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Apostila Engenharia de Segurança do Trabalho UFSM (OLIVEIRA, J. H. R.)

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Introdução à Engenharia de Segurança do Trabalho - DPS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANT MARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SIASTEMAS
 ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Introdução à Engenharia de
Segurança do Trabalho
Prof. João Helvio Righi de Oliveira, Dr.
2015_2
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Sumário
1 4Segurança do Trabalho	�
41.1 Aspectos Legais	�
41.1.1 O SESMT, a CIPA e a Segurança	�
51.1.2 Responsabilidades Legais	�
51.2 Perguntas Freqüentes	�
2 10Higiene do Trabalho	�
102.1 Histórico	�
172.2	Prevenção de acidentes – histórico	�
192.3	Definições	�
202.4 Classificação dos riscos profissionais	�
212.5 Reconhecimento dos riscos	�
222.6 Avaliação dos agentes ambientais	�
232.6.1 Aparelhagem e método	�
232.6.2 Local da medição	�
242.6.3 Duração da medição	�
242.6.4 Número de medições	�
252.7 Avaliação dos agentes físicos	�
252.8 Avaliação dos agentes químicos	�
272.9 Avaliação de agentes biológicos	�
3 41Mapa de Riscos	�
413.1	Introdução	�
413.2	Elaboração	�
423.3	Classificação dos riscos ocupacionais	�
443.4 Grupos de Fatores de Risco	�
48ANEXO 1 - CASOS DE ACIDENTES DE TRABALHO	�
51ANEXO 2 - SIGLAS	�
57Bibliografia	�
�
�
1
Segurança do Trabalho
1.1 Aspectos Legais
No Brasil, o direito dos trabalhadores à segurança e medicina no trabalho é garantido pela Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Essa lei altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho no que se refere à Segurança e Medicina do Trabalho.Sua regulamentação foi feita através da Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho.
Essa Portaria aprova as Normas Regulamentadoras (NR) do Capítulo V do Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho e por um conjunto de textos suplementares (leis, portarias e decretos) decorrentes de alterações feitas nos textos originalmente publicados.
1.1.1 O SESMT, a CIPA e a Segurança
O SESMT e a CIPA são instrumentos de que os trabalhadores e as empresas dispõem para tratar da prevenção de acidentes do trabalho e das condições do ambiente de trabalho. Estes órgãos protegem a integridade física do trabalhador e de todos os aspectos que potencialmente podem afetar sua saúde.
A CIPA e o SESMT são regulamentados legalmente pelos artigos 162 a 165 da CLT e pela Portaria 3.214/78 baixada pelo Ministério do Trabalho, em suas NR-5 e NR-4 respectivamente. São, portanto organizações obrigatórias nas empresas, desde que o número mínimo de funcionários seja atingido.
Para determinação das duas dimensões leva-se em conta, além do número de funcionários, o ao de risco do local de trabalho. Isto pode ser obtido na NR-4 da Portaria 3.214/78.
São obrigadas a manter os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), as empresas privadas e públicas que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
São responsabilidades inerentes a CIPA e SESMT:
a)	zelar pela saúde e integridade física do trabalhador;
b)	revisar todos os acidentes envolvendo funcionários, bem como manter relatórios e estatísticas de todos os danos;
c)	investigar e analisar acidentes, recomendando medidas preventivas e corretivas para evitá-los;
d)	apoiar a área gerencial como consultor na área de segurança do trabalho e atividades afins;
e)	coordenar e treinar a equipe de Brigada Contra Incêndio, bem como a população envolvida em situações de incêndio.
f)	confeccionar o mapa de risco.
1.1.2 Responsabilidades Legais
Quando se trata de segurança e saúde, a negligência pode ser a principal causadora de acidentes, provocando grandes danos e até a morte. É necessário atentar para que o descuido profissional não finde em tragédia. Negligência é a falta de precaução, de diligência, de cuidados no prevenir um dano.
A negligência manifesta-se via de regra, através da omissão e torna-se penalmente relevante, quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. Os crimes omissos são aqueles em que o agente, por deixar de fazer o que estava obrigado, produz o resultado.
1.2 Perguntas Freqüentes
1. O que é Segurança do Trabalho ?
Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos.
O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Esses profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
	
	A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.
2. Porque a empresa precisa constituir equipe de Segurança do Trabalho?
Porque é exigido por lei. Por outro lado, a Segurança do Trabalho faz com que a empresa se organize, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho. 
3. O que é acidente de trabalho?
Acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Equiparam-se aos acidentes de trabalho: 
O acidente que acontece quando se está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho 
O acidente que acontece quando se estiver em viagem a serviço da empresa 
O acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa. 
Doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho). 
Doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do trabalho). 
O acidente de trabalho deve-se principalmente a duas causas: 
I. ato inseguro
É o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está contra as normas de segurança. São exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem cinto de segurança contra quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas e dirigir a altas velocidades.
II. Condição Insegura
É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. São exemplos de condições inseguras: instalação elétrica com fios desencapados, máquinas em estado precário de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequados.
Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros é possível reduzir os acidentes e as doenças ocupacionais. Esse é o papel da Segurança do Trabalho. 
4. Onde atua o profissional de Segurança do Trabalho?
O profissional de Segurança do Trabalho temuma área de atuação bastante ampla. Ele atua em todas as esferas da sociedade onde houver trabalhadores. Em geral ele atua em fábricas de alimentos, construção civil, hospitais, empresas comerciais e industriais, grandes empresas estatais, mineradoras e de extração. Também pode atuar na área rural em empresas agro-industriais. 
5. O que faz o profissional de Segurança do Trabalho?
O profissional de Segurança do Trabalho atua conforme sua formação, quer seja ele médico, técnico, enfermeiro ou engenheiro.O campo de atuação é muito vasto. Em geral o engenheiro e o técnico de segurança atuam em empresas organizando programas de prevenção de acidentes, orientando a CIPA, os trabalhadores quanto ao uso de equipamentos de proteção individual, elaborando planos de prevenção de riscos ambientais, fazendo inspeção de segurança, laudos técnicos e ainda organizando e proferindo palestras e treinamento. Muitas vezes esse profissional também é responsável pela implementação de programas de meio ambiente e ecologia na empresa. O médico e o enfermeiro do trabalho dedicam-se a parte de saúde ocupacional, prevenindo doenças, fazendo consultas, tratando ferimentos, ministrando vacinas, fazendo exames de admissão e periódicos nos empregados.
6. Como minimizar os custos com a Segurança do Trabalho?
A melhor maneira de minimizar os custos da empresa é investir na prevenção de acidentes. Muitos empresários têm a idéia errônea que devem diminuir seus investimentos em equipamentos de proteção individual, contratação de pessoal de segurança do trabalho e medidas de segurança. O custo de um acidente pode trazer inúmeros prejuízos à empresa. O acidente leva a encargos com advogados, perdas de tempo e materiais e na produção. Sabem-se casos de empresas que tiveram que fechar suas portas devido à indenização por acidentes de trabalho. Com certeza seria muito mais simples investir em prevenção e em regularização da segurança nessa empresa, evitando futuras complicações legais.
7. Na minha empresa nunca teve acidente de trabalho. Acho que investir em Segurança atualmente é perda de tempo
Isso não é correto. Investir em segurança também vai aumentar o grau de conscientização dos empregados. Fazer treinamento de segurança vai melhorar o relacionamento entre eles. Se nunca aconteceu acidente não quer dizer que nunca vai acontecer. Já diz a Bíblia, "Vigiai e orai, pois não sabeis o dia nem a hora". Nunca sabermos a hora que um acidente pode acontecer, por isso devemos estar sempre prevenidos.
8. Acho que meu dever como administrador de empresas e ou dono da empresa é contratar o serviço de segurança do trabalho da empresa e ponto final.
Errado. Em uma campanha de segurança da empresa toda a diretoria deve estar envolvida. De nada adianta treinar os funcionários, fazer campanhas, se a diretoria, a maior responsável pela empresa, não estiver envolvida e engajada com a Segurança do Trabalho. Se isso acontecer a empresa fica sendo acéfala, isto é, sem cabeça, sem coordenação, perdendo-se tudo o que foi feito, caindo a Segurança do Trabalho no esquecimento em poucos meses.
9. O que fazer então se, sendo da diretoria da empresa, não sou profissional da área de segurança? 
A primeira coisa a fazer é manter a mente aberta, conversar com os empregados, com o pessoal da área de segurança, participar do processo. Também é de muita valia assistir palestras e seminários, fazer cursos de atualização sobre gerenciamento, qualidade e meio ambiente. Em muitos desses cursos são ministrados tópicos envolvendo Segurança do Trabalho, que vem somar-se ao conhecimento necessário para fazer a empresa mais eficiente, segura, organizada e produtiva.
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2
Higiene do Trabalho
2.1 Histórico
Não obstante o trabalho ter surgido na Terra juntamente com o primeiro homem, as relações entre as atividades laborativas e a doença permaneceram praticamente ignoradas até há cerca de 250 anos atrás.
No século XVl, algumas observações esparsas surgiram, evidenciando a possibilidade de o trabalho ser causador de doenças. Assim, como refere Hunter, em 1556, Georg Bauer, mais conhecido pelo seu nome latino de Georgius Agrícola, publicava o livro "De Res Metallica", onde eram estudados os diversos problemas relacionados à extração de minerais argentíferos e auríferos, e à fundição da prata e do ouro. O último capítulo dessa obra discute os acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros, sendo destacada, em especial, a chamada "asma dos mineiros", provocada por poeiras que Agrícola denominava "corrosivas"; a descrição dos sintomas e da rápida evolução da doença demonstram, sem sombra de dúvida, tratar-se de casos de silicose.
É ainda Hunter que se refere, onze anos após a publicação do Iivro de Agrícola, ao aparecimento da primeira monografia sobre as relações entre trabalho e doença, de autoria de Aureolus Theophrastus Bembastus von Hohenheim, o famoso Paracelso: "Von der Bergsucht und anderen Bergrankheiten". Seu autor nasceu e viveu durante muitos anos em um centro mineiro da Boêmia, e são numerosas as suas observações relacionando métodos de trabalho ou substâncias manuseadas, com doenças, sendo de destacar-se, por exemplo, que, em relação à intoxicação pelo mercúrio os principais sintomas dessa doença profissional ali se encontram assinalados.
A despeito da sua importância, estes trabalhos pioneiros permaneceram praticamente ignorados por mais de um século, e não tiveram qualquer influência sobre a proteção à saúde do trabalhador.
Em 1700 era publicado, na ltália, um livro que iria ter notável repercussão em todo o mundo: tratava-se da obra "De Morbis Artificum Diatriba", de autoria do médico Bernardino Ramazzini que, por esse motivo, é muito justamente cognominado o "Pai da Medicina do Trabalho ". Nesse famoso tratado, o Autor descreve, com extraordinária perfeição uma série de doenças relacionadas acerca de 50 profissões diversas e, às perguntas hipocráticas, imperativas na anamnese da época, Ramazzini acrescenta, uma nova, cujo notável valor pode ser bem avaliado: “Qual é a sua ocupação”.
A importância do trabalho de Ramazzini não pôde ser devidamente avaliada na época. Realmente, ainda predominavam as corporações de ofício com número de trabalhadores relativamente pequeno, e um sistema de trabalho muito peculiar: os casos de doenças profissionais eram pouco numerosos; assim, não obstante as corporações não raro disporem de médicos que deviam atender seus membros, tais profissionais praticamente ignoraram o trabalho de Ramazzini, cuja importância só seria reconhecida quase um século mais tarde.
Entre 1760 e 1830, ocorreu na Inglaterra um movimento destinado a mudar profundamente toda a história da humanidade: foi a Revolução Industrial, marco inicial da moderna industrialização, que teve a sua origem com o aparecimento da primeira máquina de fiar. Até então, a fiação e tecelagem de tecidos tinham constituído uma atividade doméstica tradicional, com uma produção apenas suficiente para atender às necessidades do próprio Iar, e com um pequeno excesso, que era vendido, a preço elevado, em regiões onde estas atividades não eram desenvolvidas; o advento das máquinas, que fiavam em ritmo muitíssimo superior ao do mais hábil artífice, tornou possível uma produção de tecidos em níveis até então não imaginados.
Até o advento das primeiras máquinas de fiação e tecelagem, o artesão fora dono dos seus meios de produção. O custo relativamente elevado das máquinas, porém, não permitiu ao próprio artífice possuí-las, pelo que capitalistas, antevendo as possibilidades econômicas dos altos níveis de produção, decidiram adquiri-las e empregar pessoas para fazê-las funcionar; surgiram, assim, as primeiras fábricas de tecidos e, com elas, o Capital e o Trabalho.
As primitivas máquinas de fiação e tecelagem necessitavam de força motriz para acioná-las, e esta foi encontrada na energia hidráulica; assim, as primeiras fábricas foram instaladas em antigos moinhos; daí o nome de "mill " pelo qual, até hoje,são conhecidas as fábricas de fiação e tecelagem nos países de língua inglesa. A localização não permitia uma expansão adequada da nascente indústria, que era obrigada a instalar-se apenas junto a cursos d'água. A descoberta da máquina a vapor, porém, veio permitir a instalação de fábricas em quaisquer Iugar e, muito naturalmente, as grandes cidades, onde era abundante a mão-de-obra, foram escolhidas como locais favoritos para o funcionamento industrial. Assim, galpões, estábulos, velhos armazéns, eram rapidamente transformados em fábricas, colocando-se, no seu interior, o maior número possível de máquinas de fiação e tecelagem. Nas grandes cidades inglesas, o baixo nível de vida e as famílias com numerosos filhos, garantiam um suprimento fácil de mão-de-obra, sendo aceitos, como trabalhadores, não só homens, mas também mulheres e mesmo crianças, sem quaisquer restrições quanto ao estado de saúde, desenvolvimento físico, etc. Intermediários inescrupulosos percorriam as grandes cidades inglesas, arrebanhando crianças, que lhes eram vendidas por pais miseráveis, e revendidas a £5 por cabeça, aos empregadores que, ansiosos por obter um suprimento inesgotável de mão-de-obra barata, se comprometiam a aceitar uma criança débil mental para cada doze crianças sadias.
A improvisação das fábricas e a mão-de-obra constituída principalmente por crianças e mulheres resultaram em problemas ocupacionais extremamente sérios. Os acidentes do trabalho eram numerosos, provocados por máquinas sem qualquer proteção, movidas por correias expostas, e as mortes, principalmente de crianças, eram muito freqüentes. Inexistindo limite de horas de trabalho, homens, mulheres e crianças iniciavam suas atividades pela madrugada, abandonando-as somente ao cair da noite. Em muitos casos, o trabalho continuava mesmo durante a noite, em fábricas parcamente iluminadas por bicos de gás. As atividades profissionais eram executadas em ambientes fechados, onde a ventilação era precaríssima. O ruído provocado pelas máquinas primitivas atingia limites altíssimos, tornando impossível até mesmo a audição de ordens, o que muito contribuía para aumentar o número de acidentes. Não é, pois, de estranhar-.se que doenças de toda a ordem grassassem entre os trabalhadores, especialmente entre as crianças, doenças tanto de origem não ocupacional (principalmente as infecto-contagiosas, como o tifo europeu, chamado de ` febre das fábricas ", cuja disseminação era facilitada pelas más condições do ambiente de trabalho e pela grande concentração e promiscuidade dos trabalhadores), quanto de origem ocupacional, cujo número aumentava à medida que novas fábricas se abriam, e novas atividades industriais eram iniciadas.
Tal dramática situação dos trabalhadores não poderia deixar indiferente a opinião pública, e por essa razão criou-se, no Parlamento Britânico, sob a direção do sir Robert Peel, uma comissão de inquérito que, após longa e tenaz luta, conseguiu que em 1802 fosse aprovada a primeira Iei de proteção aos trabalhadores: a "Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes", que estabelecia o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno, obrigava os empregadores a lavar as paredes das fábricas duas vezes por ano, e tornava obrigatória a ventilação destas. Tal lei - marco importante na história da humanidade - não resolvia senão parcela mínima do problema, e assim foi seguida de leis complementares surgidas em 1819, em geral pouco eficientes devido à forte oposição dos empregadores.
Em 1830, quando as condições de trabalho das crianças ainda se mostravam péssimas, a despeito dos diversos documentos legais, o proprietário de uma fábrica inglesa, que se sentia perturbado diante das péssimas condições do trabalho dos seus pequenos trabalhadores, procurou Robert Baker, famoso médico inglês, pedindo-lhe conselho sobre a melhor forma de proteger a saúde dos mesmos. Baker vinha já há bastante tempo interessando-se pelo problema da saúde dos trabalhadores; conhecedor da obra de Ramazzini dedicava grande parte do seu tempo a visitar fábricas e tomar conhecimento das relações entre trabalho e doença, o que Ievou o governo britânico, quatro anos mais tarde, a nomeá-lo Inspetor Médico de fábricas; assim, diante do pedido do empregador inglês, aconselhou-o a contratar um médico da localidade em que funcionava a fábrica, para visitar diariamente o local de trabalho e estudar a sua possível influência sobre a saúde dos pequenos operários, que deveriam ser afastados de suas atividades profissionais tão logo fosse notada que estas estivessem prejudicando as suas saúde. Surgia, assim, o primeiro serviço médico industrial em todo o mundo.
A iniciativa do progressista empregador veio mostrar a necessidade urgente de medidas de proteção aos trabalhadores, pelo que, em 1831, uma comissão parlamentar de inquérito, sob a chefia de Michael Saddler, elaborou um cuidadoso relatório, que concluía da seguinte maneira:
"Diante dessa Comissão desfilou longa procissão de trabalhadores homens e mulheres, meninos e meninas. Abobalhados, doentes, deformados, degradados na sua qualidade humana, cada um deles era clara evidência de uma vida arruinada, um quadro vivo da crueldade do homem para com o homem, uma impiedosa condenação daqueles legisladores que, quando em suas mãos detinham poder imenso, abandonaram os fracos à rapacidade dos fortes”.
O impacto deste relatório sobre a opinião pública foi tremendo, e assim, em 1833, foi baixado o "Factory Act, 1833", que deve ser considerada como a primeira legislação realmente eficiente no campo da proteção ao trabalhador. Aplicava-se a todas as empresas têxteis onde se usasse força hidráulica ou a vapor; proibia o trabalho noturno aos menores de 18 anos e restringia as horas de trabalho destes a 12 horas por dia e 69 por semana; as fábricas precisavam ter escolas, que deviam ser freqüentadas por todos os trabalhadores menores de 13 anos; a idade mínima para o trabalho era de nove anos, e um médico devia atestar que o desenvolvimento físico da criança correspondia à sua idade cronológica.
A promulgação do "Factory Act" e a opinião pública, decididamente contra os empregadores britânicos, Ievaram os industriais a seguirem o conselho de Baker, e em 1842, na Escócia, James Smith, diretor-gerente de uma indústria têxtil em Deanston (Pertshire) contratou um médico que deveria submeter os menores trabalhadores a exame médico antes da sua admissão ao serviço, examiná-los periodicamente, orientá-los em relação a problemas de saúde, e, tanto quanto possível, fazer a prevenção de doenças, tanto ocupacionais como não ocupacionais. Surgiram então, as funções específicas do médico de fábrica.
O grande desenvolvimento industrial da Grã-Bretanha levou ao estabelecimento de uma série de medidas Iegislativas, sendo de destacar-se a criação do "Factory Inspectorate", órgão do Ministério do Trabalho, cuja função é proceder ao exame médico pré-admissional, ao exame médico periódico, ao estudo de casos de doenças causadas por agentes químicos potencialmente perigosos, e à notificação e investigação de doenças profissionais, especialmente em fábricas pequenas, que não dispõem de serviço médico próprio. 
A expansão da Revolução Industrial, no resto da Europa, resultou também, no aparecimento progressivo dos serviços médicos de empresa industrial em diversos países, sendo que em alguns deles, foi dada tal importância a esses serviços médicos que a sua existência deixou de ser voluntária, como na Grã-Bretanha, para tornar-se obrigatória. Na França, a Lei de 11 de outubro de 1946 e o Decreto de aplicação de 26 de novembro de 1946, substituído pelo Decreto de 27 de novembro de 1952 e Circular Ministerial de 18 de dezembro de 1952, tornam obrigatória a existência de serviço médico em estabelecimentos, tanto industriais como comerciais, de qualquer tamanho (inclusive naqueles onde trabalham no mínimo 10 pessoas), sendo o seu funcionamento regulado por uma série de disposições, bem resumidas por Simonin. Mais recentemente, mesmoem países onde a industrialização ainda é incipiente, como por exemplo, a Espanha, exigências legais (Ordem de 22 de dezembro de 1956, substituída pelo Decreto nº 1036 de 18 junho de 1959), também tornam obrigatória a existência de serviços médicos em empresas que tenham, pelo menos, 500 trabalhadores, o mesmo tendo ocorrido com Portugal recentemente.
Nos Estados Unidos, a despeito de a industrialização ter-se desenvolvido de forma acentuada, a partir da segunda metade do século passado, os serviços médicos de empresa permaneceram praticamente desconhecidos, não dando os empregadores nenhuma atenção especial aos problemas de saúde dos seus trabalhadores. No entanto, o aparecimento no início do presente século, da legislação sobre indenizações em casos de acidentes do trabalho, levou os empregadores a estabelecerem os primeiros serviços médicos de empresa industrial naquele país, com o objetivo básico de reduzir o custo das indenizações, através de cuidado adequado dos casos de acidente e doenças profissionais. Nos últimos 30-40 anos, no entanto, tal programa foi ampliado; assim, passaram a ser atendidos, pelo serviço médico, problemas mórbidos não-ocupacionais de menor importância, que ocorram durante as horas de trabalho; por outro lado, esses serviços médicos passaram a existir não somente nas indústrias, onde o risco ocupacional é grande, mas também nas indústrias onde tal risco seja mínimo. O princípio da manutenção da saúde, ou da prevenção das doenças de qualquer natureza, foi incorporado aos objetivos da grande maioria dos serviços médicos industriais americanos, com excelentes resultados.
A exemplo da Grã-Bretanha, os serviços médicos industriais americanos continuaram a ser voluntariamente instalados nas fábricas, pelos empregadores. Isso levou a American Medical Association, por intermédio do seu Council of Industrial Health, a estabelecer, em 1954, os princípios básicos que devem guiar o funcionamento desses serviços médicos, princípios estes revistos, em 1960, pelo Council on Occupational Health daquela Associação.
A grande importância da proteção à saúde dos trabalhadores não podia deixar de interessar duas grandes organizações de âmbito internacional, a Organização Internacional do Trabalho e a Organização Mundial de Saúde. Em I950, a Comissão Conjunta OIT – OMS sobre Saúde Ocupacional estabeleceu, de forma muito ampla, os objetivos da Saúde Ocupacional. Em junho de 1953, a Conferência Internacional do Trabalho adotou princípios, elaborando a Recomendação n`=97 sobre a Proteção à Saúde dos Trabalhadores em Locais de Trabalho, e insistiu com os países-membros, no sentido de que os mesmos incrementassem a criação de serviços médicos em locais de trabalho; ao mesmo tempo, essa Comissão fez sentir à Diretoria da OIT a conveniência de o assunto ser colocado na agenda da futura conferência.
Em novembro e dezembro de 1951, um grupo de dez peritos da Ásia, da América do Norte e do Sul e da Europa, reuniu-se em Genebra para discutir a elaboração de normas para a instalação de serviços médicos de empresa nos países membros. Foi unanimemente reconhecido que, variando as condições de trabalho, de forma acentuada, de país para país, e mesmo dentro de cada país, seria preferível estabelecer apenas uma série de princípios básicos, que poderiam servir de guia para o estabelecimento de serviços em locais de trabalho, recomendando-se que fossem adotados pela OIT.
Em 21 de junho de 1958, a 42ª Conferência Internacional do Trabalho reunida em Genebra decidiu, por 192 votos a favor, nenhum contrário e apenas uma abstenção, inscrever, na ordem do dia da próxima reunião ordinária, a questão da organização de serviços médicos de empresa, com o objetivo de estabelecer uma recomendação sobre o assunto. Um questionário foi enviado aos países-membros, tendo sido recebidas 51 respostas, e uma comissão composta de empregados, empregadores e elementos dos governos dos países-membros ainda opinou sobre o assunto, sendo preparado o texto final que, em junho de 1959, foi Ievado à 43ª Conferência Internacional do Trabalho, em que estavam presentes o Prof. S. Forssmann, representando o Permanent Committee and International Association on Occupational Health, e o Dr. J.A.L. Vaughan Jones, representando a World Medical Association. Discutido o assunto pela Conferência, esta estabeleceu a sua Recomendação n° 112, que tomou o nome de "Recomendação para os Serviços de Saúde Ocupacional, 1959 ".
A OIT define o serviço de saúde ocupacional como um serviço médico instalado em um estabelecimento de trabalho, ou em suas proximidades, com os .seguintes objetivos:
1. Proteger os trabalhadores contra qualquer risco à sua saúde, que possa decorrer do seu trabalho ou das condições em que este é realizado.
2. Contribuir para o ajustamento físico e mental do trabalhador, obtido especialmente pela adaptação do trabalho aos trabalhadores, e pela colocação destes em atividades profissionais para as quais tenham aptidões.
3. Contribuir para o estabelecimento e a manutenção do mais alto grau possível de bem-estar físico e mental dos trabalhadores.
No Brasil, os serviços médicos de empresa são de existência relativamente recente, e foram criados por Eivei iniciativa dos empregadores que, recebendo trabalhadores do campo com condições geralmente pouco satisfatórias de saúde, procuravam oferecer-Ihes uma assistência médica gratuita no interior da própria fábrica: tinham pois, tais serviços médicos um sentido eminentemente curativo e assistencial, e não o caráter preventivo recomendado pela OIT. Como o demonstrou Pupo-Nogueira, mesmo no município da Capital do Estado de São Paulo, os serviços médicos de empresa não faziam a devida proteção dos trabalhadores contra os agravos do trabalho; assim, excelentes serviços médicos de natureza meramente assistencial ofereciam aos empregados de numerosas indústrias um atendimento médico eficiente no que concerne às doenças e acidentes de natureza não-ocupacional, mas descuidava-se completamente dos aspectos preventivos, mesmo em face de condições adversas do ambiente de trabalho.
Diversos movimentos, científicos e legislativos, procuraram levar o governo brasileiro a seguir a Recomendação nº112, sem qualquer resultado. No entanto, em julho de 1972, integrando o Plano de valorização do Trabalhador, o Governo Federal baixou a Portaria nº 3.237, que torna obrigatória a existência não .somente de serviços médicos, mas também de serviços de higiene e segurança em todas as empresas onde trabalham 100 ou mais pessoas. Cria-se, assim, nova era no Brasil, que, fiel aos seus compromissos internacionais, e seguindo o exemplo dos países industrializados, dispõe-se a dar aos seus trabalhadores a devida proteção a que eles têm direito.
Prevenção de acidentes – histórico
Analisando os aspectos históricos abordados anteriormente, constata-se que durante séculos não existiu a mínima preocupação com a integridade física e psíquica do trabalhador. O homem ou era o destinatário do produto do trabalho ou era apenas o seu instrumento. No primeiro caso o trabalho e seus riscos não o atingiam. No segundo, não era fator de importância no processo produtivo. Escravo, servo, pequeno produtor, simples artesão ou assalariado não contava enquanto ser humano. Era descartável, substituível e não se cogitavam medidas preventivas ou indenizáveis em relação ao trabalhador que tivesse sua capacidade de trabalho diminuída por acidente típico ou doença profissional. HUBERMANN (1986) transcreve o depoimento de um capataz de aprendizes de uma fábrica no século passado:
“Perante uma comissão do Parlamento em 1816, o Sr. John Moss, antigo capataz de aprendizes numa fábrica de tecidos de algodão, prestou o seguinte depoimento sobre as crianças obrigadas ao trabalho fabril”:
- Eram aprendizes órfãos? - Todos aprendizes órfãos.
- E com que idade eram admitidos? - Os que vinham de Londres tinham entre 7 e 11 anos. Os que vinham de Liverpool, tinham 8 a 15 anos.
- Qual o horário de trabalho?- De 5 da manhã até 8 da noite.
- Quando as fábricas paravam para reparos ou falta de algodão, tinham as crianças, posteriormente, de trabalhar mais para recuperar o tempo parado? - Sim.
- As crianças ficavam de pé ou sentadas para trabalhar? - De pé.
- Durante todo o tempo? - Sim.
- Havia cadeiras na fábrica? - Não. Encontrei com freqüência crianças pelo chão, muito depois da hora em que deveriam estar dormindo.
Havia acidentes nas máquinas com as crianças ? - Muito freqüentemente”
A Revolução Industrial implementou o sindicalismo que veio fortalecer as associações das classes trabalhadoras já existentes de modo informal entre os operários. Esses movimentos sociais surgiram da necessidade de buscar novas alternativas para o sistema desumano e insustentável que sacrificava homens, mulheres e crianças. Apenas o lucro contava.
No Brasil o primeiro fato que inspirou a preocupação com saúde e segurança do trabalho foi a recomendação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1921, que orientava seus países membros a constituir comitês de Higiene e Segurança Ocupacional com mais de 25 trabalhadores.
Posteriormente, em 10 de novembro de 1944 foi promulgada a primeira Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, através do Decreto-Lei 7.036. Um dos artigos desta Lei determinava a criação de comissões internas, com a participação do empregados, para estimular o interesse pela prevenção de acidentes, apresentar sugestões para a orientação e fiscalização das medidas de proteção ao trabalhador, realizar palestras e cursos.
Em 1943, o Decreto-Lei 5.452, relativo à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu artigo 164, previa a constituição de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes. Essas comissões teriam na sua composição representantes de empregados e empregadores. A instituição formal da CIPA deu-se através do Decreto-Lei 7.036, de 10 de novembro de 1944
Devido à necessidade de investigar acidentes, principalmente em grandes empresas, começaram a surgir as seções de Segurança do Trabalho que deram origem aos SESMTs, regulamentados pela Portaria 3.237, de 27 de julho de 1972.
A base legal da CIPA, hoje, está no texto dado ao Capítulo V da CLT, através da Lei 6.524, de 22 de dezembro de 1977, nos artigos 163,164 e 165.
Em 08 de junho de 1978, a Portaria 3.214, aprovou as NR - Normas Regulamentadoras do Capítulo V, título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. Estas Normas Regulamentadoras estão, na sua maioria, sofrendo modificações, permanentemente, nos seus textos com a finalidade de se adequarem às exigências atuais. Em princípio todas as alterações feitas nas normas são discutidas e negociadas por uma comissão tripartite composta por trabalhadores, empregadores e Governo.
Definições
O desenvolvimento tecnológico da humanidade, além de trazer enormes benefícios e conforto para o homem do século XX, tem exposto o trabalhador a diversos agentes potencialmente nocivos e que, sob certas condições, poderão provocar doenças ou desajustes no organismo das pessoas que desenvolvem suas atividades normais em variados locais de trabalho. A Higiene do Trabalho, estruturada como uma ciência prevencionista, vem sendo aperfeiçoada dia a dia e tem como objetivo fundamental atuar no ambiente de trabalho, a fim de detectar o tipo de agente prejudicial, quantificar sua intensidade ou concentração e tomar as medidas de controle necessárias para resguardar a saúde e o conforto dos trabalhadores durante toda sua vida de trabalho. 
A Associação Norte-Americana de Higienistas Industriais define essa ciência como:
“A Higiene Industrial é uma ciência e uma arte, que tem por objetivo. o reconhecimento, avaliação e o controle daqueles fatores ambientais ou tensões, originadas nos locais de trabalho, que podem provocar doenças, prejuízos à saúde ou bem-estar, desconforto significativo e ineficiência nos trabalhadores ou entre as pessoas da comunidade.”
Da definição de Higiene e seus objetivos, fica claramente estabelecido que seus princípios e metodologia de atuação são aplicáveis a qualquer forma de atividade humana, em que possam estar presentes diversos fatores causadores de doenças profissionais. Por esses motivos pode-se dar uma denominação mais ampla à essa ciência, falando de "Higiene do Trabalho", sendo essa denominação a utilizada no Brasil. 
Dessa forma, a higiene do trabalho é uma das ciências que atuam no campo da Saúde Ocupacional, aplicando os princípios e recursos da Engenharia e da Medicina no controle e prevenção das doenças ocupacionais. Essas, chamadas também de doenças do trabalho ou moléstias profissionais, são estados patológicos característicos, diretamente atribuíveis às condições ambientais ou de execução de determinadas atividades remuneradas.
A higiene do trabalho é encarada por muitos como a área onde se unem e completam mutuamente a higiene do trabalho e a segurança do trabalho, que passam a atuar com um único objetivo comum: prevenir os danos á saúde do trabalhador, decorrentes das condições de trabalho.
2.4 Classificação dos riscos profissionais
Os riscos profissionais decorrem das condições inerentes ao ambiente ou ao processo operacional das diversas atividades profissionais. São, portanto, as condições inseguras de trabalho, capazes de afetar a saúde, a segurança, o bem-estar e a produtividade do trabalhador.
As condições inseguras relativas ao processo operacional, como por exemplo, máquinas desprotegidas, pisos escorregadios, empilhamentos precários etc. são chamados de riscos operacionais.
As condições inseguras relativas ao ambiente de trabalho e que em ocasiões especiais podem ocasionar as doenças ocupacionais, como por exemplo, a presença de gases e vapores tóxicos, o ruído e o calor intensos, são chamados de riscos ambientais. 
Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
Agentes físicos: Consideram-se as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas/radiações não ionizantes, bem como infra-som e ultra-som.
Agentes químicos: Substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Agentes biológicos: Bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
2.5 Reconhecimento dos riscos
O reconhecimento dos agentes ambientais, que podem afetar a saúde, segurança, bem-estar e eficiência dos trabalhadores, é o passo inicial e necessário que permitirá uma posterior avaliação quantitativa dos mesmos e a aplicação das medidas preventivas e de controle cabíveis.
Os requisitos essenciais para o reconhecimento dos agentes ambientais englobam:
O conhecimento das diferentes formas com que se apresentam os agentes ambientais, e dos riscos peculiares a cada atividade profissional;
O conhecimento das características intrínsecas e propriedades tóxicas dos materiais utilizados;
O conhecimento dos processos e operações industriais desde o recebimento da matéria-prima, até o produto final acabado, incluindo os sub-produtos.
O reconhecimento dos agentes ambientais que nada mais é do que um levantamento preliminar qualitativo dos riscos profissionais, pode ser realizado com as seguintes finalidades:
Levantamento para efeito de identificação das possíveis causas de doenças profissionais;
Levantamento para efeito de estipulação de futuras medidas preventivas e de controle necessárias;
Levantamento estatístico da ocorrência dos agentes ambientais nas atividades profissionais em âmbitolocal, regional ou nacional, para efeito de determinação de prioridades dentro de um programa de saúde e segurança ocupacional.
2.6 Avaliação dos agentes ambientais
A avaliação dos agentes ambientais consiste em determiná-los quantitativamente, através de métodos padronizados. Três são os objetivos fundamentais da avaliação dos agentes ambientais:
 Verificação do nível de exposição dos trabalhadores, para efeito de comparação com os critérios técnicos ou legais vigentes. Isto é, verificação do potencial de dano à saúde, através de comparação com os limites de tolerância ou verificação da observância às normas e regulamentos específicos existentes;
 Estudos e pesquisas epidemiológicas, onde se procura correlacionar a ocorrência de diversos males, resultantes da exposição aos agentes ambientais, com a concentração ou intensidade com que estes se apresentam no ambiente de trabalho;
 Verificação da necessidade de medidas preventivas ou de controle dos agentes ambientais, ou então quando existentes, verificação de sua eficácia.
Todo o cuidado deve ser tomado, no sentido de se obter resultados que realmente expressem as condições avaliadas e representem fielmente a exposição do trabalhador.
Os principais fatores a serem considerados são os seguintes:
 Aparelhagem e método a ser utilizado
 Local da medição
 Duração da medição
 Número de medições necessárias
2.6.1 Aparelhagem e método
A aparelhagem pode ser classificada em três categorias:
- Aparelhos de leitura direta
- Aparelhos de separação do contaminante do ar
- Aparelhos de coleta de amostra do ar
A escolha de um determinado instrumento dependerá de diversos fatores, como a natureza do agente a ser avaliado, a precisão, eficiência e portabilidade do equipamento, o tipo de análise posterior necessária, o grau de confiança que se tem no método e de fatores pessoais baseados em experiência passada.
 Aparelhos de leitura direta - São aqueles que, com uma simples leitura, dão o valor da concentração ou intensidade do agente, no próprio local de avaliação.
 Aparelhos de separação do contaminante do ar - São aqueles em que o contaminante é separado do ar, sendo recolhido num meio apropriado. É importante sempre se conhecer o volume do ar que passou através do meio filtrante, para poder se determinar a concentração do contaminante no ar.
 Aparelhos de coleta de amostra do ar - Os aparelhos que se enquadram nesta categoria nada mais fazem do que se coletar uma certa quantidade de ar contaminado, tal como se encontra no ambiente, para posterior análise em laboratório com aparelhagem ou processos mais sofisticados. 
2.6.2 Local da medição
Quanto ao local da medição, este dependerá dos objetivos da avaliação.
Quando se deseja verificar o nível real de exposição do trabalhador ao agentes ambientais, as medições deverão ser efetuadas no local, ou locais onde este permanece.
Quando se deseja ter uma idéia da intensidade ou concentração máxima dos agentes, as medições deverão ser efetuadas bem próximas à fonte.
Quando se deseja ter uma idéia da exposição média dos trabalhadores, várias medições devem ser feitas em diversos locais do recinto de trabalho.
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2.6.3 Duração da medição
A duração da medição deverá ser suficiente para se obter uma leitura precisa no instrumento, ou ainda, para se coletar suficiente material para posterior análise quantitativa ou qualitativa.
O volume de ar a ser amostrado deverá ser determinado baseado nas seguintes considerações:
- Sensibilidade do método analítico posterior;
- Limite de tolerância do contaminante;
- Concentração estimada do contaminante no ar.
A duração da medição, deverá ainda cobrir um ciclo completo de determinada operação, para que os resultados não representem uma exposição irreal, característica de uma determinada fase do processo.
2.6.4 Número de medições
O número de medições necessárias variará grandemente, dependendo igualmente dos objetivos da avaliação.
Quando se deseja verificar a eficácia de uma medida de controle, por exemplo, bastam duas medições, uma antes outra após a adoção da medida. Por outro lado, dezenas de medições são necessárias quando se deseja verificar a exposição média de um trabalhador que executa uma série de operações em vários locais.
O número de medições dependerá, também, da concentração encontrada. Se esta situar-se bastante acima do limite de tolerância, uma medição pode ser suficiente. Porém, ao redor do limite de tolerância, diversas medições podem se tornar necessárias.
Convém lembrar, também, que a intensidade da exposição aos agentes ambientais muitas vezes dependerá de modificações ambientais, de alterações das condições climáticas ou de flutuações no ritmo do processo industrial, que ocorrem durante o ano.
Essas regras, decorrentes do bom senso e experiência, devem ser observadas sempre, para que os resultados das avaliações representem valores reais das condições ambientais de trabalho.
Além do limite de tolerância estabelecido para o agente, especial consideração deve ser dada a outros fatores já mencionados como: tempo de exposição do trabalhador, via de penetração do agente no organismo e suscetibilidade individual. Estes fatores auxiliarão a composição do quadro preciso da exposição do trabalhador ao agente e, conseqüentemente, permitirão uma apreciação correta do risco profissional.
2.7 Avaliação dos agentes físicos
Os agentes físicos são todos avaliados com aparelhos de leitura direta, como por exemplo:
 O ruído é medido com aparelho medidor do nível de ruído, que fornece leituras diretas em decibéis (dB);
 O conforto térmico é avaliado através do Índice de Bulbo Úmido - Termômetro de Globo definido por equações onde entram valores de leituras diretas dos seguintes aparelhos; Termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum;
 Pressões são medidas diretamente com manômetros e, no caso de mergulhadores, com profundímetros;
 As radiações são também medidas com uma série de aparelhos de leitura direta, cujos princípios de funcionamento e unidades, em que são dados os resultados, variam conforme a natureza da radiação.
2.8 Avaliação dos agentes químicos
 Sólidos: Os agentes químicos sólidos normalmente penetram no organismo através da via respiratória, pois geralmente encontra-se em suspensão no ar, na forma de partículas diminutas.
Entretanto não se deve desprezar a possibilidade de penetração no organismo através da via cutânea, como é o caso de certos inseticidas, fenol, e uma série de outros compostos fabricados na indústria sob a forma de pó e que apresentam alta solubilidade no suor da pele. Tais compostos, quando manuseados sem vestimentas adequadas de proteção, podem dar origem a graves intoxicações. Também deve ser considerada a intoxicação acidental por via digestiva.
A avaliação do risco a que estão expostos os trabalhadores requer, a análise dos compostos, verificação das vias de penetração no organismo, assim como o grau de toxicidade que apresentam.
A avaliação dos agentes químicos sólidos em suspensão no ar, pode ser realizada através de processos de contagem ou pesagem. Os primeiros fornecem os valores das concentrações do contaminante, expresso em número de partículas por unidade de volume do ar. Os processos de pesagem fornecem o resultado em concentrações (mg/m3 de ar).
Quando se deseja recorrer ao processo de contagem de partículas, é indispensável recolhê-las sem que sejam destruídas, fracionadas ou aglomeradas. Um dos parelhos mais utilizados com este objetivo é o “Impinger”, desenvolvido nos Estados Unidos. A contagem das partículas é feita posteriormente em laboratório com o uso de microscópio especial. Quando se utiliza o processo de pesagem para determinação da concentração da partícula em suspensão no ar, existem vários outros tipos de aparelhos, entre os quais pode-se mencionar as bombas de aspiração, os coletores dediversos tipos, o precipitador eletrostático etc. Ao longo do tempo, o processo de pesagem vem substituindo o processo de contagem.
 Líquidos. Os agentes químicos sob a forma líquida oferecem maior risco de penetração pela via cutânea do que sob a forma sólida, pis o contato com a pele faz-se de maneira mais extensa e completa. Além disso, a diversidade dos agentes químicos, em forma líquida, na indústria é sensivelmente maior. A avaliação dos riscos envolvidos nas operações faz-se como no caso anterior. Quando em suspensão no ar, sob forma de diminutas partículas líquidas, utiliza-se para avaliação aparelhagem especial que permitirá estabelecer a concentração do contaminante no ambiente. Neste caso o processo de contagem de partículas não é aplicável. O processo mais utilizado consiste em se fazer passar a amostra através de um solvente líquido apropriado e, posteriormente determinar a concentração do poluente em laboratório, através de métodos de análise quantitativa físico-químicos. 
 Gasosos. Os contaminantes em forma de gases ou vapores misturam-se completamente com o ar e, portanto, não são separados por processos físicos como filtração e sedimentação, por exemplo.
Para os gases e vapores encontram-se umas séries de aparelhos que permitem uma análise quantitativa dos contaminantes. Os resultados das concentrações de gases e vapores no ar geralmente são dados em partes por milhão (ppm) e podem ser comparados com as máximas concentrações permissíveis estipuladas nas tabelas de limites de tolerância.
2.9 Avaliação de agentes biológicos
A quantificação de agentes biológicos presentes na atmosfera constitui um problema do ponto de vista técnico, por uma série de motivos tais como a fragilidade dos microorganismos, suas dimensões reduzidíssimas e também, na maioria dos casos, as concentrações mínimas com que se encontram presentes no ar.
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Mapa de Riscos
Introdução
O Mapa de Riscos é um importante instrumento realizado anualmente pela CIPA, uma vez que todos os trabalhadores da empresa ficam imediatamente cientes dos riscos existentes em seus locais de trabalho. A informação é fornecida por meio de representação gráfica e possui fácil visualização de todos os riscos existentes à saúde do trabalhador. Foi criado através da Portaria n° 05 em 17/08/92 tratando da obrigatoriedade, por parte de todas as empresas, da "representação gráfica dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho", e faz parte da NR-09.
O mapa de riscos tem como objetivos:
reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa; 
possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. 
Elaboração
Consiste das etapas a seguir:
Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o ambiente. 
Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da Tabela I; 
Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer. 
Identificar os indicadores de saúde:queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos; acidentes de trabalho ocorridos; doenças profissionais diagnosticadas;causas mais freqüentes de ausência ao trabalho. 
Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local; 
Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculo: 
o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na Tabela I; 
o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo; 
a especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do círculo; 
a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos. 
Após discutido e aprovado pela CIPA, o mapa de riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores. No caso das empresas da indústria da construção, o mapa de riscos do estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e superveniente modificar a situação de riscos estabelecida.
Classificação dos riscos ocupacionais
Os riscos ocupacionais são classificados em grupos, de acordo com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes.
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	Grupo 1
	Grupo 2
	Grupo 3
	Grupo 4
	Grupo 5
	
	Riscos
Físicos
	Riscos
Químicos
	Riscos
Biológicos
	Riscos
Ergonômicos
	Riscos de
Acidentes
	
	Verde
	Vermelho
	Marrom
	Amarelo
	Azul
	
	Ruídos
Vibrações
Radiações Ionizantes
Radiações
não
Ionizantes
Frio
Calor
Pressões anormais
Umidade
	Poeira
Fumos
Névoas
Neblina
Gases
Vapores
Substâncias Compostos ou produtos Químicos em geral
	Bactérias
Vírus
Protozoários
Fungos
Parasitas
Bacílos
	Esforço físico Intenso
Levantamento e Transporte manual de peso
Exigência de Postura Inadequada
Controle rígido de produtividade
Imposição de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongadas
Monotonia e repetitividade
Outras situações causadoras de "stress" físico e/ou psíquico
	Esforço físico Inadequado
Máquinas e equipamentos sem proteção
Ferramentas Inadequadas ou defeituosas
Iluminação Inadequada
Probabilidade de Incêndio ou Explosão
Armazenamento inadequado
Animais peçonhentos
Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes
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3.4 Grupos de Fatores de Risco 
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ANEXO 1 - CASOS DE ACIDENTES DE TRABALHO
Caso 1 - Há jeito "prá" tudo!
Durante muitos anos as fábricas de calçados usaram o balancim de mola para o corte de solas. O operador acionava a máquina usando um comando tipo empunhadura, puxando-o para baixo, fazendo uma navalha-modelo cortar o couro por choque. Na maior parte das vezes os operadores seguravam a navalha com uma das mãos, para obter maior rapidez no seu deslocamento sobre a peça de couro. Isto caracteriza um ato inseguro e não poucas vezes ocorreram acidentes graves como cortes e amputações de dedos, o que era considerado azar do acidentado.
Tanto por crescimento das indústrias como por imposição tecnológica, foram importados balancins eletrônicos. Estes se caracterizavam por ter dois comandos tipo empunhadura, que eram acionados eletronicamente pela pressão simultânea de ambos polegares. Isto era intencional: evitavam-se acidentes exigindo o uso das mãos para operar. Ainda assim a reação foi positiva pois as novas máquinas tinham maior impacto e era possível usar navalhas duplas.
Um novo estudo de tempos fez diminuir o prêmio por peça produzida com a alegação de "melhoramentos tecnológicos". Porém, a imaginação dos operários superou o impasse. Descobriram que pressionando permanentemente o botão de um dos comandos com uma moeda fixada com fita adesiva, poderiam acionar a máquina com uma das mãos, deixando novamente a outra para segurar e movimentar as navalhas... Como resultado os acidentes voltaram a acontecer.
Notas:
a) A existência do ato inseguro mostra a despreocupação pela prevenção de acidentes e pela integridade física dos operadores. O acidente é aceito como acompanhante inevitável do trabalho e crê-se que ocorrepor azar do acidentado.
b) A preocupação em rever o estudo de tempos, fazendo diminuir o prêmio de produção, demonstra a incapacidade de avaliar as repercussões da política salarial sobre outros aspectos, no caso, os acidentes.
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c) O tradicional "jeitinho" com que o brasileiro resolve seus problemas levou, neste caso, ao ato inseguro por neutralização do dispositivo de segurança (comando duplo).
d) Os melhoramentos ergonômicos por si sós podem não trazer os resultados desejados. É necessário levar em conta tanto a política de pessoal como 0 comportamento das pessoas.
Caso 2 - Tinha de ser!
Zé Roberto, há não muito tempo, chegou da roça e empregou-se numa fundição. Demorou a acostumar-se com as botas de segurança, ele que andava de chinelos ou descalço. Estranhou também o capacete, mais pesado e incômodo que o chapéu de palha. Mas, aceitou-os, como também as luvas e o avental de couro. "E para sua segurança..." - disseram-lhe.
Fizeram de Zé Roberto operador de uma máquina estranha da qual o nome nem sabia. Conhecia-a por máquina de "afinar aço". Ele e um colega alimentavam a tal máquina com lingotes de aço incandescentes e a cada operação a peça alongava-​se e afinava, até chegar ao "chicote". As duas últimas operações exigiam que, assim que a máquina fosse alimentada, os operadores se distanciassem de três a quatro metros, pois o "chicote" poderia soltar-se e vergastar o que estivesse por perto.
Zé Roberto sempre guardou distância segura, reforçado que fora pelo susto que duas ou três "chicotadas" lhe deram, sem atingi-lo. Quando estas ocorreram, agradeceu pela instrução recebida e pelo fato de tê-la aceito.
Naquele dia em especial, Zé Roberto sentia-se cansado. Fazia calor, do qual também os colegas se queixavam. Ao finalizar uma operação, Zé Roberto sentiu que a peça se desprenderia e, ao contrário do usual, correu para desligar a máquina. Pela última vez... O "chicote" cortou-o em dois. Zé Roberto morreu.
Notas:
a) O fato de Zé Roberto não saber o nome da máquina na qual trabalhava põe em dúvida a qualidade do treinamento recebido.
b) O processo é extremamente inseguro e a máquina não dispõe de dispositivos de segurança.
c) O fato de os operadores afastarem-se não diminui o risco.
d) As instruções de segurança e os reforços que se seguem não eliminam as reações pessoais imprevistas.
e) Apesar de todos os EPIs usados, Zé Roberto morreu. Faltou o principal: dar condições de segurança.
f) Atualmente este processo é automatizado e contínuo, oferecendo condições de plena segurança.
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ANEXO 2 - SIGLAS 
AAF -Análise de árvore de falhas 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ABPA - Associação brasileira de acidentes 
ABPI - Associação brasileira de prevenção de incêndios 
ABP-EX - Associação brasileira para a prevenção de explosões 
ADC - Árvore de causas 
AET - Análise ergonômica do trabalho 
AET - Auditor fiscal do trabalho 
AI - Agente de inspeção 
AIDS - Acquirite imuno-deficience syndrom 
AFRA - Abertura de frente de radiografia industrial 
ALAEST - Associação Latino-americana de Engenharia de Segurança do Trabalho 
ALAIST - Associación Latinoamericana de Ingeniaría de Seguridad del Trabajo 
ALARA - As Low As Reasonably Achievable 
AMFC - análise de modo de falhas e efeitos 
ANAMT - associação nacional de medicina do trabalho 
ANDEF - Associação nacional dos fabricantes de defensivos agrícolas 
ANPT - Associação nacional dos procuradores do trabalho 
ANSI - american national standards institute 
ANVS - Associação Nacional de Vigilância Santária 
APES - Associação Paranaense de Engenheiros de Segurança do Trabalho 
APP - análise de problemas potenciais 
ART - anotação de responsabilidade técnica 
ASO - atestado de saúde ocupacional 
AT - acidente de trabalho 
ATR - autorização para trabalho de risco 
BO - boletim de ocorrência 
BS 8800 - british standard 8800 (norma britânica sobre saúde e segurança ocupacional) 
BSI - British Standards Institute 
BTU - British Thermal Unit 
C - código do EPI. Por exemplo: C = 118.211-0/I=3 
CA - certificado de aprovação 
CAT - comunicado de acidente de trabalho 
CDC - control desease center (centro para controle de doenças) 
CCIH - Comissão de Controle de Infecções Hospitalares 
CCT - convenção coletiva do trabalho 
CEI - cadastro específico do INSS 
CEREST - centro de referência em saúde do trabalhador 
CESAT - centro de estudos de saúde do trabalhador (Bahia) 
CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental 
CFM - conselho federal de medicina 
CGC - cadastro geral de pessoa física 
CGT - central geral dos trabalhadores 
CID - código identificador de doença; classificação internacional de doenças 
CIF - carteira de identidade fiscal 
CIN - centro de informações nucleares 
CIPA - comissão interna de prevenção de acidentes 
CIPA - Centro Informativo de Prevenção de Acidentes (nome próprio - Grupo CIPA) 
CIPAMIN - comissão interna para prevenção de acidentes na mineração 
CIPATR - comissão interna para prevenção de acidentes no trabalho rural 
CLT - consolidação das leis do trabalho 
CNAE - código nacional de atividades econômicas 
CNA - confederação nacional da agricultura 
CND - certidão negativa de débito 
CNH - carteira nacional de habilitação 
CNI - confederação nacional das indústrias 
CNEN - comissão nacional de energia nuclear 
CNPJ - cadastro nacional de pessoas jurídicas 
CONAMA - Comissão Nacional de Meio Ambiente 
CONASEMS - Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde 
CONASS - Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde 
CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia 
CONTAG - confederação nacional dos trabalhadores na agricultura 
CORETEST - Conselho Regional dos Técnicos de Segurança do Trabalho 
COS - composto orgânico volátil 
COS-V - composto orgânico semi-volátil 
CPI - comissão parlamentar de inquérito 
CPF - cadastro de pessoa física 
CPN - comitê permanente nacional (sobre condições e meio ambiente de trabalho) 
CPR - comitê permanente regional (sobre condições e meio ambiente de trabalho) 
CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia 
CRF - certificado de registro de fabricante 
CRM - conselho regional de medicina 
CRP - centro de reabilitação profissional 
CRI - certificado de registro de importador 
CRJF - certidão de regularidade jurídico fiscal 
CTN - centro tecnológico nacional (da Fundacentro) 
CTPAT- comissão tripartite de alimentação do trabalhador 
CTPP - comissão tripartite fretaria permanente 
CTPS - carteira de trabalho previdência social 
CUT - central única dos trabalhadores 
DATAPREV - empresa de processamento de dados da previdência social 
dB - decibel 
DEQP - departamento de qualificação profissional 
DIN - Deutsche Industrien Normen, Deutsches Institut für Normung 
DDS - Diálogo de Segurança 
DDT - dicloro, difenil tricloroetano 
DECEX - departamento de comércio exterior 
DNSST - departamento nacional de segurança e saúde do trabalho 
DNV - Det Norske Veritas 
DORT - distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho 
DOU - diário oficial da união 
DRT - delegacia regional do trabalho 
DRTE - delegacia regional do trabalho e emprego 
DST - doença sexualmente transmissível 
DSST - departamento de saúde e segurança do trabalho 
EAR - equipamento autônomo de respiração 
ECSST - educação continuada em Saúde e Segurança do Trabalho 
ECPI - equipamento conjugado de proteção individual 
EIA - estudo de impacto ambiental 
EMATER - empresa de assistência técnica e extensão rural 
EMBRAPA -empresa brasileira de pesquisas agropecuárias 
END - ensaio não-destrutivo (radiações) 
EPC - equipamento de proteção coletiva 
EPI - equipamento de proteção individual 
EST - engenheirode Segurança do Trabalho; Engenharia de Segurança do Trabalho 
FAT - fundo de amparo ao trabalhador 
FENATEST - federação nacional dos técnicos de Segurança do Trabalho 
FEPI - ficha de entrega de EPI 
FGTS - fundo de garantia do tempo de serviço 
FIOCRUZ - Fundação Osvaldo Cruz 
FISST - Feira Internacional de Saúde e Segurnça no Trabalho 
FISP - Feira Internacional de Segurnça e Proteção (nome próprio) 
FISP - Folha de Informação Sobre o Produto 
FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico 
FISPQ - ficha de informação de Segurnçado produto químico 
FMEA - failure method of effect analysis 
FOR - free oxigen radicals (radicais livres de oxigênio) 
FUNDACENTRO - fundação Jorge Duprat Figueiredo de Seg. e Med. do trabalho 
GHE - Grupo Homogêneo de Exposição 
GHR - Grupo Homogêneo de Risco 
GLP - Gás liquefeito de pertóleo 
GR - grau de risco 
GST - gerenciamento pela segurança total 
GSTB - grupo de segurança do trabalho a bordo de navios mercantes 
GT - grupo técnico 
GT - 10 - grupo técnico para revisão da NR-10 
GT/SST - grupo tripartite de saúde e segurança do trabalho 
GTT - grupo técnico tripartite 
HAZOP - hazard and operability 
I - grau de infração. Por exemplo: C = 118.211-0/I=3 
IBUTG - índice de bulbo úmido-termômetro de globo 
IKAP - índice Kwitko de atenuação pessoal 
ILO - International Labour Organization (OIT, em Inglês) 
IML - Instituto Médico Legal 
INSS - instituto nacional de seguridade social 
INST - instituto nacional de segurança do trânsito 
IPVS - imediatamente perigoso à vida e à saúde 
IRA - Índice relativo de acidentes 
ISO - International Organization for Standardization 
LEM - Laudo de exame médico 
LER - lesão por esforço repetitivo 
LGE - líquido gerador de espuma 
LT - limite de tolerância 
LTCA - Laudo Técnico de Condições Ambientais 
MAG - Metal  Ative Gas - tipo de solda 
MIG - Metal Inert Gas - tipo de solda 
MOPE - movimentações de cargas perigosas 
MSDF - Material Safety Data Sheet 
MTb - Ministério do Trabalho 
MTE - Ministério do Trabalho e Emprego 
MTR - manifesto para transporte de resíduos 
NBR - norma brasileira 
NFPA - National Fire Protection Association 
NHO - norma de higiene ocupacional 
NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health 
NOB - norma operacional básica 
NPS - nível de pressão sonora 
NR - norma regulamentadora 
NRR - norma regulamentadora rural 
NRR - nível de redução de ruído 
NRR-SF - Noise Reduction Rating - Subject Fit 
OHSAS - Ocupational Health Safety Assessment Series 
OIT - organização internacional do trabalho ( em Inglês, ILO) 
OMS - Organização Mundia da Saúde 
ONG - organização não-governamental 
ONL - organização não-lucrativa 
OS - ordem de serviço 
OSHA - Occupational Safety and Health Administration 
PAIR - perda auditiva induzida por ruído 
PAIRO - perda auditiva induzida por ruído ocupacional 
PAE - Plano de Ação Emergencial 
PAT - programa de alimentação do trabalhador 
PBA - Plano Básico Ambiental 
PCA - plano de controle ambiental 
PCA - programa de conservação auditiva 
PCIH - Programa de Controle de Infecções Hospitalares 
PCTP - programa de controle total de perdas 
PCMAT - programa de condições e meio ambiente de trabalho na construção civil 
PCMSO - programa de controle médico de saúde ocupacional 
PDCA - plan, do, check, act 
PGR - programa de gerenciamento de risco 
PPEOB - Programa de Prevenção de Exposição Ocupacional ao Benzeno 
PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário 
PPR - Programa de Proteção Respiratória 
PPRA - programa de prevenção de riscos ambientais 
PPRAG - programa de prevenção de riscos ambientais para indústrias Galvânicas 
PRAT - pedido de reconsideração de acidente de trabalho 
PRODAT - Programa Nacional de Melhoria de Informações Estatísticas Sobre Doenças e Acidentes do Trabalho 
PROVERSA - programa de vigilância epidemiológica e sanitária em agrotóxicos 
PSS - programa de saúde e segurança 
PSSTR - programa saúde e segurança do trabalhador rural 
PT - Permissão de Trabalho 
PTR - Permissão de Trabalho de Risco) 
RAA - relatório de auditoria ambiental 
RAP - relatório ambiental prévio 
RG - registro geral (cédula identidade) 
RIA - responsável pela instalação aberta (técnico habilitado em trabalho com radiação) 
RIMA - relatório de impacto de meio ambiente 
RE - risco elevado (normas de combate à incêndio) 
REM - roetgen equivalent man (unidade de dose de radiação) 
RL - risco elevado (normas de combate à incêndio) 
RM - risco médio (normas de combate à incêndio) 
RNC - relatório de não-conformidade 
RIT - regulamento de inspeção ao trabalho 
RSI - repetitive strain injuri (Lesão por Esforço Repetitivo - LER, em Inglês) 
RT - responsável técnico 
RTP - regulamentos técnicos de procedimentos 
RTR - requireimento para transferência de fonte radioativa 
SAT - seguro de acidente de trabalho 
SECONCI - Serviço Social da Indústria da Construção 
SEFIT - sistema federal de inspeção do trabalho 
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizado Industrial 
SERT - secretaria do emprego e relações do trabalho 
SETAS - secretaria do trabalho e da ação social 
SESMT - serviço especializado em engenharia de segurança e medicina do trabalho 
SENAC - serviço nacional de aprendizado do comercio 
SENAR - serviço nacional de aprendizado rural 
SESC - serviço social do comércio 
SESI - serviço social da indústria 
SEST - serviço especializado em Segurança do Trabalho 
SGSST - Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho 
SIASUS - serviço de informação ambulatorial do SUS 
SICAF - Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores 
SIT - secretaria de inspeção do trabalho 
SINDUSCON - sindicato da industria da construção civil 
SINITOX - sistema nacional de informação tóxico-farmacológica 
SIPAT- semana interna de prevenção de acidentes do trabalho 
SOBES - Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança 
SST - Saúde e Segurança do Trabalho 
SSST - secretaria de segurança e saúde do trabalho 
SUS - sistema único de saúde 
Sv - Sievert (unidade de dose de radiação) 
TE - Temperatura Efetiva 
TIG - Tungsten Inert Gas - tipo de solda 
TLV - Threshold Limit Value, Threshold Level Value 
TRT - tribunal regional do trabalho 
TST - técnico de Segurança do Trabalho 
TST - Tribunal Superior do Trabalho 
TWA - time weight average (nível médio ponderado) 
TWI - Training With Industry 
UE- unidade extintora (normas de combate à incêndio) 
UFIR - unidade fiscal de referência 
UNICEF - United Nations Children`s Found 
UNESCO - United Nations Education, Science and Culture Organization 
VRT - valor de referência tecnológico 
WHO - World Health Organization 
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Bibliografia
ACGIH Threshold Limit Values for Chemical Substancesand Physical Agents in the Work Environment (latest Edition).
AIHA A Strategy for Occupational Exposure Assesment, Hawkins N. C. Norwood S. K. & Rock J. C., EUA, 1991.
FUNDACENTRO. Ministério do Trabalho. Curso para Engenheiros de Segurança do Trabalho. São Paulo: FUNDACENTRO,1981. 
MACINTYRE, Archibald J. Ventilação Industrial e controle da Poluição. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.
SHERIQUE, Jaques. Aprenda a fazer. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT, Mapa de Riscos Ambientais – MRA. São Paulo: LTr, 2002.
VIEIRA, S A. Medicina básica do trabalho. Curitiba: Gênesis, 1996.
Revista PROTEÇÃO, várias edições
Internet, www.mtb,gov.br e outros
CODO, Wanderley & ALMEIDA, Maria Celeste C.G. de L.E.R. Lesões por Esforços Repetitivos 4ºed, Vozes, Petrópolis, SP, Brasil, 1998.
COUTO, Hudson Araújo.: Ergonomia Aplicada ao Trabalho:Manual técnico da Máquina Humana. Ed.: ERGO Belo Horizonte 1996, vol. 1 e 2.
DUL, Jan & WEERDMEESTER Bernard Ergonomia prática. 1º ed. São Paulo, Edgar Blücher Ltda, 1995.
GRANDJEAN, Etienne Manual de ergonomia – adaptando o trabalho ao homem. 4º ed. Porto Alegre, Bookman, 1998.
CHAPANIS, AI. A Engenharia e o Relacionamento Homem-Máquina. São Paulo: Atlas, 1972.
DELA C. J.A Acidentes do Trabalho. 3a edição São Paulo: Atlas, 1989.
ILDA, I. Ergonomia, Projeto e Produção. São Paulo, Edgar Blucher, 1990.
LAVILLE, A Ergonomia. São Paulo: EDUFSP, 1985.
NAPIER, J. A Mão do Homem. Rio de Janeiro: Zahar; Brasília: UnB, 1983.
PALMER, C. Ergonomia. São Paulo: FGV - Fundação Getúlio Vargas, 1976.
PANERO, J. Dimensiones Humanas Y los Espacios Interiores. Barcelona: Gustavo Gili, 1985.
RAMAZZINI, B. As doenças dos Trabalhadores. São Paulo: Fundacentro, 1985.
VERDUSSEM, R. Ergonomia. São Paulo:LTC,1978.
FÍSICOS –
Iluminação, ruído, vibrações, umidade, calor, frio, ventilação, pressões 
anormais, radiações
QUÍMICOS –
Poeiras, fumos, névoas, neblinas, vapores, substâncias químicas, 
compostos químicos.
BIOSANITÁRIOS – 
Vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos, parasitas, animais, 
refeitório, bebedouros, banheiros, vestiários, caixa d´água, estocagem, 
lixo, esgoto.
PSICOLÓGICOS –
Atenção, monotonia, concentração, repetitividade, responsabilidade,,
jornada, horas-extras, pressão da chefia, acúmulo de tarefa, 
trabalho noturno, trabalho em turnos.
ERGONÔMICOS – 
Esforço físico ou muscular, posturas corporais,movimentos repetitivos, 
arranjo de ambiente, ritmo de trabalho
SOCIAIS –
Lazer, moradia, transporte, educação, creche, assistência a saúde, saneamento
AMBIENTAIS – 
Resíduos sólidos, resíduos líquidos, reservatórios, dutos, transporte de 
produtos e de materiais
SEGURANÇA –
Equipamentos, máquinas, ferramentas, instalações elétricas, piso, 
elevadores, inflamáveis, explosivos, sinalização, locomoção de materiais 
e produtos, empilhamento, edificações.
Risco Ergonômico
Risco de Acidentes
Risco Biológico
Risco Físico
Risco Químico
P
mM
A
Intensidade de risco
Tipos de risco
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