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aula 6 honorarios urbanidade disps gerais

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Honorários, EOAB, art.22 a 26; CED, art. 35 a 43.
	É a remuneração devida aos advogados por seus serviços profissionais. Vêm pré-fixados em uma Tabela de Honorários da OAB, que estabelece o mínimo a ser cobrado, embora possa haver majoração por circunstâncias especiais justificadoras do aumento. A minoração só é permitida excepcional e justificadamente. A prestação advocatícia assegura aos advogados o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos da sucumbência. Os honorários arbitrados ou sucumbenciais pertencem ao advogado, o qual terá direito a executar a sentença que fixou esses honorários. A decisão judicial, fixadora ou arbitradora dos honorários, e o contrato escrito, que os estipular, são títulos executivos, e a execução dos honorários pode ser promovida, se o advogado quiser, nos mesmos autos da ação em que atuara como causídico. Faz jus a honorários, fixados pelo juiz e pagos pelo Estado, o advogado indicado para defender o juridicamente necessitado. Os honorários, e sua eventual correção ou majoração, devem ser previstos em contrato escrito, com as devidas especificações e formas de pagamento, inclusive para acordo. A compensação ou desconto dos honorários contratados e de valores a serem entregues ao cliente exigem prévia autorização ou previsão contratual. Os honorários da sucumbência não excluem os honorários contratados. Salvo estipulação contrária, 1/3 dos honorários é devido no início do serviço, 1/3 até a decisão da 1ª instância e o resto ao final. Os honorários devem ser fixados com moderação, segundo as características da causa (relevância, vulto, complexidade, dificuldade das suas questões, o seu valor, ou ficar o advogado impedido de atuar em outras causas), o trabalho e o tempo exigidos, as características do cliente (condição econômica, proveito que teria do serviço advocatício, ou quando se tratar de cliente avulso, habitual ou permanente), o lugar da prestação do trabalho advocatício (se fora ou não do domicílio do advogado), o renome do advogado e a praxe forense. Admissíveis honorários quota litis apenas quando pagos em dinheiro. a participação em bens do cliente sem condições pecuniárias deve ser excepcional e contratada por escrito, no contrato advocatício. São vedados, como captação de clientela e de causa, os convênios, salvo prévia demonstração da necessidade e da carência dos conveniados. Essas regras justificam-se porque deve o advogado evitar o aviltamento dos honorários, sem os fixar irrisoriamente nem abaixo do mínimo da Tabela, salvo motivo justificável. Em cinco anos prescreverá a ação de cobrança dos honorários: do vencimento do contrato, do trânsito em julgado da decisão fixadora, da ultimação do serviço extrajudicial, da desistência ou da transação (acordo), da renúncia ou da revogação do mandato. na cobrança judicial ou arbitramento dos honorários, deve o advogado renunciar ao mandato e ser representado por um outro advogado. 
Composição amigável realizada entre as partes não pode prejudicar os honorários do advogado se o acordo se fez sem o conhecimento deste, pois, do contrário, estar-se-ia permitindo que o litigante transigisse sobre o direito que não lhe pertence (RT 661/125).
Honorários de advogado. Defensor dativo de réus pobres em processos criminais. Inexistindo, junto ao órgão judiciário, serviço oficial de assistência gratuita a réus pobres, em processo-crime, é cabível o pagamento, nesses casos, pela Fazenda Estadual, de verba honorária aos advogados nomeados pelo Juiz, para tal fim. Fixação que, no caso, é relegada, porém, para a liquidação por arbitramento (STF – RE 103.950/7-SP, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 8.10.85).
Acórdão nº 010/2005 (V-TED). Julgado em 07/10/2005. Processo Disciplinar nº 452/2003. Representante: A.N.A. Representado: A.S.C.J. Relator: Vilson Gomes Presidente: JOSÉ CARLOS DAMO Honorários. Cláusula quota litis. Infração Disciplinar. A Adoção da chamada quota litis ou ad exitum, somente pode ser firmada em situação excepcional. Na fixação dos honorários o Advogado deve levar em conta o trabalho a ser efetuado, sua complexidade, tempo necessário, razão pela qual, torna-se imoderado o percentual de 50% sobre as parcelas previdenciárias vencidas, quando houve desistência da ação na esfera judicial ainda em primeiro grau, devido ao deferimento do benefício em face de novo entendimento da autarquia. Decisão Unânime. OABSC.
Exercício da advocacia em empresa de cobrança - os escritórios de cobrança invadem, ilegalmente, o exercício profissional da advocacia. São constituídos à margem da lei e a presença de advogado não os legaliza, aliás, pelo contrário, torna-os sujeitos às penalidades da lei. O advogado que prestar serviços para tais escritórios viola o Código de Ética e Provimento do Conselho Federal (E-858 TED OAB SP).
DEVER DE URBANIDADE, CED, art. 44 a 46.
	O dever urbanidade é o dever de respeito e bom tratamento, de cordialidade recíproca. Urbanidade vem de urbes, o núcleo da cidade romana ou civitas, por isso é dever de civilidade devida entre os cidadãos (moradores da civitas, na Roma antiga). No dever de civilidade estão inclusos os deveres de urbanidade, como uma Etiqueta ou ética das situações comuns, em face das quais é devido um dado modo de se comportar. A urbanidade implica um modo decoroso de se portar, de falar, de se expressar, de se vestir etc. O dever de urbanidade advocatícia incorpora os deveres do coleguismo, enquanto relações éticas, de fraternidade e de companheirismo para com os colegas advogados de educação e polidez - dever de urbanidade - do advogado para com todas as pessoas, e para com os demais profissionais do direito. Impõe ao advogado a lhaneza, a linguagem polida, a disciplina, na atividade advocatícia. 
Advogado. Agressão física contra terceiros. Violação ao dever de urbanidade e respeito. Infração disciplinar prevista no art. 44 do Código de Ética e Disciplina da OAB caracterizada. Representação procedente. Votação unânime. OAB-Paraná.
 Representação. advogado. Dever de urbanidade. O advogado, por imposição legal deve tratar o público, os colegas, as autoridades e os funcionários do Juízo, com respeito, discrição e independência, exigindo igual tratamento e zelando pelas prerrogativas a que tem direito. Deve, também, empregar linguagem, escorreita, polida, esmero e disciplina, na execução dos serviços. Agindo, ao arrepio destes preceitos, viola o disposto, nos arts. 44 e 45 do CED. OAB-Paraná.
Dever de urbanidade, lhaneza, respeito ao trabalho do ex-adverso são postulados guindados como valores a serem observados pelos advogados. A confiança, a lealdade, a benevolência, devem constituir a disposição habitual para com o colega. Deve o advogado tratar os colegas com respeito e discrição empregando o uso de linguagem escorreita e polida na execução dos serviços (TED-OAB seccional SP).
Dever de urbanidade. Constitui-se em infração ético-disciplinar a imputação à parte contrária de conduta criminosa, em peça contestatória. O protesto pela exceção da verdade, torna-se, aqui, irrelevante, vez que o valor tutelado é a urbanidade, prática exigível ainda que alegadamente verdadeira a imputação feita a outra parte. OABSC.

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