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IS_ Direito_Civil_aula06

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EXAME DE ORDEM 2012.2
 Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
CURSO INTENSIVO MODULAR – OAB 2012.2 
 
Disciplina Direito Civil 
Aula 06 
 
EMENTA DA AULA 
1. Teoria Geral dos Contratos 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Teoria Geral dos Contratos: 
� Art. 421 e seguintes do CC. 
� Definição de contrato: dentro de uma visão clássica, é um negócio jurídico bilateral, que 
estabelece entre as partes uma relação obrigacional. Numa visão atual de contrato, ele é 
visto como uma operação econômica para a circulação de bens e serviços (isso fica mais 
evidenciado no Direito do Trabalho e no Direito do Consumidor). 
� Princípios contratuais – diretrizes gerais de interpretação: 
• Princípio da liberdade contratual: pautada na autonomia privada, em razão deste 
princípio existe um poder decisório de “quem”, “quando” e “o que” contratar. Mas, 
modernamente este princípio acabou passando por modificação, essa liberdade 
contratual em alguns casos é limitada, ex. contrato com empresa de abastecimento 
de água (contrato de adesão). O art. 421 do CC estabelece que a liberdade de 
contratar deve ser exercida nos limites e em razão da função social. Esta limitação 
serve para garantir que a circulação econômica de bens e serviços se dê de forma 
adequada. 
• Princípio da força obrigatória dos contratos: “pacta sunt servanda” – o contrato é 
uma fonte normativa capaz de criar direitos e deveres, estes poderão ser exigidos 
coercitivamente. A força obrigatória não é absoluta, tendo em vista a coexistência de 
um outro princípio que autoriza a modificação e a revisão do conteúdo contratual 
em razão de interferências externas. O CC ao tratar do tema prevê a possibilidade de 
revisão em razão de um fato imprevisível e superveniente – Teoria da Imprevisão. 
• Princípio da boa fé objetiva: art. 422, CC – exige um padrão ético de conduta por 
todos os contratantes, independentemente da vontade. O fundamento geral da boa 
fé objetiva é a confiança (o contrato nada mais é que uma relação de confiança). A 
 EXAME DE ORDEM 2012.2
 Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
boa fé objetiva, além da sua função hermenêutica, ou seja, de interpretação dos 
contratos, também possui uma função criadora. Em razão deste princípio surgem os 
chamados “deveres gerais de conduta” (deveres anexos), que devem ser atendidos, 
mesmo que não constem no termo contratual. Atualmente a doutrina desenvolve 
várias tipologias específicas de deveres gerais. As principais são: 
o Dever de informação 
o Dever de assistência 
o Dever de cooperação 
� Formação dos contratos: 
• Formação instantânea 
• Formação em fases (etapas) – cada fase tem suas características próprias: 
o Negociações preliminares (fase de puntuação): nesta fase surgem 
expectativas para a formação de um possível contrato. O negociante 
preliminar não está obrigado a criar o contrato, tendo em vista o princípio da 
liberdade contratual, que garante às partes uma ampla autonomia. É 
importante destacar que a quebra abusiva das expectativas negociais pode 
gerar um prejuízo ao negociante. Neste caso, a parte prejudicada poderá 
ingressar com uma ação para apurar as perdas e danos oriundas dessa 
conduta (responsabilidade civil pré contratual). 
o Proposta (oferta ou policitação): é um negócio jurídico unilateral, o 
proponente define os seus interesses para a realização de um possível 
contrato. A proposta deve reunir todos os elementos essenciais que 
permitem o surgimento do contrato. A partir deste momento surge a 
principal característica da proposta, a força vinculante ou força obrigatória. É 
importante destacar que a força vinculante comporta exceções, as quais 
estão previstas no art. 428, CC. 
o Aceitação (fase de oblação): é um ato jurídico de adesão ao conteúdo da 
proposta formulada. Se o aceitante modificar o conteúdo da proposta 
original, teremos o surgimento de uma contraproposta. Neste caso, a 
proposta original perderá o efeito, passando o proponente a ostentar a 
condição de aceitante. 
PROPOSTA + ACEITAÇÃO = CONTRATO 
A partir da fase de aceitação temos a formação do contrato, isso significa 
que o CC adotou a chamada “Teoria da Agnição”. 
 EXAME DE ORDEM 2012.2
 Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
Obs.: 
� A proposta e a aceitação estão reguladas expressamente no CC. A fase de 
negociações preliminares não consta, é construção doutrinária. 
� Em determinadas situações, o contrato é formado, mas deixa de observar a 
forma exigida por lei. Neste caso, temos o chamado “contrato preliminar”, 
também conhecido como “pré contrato”. Nesta situação, pode o contratante 
exigir coercitivamente a celebração do contrato definitivo. 
� Efeitos contratuais: 
• Cada contrato tem efeitos que lhe são peculiares, como regra os efeitos contratuais 
são projetados apenas para as partes envolvidas. Contudo, em determinadas 
situações, o contrato pode projetar efeitos perante terceiros. Ex. contrato com 
pessoa a declarar, estipulação em favor de terceiro e promessa de fato de terceiro. 
� Garantias contratuais: 
• Gerais – ligadas aos contratos comutativos (estabelecem prestação e 
contraprestação) 
• Vício redibitório (ligado a segurança do contratante) – utilizados para os contratos 
comutativos, mas existe uma aplicação também para as doações onerosas. O vício se 
traduz como uma falha oculta na coisa objeto do contrato, não revelada no 
momento da conclusão do contrato. Consequências: 
o Redução do valor 
o Prejuízo para o uso e fruição 
O prejudicado poderá pleitear a redibição do contrato ou o abatimento proporcional 
do preço. Porém, é importante destacar que o exercício desta garantia está sujeita a 
prazos decadenciais fixados no CC. 
o Bens móveis � Regra: 30 dias (contados da entrega). Vício Complexo: 180 
dias (contados da constatação) 
o Bens imóveis � Regra: 1 ano (contado da entrega). Vício Complexo: 1 ano 
(contato da constatação) 
• Evicção (ligado à segurança do contratante) – perda da coisa objeto de um contrato 
em razão de uma sentença judicial cujo beneficiário é um terceiro estranho ao 
negócio. A evicção tem como objetivo a tutela dos interesses do adquirente, que 
poderá pleitear a restituição da quantia paga, além de perdas e danos. 
Obs.: a garantia de evicção pode ser ampliada, restringida ou até mesmo afastada, 
mediante cláusula contratual expressa. 
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 Coordenação Pedagógica OAB 
 
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Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
� Extinção dos contratos: 
• Regular ou natural: com o cumprimento da prestação. 
• Irregular: 
o Rescisão – aliada à idéia de culpa ou vício 
o Resilição – em decorrência da falta de interesse, não quer continuar o 
contrato. Ex. distrato. 
o Resolução – atrelada a um fato externo, que de alguma maneira inviabiliza o 
contrato. Ex. 478, CC – onerosidade excessiva.

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