Imunodeficiência desencadeia reativação dos cistos • Transplantados e portadores de HIV podem reativarparasitos encistados • Genética do indivíduo • Tipo de Toxoplasma Referência • NEVES, D. P. Parasitologia Humana. • Cap 18
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