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SIEsp CB Rocha (iTTi)

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Instrução Expedita para o Primeiro Curso de Ações Pré-hospitalares 
 
Instrução de Técnicas e Táticas Individuais (ITTI). 
 
Instrutor CB Rocha 
 
 
 
 
Objetivo: 
 
Proporcionar ao Policial Militar o contato com técnicas e táticas de atuação 
empregadas no cumprimento de missões ordinárias e extraordinárias. 
 
Considerações Gerais: 
 
As instruções de técnicas e táticas apresentadas são aplicáveis no serviço 
policial Militar, e não ferem ou confrontam as diretrizes da PMERJ. 
As instruções têm como foco o desenvolvimento da consciência da proteção 
individual, de seu parceiro e terceiros. 
O conteúdo apresentado advém da necessidade exigida pela sociedade de 
uma polícia mais eficiente no controle da preservação da ordem pública e no 
policiamento ostensivo geral. E, também, da experiência profissional adquirida na área 
operacional da PMERJ, tanto na vivencia, quanto nas formações Específicas internas e 
Externas. 
 
Do Processo Mentalização: 
 
O treinamento contínuo de movimentos, posições e procedimentos fazem com 
que o cérebro humano responda automaticamente a estímulos e possa determinar 
que as ações desejadas sejam realizadas com perfeição. E é isto que queremos com o 
treinamento: Automatizar os movimentos para responder eficazmente nas atividades 
policiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrução de Técnicas e Táticas Individuais (ITTI). 
 
Módulo I 
 
EMPUNHADURA DAS ARMAS 
 
 
Empunhadura das armas 
Fundamentos da empunhadura: 
Altura - É o posicionamento da mão, adequado, com equipamento. 
Envolvimento - É o modo como a mão envolve o equipamento. 
Pressão - É a força exercida para segurar a arma. 
 
 
Posturas com os armamentos 
Quando falamos de posturas com armamentos existem dois pilares que 
devemos considerar para obter um melhor desempenho com o mínimo de esforço e o 
máximo de eficiência: 
 
Equilíbrio - É a postura do corpo em total harmonia para vencer a única força 
contrária: o recuo do equipamento. 
 
Exemplo: 
Estabilidade no tiro; 
Rápida recuperação no tiro. 
 
Conforto - É a postura do corpo na qual você consegue ficar por mais tempo. 
 
Exemplo: 
A posição de Tiro que pode ser a Isósceles, ou a posição Weaver. 
 
 
Algumas considerações: 
A arma deve estar constantemente empunhada em uma das seguintes 
posições: 
Coldre – É onde vai estar a arma de pequeno porte. 
Posição de Expectativa - É a posição em que a arma está empunhada junto 
ao corpo, na eminencia de partir para uma posição de emprego. 
Exemplo: 
Em uma Abordagem com menores riscos 
 
Pronta baixa – É uma posição em que a arma está empunhada entre as 
posições de expectativa e pronto emprego, ficando assim no meio termo. 
Exemplo: 
Uma progressão de um ponto a outro. 
 
Pronto emprego – É a posição em que a arma empunhada paralela ao solo, 
pronta para ser empregada. 
Exemplo: 
Em uma abordagem com grandes riscos. 
 
 
Outras considerações: 
A postura tática do policial exige, ainda, um comportamento disciplinado de 
controle de armas, baseado em: 
Terceiro olho - Nada mais é que a arma acompanha o olhar do policial; 
Visão de túnel - É o olhar por cima da arma, mesmo quando empunhada na 
altura dos olhos, isto é, uma visão estreita, “com viseira”, visão em um único ponto. 
Visão em túnel, por outro lado, é a forma do Estado de Pânico (Preto). É um foco 
inadequado. 
Controle da arma - Sempre desviar o cano da arma da direção de pessoas 
não suspeitas, ou policiais 
 
Transposição de armas - É a troca de arma transpondo de uma para outra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrução de Técnicas e Táticas Individuais (ITTI). 
 
Módulo II 
 
 
ESTUDO DO TERRENO 
 
 
Estudo do terreno 
O terreno é a superfície onde o Policial Militar irá atuar. 
 
Classificação 
 
Quanto à praticidade, pode ser: 
 
Praticável – quando embora apresente obstáculos, permite o movimento em 
tempo útil para a execução da missão. 
Exemplo: 
Travessia de área com matagal 
 
 
Impraticável – quando os obstáculos existentes tornam impossível o movimento 
dentro do tempo necessário à execução da missão. 
Exemplo: 
Ribanceiras que colocam em risco a vida dos executores. 
 
Quanto à vegetação, pode ser: 
 
Limpo – quando a vegetação não constitui obstáculo que prejudique a 
movimentação, a visibilidade e a ligação. 
 
Sujo – quando a vegetação se constitui em obstáculo a observação, ao 
movimento e a ligação. 
 
 
Quanto à progressão, pode ser: 
 
Livre ou aberto – quando não apresenta obstáculos que impeçam ou 
dificultem o movimento ou a progressão (está com o caminho livre até o adversário). 
 
Cortado – quando apresenta obstáculos que dificultam ou impeçam ao 
movimento ou a progressão. 
Ex.: rios, matas, grandes valas, taludes (terreno inclinado de uma escavação; escarpa, 
rampa), etc. 
 
 
Quanto à visibilidade, pode ser: 
 
Coberto – quando o terreno apresenta obstáculos que limitam a visibilidade. 
Ex: arbustos, rochas, elevações, etc. 
 
Descoberto – quando o terreno não apresenta qualquer obstáculo que impeça 
a visibilidade a grandes distâncias. 
Ex: Clareiras, planícies, etc. 
 
 
 
Quanto ao campo de tiro, pode ser: 
 
Favorável – quando o terreno e a vegetação permitem adaptar a trajetória 
dos projeteis ao terreno, proporcionando ao policial militar, possibilidade de batê-lo 
com armas tensa, dificultando ou mesmo impedindo a progressão do inimigo. 
 
Desfavorável – quando a vegetação prejudica a visibilidade ou o terreno reduz 
a eficiência do tiro. 
 
 
 
Estudo dos Recursos 
 
Os Recursos podem ser naturais ou artificiais do terreno devem ser aproveitados 
em benefício do policial militar. 
 
Coberta - acidentes naturais ou artificiais que protegem o policial militar das 
vistas dos inimigos, mas não dos seus fogos. 
Ex.: arbustos, automóveis (*). 
 
Abrigo - acidentes naturais ou artificiais que protegem o policial das vistas e dos 
fogos. 
Ex.: postes, muro de concreto. 
 
Caminho desenfiado - trecho do terreno onde se pode progredir coberto das 
vistas e/ou do fogo do inimigo. 
Ex.: leito seco de rios, depressões, barrancos, etc. 
 
Obstáculos - acidentes naturais ou artificiais que impedem ou dificultam a 
progressão. 
 
Pontos de observação - acidentes naturais ou artificiais, de onde se avista 
grande parte da área considerada. 
 
Horizonte perigoso – É parte do horizonte que facilita o contraste na projeção 
de silhueta, facilitando a observação inimiga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrução de técnicas e táticas individuais (ITTI). 
 
Módulo III 
 
 
Posturas táticas 
 
Posturas táticas individuais 
Em pé – Posturas inicial 
Torre – Postura que diminui a silhueta, usando o joelho como apoio 
Agachado – Postura de diminui a silhueta, mas sem usar os joelhos 
Deitado – postura com a menor silhueta possível. 
 
 
Posturas táticas em binômios 
 Essas posturas visam aumentar o poder de fogo ou proteção. 
 
Em linha 
High-low - postura que visa ganhar poder de fogo na mesma direção, 
mas pode ter variações. 
Frente costas – postura que visa progredir em ambiente apertados e 
fazer varreduras em vários sentidos 
 
Ombro-a-ombro – postura que visa aumentar o poderde fogo a frente, ou a 
qualquer direção, se for necessário. 
 
Costas-costas – postura que visa aumetar o poder de fogo em sentidos 
opostos. 
 
 
Varreduras 
A varredura é uma busca que visa identificar e dominar visualmente um 
determinado ambiente, a fim de manter seu controle. 
Quando a observação direta não é suficiente, ou é uma situação considerada 
de alto risco, usamos as Três técnicas básicas de varredura: 
 
Tomada de ângulo - consiste em abrir seu campo visual, distanciando-se das 
paredes para evitar o contraste. Isso fará com que seu campo visual domine a área 
com melhor facilidade, mantendo um ponto de proteção. Quanto maior seu ângulo 
de abertura, maior a percepção sem perder a proteção. 
Essa técnica pode ser usada em escadas, corredores, canos, cômodos; 
 
Olhada rapida - técnica utilizada quando não for possível 
Fazer a tomada de ângulo. Consiste em uma rápida jogada de cabeça para observar 
o ambiemte, retornando imediatamente para o local de proteção. 
 
Espelhos - consiste em usar um pequeno espelho fixado em uma haste. 
É ideal para situações de alto risco, como no interior de móveis, sótão e outros 
locais elevados, buracos, etc. 
 
 
Entradas 
Entradas são penetrações em ambientes fechados. 
Existem dois tipos de entradas: 
 
Entradas cobertas - também chamadas de entradas furtivas, lentas e 
programadas, são penetrações em ambientes sem visualização, quando as técnicas 
de varreduras tornam-se insuficiente para o controle da área, ou quando há 
necessidade de continuação do deslocamento. 
 
Aplicação: 
Ação não emergencial; 
Presença de suspeitos e localização são desconhecidos; 
Ação sigilosa e pensada. 
 
 
Entradas dinâmicas - também chamadas de invasões táticas, são usadas 
quando há a necessidade de uma ação rápida, de surpresa e de choque dentro de 
um ambiente (princípio tático dos 3s: speed, surprise, schock action). 
As entradas dinâmicas devem ser realizadas somente por grupos táticos 
especiais. 
As três técnicas de entradas são: 
 
Entrada cruzada (criss-cross): 
Entrada em gancho (button-hook,): 
Entrada limitada (limited penetration): 
 
Aplicação: 
Quando necessita de rapidez, surpresa e ação de choque; 
Necessita informações e oportunidade; 
Equipes de 2, 3, 4....... Homens; 
Múltiplas equipes; 
Múltiplas entradas. 
 
Contramedidas 
Contramedidas são técnicas de defesa pessoal e luta corporal aplicadas em 
situações onde não há amparo legal para usar arma de fogo contra o agressor, ou 
em situações de entradas e varreduras em que hajam pessoas não suspeitas em 
situações de risco. 
 
Compreendem: 
Afastamentos - técnicas usadas para retirar pessoas de uma linha de tiro e 
evitar que a pessoa agarre a arma do policial; e 
 
Contra-retenções - técnicas usadas para soltar o armamento quando agarrado 
por um agressor onde não há amparo legal para se efetuar um disparo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrução de Técnicas e Táticas Individuais (ITTI). 
Módulo IV 
 
PROCESSOS DE PROGRESSÃO 
 
 
Os processos de progressão 
Caminhar; 
Marcha Tática; 
Engatinhar; 
Rastejar; 
Rolar; 
Transpor Obstáculos. 
Transposição de muros com pirâmide humana 
 
As razões para se adotar essas posições de combate são: 
1- Oferecer a menor silhueta possível; e 
2- Para proporcionar a melhor maneabilidade. 
 
* Perguntas 
Por onde vou? 
Para onde vou? 
Como vou? 
Quando vou? 
 
 
Deslocamentos 
 
O deslocamento é a progressão em uma área ou situação de risco. Ele 
deve ser feito usando o conceito do controle de área e do uso constante de 
proteçoes. 
Os deslocamentos podem ser feitos por; 
Lances – são deslocamentos definidos; 
Continuos – são deslocamentos sem intervalos, diretos. 
 
Ambuns podem variar de velocidade, pois são critérios que dependem 
exclusivamente da situação no terreno. 
 
Alguns destaques sobre Velocidade 
Velocidade de cobertura: deslocamento lento, progressivo, usado em 
situações de terrenos desconhecidos; 
Velocidade de busca: deslocamento moderado, usado para domínio 
rápido de um ambiente ou para atingir um ponto pré-determinado; e 
Velocidade de assalto: deslocamento rápido e direcionado, usado 
quando a situação exige uma ação dinâmica. 
 
 
 
 
 
 
Instrução de Técnicas e Táticas Individuais (ITTI). 
 
Módulo V 
 
CONDUTA DE PATRULHA 
 
 
Patrulha 
É um grupo de efetivo variado, o qual recebe missões de 
reconhecimento, combate, os mais variados tipos. Podendo atuar em áreas 
rurais ou urbanas, de curto ou longo alcance. 
 
Patrulha Policial 
Equipe de policiais preparados técnica, física e psicologicamente, com 
armamento e equipamentos próprios, objetivos definidos, para o cumprimento 
de missões no campo da Segurança Pública. 
 
 
Patrulhas de Combate Urbano: 
Estas patrulhas apresentam peculiaridades, principalmente, quanto à 
organização e forma de atuação. 
São patrulhas de confronto com os inimigos. Podem, também, 
desempenhar tarefas especiais como: 
Demolição, eliminação, resgate, emboscada, perseguições, etc. 
 
Efetivo mínimo de um Grupo de Combate, é 08 homens. Definido pela 
doutrina da Polícia Militar, onde para cada área de segurança devem ter dois 
policiais. 
 
Assim se constitui a patrulha de combate: 
 
Ponta 1 
Armas 
Principal - Fuzil de assalto 
Secundária - Pistola 
 
Função 
Dar direção; 
Ditar o Ritmo. 
Compõe a segurança de vanguarda 
 
Ponta 2 
Armas 
Principal - Fuzil de assalto 
Secundária - Pistola 
 
Função 
Dar orientação de direção junto com o ponta 1; 
Ditar o Ritmo junto com o ponta1. 
Servir de apoio de fogo; 
Servir de reforço de fogo. 
Compõe a segurança de vanguarda 
 
Comandante 
Armas 
Principal - Fuzil de assalto 
Secundária - Pistola 
 
Função 
Ser líder da patrulha; 
Dar orientação à patrulha; 
Decide, Controla, Organiza as ações; 
Servir de apoio de fogo ao ponta 2; 
Compõe a segurança de ala 
 
Ala 1 
Armas 
Principal - Fuzil de assalto; 
Secundária – Pistola. 
 
Função 
Defende a lateralidades; 
Servir de apoio de fogo ao comandante; 
Compõe a segurança de ala; 
Faz parte do grupo de assalto; 
É o homem segurança da revista. 
 
Opções da função 
Fuzis de emprego coletivo; 
Fuzis de tiro de precisão; 
Bornal com munições e granadas; 
Mochila com materiais pertinentes: exploração, medicinais, 
reparos, outros. 
Rádio. 
Ala 2 
Armas 
Principal - Fuzil de assalto 
Secundária – Pistola 
 
Função 
Defende a lateralidades 
Servir de apoio de fogo Ala 1; 
Compõe a segurança de ala; 
Faz parte do grupo de assalto; 
É o homem revista da patrulha. 
 
Opções da função 
Fuzis de emprego coletivo; 
Fuzis de tiro de precisão; 
Bornal com munições e granadas; 
Mochila com materiais pertinentes: exploração, medicinais, 
reparos, outros. 
Rádio. 
 
Sub Comandante 
Armas 
Principal - Fuzil de assalto 
Secundária - Pistola 
 
Função 
Apoiar o líder da patrulha; 
Dar orientação à patrulha; 
Decide, Controla, Organiza as ações; 
Servir de apoio de fogo ao Ala 2; 
Compõe a segurança de ala 
É líder do grupo de assalto. 
 
Ponta De retaguarda 2 
Armas 
Principal - Fuzil de assalto 
Secundária - Pistola 
 
Função 
Servir de apoio de fogo retaguarda 1; 
Servir de apoio de fogo subcomandante; 
Servir de reforço de fogo. 
Compõe a segurança de retaguarda 
 
Seg. De retaguarda 1 
Armas 
Principal - Fuzil de assalto 
Secundária - Pistola 
 
FunçãoServir de apoio de fogo retaguarda 2; 
Servir de apoio de fogo subcomandante(se necessário for); 
Servir de reforço de fogo. 
Compõe a segurança de retaguarda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrução de Técnicas e Táticas Individuais (ITTI). 
 
Módulo VI 
 
ACUIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia: 
Materiais Fornecidos pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

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