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PALESTRA DIFAL

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palestra
ICMS DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA – DIFAL
Alyson da Cunha Barbosa Sato – FTE – Gerência de Mercadorias em Trânsito (GMT) .
ICMS - DIFAL 
OPERAÇÕES
PRESTAÇÕES INTERESTADUAIS DESTINADAS A NÃO CONTRIBUINTE
1.HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
Esta nova incidência tributária foi introduzida pelo inciso VII do § 2º do art. 155 da CF, vejamos:
Analisando:
A nova cobrança do ICMS DIFAL deve ser realizada sempre que ocorrerem operações que destinem bens ou serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS em Alagoas.
2.1) CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS:
Ocorrerá a cobrança sempre que um bem se destine a não contribuinte. Aqui abrangendo não apenas as compras que tenham como destinatário pessoas físicas (CPF), mas também quando o destinatário for pessoa jurídica (CNPJ) e esta não for contribuinte do ICMS no estado de Alagoas.
- Pessoas físicas (Ex: Compras de internet, Veículos adquiridos de outro estado em loja ou concessionária, Embarcações, etc);
- Prestadores de serviços (Ex: Salão de Cabeleireiro, Construtoras, etc);
- Entes públicos e federativos (Ex: Prefeituras, Autarquias, etc);
- Pessoas jurídicas sem intuito comercial (Ex: Condomínios);
- Pessoas jurídicas imunes (Ex: Igrejas).
"CF 88 ... Art. 155, § 2º, VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual”
2.1.1) HIPÓTESES DE EXCLUSÃO OU REDUÇÃO DE COBRANÇA NA CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
quando o produto for imune (Livros, Revistas e Periódicos).
conforme o Convênio 153/15 CONFAZ, só serão consideradas reduções de base de cálculo ou isenções que sejam concedidas através de convênio CONFAZ editado até dezembro de 2015. Nestes casos podemos ter:
Isenção ou redução válida apenas no Estado de origem e não internalizada em Alagoas. Tal isenção ou redução não deve ser considerada no cálculo.
Isenção ou redução válida em Alagoas, deve ser considerada no cálculo, mesmo que não tenha sido internalizada pelo Estado remetente.
quando o produto for sujeito ao ICMS/ST (Substituição Tributária) na operação. Ex: Marketing Direto e veículos faturados diretamente da indústria ou importador.
OBS: Produtos sujeitos ao ICMS/ST em fases anteriores (no estado de origem), devem sofrer a cobrança do ICMS DIFAL. Ex:Veículos automotores adquiridos em concessionárias em outro Estado (Não se aplica o Convênio ICMS 51/00).
2.2) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO:
Ocorrerá a cobrança sempre que um serviço se destine a consumidor final não contribuinte no estado de Alagoas, sendo este destinatário pessoa física ou jurídica não contribuinte. 
Aqui devemos observar que o serviço, para ser incluído na cobrança, deve ser cobrado do destinatário (FOB). E neste caso o valor do frete comporá a base de cálculo da cobrança do ICMS DIFAL. 
3. SUJEITO PASSIVO DO ICMS DIFAL:
A responsabilidade pelo recolhimento do ICMS DIFAL é:
Do remetente do bem ou serviço. Vejamos:
“CF 88, Art. 155, § 2º, VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída:
...
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto;
3.1.TRANSFERÊNCIA DA RESPONSABILIDADE 
A legislação tributária prevê hipóteses de transferência da sujeição passiva (responsabilidade pelo recolhimento), transferindo a obrigatoriedade pelo recolhimento para terceira pessoa. Conforme elenco abaixo:
a) Responsabilidade do destinatário da mercadoria. Vejamos:
b) Responsabilidade do transportador da mercadoria. Vejamos:
“ Lei 7734/15 – Alagoas. Art. 4º Na falta de recolhimento do imposto a cada operação ou prestação de que trata o art. 3º desta Lei, o imposto deverá ser recolhido pelo destinatário em Alagoas no momento da entrada no território do Estado ou em prazo estabelecido em regulamento.” 
LEI COMPLEMENTAR Nº 87, DE 13 DE SETEMBRO DE 1996
Art. 6º Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário. 
OBS: A eleição do responsável tributário na operação é faculdade do agente fiscal responsável pela ação fiscal.
§ 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. 
§ 2o A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços previstos em lei de cada Estado. 
Lei Nº 5900 DE 27 DE Dezembro DE 1996 
Art. 21 - São responsáveis pelo pagamento do imposto:
IV - o transportador, em relação à mercadoria:
a) proveniente de outro Estado para entrega em território deste Estado a destinatário não designado, ou não regularmente inscrito, ou ainda, com endereço ou nome fictícios;
3.2. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL:
A sistemática relativa ao ICMS DIFAL também é aplicável às operações e prestações realizadas por empresas remetentes optantes da sistemática de tributação do SIMPLES NACIONAL do Estado de destino, instituído pela LC 123/06, no tocante à parcela do ICMS do estado de destino. Vejamos:
“Conv. 93/15, Cláusula nona Aplicam-se as disposições deste convênio aos contribuintes optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em relação ao imposto devido à unidade federada de destino.”
 
4. ASPECTO TEMPORAL DO ICMS DIFAL
O momento de ocorrência do fato gerador do ICMS DIFAL é o início da circulação da mercadoria ou prestação de serviço. 
Vejamos:
O recolhimento para o Estado de Alagoas pode ser realizado através de GNRE ou DAR/CB.
“Conv. 93/15, Cláusula quarta O recolhimento do imposto a que se refere a alínea “c” dos incisos I e II da cláusula segunda deve ser efetuado por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais – GNRE ou outro documento de arrecadação, de acordo com a legislação da unidade federada de destino, por ocasião da saída do bem ou do início da prestação de serviço, em relação a cada operação ou prestação.
OBSERVAÇÕES:
Conforme a IN GSEF 35/15, alguns remetentes de mercadorias e serviços, nas operações sujeitas à cobrança do ICMS DIFAL, poderão, a critério da Secretaria da Fazenda de Alagoas – SEFAZ/AL, realizar o recolhimento pela apuração mensal, através de inscrição no cadastro de contribuintes de Alagoas. 
Observar que no início do mês de janeiro de 2016, foram apresentadas nos postos fiscais de Alagoas, DANFEs emitidos antes de 01/01/2016, sobre os quais não deve incidir a tributação da reforma constitucional contida neste manual.	
5.1 Penalidade aplicável ao pagamento fora do prazo:
Nos casos em que o DANFE ou CTRC/MANIFESTO seja apresentado no posto fiscal de fronteira do estado de Alagoas, desacompanhado da guia de recolhimento, a cobrança do ICMS DIFAL e do FECOEP deve ser realizada acrescida da penalidade legal (multa) de 50%. 
Vejamos:
Lembrando que esta penalidade sofre as reduções previstas na legislação tributária de Alagoas. Vejamos:
Lei 5900/96 – Alagoas, Art. 79. Falta de recolhimento do imposto no prazo legal, em situação não compreendida nas hipóteses previstas nos artigos seguintes:
MULTA - Equivalente a 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto.
Lei 5900/96 – Alagoas, Art. 73 - As multas previstas na Seção III, Subseção I e Seção IV, Subseção I, deste Capítulo,
serão reduzidas de acordo com as seguintes condições:
I - em 70% (setenta por cento), se o crédito tributário for pago de uma só vez no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da ciência do lançamento tributário;
II - em 42% (quarenta e dois por cento), se o crédito tributário for pago de uma só vez, quando decorridos mais de 30 (trinta) dias da data da ciência do lançamento tributário e antes da:
a) decisão de primeira instância administrativa; ou
b) inscrição em dívida ativa, no caso de não impugnação da exigência;
5. BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA DO ICMS DIFAL 
6.1) BASE DE CÁLCULO 
A base de cálculo do ICMS DIFAL engloba:
o montante do próprio imposto (Imposto “por dentro”);
seguros e juros;
frete (FOB).
6.2) ALÍQUOTAS APLICÁVEIS AO CÁLCULO :
	Para o cálculo do ICMS DIFAL, precisamos analisar a aplicabilidade de dois sistemas de alíquotas. Quais sejam:
6.2.1) ALÍQUOTA INTERESTADUAL:
As alíquotas aplicáveis nas operações interestaduais seguem ordenamentos exarados pelo Senado Federal, especialmente as Resoluções do Senado Federal 22/89 e 13/12. E são:
6.2.2) ALÍQUOTA INTERNA DO ESTADO DE ALAGOAS:
OBS: Entre os dias 01/01 e 11/01 de 2015 a alíquota interna de Alagoas aplicável é a anterior as Leis 7740/15 e 7742/15, devido a aplicação do princípio da noventena.
SISTEMÁTICA DE CÁLCULO DO ICMS DIFAL: 
7.1) Regra de transição ICMS DIFAL (Repartição de receitas):
O valor apurado do ICMS DIFAL, entre os anos de 2016 e 2018 sofrerá a incidência de regra de transição que rege a repartição da receita do imposto como segue:
Operações realizadas entre 01/01/2016 e 31/12/2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60% (sessenta por cento) para o Estado de origem;
Operações realizadas entre 01/01/2017 e 31/12/2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40% (quarenta por cento) para o Estado de origem;
Operações realizadas entre 01/01/2018 e 31/12/2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte por cento) para o Estado de origem;
Operações realizadas a partir de 01/01/2019: 100% (cem por cento) para o Estado de destino;
OBS: Desde 01/01/2016 toda a arrecadação (100%) referente ao FECOEP deve ser recolhida para o Estado de destino.
CÁLCULO DO ICMS DIFAL E FECOEP
cálculo pela ótica do empresário:
Passo 1: Encontrar a Base de Cálculo.
O empresário teve tomar como base de valor inicial o valor monetário que deseja receber pelo fornecimento da mercadoria ou serviço:
(CUSTO DE AQUISIÇÃO + CUSTO OPERACIONAL + LUCRO)
Neste valor se considera IPI se for o caso. Não considerar qualquer incidência de ICMS.
Chamaremos este valor de valor da mercadoria.
Como incluir o montante do imposto no valor das mercadorias ou serviços:
Valor da mercadoria = R$ 820,00
Alíquota interna de Alagoas = ICMS 17 % + FECOEP 1% = 18% de Carga Total. Fator de divisão = 0,82.
Cálculo: Inclusão do imposto em sua base de cálculo.
R$ 820,00 dividido por 0,82 = R$ 1.000,00
BASE DE CÁLCULO = R$ 1.000,00
Passo 2: Cálculo do ICMS DIFAL e FECOEP:
Para este exemplo adotaremos:
Alíquota interna de Alagoas: 17% de ICMS e 1% de FECOEP
Alíquota interestadual: 7%.
Base de cálculo: R$ 1.000,00
 
FECOEP – RECOLHIMENTO INTEGRAL PARA ALAGOAS
R$ 1.000,00 X 1% = R$ 10,00
ICMS DIFAL 
ICMS COM A ALÍQUOTA INTERNA DE ALAGOAS:R$ 1.000,00 X 17% = R$ 170,00.
ICMS INTERESTADUAL: R$ 1.000,00 x 7% = R$ 70,00
ICMS DIFAL = R$ 170,00 – R$ 70,00 = R$ 100,00
Repartição do ICMS DIFAL em 2016:
40% para o estado de Alagoas = R$ 100,00 / 0,40 = R$ 40,00
60% para o estado de origem = R$ 100,00 / 0,60 = R$ 60,00
ICMS DIFAL para Alagoas: R$ 40,00
FECOEP para Alagoas: R$ 10,00
INSTRUÇÕES PARA RECOLHIMENTO:
O ICMS DIFAL do Art. 155 da CF deve ser recolhido conforme IN GSEF 35/15.
 
Código de receita aplicável:
ICMS DIFAL
1318-8 - ICMS - DIFAL NÃO CONTRIBUINTE EM ALAGOAS
FECOEP
5000-8 – FECOEP - FUNDO ESTADUAL DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA
Prática de fiscalização:
O problema na fiscalização, é que o fiscal no posto não tem acesso (direto) ao valor da mercadoria.
Sistemática da Lei:
 Valor da Mercadoria ICMS DIFAL
Sistemática para a fiscalização:
 1° Passo
 
 Valor da Mercadoria DANFE JÁ EMITIDO
 2° Passo
POSSIBILIDADES DE EMISSÃO DO DANFE:
1 – DANFE COM RECOLHIMENTO:
RECOLHIMENTO CORRETO
RECOLHIMENTO ERRADO
2 – DANFE SEM RECOLHIMENTO
CONFERÊNCIA CONFORME A CARTILHA:
Pode ser utilizada em qualquer DANFE.
Permite verificar o valor correto do ICMS DIFAL.
Passo 1: Descobrir o valor da mercadoria considerado na operação:
1- Iniciar do valor total do DANFE
2- Subtrair todo ICMS destacado:
ICMS interestadual
ICMS DIFAL origem (se houver)
ICMS DIFAL destino (se houver)
FECOEP ( se houver) 
OBS: Não retirar IPI se houver destaque.
OBS: Se o emitente do DANFE for empresa do SIMPLES e não houve recolhimento, como não existe ICMS no valor total não se deve retirar nada do valor total do DANFE. Neste caso teremos uma coincidência entre o Valor Total do DANFE e o Valor da Mercadoria.
Valor Total do Danfe: 	R$ 21.874,46
ICMS Interestadual: 	R$ 1.531,21
 ICMS DIFAL Origem	R$ 1.312,47
 ICMS DIFAL Destino	R$ 874,98
 FECOEP 		R$ 0,00
 Valor da mercadoria R$ 18.155,80
DIFAL ALAGOAS = R$ 18.155,80 / 0,83 = 21.874,46 x 0,04 = R$ 874,98
Valor Total do Danfe: 	R$ 1.620,00
ICMS Interestadual: 	R$ 64,80
 ICMS DIFAL Origem	R$ 204,12
 ICMS DIFAL Destino	R$ 136,08
 FECOEP 		R$ 32,40
 Valor da mercadoria R$ 1.182,60
DIFAL ALAGOAS = R$ 1.182,60 / 0,73 = 1.620,00 x 0,10 (40% de 25%) = R$ 136,08
FECOEP = R$ 1.620,00 x 0,02 = R$ 32,40
OBS: NÃO FOI RETIRADO O IPI NO CÁLCULO
Total: 		R$ 93.070,00
ICMS Int.	R$ 6.514,90
DIFAL Orig.	R$ 5.584,20
DIFAL Dest.	R$ 3.722,80
 Vl. Merc.	R$ 77.248,10
BC
77.248,10 / 0,82 = R$ 94.205,00
DIFAL correto (4%)R$ 3.768,20
FECOEP (1%) 	R$ 942,05
Dif. DIFAL 	R$ 3.768,20
 - 	R$ 3.722,80
DIFAL (falta)	R$ 45,40
TAI
DIFAL: R$ 45,40 x 1,15 = R$ 52,21
FECOEP: R$ 942,05 X 1,15 = R$ 1.083,36
OBS: Não foi retirado o IPI.
Total: 		R$ 357.500,00
ICMS Int.	R$ 0,00
DIFAL Orig.	R$ 0,00
DIFAL Dest.	R$ 0,00
 Vl. Merc.	R$ 357.500,00
BC
357.500,00 / 0,82 = 	R$ 435.975,61
DIFAL correto (2%)R$ 8.719,51
FECOEP (1%) R$ 4.359,75
TAI
DIFAL: R$ 8.719,51 x 1,15 
R$ 10.027,43
FECOEP: R$ 4.359,75 X 1,15 = R$ 5.013,71
OBS: Não foi retirado o IPI.

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