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AULA 00 Noções de Arquivologia p TRTs Técnico Judiciário Área Administrativa

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Aula 00
Noções de Arquivologia p/ TRTs - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Com
Videoaulas
Professor: Felipe Petrachini
Curso Regular de Arquivologia para Tribunais 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 00 
 
 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 76 
AULA 00± Conceitos Fundamentais de Arquivologia 
(Demonstração) 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
 
Sumário 
Apresentação: ................................................................................................. 1 
Meus Pãezinhos .............................................................................................. 1 
Considerações sobre o Curso ......................................................................... 4 
Porque estudar Arquivologia? ......................................................................... 6 
1. Conceitos Fundamentais de Arquivologia ................................................... 7 
1.1. Princípios e Conceitos .......................................................................... 7 
1.2. Documentos .......................................................................................... 8 
1.3. Órgãos de Documentação .................................................................. 10 
1.4. Arquivos (Conceitos Iniciais) ............................................................... 14 
1.5. Princípios ............................................... Erro! Indicador não definido. 
Questões Comentadas ..................................... Erro! Indicador não definido. 
Questões Propostas ......................................... Erro! Indicador não definido. 
 
Apresentação: 
Olá a todos. Eu me chamo Felipe e serei o responsável pelo curso de 
Arquivologia para este concurso. 
Tenho 26 anos e atualmente exerço o cargo de Agente Fiscal de Rendas do 
(VWDGR� GH� 6mR� 3DXOR� �YXOJR� ³)LVFDO� GR� ,&06´��� 6RX� IRUPDGR� HP� 'LUHLWR� SHOD�
Universidade de São Paulo, mais conhecida como Largo São Francisco. E sim, isso 
significa que perdi horas de sono ao longo de meses a fio para fazer a FUVEST. 
Bons tempos aqueles... 
59330735711
Curso Regular de Arquivologia para Tribunais 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 00 
 
 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 76 
Ingressei no serviço público em 2009, no cargo de Assistente Técnico 
Administrativo do Ministério da Fazenda. Fiquei mais de dois anos no cargo, onde 
aprendi desde furar papel até os meandros mais específicos da ciência do Direito 
Tributário. De tanto choramingar, a partir de fevereiro comecei a supervisionar parte 
do setor onde trabalhava, ganhando um aumento singelo (sim, essas coisas existem 
no serviço público se você for ambicioso). 
Em abril de 2012 fui nomeado para o cargo de Técnico Judiciário Área 
Administrativa do Tribunal Regional do Trabalho. Lembro-me até hoje de que 
mesmo estando na posição 1237, e já passados mais de três anos da prova, ainda 
assim chegou minha vez. Mas lógico, se tivesse ido melhor, teria sido chamado 
mais cedo. 
Passei em 16º lugar no concurso de AFTM de São Paulo, ingressando na 
Prefeitura lá para agosto de 2012 e ali fiquei até (finalmente :P) ingressar na 
Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (vulgo ICMS SP), cargo agora, em 
março de 2014. 
Fora isso, fui nomeado no concurso de Oficial de Justiça do Tribunal de 
Justiça de São Paulo (não lembro a posição de cabeça, mas demorou pacas pra 
chamar e eu já estava na Prefeitura quando isso aconteceu) e Escrevente Técnico 
Judiciário na Circunscrição de Mauá, que também é longe pacas de onde eu moro. 
Também fui convidado (recentemente) a ocupar a vaga de Técnico do INSS na 
Agência de Atibaia (8º lugar) 
Prometendo não me alongar muito, fiquei em 4º lugar no concurso de 
Assistente de Licitação para a FURP (Fundação do Remédio Popular), concurso 
este do qual também não pude assumir e, fui chamado para ser Técnico da 
SPPREV, em um concurso bastante peculiar (se tiver a curiosidade, pegue a lista 
de aprovados e veja as notas do pessoal, coisa de louco ), e, por fim, fui nomeado 
em 2010 (ou 11 ) para exercer o cargo de Técnico do Ministério Público da União. 
Mas pra fazer tudo isso, não é necessário nenhum lampejo de genialidade ou 
dom divino. Aliás, boa parte dos meus conhecidos me tomam por alguém bastante 
"desligado", de maneira que alguns ainda se espantam em saber que eu ainda não 
esqueci-me de como respirar. O que eu sou, em verdade é teimoso. 
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Curso Regular de Arquivologia para Tribunais 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 00 
 
 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 76 
E pra ser bem sincero, já levei fumo também em concurso. Fui tão mal na 
prova do BACEN de 2009 (ou 2010, não me lembro direito...) que fiz que fiquei com 
vergonha. Mas foi só vergonha, não desisti por causa disso, nem você deve se sua 
vez ainda não chegou. Aliás, o desastre da época foi o que me animou a estudar 
mais profundamente disciplinas como contabilidade geral, que me auxiliaram anos 
depois na obtenção do cargo de Agente Fiscal de Rendas, o qual exerço hoje. 
A vaga está lá disponível para quem quiser pegar, e já adianto: não é 
necessário nenhum lampejo de genialidade ou dom divino (embora ambos ajudem 
muito). Eu tive a oportunidade de conhecer pessoas muito talentosas, e a maior 
parte delas não quer virar funcionário público. Para o resto de nós, sobra a certeza 
de que a dedicação e o empenho são os únicos fatores que fazem a diferença entre 
passar ou não. 
Quer dizer, quase. Material também é bom ter. Não adianta nada estudar 
feito um condenado se você não estiver estudando a matéria certa. Você confiou 
neste material para aplicar o seu esforço. Eu vou te dar uma dor de cabeça que 
valha o gasto. 
Bom, chega de conversa, mãos a obra! 
Meus Pãezinhos 
Atendendo a uma orientação do site, reproduzo abaixo o seguinte informe: 
--------------- 
 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação 
sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os 
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe 
adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-). 
 --------------- 
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Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 00 
 
 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 76 
É um tanto ameaçador, mas é a mais pura verdade. Seu professor é formado 
em Direito e atesta a ilicitude da conduta. 
Mas, não é só isso: o curso toma tempo do seu querido professor, e ele usa o 
suado dinheirinho de vocês para comprar duas coisas: livros novos e pãezinhos. 
Livros novos, pois sei que, ao mesmo tempo em que eu me atualizo, as 
bancas também o fazem, e o nosso objetivo é estar a frente da banca, e não ser 
engolido por ela (quando o predador é mais rápido que a presa, já sabem o que 
acontece). 
Pãezinhos, pois tanto eu como aqueles que amo e prezo precisam comer. E 
pãezinhos é a coisa mais barata que consigo pensar em comprar . 
Mas sério, prestigiem o curso! 
Considerações sobre o Curso 
Resolveu começar seus estudos antes da abertura do edital? Meus 
parabéns: suas chancesde aprovação acabaram de aumentar monstruosamente 
apenas com essa decisão (se resolver me acolher como seu professor então... :P). 
As bancas que costumam aplicar as provas dos Tribunais Federais (TRT, 
TRF e TRE.) são duas: A Fundação Carlos Chagas e o CESPE. 
Assim, nosso curso será voltado a essas duas bancas. 
A FCC costumava ser pródiga na cobrança de arquivologia em seus 
certames. Até 2013 eu só conseguiria esparsas questões de nível médio e teria de 
revisar diversas provas de nível superior de TR_ pelo Brasil a fora para escolher 
aquelas compatíveis com o nível de dificuldade exigido para um concurso para 
Técnico. 
Porém, estes tempos mudaram em 2014. Foi possível estender 
consideravelmente a lista de questões exclusivas da FCC, inclusive com provas de 
2015. Assim, espere um acréscimo de questões quando comparadas a cursos 
anteriores meus. 
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Teoria e exercícios comentados 
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Quanto ao CESPE, a banca explorou extensivamente essa disciplina em 
suas provas, razão pela qual não teremos falta de material para treinar. 
Bom, e como funciona nossa Aula 00? Simples: está com dúvida se deve 
adquirir o curso? Viu comentários nos fóruns tanto positivos como negativos a meu 
respeito e não sabe o que fazer? Leia a Aula 00 e decida por si mesmo. 
Esta Aula 00 não possui todo conteúdo, de forma que você não conseguirá 
fazer todas as questões. Mas poderá sentir se eu tenho condições de ajuda-lo na 
aprovação. 
Se já resolveu que gostou de mim, nem precisa ler a Aula 00: vá direto para a 
Aula 01! Lá você verá toda a teoria. 
De resto, utilize o fórum de questões tantas vezes julgar conveniente, e faça 
a mesma pergunta até que obtenha o total entendimento do assunto. O curso em 
PDF é uma tentativa bastante exitosa para substituição das aulas presenciais, mas 
é no fórum que uma apostila se torna um verdadeiro material de aprendizado. 
Então, pergunte! 
Vídeo Aulas 
Sim, seu professor também aderiu a este método de ensino. Junto a cada 
aula, existem alguns vídeos com temas tratados em aula, para reforçar ainda mais o 
conteúdo na sua cabeça, a ponto de você respirar Arquivologia, e falar sobre os 
temas como se estivesse discutindo uma memória de infância. 
Como acredito que o PDF e o vídeo são recursos complementares, a 
abordagem no vídeo é um pouco diferente da realizada em aula: 
- Muitas figuras e pouco texto nos slides, para que acionar outro trecho da 
sua memória, nem tanto ligado ao conhecimento, mas sim ao acesso à informação. 
- Seu professor procura ir bem devagar enquanto explica os temas, razão 
pela qual sugiro que você tire um tempo só para ver o vídeo. Eles estão divididos 
em tópicos de 10 a 30 minutos, para sua conveniência. 
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- Por fim, você pode ver o vídeo e ler o PDF na ordem em que quiser, mas 
recomendo que faça os dois! 
A propósito, ainda estou buscando ideias sobre como melhorar a aula em 
vídeo. Sugestões são muito bem vindas, não só no sistema de avaliação do site, 
mas também diretamente pelo e-mail: felipepetrachini@estrategiaconcursos.com.br 
É a sua opinião que torna o curso melhor. E não se engane: eu só estou aqui 
por causa de vocês! : D 
Porque estudar Arquivologia? 
Arquivologia é uma das únicas matérias que me orgulho em dizer que você, 
futuro funcionário público, com certeza usará no desempenho de suas funções, 
ainda que não seja sua área de formação. 
Nada como um exemplo: se você é de São Paulo, notará que a foto de seu 
RG possui diversos furos, formando a sigla IIRGD. 
Esta sigla corresponde ao Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton 
Daunt, responsável, entre outras coisas, pela identificação de todos os cidadãos que 
moram no município de São Paulo. 
E, a fim de auxiliar nesta tarefa, eles possuem TODAS as digitais dos 
habitantes do Estado de São Paulo. Mas não estamos nos EUA, nem a Policia Civil 
é o CSI: as minhas digitais e de meus conterrâneos estão decalcadas em uma 
papeleta de papel cartão e arquivadas em uma infinidade de gavetas dentro do 
instituto. 
6LP�� p� XPD� LQILQLGDGH� GH� ³GHGRV´� H� ³PmRV´� VHP� QHQKXP� WLSR� UHFXUVR� GD�
informática para auxiliar na pesquisa. Ainda assim, quando apresentamos as digitais 
de um investigado ao instituto, eles são capazes de procurar rapidamente nas 
gavetas e encontrar a papeleta que confere com os dedos do pianista, o que, na 
minha modesta opinião, é algo simplesmente mágico. 
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Eles não procuraram em todas as gavetas. O instituto só é capaz de fazer 
isto porque as fichas estão adequadamente arquivadas e catalogadas, de maneira 
que ao invés de procurar feito um louco em um monte de gavetas, o funcionário vai 
direto naquela que sabe que contém as digitais pretendidas. 
Eu até sei como eles fazem isso, mas não é o propósito do seu curso. Isto é 
uma mostra de que você deve se animar ao ler este material, porque ele, além de 
importante para sua prova, será vital para sua vida funcional. E por incrível que 
pareça, não é uma matéria chata (pode acreditar). 
1. Conceitos Fundamentais de Arquivologia 
1.1. Princípios e Conceitos 
Aqui começa a longa jornada de descobrimento que você, caro aluno, irá 
trilhar nos meandros da Arquivologia (ou pelo menos, da parte que cai em prova). 
Para quebrar um pouco o gelo, vamos visitar a história. 
2� WHUPR� ³DUTXLYR´� Qão tem uma origem precisa. Entretanto, aquela 
frequentemente apontada na doutrina nos remete à antiga Grécia, com a 
GHQRPLQDomR�³arché´��TXH�GHQRPLQDYD�R�³palácio dos magistrados´� 
&RP�D�HYROXomR�GR�FRQFHLWR��FKHJDPRV�j�SDODYUD�³archeion´��TXH�GHQRPLQD�
R� ³local de guarda e depósito de documentos´� �HVWH� FRQFHLWR� Mi� HVWi� PDLV�
próximo de um dos atuais conceitos de arquivo usados em concursos). 
Outra parcela da doutrina remete-QRV� DR� WHUPR� ODWLQR� ³archivum´�� TXH�
WDPEpP�LGHQWLILFD�R�³lugar de guarda de documentos e outros títulos´� 
Qualquer semelhança com certo capitão fictício é mera coincidência... 
Cuidado para não explodir o turno todo. 
Falaremos sobre os arquivos propriamente ditos um pouco mais à frente, 
devemos tratar antes do objeto de seus estudos: a arquivologia. 
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Pois bem, saiba que não se trata de nenhum monstro dos concursos (é uma 
matéria bem legal e útil). 
É uma disciplina, no entanto, que exigirá de você cuidado e atenção, 
principalmente quando você for apresentado a conceitos próprios, o seu estudo não 
é difícil, embora bastante teórico. 
As primeiras noções sobre o assunto você verá já na aula de hoje. 
E pode acreditar: seu examinador quer saber o que é arquivologia. E sem 
este tópico, as demais aulas serão ininteligíveis (tanto quanto a própria palavra 
ininteligível). 
A arquivologia é uma ciência. Já a arquivística é o nome que se dá ao 
conjuntode princípios e técnicas empregados justamente no desempenho desta 
ciência. No Brasil, a definição da política nacional de arquivos está a cargo do 
CONARQ. 
³2� &RQVHOKR� 1DFLRQDO� GH� $UTXLYRV� - CONARQ é um órgão colegiado, vinculado ao 
Arquivo Nacional do Ministério da Justiça, que tem por finalidade definir a política 
nacional de arquivos públicos e privados, como órgão central de um Sistema 
Nacional de Arquivos, bem como exercer orientação normativa visando à gestão 
documental e à proteção especial aos documentos de arquivo�´�···. 
Para você obter acertos em uma prova de arquivologia é fundamental 
que você conheça o significado de muitos termos utilizados nessa disciplina. 
Muitas vezes, a resolução das questões se resumirá a isto. Durante as aulas 
estes termos serão explicados, revistos, analisados e colocados na sua cabeça com 
o mesmo desvelo com o qual se põe um recém-nascido no berço. 
1.2. Documentos 
Nós comentamos que a arquivística é um conjunto de técnicas voltadas ao 
atendimento dos objetivos da ciência arquivologia. Só que toda ciência tem um 
objeto de estudo (é da essência de todo estudo direcionar seus esforços a algum 
objeto ). A arquivologia volta sua atenção ao estudo dos arquivos (que você já está 
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ansioso para saber por que demoro tanto para chegar nele). Ok, mas existe ainda 
uma partícula neste contexto, que merece atenção redobrada. 
$UTXLYRV��TXDQGR�D�SDODYUD�p�XVDGD�QR�VHQWLGR�GH� ³LQVWLWXLomR´��Rperam um 
elemento básico: o Documento. 
Documento é todo e qualquer registro de informação, 
independentemente de sua forma ou suporte físico. Ou seja, um documento 
pode ser uma foto, um papel, um mapa, um cartão, um filme, fitas, CDs, disquetes, 
enfim, tudo aquilo que sirva como registro de um fato, de um acontecimento, de um 
momento. 
Veja que, ao falarmos simplesmente documento, estamos abordando a 
acepção ampla da palavra, não estamos detalhando a sua forma ou o meio 
material em que ele é disponibilizado. Basta que haja registro de informação, 
qualquer que seja e pelo meio que melhor convier ao usuário, estaremos 
falando de documento. 
Logo mais a frente veremos, no entanto, como deve ser tratado um 
³GRFXPHQWR�de arquivo´�� 
Falei que documento é um registro, se é um registro deve haver um meio 
físico (material) onde este registro é feito, não é mesmo? 
Em arquivologia este meio material onde a informação é registrada se 
denomina suporte. Como exemplos de suportes podemos apontar o papel; o papel 
fotográfico; a película fotográfica; fitas de vídeo; as mídias digitais, como um CD, um 
DVD, ou seja, tudo aquilo fisicamente palpável e que permite o registro de 
informações. 
Simplificando as coisas para você, caro aluno: 
Suporte (meio material) + Registro (ideia, informação) = Documento. 
E, meu caro, você pode puxar da sua cabeça as aulas de história, e ainda 
apontar como exemplos os papiros, pergaminhos, tábuas de argila, e até em pedra 
se achar melhor. 
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1.3. Órgãos de Documentação 
Os nossos queridos arquivos não são os únicos locais dedicados ao 
manuseio e guarda de documentos. 
Desta forma, para que separemos muito bem aquilo que é objeto de nosso 
estudo (os arquivos) dos demais órgãos de documentação, é essencial que 
definamos cada um deles. 
E você não terá maiores dificuldades. Cada órgão de documentação possui 
suas características peculiares, de maneira que dificilmente você tomará um pelo 
outro. 
Acompanhe o quadro para as noções 
iniciais:
 
 
O que podemos reparar do estudo do quadro acima? A primeira coisa é que 
estas instituições se distinguem pela característica principal de cada acervo, e o 
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propósito dado por cada instituição ao mesmo (finalidade a que se propõem).
 Entretanto, também podemos chamar a atenção à maneira como os 
acervos são formados. 
Embora o nosso estudo faça referência ao arquivo, é importante também que 
você saiba diferenciá-lo dos outros lugares apresentados (museus, bibliotecas, 
centros de documentação). E adivinha meu caro: cai em prova! 
O CESPE (2011 Correios) já fez a seguinte afirmação: ³A distinção entre 
documentos de arquivo, de biblioteca ou de museu é feita conforme a origem e o 
emprego GHVVHV�GRFXPHQWRV�´� 
Pois bem, vamos às definições mais específicas: 
Museu: Um museu é, primordialmente, uma instituição de interesse 
público. O seu principal propósito é colocar à disposição do público conjuntos 
de peças e objetos de valor cultural. Veja que o museu não se importa nem 
mesmo com o fato de o objeto por ele custodiado se enquadrar na definição de 
documento. Um sarcófago, muito embora tenha informações grafadas no mesmo, 
QmR�p�³FRQVXOWDGR´�SHOR�S~EOLFR�FRP�R�SURSyVLWR�GH�REWHU�LQIRUPDo}HV�� 
Mas professor: eu quero ir ao museu para obter informações sobre a história 
das civilizações! Não estaria evidente meu propósito de obter informações? 
Eu digo: você está trabalhando com um conceito bastante amplo de 
informação. Para fins da nossa disciplina, somente chamaremos de documento 
arquivístico aquele que foi criado ou recebido originalmente para atendimento 
das finalidades da instituição. 
Uma informação fixada em suporte que buscava resolver determinado 
assunto tratado pela instituição. 
Já que o antigo Egito surgiu, vamos brincar com ele. O papiro (ou antes dele, 
os pedaços de pedra talhados) no qual o coletor de impostos controlava a 
arrecadação é um documento de arquivo, já que foi criado pela entidade para 
resolver um assunto inerente às suas funções. 
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O sarcófago foi originalmente criado para guardar o faraó. Não havia assunto 
administrativo que pudesse ser resolvido através daquele objeto, ou ao menos, não 
há assunto administrativo que pudesse ser resolvido através das informações 
fixadas naquele suporte. Ninguém consultava o sarcófago lá na época, atrás de 
informações. 
É com esse enfoque que você deve distinguir os documentos do arquivo das 
peças de museu. 
Centros de Documentação: Esses daqui agrupam documentos de todos 
os gêneros, qualquer que seja a fonte. À primeira vista, é como se os centros de 
documentação nem mesmo possuíssem um propósito na acumulação. Entretanto, 
isto não é de todo verdade. O centro de documentação tem uma finalidade: 
informar. Normalmente estes centros possuem alguma especialização. 
Meio vago? Pense em uma base de dados de uma instituição de ensino, 
onde estão dispostas todas as informações das... hum... revistas de Direito da 
Universidade de São Paulo... Esta base de dados somente se presta a informar as 
revistas que estão ali disponíveis. 
Biblioteca: Esse é bem mais legal (passei mais tempo que o recomendado 
nesses ambientes), e frequentementecobrado em prova. 
Comecemos pela doutrina: 
³Biblioteca é o conjunto de material, em sua maioria impresso, e não 
produzido pela instituição em que está inserida, de forma ordenada para 
estudo, pesquisa e consulta´��%HP�FRPSDFWR� 
A biblioteca se caracteriza pela acumulação de documentos com 
finalidades de estudo, pesquisa, e principalmente, consulta. Outro fator 
importante que distingue a biblioteca de um arquivo é que os documentos 
custodiados pela biblioteca não são por elas produzidos no decorrer de suas 
atividades administrativas, mas sim obtidos através de doação, permuta ou 
aquisição. 
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E, tão importante quanto: as bibliotecas frequentemente têm mais de um 
exemplar de cada livro. Nós veremos mais à frente que o princípio da unicidade 
enxerga cada documento como único. Entretanto, bibliotecas não são arquivos e 
não dão a mínima pra isso. 
A biblioteca acumula documentos com o propósito de formar uma coleção. 
A palavra propósito também é importante: a acumulação de documentos na 
biblioteca é intencional, e desta forma, não espontânea. A biblioteca deseja 
educar o seu público. 
Arquivo: A razão de estarmos aqui hoje. 
Comecemos do jeito que gosto de começar: com doutrina: 
³Arquivo é a acumulação ordenada de documentos, em sua maioria 
textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e 
preservados para a consecução de seus objetivos, visando à utilidade que 
poderão oferecer no futuro´� 
E aqui vai mais uma, também cobrada em prova: 
³A principal finalidade dos arquivos é servir a administração, 
constituindo-se, com o decorrer do tempo, em base do conhecimento da 
história´� 
Esmiucemos. 
O Arquivo tem como função a guarda e a preservação de documentos, 
para que as informações nele registradas também sejam preservadas e possam, 
primordialmente, servir adequadamente aos usuários destas informações. 
Além disso, os documentos e informações precisam estar organizados, para 
que possam ser acessados e a sua informação compreendida. 
A finalidade do arquivo é funcional. O arquivo acumula documentos como 
mera decorrência das atividades da instituição a que está ligado. É um 
processo natural e gradativo. 
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Outro ponto: os documentos que se encontram no arquivo estão unidos por 
sua proveniência. Ao contrário dos livros em uma biblioteca, os documentos de um 
arquivo são mantidos juntos para que, desta forma, reflitam o funcionamento e as 
atividades da instituição a que estão ligados. 
Os documentos do arquivo dão testemunho das atividades da 
instituição. 
1.4. Arquivos (Conceitos Iniciais) 
O próprio termo arquivo teve diversos significados ao longo do tempo. E para 
QRVVD�LQIHOLFLGDGH��DWXDOPHQWH�WDPEpP�GHVLJQD�XP�FRQMXQWR�GLIHUHQWH�GH�³FRLVDV´��$�
PHVPD� SDODYUD� ³DUTXLYR´� FRPSUHHQGH� GLYHUVDV� LGHLDV�� H� WRGDV� HODV� VHUmR� YLVWDV�
agora e no transcorrer das aulas. 
Veja os significados mais utilizados em provas: 
- Arquivo é o conjunto de documentos criados ou recebidos por uma 
instituição, no decorrer de suas atividades, preservados para garantir a 
consecução de seus objetivos; 
- Arquivo é a denominação dada ao móvel que se dedica à guarda de 
documentos; 
- Arquivo é o local físico (prédio, edifício) onde o acervo de documentos 
encontra-se conservado. 
- Arquivo é o nome dado à instituição cujo objetivo seja o de guardar e 
conservara os documentos. 
E não para por aí meu caro colega. Existem mais dois conceitos que eu, 
sinceramente, recomendo que você tenha em mente quando for buscar a sua vaga: 
³Arquivo é o conjunto de documentos oficialmente produzidos e 
recebidos por um governo, organização ou firma, no decorrer de suas 
atividades, arquivados e conservados por si e seus sucessores para efeitos 
futuros´�� 
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Essa primeira definição é encontrada na obra de Marilena Leite Paes, 
doutrinadora frequentemente consultada pelas bancas. Contudo, referido conceito 
foi formulado pela primeira vez por Solon Buck, ex-arquivista norte-americano. 
Mas nem mesmo nossas queridas bancas organizadoras, do alto de suas 
torres de marfim, poderão negligenciar a definição legal. Aí temos a Lei 8.159 de 08 
de janeiro de 1991, a qual dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e 
privados. 
Lá, em seu artigo 2º, temos também uma definição de arquivo: 
 Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os 
conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos 
públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, 
em decorrência do exercício de atividades específicas, bem 
como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da 
informação ou a natureza dos documentos. 
 
O arquivo, ao contrário do futebol, não existe para atender a um clamor 
popular. A população em geral não se veria atormentada se o governo, de uma hora 
para a outra, resolvesse triturar e encaminhar para a reciclagem todos os 
documentos de todos os arquivos públicos do país (ambientalistas, inclusive, 
vibrariam com a medida). 
Mas quem pensa assim se esquece (ou nunca conheceu) a beleza e poesia 
da função dos arquivos. O arquivo serve à administração, e desta forma, mantém 
viva a história da instituição. O acúmulo de documentos, desde que preservada a 
proveniência e organicidade dos documentos, dará testemunho das atividades da 
instituição, pois de certo modo, espelhará a própria estrutura organizacional. 
Vou dar um exemplo a vocês. Desde que entrei no serviço público, mantenho 
várias pastas com cópias de meus holerites, portarias de nomeação, designações 
para chefia e outros dados funcionais. Conforme este meu arquivo vai recebendo 
novos documentos, ele vai espelhando o meu histórico funcional, e de certo modo, 
refletindo minha vida laboral desde 2009. Quem consultar as informações da minha 
pasta conhecerá o Felipe enquanto profissional e tudo que ele fez e significou para 
as instituições públicas deste país (ok, meio metido, mas grave a ideia). 
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Ainda é possível decompor as funções desempenhadas pelo arquivo em 
outras, mais específicas. 
- Promover a guarda de documentos que circulam na instituição, 
utilizando, para tal finalidade, técnicas que permitam o arquivamento ordenado e 
eficiente (lembra-se do IIRGD?). 
- Garantir a preservação dos documentos, acondicionando-os 
adequadamente, levando em consideração que fatores ambientais são capazes de 
destruir o suporte onde a informação encontra-se registrada (a gente chega lá), tais 
como temperatura e umidade. 
- Atender aos pedidos de consulta e desarquivamento de documentos 
pelos diversos setores da instituição, atendendo à demanda de informações. 
Estas funções são as mais importantes, mas desde quevocê pegue a ideia 
principal do curso (que é o que tento transmitir de maneira mais poética), você 
simplesmente não conseguirá errar questões de arquivologia, já que as alternativas 
erradas terão de se afastar dos fundamentos da disciplina. 
1.5. Princípios 
Princípios, de maneria bem concisa, são diretrizes que guiam a criação de 
regras dentro de determinada disciplina. 
Aliás, o estudo dos princípios é tão importante e vital que você acertará 
questões em prova simplesmente porque a alternativa desrespeita algum dos 
princípios que vou relacionar. 
Entenda: nenhuma regra de arquivologia ou arquívistica poderá entrar 
em conflito com estes princípios, justamente porque as regras são construídas 
tendo os princípios como guia. Isto, meu caro aluno, não quer dizer que os 
princípios não possuam exceções, só quer dizer que a exceção não pode virar 
regra. 
Mãos à obra! 
Proveniência 
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Também denominado princípio do respeito aos fundos, este princípio tem 
D� VHJXLQWH� SUHPLVVD�� ³Os arquivos originários de uma instituição ou pessoa 
devem manter sua individualidade, sem jamais se misturarem aos de origem 
diversa.´� 
A definição do Dicionário de Terminologia Arquivística não se afasta muito 
disto: 
³3ULQFtSLR�EiVLFR�GD�DUTXLYRORJLD�VHJXQGR�R�TXDO�R� arquivo produzido 
por uma entidade coletiva, pessoa ou família não deve ser misturado aos de 
outras entidades SURGXWRUDV�´ 
E faz todo o sentido, como veremos abaixo. 
(X� VHL� TXH� ³MDPDLV´� p� XPD� palavra meio forte para concurso, mas este 
SULQFtSLR� p� D� YLJD� PHVWUD� GD� DUTXLYtVWLFD�� HQWmR�� p� XP� GRV� SRXFRV� ³MDPDLV´� H�
³QXQFDV´�TXH�YRFr�GHYH�SRQGHUDU�DQWHV�GH�H[FOXLU�D�DOWHUQDWLYD� 
Lembre-se: o arquivo busca demonstrar, através do acúmulo de 
documentos, o modo de funcionamento da instituição. Não faz sentido, tendo 
este objetivo em vista, misturar documentos de vários órgãos e entidades, pois 
GHVFDUDFWHUL]DULD�DTXLOR�TXH�3$(6�FKDPRX�GH�³EDVH�GR�FRQKHFLPHQWR�GD�KLVWyULD´� 
E as bancas adoram este assunto: 
ESAF (ANA 2009)�� ³$� EDVH� WHyULFD� GDV� LQWHUYHQo}HV� DUTXLYtVWLFDV�� TXH�
garante a constituição e a plena existência da unidade fundamental em Arquivística 
é o princípio da proveniência´� 
Já a FCC (2011 TRE- AP) DVVLP�R�GHILQLX�� ³4XDQGR�RV�DUTXLYRV�RULJLQiULRV 
de uma instituição mantêm sua individualidade, não sendo misturados aos de 
origem diversa, diz-se que foi respeitado o princípio da proveniência.´� 
9RFr� WDPEpP� HQFRQWUDUi� HVWH� SULQFtSLR� FRPR� ³SULQFtSLR� GR� UHVSHLWR� DRV�
IXQGRV´��RX�VLPLODU�francês. 
E agora, somente neste ponto, você está pronto para entender o que significa 
³IXQGR�DEHUWR´�H�³IXQGR�IHFKDGR´��6y�UHOHPEUDQGR� 
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Fundo��³Conjunto de documentos de documentos uma mesma proveniência. 
Termo que equivale a arquivo´� 
A definição se um fundo é aberto ou fechado depende justamente do fato de 
a entidade produtora encontrar-se ou não em atividade. Veja só: 
Fundo Aberto: Fundo ao qual podem ser acrescentados novos 
documentos em função do fato de a entidade produtora continuar em atividade. 
Fundo Fechado: Fundo que, não recebe acréscimos de documentos, 
documentos em função de a entidade produtora não se encontrar mais em 
atividade. 
Repare na diferença entre eles e sua relação com o princípio da 
proveniência: uma entidade mantém o seu próprio arquivo. Contudo, uma vez que 
não se encontre mais em atividade, deixou de produzir ou receber documentos. E 
agora, já que não pode mais produzir ou receber documentos em função de suas 
atividades, e documentos de origem (proveniência) diversa não podem se misturar 
àquele fundo, a consequência é uma só: aquele fundo encontra-se definitivamente 
fechado. Lindo, não? 
Organicidade 
Está relacionado ao termo ³orgânico´�� Todos os seres vivos (e, portanto, 
seres orgânicos) possuem diversos órgãos, cada qual com uma função específica, 
que, apenas em conjunto, cumprem sua função (no caso, manter você vivo e 
estudando para virar funcionário público). 
Conforme nosso querido, e sempre tido em maior conta, Dicionário de 
Terminologia Arquivística: 
³Relação natural entre documentos de um arquivo em decorrência das 
atividades da entidade produtora´� 
Os documentos mantêm relações entre si, como partes de um 
organismo. Ou, melhor ainda, os documentos são produzidos e recebidos, 
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naturalmente, como resultado das atividades desenvolvidas em uma 
organização, seja ela pública ou privada. 
A organicidade garante a organização dos documentos, de maneira que 
estes reproduzam, da maneira mais fiel possível, a própria estrutura da 
entidade que os produziu. Também é frequentemente associado com o princípio 
da proveniência, sendo enxergado como decorrência lógica deste. 
Trata-se de relação natural entre os documentos de um arquivo, em 
decorrência das atividades da entidade produtora. 
CESPE 2011 Correios�� ³$� RUJDQLFLGDGH� GR� DUTXLYR� VH� YHULILFD� QD� relação 
que os documentos mantêm entre si em decorrência das atividades do sujeito 
acumulador, seja ele pessoa física ou jurídica.´� 
E aqui tinha pegadinha para quem só memoriza. Veremos mais tarde o 
princípio da cumulatividade. Você deve ter muito cuidado, pois as bancas podem 
citar algum termo próximo a um princípio (como foi o caso de acumulador nesta 
afirmação) sem, no entanto, estar se referindo necessariamente a ele 
(cumulatividade). Você precisa estar atento para o contexto da afirmação. 
CESPE (2011 EBC): ³2�FDUiter orgânico dos documentos de arquivo decorre 
do fato de que esses documentos são produzidos e recebidos, naturalmente, como 
resultado das atividades desenvolvidas em uma organização, seja ela pública ou 
privada.´� 
FCC (2011 TRT-23ª)�� ³$R� GHILQLU� DUUDQMR� como o processo de agrupamento 
dos documentos singulares em unidades significativas e também o de 
agrupamento de tais unidades entre si, numa relação igualmente significativa, 
Schellenberg evoca o princípio da organicidade.´� 
Pertinência 
Leva em consideração o assunto (o tema), independentemente da 
proveniência ou classificação original. É um princípio utilizado em determinadas 
classificações de um documento, quando o tema tem uma relevância. 
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Veja o que diz o Dicionário: 
"Princípio segundo o qual os documentos deveriam ser reclassificados por 
assunto sem ter em conta a proveniência e a classificação original. Também 
chamado princípio temático". 
Macete: Lembre-se de que, quando você vai fazer uma redação, ela precisa 
ser pertinente (apropriada) ao tema requerido -. 
Alguns pontos da doutrina veem este princípio como conflitante com o 
princípio da proveniência. E de fato, ele é. Como o critério de acumulação aqui é 
R� ³assunto´�� H� QmR�³documentos produzidos ou recebidos pela instituição´��
dificilmente se conseguirá atentar a ambos. 
Alguns vão mais longe: afirmam sem medo algum que o princípio da 
pertinência não tem mais aplicação na Arquivística. O próprio Dicionário de 
Terminologia Arquivística Brasileira afirma em suas referências que tal princípio já 
não encontra mais uso, preservado apenas para conhecimento das gerações 
futuras a respeito da evolução da nossa disciplina. Eu não sou tão corajoso. A 
banca pode ou não compartilhar deste entendimento, então, vou nos proteger o 
ensinando. 
Entretanto, o princípio da proveniência é a viga mestra da arquivística. 
Tudo que existe e existirá é elaborado com esse princípio em mente. Qualquer 
conflito entre pertinência e proveniência, fique com este. 
(CESPE 2011 Correios): Quando há necessidade de se reclassificar os 
documentos por tema, sem se levar em consideração a sua proveniência ou a 
classificação original, estará sendo aplicado o princípio da pertinência. 
Cumulatividade 
Segue o pensamento do acúmulo natural dos documentos. A ideia de que o 
arquivo é uma formação espontânea, natural, progressiva e sedimentar. (FCC 
2011) 
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Nem poderia ser diferente: o arquivo é gerado a partir do acúmulo de 
documentos produzidos e recebidos por uma instituição. É através do próprio 
acúmulo que se obtém o arquivo. 
Muito importante: 
Lembre-se que os documentos de arquivo não são coleções!!!! 
Da ordem original (ou da ordem primitiva) 
Está relacionado ao arranjo original dos arquivos, p�R�³SULQFtSLR�VHJXQGR�R�
qual o arquivo deveria conservar o arranjo pela entidade coletiva, pessoa ou 
família TXH�R�SURGX]LX�´�(ESAF 2010). 
Aliás, este princípio representa a própria garantia da organicidade dos 
documentos. Mantendo-se a ordem original, preservamos a intenção de que o 
arquivo reflita o curso das atividades da instituição a que serve. 
Da territorialidade 
Este princípio estipula que os arquivos deveriam ser conservados nos 
serviços de arquivo do território em que foram produzidos. 
Acaba por ter dois desdobramentos: 
Proveniência territorial: os documentos deveriam permanecer nos arquivos 
do território onde foram produzidos. Lembre-se proveniência nos remete a origem, 
quando territorial esta ligada ao local de origem, ou seja, onde foram produzidos. 
Pertinência territorial: os documentos deveriam ficar nos arquivos do 
território para o qual remete o assunto (o tema) neles tratados. Lembre-se, 
pertinência nos remete ao assunto, ao conteúdo do documento. 
Os tópicos seguintes ora são tratados como princípios, ora como meras 
características dos documentos, relacionadas aos princípios apresentados. Quer 
sejam tratados como uma coisa quer como outra é importante que você os conheça: 
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Imparcialidade- está no fato de que eles são inerentemente verdadeiros, 
livres da suspeita de preconceito no que diz respeito aos interesses em nome dos 
quais são usados hoje. Os arquivos não têm interesses, paixões, vontades ou 
ambições, eles simplesmente registram. 
Organicidade- Os documentos refletem características da organização 
que o produziu. Esses documentos são produzidos e recebidos, naturalmente, 
como resultado das atividades desenvolvidas em uma organização, seja ela pública 
ou privada. 
Naturalidade± Decorre da maneira como os arquivos se originam, 
naturalmente, em decorrência da acumulação de documentos. 
Autenticidade ± Os documentos são produzidos, recebidos, armazenados 
e conservados de acordo com procedimentos regulares que podem ser 
comprovados. Um documento autêntico é aquele que possui o mesmo 
conteúdo do documento original. 
Perceba que não se deve associar autenticidade à veracidade como 
fazemos usualmente. Um documento autêntico não garante a veracidade de um 
fato, apenas atesta que o conteúdo do documento está de acordo com o original. 
Acessibilidade- Característica que está relacionada à possibilidade de 
localização, recuperação, apresentação e interpretação do documento. 
Unicidade ± Os documentos de arquivo têm caráter único, 
independentemente da existência de outro documento semelhante ou tido 
como igual (como uma outra via). Os documentos são únicos na medida em que 
cada um deles sofreu um processo de produção diferente de todos os demais. 
Pense em um RG e sua cópia fiel. O RG em si é um documento produzido 
normalmente pela Secretaria de Segurança, ao passo que a cópia, com as mesmas 
informações, foi produzida através de um processo de fotocópia. 
Desta forma, cada documento do arquivo normalmente é produzido em 
uma única via, ou então, em número limitado de cópias. 
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Inter-relacionamento- Decorre do caráter orgânico, ligando os documentos 
uns aos outros através de uma relação complementar. Quando um documento é 
separado de seu conjunto ele perde muito do seu significado. 
Eu quase fiquei sem cores agora. Estes são os princípios mais prováveis de 
serem cobrados em prova. Existe uma infinidade de outros princípios surgindo 
enquanto a doutrina se desenvolve, mas que eu nunca vi serem cobrados (nem 
quando fazia provas da matéria, nem agora que pesquiso sobre o assunto). 
Não faz sentido reproduzi-los aqui. A você, meu bom aluno, recomendo o 
bom senso. Arquivologia e Arquivística, embora sejam matérias de muito conteúdo, 
não podem ser tratadas como matérias de pura memorização. Se uma questão de 
prova abordar algum princípio que não esteja aqui, antes de simplesmente cortá-lo, 
pense um pouco se ele faz sentido dentro do que expliquei na aula. 
E lógico que se só restar uma alternativa capenga, pode passar a caneta 
nela. 
Bom, aqui ficamos com a aula demonstrativa. Alguns capítulos não constam 
aqui, mas estão lá na Aula 01, prontinhos para serem estudados. Sugiro que você 
leia a aula 01 inteira, mesmo os temas repetidos, já que desenvolvo alguns deles 
com mais profundidade. 
Agora chegou a hora de treinar. Veja se gostou do curso testando se 
consegui prepará-lo para as provas que existem por aí. 
Grande abraço. 
Questões Comentadas ± Só FCC 
1. FCC ± TRT6 - 2012 Como entidade estruturada de acordo com as 
circunstâncias contingentes de sua criação, o arquivo é um todo indivisível que os 
autores clássicos costumam designar 
a) polianteia. 
b) coleção. 
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c) universitas rerum. 
d) miscelânea. 
e) negotiorum gestio. 
Comentário: Conforme vimos em aula, a ideia de inter-relacionamento entre 
os documentos, e da visão do arquivo como um todo indivisível por conta da 
atuação da entidade acumuladora costuma ser designada por alguns autores 
atravéV� GD� H[SUHVVmR� ODWLQD� ³universitas rerum´�� RX�� HP� XPD� H[SUHVVmR� EHP�
PHQRV�FKLTXH��³XQLYHUVDOLGDGH�GH�FRLVDV´�Letra c) 
2. FCC ± TRT1 ± 2011 - Ao afirmar que "um dos traços distintivos dos 
arquivos é o fato de serem alheios ao uso secundário que deles se pode fazer, isto 
é, ao seu potencial como fonte para a história", Ana Maria Camargo refere-se ao 
atributo da 
a) organicidade. 
b) proveniência. 
c) equivalência. 
d) caducidade. 
e) imparcialidade. 
Comentário: Documentos não têm vontade meu caro, nem desejos, nem 
paixões. Eles apenas registram dados e transmitem informações, informações estas 
que podem servir para a tomada de decisão das entidades. 
E como vimos em nossa aula, este atributo (característica) reflete-se no 
conceito de Imparcialidade ± os documentos são inerentemente verdadeiros, 
livres da suspeita de preconceito no que diz respeito aos interesses em nome dos 
quais são usados hoje. 
Letra e) 
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3. FCC - TRF2 ± 2012 - A necessidade de fazer prova perante a justiça foi, 
na sociedade ocidental, a razão mais importante para que determinados escritos 
fossem conservados de forma duradoura. Os documentos conservados eram 
documentos de arquivo porque probatórios, e não o contrário. Ao longo tempo, tal 
qualidade se estenderia, como afirma Bruno Delmas, a outros documentos 
produzidos em circunstâncias semelhantes. O autor procura identificar, nessa 
afirmação, a principal característica dos documentos que preenchem os requisitos 
necessários para fazer prova das ações que lhes deram origem, ou seja, 
a) o pluralismo. 
b) a autenticidade. 
c) a tempestividade. 
d) a polissemia. 
e) a informalidade. 
Comentário: Já tentou entrar em uma boate, e dar de cara com aquele 
segurança troncudo solicitando seu RG? Ele toma seu documento e analisa se sua 
data de nascimento, se comparada com a data de visita daquela nobre boate, 
resulta em uma diferença de pelo menos 18 anos entre uma e outra. 
Contudo, seu documento só estará apto a fazer prova de sua idade se o dito 
leão de chácara convencer-se de que se trata de documento autêntico, expedido 
pela Secretaria de Segurança Pública (ou seu equivalente), e não por uma gráfica 
qualquer perdida em um porão escuro e duvidoso :P. 
A civilização ocidental deu grande importância à autenticidade, que, como a 
própria questão sugere, é a característica inerente a cada documento que lhe 
permite fazer prova das ações que lhe deram origem. Você tem 18 anos, pois 
nasceu há 18 anos, e seu RG só foi expedido com aquela data de nascimento 
porque você efetivamente nasceu na data apontada no documento. 
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Por fim, o nosso querido segurança sabe que RGs só são expedidos com a 
informação de data de nascimento correta, e confiando que aquele documento foi 
expedido pela Secretaria de Segurança Publica, permite que você passe. 
Essa volta toda acontece em alguns segundos, mas o fundamento teórico é o 
que está aí em cima :P. A balada de sexta nunca mais será a mesma :P. 
Letra b) 
4. FCC - TRT1 ± 2011 O princípio da "santidade" da ordem original é 
bastante polêmico entre os profissionais da área, sobretudo quando seu 
entendimento é associado apenas à disposição física dos documentos no arquivo 
corrente. À luz dos estudos da diplomática contemporânea, no entanto, a tendência 
é 
a) agrupá-los em função de seu conteúdo informacional. 
b) utilizar, em seu arranjo no arquivo permanente, a estrita ordem 
cronológica. 
c) observar o fluxo natural e orgânico com que foram produzidos. 
d) separar os documentos de acordo com o grau de sua força probatória. 
e) dividir o fundo por espécies documentais, independentemente das funções 
que cumpriram. 
Comentário: Antes que alguém se desespere e desista de seguir estudando 
para este concurso, vamos lá olhar o nosso querido Dicionário Brasileiro de 
7HUPLQRORJLD�$UTXLYtVWLFD�H�DSUHQGHU�R�TXH�VLJQLILFD�³GLSORPiWLFD´� 
³'LVFLSOLQD� TXH� WHP� FRPR� REMHWR� R� Hstudo da estrutura formal e da 
DXWHQWLFLGDGH�GRV�GRFXPHQWRV�´� 
Pois bem, como você já deve ter notado, o conceito não é muito útil para 
responder a questão :P. 
E o que o tio falou há algumas páginas atrás? Só relembrando: 
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Da ordem original (ou da ordem primitiva) 
Está relacionado ao arranjo original dos arquivos��p�R�³SULQFtSLR�VHJXQGR�R�
qual o arquivo deveria conservar o arranjo pela entidade coletiva, pessoa ou 
IDPtOLD�TXH�R�SURGX]LX�´�(ESAF 2010). 
Aliás, este princípio representa a própria garantia da organicidade dos 
documentos. Mantendo-se a ordem, mantemos a organização. 
A tendência atual é tentar organizar os arquivos seguindo o mesmo fluxo e 
arranjo adotado pela entidade coletiva que produziu o dito documento. 
Letra c) 
5. FCC - TRE - 2011 Quando os arquivos originários de uma instituição 
mantêm sua individualidade, não sendo misturados aos de origem diversa, diz-se 
que foi respeitado o princípio 
a) das três idades. 
b) da ordem original. 
c) do arranjo. 
d) da temporalidade. 
e) da proveniência. 
Comentário: Sussa! Para variar um pouquinho, vamos pegar a definição do 
Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística: 
³3ULQFtSLR�EiVLFR�GD�DUTXLYRORJLD�VHJXQGR�R�TXDO�R�DUTXLYR�SURGX]LGR�SRU�XPD�
entidade coletiva, pessoa ou família não deve ser misturado aos de outras entidades 
SURGXWRUDV��7DPEpP�FKDPDGR�SULQFtSLR�GR�UHVSHLWR�DRV�IXQGRV�´ 
Bastante familiar né? 
Letra e) 
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6. FCC - TRF2 ± 2012 Ainda que haja inúmeras cópias de um mesmo 
documento no arquivo de determinada instituição, cada qual ocupa lugar distinto no 
conjunto dos demais documentos, mantendo com eles relações específicas. Tal 
atributo é conhecido, na teoria arquivística, como 
a) veracidade. 
b) integridade. 
c) unicidade. 
d) confiabilidade. 
e) relatividade. 
Comentário: O tio já falou disso :P. 
Unicidade ± Os documentos de arquivo têm caráter único, 
independentemente da existência de outro documento semelhante ou tido 
como igual (como outra via). Os documentos são únicos na medida em que cada 
um deles sofreu um processo de produção diferente de todos os demais. Pense em 
um RG e sua cópia fiel. O RG em si é um documento produzido normalmente pela 
Secretaria de Segurança, ao passo que a cópia, com as mesmas informações, foi 
produzida através de um processo de fotocópia. 
Mesmo que um documento possua diversas cópias, cada cópia estabelece 
uma relação diferente com os demais documentos do arquivo, sendo cada qual uma 
coisa diferente. Adoro o exemplo do RG: mesmo que você tenha um RG e uma 
cópia reprográfica colorida deste mesmo documento, com os mesmos dados e 
informações, experimente apresentar um deles ao invés do outro em alguns locais, 
e veja que não será a mesma coisa :P. 
Letra c) 
7. FCC - TRF2 ± 2012 O documento de arquivo, quando comparadoao de 
outras instituições de custódia, distingue-se por 
a) ingressar no acervo mediante compra, doação ou permuta. 
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b) obedecer a regras universais de processamento técnico. 
c) formar coleções em torno de determinados conteúdos. 
d) não poder ser tratado como entidade autônoma. 
e) ter finalidade cultural e científica. 
Comentário: Vamos olhar item a item: 
- Ingressar no acervo mediante compra, doação, ou permuta ± Nem pensar, 
documentos de arquivo são documentos produzidos ou recebidos pela entidade no 
curso de suas atividades. Eles estão lá pelo fato de a entidade precisar deles para 
tomar decisões. Quem costuma comprar, receber doações ou permutar alguma 
coisa são as bibliotecas, interessadas na difusão do conhecimento; 
- Obedecer a regras universais de processamento técnico ± Ora meu caro, 
nenhuma entidade prospera no caos. Todos os órgãos de documentação seguem 
regras de processamento, cada qual tratando seus documentos da maneira que 
lhes for mais proveitosa; 
- Formar coleções em torno de determinados conteúdos ± Pelo amor de 
Deus, coloque uma coisa em sua cabeça: arquivistas sentem arrepio com o termo 
³FROHomR´��8PD�FROHomR�FRQVLVWH�HP�XP�DJUXSDPHQWR�GH�LWHQV�TXH�Vy�PDQWpP�HVWD�
coesão por conta da vontade de seu criador. Contudo, cada item é dotado de 
existência autônoma, não se inter-relacionando com os demais. Uma figurinha é tão 
figurinha sozinha como dentro de um maço preso com elástico, bem como uma obra 
de Picasso é um quadro pendurado sozinho na sua sala ou entre tantas outras 
obras em uma galeria. 
- Finalidade cultural e científica ± As informações que os documentos de 
arquivo possuem não estão ali movidas por algum propósito científico, mas por seu 
valor administrativo: as informações dos documentos se prestam a informar e 
auxiliar na tomada de decisões por parte da entidade. 
Só nos resta o item que afirma qXH�RV�GRFXPHQWRV�GH�DUTXLYR� ³QmR�SRGHP�
VHU� WUDWDGRV� FRPR� HQWLGDGHV� DXW{QRPDV´�� (� YLPRV� PXLWR� EHP� LVWR� TXDQGR�
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estudamos o princípio da organicidade: um documento perde muito de seu valor 
quando separado dos demais documentos do arquivo. 
Letra d) 
8. FCC - TRT6 ± 2012 Em arquivologia, fundo fechado é aquele 
a) cuja unidade produtora foi suprimida. 
b) cujos documentos foram eliminados após microfilmagem. 
c) que só contém documentos em suporte-papel. 
d) em que os documentos não mantêm relações orgânicas entre si. 
e) que reúne apenas documentos textuais. 
Comentário: Espero que ainda se recorde do conceito: 
Fundo Fechado: Fundo que, não recebe acréscimos de documentos, 
documentos em função de a entidade produtora não se encontrar mais em 
atividade. 
A entidade produtora não existe mais, e em função da aplicação do princípio 
da proveniência (o qual impede a mistura entre fundos), aquele fundo não pode 
mais receber novos documentos (afinal, seriam documentos de outras entidades). 
Letra a) 
9. FCC - TRE SP ± 2012 - De acordo com o gênero, os documentos de 
arquivo podem ser identificados como 
a) técnicos, administrativos, culturais e históricos. 
b) masculinos, femininos e neutros. 
c) pessoais, institucionais, públicos e privados. 
d) textuais, iconográficos, sonoros e audiovisuais. 
e) correntes, centrais, intermediários e permanentes. 
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Comentário: A classificação do documento em função de seu gênero está 
preocupada com uma coisa só: de que maneira a informação se manifesta sobre o 
suporte? 
As diversas respostas a esta pergunta correspondem aos diversos gêneros 
de documentos. 
Quer ver? 
Gênero Documental Definição 
Escritos ou textuais 
São documentos nos quais a informação se manifesta 
na forma escrita ou textual. É o tipo de documento 
mais comum atualmente, cujos exemplos 
compreendem os contratos, relatórios, certidões e o 
que mais você conseguir imaginar 
Iconográficos 
Esta palavra tem o mesmo radical grego da palavra 
"ícone" e ambos remetem à ideia de "imagem". 
Desta forma, estão compreendidos aqui os 
documentos cuja informação se manifeste através de 
uma imagem estática. Slides e Fotografias são 
excelentes exemplos. 
Sonoros 
Tranquilo , são documentos cujas informações estão 
armazenadas na forma de áudio. São raros os 
exemplos ultimamente de documentos puramente 
sonoros, mas pense naquelas fitas K-7 de outrora. 
Filmográficos 
Falamos de documentos na forma de "imagem em 
movimento", independentemente de apresentarem 
áudio. A filmagem é um exemplo perfeito deste tipo 
de documento. 
Digitais 
Gravados em meio digital, demandando, em função 
desta característica, equipamentos eletrônicos para 
sua consulta. Esta aula é um exemplo de documento 
digital 
Cartográficos 
Aqui é melhor começar pelo exemplo: mapas e 
plantas arquitetônicas são documentos cartográficos. 
Através do uso de escala, representam grandes áreas 
através de imagens reduzidas. 
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Se a informação se manifesta através de uma imagem, temos um documento 
do gênero iconográfico, se através de som, um documento do gênero sonoro, e 
assim por diante. 
Dito isto, só nos resto a letra d). 
10. FCC - TRE SP ± 2012 Original, cópia, minuta e rascunho í� GLIHUHQWHV�
HVWiJLRV�GH�SUHSDUDomR�H�WUDQVPLVVmR�GH�GRFXPHQWRV�í�FRUUHVSRQGHP�DR�FRQFHLWR�
de 
a) espécie. 
b) formato. 
c) forma. 
d) suporte. 
e) tipo. 
Comentário: Depois que seu professor explicou, ficou tranquilo, né? :P. 
4XDQGR� IDODUPRV� HP� ³IRUPD� GR� GRFXPHQWR´�� HVWDPRV� QRV� SHUJXQWDQGR�� TXDO� R�
estágio de produção no qual o documento se encontra? Ele ainda é um mero 
rascunho, já seria uma minuta mais ou menos organizada, trata-se de uma cópia fiel 
do documento original, ou seria o próprio documento pronto, original e acabado? 
Cada resposta fornece um exemplo de forma do documento. 
Letra c). 
11 - FCC - TRE SP ± Administrativa - 2012 Quando se reúnem documentos 
de natureza diversa em razão das imposições de determinada ação administrativa 
ou judicial, forma-se conjunto materialmente indivisível conhecido por 
a) maço. 
Micrográficos 
Este aqui você só vai conhecer no seu novo emprego. 
A microfilmagem é um processo que será visto 
posteriormente no curso, sendo o microfilme e a 
microficha exemplos deste tipo. 
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b) dossiê. 
c) caixa-arquivo. 
d) pasta. 
e) processo. 
Comentário: Excelente oportunidade para vermos o nome dado a alguns 
agrupamentos de documentos, bem como nos familiarizarmos com algumasterminologias arquivísticas: 
- Maço: conceito estranho a nossa disciplina, normalmente utilizado para 
designar um conjunto de coisas unidas por um mesmo invólucro (embalagem). 
Sendo uma definição que não faz qualquer referência a um critério intelectual que 
justifique a ligação, não surpreende o fato de não ser utilizado em nossa disciplina 
:P. 
- Dossiê: Conjunto de documentos relacionados entre si por assunto 
(ação, evento, pessoa, lugar, projeto), que constitui uma unidade de 
arquivamento. 
- Processo: Conjunto de documentos oficialmente reunidos no decurso 
de uma ação administrativa ou judicial, que constitui uma unidade de 
arquivamento. 
Quanto aos termos caixa-arquivo e pasta, são simplesmente formas de 
acondicionamento de documentos. 
Agora, olha que coisa legal: Dossiê e Processo são conceitos muito 
semelhantes. Como diferenciar cada um deles? 
O Dossiê constitui uma unidade de arquivamento segundo o critério de 
assunto. Os documentos ali reunidos o foram por dizerem respeito ao mesmo 
lugar, pessoa, projeto, evento, enfim, um mesmo tema é o que os une. 
O Processo também constitui uma unidade de arquivamento, mas refere-se 
a documentos reunidos no decurso de uma ação administrativa ou judicial. Se 
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você e outro motorista baterem seus carros, e você entrar na justiça buscando ser 
indenizado pelos danos, terá dado início a uma ação judicial. Os documentos que 
você e a outra parte apresentarem no curso desta ação serão todos reunidos 
através de um processo, permitindo ao Magistrado que forme sua convicção. 
E é justamente a esta unidade de arquivamento que o enunciado faz 
referência. 
Letra e). 
12 - FCC - TRT1 ± 2011 Contrato, alvará de soltura, rascunho, folha e papel 
constituem, respectivamente, exemplos de 
a) tipo, gênero, técnica de registro, suporte e espécie. 
b) gênero, espécie, suporte, forma e formato. 
c) técnica de registro, tipo, gênero, suporte e forma. 
d) formato, forma, gênero, tipo e suporte. 
e) espécie, tipo, forma, formato e suporte. 
Comentário: Hora de saber se você consegue exercitar o que aprendeu, 
sem decoreba. 
Contrato: Um contrato é um documento do gênero textual. A informação nele 
contida se manifesta através da palavra escrita, normalmente fixada no suporte em 
papel. Mas muitos documentos se apresentam desta forma. Ofícios, memorandos, 
cartas, certidões, e vários outros. Ainda assim, um contrato é capaz de se distinguir 
destes outros documentos textuais. E por que? 
O Contrato se manifesta através de determinadas técnicas de registro e 
disposição das informações, (é escrito em cláusulas, e visa manifestar a vontade de 
duas partes), que já aprendemos referirem-VH� D� VHX� IRUPDWR�� $VVLP�� ³&RQWUDWR´� p�
uma definição específica demais para corresponder a um gênero, e ampla demais 
para corresponder a um tipo (ninguém disse para que serve este contrato, qual a 
natureza de seu conteúdo. :P). 
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Assim, trata-se de uma espécie documental. 
Alvará de Soltura: Olha só, este aqui já veio inclusive com a natureza do 
conteúdo. Não é qualquer documento textual, não é qualquer alvará, é um alvará de 
soltura. É o documento definido até o grau mais específico de discriminação, 
correspondendo esta ideia à de tipo. 
Rascunho: O rascunho é um esboço que serve para a elaboração final de 
um documento. Em termos de produção, corresponde ao estágio inicial. E já que faz 
referência ao estágio da produção, trata-se de uma forma. 
Folha: Suponho que mesmo em face das inovações tecnológicas, você saiba 
o que é uma folha. Não estamos dando atenção ao que está escrito nela, se é 
colorida, se tem alguma imagem, mas apenas na folha em si. E já que prestamos 
tanta atenção ao aspecto físico deste suporte em papel, só podemos estar falando 
de formato :P. 
Papel: Pior ainda, aqui temos só o papel. Não é um caderno, não é uma 
folha, não é uma agenda, não é um contrato, não é uma alvará de soltura, é só um 
papel, ou seja, algo no qual a informação (qualquer que seja mesmo) pode ser 
fixada. Estamos diante de um suporte. 
Dito tudo isto, letra e). 
FCC - TRT1 ± 2011 Atenção: Examine a figura abaixo, referente ao 
procedimento preconizado pelo TRT/RJ para elaboração e encaminhamento de 
cartas de adjudicação, e responda à questão. 59330735711
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13. Do ponto de vista documental, carta de adjudicação é 
a) tipo. 
b) forma. 
c) suporte. 
d) gênero. 
e) espécie. 
Comentário: Calma meu filho. Calma. Você não precisa nem mesmo saber o 
que é uma carta de adjudicação, tampouco entender todo o trâmite burocrático de 
uma vara até que aludido documento possa ser emitido. 
Esqueça tudo isto e responda a seguinte pergunta: qual o nível de 
GHWDOKDPHQWR�GR�WHUPR�³FDUWD�GH�DGMXGLFDomR´" 
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Não é qualquer papel, não é qualquer documento textual, não é qualquer 
carta, mas é uma maravilhosa carta de adjudicação, especificada até o nível mais 
individual de detalhamento. 
Fora o fato de apontar inclusive para uma função a ser desempenhada pelo 
documento. 
Trata-se assim de um tipo documental. 
Letra a). 
14. Cada via do documento é uma modalidade de 
a) tipo. 
b) forma. 
c) suporte. 
d) gênero. 
e) espécie. 
Comentário: Cada via... hum.... cada cópia.... estágio de produção do 
documento... ahm.... já sei! Trata-se da forma do documento. Podia ser o próprio 
original da carta de adjudicação, podia ser o seu rascunho, mas resolverem apontar 
a cópia da carta. 
Em todo caso, todos os exemplos acima, inclusive o eleito pelo enunciado 
tratam-se da forma do documento. 
Letra b). 
15. O documento comporta, como sinal de validação, 
a) a notificação do adjudicante. 
b) a guia de encaminhamento das vias. 
c) a assinatura do juiz. 
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d) o texto processado. 
e) o recibo do adjudicante. 
Comentário: Que coisa linda. O notificado recebe uma cópia da carta de 
adjudicação. Já parou para pensar como é que ele faz para saber se aquela carta é 
autêntica? Afinal de contas, qualquer pessoa poderia ter produzido um documento 
semelhante, só que não revestido de valor legal. 
Mas, entre as assertivas, existe algo que somente pode ser feito por uma 
única pessoa: a assinatura do juiz. Somente o juiz produz a assinatura, e através 
dela, o adjudicado sabe que aquela decisão foi emanada por autoridade 
competente, no uso de suas atribuições, e não uma criança de cinco anos com 
assombroso conhecimento do vocabulário jurídico,mas sem competência legal para 
produzir uma carta de adjudicação válida :P. 
Letra c). 
16. FCC - TRT1 ± 2011 A justaposição de determinada espécie documental 
ao adjetivo ou à locução adjetiva capaz de exprimir sua funcionalidade permite, no 
âmbito dos arquivos, identificar 
a) o gênero. 
b) o tipo. 
c) a forma. 
d) o formato. 
e) a técnica de registro. 
Comentário: Esta questão é a glória para o seu querido professor, e prova 
de que a FCC as vezes gosta de sair um pouco da definição rígida do dicionário. 
Justaposição é a colocação de duas palavras, uma do lado da outra, sem 
alterar sua estrutura. Quando colocamos uma determinada espécie documental 
(certidão, por exemplo) do lado de um adjetivo (temporal) ou locução adjetiva (de 
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tempo de serviço) que, por sua vez, exprime o propósito a ser desempenhado por 
aquela espécie documental, o que é que nós temos? 
O tio já falou isso: espécie + função a ser exercida = tipo documental. 
Letra b). 
17. FCC - TRT1 ± 2011 - Nas fotografias analógicas, a relação entre negativo 
e positivo é similar àquela que, no caso de documentos de outros gêneros, se dá 
entre 
a) verdadeiro e falso. 
b) original e cópia. 
c) ostensivo e sigiloso. 
d) heterógrafo e hológrafo. 
e) autógrafo e apócrifo. 
Comentário: Talvez muitos aqui não estejam familiarizados com a fotografia 
analógica :P. Seu professor é fotógrafo e editor nas horas vagas, e já teve de 
brincar com filmes negativos, apesar da pouca idade :P. 
Muito bem: temos a luz da imagem, uma câmera fotográfica que a registra, e 
XP�VXSRUWH�FKDPDGR�³ILOPH�IRWRJUiILFR´��QR�TXDO�D�LPDJHP�p�IL[DGD� 
Após a revelação do filme, estamos prontos, finalmente, para a produção da 
fotografia em papel, que todos nós conhecemos. 
Pera ae: usamos o filme para gerar a foto em papel. A foto em papel é uma 
reprodução do que se encontra no filme negativo. Logo, de certa forma, a foto em 
papel não é mais que uma cópia do filme negativo, sendo este o original. 
Esta é a relação entre os dois objetos: cópia e original. 
Letra b). 
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18. FCC - TRT1 ± 2011 Os documentos audiovisuais, iconográficos e 
sonoros são frequentemente identificados a partir de critérios distintos daqueles que 
se aplicam aos do gênero textual, obedientes a fórmulas de longa tradição no 
mundo das relações jurídicas de uma dada sociedade. Gravação, cassete e filme, 
por exemplo, são modos comuns de nomear certos documentos, omitindo sua 
espécie em favor, respectivamente, 
a) do invólucro, da técnica de registro e do formato. 
b) da extensão, do formato e do tipo. 
c) da técnica de registro, do invólucro e do suporte. 
d) do formato, da forma e do invólucro. 
e) da forma, do suporte e da cromia. 
Comentário: Essa aqui também é uma questão legal, justamente por 
envolver raciocínio. 
A palavra gravação indica justamente o registro de alguma coisa. Você grava 
arquivos em seu computador, pdfs em pendrives, fotos no seu celular, enfim, em 
todos estes momentos, você está registrando alguma coisa. 
A gravação não é mais do que uma técnica específica de registro, da mesma 
forma que escrever algo em uma folha também o é. 
Cassete é aquela estrutura de plástico que envolve a fita magnética dos VHS. 
Não contém informação alguma, entretanto, serve para proteger a fita magnética, 
consistindo em um invólucro. 
Filme, por fim, é o suporte no qual a informação é fixada, que no caso das 
fitas VHS, é aquele rolinho cinza que enganchava no vídeo cassete :P. 
Letra c). 
19. FCC - TRE TO ± 2011 - Carta e ata de apuração constituem exemplos, 
respectivamente, de 
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a) forma e formato. 
b) formato e espécie. 
c) tipo e gênero. 
d) gênero e suporte. 
e) espécie e tipo. 
Comentário: Mais uma questão dada de graça :P. 
Carta é uma espécie documental conhecida por ser uma forma de 
comunicação externa dirigida a pessoa (física ou jurídica) estranha à 
administração pública, utilizada para fazer solicitações, convites, externar 
agradecimentos, ou transmitir informações. 
Ata, por sua vez, é o documento de valor jurídico, que consiste no resumo 
fiel dos fatos, ocorrências e decisões de sessões, reuniões ou assembleias, 
realizadas por comissões, conselhos, congregações, ou outras entidades 
semelhantes, de acordo com uma pauta, ou ordem-do-dia, previamente divulgada. 
Só que a nossa Ata foi justaposta a uma locução adjetiva que lhe define a 
funcionalidade (bonito pra caramba, né? :P), o que nos leva à conclusão de que 
estamos diante de um tipo documental. 
Letra e). 
20. FCC - TRT6 ± 2012 Contrato e contrato temporário de trabalho são, do 
ponto de vista documental, respectivamente, 
a) espécie e tipo. 
b) gênero e forma. 
c) actio e conscriptio. 
d) suporte e formato. 
e) invólucro e técnica de registro. 
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Comentário: Olha outra espécie documental aí: 
CONTRATO: É o acordo de vontades firmado pelas partes objetivando 
criar direitos e obrigações recíprocas. 
Só que também temos um exemplo de um contrato mais específico, qual 
seja, o contrato temporário de trabalho, locução adjetiva que define o propósitos do 
aludido documento. 
Assim sendo, falamos de espécie e tipo, respectivamente. 
Letra a). 
21. FCC ± MPU ± 2007 Ao contrário das demais instituições de custódia de 
documentos, os arquivos: 
a) acumulam objetos tridimensionais representativos da cultura material de 
uma determinada sociedade. 
b) recebem documentos das entidades que cumprem a obrigação do 
depósito legal. 
c) redigem e instrumentalizam contratos ajustados entre as pessoas, 
conferindo-lhes fé pública. 
d) reúnem documentos produzidos para fins administrativos, jurídicos e 
legais. 
e) registram a propriedade legal resultante de alterações de direito de 
transmissão entre pessoas físicas e jurídicas. 
Comentário: Vamos analisar ponto a ponto: 
Assertiva a): Aqui vai uma breve aula de geometria espacial. Quando você 
ainda estava no Colégio, deve ter feito uso de um plano cartesiano para desenhar 
gráficos. Este plano cartesiano possui apenas os eixos x e y, permitindo apenas 
uma única rotação dentro do plano (ao longo do próprio eixo x,y). 
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Agora veja uma folha de papel. O tio sabe que ela tem três dimensões, mas 
XPD�GHODV�p� LQVLJQLILFDQWH� �FKDPDUHPRV�DTXL�GH� ³HVSHVVXUD´���2V�GRFXPHntos de 
arquivo se manifestam, essencialmente, em duas dimensões (textos, mapas, fotos, 
etc.). Se você rodar uma folha

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