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EMBRIOLOGIA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA EMBRIOLOGIA E DA REPRODUÇÃO ANIMAL Organismos animais invertebrados e vertebrados se reproduzem visando a perpetuidade da espécie. Todos os tipos de reprodução são agrupados em reprodução assexuada e reprodução sexuada, respectivamente, com a participação de um só organismo e de dois. Nos organismos como nos mamíferos, a reprodução é sexuada com produção de células especiais denominadas de gaméticas ou germinativas, as quais são haploides, isto é apresentam metade do genoma da espécie (nos seres humanos, o genoma é igual a 46 cromossomos, portanto, as células gaméticas devem conter apenas 23 cromossomos). Pela união entre a célula haploide gamética masculina com a feminina forma-se assim uma nova célula denominada de ovo ou zigoto que é diploide. Essa união caracteriza a fecundação. Célula haploide possui “n” cromossomos, onde “n” é igual a 23 cromossomos na espécie humana, portanto, célula diploide (ovo ou zigoto) possui “2n” cromossomos, isto é, 46 cromossomos. Figura 1 – Esquema ilustrando a fertilização. Células: espermatozóides e oócito. Fonte: http:www.dicasdeciencia.com A partir dos Cnidários, os gametas, na escala animal, são produzidos nas gônadas. As gônadas no ser humano são representadas pelos testículos e pelos ovários. No final da terceira semana do desenvolvimento embrionário humano, surgem as células germinativas primordiais, na parede do saco vitelínico (são células de origem endodérmica). Essas células primordiais migram para as gônadas em formação até a quinta semana do desenvolvimento. Os gametas adultos são derivados diretos dessas células primordiais. Nas gônadas essas células sofrem modificações com finalidade de atingir objetivos específicos como: redução do número de cromossomos (passam a ser haploides / no caso da formação dos espermatozoides pelos testículos, pois, realizam o processo do ciclo celular meiótico /meiose). Em relação aos ovários, também irá ocorrer o ciclo celular meiótico, porém, no interior do folículo maduro, a célula gamética feminina, fica estacionada na metáfase II contendo ainda 23 cromossomos com duas cromátides (não pode ser utilizada expressão cromossomos metafásicos). Para torna-se gameta feminino, carece do processo da fecundação, o qual estimula o final da meiose, ocorrendo a separação das cromátides e expulsão de um segundo corpúsculo polar contendo 23 cromossomos. Assim, o oócito ou ovócito de segunda ordem assim denominado, passa da metáfase II para anáfase II e posteriormente para telófase II, originando-se assim uma célula haploide gamética, após liberar o segundo corpúsculo polar. No processo da fecundação, o espermatozoide (n) penetra no ovócito de segunda ordem (2n). Há, portanto, um núcleo masculino com 23 cromossomos e um núcleo feminino com 23 cromossomos, tendo cada cromossomo duas cromátides. Para a espécie humana, essa figura é denominada de “óvulo”. Após o término da meiose no óocito (2n), com a saída do segundo corpúsculo polar, cada núcleo possui agora apenas 23 cromossomos. Ocorre união destes dois núcleos (anfimixia) e a célula assim formada contendo 23 cromossomos paternos e 23 maternos é denominada de ovo ou zigoto. Cada cromossomo paterno pareia com o par correspondente materno, constituindo assim um par de cromossomos homólogos. Essa célula a partir de agora irá realizar processos de divisão / mitoses, processo este, denominado embriologicamente de segmentação ou clivagem. Biologia do desenvolvimento é a outra maneira de se referir ao estudo dos processos do desenvolvimento dos organismos. Embriologia é o nome dado à Ciência que estuda a formação do embrião, inclusive o feto (Fetologia) e suas relações com o meio. Células gaméticas de muitos organismos encontram-se (ocorre a fecundação) no meio aquático, isto é, ocorre a fecundação externa. Neste processo, desenvolveram mecanismos eficientes para que ocorra tal encontro. Os óvulos liberam substâncias que atraem os espermatozóides da espécie, bem como a presença de receptores de membrana. A maioria das espécies apresenta mecanismos que impedem a polispermia (penetração de dois ou mais espermatozóides no mesmo óvulo). Após a fertilização / fecundação, a célula ovo realiza mitoses sucessivas e bem orientadas, segundo a quantidade de vitelo ou deutoplasma – material nutritivo de reserva existente no citoplasma dos óvulos, com função de nutrir o embrião, é rico em proteínas e fosfolipídios (é pouca nos ovos oligolécitos e abundante nos ovos telolécitos). Quando for dito que a divisão (segmentação ou clivagem) está ocorrendo, são mitoses na célula ovo, porém, nos ovos com abundância de vitelo (ocorre em certos peixes, répteis, aves e muitos artrópodes), só ocorre divisões no polo animal, local do núcleo e do citoplasma. O vitelo nestes casos não se divide, daí, o surgimento das expressões: segmentação holoblástica ou total quando tudo se segmenta / se divide e segmentação meroblástica ou parcial, quando o vitelo não se divide/segmenta. Há outras formas de segmentações. O produto final da segmentação em qualquer animal é a formação de uma figura embrionária, a blástula, exceto em mamíferos, que surge o blastocisto. Nos blastocistos há uma massa celular interna, também denominada de embrioblasto ou massa celular interna, a qual dará origem ao embrião nos mamíferos. Pode-se afirmar que no reino animal há organismos protostômios e deuterostômios. Os primeiros apresentam segmentação em espiral, em mosaico e a formação da boca se relaciona com o blastóporo, já nos segundo, a segmentação pode ser reguladora, radial e o blastóporo irá se relacionar com a formação da extremidade antagônica à boca, o ânus. Seres humanos são deuterostômios. Sucedendo a blástula, o desenvolvimento agora demonstra um achatamento no polo vegetal (polo inferior) e tem início a fase embrionária denominada de gástrula. Forma-se aqui os folhetos embrionários: ectoderma, endoderma, mesoderma e ainda o plano corporal do embrião, pela penetração das células superficiais no interior da blastocele. O vitelo também influência o mecanismo da gastrulação. É uma das fases mais “críticas” do desenvolvimento, qualquer anomalia, neste momento do desenvolvimento acarretará sérios prejuízos morfológicos e fisiológicos ao novo organismo. São estes folhetos germinativos que se diferenciarão em tecidos e órgãos. Do lado oposto do polo vegetal, o ectoderma se espessa constituindo uma placa denominada de neural, tem início a formação de todo o sistema nervoso do animal, é a neurulação. Através de pesquisas se constatou que o processo inicial do desenvolvimento é guiado por determinantes citoplasmáticos de origem materna, os quais foram incorporados à célula “óvulo” no processo da oogênese e funcionam até o final da blástula/blastocisto e início da gástrula. A partir da fase de gastrulação, células embrionárias já executam a tarefa de transcrição do DNA originando o RNAm, consequentemente, surgem as traduções em proteínas, terminando assim os determinantes herdados maternos e o embrião passa a dirigir seu próprio desenvolvimento através de seu próprio genoma. A formação dos diferentes tipos de tecidos é dependente de um processo de indução, com elementos indutores e elementos induzidos. Pode ocorrer circunstâncias bem interessantes, onde indutor ora é indutor, ora é induzido; induzido ora é induzido, ora é indutor. A sequência de eventos neste mecanismo de indução gera o processo da organogênese, a qual foi precedida pela formação celular e tecidual. Nos Vertebrados, os movimentos celulares que estabelecem o plano corporal são coordenados por um organizador primário. Nos anfíbios, este organizador se encontra no lábio dorsal do blastóporo. O processo do desenvolvimento embrionáriocomo também o fetal e a vida pós natal, são dependentes de vários mecanismos biológicos fundamentais, em particular, o embrionário, onde ocorre a organogênese. Esses processos moleculares orientam a formação do embrião e são todos ligados ao DNA. As moléculas orientadoras são agrupadas em categorias e muitas delas permanecem nas células na vida pós natal atuando como fatores de transcrição. Quimicamente, são proteínas que se ligam ao DNA com função altamente específica, como de ação promotora, de ação intensificadora, de ação reguladora e de ação sinalizadora (fatores de crescimento). Por exemplo, as moléculas sinalizadoras são recepcionadas pela membrana plasmática, a qual possui receptor específico, logo, irá promover seu efeito. Essa ação que teve início na membrana plasmática, agora evolui para o citoplasma, estimula organelas citoplasmáticas e chega ao núcleo da célula, logo, ao DNA. Estudos que tiveram início após 1960, com as ascídias, com corantes vitais e através da técnica de autorradiografia, contribuíram para esclarecer os processos de diferenciação e formação dos tecidos e dos órgãos, porém, com o avanço da Biologia Molecular, a Embriologia evoluiu ainda mais. Em seres humanos demonstra-se que muitos genes são reguladores e atuam diretamente no núcleo - a molécula produzida age sobre outro gene. Outros genes são de transduções de sinais, uma determinada molécula denominada de ligante atua primeiramente num receptor proteico transmembrana, o qual é ativado, inicia-se assim, uma série de reações citoplasmáticas até o seu término (a molécula ligante, se une no citoplasma com outros receptores), caracterizado por uma nova expressão dos genes e consequentemente, uma nova síntese de proteína. No ciclo celular mitótico, muitos genes reguladores já foram identificados com suas funções bem estabelecidas. Outros exemplos são os genes reguladores da comunicação entre duas células e dos genes relacionados com interações entre os tecidos. Assim, as moléculas produzidas (proteínas) pela transcrição destes genes, atuaram como sinalizadoras as quais terão receptores específicos (são fatores de crescimento e morfogenéticos) que em conjunto com outras moléculas constituintes de fatores de transcrição produziram novas proteínas que se ligam ao DNA. Essas proteínas que se ligam no DNA deverão regular novos genes responsáveis, por exemplo, por processos da organogênese. Nota: moléculas sinalizadoras são codificadas por símbolos, assim, (SHH) é o símbolo de um tipo de molécula sinalizadora (nome em inglês – sonic hedgehog). Muitos são os fatores que atuam na organogênese. Neste livro virtual de Embriologia, os mesmos não serão estudados, apenas alguns serão citados com siglas universais em inglês. Assim, BMP é a sigla da proteína morfogenética do tecido ósseo; CAM da molécula de adesão celular; EGF do fator de crescimento epidérmico; FGF do fator de crescimento da célula conjuntiva fibroblasto; NGF do fator do crescimento do tecido nervoso; TGF do fator de crescimento transformante, entre outros. O genoma humano é igual a 46 cromossomos (humanos). Cada espécie possui seu genoma. Cada célula tem em seu núcleo, o genoma de sua espécie. No processo do desenvolvimento, certas partes do genoma tornam-se ativas e se expressam, porém, outras não ativas, não se expressam, ficam desligadas. Tudo é controlado pelo DNA – isto é, pelos genes que se expressam ou não. Foram denominados de genes homeobox, os genes reguladores, que transcrevem futuras proteínas reguladoras, as quais uma vez produzidas, associam-se ao DNA, sendo denominadas de homeodomínios. Sabe-se que genes homeobox controlam a subdivisão do embrião no processo do desenvolvimento ao longo do eixo antero-posteior. Ao se observar estágios de pós-gástrulas de vertebrados, se constatam as grandes semelhanças na morfologia externa desde peixes até mamíferos. À medida que o desenvolvimento evolui, surge em cada espécie de vertebrado, característica específica. Os peixes foram os primeiros a possuírem um anexo embrionário denominado de saco vitelínico. Os anfíbios, vertebrados dependentes da água para a reprodução e desenvolvimento, além de saco vitelínico possuem o alantóide, já répteis e aves desenvolveram além do saco vitelínico e alantoide, o âmnio. Há vertebrados com quatro membranas, além das três já citadas, a presença do córion. Mamíferos apresentam o desenvolvimento dentro do útero. Surge nos mamíferos eutérios, a placenta (órgão feto-materno independente, nutritivo, endócrino e regulador para o embrião) e o cordão umbilical (elo de ligação entre o feto e a placenta, contém vasos sanguíneos). Os demais anexos embrionários são presentes nos mamíferos e com funções bem conhecidas, porém, diferentes das existentes nos demais Vertebrados. REPRODUÇÃO ANIMAL É um processo de multiplicação do ser vivo destinado à perpetuidade da espécie. Geralmente, é dependente de células especializadas denominadas de “gametas e/ou células germinativas” (no ser humano, tais células são denominadas de espermatozoide e oócito ou ovócito de 2ª. ordem). O processo de reprodução nos animais é classificado em dois tipos: a) assexuada ou agâmica e b) sexuada ou gâmica. A reprodução assexuada não é dependente de gametas (de células especializadas), ocorre em espécies que não possui organismos com sexo determinado. Esse tipo de reprodução ocorre, em protozoários, fungos e nas plantas. Há reprodução assexuada por cissiparidade, gemulação, esporulação, esquizogênese e laceração. Pode ocorrer ainda por brotamento, deve-se aos tipos celulares denominados de amebócitos, formam-se expansões (brotos) que crescem e permanecem fixos no corpo do animal, originando colônias ou após a presença do broto, o mesmo cresce e posteriormente se destaca dando origem a um novo organismo. Já, na reprodução sexuada há a presença de células gaméticas e, portanto, estas são dependentes de órgãos especializados para a sua produção, como os testículos no homem e os ovários na mulher. Testículos e ovários são órgãos denominados de gônadas, respectivamente, masculina e feminina. Sabe-se que organismos de sexos distintos apresentam caracteres fenotípicos distintos, isto é, apresentam aspectos morfológicos externos diferentes (há dimorfismo sexual entre um homem e uma mulher – há duas formas diferentes sexuais). Há também, caracteres físicos e até psicológicos que diferenciam um do outro. São caracteres sexuais primários: as gônadas e órgãos genitais de cada sexo. São caracteres sexuais secundários: são os caracteres que diferenciam o homem de uma mulher e/ou para outras espécies, um macho de uma fêmea (leão x leoa, galo x galinha) – nos animais vertebrados estes caracteres estão na dependência de coordenação química pelos hormônios, por exemplo, na espécie humana: mulher com mamas (glândulas mamárias) desenvolvidas; homem com desenvolvimento dos pelos (barba) na face. Em relação aos organismos invertebrados, os caracteres sexuais secundários estão na dependência da herança (da genética) existente no cromossomo sexual (constituição cromossômica do sexo). No reino animal há espécies que não apresentam dimorfismo sexual. Denomina-se organismo monoico (hermafrodita), quando os organismos / indivíduos da mesma espécie são iguais quanto ao sexo e organismo dioico, quando há sexos separados (homem x mulher / macho x fêmea). Assim, organismo que é dito hermafrodita apresenta órgãos masculinos (gônada masculina) e femininos (gônada feminina). Em plantas é comum o hermafroditismo. Há alguns animais invertebrados que são hermafroditas, como a solitária, onde ocorre autofecundação, já em outros como na minhoca não existe a autofecundação. Denomina-se fecundação, o ato do encontro entre as duas células gaméticas, uma masculina e outra feminina, coma fusão de seus núcleos (pro núcleos). A fecundação pode ser externa, no meio ambiente (na água) e interna, dentro de um órgão sexual feminino. Na mulher a fecundação ocorre na tuba uterina (trompa de Falópio) e/ou nos outros animais, no oviduto. Denomina-se metamorfose mudanças morfológicas e estruturais por que passa um animal durante o seu processo de formação, isto é, do estado larval até chegar à fase adulta. A metamorfose é típica em insetos e crustáceos (invertebrados) e nos anfíbios (vertebrados). Algumas espécies de peixes também passam pelo processo de metamorfose: ovo – larva – alevino – peixe jovem – peixe adulto. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO O sistema reprodutor masculino é formado por órgãos externos e internos. Os internos são as gônadas / dois testículos, dois epidídimos, os ductos genitais deferentes e glândulas anexas, duas vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais e uretrais. Os órgãos externos são representados pelo copulador denominado de pênis e o escroto (bolsa). No sistema reprodutor feminino, os órgãos externos (a vulva) são representados por: grandes e pequenos lábios, clitóris, glândulas vestibulares (são glândulas sudoríparas modificadas) e pelo monte púbico. Já os órgãos genitais internos são: dois ovários, duas tubas uterinas / trompas de Falópio, útero e vagina (órgão copulador e/ou canal do parto). Portanto, as células gaméticas produzidas pelos testículos e pelos ovários poderão se encontrar, no caso da nossa espécie, após o ato sexual (o coito), no terço superior da tuba uterina, originando o ovo oligolécito, também denominado de zigoto. Métodos contraceptivos ou anticoncepcionais constituem-se em processos que evitam o encontro destas células gaméticas, isto é, a fecundação, que no caso dos mamíferos é do tipo interna. Sistema reprodutor masculino: os testículos são responsáveis pela formação das células gaméticas / espermatozóides, portanto, são glândulas exócrinas citógenas e pela produção de hormônios / andrógenos – hormônio testosterona, daí, a denominação de glândulas endócrinas. Cada epidídimo, ducto deferente e parte da uretra masculina, formam um sistema de ductos que transportam as células gaméticas, os espermatozóides para o meio externo (processo da ejaculação). As glândulas anexas fabricam secreções com funções de nutrição e manutenção dos espermatozóides, além de contribuir para a locomoção no interior dos ductos. O pênis é o órgão de cópula que terá a incumbência de depositar os espermatozóides no interior da vagina, com o intuito de promover a fecundação. Fig.2 – Esquema dos órgãos constituintes do sistema reprodutor masculino. (Fonte: Livro de Histologia Básica – Junqueira/Carneiro – Edta. Guanabara Koogan/Grupo gen) Nos testículos ocorre o processo da espermatogênese (produção dos espermatozóides). Este processo ocorre nos túbulos seminíferos localizados no interior de lóbulos testiculares. Acredita-se que há em cada testículo de 300 até 1000 túbulos seminíferos com morfologia enovelada. Cada túbulo possui em média ¼ de um milímetro de diâmetro por até 50/60 cm de comprimento. Após a migração das células germinativas primordiais (diploides) da parede do saco vitelínico para os testículos, elas diferenciam-se em espermatogônias (2n) proliferando-se por mitoses e originando os espermatócitos primários (2n). Esses espermatócitos primários entram no ciclo meiótico e sofrem a primeira divisão meiótica (divisão I) originando os espermatócitos secundários (n), portanto, na telófase I da meiose há 23 cromossomos com duas cromátides. Esses tipos celulares agora formados não mais realizam a duplicação do DNA, portanto, não ocorre à duplicação do seu DNA e os mesmos realizam a segunda divisão meiótica (divisão II) originando as espermátides (n), as quais realizam o processo da espermiogênese originando sem nenhuma divisão os espermatózoides (n). A célula gamética espermatozoide possui aproximadamente 64 µm e possui as seguintes partes principais: cabeça (com capuz / acrossomo e núcleo); peça intermediária (contendo a bainha mitocondrial); peça principal (com a bainha fibrosa e o axonema) e a peça terminal. O flagelo é formado pela peça intermédia, peça principal e terminal. A bainha mitocondrial fornece ATPs para a motilidade do flagelo enquanto a bainha fibrosa realiza movimentos de propulsão da cauda. Num processo normal de ejaculação há em média 3 ml de sêmen (pode variar de 2 ml até 6 ml). O espermograma indica que há também em média cerca de 100 milhões de espermatozóides por mililitro de sêmen (ml). No ejaculado, o sêmen corresponde a 80%, portanto, em 3 ml, 2,4 ml são de líquidos provenientes das glândulas anexas ( 10% de células, principalmente espermatozóides – há células que se desprendem nas vias condutoras, 30% de secreção da próstata, 60% das vesículas seminais e 10% são provenientes das glândulas bulbouretrais. É considerado homem fértil o que possui em média 50 milhões de espermatozóides por material ejaculado e estéril quando esse número for igual ou inferior a 30 milhões. Para que ocorra a produção dos espermatozóides são necessários processos de uma perfeita regulação hormonal e função testicular perfeita. Os hormônios hipofisários FSH (hormônio folículo estimulante) e o ICSH / LH (hormônio estimulante das células intersticiais / Leydig e/ou hormônio luteinizante) são importantes para a manutenção da espermatogênese. O hormônio ICSH estimula as células intersticiais do testículo, as quais se localizam entre os túbulos seminíferos, promovendo a síntese e liberação do andrógeno – hormônio testosterona. O FSH estimula as células do túbulo seminífero como também as células de Sertoli aí existentes. Essas células de Sertoli estimuladas produzem uma proteína de ligação ao andrógeno (à testosterona). Essa proteína que faz a ligação com o andrógeno é denominada pela sigla internacional ABP – Androgen-Binding-Protein. Portanto, a concentração da testosterona é vital para a espermatogênese. As células de Sertoli também secretam o hormônio “inibina”, o qual age no processo de retroalimentação negativo (feed-back), inibindo o FSH, constituem-se em suporte para os espermatócitos, espermátides como também para os espermatozóides. Realizam ainda processos de fagocitose de restos citoplasmáticos das espermátides formadas e formam ainda uma verdadeira barreira hematotesticular, pois, não permitem que moléculas de alto peso molecular penetrem nas células mais evoluídas do processo da espermatogênese (espermatócitos, espermátides e os próprios espermatozóides). Outros fatores são importantes para uma perfeita espermatogênese: a temperatura dos testículos deve ser aproximadamente de 35º.C, (testículos inclusos na região inguinal no nascimento / que não descem para o escroto, devem através de cirurgia serem colocados no escroto até três anos de idade; agentes físicos como o Raio X, farmacológicos e desnutrição podem causar danos na produção dos espermatozóides. Uma vez formado os espermatozóides, estes deixam os túbulos seminíferos e dirigem-se para túbulos retos, daqui para a rede testicular e finalmente para ductos eferentes em direção ao epidídimo. Este órgão é constituído por longos túbulos denominados de epididimários, suas células epiteliais são ricas em estereocílios (são microvilosidades longas) as quais reabsorvem líquidos e secretam fatores de maturação para os espermatozóides. Portanto, no epidídimo ocorre um armazenamento de espermatozóides e início de maturação para o processo da fecundação. Do ducto epididimário, os espermatozóides que serão eliminados na ejaculação passam para o ducto deferente encaminhando-se para a uretra peniana. Porém, neste caminho passa pela “ampola” (região dilatada do ductodeferente), recebe secreções provenientes da glândula seminal e ganha a uretra prostática recebendo mais secreções, as prostáticas. Finalmente, ganha a uretra peniana e o meio externo. Na estrutura histológica do canal deferente, das glândulas anexas, há tecido muscular liso, o qual se contrai por estímulos do sistema nervoso, impulsionando os espermatozóides para o meio externo. As secreções das glândulas anexas como da vesícula seminal, contem carboidratos como a frutose, proteínas entre outras substâncias. Essas secreções apresentam funções de nutrição e movimentação como também de lubrificação para os espermatozóides. As glândulas anexas também são coordenadas pela testosterona. A expressão vasectomia é uma ligadura dos ductos deferentes visando a contracepção (é um método cirúrgico reversível, porém, há situações de irreversibilidade como também de esterilidade. Em relação ao pênis ou órgão copulador masculino, o mesmo é constituído por dois corpos cavernosos dorsais e um corpo cavernoso ventral também denominado de corpo esponjoso. Esses corpos são constituídos por “tecido erétil”, uma rede vascular venosa muito desenvolvida com fibras colágenas entre esses vasos sanguíneos. A ereção peniana é depende da ação do sistema nervoso parassimpático, o qual age sobre a musculatura lisa das artérias, relaxando-as, isto é, causam dilatações nestas artérias e em consequência, o sangue entra nos espaços venosos. A ejaculação ocorre também devido à ação do sistema nervoso simpático. Após a ejaculação e devido a ação simpática, ocorre novamente a contração da musculatura das artérias e como resultante, ocorre a perda da ereção. O tecido erétil do corpo ventral não fica tão cheio de sangue como nos dorsais, neste corpo há a uretra peniana em seu centro, a qual é responsável por permitir a passagem do sêmen e da urina. Quando o pênis encontra-se erétil não há possibilidade da realização do ato de micção. No pênis não ocorre tecido muscular voluntário. O pênis é revestido externamente pela pele e cada corpo cavernoso possui fibras colágenas (albugínea). Em alguns mamíferos domésticos como no cão, no gato, o pênis possui o osso do pênis e em outros mamíferos como no garanhão, no porco, em ruminantes há estruturas do tipo fibro-elástico. Sistema Reprodutor Feminino: quando de uma comparação com o sistema reprodutor masculino, pode-se afirmar que o feminino é mais complexo, pois, além de produzir células gaméticas e hormônios, permite a fecundação e todo o período de formação, desenvolvimento e crescimento do novo organismo – embrião / feto (gestação), além de nutri-lo após o nascimento (lactação). Fig. 3 – Esquema dos órgãos constituintes do sistema reprodutor feminino. (Fonte: Livro: Atlas de Anatomia Humana – NETTER, F.H. Edta. Elsevier, 2011) Os ovários são responsáveis pela produção da célula gamética, portanto, como os testículos, são glândulas exócrinas citógenas, pois, produzem células. Também são responsáveis pela produção de hormônios como o estrógeno e a progesterona, logo, constituem-se também em órgãos endócrinos. O processo de formação da célula gamética feminina no início é semelhante a da masculina. As células germinativas primordiais (2n) que migram da parede do saco vitelínico, se diferenciam em ovogônias (2n). Por mitoses se proliferam e se diferenciam agora em ovócitos primários (2n). Ao entrarem na prófase I do ciclo meiótico ocorre um período estacionário / de longa duração (o dictióteno), isto é, ocorre uma paralisação desde a vida intra embrionária até praticamente a chegada da puberdade, quando o hormônio gonadotrófico, o LH (hormônio luteinizante) começam a ser elaborados pela hipófise. Nesta fase da vida, chega ao fim a divisão I da meiose com redução do número de cromossomos e consequente formação do ovócito de 2ª. ordem (n), o qual possui 23 cromossomos com duas cromátides e um corpúsculo polar com 23 cromossomos. Esse corpúsculo polar também ira´originar dois outros corpúsculos. No processo da ovulação, quando o folículo maduro também denominado de folículo de Graaf se rompe pela ação do LH, o ovócito de 2ª. ordem em metáfase II é liberado para a tuba uterina (trompa de Falópio). Essa célula se for fecundada completará a divisão II da meiose eliminado outro corpúsculo polar com 23 cromossomos (são as 23 cromátides que estavam no oócito). Cabe salientar, que no final do processo foram formados em caso de fecundação um óvulo e três corpúsculos polares Conforme a faixa etária e aspectos fisiológicos da mulher, pode-se afirmar que há os seguintes tipos de ovários: impúbere, púbere, gravídico e pós – púbere (na menopausa). No ovário púbere agem os hormônios hipofisários gonadotróficos (FSH – hormônio folículo estimulante e LH – hormônio luteinizante). O FSH é responsável pelo crescimento e desenvolvimento/maturação dos folículos desde o tipo primordial, primário, em crescimento e maduro ou de Graaf. A medida que ocorre o desenvolvimento, crescimento e maturação, células foliculares produzem estrógeno (é a fase estrogênica ou proliferativa). Por ação do LH, ocorre a ovulação e o folículo maduro, perde de seu interior o ovócito de 2ª. ordem. Ao deixar o ovário (de dentro do folículo), o ovócito chega no terço superior da tuba uterina, por onde permanece por aproximadamente 24 horas a espera do espermatozoide para ser fecundado. As células foliculares (granulosas e da teca interna) que constituíam o folículo maduro, sob ação do LH, agora constituem o corpo lúteo ou corpo amarelo, o qual deverá secretar os hormônios progesterona e estrógeno (é a fase progestacional ou secretora). É no início desta fase do ciclo menstrual que ocorre a fecundação e posteriormente a implantação do embrião (se ocorreu a fecundação) no útero. Caso não tenha ocorrido a fecundação, aproximadamente, 14 dias após a ovulação, a taxa de progesterona diminui muito (devido a não formação das células trofoblásticas / do sinciciotrofoblasto – esboço placentário, pois, não há produção do hormônio gonadotrofina coriônica – HCG, o qual estimula o desenvolvimento do corpo lúteo) e tem início a fase menstrual (perda da mucosa uterina). A sequência de um ciclo menstrual de 28 dias é assim representada em fases: fase menstrual, fase estrogênica, ovulação (14º. dia a partir do 1º. dia da menstrual), fase progestacional e novamente, fase menstrual e assim sucessivamente. Em ciclos maiores que 28 dias, o número de dias que aumenta é da fase estrogênica, pois, os dias da fase progestacional são constantes: 13/14 dias. Caso haja a fecundação, o corpo lúteo se desenvolve (pela ação do HCG) é produz estrógeno e progesterona por um bom tempo na gestação, porém, se não ocorrer a fecundação, ele regride (atrofia) e passa a ser denominada de corpus albicans. É nas tubas uterinas que ocorre o processo da segmentação ou clivagem. A primeira divisão mitótica do zigoto só ocorre após 30 horas da fecundação, originando duas células denominadas de blastômeros. A segunda divisão originará quatro blastômeros, a terceira, oito blastômeros e a quarta divisão, dezesseis blastômeros (figura embrionária denominada de mórula) e assim sucessivamente. As primeiras duzentas células oriundas desta segmentação são denominadas de “células tronco embrionárias – são as células embrionárias totipotentes”. Portanto, na tuba uterina humana ocorre a fecundação e a segmentação ou clivagem. A chegada do embrião no útero ocorre por volta do quarto / quinto dia na forma de uma figura embrionária denominada de “blastocisto”, a qual realiza sua implantação (nidação) pelo polo animal, polo que possui o embrioblasto, no endométrio (mucosa uterina na fase progestacional). O útero humano possui as seguintes porções (partes): fundo do útero, corpo do útero ecolo uterino ou porção cervical (cervix). A parede do útero possui três camadas distintas: a mais interna é denominada de endométrio e é formada por dois tecidos, um o epitelial e outro o conjuntivo, portanto, constituem uma mucosa. O tecido epitelial constitui glândulas uterinas. Abaixo do endométrio localiza-se o miométrio, camada de tecido muscular liso. Revestindo essas duas camadas encontra-se uma serosa denominada de perimétrio, a qual é formada pelos tecidos conjuntivo e epitelial mais externamente. Na gravidez, pela ação dos hormônios (principalmente estrógenos), ocorre hipertrofia (aumento do volume das fibras musculares lisas) e hiperplasia (aumento do número de fibras musculares lisas) da camada muscular, isto é do miométrio. Por ação do neurohormônio produzido no hipotálamo e armazenado na neurohipófise, a oxitocina ou pitocina, há contração do miométrio para que ocorra a expulsão do feto / nascimento. A vagina é um órgão tubular fibromuscular com paredes colabadas (aderidas). Quando da relação sexual (coito), por ação dos neurohormônios, a vagina fica descolabada. Não possui glândulas em sua mucosa. A secreção aí presente (muco cervical) é proveniente das glândulas uterinas do colo uterino. Através da análise deste muco é possível detectar a fase do ciclo menstrual. Nota: Em relação a genitália externa (vulva), consulte às disciplinas de Anatomia e Fisiologia Humana. Em relação às glândulas mamárias, são glândulas exócrinas túbulo alveolar composta, responsáveis pela produção do colostro e do leite. Dependendo da idade há tipos de glândulas mamárias ou mamas (não utilize a expressão seio – é o espaço entre as mamas), pré – púbere, pós puberdade, gravídica e ativa na lactação. O colostro apresenta proteínas de defesa (anticorpos) e lipídios. O leite possui também lipídios e proteínas. SAIBA MAIS INÍCIO DUMM, C.G. Embriologia Humana. Atlas e Texto. Editota Guanabara Koogan – Grupo gen, São Paulo. FATTINI e DANGELO. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. Editora Atheneu, São Paulo. GUYTON e HALL. Fisiologia Médica. Editora Elselvier, São Paulo. SAIBA MAIS FIM TÍTULO III - FECUNDAÇÃO (As ilustrações foram obtidas do Livro de Embriologia Clínica – MOORE, K.L. – Edta ELSESIER, 9ª. edição – 2013). O ato reprodutivo sexual promove a fecundação, isto é, o encontro das células gaméticas com seus respectivos núcleos haploides. Na fecundação é restabelecido novamente o número de cromossomos, pois, células gaméticas (espermatozoide e óvulo) são haploides. Na espécie humana, essas células são portadoras de 23 cromossomos (22 cromossomos autossomos e 1 cromossomo sexual). O zigoto formado (é a célula resultante da fecundação) terá 46 cromossomos (44 cromossomos autossomos e 2 cromossomos sexuais / XY presente no homem e XX na mulher). Autossomos são os cromossomos que não estão relacionados com a determinação do sexo, constituem 22 pares / no cariótipo humano, são de três tipos morfológicos: metacêntricos, submetacêntricos e acrocêntricos. Cromossomos sexuais são denominados de heterocromossomos, morfologicamente, no cariótipo humano, o par XX que ocorre na mulher são do tipo submetacêntricos e o par XY do homem é assim representado: o X é submetacêntrico e o Y é do tipo acrocêntrico. A fecundação é interna nos mamíferos. Nos peixes, anfíbios e na maioria dos invertebrados, entre outros organismos é externa, ocorre geralmente no meio aquático. Portanto, na fecundação há a formação do zigoto, é restabelecido o genoma da espécie com variabilidade devido a permutação (crossing over) ocorrida na prófase I da meiose e também a determinação do sexo. Figura 4 – Em (A) o processo da fertilização demonstrando a penetração do espermatozóide no oócito de 2ª. ordem. Figura 5 – Ilustra o final da fertilização e a fecundação (a anfimixia) e a formação do zigoto (do ovo do tipo oligolécito). Nota: fertilização é a denominação dada para uma série de eventos que envolve a anfimixa (encontro dos pró núcleos masculino e feminino). São alguns destes eventos: penetração na coroa radiada, penetração e destruição da zona pelúcida, ambas pelo espermatozoide, final da segunda divisão meiótica do oócito. Portanto, fecundação é o momento da anfimixia. Na fecundação externa há os seguintes modos: a) óvulos e espermatozóides são lançados livremente na água; b) macho e fêmea permanecem juntos no ninho enquanto células gaméticas são eliminadas, ocorre, por exemplo, com as lampreias e as trutas; c) a eliminação dos gametas é simultânea através do amplexo (abraço nupcial), ocorre em rãs e sapos. Na fecundação interna também ocorre diferentes modos: a) há deposição de quantidades de espermatozóides no fundo de uma lagoa. Cabe à fêmea conduzi-los com a boca até o receptáculo seminal. Fato que ocorre com a salamandra aquática; b) ocorre cópula e os espermatozóides são transferidos pelo macho até a vagina da fêmea para que ocorra a fecundação. Na autofecundação que ocorre nos Invertebrados Platelmintos, Fasciola hepática e Taenia solium (solitária), organismo – monóico / hermafrodita, a reprodução é feita pela união direta de seus gametas. Na solitária, cada proglótide maduro realiza a autofecundação. A fecundação cruzada ocorre na planária, na solitária e em vermes de peixes de água doce. Na planária, ocorre a cópula com troca de gametas masculinos, os quais foram depositados nos ovidutos, local da fecundação, originando zigotos. Portanto, é uma fecundação interna. ANTICONCEPÇÃO / CONTRACEPÇÃO É qualquer artifício de origem diversa que interfere no mecanismo fisiológico da fecundação. Envolve fatores biológicos, sociais e emocionais. Os métodos podem ser naturais e artificiais. Segundo médicos e pesquisadores, todos os métodos apresentam vantagens e desvantagens. Cabe ao médico ginecologista determinar qual método a cliente deve usar. A utilização da contracepção visa planejar a família, isto é, ter os filhos desejados no momento adequado, na idade certa para engravidar, quantos filhos deseja ter, o intervalo entre os nascimentos deles. O uso deste conhecimento, permite à humanidade escolher o melhor momento para o casal construir a base de uma família mais forte e saudável, isto é uma parte do planejamento da construção familiar. Tais métodos envolvem também diversos fatores relacionados às diferentes religiões. Os métodos naturais podem assim ser classificados: propriamente ditos (coitos interrompido, reservado e anteportas), naturais fisiológicos (do ritmo/tabelinha, da Temperatura Basal Interna - TBI, do ritmo + TBI , do Billings (relacionado com o tipo do muco cervical) , do ritmo + TBI + Billings. Os métodos artificiais podem ser classificados em: químicos hormonais (pílulas orais dos tipos – combinada monofásica, sequencial e trifásica, minipílulas, pílulas do dia seguinte, fármacos injetáveis e implantes cutâneos) e químicos espermicidas /espermaticidas (pastas, cremes, geleias, comprimidos, supositórios, pessários de Rendells e aerosol); mecânicos (esponjas, almofadas, tampões, dispositivos intracervicais (dedal), diafragmas (vaginal e cervical), camisinha (preservativo dos tipos masculino e feminino), minicamisinha, ducha vaginal; químicos + mecânicos – DAIU/ DIUs – são os dispositivos intra uterinos (há diferentes tipos como o “T” e o “7” de cobre, alças de Lippes, DIUs com progesterona, Mirena T, e ainda os dispositivos intracervicais; cirúrgicos são representados peas laqueaduras e ligadura das Trompas com termocoagulação na mulher e vasectomia e Ligadura dos ductos deferentes com termocoagulação no homem. CLASSIFICAÇÃO DOS OVOS DOS ANIMAIS A fecundação resulta na formação de uma célula denominada de ovo ou zigoto. Essa célulaé do tipo diploide com um único núcleo contendo material genético (cromossomos) de origem paterna e materna, são os cromossomos homólogos. Essa célula ovo além de suas partes fundamentais como a membrana plasmática, citoplasma e núcleo, pode apresentar pouco ou muito material nutritivo no citoplasma que é denominado de vitelo ou deutoplasma. Com base na quantidade e distribuição deste vitelo, classificam-se os ovos em ovos oligolécitos ou isolécitos que apresentam pouco vitelo distribuído de forma uniforme no citoplasma da célula “ovo ou zigoto”. Esses ovos são encontrados nos mamíferos, no protocordado anfioxo, nos Equinodermos, em certos Moluscos e Anelídeos, nos Platelmintos e na maioria dos Invertebrados marinhos. Ovos heterolécitos ou mesolécitos apresentam-se com aproximadamente 50% do citoplasma ocupado pelo vitelo, principalmente no polo inferior (polo vegetal / vegetativo). A distribuição do vitelo não é uniforme, daí a denominação de heterolécito. São encontrados em certos Anelídeos e Moluscos e nos Anfíbios. Ovos telolécitos ou megalécitos são os que apresentam a maior quantidade de vitelo ocupando quase todo o ovo ou zigoto. Esses ovos são encontrados em certos Moluscos (cefalópodes), Peixes, Répteis e Aves. Finalmente, os ovos do tipo centrolécitos são tipos de ovos onde o vitelo envolve o núcleo do zigoto, são típicos dos Artrópodes (Insetos, crustáceos, entre outros). As imagens abaixo foram obtidas da fonte: http://www.mundoeducação.com Figura 6: Tipos de ovos (zigotos) dos animais. Ovo oligolécito aqui não representado possui pouco vitelo. O tipo centrolécito possui o vitelo no centro do ovo. Os ovos que possuem muito vitelo possuem denominações com base no vitelo: heterolécito (sem distribuição uniforme), isolécito (com distribuição uniforme), telolécito (com muito vitelo) Assim, animais ovíparos são os que põem ovos (fazem ovipostura): insetos, moluscos, peixes, répteis e aves e os mamíferos prototérios: ornitorrinco e équidna. Esses ovos são colocados no meio terrestre e ou no meio aquático para posterior desenvolvimento. Animais ovovivíparos produzem ovos, mas não realizam a ovipostura. No momento da eclosão interna surge o novo organismo. São exemplos: alguns invertebrados, certas espécies de peixes e de répteis. Nos animais vivíparos, a fecundação é interna e o ovo (ou ovos) é desenvolvido dentro do útero, sendo o embrião nutrido pelo organismo materno, exemplo clássico e o que ocorre com os mamíferos (são portadores de ovos oligolécitos). Os ovos colocados no meio terrestre são protegidos pela casca de carbonato de cálcio, a qual é porosa (vide embriologia das aves). A casca dos ovos podem ter colorações diversas (depende do material ingerido). Ovos presentes no meio aquático apresentam uma capa gelatinosa e não possuem casca (vide embriologia de peixes). ANEXOS EMBRIONÁRIOS São estruturas derivadas do ovo ou zigoto e que se encontram ligadas a um elemento principal (embrião / feto), como um acessório fundamental. Estão presentes em animais como também no ser humano. Constituem-se em conjuntos de membranas e não originam nenhuma estrutura (órgão). São funções gerais dos anexos embrionários: proteção, nutrição, manutenção e desenvolvimento do embrião. São os seguintes os anexos embrionários: saco vitelínico, alantoide, âmnio, córion, cordão umbilical, placenta. São denominados organismos Anamniotas e Analantoidianos os Peixes e os Anfíbios, pois, não apresentam os anexos embrionários âmnio e alantoide. Já, os organismos Répteis, Aves e Mamíferos são Amniotas e Alantoidianos. Na espécie humana, os anexos embrionários proporcionam meios adequados para o desenvolvimento embrionário e fetal, realizam a proteção contra dessecação e contra danos causados por movimentações, além da ação de influências externas. Denomina-se membranas fetais o conjunto do córion, com o alantoide, com o âmnio e também com o saco vitelínico. No ser humano, por volta de 21 dias ficam estabelecidas as estruturas anatômicas para as trocas entre mãe e o embrião/feto. Com 28 dias as trocas materno-embrionárias já são bem consideradas. Com participação na “formação do embrião” pode-se citar a migração das células endodérmicas do saco vitelínico e a participação deste na gênese do primórdio intestinal. Já o alantoide relaciona-se com o úraco e com o ligamento umbilical mediano. A tabela abaixo demonstra a ausência e a presença dos Anexos Embrionários (AE) nos Cordados. AE Peixes Anfíbios Répteis Aves Mamíferos Saco Vitelínico X X X X X Alantóide X X X Âmnio X X X Córion X Cordão Umbilical X Placenta X Figura 7 – Esquema do embrião/feto humano com seus anexos embrionários. Saco vitelino (ou vitelínico) constitui-se numa cavidade em forma de bolsa integralmente e cheia de vitelo (ou deutoplasma), observada nos estágios iniciais de todos os Vertebrados. Apenas algumas espécies de peixes e de anfíbios não apresentam este anexo embrionário, pois o vitelo, no embrião desses animais, não fica delimitado por uma membrana saculiforme de origem endodérmica, mas sim, dentro de células endodérmicas volumosas. Nos animais que são vivíparos, atrofia-se progressivamente. Nos animais que não são vivíparos, este anexo é amplo e persistente por todo o período da embriogênese. É considerado o primeiro anexo embrionário que surgiu no processo da evolução das espécies. Este anexo também ocorre em certos animais invertebrados. A função é sempre de nutrição para o embrião. Suas funções nos mamíferos são: realizar transferência do pouco vitelo existente no ovo oligolécito, produzir elementos sanguíneos no início da gestação, formar as células germinativas primordiais de seu endoderma e ainda incorporar-se no embrião para construir o intestino médio. Alantoide é uma estrutura membranosa, saculiforme, presente nos embriões de répteis, aves e mamíferos, portanto, são organismos alantoidianos. Nos mamíferos é pouco desenvolvido, regride a medida do processo do desenvolvimento, até desaparecer por completo já na época do nascimento. Nos mamíferos orienta a formação dos vasos sanguíneos do cordão umbilical (na espécie humana isso ocorre por volta da quarta / quinta semana do desenvolvimento). Nos animais ovíparos, desenvolve-se bastante, procedendo como um saco onde acumula o ácido úrico, que é o principal produto de excreção nitrogenada dos répteis e das aves, portanto, tem função excretora, acumulando os catabólitos. Esse anexo também tem nestes vertebrados têm a função respiratória, pois, conduz o oxigênio desde a casca até o embrião. Através do alantóide, certas quantidades de cálcio são retiradas da casca do ovo, e transportadas até o embrião, sendo utilizada na formação dos ossos pelos processos de osteogêneses endocondral e intramembranosa. Sua origem é a partir dos folhetos endodérmico e mesodérmico. Animais que não possuem o alantóide são conhecidos por analantoidianos (peixes e anfíbios – são também anamniotas). Já nos mamíferos, o alantoide é pouco desenvolvido, regride a medida do desenvolvimento, até desaparecer por completo, já próximo ao nascimento. São suas funções nos mamíferos: formação de elementos sanguíneos no início da gestação, formação dos vasos umbiliciais por volta da 4ª. e 5ª. semana, formação do úraco (ligamento umbilical mediano) e ainda participa da difusão do líquido amniótico da cavidade amniótica para a veia umbilical. Âmnio apresenta-se apenas nos répteis, aves e mamíferos, portanto, são os organismos amniotas. Ele é uma bolsa cheia de um líquido (líquido aminiótico) que envolve o embrião e o feto. Sua função é proteger contra traumas e fatores físicos e biológicos provenientesdo meio externo (meio ambiente). No momento do nascimento, rasga-se, dando passagem ao neonato, na época do nascimento ou da eclosão “do ovo”. Tem origem ectodérmica e mesodérmica (mesoderma extraembrionário). O líquido aminiótico possui baixa quantidade de células, são seus principais constituintes: água (99%), células epiteliais fetais, sais inorgânicos, proteínas, carboidratos, gorduras, enzimas, hormônios, pigmentos e excreções fetais. Caso da atresia esofageana. São funções do líquido amniótico: permite o crescimento simétrico, evita infecções, promove o desenvolvimento normal do pulmão, proteção contra choque mecânicos, ajuda a manter a temperatura fetal, permite movimentos fetais e garante a homeostasia; Córion é uma membrana (um tipo de pele) que se mostra por fora do âmnio e por dentro da decídua capsular. Essas duas membranas parecem formar uma só membrana de proteção ao concepto. Encontra-se nos mamíferos e surge a partir das células trofoblásticas, diferenciando-se em córion liso (que corresponde a definição acima e assim permanece até o final da gestação); e córion frondoso (daqui surge a placenta, identificando-se nele, primeiramente, o sinciciotrofoblasto e o citotrofoblasto, e depois as vilosidades coriais que penetram no endométrio e proliferam, constituindo a estrutura placentária. Em relação aos sacos embriológicos, há na realidade três diferentes tipos de sacos: o coriônico com o líquido coriônico, o amniótico que contém no início o embrião e o vitelínico que é muito pequeno e contém pouquíssimo vitelo. Portanto, denomina-se córion viloso, a porção frondosa do saco coriônico. É marcante após o segundo mês e encontra-se associado ao endométrio (decídua basal). O córion viloso é praticamente o componente fetal da placenta, suas vilosidades apresentam o sangue materno enquanto a decídua basal (endométrio) é o componente materno da placenta. Esse componente materno, por volta do 4º. mês está totalmente substituído pelo componente fetal (córion viloso). O córion liso desaparece no final do 2º. mês. O celoma extra embrionário é a cavidade coriônica. Há aumento do saco coriônico, da placenta e do útero, a medida que a gestação evolui. Membrana amniocoriônica pode ser assim descrita: é a junção de duas outras membranas - membrana amniótica e membrana coriônica. A primeira é formada por três estruturas: células epiteliais, membrana basal e mesênquima. A segunda também é constituída por três estruturas: possui uma porção central que é o trofoblasto recoberto por células, as quais constituem uma camada externa e outra interna. Entre essas duas membranas localiza-se a zona intermediária com poucas células e material extracelular. Cordão Umbilical liga o feto com a placenta. É constituído pelo âmnio – revestimento epitelial e por tecido conjuntivo mucoso (ou mucóide ou ainda Geléia de Wharton). Possui duas artérias (umbilicais) com sangue venoso e uma veia (veia umbilical com sangue arterial). Placenta possui duas partes, uma é a materna (endométrio) e a outra é a fetal (córion). Só ocorre nos mamíferos eutérios (portadores de placenta verdadeira – e não nos demais mamíferos: prototérios e metatérios). È um órgão no qual se dão as trocas respiratórias e metabólicas entre o sangue da mãe e o sangue do embrião / feto. A nutrição histotrófica relaciona-se com as células endometriais e a hemotrófica com o sangue materno.Tem implantação na parede do útero (no endométrio) e se comunica com o feto através do cordão umbilical. Sua origem é a partir das células trofoblásticas do blastocisto. As trocas pela placenta são de substâncias como o oxigênio, dióxido de carbono, glicose, aminoácidos, vitaminas, hormônios, anticorpos, uréia e muitas outras. São funções da placenta: proteção, nutrição, respiração (trocas gasosas), excreção, produção de hormônios e metabolismo (sínteses). Nutrientes e oxigênio são provenientes da circulação materna e excreções e dióxido de carbono são provenientes da circulação fetal. Há três tipos de decíduas: a basal (componente materno da placenta), a capsular que é superficial recobrindo todas membranas que envolve o feto e a parietal, a qual corresponde às outras porções do endométrio. Por ação da progesterona, células das decíduas ficam hipertróficas e as conjuntivas armazenam glicogênio e lipídios. A comunicação da placenta com o feto é feita pelo cordão umbilical. A circulação placentária é assim representada: porção fetal – sangue arterial da placenta para o feto via veia umbilical e sangue venoso do feto para a placenta via artérias umbilicais; a porção materna – sangue arterial das artérias endometriais para a placenta e sangue venoso da placenta para as veias endometriais. A membrana placentária separa o sangue materno do sangue fetal. São seus componentes: sincíciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e epitélio simples pavimentoso (endotélio) do capilar fetal. São funções da placenta: proteção, nutrição, respiração (trocas gasosas), excreção, produção de hormônios e metabolismo (sínteses). Nutrientes e oxigênio são provenientes da circulação materna e excreções e dióxido de carbono são provenientes da circulação fetal. Há três tipos de decíduas: a basal (componente materno da placenta), a capsular que recobre todas estruturas fetais e é superficial, finalmente, a parietal, corresponde às outras porções do endométrio. Por ação da progesterona, células das decíduas ficam hipertróficas e as conjuntivas armazenam glicogênio e lipídios. A comunicação da placenta com o feto é feita pelo cordão umbilical. A circulação placentária é assim representada: porção fetal – sangue arterial da placenta para o feto via veia umbilical e sangue venoso do feto para a placenta via artérias umbilicais. Porção materna – sangue arterial das artérias endometriais para a placenta e sangue venoso da placenta para as veias endometriais. A membrana placentária separa o sangue materno do sangue fetal. São seus componentes: sincíciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e epitélio simples pavimentoso (endotélio) do capilar fetal. SEGMENTAÇÃO OU CLIVAGEM NOS ANIMAIS O zigoto (é o ovo formado) deverá de realizar uma série sucessiva de mitoses, as quais são denominadas de processos de segmentação ou clivagem. No início, as células filhas formadas neste processo são idênticas, posteriormente, diferenciam com potencialidades diferentes. A segmentação do tipo Holoblástica é aquela em que o ovo ou zigoto se divide totalmente. Na segmentação Meroblástica o vitelo não se divide. Há diferentes subtipos de segmentação Holoblástica: Holoblástica Igual e Holoblástica Desigual. Na divisão holoblástica igual, a primeira divisão longitudinal origina dois blastômeros iguais; na segunda divisão também longitudinal, porém, perpendicular à primeira, surge quatro blastômeros. A terceira divisão é transversal formando oito blastômeros também iguais. Esse tipo de segmentação é típica nos Equinodermas, nos Protocordados (anfioxo) e nos mamíferos. Na divisão holoblástica desigual, após a formação dos quatro primeiros blastômeros, a terceira divisão transversal não ocorre num plano perfeitamente transversal mediano, nisto resulta quatro células superiores menores (os micrômeros) e quatro células maiores inferiormente (os macrômeros). Em outras palavras: quatro micrômeros ficam localizados no polo animal e quatro macrômeros no polo vegetal. É típica nos anfíbios. Na segmentação Meroblástica os subtipos dependem da diferença e da distribuição do vitelo. O subtipo Meroblástica Discoidal, ocorre em ovos telolécitos na região sem o vitelo, produz uma blástula discoidal e é típica dos peixes e nos répteis e nas aves. Já, o subtipoMeroblástica Superficial, ocorre nos ovos do tipo centrolécitos, pois, as células embrionárias se posicionam perifericamente e o vitelo ocupa o centro do oco. É típica dos Artrópodes. Já, o subtipo Meroblástica Superficial, ocorre nos ovos do tipo centrolécitos, pois, as células embrionárias se posicionam perifericamente e o vitelo ocupa o centro do oco. É típica dos Artrópodes. Quando um embrião atinge oito células afirma-se que ele já terminou a terceira clivagem e após a formação da mórula (estágio de dezesseis células) a quarta divisão já ocorreu. Figura 8 – Representa processo de segmentação holoblástica igual em (1) e desigual em (2). PA é a área do polo animal com as células denominadas de micrômeros e PV é o polo vegetal com os macrômeros. O tipo (1) ocorre no ouriço do mar, nos mamíferos e no anfioxo. O tipo (2) ocorre no sapo, rã e pererecas. Fonte: http://www.professor.bio.br Também se pode afirmar que o plano da clivagem (das mitoses) promove a característica embrionária na formação de organismos protostômios, onde o blastóporo forma a boca e dos deuterostômios, onde o blastóporo forma o ânus. Por exemplo, em Anelídeos e Moluscos, que são Protostômios a clivagem tem início em processo espiral e determinado, já nos deuterostômios, a clivagem é radial e indeterminada. Entende-se por processo espiral, clivagens em planos diferentes originando células menores e maiores (micrômeros e macrômeros) que não se posicionam corretamente umas sobre as outras e processo determinado, porque as células, já se apresentam diferenciadas, isto é cada célula possui nesta fase do desenvolvimento função determinada. Caso uma célula seja retirada desta formação em espiral, ela não dará origem a outro embrião. Tal processo em espiral é típico nos organismos protostômios. Já, no processo radial, as duas primeiras clivagens do tipo longitudinal são perpendiculares entre si, originando quatro células idênticas. Na terceira divisão, a qual é transversal, forma-se oito células de tamanhos diferentes (micrômeros e macrômeros) as quais se posicionam corretamente umas sobre as outras e cada célula nesta fase do desenvolvimento apresenta função indeterminada, são indiferenciadas. Caso haja a separação destas células, cada uma delas dará início novamente ao processo de clivagem e assim se constituirá oito novos organismos. Esse processo é típico nos deuterostômios (Equinodermas e Cordados). Quando certas células numa das extremidades da blástula realiza processo de invaginação (penetra na blastocele – cavidade dentro da blástula) tem início a gástrula e consequentemente a formação de um novo espaço interno denominado de intestino primitivo (arquenteron / arquêntero); do blastóporo e das células constituintes do ectoderma e do endoderma. Dependendo do animal, o mesoderma forma-se por processo a partir do ectoderma como também a partir do endoderma. Organismos podem ser acelomados, pseudocelomados e celomados. O celoma tem início na gástrula e nos organismos protostômios forma-se por divisão de bolsas mesodérmicas, as quais se interpõem entre o ectoderma e o endoderma. Já nos organismos deuterostômios, forma-se a partir de bolsas endodérmicas (evaginações endodérmicas que se soltam do arquenteron). EMBRIOLOGIA GERAL: PERÍODO EMBRIONÁRIO E FETAL DO SER HUMANO A Embriologia Geral descreve os principais eventos que ocorrem na gestação, período este, que pode ser dividido em embrionário, que tem início na fecundação e término no segundo mês (60 dias / 8ª. semana) e fetal, com início a partir do terceiro mês (61 dias / 9ª. semana) e final no nascimento, geralmente, no nono mês (266 / 270 dias / 38ª. semanas). A descrição dos eventos embriológicos pode ser realizada em meses lunares (cada mês lunar têm 27 dias), em expressões como estágios (estágio lacunar / 9º. dia, estágio de Carnegie, o qual reúne eventos num determinado espaço de tempo da gestação). Pode-se ainda dividir o período embrionário em pré-embrionário (da fecundação até a 2ª. semana) e embrionário a partir (da 3ª. semana até a 8ª. semana). A data do nascimento pode ser calculada como sendo 266 dias ou 38 semanas, após a data estimada da fecundação, ou 280 dias após o último período menstrual. No período embrionário ocorre a formação e a diferenciação de células e de tecidos organizando órgãos (organogênese) constituintes dos sistemas. O tamanho de um embrião humano com sessenta dias é de aproximadamente 2,8 cm. Já no período fetal ocorre o desenvolvimento, o ganho de peso e ainda crescimento dos órgãos formados como também a funcionalidade inicial de alguns destes, por exemplo, o coração, para que na vida pós-natal os mesmos estejam aptos para realização de todas as funções pertinentes. O tamanho de um feto no momento do nascimento é de aproximadamente 50 cm. Período Embrionário: A descrição a seguir deste período será realizada em dias como também em semanas. O estudante deve adaptar-se à nomenclatura de palavras utilizadas na Ciência Embriologia, como também seguir o texto com o acompanhamento das ilustrações (esquemas) de processos da organogênese. Primeira semana: os eventos marcantes após a ovulação são: fertilização e fecundação que ocorrem na tuba uterina, segmentação (clivagem) da célula ovo do tipo oligolécito (zigoto), após trinta horas da fecundação, originando na primeira divisão longitudinal, duas células denominadas de blastômeros (2º. dia). Estas originam também por divisão longitudinal quatro blastômeros. A terceira divisão é transversal originando oito blastômeros e assim sucessivamente. A figura embrionária com dezesseis células é a mórula. Por volta do quarto dia constitui-se o blastocisto, figura embrionária formada por uma massa celular interna (embrioblasto), por células trofoblásticas que recobre a massa celular como também a cavidade desta estrutura, a blastocele. No quinto dia o blastocisto chega ao útero e no sexto dia realiza uma aderência na parede interna do útero. No sétimo dia têm início a sua nidação (implantação) na mucosa uterina. As células trofoblásticas que se encontram acima da massa celular dão agora origem ao sinciciotroblasto, cuja função inicial é causar erosão na parede uterina para facilitar a implantação e a formação inicial dede lacunas. Figura 9 – Blastocisto no sexto dia encontra-se aderido ao epitélio do endométrio (no útero). Observe a massa celular interna (o embrioblasto). Fonte: Embriologia Clínica – Moore e Persaud – Edta Elsevier. 2011. Nota: Implantação ectópica é a nidação fora do local correto. São vários os fatores que levam a ectopia (erros no transporte do zigoto, expulsão do blastocisto da tuba uterina, baixa produção do hormônio gonadotrofina coriônica – HCG). São alguns locais desta nidação: tuba uterina, abdome (sobre as vísceras), colo do útero e mesmo no ovário. Casos de nidação ectópica no abdome já foram descritos com sucesso até o 7º. / 8º. mês de gestação. Segunda semana: (do 8º. dia até 14º. dia) observa-se que a massa celular interna (embrioblasto = embrião jovem) que terá a incumbência de originar o novo organismo, começa a se diferenciar e formar duas camadas distintas de células, lembrando um disco sobre outro disco. As células da camada superior (disco superior) são denominadas de EPIBLASTO e as da camada inferior de HIPOBLASTO. Neste estágio do desenvolvimento o embrião é dito bilaminar ou diblástico, pois, é constituído por dois conjuntos celulares. Sobre o epiblasto vai ocorrer a formação da cavidade amniótica. São células do epiblasto que originam células constituintes da parede amniótica. Abaixo do hipoblasto a área é denominada de saco vitelínicoprimitivo. Os esboços placentários são representados por redes lacunares e por vilosidades primárias, provenientes do citotrofoblasto (células uninucleadas que ocupam a porção central desta vilosidade primária) e do sinciciotrofoblasto (células multinucleadas que recobrem o citotrofoblasto). Assim, já por volta do 13º. dia tem início um tipo de circulação entre o útero materno e esboços placentários. O sinciciotrofoblasto é uma massa celular multinucleada (sincício), a qual também terá a função de produzir o hormônio gonadotrofina coriônica (HCG). Este hormônio é responsável por manter as atividades do corpo lúteo ou corpo amarelo do ovário, na produção dos hormônios progesterona (progestógenos) e estrógenos (estrogênios). Esse hormônio também é utilizado para fazer o teste de gravidez (na urina e no sangue). Resumindo os derivados do epiblasto e do hipoblasto: epiblasto origina o ectoderma do âmnio, do embrião e a linha primitiva. Essa formação ectodérmica da linha primitiva por sua vez origina: mesoderma extra embrionário como também do embrião, processo notocordal e o endoderma do embrião; hipoblasto: origina o endoderma do saco vitelínico o qual também forma o mesoderma extra embrionário. Figura 10 – O sinciciotrofoblasto por volta do sétimo dia começa a penetrar no tecido conjuntivo da mucosa uterina (no endométrio). Fonte: Embriologia Clínica – Moore e Persaud – Edta Elsevier. 2011. Terceira semana: (do 15º. dia até 21º. dia) ocorre à gástrula, o embrião é dito trilaminar, pois, é portador dos três folhetos embrionários: o ectoderma derivado do epiblasto, o endoderma derivado do hipoblasto por indução do epiblasto e o mesoderma que se forma também a partir do epiblasto (17º. dia). Por volta de 24/25º. dias, surgem as vilosidades secundárias as quais se caracterizam por apresentarem mesoderma situado centralmente, revestido pelo citotrofoblasto e este pelo sinciciotrofoblasto. As vilosidades terciárias já são dotadas de capilares sanguíneos, os quais se localizam entre o mesoderma extraembrionário. Entre as vilosidades ocorrem os espaços intervilos, com sangue materno contendo nutrientes que por processos de difusão deverão se dirigir para o embrião / feto por vasos que serão formados no cordão umbilical. Figura 11- Esquema indicativo da formação do embrião trilaminar. As setas fornecem os sentidos das migrações celulares, em particular das células mesenquimais. Fonte: Embriologia Clínica – Moore e Persaud – Edta Elsevier. 2011. Portanto, nas primeiras semanas toda a superfície coriônica é revestida pelas vilosidades, processo que deverá regredir com o passar dos dias (as vilosidades desenvolvem-se na área da decídua basal e desaparecem na área da decídua capsular). Essas vilosidades que se desenvolvem constituem um córion espesso (frondoso) e na área capsular o córion é denominado de liso. O córion frondoso com a decídua basal constitui a placenta. Devido ao desenvolvimento do embrião/feto, a fusão do âmnio com o córion resulta na formação da membrana amniocoriônica, deixando de existir assim a cavidade coriônica. No momento do parto, essa membrana se rompe e todo o líquido amniótico aí dentro presente é liberado. Na metade da gravidez, a decídua capsular já se encontra aderida na decídua parietal. Com 21 dias o mesoderma já originou de quatro a sete pares de somitos. A formação da notocorda é descrita através do processo notocordal, o qual se origina a partir de células mesenquimais do nó primitivo. A fosseta primitiva e o canal notocordal se formam pelo crescimento do processo notocordal. As aberturas deste canal surgem e se obliteram constituindo a placa notocordal, a qual se dobra e constitui a notocorda. Ao redor da notocorda surge o esqueleto axial, responsável pela formação das seguintes partes: crânio, coluna vertebral, costelas e esterno. Portanto, um espessamento do ectoderma originou a placa notocordal a qual induz a placa neural a formar um sulco denominado de neural e pregas neurais. Essas pregas (são dobras) se fusionam e originam um tubo denominado de tubo neural, responsável pela formação do sistema nervoso. NEURULAÇÃO É A DENOMINAÇÃO dada para a formação da placa neural e do tubo neural. Durante o processo da fusão das pregas surgem áreas denominadas cristas neurais, também formadas por células ectodérmicas, as quais terão a função de originar gânglios nervosos (cranianos e espinhais), gânglios sensitivos dos nervos, células da retina e melanócitos. O mesoderma localizado lateralmente à notocorda é denominado de mesoderma paraxial, estruturalmente, é representando por células mesenquimais as quais terão a função de originar vértebras, costelas, músculos axiais como também a derme da pele. Trata-se de pacote mesodérmico (somito), que terá que se diferenciar em três porções: uma média, o miótomo, outra interna, o esclerótomo e ainda uma externa, o dermátomo. Conceitos fundamentais (relacionados com a 3ª. semana) Presença da linha primitiva: surge no início do processo da gastrulação, é um sulco construído por células do epiblasto e a sua porção cefálica é representada pelo nó de Hansen (área mais elevada de células epiblásticas, as quais cercam uma abertura, a fosseta primitiva). Nesta área da linha primitiva e do nó de Hansen (área de organização celular) certas células do epiblasto realizam invaginação para gênese dos outros dois folhetos embrionários, o endoderma e o mesoderma. As células epiblásticas que não realizaram a invaginação darão origem ao ectoderma. Portanto, o epiblasto relaciona-se com a origem dos três folhetos embrionários (Hipoblasto foi deslocado e células oriundas do epiblasto formam o endoderma). Essa linha desaparece no final da quarta semana. Células oriundas por invaginação do nó de Hansen formam novas células denominadas de pré notocordais, as quais migram em direção cefálica até a placa pré cordal. Essas células, permanecem por um determinado tempo intercaladas no endoderma constituindo a placa notocordal. No momento que a placa notocordal se solta do endoderma, ela passa a constituir a notocorda (corda dorsal em forma de tubo). Resumindo: invaginação de células epiblásticas do nó de Hansen originam células pré notocordais, que por sua vez formam a placa notocordal que ao se desligar do endoderma constitui-se em notocorda. Esse tubo irá definir o eixo primitivo do embrião dando-lhe rigidez; servirá de base para o desenvolvimento do esqueleto axial ( ) e também indica o local dos futuros corpos vertebrais. Na vida adulta, a notocorda, torna-se órgão vestigial, passa a ser denominado de núcleo pulposo e fica localizado no disco intervertebral. O estabelecimento dos eixos corporais: anteroposterior, dorsoventral e esquerdo-direito tem início no final da segunda semana e prosseguem durante a gastrulação. A partir da formação mesodérmica e das migrações celulares constituintes dos folhetos embrionários, o disco embrionário trilaminar muda de forma, passando a possuir forma tubular com a porção anterior (cefálica) mais larga e a porção posterior (caudal) mais fina. Resumindo a gastrulação: é uma das fases mais críticas do período embrionário, ocorrem importantes transformações, o embrião de estrutura bilaminar passa para trilaminar. Seu início é por volta do 15º. dia com o aparecimento da linha primitiva. No final da terceira semana há mesoderma entre o ectoderme e o endoderma, exceto, na região anterior (cranial) onde se localiza a membrana buco faríngea, na região posterior (caudal), local da membrana cloacal e nas áreas ocupada pela notocorda. Fig.12 Fig. 13 A figura 12 demonstra o início da formação do mesoderma (início da 3ª. semana) a partir de células do epiblasto (futuro ectoderrma). Algumas destas vão se interporno hipoblasto para dar origem ao endoderma. A figura 13 demonstra corte no embrião proximo ao fim da 3ª. semana. Observe a presença dos três folhetos embrionários, da notocorda e do mesoderma (paraxial, intermediário e lateral). Bem próximo à notocorda fica o mesoderma paraxial. Fontes das figuras 12 e 13: Embriologia Clínica – Moore e Persaud – Edta Elsevier. 2011. Quarta semana: (22º. dia até 28º. dia) o embrião possui forma tubular, tendo no início desta semana de 2 até 3,5 mm de comprimento com quatro até 12 pares de somitos (pacotes mesodérmicos). Células ectodérmicas derivadas do epiblasto constituíram na região cefálica a placa neural a qual deverá evoluir e formar o tubo neural na 4ª. semana. As porções mais elevadas da placa neural originam as pregas neurais e as menos elevadas constituem o sulco neural. As pregas deverão iniciar um processo de fusão a partir do quinto par de somito. Dessa fusão das pregas resulta um tubo denominado de neural. São bem visíveis às aberturas do tubo neural, o neuróporo anterior (rostral) e o posterior (caudal), estrutura embriológica de origem ectodérmica e responsável pela formação do sistema nervoso. O processo de fechamento do tubo neural tem início no 22º. dia e por volta do 26º. dia, o neuróporo rostral se fecha, ocorrendo o mesmo com o caudal por volta do 28º. dia. Neste período do desenvolvimento observa-se a presença dos arcos e dos sulcos branquiais externamente e das bolsas branquiais de constituição endodérmica internamente. Estas formações já se fazem presentes por volta de vinte e quatro dias. Cada arco branquial é constituído por uma artéria, um elemento muscular, outro cartilaginoso e por um nervo. Por exemplo, o 1º. arco branquial é denominado de mandibular e dará origem a dois processos, o superior, o maxilar e o inferior, o mandibular. Cada constituinte de cada arco branquial como também de cada bolsa branquial e dos sulcos darão origem de estruturas adultas. Por exemplo, no 1º. arco, o nervo, (par craniano V), formará o nervo trigêmio; a cartilagem é a de Meckel (hialina) orientará a construção da mandíbula, o elemento muscular relaciona-se com a gênese do músculo masseter (músculo da mastigação). São seis os pares de arcos, cinco os pares de bolsas e quatro os pares de sulcos branquiais, estes, localizados entre os arcos. Assim, no final desta semana já existe quatro pares de arcos branquiais bem visíveis. Fig. 14 Figura 14 – Esquema representando em corte a formação do tubo neural (neurulação). Observe o somatopleura (ectoderma + mesoderma) e o esplancnopleura (endoderma + mesoderma). Já há indicação do celoma (cavidade revestida exclusivamente pelo mesoderma. Fonte: Embriologia Clínica – Moore e Persaud – Edta Elsevier. 2011. Em resumo: células ectodérmicas são as responsáveis pela formação da placa neural, como também pela origem do sulco, das pregas, das cristas neurais e finalmente do tubo neural. As células que se destacam das cristas neurais após o fechamento do tubo neural realizam processos de migrações por áreas dorsal e ventral, como também em direção cranial. As que migram dorsalmente fazem via derme penetrando no ectoderma e originam as células denominadas de melanócitos. Já, as que migram ventralmente, fazem via somitos e originam gânglios nervosos simpáticos, gânglios entéricos, células de Schwann e a medula da glândula suprarrenal. Finalmente, as que migraram cranialmente formarão: partes do esqueleto craniofacial, formação de gânglios craniais e de células da neuróglia além dos melanócitos e de outras células intraepidérmicas. Quando ocorrer o fechamento completo do sulco neural constitui o tubo neural (processo da neurulação chega ao final). No final desta quarta semana há aproximadamente em ter 26 até 29 pares de somitos Fig. 15 Fig. 16 Fig. 17 As figuras 15, 16 e 17 são cortes que ilustram o desenvolvimento do folheto mesoderma (15, 16 e 17 no início). Esta última já indica um corte no embrião com a presença do tubo neural, portanto, por volta de 28 dias (4ª. semana). Fontes das Figuras 15, 16 e 17: Embriologia Clínica – Moore e Persaud – Edta Elsevier. 2011. Figura 18 Figura 19 Figuras 18 e 19 indicam fotografias de embriões humanos entre 28 e 32 dias do desenvolvimento embrionário. Observe a morfologia de tubo, a presença de pares de somitos (Fig. 18). Já na figura 19 é possível identificar a região cefálica como a caudal, cotos dos membros superiores e inferiores, além da presença do 1º. e do 2º. arco branquial (faríngeo). Externamente, entre estes dois arcos encontra-se o sulco branquial. Fonte: Embriologia Clínica – Moore e Persaud – Edta Elsevier. 2011. Quinta semana: (29º. dia até 35º. dia) é bem visível os cotos (brotos) dos membros superiores, estes são mais desenvolvidos quando comparados com os dos membros inferiores. Ocorre o crescimento da cabeça (do sistema nervoso central). O segundo arco branquial cresce em direção caudal se sobrepondo ao terceiro arco branquial e os arcos caudais crescem em direção cranial. No final desta semana, os brotos dos membros superiores apresentam forma de remo enquanto dos inferiores forma de nadadeiras. O intestino primitivo (arquenteron) possui seu desenvolvimento contendo a faringe primitiva, o intestino anterior, o médio e o posterior. Por volta do 31º. dia, um broto do arquenteron (intestino primitivo), formado de endoderma, começa a originar os pulmões. Com 30 dias de vida, o embrião é dotado de 35 pares de somitos. O embrião encontra-se completamente implantado na mucosa uterina, dentro de um saco denominado de amniótico (âmnio) e localizado na cavidade coriônica (cavidade revestida internamente por mesoderma extraembrionário, daí a denominação de cavidade extraembrionária). Sexta semana: (36º. dia até 42º. dia) ocorre à presença dos raios digitais nas placas das mãos, presença de saliência auricular ao redor do primeiro sulco branquial. Olho é bem visível e ainda ocupando posição lateral e não frontal. Há um pronunciado desenvolvimento do tecido muscular, isto é, dos músculos dos olhos, dos arcos branquiais / faríngeos, dos miótomos occipitais, cervicais e torácicos. Miótomos são formações derivadas das porções centrais dos somitos. Estes também originam o dermátomo, localizado abaixo do ectoderma e que formará a derme da pele e o esclerótomo, mais internamente, o qual se relaciona com a gênese de peças cartilaginosas e ósseas. Portanto, cada somito originará três porções: uma externa (dermátomo), uma central (o miótomo) e outra interna (o esclerótomo). Sétima semana: (43º. dia até 49º. dia) surge às chanfraduras entre os raios digitais da mão – futuros dedos. A face ainda encontra-se em desenvolvimento, ocorre à fusão em primeiro lugar do processo palatino primário ou mediano, resultando na formação da pré-maxila e posteriormente, a fusão do processo palatino secundário ou lateral, o qual origina o palato anterior (duro), o posterior (mole) e a úvula. Presença do septo interventricular no coração, originando duas cavidades ventriculares, as quais já apresentam espessuras de tecido muscular diferenciadas. A parede do ventrículo esquerdo (do miocárdio) é mais espessa. Presença de uma cauda curta. Por volta do 46º. dia, as membranas fetais já apresentam um relação com o útero bem distinta, isto é: a placenta já se encontra formada como também o cordão umbilical. Oitava semana: (50º. dia até 56º. dia) surgem às chanfraduras nos pés. Os dedos das mãos já estão separados e desaparece a cauda. Músculos voluntários (tecido muscular estriado esquelético) já realizam contrações por ação do sistema nervoso central. Osteogênese já é observada no fêmur e a cabeça do embrião é equivalente
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