Buscar

a experimentacao no ensino de ciencias nas series iniciais do ensino fundamental

Prévia do material em texto

CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE 
FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI 
 
 
PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
A experimentação no ensino de Ciências nas séries iniciais do 
ensino fundamental 
 
 
 
 
 
EDUARDA SAMPAIO DOMINGUES 
 
 
 
 
CAPIVARI SP 
2011 
 
 
 
CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE 
FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI 
 
 
PEDAGOGIA 
 
 
A experimentação no ensino de Ciências nas séries iniciais do 
ensino fundamental 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso de Pedagogia da FACECAP/CNEC 
Capivari para obtenção do título de 
Pedagogo, sob a orientação da Profa. Ms. 
Alessandra R. G. de Lucena. 
 
 
 
 
EDUARDA SAMPAIO DOMINGUES 
 
 
 
 
 
CAPIVARI SP 
2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Domingues, Eduarda Sampaio 
A experimentação no ensino de ciências nas séries 
iniciais do ensino fundamental / Eduarda Sampaio 
Domingues. Capivari - SP: CNEC, 2011. 
 27p. 
 
 Orientadora: Profª Ms. Alessandra R. G. de Lucena 
 Monografia apresentada ao curso de Pedagogia. 
 
 1. Ensino de Ciências. 2. Métodos de Ensino. 3. 
 Experimentação. I. Título 
 
 CDD 372.35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
 
 
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, pois sem ele eu não teria forças para 
realizar este trabalho. 
 
A minha família que esteve do meu lado, me dando apoio, e que sempre me entendeu 
nos momentos em que fiquei nervosa e briguei com todos. 
 
E por último a minha orientadora Alessandra, que sem ela eu não teria começado e 
nem terminado esta pesquisa. 
 
Obrigada a todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOMINGUES, Eduarda. A experimentação no ensino de Ciências nas séries iniciais do 
ensino fundamental. Monografia de Conclusão de Curso. Pedagogia Faculdade Cenecista de 
Capivari – CNEC. 27 p., 2011. 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O tema do presente trabalho é a experimentação no ensino de Ciências nos anos iniciais do 
ensino fundamental. Tal escolha se deu a partir da minha afinidade com a disciplina, pois 
sempre participei das aulas de Ciências, me envolvia bastante com os temas abordados. Tem-
se como objetivo desta pesquisa possibilitar reflexões acerca da relevância do ensino de 
Ciências para o desenvolvimento da criança, apontando procedimentos metodológicos 
adequados e que favoreçam o processo de ensino e aprendizagem. Esta pesquisa pretende 
apontar as dificuldades que os docentes alegam enfrentar ao utilizar a experimentação em seu 
cotidiano profissional. Para tal, escolheu-se como procedimento metodológico a pesquisa 
bibliográfica e a pesquisa de campo que foi realizada em uma escola municipal da cidade de 
Capivari. A pesquisa se desenvolverá numa abordagem qualitativa, sob uma perspectiva 
histórico-cultural, baseada em pesquisa bibliográfica e documental. Os autores escolhidos 
para a realização desta pesquisa são: Fracalanza (1986), Amaral (1986), Gouveia (1986), 
Megid (2006), Bizzo (2000), Weissmann (1998), Campos (1999). 
 
 
Palavras-chave: 1. Ensino de Ciências. 2. Métodos de Ensino. 3. Experimentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................07 
 
 1. BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE CIÊNCIAS.................................................10 
 
1.1 ORIGEM DO ENSINO DE CIÊNCIAS NO BRASIL.....................................10 
 
2. EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS................................................13 
 
 2.1 CONCEPÇÕES DE EXPERIMENTAÇÕES....................................................13 
 
 2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS.....................................16 
 
 2.3 O QUE DIZ O PCN DE CIÊNCIAS SOBRE EXPERIMENTAÇÃO.............18 
 
 3. A PESQUISA DE CAMPO...........................................................................................20 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................25 
 
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................26 
 
APÊNDICE...............................................................................................................................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7
INTRODUÇÃO 
 O tema do presente trabalho é a experimentação no ensino de Ciências nos anos 
iniciais do ensino fundamental ciclo I. Tal escolha se deu a partir da minha afinidade com a 
disciplina, pois sempre participei das aulas de Ciências, envolvia-me bastante com os temas 
abordados. 
 Outro aspecto que me instigou a fazer este trabalho foi a minha vivência no estágio, 
quando observei um professor ministrando aula de Ciências e surpreendi-me com o pouco 
envolvimento do professor e dos alunos no trabalho pedagógico realizado. Afinal, esta 
disciplina sempre me causou curiosidade. O procedimento utilizado por ele foi uma aula 
expositiva, sem a participação do aluno e logo após, os mesmos deveriam responder a um 
questionário. 
 Sabe-se que a disciplina de Ciências torna-se importante para as crianças, pois abrange 
temas extremamente importantes e que despertam a curiosidade das crianças, como corpo 
humano, saúde, natureza, entre outros. A experimentação é um procedimento pedagógico que 
também promove o grande o envolvimento dos alunos, favorecendo o processo educativo. 
O professor acaba tendo espaço para trabalhar com seus alunos de diferentes formas 
assim seu aluno participa ativamente das aulas e se interessam pelas experimentações 
realizadas pelos professores. Porém, constata-se que muitos professores apresentam 
dificuldades para desenvolver tal prática em seu cotidiano profissional, isso ocorre devido a 
vários fatores, tais como, indisciplina dos alunos, ausência de materiais e espaço adequado 
(laboratório). 
É neste cenário que surge essa pesquisa. Tais reflexões despertaram meus interesses 
em relação ao estudo sobre este procedimento metodológico, com o intuito de buscar a 
relevância da utilização desta prática para as aulas de Ciências. 
 Portanto, tem-se como objetivo para a presente pesquisa: possibilitar reflexões sobre o 
conceito de experimentação nas aulas de Ciências bem como seus benefícios e entraves na 
utilização de tal procedimento no cotidiano escolar. Pretende-se também apontar 
possibilidades de caminhos pedagógicos que propiciem o sucesso do processo educativo. 
 
 
8
Torna-se necessário delimitar o problema desta pesquisa: 
O professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental – Ciclo I utiliza a 
experimentação como procedimento metodológico nas aulas de Ciências? 
A partir deste problema surgem outros questionamentos que pretendo discutir ao longo 
do trabalho, são eles: 
• Qual o problema mais freqüente que os professores encontram ao realizarem 
uma experimentação seja em sala de aula ou fora dela? 
• Como o professor pode trabalhar a experimentação em sala de aula, sem que isso 
se torne monótono para seu aluno, tendo como objetivo a participação do mesmo 
em sala de aula? 
• Qual a freqüência que o professor das séries iniciais do ensino fundamental 
trabalha a disciplinade Ciências 
• Quais os procedimentos metodológicos os professores utilizam para trabalhar a 
disciplina de Ciências 
 
Com base no problema delimitado, traçaram-se os objetivos previstos nesta pesquisa, 
são eles: 
 
• Investigar como o professor das séries iniciais de uma escola municipal da cidade de 
Capivari trabalha a experimentação com seus alunos; 
• Identificar com que frequência este professor trabalha temas relacionados ao ensino de 
Ciências; 
• Levantar como os professores utilizam a experimentação como estratégia pedagógica. 
• Descrever as dificuldades que este professor enfrenta para desenvolver a 
experimentação no ensino de Ciências em seu cotidiano profissional. 
 
 Para tal, escolheu-se como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica e a 
pesquisa de campo a ser realizada em uma escola municipal da cidade de Capivari1. A 
pesquisa se desenvolverá numa abordagem qualitativa, sob uma perspectiva histórico-cultural, 
baseada em pesquisa bibliográfica e documental. Os autores escolhidos para a realização desta 
 
1
 O nome da escola será mentido em sigilo. 
 
 
9
pesquisa são: Fracalanza (1986), Amaral (1986), Gouveia (1986), Megid (2006), Bizzo 
(2000), Weissmann (1998), Campos (1999). 
 O trabalho foi organizado em três capítulos. O primeiro capítulo discute sobre um 
breve histórico do ensino de Ciências no Brasil, para que possamos compreender as 
características do ensino de Ciências atual, permitindo apontar as facilidades e dificuldades do 
professor em realizar o trabalho pedagógico. 
 Já o segundo capítulo, discute sobre os pressupostos do PCN de Ciências, destacando 
a importância e finalidade da experimentação no ensino de Ciências. Foi feito também uma 
revisão bibliográfica sobre o tema. 
 Para finalizar, o terceiro capítulo aborda a descrição e analise da pesquisa de campo 
realizada, buscando atender os objetivos previstos neste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10
CAPÍTULO 01 
 
BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE CIÊNCIAS 
 
Este capítulo tem como objetivo discorrer sobre o ensino de Ciências no Brasil, sua 
origem, caracterizando-o, destacando as concepções de ensino e aprendizagem, promovendo 
uma reflexão crítica principalmente quanto aos métodos de ensino utilizados. 
 
1.1 Origem do Ensino de Ciências no Brasil 
 
Em 1549, na Bahia, surge a primeira escola no Brasil cujo objetivo era trabalhar a 
alfabetização e doutrinação da nobreza e religiosos. O ensino científico era inexistente, o que 
se tinha eram as observações dos astros feitas pelos jesuítas e seminaristas, sem vinculação ao 
ensino. O ensino desenvolvido neste período apresentava as seguintes características: literário, 
retórico e livresco. As diretrizes para este ensino vinham da Europa. (FRACALANZA, 
MEGID NETO, 2006) 
A disciplina de Ciências Físicas e Naturais surge com a fundação do colégio Pedro II, no 
Rio de Janeiro, em 1837. As características do ensino de Ciências desenvolvido no colégio 
Pedro II eram pautadas no ensino tradicional com influencia do ensino europeu, em que os 
métodos utilizados eram exposição oral do professor, sem a participação do aluno, 
propiciando a transmissão de conhecimento, atividades que promoviam a memorização dos 
conteúdos, a repetição mecânica e a valorização do produto final de Ciências. 
(FRACALANZA, MEGID NETO, 2006) 
As características do ensino de Ciências não se modificaram muito ao longo do tempo, o 
que se observa é que no século XX, especificamente na década de 20, não existiam cursos de 
licenciatura no Brasil, portanto, os professores de Ciências não eram habilitados para 
ministrar aulas para o ensino de Ciências, quem ministrava essas aulas eram médicos, 
veterinários, entre outros. 
As inovações no ensino de Ciências ocorrem na década de 50, em que surgiram diversos e 
variados movimentos para transformar o ensino de Ciências, os quais foram considerados 
inovações educacionais, principalmente na educação básica. (FRACALANZA, MEGID 
NETO, 2006). 
 
 
11
Deve-se destacar que a educação no Brasil sofreu nos últimos 45 anos influências 
excessivas dos Estados Unidos através de acordos de cooperação internacional desse período 
(FRACALANZA, MEGID NETO, 2006). No ensino de Ciências, essa influência se 
substanciou mediante as absorções das principais idéias de renovações que continham os 
projetos de ensino norte-americanos, que foram adaptados e difundidos no Brasil nos anos 60. 
(FRAKALANZA, MEGID NETO, 2006). 
Fracalanza e Megid apontam que dois fatos importantes aconteceram nos EUA, que 
promoveram o início da modernização do ensino de Ciências na década de 50: a explosão da 
bomba H e o lançamento pela URSS em 1957, do Sputnik I, que foi o primeiro satélite 
artificial com órbita ao redor da Terra. 
No Brasil, meados dos anos 60, as inovações foram lideradas por instituições como o 
IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura) e a FUNBEC (Fundação 
Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências). Ambas foram criadas no estado de 
São Paulo, por professores de Ciências de diversos estados brasileiros. 
O objetivo dessas entidades era primordialmente traduzir e adaptar projetos norte-
americanos em diversas áreas como biologia, química, física, com objetivo de criar uma 
grande produção de material didático para o ensino, promovendo o aperfeiçoamento do ensino 
de Ciências. Estas instituições não mediram esforços para a implementação de projetos 
inovadores para o ensino de Ciências, criando novos materiais, e cursos de capacitação 
docente que promovessem a atualização dos professores para que pudessem fazer uso desses 
materiais. (FRACALANZA, MEGID NETO, 2006). 
Outra inovação marcante na década de 60 foi a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional Lei 4.024/61, que permitiu a flexibilidade dos currículos, assim 
ampliando o tempo destinado ao ensino de ciências, nas escolas de Ensino Fundamental e 
Médio. (FRACALANZA, MEGID NETO, 2006). 
 Oliveira e Junior apontam que a disciplina tornou-se obrigatória no Brasil a partir da 
promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) n° 4.024/61. Os autores 
destacam também que a formação inicial de professores para esse nível de ensino só passou a 
ser discutida e realizada na década de 70. 
 No final da década de 60 e início da década de 70, a escola de primeiro grau substituiu os 
antigos cursos que eram o primário e o ginasial e nesse novo contexto foi proposto um 
tratamento interdisciplinar do ensino de Ciências no decorrer do primeiro grau. 
(FRACALANZA, 1986). 
 
 
12
Já nos anos 70 os problemas relativos ao meio ambiente e à saúde começaram a ter 
presença quase obrigatória em todos os currículos de ciências Naturais assim abordando 
diferentes níveis de profundidade e pertinência (BRASIL, 2001). 
Ao longo do tempo, o ensino de ciências foi atualizando seus conteúdos, deixando de 
lado as inadequadações da forma que eram utilizadas, assim transmitindo conhecimento e 
formulando uma estrutura na área. 
Nos anos 80, acompanhando o movimento da sociedade brasileira, de revisão do seu 
passado mais recente, a educação passou por um processo de caracterização, surgindo uma 
intensa discussão sobre o papel da escola em nossa sociedade. Outros aspectos que foram 
discutidos foram as preocupações com as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade, 
ênfase na educação na educação ambiental, na ecologia humana e na ética nas ciências; a 
valorização dos aspectos cognitivos, da cultura e do cotidiano do aluno. (FRACALANZA, 
MEGID NETO, 2006). 
O ensino de Ciências, além de inserir-se nas características expostas, vem se 
manifestando através decorrentes divergentes. Há os que propunham pela definitiva 
consolidação das linhas de renovação construídas nas décadas anteriores. Outros, por sua vez, 
empenham-se no sentido do retorno aos modelos do passado em virtude de se encontrarem 
desiludidos com o aparente fracasso das propostas de inovações das últimas décadas. 
(FRACALANZA, 1986). 
 Segundo Oliveira e Junior, na década de 90 foi promulgada mais uma nova Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação – LDB - de Nº. 9.394/96 que, dentro de vários avanços e 
objetivos, tornou obrigatória a formação em nível superior de cursos plenos para profissionais 
da educação (BRASIL, 1998). O fim dos cursos de licenciatura curta não resultou numa 
formação específica para os professores de ciências que atuam no Ensino Fundamental, sendo 
que a maior parte das universidades brasileiras preferiu continuar a formar professores em 
áreas específicas. 
Atualmente, constata-se que o ensino de Ciências apresenta características da escola 
tradicional, em que o livro didático é o principal recurso utilizado pelo professor, 
desenvolvendo atividades memorísticas e de repetições. 
Diante deste cenário, torna-se necessário discutir alguns métodos de ensino utilizado 
pelos professores para desenvolver o ensino de Ciências nos anos iniciais do ensino 
fundamental ciclo I. Tais questões serão discutidas no próximo capítulo. 
 
 
 
 
13
CAPÍTULO 02 
 
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS 
 
A experimentaçãso pode ter um importante papel na modificação das idéias dos 
alunos, como eles podem colher dados que não dependem diretamente de seu 
controle e qual o papel do professor diante da experimentação. (BIZZO,2000 p.77). 
 
 Este capítulo tem como objetivo promover reflexões sobre os conceitos e benefícios da 
experimentação para o ensino de Ciências. Pretende-se tambem discutir o que os PCNs 
(PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS) de Ciências dizem sobre o tema. 
2.1 Concepções de experimentações 
A experimentação é um procedimento metodológico de grande relevância para o 
ensino de Ciências. Sabe-se que tal atividade desperta a curiosidade dos alunos, favorecendo o 
envolvimento dos mesmos nas aulas de Ciências. Porém, verifica-se que temos várias formas 
de realizar tal procedimento metodológico. 
As experiências despertam em geral um grande interesse nos alunos, além de 
proporcionar uma situação de investigação. Quando planejadas levando em conta 
estes fatores, elas constituem momentos particularmente ricos no processo de 
ensino-aprendizagem. (DELIZOICOV, ANGOTTI, 2000, p. 22). 
Bizzo aponta que as aulas de Ciências, geralmente são cercadas de expectativas por 
parte dos alunos. Há uma motivação natural referente as aulas dirigidas ao enfrentar desafios e 
investigar diversos aspectos da natureza, nos quais as crianças apresentam um grande 
interesse. (BIZZO, 2000). 
Torna-se importante também que o professor perceba que a experimentação é um 
elemento extremamente importante nas aulas de ciências, mas ressaltando que ela dada por si 
só, não garante um bom aprendizado, pois quando um aluno realiza uma experimentação, 
acaba tendo a oportunidade de verificar se aquilo que ele pensa ocorre mesmo de fato, e assim 
a partir de alguns elementos ele acaba não tendo o controle absoluto 
 
 
14
 Bizzo destaca que não se pode esperar que uma simples realização de um 
experimento seja suficiente para modificar a forma de pensar dos alunos, pois a realização de 
experimentos torna-se uma tarefa muito importante, mas sem dispensar o acompanhamento 
constante do professor, que deve pesquisar o resultado dos experimentos encontrado pelos 
alunos. ( BIZZO, 2000). 
Considerando que Ciência é dúvida, surge a partir de um problema, de um 
questionamento, torna-se necessário compreender como é um ciclo investigativo. 
 Campos (1999) destaca que o ciclo investigativo surge de uma situação problemática 
aberta e confusa. A investigação inicia pela analise qualitativa de trabalhos bibliográficos, ou 
seja, busca-se um corpo de conhecimento, teorias sobre o tema estudado. Após isso, se dá a 
elaboração de hipóteses ou modelos que podem ser testados exeperimentalmente ou a partir 
de conhecimentos. Para tal, é necessário a elaboração de várias estratégias de teste, incluindo 
aqui a realização de experimentos. 
Após a realização dos experimentos, cabe a interpretação dos resultados à luz das 
hipóteses e do corpo teórico já construído para chegar a conclusão final. Posteriormente, 
comunicam-se os resultados e as conclusões do ciclo investigativo. 
Portanto, o autor aponta que a experimentação é uma das etapas do ciclo investigativo 
e que deve surgir a partir de uma situação problema, permitindo a elaboração de hipóteses. A 
experimentação é uma ação para checar a hipótese. 
Campos destaca que a experimentação deve ser mediada pelo professor, que deve 
“provocar” o aluno por meio de questionamentos, valorizando as colocações dos mesmos: 
...Para isso, é importante que o professor estimule e valorize as indagações dos 
alunos. Suas primeiras tentativas de respostas merecem não só o respeito do 
professor, mas também ser consideradas verdadeiras hipóteses exlicativas com as 
quais trabalhará. (CAMPOS, 1999, p.145). 
 
O mesmo autor coloca que uma das formas de testar as hipóteses explicativas dos 
alunos é a realização das atividades experimentais investigativas. Destaca ainda que não se 
trata de demonstrações mágicas para entreter os alunos, mas de atividades planejadas pelos 
professores e alunos com o intuito de analisar as hipóteses explicativas. 
 
 
15
Campos alerta que para fazer uma boa investigação, o professor precisa de alguns 
quesitos e habilidades: 
Portanto, para fazer uma boa investigação, o professor de ciências, além de 
reconhecer as hipóteses explicativas dos alunos, deve incentivá-los e auxiliá-los a 
planejar e a executar experimentos investigativos apropriados para averiguá-las. 
(CAMPOS, 1999, p. 147). 
 Verifica-se que na escola ocorre uma confusão entre os procedimentos metodológicos 
no ensino de Ciências, especificamente entre experimento e atividade prática de 
demonstração. Há uma diferença entre estas atividades. 
Atividade prática de demonstração proporciona ao aluno o contato com fenômenos ou 
fatos, mas são feitas pelos professores e copiadas pelos alunos, não há problematização e nem 
teste de hipóteses. Já a experimentação, que é uma etapa do ciclo investigativo, surge a partir 
de uma situação problemática, cujo intuito é testar as hipóteses previamente formuladas pelos 
alunos e professores. ( CAMPOS, 1999). 
Um experimento não deve ser confundido com uma atividade prática do tipo 
demonstração. Enquanto esta possibilita o contato do aluno com certos fenômenos 
ou fatos, o experimento destina-se a testar hipóteses previamente formuladas. 
(CAMPOS, 1999, p.147). 
O mesmo autor destaca que o professor deve auxiliar as crianças dos anos iniciais, 
pois as mesmas apresentam dificuldades em propor experimentos. Campos aponta que o 
professor deve: 
[...] se preocupar em ir aumentando pouco a pouco a autonomia das crianças. Isso 
possibilitará que, nos anos posteriores, elas formulem e executem seus próprios 
projetos experimentais. (1999, p.147). 
Para Campos o professor, em um trabalho investigativo, deve auxiliar os alunos a não 
centralizarem tanto o foco nas hipóteses que se desviem do problema central. Cabe ao 
professor o papel de mediador, orientador das investigações. O autor coloca que o professor 
deve: 
• Incentivar os alunos a formular hipóteses explicativas. 
• Auxiliar na elaboração das hipóteses e dos experimentos 
para testá-las. 
• Possibilitar a efetiva comprovação experimental das 
hipóteses dos alunos. 
• Colaborar nas discussões, evitando que os alunos se 
desviem demais do objetivo central.16
• Propor atividades em que o aluno perceba claramente o que 
e por que vai fazer, e as relações com aquilo que já foi feito. 
( CAMPOS, 1999, p.150). 
2.2 Classificação das Ativiades Práticas 
Campos (1999) propõe uma classificação das atividades práticas para que favoreça a 
analise de práticas pedagogicas, são elas: 
• Demonstrações práticas: atividades que são realizadas pelo professor, às quais o 
aluno assiste a maior parte do tempo sem poder intervir. Possibilitam ao aluno 
maior contato com fenômenos ja conhecidos, mesmo ele não tendo dado conta 
dele. 
• Experimento ilustrativos: são atividades em que o aluno pode realiza e que 
cumprem as mesmas finalidades das demonstrações práticas. 
• Experimentos descritivos: atividades que são realizadas que nem sempre o 
professor tem obrigação de dirigir. Os alunos tem contato direto com coisas ou 
fenômenos que precisam ser apurados, sendo comun ou não no nosso dia-a-dia. 
• Experimentos investigativos: são direfentes das outras pois envolvem 
obrigatoriamente a discussão de idéias, e elaboração de ipóteses explicativas e 
experimentos para testá-las. Fazendo com que o aluno crie a criticidade, assim 
trabalhando como os cientistas. (1999, p.151). 
O autor destaca que a demonstração prática, experimento ilustrativo e descritivo, os 
alunos não possuem a oportunidade de intervir na atividade, e acaba não sendo esclarecedora 
aos alunos, mostra-se como um evento de entreterimento aos alunos, atividade mágica. Não 
há abertura de questionamentos aos alunos sobre o que estão observando e nem estimulo a 
investigação. 
Já o experimento investigativo, o aluno é ativo na realização da atividade, é 
estimulado a elaborar hipóteses, problematizações. Deve construir estratégias para testar as 
hipóteses construídas, testando-as e analisando os resultados. 
Porém, o mesmo autor destaca que as demosntrações práticas apresentam finalidades 
específicas, como pode constatar no quadro abaixo: 
 
 
 
 
 
 
17
Demonstrações e experiências ilustrativas Investigações e experimentos 
Ser uma ponte entre a realidade e uma teoria 
absoluta. 
Desenvolver a autonomia dos alunos. 
Possibilitar o contato com materiais, fatos ou 
fenômenos que os alunos teriam dificuldades 
em conhecer de outra forma. 
Promover a aprendizagem significativa pela 
mudança não só conceitual, mas também 
metodológica e atitudinal. 
 Possibilitar a visão de ciências como uma 
interpretação do mundo, e não como um 
conjunto de respostas prontas e definidas. 
 Desenvolver amplamente habilidades e 
capacidades relacionadas à aprendizagem. 
Adaptado de Campos, 1999, p. 152. 
 Uma demonstração prática também pode servir para ilustrar uma exposição 
teórica do professor, assim permitindo com que os alunos conheçam algumas formas mais 
palpáveis das teorias abstratas. 
As demonstrações práticas podem e devem ser utilizadas pelos professores somente 
para atender finalidades muito bem definidas.,.não devem ser o único instrumento 
didático para viabilizar a aprendizagem de determinados conteúdos... (CAMPOS 
1999, p. 142). 
Portanto, conclui-se que o trabalho investigativo com crianças mais novas apresenta 
características próprias. O objetivo da investigação com essa faixa etária é que os alunos 
desenvolvam a observação dos fatos da vida, comecem a identificar e elaborar os problemas 
ao seu redor, dando palpites para suas próprias indagações. ( CAMPOS, 1999). 
É importante que o docente não esqueça de que deve proporcionar às crianças mais 
novas a capacidade de conhecer e indagar mais sobre o mundo, adquirindo mais informações, 
compreendendo as coisas, fazendo previsões e até tentando explicá-las. ( CAMPOS, 1999). 
Campos destaca que: 
Cabe ao professor estar atento para o fato de que não é uma atividade prática 
isolada, mas todo um processo que inclui discussões e atividades intercaladas, que 
permite a formulação de ideias e a construção de teorias e conhecimentos sobre o 
problema que está sendo investigado. (CAMPOS, 1999, p. 153). 
Portanto, verifica-se que os autores destacam a importância da experimentação nas 
aulas de Ciências, e é notória a sua relevância para o sucesso do processo educativo, 
 
 
18
favorecendo o desempenho dos alunos. Diante disto, o terceiro capítulo descreverá a pesquisa 
de campo realizada, cujo objetivo é verificar como os professores tem utilizado a 
experimentação em suas aulas de Ciências. 
2.3 O que diz os PCNs de Ciências sobre experimentação 
Neste item pretende-se trazer a discussão sobre o que os PCNs de Ciências dizem 
sobre a utilização da experimentação nas aulas de Ciências. 
O documento aponta que o experimento desenvolvido pelas escolas atualmente é 
aquele constituído por uma atividade em que o professor segue um protocolo, uma receita ou 
guia, assim demonstra aos alunos o fenômeno decorrente desse experimento. O professor 
mostra aos alunos, e os alunos observam e acompanham o resultado. Mesmo o professor 
demonstrando o experimento o aluno pode ter uma participação primordial, desde que o 
professor solicite o auxílio do aluno e deixe que ele dê sua opinião sobre o experimento 
(BRASIL 2001 p. 122) 
 O PCN destaca que a utilização do experimento nas aulas de ciências torna-se 
relevante quando os alunos podem manipular os materiais, intervir na atividade, assim o 
professor deve ter um cuidado maior ao realizar tal atividade, os cuidados devem ser 
discutidos com os alunos, fazendo com que eles entendam o que se pode fazer, assim também 
seguindo o mesmo protocolo do professor, que estará sempre mediando, todos os passos do 
experimento. (BRASIL, 2001, p.123). 
 O PCN fala sobre desafios para experimentação principalmente quando os alunos são 
os construtores dos experimentos. Já a atuação dos professores, é maior nas situações 
precedentes: devem discutir com os alunos as definições dos problemas abordados, é 
importante que o professor converse com a classe sobre os materiais que são necessários para 
cada tipo de experimento e também como atuar testando as suposições que foram levantadas, 
por fim coletando e relacionando os resultados. (BRASIL, 2001, p. 123). 
 O experimento torna-se mais importante quanto mais os alunos participam na 
confecção de seu guia ou protocolo. O PCN destaca também que os alunos devem realizar por 
si mesmos as ações sobre os materiais assim discutindo sobre os resultados, organizando e 
preparando anotações do que foi realizado. (BRASIL, 2001, p. 123). 
 Para finalizar o documento destaca que é bastante comum os alunos terem as ideias, 
assim elas mudam os experimentos que são protocolados. Diz também que é preciso 
 
 
19
incentivar a discussão das mesmas, e colocá-las em prática, sempre que possível, pois não é 
perda de tempo em trabalhar com isso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20
CAPÍTULO 03 
 
A PESQUISADE CAMPO 
 
Este capítulo tem como objetivo descrever a pesquisa de campo realizada bem como 
analisar os dados obtidos, a fim de responder a problematização do presente trabalho: O 
professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental – Ciclo I utiliza a experimentação 
como procedimento metodológico nas aulas de Ciências? 
 Diante desta pergunta surgiram vários questionamentos que me intrigaram muito, são 
eles: 
• Os alunos se interessam muito pelas aulas de Ciências, principalmente em relação à 
experimentação, fazem perguntas questionam o professor? 
• Qual realmente é o interesse do professor em relação à experimentação, o quanto ele 
se interessa em utilizar este procedimento metodológico em suas aulas de Ciências? 
• Quais as dificuldades que o professor enfrenta para utilizar a experimentaçãoem seu 
cotidiano profissional? 
Tais questionamentos levaram-me a elaborar o questionário que apliquei aos 
professores com o intuito de investigar a prática pedagógica dos mesmos. 
 Sendo assim, esta pesquisa de campo foi realizada em uma escola municipal da cidade 
de Capivari de Ensino Fundamental – Ciclo I. O procedimento metodológico utilizado para a 
coleta de dados foi a elaboração de um questionário a ser respondido pelo professor. Foram 
entregues 20 questionários para professores de diferentes séries do ensino fundamental – ciclo 
I, foram devolvidos 13 questionários, todos respondidos. 
O questionário apresentava oito questões, em que foi perguntado sobre a formação 
acadêmica, tempo de magistério, condições de trabalho, se ela utiliza a experimentação em 
suas aulas bem como as dificuldades que enfrenta. 
Em relação à formação acadêmica dos professores pesquisados constatou-se que dos 
treze questionários respondidos, dez professoras possuem o ensino superior e três não 
possuem, tendo somente o magistério. 
 
 
21
 
Tempo de Magistério Número de professoras 
0 a 5 anos 01 
10 a 20 anos 06 
Acima de 20 anos 06 
Verificou-se também que a maioria dos professores pesquisados trabalha em uma 
escola. Todos os professores pesquisados trabalhavam exclusivamente na rede pública. 
Após a caracterização do público pesquisado, as perguntas trazem questionamentos 
referentes a prática pedagógica relacionada ao ensino de Ciências, especificamente a 
utilização da experimentação. 
A primeira questão é: Quantas vezes por semana você trabalha com temas 
relacionados ao ensino de Ciências em suas aulas? 
As respostas obtidas foram: 
 
Frequência do trabalho com 
ensino de ciências 
Número de 
professoras 
02 vezes na semana 09 
02 a 03 vezes na semana 02 
Todos os dias 02 
 
Constatou-se, então que a maioria dos pesquisados alegam que trabalham duas vezes 
na semana com a disciplina de Ciências. 
A segunda questão: Os alunos interessam-se pelo ensino de Ciências? 
 
O interesse dos alunos pelo 
ensino de ciências 
Número de 
professoras 
Sim, todos 12 
Não 0 
Alguns 1 
 
 
22
Nesta questão os professores apontam o grande interesse dos alunos pelo ensino de 
Ciências. 
A terceira questão: Quais as estratégias de ensino que você utiliza quando trabalha 
com o ensino de Ciências? 
 
 
 
Verificou-se que a maioria dos docentes investigados dizem utilizar em seu trabalho 
com a disciplina de Ciências a pesquisa e a realização de experiências. 
A quarta questão: Você trabalha experimentação com seus alunos? Se sim, quantas 
vezes por semana? 
 
Trabalha experimentação. Quantas 
vezes por semana? 
Número de 
professoras 
Sim, 1 vez por semana 4 
Sim, somente quando a apostila pede 8 
Não 1 
Analisando os resultados encontrados nesta questão verifica-se que os docentes 
alegam trabalhar com a experimentação somente quando a apostila solicita, mostrando assim 
que o mesmo segue o material apostilado. 
A quinta questão: Como os alunos reagem em relação às experiências em sala de 
aula? Quais são os resultados que você obtém? 
 
 
Quais estratégias usadas para 
trabalhar o ensino de ciências 
Números de 
professoras 
Pesquisas, experiências 8 
Aulas expositivas 3 
Só utilizo a apostila 2 
 
 
23
Como os alunos reagem com as 
experiências? 
Número de 
professoras 
Há muito interesse, todos participam. 11 
Há interesse só em alguns experimentos 2 
Não há interesse 0 
A maioria dos professores destaca que há muito envolvimento dos alunos nas aulas em 
que há a experimentação e que os alunos participam, envolvem-se mais. 
A sexta questão: Como você trabalha com a experimentação na sala de aula? 
 
Como é trabalhada a experimentação 
em sala de aula? 
Número de 
professoras 
Sigo a apostila 4 
Sigo a apostila, mas adapto conforme a 
realidade 
6 
Distribuição de materiais 3 
Os professores apontam a grande influência que o material apostilado tem em seu 
trabalho pedagógico, pois a maioria destacou que segue a apostila. 
A sétima questão: Qual a maior dificuldade que você tem ao trabalhar com os 
experimentos em sala de aula? 
 
Qual a maior dificuldade em trabalhar 
com experimentos em sala de aula? 
Números de 
professoras 
Falta de materiais e espaço 9 
Desinteresse dos alunos 0 
Não encontro dificuldades 4 
Em relação às dificuldades enfrentadas, a maioria dos docentes investigados alega ser 
a ausência de materiais e espaço adequado para a realização dos experimentos. 
 
 
24
A oitava questão: Quais são os aspectos facilitadores da experimentação para a 
aprendizagem do aluno? 
 
Aspectos facilitadores para a 
aprendizagem dos alunos? 
Número de 
professoras 
Aulas práticas 9 
Aulas teóricas 4 
Não utilizo aulas praticas 0 
Por fim, a maioria dos docentes coloca que aulas práticas são agentes facilitadores do 
processo ensino e aprendizagem. 
Conclui-se, então que os professores trabalham com a disciplina de Ciências em sua 
grade curricular trabalha duas vezes na semana, pois a relevância do processo educativo é 
voltada para a alfabetização e o ensino da Matemática, não há a multi ou interdisciplinaridade 
nas disciplinas. Outro aspecto marcante nos resultados encontrados é que o professor prende-
se, ou seja, planeja seu trabalho tendo como guia o material apostilado, criando pouco e deixa 
de planejar ações pedagógicas coerentes com a realidade e necessidade didático-pedagógica 
dos educandos. 
Os professores na pesquisa de campo apontaram como dificuldades em utilizar os 
experimentos como procedimentos metodológicos a ausência de recursos, materiais para os 
experimentos e a falta de laboratórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com a realização do presente trabalho constatou-se que a disciplina de Ciências chama 
a atenção das crianças, pois desperta a curiosidade das mesmas, aborda assuntos relacionados 
ao cotidiano das mesmas, como saúde, corpo humano, animais, plantas, entre outros temas. 
Verificou-se também que há um grande interesse e envolvimento dos alunos que o professor 
utiliza a experimentação em suas aulas, favorecendo o processo educativo. 
Constatou-se após os estudos aqui realizados que o professor tem espaço para 
trabalhar com seus alunos de diferentes formas, cujo objetivo é levar o aluno a participar 
ativamente das aulas, interessando-se pelas experimentações realizadas pelos professores. 
Porém, constata-se que muitos professores apresentam dificuldades para desenvolver tal 
prática em seu cotidiano profissional, isso ocorre devido a vários fatores, tais como, 
indisciplina dos alunos, ausência de materiais e espaço adequado (laboratório) e o material 
apostilado. 
 Viu-se que os professores que ministram aulas para os anos iniciais do Ensino 
Fundamental utilizam a experimentação em suas aulas, porém com baixa freqüência e tendo 
como guia o material apostilado. 
Verificou-se que o professor prende-se, ou seja, planeja seu trabalho tendo como guia 
o material apostilado, criando pouco e deixa de planejar ações pedagógicas coerentes com a 
realidade e necessidade didático-pedagógica dos educandos. A maioria dos professores 
investigados utiliza o material apostilado como um manual, seguindo-o a risca. 
Os professores na pesquisa de campo apontaram como dificuldades em utilizar os 
experimentos como procedimentos metodológicos a ausência de recursos, materiais para os 
experimentos e ausência de laboratórios. Pareceu-nos que o docente não percebe que o 
experimento pode ser realizado em outros espaços e que a ausência do laboratório não é um 
impedimento para a realização de experimentos. 
Portanto, conclui-seser pertinente à realização de um processo de formação 
continuada docente que leve o professor a investigar a própria pedagógica e busque caminhos 
para construção de práticas coerentes à realidade e necessidades dos educando 
 
 
 
26
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências. Brasilia, DF: Senado Federal, 
2001 
 
 
BIZZO, N. Ciências: Fácil ou Difícil. São Paulo: Ática, 2000. 
 
 
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 
2000. 
 
 
FRACALANZA. H. O Ensino de Ciências no primeiro Grau. São Paulo: Atual, 1986. 
 
 
FRACALANZA, H.; MEGID NETO, J. O Livro Didático de Ciências no Brasil. Campinas: 
Komedi, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27
APÊNDICE 
 
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DE CAMPO 
 
 
 
 Os dados serão utilizados para pesquisas e elaboração de Monografia de Conclusão de 
Curso de Pedagogia da Faculdade Cenecista de Capivari-SP . 
 
Fez Magistério: ( ) Sim ( ) Não 
Ensino Superior : ( ) Sim ( ) Não -Curso: ________________ 
Especialização : ( ) Sim ( ) Não 
Curso : ___________________________________________________ 
Tempo que atua no magistério :_________________________________ 
Quantas escolas você trabalha ? _______________________________ 
Trabalha : ( ) na rede pública ( ) na privada ( ) em ambas 
 
 
1. Quantas vezes por semana você trabalha com temas relacionados ao ensino de 
Ciências em suas aulas? 
 
2. Os alunos interessam-se pelo ensino de Ciências? 
 
3. Quais as estratégias de ensino que você utiliza quando trabalha com o ensino de 
Ciências? 
 
4. Você trabalha experimentação com os seus alunos? Se sim, quantas vezes por 
semana? 
 
5. Como os alunos reagem com as experiências em sala de aula? Quais os resultados você 
obtém? 
 
6. Como você trabalha com a experimentação na sala de aula? 
 
7. Qual a maior dificuldade que você tem ao trabalhar com os experimentos em sala de 
aula? 
 
8. Quais são os aspectos facilitadores da experimentação para a aprendizagem dos 
alunos?

Continue navegando

Outros materiais