Buscar

APOL, LIBRAS

Prévia do material em texto

Questão 1/5 - Libras
Considere a citação a seguir:
“O bilinguismo, sendo bem utilizado, ou seja, expondo a criança surda à comunidade que utiliza Libras e possibilitando a aquisição dessa língua por meio de diálogos, somado à estimulação sistemática dos resíduos auditivos e da língua oral, pode oferecer iguais condições de aprendizagem e desenvolvimento para crianças surdas em comparação com as crianças ouvintes”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GOLDFELD, Márcia. A Criança Surda: A linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. Rio de Janeiro: Plexus, 2002. p. 165.
De acordo com os conteúdos do texto-base As primeiras aprendizagens da criança surda sobre o fato de as crianças surdas sem língua adquirida serem capazes de realizar provas perceptivas e cognitivas com igual eficiência que as crianças ouvintes da mesma idade, analise as seguintes afirmativas:
I. A criança surda utiliza mecanismos não linguísticos para resolver seus problemas cognitivos.
II. A criança surda desenvolve mecanismos linguísticos para resolver suas atividades cognitivas.
III. A criança surda possui potencial cognitivo, mas precisará adquirir uma língua para aprendizagens mais complexas.
IV. A criança surda usa sua criatividade infantil para interpretar símbolos visuais.
V. A criança surda tem a capacidade de criar sinais para se comunicar.
Sobre as afirmativas, assinale a alternativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	São corretas as afirmativas I, III, IV e V, apenas.
Você acertou!
As alternativas I, III, IV e V são corretas de acordo com as seguintes argumentações: “Diferenciando-se da criança ouvinte, apenas por não receber estímulos sonoros, a criança surda possui as mesmas características daquela. Entretanto, o desconhecimento, tanto sobre a surdez quanto sobre o potencial da criança surda, muitas vezes, dificulta suas interações, podendo provocar seu isolamento social. Kelman, reportando-se aos trabalhos de Furth, diz que este autor: 'descobriu que crianças surdas, sem língua adquirida, são capazes de realizar provas perceptivas e cognitivas com igual eficiência de crianças ouvintes da mesma idade, desde que não esteja envolvido o fator "língua e, portanto, o seu desempenho em testes cognitivos é indicativo de que pode existir cognicão, em alto grau, sem língua (KELMAN, 1996, p. 27)'. Furth (1972, apud KELMAN, 1996, p. 27) concluiu que estas crianças recorrem a outras modalidades simbólicas’. Para ele, esse pode ser o aspecto mais marcante do funcionamento psíquico do surdo, afirmando que, mesmo sendo a língua e a fala uma forma de representação simbólica, existem ‘outras formas de representação simbólica para a criança que nasceu surda’. Nesse sentido, podem ser aí incluídas aquelas que ensurdeceram antes de adquirir uma língua. Fernandes (1999, p. 78) concorda com Furth ao afirmar que crianças surdas utilizam ‘mecanismos mentais não linguísticos’ para resolver problemas cognitivos. Entretanto, essa pesquisadora acrescenta que, ‘embora nem todos os processos mentais sejam realizados através do mecanismo linguístico, o fato é que a ausência da linguagem provoca, no desenvolvimento geral dos processos cognitivos, alguma alteração significativa’ (idem). Ao trazer tal afirmação, Fernandes adverte para o fato de que mesmo tendo alcançado as primeiras aprendizagens através da linguagem não verbal, a criança surda terá necessidade de adquirir uma língua para alcançar outras aprendizagens, mais complexas, e que somente poderão se efetivar completamente a partir desse instrumento. Retornando aos estudos de Kelman, ela cita outra importante pesquisa que diz respeito à capacidade da criança surda em criar sinais para se comunicar, na ausência de uma língua. Assim, Kelman afirma que Feldman, Goldin-Meadow e Gleitman (1978, apud KELMAN, 1996, p. 29-30) ‘estudaram crianças surdas, filhas de pais ouvintes, sem língua adquirida, com idade variando entre 17 e 49 meses, na primeira entrevista, e, entre 30 e 54 meses, na última entrevista’. Essas crianças estudavam em escola especial onde era utilizado o oralismo, sendo impedidas de utilizar a língua de sinais. Todavia, entre elas e quando se encontravam longe dos professores, usavam gestos criados entre si e que foram transformados em sinais comunicativos. Tais sinais foram considerados pelas pesquisadoras equivalentes à orações e frases, tal era a sua complexidade” (texto-base: As primeiras aprendizagens da criança surda, p. 52,53). A afirmativa II é falsa, tendo em vista o argumento citado no texto-base: “Fernandes (1999, p. 78) concorda com Furth ao afirmar que crianças surdas utilizam mecanismos mentais não linguísticos para resolver problemas cognitivos. Entretanto, essa pesquisadora acrescenta que, ‘embora nem todos os processos mentais sejam realizados através do mecanismo linguístico, o fato é que a ausência da linguagem provoca, no desenvolvimento geral dos processos cognitivos, alguma alteração significativa’” (texto-base: As primeiras aprendizagens da criança surda, p. 52).
	
	B
	São corretas as afirmativas II, III, IV e V, apenas.
	
	C
	São corretas as afirmativas I, II, III, apenas.
	
	D
	São corretas as afirmativas I, II, IV e V, apenas.
	
	E
	São corretas as afirmativas II e V, apenas.
Questão 2/5 - Libras
Considere a seguinte citação:
“O alfabeto manual, utilizado para soletrar manualmente as palavras (também referido como soletramento digital ou datilologia), é apenas um recurso utilizado por falantes da língua de sinais. Não é uma língua, e sim um código de representação das letras alfabéticas”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa?: Crenças e preconceitos em torno da Língua de Sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 28.
De acordo com os conteúdos do texto-base A classificação indicativa na Língua de Sinais, assim como as letras do alfabeto, os números são também representados por meio de sinais na Libras (Língua Brasileira de Sinais). Observe os números sinalizados em libras e marque a alternativa que corresponde à sequência correta.
Nota: 20.0
	
	A
	7 – 6 – 2 – 3 – 4 – 7 - 9
	
	B
	2 – 6 – 1 – 3 – 4 – 2 - 9
	
	C
	2 – 6 – 1 – 4 – 3 – 7 – 9
Você acertou!
 
 (texto-base: A classificação indicativa na Língua de Sinais, p. 29).
	
	D
	7 – 9 – 1 – 4 – 3 – 2 - 9
	
	E
	2 – 6 – 2 – 4 – 3 – 7 – 9
Questão 3/5 - Libras
Leia o fragmento de texto a seguir:
“A deficiência auditiva (DA), segundo Ceschin e Roslyng-Jensen [...], é definida como sendo a perda da habilidade de ouvir, que pode ser causada por qualquer alteração que fuja da normalidade no processo de audição, seja qual for a causa, tipo e intensidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOSCOLO, C. C.; JARDIM, F. V. S.; MARTINS, K. V. O.; GALDINO, M. C.; GATTI, V. I. C. S. O deficiente auditivo em casa e na escola. São José dos Campos: Pulso; 2005. p. 17.
De acordo com o texto-base As primeiras aprendizagens da criança surda quanto ao tipo, a perda auditiva pode ser classificada em:
Nota: 20.0
	
	A
	Total e parcial.
	
	B
	Condutiva, sensório neural e mista.
Você acertou!
A perda auditiva pode ser considerada transitória ou definitiva estacionária ou progressiva. Assim, quanto ao tipo, ela pode ser caracterizada como condutiva, sensório-neural e mista.
	
	C
	Total, parcial e intermediária.
	
	D
	Pré-natal e perinatal.
	
	E
	Surda e ouvinte.
 
Questão 4/5 - Libras
Leia o fragmento de texto a seguir:
"A Inclusão Escolar tem Início na Educação Infantil, onde se desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu desenvolvimento global. Do nascimento aos 3 anos, o atendimento se expressa por meio de serviços de intervenção precoce que objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e aprendizagem em interface com os serviços de saúde e assistência social”.
Apósesta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BRASIL. Política Nacional na Perspectiva da Educação Inclusiva. Secretaria de Educação Especial. Brasília, setembro de 2007. p. 24.
Considerando a abordagem de Vygotsky, estudada no texto-base As primeiras aprendizagens da criança surda, a respeito da educação precoce dos alunos surdos, é correto afirmar que:
Nota: 20.0
	
	A
	Os alunos surdos devem ter um aprendizado precoce por serem imaturos devido à sua deficiência. Assim, quanto mais cedo eles forem estimulados linguisticamente, mais cedo voltarão a ouvir.
	
	B
	O atendimento precoce ao surdo diz respeito ao fato de que, quanto mais cedo a criança for estimulada linguisticamente, maiores serão as chances de ela falar e de voltar a ouvir.
	
	C
	Um dos fatores que embasam a importância do atendimento precoce ao surdo diz respeito ao fato de que é durante os primeiros cinco anos de vida e, especialmente, nos três primeiros, que uma criança normalmente aprende a compreender e a utilizar a linguagem na vida diária.
Você acertou!
Os alunos surdos devem ter um aprendizado precoce devido à imaturidade relativa das crianças, sinalizando a ambiguidade no que diz respeito à dependência do adulto como “mais experiente que elas” e a possibilidade que elas têm em “colher os benefícios de um contexto ótimo e socialmente desenvolvido para o aprendizado”. Comentário: “As pesquisas de Vygotsky (2007, p.166), apontando a imaturidade relativa das crianças, sinalizaram uma ambiguidade que existe nesse fato, referindo-se à sua dependência do adulto como ‘mais experiente que elas’ e à possibilidade que elas têm em colher ‘os benefícios de um contexto ótimo e socialmente desenvolvido para o aprendizado’. Através desses argumentos, ficou ainda mais evidente a importância da educação precoce, para as crianças surdas” (texto-base: As primeiras aprendizagens da criança surda, p. 134). É importante o papel da educação precoce para o desenvolvimento global da criança surda e a importância da participação da família nesse processo educacional, principalmente, nos primeiros anos de vida (texto-base: As primeiras aprendizagens da criança surda, p. 22). O atendimento de estimulação precoce vem sendo desenvolvido através de olhares diferenciados dentro de um enfoque multidisciplinar, porém, direcionando os trabalhos para o mesmo foco, que é o desenvolvimento global da criança, bem como a construção de vínculos emocionais, principalmente com a mãe, em seus primeiros anos de vida. É consenso que o atendimento de estimulação precoce necessita de uma equipe multidisciplinar, pois as variáveis que se apresentam em cada caso são de enorme complexidade. De acordo com essa visão, diferentes saberes permitiriam diferentes olhares, complementando-se (texto-base: As primeiras aprendizagens da criança surda, p. 42). O MEC/SEESP (idem) propõe uma definição para “estimulação precoce como um “conjunto dinâmico de atividades e de recursos humanos e ambientais incentivadores que são destinados a proporcionar à criança, nos seus primeiros anos de vida, experiências significativas para alcançar pleno desenvolvimento no seu processo evolutivo” (texto-base: As primeiras aprendizagens da criança surda, p. 44). A partir das ideias básicas dos trabalhos realizados em torno do tema de estimulação precoce, vários programas, serviços e currículos têm sido implantados. Seu principal objetivo é o de impulsionar o desenvolvimento das habilidades básicas das crianças de alto risco ou daquelas com distúrbios de desenvolvimento, em seus primeiros anos de vida, a fim de prevenir ou minorar os déficits de que são ou poderão ser portadoras, possibilitando-lhes um desenvolvimento tão normal quanto possível (texto-base: As primeiras aprendizagens da criança surda, p. 45). Dória (1958, p. 59) já apontava a importância de se atender essa criança o mais cedo possível, bem como orientar e apoiar a família quanto ao desenvolvimento do seu filho. Em sua pesquisa, ela diz que “há uma razão forte para se iniciar o treinamento o mais cedo possível: é durante os primeiros cinco anos de vida e, especialmente, nos três primeiros, que uma criança normalmente aprende a compreender e a utilizar a linguagem na vida diária” (p. 46).
	
	D
	A estimulação precoce ao surdo nas escolas tem por objetivo o desenvolvimento linguístico e afetivo parcial da criança e isso é realizado por meio de uma equipe disciplinar específica.
	
	E
	Um dos fatores determinantes para o atendimento precoce ao surdo diz respeito ao fato de que, quanto mais cedo a criança é estimulada afetivamente, maiores serão as chances de ela voltar a ouvir.
Questão 5/5 - Libras
Leia o extrato de texto a seguir:
“Com relação às crianças surdas, devemos ter a pretensão de modificar o quadro vigente no que diz respeito aos déficits cognitivos e linguísticos, pois, atualmente, reconhece-se que os surdos possuem as mesmas possibilidades cognitivas que os ouvintes e, socialmente, apresentam-se como pertencentes a um grupo não deficiente, com direito à língua e cultura próprias”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEVY, Cilmara Cristina Alves da Costa; SIMONETTI, Patrícia. O surdo em si maior. São Paulo. Editora Roca, 1999. p. 78.
Sobre o potencial do indivíduo surdo, em todo o texto-base As primeiras aprendizagens da criança surda é defendida a ideia de que, mesmo que não tenha sido exposto a nenhum tipo de língua, seja ela espaço-visual ou oral-auditiva, ele possui mecanismos e processos mentais em atividade. Isso reforça a ideia de que:
Nota: 20.0
	
	A
	A falta de língua não implica em perdas cognitivas.
Você acertou!
“Sobre o potencial da criança surda, Fernandes (1999, p. 76-77) defende a ideia de que ‘uma criança surda que não tenha sido exposta a nenhum tipo de língua (oral-auditiva ou espaço-visual), verificamos que apresenta mecanismos cognitivos, ou seja, processos mentais em atividade’. A autora reforça a ideia de que a falta de uma língua não implica perdas cognitivas” (texto-base: As primeiras aprendizagens da criança surda, p. 33).
	
	B
	A falta de língua implica em perdas cognitivas.
	
	C
	A falta de língua é própria do sujeito surdo.
	
	D
	A falta de língua promove os aspectos cognitivos e emocionais da mesma maneira que promove para os não surdos.
	
	E
	A falta de língua promove os aspectos linguísticos e emocionais.

Continue navegando