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MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
3	CONCLUSÃO......................................................................................................12
REFERÊNCIAS..........................................................................................................13 
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INTRODUÇÃO
Através desse trabalho tentou-se traçar um panorama dos movimentos sociais no Brasil, como eles impactaram na realidade social e quais as mudanças e novas alternativas são estudadas para alterar a realidade social na qual o país se encontra atualmente.
O trabalho trata dos movimentos sociais no Brasil e sua relação com as políticas sociais no período de 1988 até aos dias atuais. Na realidade histórica, os movimentos sempre existiram, e cremos que sempre existirão. Isso porque representam forças sociais organizadas, aglutinam as pessoas não como força-tarefa de ordem numérica, mas como campo de atividades e experimentação social,e essas atividades são fontes geradoras de criatividade e inovaçõessocioculturais.
 A experiência da qual são portadores não advém de forças congeladas do passado – embora este tenha importância crucial ao criar uma memória que, quando resgatada, dá sentido às lutas do presente. A experiência recria-se cotidianamente, na adversidade das situações que enfrentam. Concordamos com antigas análises de Touraine, em que afirmava que os movimentos são o coração, o pulsar da sociedade. Eles expressam energias de resistência ao velho que oprime ou de construção do novo que liberte. 
Energias sociais antes dispersas são canalizadas e potencializadas por meio de suas práticas em “fazeres propositivos”. Os movimentos realizam diagnósticos sobre a realidade social, constroem propostas. 
Atuando em redes, constroem ações coletivas que agem como resistência à exclusão e lutam pela inclusão social. Constituem e desenvolvem o chamado empowerment de atores da sociedade civil organizada à medida que criam sujeitos sociais para essa atuação em rede. 
Tanto os movimentos sociais dos anos 1980 como os atuais têm construído representações simbólicas afirmativas por meio de discursos e práticas.
DESENVOLVIMENTO
Os movimentos sociais no Brasil passaram e intensificar-se a partir da década de 70, com fortes movimentos de oposição ao regime militar que então se encontrava em vigência, mantendo uma luta social e uma forte resistência.
A população Brasileira se manteve forte para com a ditadura que havia no país e dentro desse contexto ditatorial foi prevalecida a força e a organização dos movimentos estudantis e da classe operária em seus sindicatos, comunidades eclesiais de base (CEBs) e pastorais, que ganhou força com a participação dos demais setores da sociedade que sofriam as consequências desta forma de governo.
  O período da Ditadura Militar no Brasil provocou um tempo propício para a efervescência dos movimentos sociais, uma vez que dentro das Universidades as inserções e maturação dos cursos de Ciências Sociais com a reforma pedagógica dos cursos propiciaram um pensamento mais crítico frente à interpretação de nossa realidade, então os estudantes com um entendimento da situação junto à indignação dos demais indivíduos que não aceitavam esse modelo de governo ditatorial.
O fato inegável é que os movimentos sociais dos anos 1970/1980, no Brasil, contribuíram decisivamente, via demandas e pressões organizadas, para a conquista de vários direitos sociais, que foram inscritos em leis na nova Consti​tuição Federal de 1988 (GOHN, 2011, p.23)
	Partindo desse pressuposto traçaremos a partir de agora a panorama para o período de 1988 aos dias atuais.
A participação social passou a representar, em suas diversas modalidades, um elemento estruturante do Sistema Brasileiro de Proteção Social (SBPS). Sua análise oferece elementos relevantes para o debate atual sobre políticas públicas, seja no que se refere à sua institucionalização e execução, seja quanto ao enfrentamento das questões sociais. 
Faz-se necessário destacar que existem diversos outros mecanismos que buscam promover a participação social nestes espaços das políticas sociais, tais como conferências, fóruns, câmaras, comissões e ouvidorias. 
Nesse período, cada movimento social foi forjando sua identidade, suas formas de atuação, pautas de reivindicações, valores, seus discursos que o caracterizavam e o diferenciavam de outros. 						
A sociedade civil organizada, por meio dos movimentos sociais e populares, irá buscar espaço para influenciar nas decisões políticas e na construção da Constituinte de 1988. É uma participação efetiva de cidadãos e cidadãs, na busca por direitos e por políticas que os afetam diretamente. E foi a própria Constituição Federal de 1988 que abriu espaço, por meio de legislação específica, para práticas participativas nas áreas de políticas públicas, em particular na saúde, na assistência social, nas políticas urbanas e no meio ambiente.
           	 Os novos movimentos sociais que emergiram durante os anos 90 até os atuais são como os de décadas anteriores também frutos de demandas sociais como o Movimento de Mulheres (com suas lutas contra uma sociedade patriarcal e o autoritarismo do Estado), o Movimento LGBT, o Movimento Negro, Movimento Indígena entre outros.
Vale destacar neste período o os fóruns de ONGs e movimentos sociais para a Eco/92. É também deste período o movimento popular que ficou conhecido como os “caras pintadas” em torno do impeachment (1992) do ex-presidente da República: Fernando Collor de Melo.
		No século XXI observamos o surgimento de uma “rede de movimentos sociais”, com o objetivo claro de fortalecer o papel da sociedade na esfera pública e defesa radical dos valores democráticos, com total autonomia dos movimentos sociais em relação ao poder público e de certo modo até mesmo dos Partidos Políticos, o que não significa dizer que não seja uma forma organizada de articulação popular.
         		   Merece destaque nesse cenário os Conselhos Gestores de Políticas Públicas, como um importante local de atuação destes movimentos, um bom exemplo de organização e luta podemos encontrar através do movimento indígena no século XX na luta pelos seus direitos e reconhecimento de seus valores, cultura e tradição o que nos fornece um amplo debate em torno da defesa dos direitos indígenas que culmina com a promulgação da Constituição de 1988.
	Os conselhos de políticas públicas tornam-se um amparo para que as classes menores sejam ouvidas e possam contribuir na criação de políticas públicas que atendam às necessidades destes grupos sociais, logo tendo a atuação desses indivíduos pertencentes destes grupos materializando e fortificando a participação social da população.
           	 Pelo que vimos até aqui, podemos reafirmar o que nos propõe Ilse Scherer-Warren em suas diferentes análises sobre os movimentos sociais, que:
 
No cenário brasileiro do novo milênio, há a emergência de um movimento cidadão crítico, que não atua de forma isolada, mas em redes nacionais e globalizadas e que se caracteriza por estar desenvolvendo um ideário político que visa à transposição de várias fronteiras restritivas dos movimentos sociais mais tradicionais de nossa história (2008, p. 19).
	O texto constitucional de 1988 é um marco na democratização e no reconhecimento dos direitos sociais. Articulada com tais princípios, a Constituição alargou o projeto de democracia, compatibilizando princípios da democracia representativa e da democracia participativa, e reconhecendo a participação social como um dos elementos-chave na organização das políticas públicas. De fato, com a Constituição de 1988 a participação social passa a ser valorizada não apenas quanto ao controle do Estado, mas também no processo de decisão das políticas sociais e na sua implementação, em caráter complementar à ação estatal. 
Desde então, a participaçãosocial tem sido reafirmada no Brasil como um fundamento dos mecanismos institucionais que visam garantir a efetiva proteção social contra riscos e vulnerabilidades, assim como a vigência dos direitos sociais. Com maior ou menor sucesso, esta foi uma das importantes inovações institucionais ocorridas no Brasil pós-Constituinte. A garantia de direitos sociais e Políticas Sociais no Brasil: Participação Social, Conselhos e Parcerias nos campos da educação, saúde, assistência social, previdência social e trabalho foi acompanhada da consolidação de uma nova institucionalidade objetivando assegurar a presença de múltiplos atores sociais, seja na formulação, na gestão, na implementação ou no controle das políticas sociais. 
Três enunciados sintetizam os sentidos que passa a tomar a participação no que se refere aos direitos sociais, à proteção social e à democratização das instituições que lhes correspondem: a) a participação social promove transparência na deliberação e visibilidade das ações, democratizando o sistema decisório; b) a participação social permite maior expressão e visibilidade das demandas sociais, provocando um avanço na promoção da igualdade e da equidade nas políticas públicas; e c) a sociedade, por meio de inúmeros movimentos e formas de associativismo, permeia as ações estatais na defesa e alargamento de direitos, demanda ações e é capaz de executá-las no interesse público. 
A participação social teria, pois, papel relevante tanto no que diz a respeito à expressão de demandas como em relação à democratização da gestão e da execução das políticas sociais. A consolidação desta participação, na última década, efetuou-se principalmente por meio dos diversos formatos de conselhos e dos diferentes mecanismos de parceria colocados em prática nas políticas sociais. A constituição de conselhos e parcerias no interior destas políticas responde a impulsos diversos que atuaram sobre sua criação e desenvolvimento. 
Os conselhos emergem, sobretudo, das demandas de democratização da sociedade em face do processo decisório que permeia as políticas sociais. As parcerias, por sua vez, inspiram em uma demanda de reorganização da intervenção do Estado no campo social, em busca de maior igualdade, equidade ou eficiência. 
Estes impulsos, entretanto, longe de convergirem em torno de princípios comuns, tendem a se contradizer em diversos aspectos, consolidando importantes tensões tanto internas – tensões que se desenvolvem no interior de cada um destes espaços de participação – quanto externas – tensões que se estabelecem entre os dois espaços, conselhos e parcerias.
	A partir de 1988, a construção ou reconstrução dos conselhos nacionais de políticas sociais baseou-se nas críticas ao padrão de relação predominante entre Estado e sociedade no Brasil, que seria marcado pela falta de democratização do processo decisório e à ineficiência da máquina pública. Assim, tais espaços seriam antídotos aos problemas da burocratização, do corporativismo, do patrimonialismo e da captura dos espaços públicos por interesses privados no âmbito das políticas sociais. Distintos arranjos de participação foram instituídos nas diversas áreas das políticas sociais, inserindo, no interior do Executivo, novos espaços institucionais que contam com a presença do governo e da sociedade civil, com atribuições que transitam entre a cogestão, a deliberação e a organização da agenda política. 
	No Sistema Brasileiro de Proteção Social (SBPS) existem atualmente nove conselhos nacionais que contam com a participação da sociedade, cobrindo as seguintes políticas setoriais: educação, saúde, trabalho, previdência social, assistência social, segurança alimentar, cidades e desenvolvimento, De forma sintética, os conselhos são instâncias públicas, localizadas junto à administração federal, com competências definidas e podendo influenciar ou deliberar sobre a agenda setorial, sendo também capazes, em muitos casos, de estabelecer a normatividade pública e a alocação de recursos dos seus programas e ações. Podem ainda mobilizar atores, defender direitos, ou estabelecer concertações e consensos sobre as políticas públicas.
	 Ainda durante a década de 1990, atores sociais continuavam a buscar desenvolver alternativas próprias no enfrentamento das carências sociais. Como exemplo de mobilização dessa natureza, merece destaque, no começo dos anos 1990, o “Movimento pela Ética na Política”, que se notabilizou, em 1992, durante a campanha pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, desdobrando-se, no ano seguinte, na “Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida”, a “Ação da Cidadania” evocou o sentimento de solidariedade nacional em favor dos excluídos e promoveu, entre outras atividades, inúmeras campanhas de distribuição de alimentos em todo o país, impulsionadas pelo sentimento de indignação contra a fome, a miséria e a exclusão. Milhares de pessoas e de instituições participaram da campanha: indivíduos comuns, ONGs, sindicatos e centrais sindicais, artistas, igrejas e grupos religiosos, empresas dos mais variados tipos – privadas e estatais associações comunitárias e profissionais, instituições filantrópicas, escolas e universidades, entre outros. 
	Contudo, como já tratado anteriormente, a esta vertente somaram-se outras no processo de construção do que aqui se chama participação social na execução de políticas sociais. Durante a década de 1990 fortaleceu-se no Brasil uma leitura e uma prática da participação social associadas menos à questão da democratização do processo de deliberação das políticas sociais e mais à problemática da gestão e da descentralização das ações. 
	Em reação ao diagnóstico que identificava a baixa capacidade estatal de implementação de políticas sociais – seja em seus aspectos gerenciais, seja no que se refere ao seu uso político –, fortaleceram-se experiências de execução de projetos sociais pelo chamado “terceiro setor”, identificado enquanto detentor de maior competência técnica alternativa à capacidade de mobilização de recursos privados. 
	Assim, os anos 1990 privilegiaram uma interpretação segundo a qual a sociedade brasileira aparecia não mais como espaço de demandas ou de conquista de processos de deliberação e de implementação democráticos, e sim como espaço de solidariedades não estatais ou mesmo antiestatais. 
	Neste contexto, a expressiva participação da sociedade brasileira na “Ação Cidadania”, também chamada de “Campanha contra a Fome”, ao apresentar os resultados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – Ibope –, em 1993, segundo a qual, à época, 68% da população brasileira maior de 16 anos declaravam conhecer ou ter ouvido falar da campanha nacional contra a fome. Além disso, 32% dessa mesma população informavam ter participado ou contribuído para a campanha, de alguma forma. Entre os que participaram ou contribuíram, 11% afirmavam pertencer a algum “comitê de combate à fome”, a unidade organizativa básica da “Ação da Cidadania”, a pesquisa revelou, ainda, que era proporcionalmente maior a participação nos comitês daqueles que tinham apenas instrução primária. 
	Contudo, diferentemente do registro anterior, a sociedade civil brasileira primeiramente através de movimentos sociais autônomos e politizados, e depois de organizações não governamentais profissionalizadas, deslocou o ativismo político pela cidadania e justiça social para o ativismo civil voltado para a solidariedade social.
	Nos anos 90, a deposição do então presidente Fernando Collor de Mello é resultado de intensas mobilizações da sociedade civil onde se destacaram os “cara-pintadas”, cujo intuito era o estabelecimento da ética na política. Após muitos anos de ditadura militar e eleições indiretas, uma campanha popular tomou as ruas para pedir o afastamento de Fernando Collor de Melo do cargo de presidente. Acusado de corrupção e esquemas ilegais em seu governo, a campanha “Fora Collor” mobilizou muitos estudantes que saíram às ruas com as caras pintadas paraprotestar contra o presidente corrupto.  No dia 29 de setembro de 1992 cerca de 100 mil pessoas acompanharam a votação do impeachment de Collor em torno do Congresso, o qual foi aprovado tendo 441 votos favoráveis e apenas 38 contrários. Fernando Collor correu para renunciar e não perder seus direitos políticos, mas já era tarde. Mesmo renunciando, o presidente foi caçado e impedido de concorrer em eleições por muitos anos. Era a conquista do movimento “Fora Collor” que representou a grande pressão exercida pela população.
	Adentrando o século XXI, os movimentos sociais e a participação popular se reconfiguram em face da globalização, inclusive por meio das Organizações – não – governamentais (ONG’s), as ONG’s se apresentam como novas formas de resistência que substituem os movimentos sociais, são grupos de cidadãos que se organizam na defesa de direitos, com estatuto jurídico de entidades privadas sem fins lucrativos. Seu objetivo fundamental é a reconstrução da vida social, Uma ONG se define por sua vocação política, por sua possibilidade política: uma entidade sem fins de lucro cujo objetivo fundamental é desenvolver uma sociedade democrática, isto é, uma sociedade fundada nos valores da democracia - liberdade, igualdade, diversidade, participação e solidariedade. 
		Considerada a maior das últimas décadas, as atuais manifestações abrangem grande parte das cidades brasileiras e considera-se que resultam do fato de que os cidadãos “caíram na realidade”. Um ato que começou no dia 06 de junho, devido os altos valores das passagens dos transportes públicos, hoje inclui novas bandeiras, como a luta por um país com melhor qualidade de vida, principalmente nos setores de educação e saúde, fim da violência policial e da corrupção, apuração nos gastos das obras da Copa do Mundo, entre outros fatores que têm causado insatisfação geral.
		Seguidos de protestos diários, até o momento 12 prefeitos das principais capitais do país já baixaram os preços das tarifas das passagens.
		Segundo estudo do Datafolha, 84% dos participantes dos manifestos não têm preferência por qualquer partido político, 71% estão pela primeira vez num protesto e 53% têm menos de 25 anos. Os dados mostram também um maior peso de estudantes e de pessoas com ensino superior. O Facebook e a Internet tiveram um papel importante, 81% das pessoas souberam da manifestação pela rede social e 85% pesquisaram informações em sites.
	São ações coletivas “novas” decorrentes de problemas “antigos” na sociedade brasileira – fome, violência, miséria, desemprego e subemprego, exploração de menores e o dilema da ausência do teto e da terra para morar e produzir. 
	As lutas sociais no Brasil redefinem-se, o movimento popular rural cresce e aparece, ficando conhecido como: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem – Terra (MST). Esse movimento surgiu em Santa Catarina em 1979 e transformou-se no maior movimento da década de 90, reivindicando a posse da terra e lutando pela reforma agrária no país, sendo apoiado por parte da sociedade brasileira que vê na distribuição da terra a possibilidade de fixar o homem no campo diminuindo a pobreza na cidade. 
	As mudanças sociais oriundas da globalização da economia a partir da década de 90 anulam importantes conquistas das classes subalternas brasileiras em sua secular luta pela conquista de direitos. A reversão dos estragos dos anos 1990, que foram econômicos, políticos, sociais e culturais, portanto, é possível, mas vai exigir muita coragem e vontade política dos novos dirigentes do país, e muita mobilização popular, para além do voto. 
	A conquista dos direitos é resultado de lutas sociais empreendidas por movimentos populares e organizações sociais que reivindicaram direitos e espaços de participação social. O conflito social deixa de ser simplesmente reprimido e passa a ser reconhecido.
CONCLUSÃO
Considerou se através desse relato histórico, que o cidadão teve primordial participação para que as mudanças ocorressem tanto no âmbito trabalhista quanto social, e que o Estado sempre atuar e suprir as necessidades básicas do cidadão. 
Através dos movimentos sociais, direitos antes que pareciam inalcançáveis puderam se tornar tangíveis. Os trabalhadores saem à rua, tem se instalado a discussão entorno de uma nova constituição que expresse o anseio do povo brasileiro por conjunto de direitos de sociais básicos: saúde, educação, assistência social, habitação, entre outros. 
No Brasil existem diferenças profundas, não obstante os muitos movimentos sociais terem lutado para a construção de uma sociedade melhor, essa estrutura social absurdamente desigual ainda persiste nos dias atuais. Todos esses movimentos, no entanto, contribuíram para despertar a consciência dos problemas vividos e possibilitaram a participação da população com capacidade de continuar a organizar-se em movimentos sociais, de forma a consolidar e a ampliar os direitos sociais e políticos conquistados, por meio de um processo constante e contínuo.
O resgate da história nos faz compreender e reconhecer que os movimentos sociais e a participação popular sempre estiveram presentes nas sociedades em todos os tempos e lugares, sempre houve homens dominando homens, homens lutando – uns pela conquista de direitos e contra a opressão e outros pela manutenção do mando e do poder. Continuando a serem, os movimentos sociais e a participação popular, elementos fundamentais na ocupação dos espaços de luta por uma sociedade mais justa e igualitária, na qual a cidadania sai do discurso e se constrói na prática através da conquista, consolidação e ampliação dos direitos.
REFERÊNCIAS
http://www.portalconscienciapolitica.com.br/products/breve-historia-dos-movimentos-sociais-no-brasil/
http://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/livros/Cap_8-10.pdf
http://www.revistas.ucpel.tche.br/index.php/rsd/article/viewFile/400/354
http://diamantina.cedeplar.ufmg.br/2014/site/arquivos/a-evolucao-das-politicas-sociais-no-brasil.pdf
BEHRING, Elaine Rossetti. Brasil em contra – reforma: desestruturação do Estado e perda de direitos. São Paulo: Cortez, 2003.
PRADO JR, Caio. História Econômica do Brasil. 10ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1967.
Movimentos Sociais na Contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, Minas Gerais, v.16, n. 47, p. 333-351, maio/ago 2011.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
VANIA LUCIA NEPOMUCENO
MOVIMENTOS SOCIAS NO BRASIL:
Suas relações com as políticas sociais
Betim
2014
VANIA LUCIA NEPOMUCENO
MOVIMENTOS SOCIAS NO BRASIL:
Suas relações com as políticas sociais
Trabalho de Serviço Social, apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Políticas Setoriais e Políticas Setoriais contemporâneas, Instrumentalidade em Serviço Social, Pesquisa Social e Oficina de Formação, Movimentos Sociais e Estágio em Serviço Social I. 
Betim
2014

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