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PROGRESSÕES EM CINESIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA Pontos Chaves Utilizar os pontos chaves para fazer as progressões! Pontos chaves: são as grandes articulações, cintura-escapular e pélvica, que nos ajudam a realizar as mudanças no nosso paciente. Elas servem tanto para ajudar, quanto para dificultar o movimento, no caso de um treino resistido. Mudança de decúbito 1) Mudança de DD para DV; Paciente em DD, no colchonete, ou no tablado, fisioterapeuta a frete dele, com o membro inferior do paciente (do lado contrário ao que o paciente vai deitar) em flexão de quadril + abdução + RE e flexão de joelho e dorso-flexão do tornozelo. Faz um movimento de alavanca = fazendo adução do quadril + extensão de joelho e quadril e RI. Após mudança posicionar lateralmente a cabeça do paciente para liberar vias aéreas. 2) Mudança de DV para DD; Paciente em DV com o membro em flexão de quadril + abdução + RE + flexão de joelho.Terapeuta vai segurar esse membro e irá fazer um movimento de alavanca para traz aduzindo o membro + extensão de quadril e extensão de joelho. ♣ Lembrar sempre que na mudança de decúbito, seja de DD → DV ou DV → DD, prestar atenção no MMSS do paciente do lado que ele vai ser colocado para que não fique por baixo do corpo dele. Nesse caso coloque o MS em flexão de ombro total. 3) Mudança de DD para DL: Utilizara os pontos chaves para facilitar a movimentação. Membro superior estendido ao lado do corpo do paciente. Utilizar a cintura escapular e pélvica para colocar o paciente em DL. Posso também fazer flexão de tronco associada a dissociação da pelve para o lado que vai posicionar e depois utilizar a cintura-escapular para posicionar corretamente a paciente. 4) Mudança de DL para sentado Paciente em DL em uma maca, ou cama, fazer flexão de quadril e joelho bilateral e colocar os MMII pendente e após isso com as mãos na escápula do paciente traze-lo para a posição sentada. O paciente pode auxiliar apoiando o seu membro no pescoço do terapeuta. Se o paciente conseguir se posicionar sozinho, orienta-lo a utilizar seu membro que não está apoiado na cama, como uma alavanca para impulsionar o seu corpo para cima. 5) Mudança de sentado para em pé ao lado da cama: Terapeuta a frente do paciente. Pedir para ele colocar seus braços em torno do pescoço do terapeuta. Com as mãos na pelve do paciente coloca-lo em pé. Se o paciente tiver fraqueza muscular do quadríceps, uma das pernas do paciente deve ficar apoiado no joelho do paciente para forçar a extensão. A partir dessa posição posso colocar o paciente na cadeira de rodas utilizando um jogo com o corpo do paciente ( virando o tronco do paciente) e colocando- o sentado. 6) Mudança de sentado na cadeira de rodas para sentado na cama ( paciente irá realizar esse movimento sozinho): Cadeira de rodas apoiada ao lado da cama do paciente, paciente irá apoiar seus MMSS ao lado do corpo com as mãos espalmadas. Paciente irá fazer força com o MMSS, de modo que levante o seu corpo e leve o seu corpo para a cama. Pode ser feito da cama para cadeira de rodas da mesma forma. PROGRESSÕES Em cada posição será importante treinar controle de cabeça, descarga de peso, equilíbrio Paciente em DV, terapeuta irá levantar a cabeça do paciente para ele olhar para frente = fazer controle de tronco. Após controle de cabeça, passar para apoiado sobre os cotovelos e depois sobre as mãos ( treinar equilíbrio e descarga de peso). Após isso, terapeuta “puxa” o paciente para traz com o ponto-chave de cintura pélvica e coloca-o sentado sobre os calcanhares. Posso a partir de apoiado sobre os membros superiores trazer o paciente para posição de “gatas”. Treinar descarga de peso e treino de equilíbrio. Treinar engatinhar com resistência para frente e para traz. A partir do gatas colocar o paciente na posição ajoelhada. Nessa posição treinar descarga de peso e equilíbrio, marcha ajoelhado ( ideal para dissociação pélvica). A partir do ajoelhado progredir para o semi-ajoelhado. Nessa posição treinar descarga de peso e equilíbrio. Após a posição de semi-ajoelhado passar apara a posição de bipedestação. Terapeuta a frente do paciente para auxiliar no movimento. Treinar equilíbrio e descarga de peso. Após posição de bipedestação, treinar marcha, com auxilio e resistência (utilizando-se os pontos chaves). Treino de marcha na escada, na rampa. Treino de marcha lateral; com os olhos fechados, para frente e para traz, na barra paralela.
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