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Impotência Coeundi

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IMPOTÊNCIA COEUNDI 
Impotência em que o animal não consegue realizar a cópula de maneira adequada, 
havendo diminuição de libido. 
ALTERAÇÕES DO 
DESENVOLVIMENTO 
FIMOSE E PARAFIMOSE 
A diminuição congênita do diâmetro do 
óstio prepucial pode impedir a protrusão do 
pênis fimose), ou impedir o retorno do pênis à 
bainha prepucial (parafimose). A fimose e a 
parafimose podem ser decorrentes de processos 
inflamatórios ou neoplásicos. 
HIPOSPADIA 
Hipospadia é uma condição na qual o 
óstio uretral externo está localizado 
ventralmente no pênis, podendo abrir-se entre 
sua posição normal na glande até o arco 
isquiádico. Pode haver uma ou varias aberturas 
na uretra, ou toda a uretra encontrar-se aberta. 
Em bovinos, é um achado frequente quando os 
rebanhos são altamente consanguíneos. 
PÊNIS BÍFIDO 
Pênis bífido, duplo ou diphallus é uma 
alteração muito rara, caracterizado pela presença 
de duas glandes. 
PERSISTÊNCIA DO FRÊNULO PENIANO 
O frênulo peniano é um feixe de tecido 
conjuntivo que une o prepúcio à parte ventral da 
glande e sua persistência congênita causa desvio 
do pênis, impedindo a protrusão normal. É um 
achado mais comum em touros das raças 
Shorthorn e Aberdeen Angus. 
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS 
HEMATOMA PENIANO 
O hematoma peniano é resultante do 
rompimento traumático da túnica albugínea, 
geralmente em decorrência de acidentes durante 
a cópula. Ocorre com frequência em bovinos. 
 ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS 
ACROBUSTITE 
Acrobustite é um processo inflamatório 
crônico do prepúcio com estreitamento do seu 
óstio e com consequente não exteriorização do 
pênis. Bovinos que apresentam umbigo grande, 
como nas raças zebuínas, são os mais suscetíveis. 
O prolapso da mucosa prepucial e o consequente 
traumatismo constituem a causa. 
BALANOPOSTITE 
Balanopostite é a inflamação da glande e 
do prepúcio, denominada, respectivamente, de 
balanite e de postite. 
Muitos agentes que causam vaginite e 
aborto nas fêmeas, como, por exemplo, o 
Tritrichomonas foetus, causam balanopostite nos 
machos, mas a infecção é quase sempre 
inaparente. O vírus da vulvovaginite pustular 
(herpesvírus bovino tipo 1) causa vaginite, 
endometrite e aborto nas fêmeas bovinas e 
balanopostite nos touros. Também em suínos, 
equinos (exantema coital) e cães, os herpesvírus 
têm sido incriminados como causa de 
balanopostite e de vaginite. 
Estudos epidemiológicos indicam que o 
número de touros portadores assintomáticos de 
agentes de doenças venéreas como a 
campilobacteriose e a tricomonose é bastante 
elevado no nosso meio. No estado do Mato Grosso 
do Sul, 56% de 132 touros examinados foram 
positivos para campilobacteriose. Em uma 
avaliação envolvendo amostras provenientes dos 
estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São 
2 
 
Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco e 
Distrito Federal, foram detectadas 249 amostras 
positivas entre 910 amostras examinadas. O 
Tritrichomonas foetus também tem sido 
detectado com frequência em touros brasileiros. 
Este agente se localiza preferencialmente nas 
criptas da mu- cosa peniana e com menor 
frequência nas criptas prepuciais. Os organismos 
estão presentes em debris celulares (esmegma 
prepucial) depositados nessas criptas. 
Normalmente, esses agentes não são detectados 
na uretra ou nas glândulas sexuais acessórias. 
Secreção prepucial purulenta é 
frequentemente observada em cães, e, na maioria 
dos casos, este achado carece de importância 
clinica. Contudo, estudos recentes demonstraram 
que a leishmaniose visceral está frequentemente 
associada a balanite e postite, ou balanopostite 
histiocitária difusa, com abundancia de 
amastigotas de Leishmania chagasi intralesionais, 
com localização intracitoplasmática em 
macrófagos. Conforme salientado no capítulo 
sobre epidídimo, o agente tem tropismo pelo 
sistema genital masculino, particularmente pelo 
epidídimo e pela genitália externa. Além disso, 
foram comprovadas a eliminação de Leishmania 
pelo sêmen e a transmissão venérea da infecção 
na ausência do vetor invertebrado. 
NEOPLASIAS DO PÊNIS E DO 
PREPÚCIO 
Os tumores de pênis geralmente são 
observados na glande e ocorrem mais 
frequentemente nos caninos, bovinos e equinos. 
Nos bovinos, o mais comum é o 
fibropapiloma, uma neoplasia de transmissão 
venérea, possivelmente causada por uma 
variação do vírus do papiloma cutâneo. Pode 
apresentar cura espontânea e caracteriza-se por 
revelar formações nodulares, lembrando o 
aspecto de uma couve-flor. 
Nos equinos, o mais comum é o 
carcinoma de células escamosas. 
Aparentemente, o esmegma prepucial tem 
participação na gênese desse tumor. 
Nos cães, o tumor venéreo 
transmissível, conhecido também como tumor 
de Sticker, granuloma venéreo ou sarcoma 
transmissível, é um tumor que tem a 
particularidade de ser facilmente transplantado. 
Pode ter cura espontânea e fornecer certo grau 
de imunidade ao hospedeiro. Assim, um cão que 
teve tumor venéreo torna-se resistente, e seu 
soro dado a outro cão protege este contra o 
tumor. Admite-se que seja causado por um vírus, 
embora sua etiologia ainda não esteja esclarecida. 
Historicamente, foi o primeiro tumor a ser 
transmitido por via experimental de um cão para 
outro. Aparece sob a forma de nódulos 
avermelhados, sangra e ulcera-se facilmente; é 
pouco infiltrativo e raramente apresenta 
metástase. É de transmissão venérea. Uma 
particularidade que tem chamado a atenção para 
esse tumor é o número de cromossomos nas 
células neoplásicas: as células normais do cão 
possuem 78 cromossomos, enquanto as células 
neoplásicas possuem 58, diferindo do 
histiocitoma, cujas células têm o número normal 
de cromossomos da espécie canina. Este tipo de 
neoplasia apresenta regressão espontânea e 
também resultado satisfatório à quimioterapia. 
Durante sua regressão, ocorre parada da 
proliferação das células tumorais, aumento no 
número de células apoptóticas, aumento no 
infiltrado leucocitário, particularmente linfócitos 
T e proliferação de tecido conjuntivo fibroso. 
O tumor venéreo transmissível pode ter 
localização extragenital, sobretudo nas mucosas 
(oral, ocular e nasal) e esporadicamente na pele. 
A disseminação dessa neoplasia para outras 
partes do corpo ocorre, na maioria das vezes, por 
implantação das células neoplásicas, e não pela 
distribuição dessas células por via hematógena.

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