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Agricultura sob o feudalismo aula 4

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Agricultura sob o feudalismo
Ariovaldo Umbelino
A servidão
Modo de produção feudal
”. O campesinato e o latifundiário são entendidos como resíduos em vias de extinção para alguns autores, não como classes de dentro do capitalismo, e sim como classes de fora desse modo de produzir. Há um conceito em que lança a ideia no qual ainda predomina as relações de trabalho no campo, logo, assalariados disfarçados. Uma corrente de pensamento vê no campo a permanência das relações feudais no campo e do outro lado há o setor industrial, que está rompendo com as tradições de dominação no campo. O processo de separação no campo passa por três fases distintas: A primeira seria a destruição da economia natural, criando o produtor individual; Em seguida, o produtor abandona a indústria doméstica, fazendo parte da economia de mercado; E por último essa economia lhe causaria os baixos preços que recebe por seus produtos e altos preços pela mercadoria industrializada. Porém, a solução do problema consiste em uma reforma agrária. O campesinato deve ser entendido como um trabalhador de dentro do capitalismo, trabalhador que quer entrar na terra, contribuindo para a expansão capitalista, ainda que para isso ele tenha que emigrar. Por esse motivo que certos autores dizem que o próprio capital cria e recria relações não capitalistas de produção. O capitalismo nunca decorre apenas de relações de especificamente capitalistas de produção, como também de relações não capitalistas, ou seja, o campesinato
1. Propriedade do senhor sobre a terra (feudos)
2. Propriedade limitada do senhor sobre o camponês (servidão)
Coerção feudal – tributos ao camponês servo
servo diferente do escravo – não era propriedade. Não podia ser comprado e vendido
Por vezes ocorria era a venda de um feudo para outro senhor. O camponês passava a ter então, outro senhor na “sua” mesma parcela de terra.
FEUDOS
Divisão:
Domínio – parte das terras do feudo onde os servos trabalhavam os “dias de dádivas” – corvéias (cessão de renda em trabalho). Era também onde ficavam o moinho e o forno, ao qual para usar, os servos tinham que pagar em espécie (renda em produto).
Parcelas: terras concedidas aos camponeses. Pagavam um tributo pela produção (renda em produto).
Leituras:
1 – Sociedade doméstica, fechada, que bastava a si mesma
2 – Tendência à autossuficiência, porém com atividade comercial presente
* as feiras eram um elemento importante para as trocas locais entre o camponês e os demais integrantes dos feudos (artesãos…)
COMUNIDADE ALDEÃ FEUDAL
Unidade básica – casa e quintal – auto sustento – por. priv. dos camponeses – campos de cultivo parcelados – divididos entre cada camponês
Áreas comuns – bosques, pastagens e terrenos baldios
Praticavam a pastagens em consórcio com os cultivos agrícola – pousio. Uma vez por ano em um dos campos de cultivo realizava-se pastagem, outro com trigo e o outro com sementeiras de outono. No ano seguinte rotacionava-se.
A TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
Elementos de ruptura do território feudal:
– Industrialização
– nobreza e Estado moderno – tiravam do dinheiro $ a força vital (precisavam de cumulação monetária – intensificar as trocas)
– Camponês – produção de alimentos para as cidades
A estrutura feudal se sustentava pela baixa necessidade de insumos de fora, e de maneira geral, com poucas trocas externas à comunidade feudal
– Transformação gradativa da terra em mercadoria
– Lutas entre nobreza (com Estado) e os camponeses, pelo controle de terra – vitória do Estado
– Cercamentos – as áreas comuns (bosques, terrenos baldios) são cercadas, transformadas em propriedade privada e destinadas à produção de Hulha e Ferro. Camponeses passam a ter que comprar madeira, antes livres para extração. Pastagem é substituída por lã com crescimento da indústria.
– Expulsão dos camponeses dos domínios dos nobres. Proletarização do camponês
– Limitação da estrutura da comunidade territorial para atender as demandas do mercado (só se podia plantar o que era decidido na comunidade, mas as demandas de fora estalavam).
Prop. Priv. vs. Prop. Indiv.
INDÚSTRIA DOMÉSTICA vs. INDÚSTRIA CAPITALISTA URBANA
* militarismo – levava o filho do camponês para a cidade, colocando-o em contato com novas necessidades urbanas
•	o camponês passa a ir ao mercado para vender sua produção agrícola (que a cidade não produz) – e não mais para vender os de sua indústria doméstica, já superados pela indústria urbana.
•	meios de comunicação – estradas de ferro, correio, jornais. Não só as áreas urbanas e suburbanas se tornavam seus mercados, mas todo o país.
Mercado – a grande colheita antes festa, passa a ser risco de perda pois não havia sistema de comunicação que garantisse escoamento de superabundância.
Más colheitas: preços altos. Boas colheitas: preços baixos
Prop. Priv. x Prop. Individual
Para os camponeses que queriam manter-se produzindo para auto sustento, a comunidade territorial era uma base a qual se agarravam desesperadamente. Para outros ela passava a ser um entrave.
– Subdivisão da pastagem comum inviabilizava a criação de animais. Áreas comuns, ele não tinha a propriedade daquela terra, nem de uma parcela dela, porém utilizavam livremente dos recursos (adubo e os próprios animais)
3-A TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
Após o rompimento da família do camponês, a indústria criou novas necessidades que penetravam no meio agrícola, voltando às relações entre campo e cidade. Transformando os produtos agrícolas em artigos de luxo. Esse processo melhorou com a comunicação e o militarismo. Assim esse processo do vender seus produtos nos mercados, desagregou a pequena indústria camponesa, que com o tempo houve dificuldades nos deslocamentos para outras áreas, além das leis que empunhavam preços baixos em boas colheitas, por sinal, a grande quantidade de colheitas não era sinal de fartura. O camponês, agora, um agricultor propriamente dito precisou do dinheiro para circulação de suas mercadorias. Entretanto, veio às dificuldades de circulação, entrando agora, um intermediário, o comerciante, que este se aproveitava da situação para explorar o camponês, transformando em um proletário. O processo de transição foi marcado por guerras. Em alguns países esse processo foi rápido, como na Inglaterra, outros, lento, como na França. O camponês, agora como proprietário individual, é diferentemente daquele da comunidade feudal, representa o produtor livre. Alguns lugares esse processo foi igual uma segunda servidão, outros se tratava de uma parceria, pagando seu uso da terra em renda em espécie. A transição resultou numa volumosa massa de camponeses proprietários individuais que na lógica capitalista deveriam desaparecer. Portanto, o capitalismo cria condições para a produção familiar. O desenvolvimento do capitalismo no processo contraditório inclui a produção imediata, distribuição de mercadorias até se chegar ao consumidor. Porém, esse processo aprisiona a mais-valia, onde é gerada no modo de produção. O modo capitalista de produção gera não apenas a subordinação das relações pré-capitalistas, como desenvolve particularmente a expansão do comércio como produção não capitalista do capital. A América, a produção era autossuficiente onde havia trocas de serviços depositadas para o Estado na comunidade inca, porém todos os impérios foram submetidos aos colonizadores espanhóis, processo em que exploravam cristianizava m os índios. A economia colonial baseava na circulação de formas submetidas ao comércio internacional e no trabalho escravo. O escravo era considerado como uma mercadoria. O tráfico de escravos tornou-se uma atividade rendosa da Inglaterra, permitia a obtenção de lucros que se produzisse a mercadoria, não como uma troca de favores e sim mediada pela desigualdade. A destruição da economia feudal começou com um processo de separação da economia camponesa com relação a senhorial. O mecanismo utilizado pelo capital para promover esse processo se deu pela sujeição da renda da terra, em trabalhos, produtos e capital.Tornaram-se agricultores rentistas consumidores de rendas. Coma pressão externa, sobretudo inglesa, o tráfico de escravos foi sendo extinto e proibido, substituindo pelo trabalho livre, relação entre fazendeiro e trabalhador. No entanto, o trabalho livre e escravo tinha em comum preservar e ampliar as exportações de mercadorias tropicais como o café, principalmente para a Europa. A cafeicultura tinha como fator determinante a crise de comércio de escravos. As potências industriais europeias inundaram o mercado mundial de manufaturas e passaram a importar maciçamente produtos agrícolas. No plano internacional, vários países tornaram-se fornecedores agrícolas dos mercados europeus. Essa concorrência provocou, como já assinalado, a queda dos preços na Europa; em consequência, a agricultura europeia tornou-se mais intensiva. Produzindo mais, para recuperar-se dos preços baixos, esse processo levou à superprodução, o que contraditoriamente provocou a baixa geral dos preços. Como desdobramento, caiu a renda fundiária.
4-AGRICULTURA SOB O MODO CAPITALISTA DE PRODUÇÃO
Marcadores: agrária, agricultura, capitalismo, indústria
O processo de desenvolvimento do modo capitalista de produção tem necessariamente que ter entendido no seio das realidades históricas concretas, ou seja, no seio da formação econômico-social capitalista. O modo capitalista de produção não está circunscrito de mercadorias por dinheiro e, obviamente de dinheiro por mercadorias.
Neste momento o valor está na produção que a mais valia é gerada. Entretanto sua real circulação só se dá no momento que o capitalista converte a mercadoria em dinheiro, e, portanto, apropria-se da mais valia, que é o trabalho social não pago. A primeira etapa do desenvolvimento do capitalismo não foi necessariamente uma etapa em que predominaram as relações capitalistas de produção, mais sim uma etapa principalmente de produção de mercadorias. A circulação de tal mercadoria está subordinada a produção, ora a produção está subordinada a circulação.
Com o desenvolvimento industrial e o consequente crescimento das cidades, a agricultura foi-se transformando, adaptando-se. De modo geral ela desenvolveu-se de duas formas: uma onde existia a agricultura especificamente capitalista, baseada no trabalho assalariado e nos arrendamentos e a outra agricultura, baseada na articulação com as formas de produção não capitalistas
Assim o modo capitalista de produção redefine antigas relações de produção como, por exemplo, o campesinato e propriedade capitalista da terra, que, porém, deve entendida como renda capitalizada; comprando-a, vendendo-a, sujeitando o trabalho que se dá na terra. A pequena produção camponesa é entendida como uma atividade sustentada pelo capital, sujeitando seu trabalho sem expropriá-lo. Porém, sujeitou-se a renda da terra ao capital, subordinando-o. A produção feudal antecedeu ao modo capitalismo de produção, dominando a Europa por muito tempo. O feudalismo foi edificado pela coerção feudal, havendo as propriedades do senhor e do camponês, exigindo tributos e prestações pessoais. O senhor feudal dividia suas terras em domínios, terras diretas do senhor e em parcelas, concedidas aos camponeses. Entretanto, em função das lutas aumentou a participação da renda em produto.
5. AS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO NA AGRICULTURA SOB O CAPITALISMO
Elas são estabelecidas independentemente da vontade individual de cada um no processo de produção. Os níveis de desenvolvimento dessas relações dependem do grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais da sociedade. Dessa forma, as relações de produção devem ser entendidas como o conjunto das relações que se estabelecem entre os homens em uma sociedade determinada, no processo de produção das condições materiais de sua existência.
As relações capitalistas de produção. Devem estar livres de todos os meios de produção. Esse processo, chamado pela ideologia capitalista de liberdade, assenta no processo de expropriação dos meios de produção dos trabalhadores, ocorrido em período histórico imediatamente anterior. O capitalismo transformou a desigualdade econômica das classes sociais em igualdade jurídica de todas as pessoas da sociedade. Só pessoas jurídicas iguais podem assinar contratos. Só pessoas jurídicas iguais podem romper esse contrato quando quiserem.
Portanto, essa relação de compra e venda contém o ato implícito de que um trabalha (vende a força de trabalho) e o outro compra e paga, através do salário, essa essa força de trabalho.
Um cidadão só é capitalista e o seu dinheiro capital quando o coloca no processo produtivo (comprando meios de produção e força de trabalho) para reproduzir, de forma ampliada, esse capital. É por isso que o capital é produto de uma relação social baseada na troca desigual entre proprietários distintos, porém iguais. O capital é, pois, a materialização do trabalho não-pago ao trabalhador. É, portanto, a mais-valia expropriada do trabalhador. É a fração do valor produzido pelo trabalhador que se realiza nas mãos do capitalista.
É nesses dois processos de produção, em suas variações interiores, que se encontra a chamada diferenciação interna do campesinato. Esse processo explica as diferentes situações vividas pelos camponeses, particularmente quando combinadas por muitas diferenças entre as articulações com os nove elementos estruturais da unidade camponesa.

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