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FLUIDOS Fluidos são substâncias que são capazes de escoar e cujo volume toma a forma de seu recipiente. Quando em equilíbrio, os fluidos não suportam forças tangenciais ou cisalhantes. Todos os fluidos possuem um certo grau de compressibilidade e oferecem pequenas resistência à mudança de forma. Os fluidos podem ser divididos em líquidos e gases. A principal diferença entre eles são: os líquidos são praticamente incompressíveis, ao passo que os gases são compressíveis; os líquidos ocupam volumes definidos e tem superfícies livres ao passo que uma dada massa de gás expande-se até ocupar todas as parte do recipiente. FLUIDOS Quando utilizamos o que chamamos de fluído: água, na roda d’água e ar, no cata-vento. Tanto o ar como a água devem atingir as pás da roda d’água ou do cata-vento com uma certa pressão. É essa pressão, essa força distribuída sobre a área das pás que faz com que tanto a roda quanto o cata-vento girem. FLUIDOS Dessa forma, podemos usar fluídos (líquidos e gases) para produzir energia mecânica. Em outras palavras, podemos transformar a energia de pressão dos fluidos em energia mecânica. FLUIDOS A evolução tecnológica acabou por escolher dois fluidos para participar dessa transformação: óleo e ar. O ramo da tecnologia dedicado ao estudo das máquinas que utilizam óleo sob pressão passou a chamar-se Hidráulica. Quando o fluido utilizado é ar sob pressão ou ar comprimido, como é mais comumente chamado, estamos no campo da Pneumática. FLUIDOS Compressibilidade - Tipos Incompressíveis – fluídos que sofrem pequena variação da massa específica mesmo com grande variações de pressão. Apresentam-se permanentemente no estado líquido. São utilizados em sistemas hidráulicos. Ex.: Óleos minerais, fluídos à base de água, fluídos sintéticos. Compressíveis – fluídos não viscosos, onde não se pode considerar a massa específica constante. Apresentam-se no estado gasoso. São utilizados em sistemas pneumáticos. Ex.: Ar comprimido, gases. FLUIDOS - Princípio de Pascal “Se uma força externa for aplicada sobre uma parcela de área de um fluído confinado, a pressão decorrente será transmitida integralmente a todo o fluído e à área do recipiente que o contém.” (von Linsingen, 2001) O funcionamento dos sistemas hidráulicos e pneumáticos é determinado fundamentalmente pelas leis que regem o comportamento de fluidos confinados, tanto em repouso quanto em movimento constante ou variável. FLUIDOS Este princípio pode ser estendido para demonstrar a transmissão e multiplicação de forças, onde a aplicação de uma força F1 de baixa magnitude é capaz de fazer com que seja suportada uma força F2 de maior magnitude. FLUIDOS Tendo pressão igual a força sobre área, podemos facilmente descobrir a força resultante, igualando as equações e isolando a força resultante: f a AF ×= a f A F = � = � � [ � / ] FLUIDOS Na indústria, para pressurizar o ar ou o óleo, são necessárias máquinas específicas: Compressores, no caso de ar. Bombas hidráulicas, para o óleo. Os motores elétricos são responsáveis por movimenta essas máquinas. Embora em hidráulica e pneumática não se transforme energia elétrica diretamente em energia mecânica, a utilização de energia elétrica ocorre numa etapa anterior, quando a transformamos em energia de pressão do fluido. FLUIDOS Porque utilizar Acionamentos Pneumáticos e Hidráulicos? FLUIDOS Existem situações em que somente a energia hidráulica e pneumática oferecem uma solução mais eficiente e de baixo custo. Em algumas aplicações não é permitido a ocorrência de faíscas elétricas (pintura de automóvel, mina de carvão, fábrica de armamentos, etc.). FLUIDOS Quando utilizar Acionamentos Pneumáticos e Hidráulicos? FLUIDOS Hidráulicos Sãoutilizados quando cargas da ordem de até centenas de toneladas estão envolvidas, como por exemplo em tratores, guindastes, ou quando se deseja uma alta precisão de posicionamento, como em máquinas de usinagem de precisão, micromanipuladores, etc., que em geral não podem ser obtidos com motores e sistemas elétricos. FLUIDOS São utilizados quando estão envolvidas cargas da ordem de até uma tonelada onde se deseja movimentos de duas posições (início e fim) limitadas por batentes mecânicos, como em máquinas de fixação ou transporte de peças, ou quando se deseja altas rotações (milhares de r.p.m.), como no caso de fresadoras pneumáticas, broca de dentista, etc. Pneumáticos FLUIDOS Na pratica, pneumática é uma técnica em que o ar comprimido é empregado como principal elemento de trabalho. Ar comprimido: ar atmosférico compactado por meios mecânicos, confinado em um reservatório, a uma determinada pressão . AR COMPRIMIDO FLUIDOS Vantagens do Ar Comprimido QUANTIDADE : O ar existe em quantidades ilimitadas . TRANSPORTE : O ar comprimido é transportado por meio de tubulações. Não existe a necessidade de linhas de retorno como nos sistemas hidráulicos. FLUIDOS ARMAZENAGEM : O ar pode ser comprimido e armazenado em um reservatório sem a necessidade do compressor trabalhar continuamente . O compressor somente irá operar quando a pressão no reservatório cair a um determinado valor mínimo ajustado em um pressostato. Vantagens do Ar Comprimido FLUIDOS SEGURANÇA : O ar comprimido não apresenta perigos de explosão ou incêndio . A pressão do ar comprimido utilizado na pneumática é relativamente baixa (6 a 12 bar) comparada a hidráulica (350 bar). TEMPERATURA : O ar é insensível às variações de temperatura . Já o óleo tem sua viscosidade afetada pela temperatura . LIMPEZA : Como o fluido de utilização é o ar comprimido, não há risco de poluição ambiental, mesmo com eventuais vazamentos. Este fato torna a pneumática a opção mais eficiente para as indústrias alimentícias e farmacêuticas . Vantagens do Ar Comprimido FLUIDOS CONSTRUÇÃO : O custo construtivo é relativamente menor comparado aos sistemas hidráulicos . Isso se deve ao fato das pressões serem mais baixas possibilitando que os elementos sejam menos robustos e mais leves. VELOCIDADE : O ar comprimido permite alta velocidade de deslocamento, entre 1 e 2m/s. Pode chegar a 10m/s em cilindros especiais e 500.000 rpm em turbinas pneumáticas. REGULAGEM : As velocidades e forças são reguláveis conforme a necessidade da aplicação Vantagens do Ar Comprimido FLUIDOS Desvantagens do Ar Comprimido PREPARAÇÃO : para que se tenha um ar de boa qualidade, isto é, isento de impurezas e umidade, é necessário uma boa preparação do ar. Isso é possível através da utilização de filtros e purgadores. COMPRESSIBILIDADE : Esta é uma característica de todos os gases, o que impossibilita a utilização da pneumática com velocidades precisas, constantes e uniformes. FORÇA: Os elementos pneumáticos são normalmente projetados para uma pressão relativamente baixa. Portanto, as forças envolvidas são pequenas se comparadas a outros sistemas. ESCAPE DE AR: Sempre que o ar é expulso de um atuador provoca um ruído relativamente alto. Este problema pode ser atenuado através do uso de silenciadores. FLUIDOS Unidade de conservação Partículas de pó ou ferrugem e umidade que se condensam nas tubulações podem ocasionar falhas ou avarias nas válvulas, por isso perto do local de consumo é colocada uma unidade de conservação que é composta de: - filtro de ar comprimido; - regulador de pressão; - lubrificador de ar comprimido. FLUIDOS Unidade de conservação A pressão de trabalho nunca deve ser superior à indicada no aparelho. A temperatura ambiente não deve ser maior que 50º C (máximo para copos de material sintético) FLUIDOS Filtro de ar comprimido A função do filtro de ar comprimido é de reter as partículassólidas e a umidade condensada existente no ar comprimido. FLUIDOS Filtro de ar comprimido O ar comprimido entra pelo orifício no corpo do filtro e flui através do defletor superior (A) causando uma ação de turbilhonamento no ar comprimido. A umidade e as partículas sólidas contidas no ar são jogadas contra a parede do copo (C) devido a uma ação centrífuga do ar comprimido turbilhonado pelo defletor. Tanto a umidade quanto as partículas sólidas escorrem pela parede do copo devido à força da gravidade. O anteparo (B) assegura que a ação de turbilhonamento ocorra sem que o ar passe diretamente através do elemento filtrante. O defletor inferior (E) separa a umidade e as partículas sólidas depositadas no fundo do copo, evitando assim a reentrada das mesmas no sistema de ar comprimido. Depois que a umidade e as maiores partículas sólidas foram removidas pelo processo de turbilhonamento, o ar comprimido flui através do elemento filtrante (D) onde as menores partículas são retidas. O ar então retorna para o sistema, deixando a umidade e as partículas sólidas contidas no fundo do copo, que deve ser drenado antes que o nível atinja a altura onde possam retornar para o fluxo de ar. Esta drenagem pode ser executada por um Dreno Manual (F), o qual é acionado por uma manopla (G) girando no sentido anti-horário, ou por um Dreno Automático, que libera o líquido assim que ele atinja um nível pré-determinado. função do filtro de ar comprimido é de reter as partículas sólidas e a umidade condensada existente no ar comprimido. FLUIDOS Regulador de pressão O regulador de pressão mantém constante a pressão de trabalho (secundária), independentemente da pressão da rede (primária) e de consumo do ar. FLUIDOS Regulador de pressão O ar comprimido entra por (P) e pode sair por (P) apenas se a válvula de assento estiver aberta. A secção de passagem regulável está situada abaixo da válvula de assento (C). Girando totalmente a manopla (D) no sentido anti horário (mola sem compressão), o conjunto da válvula de assento (C) estará fechado. Girando a manopla no sentido horário, aplica-se uma carga numa mola calibrada de regulagem (A) fazendo com que o diafragma (B) e a válvula de assento (C) se desloquem para baixo, permitindo a passagem do fluxo de ar comprimido para a utilização (H). A pressão sobre o diafragma (B) está balanceada através o orifício de equilíbrio (G) quando o regulador está em operação. A pressão secundária, ao exceder a pressão regulada, causará, por meio do orifício (G), ao diafragma (B), um movimento ascendente contra a mola de regulagem (A), abrindo o orifício de sangria (F) contido no diafragma. O excesso de ar é jogado para atmosfera através de um orifício (E) na tampa do regulador (somente para reguladores com sangria). FLUIDOS Lubrificador de ar comprimido O lubrificador acrescenta ao ar comprimido uma fina névoa de óleo que irá se depositar nas válvulas e cilindros, proporcionando a esses elementos a necessária lubrificação. Óleos Recomendados Shell ...................................... Shell Tellus C-10 Esso ...................................... Turbine Oil-32 Esso ...................................... Spinesso-22 Mobil Oil ................................ Mobil Oil DTE-24 Valvoline ................................ Valvoline R-60 Castrol ................................... Castrol Hyspin AWS-32 Lubrax ................................... HR 68 EP Lubrax ................................... Ind CL 45 Of Texaco ................................... Kock Tex-100 FLUIDOS Lubrificador de ar comprimido O ar comprimido flui através do lubrificador por dois caminhos. Em baixas vazões, a maior parte do ar flui através do orifício Venturi (B) e a outra parte flui defletindo a membrana de restrição (A) e ao mesmo tempo pressuriza o copo através do assento da esfera da placa inferior. A velocidade do ar que flui através do orifício do Venturi (B) provoca uma depressão no orifício superior (F), que, somada à pressão positiva do copo através do tubo de sucção (E), faz com que o óleo escoe através do conjunto gotejador. Esse fluxo é controlado através da válvula de regulagem (G) e o óleo goteja através da passagem (I), encontrando o fluxo de ar que passa através do Venturi (B), provocando assim sua pulverização. Quando o fluxo de ar aumenta, a membrana de restrição (A) dificulta a passagem do ar, fazendo com que a maior parte passe pelo orifício do Venturi (B), assegurando assim que a distribuição de óleo aumente linearmente com o aumento da vazão de ar. O copo pode ser preenchido com óleo sem precisar despressurizar a linha de ar, devido à ação da esfera (C). Quando o bujão de enchimento (H) é retirado, o ar contido no copo escapa para a atmosfera e a esfera (C) veda a passagem de ar para o copo, evitando assim sua pressurização. Ao recolocar o bujão, uma pequena porção de ar entra no copo e quando este estiver totalmente pressurizado a lubrificação volta ao normal. FLUIDOS FLUIDOS FLUIDOS IDENTIFIQUE O ACIONAMENTO PNEUMÁTICO E HIDRÁULICO? FLUIDOS Vantagens: - Matéria prima abundante e de baixo custo; - Facilidade no transporte e armazenamento de energia; - Não poluente; - Resistente a ambientes hostis; - Segurança; - Boa velocidade dos atuadores; - Auto proteção contra sobrecargas. Desvantagens: - Economicamente inviável para pressões acima de 20 kgf/cm2; - Escape ruidoso; - Pequenas forças; - Requer tratamento inicial do ar; - Controle de velocidade impreciso. FLUIDOS Vantagens: - Grandes pressões e forças. - Possibilidade de variações micrométricas de velocidade. - Autolubrificação. - Permitem uma rápida e suave inversão dos movimentos, devido a baixa inércia. Desvantagens: - Alto custo. - Baixo rendimento (atritos, transformação de energia, vazamentos internos). - Sensível às variações de temperatura (variação da viscosidade, risco de incêndio). FLUIDOS Um adestrador quer saber o peso de um elefante. Utilizando um a prensa hidráulica, consegue equilibrar o elefante sobre um pistão de 2000cm2 de área, exercendo uma força vertical F equivalente a 200N, de cima para baixo, sobre o outro pistão da prensa, cuja área é igual a 25cm2. Calcule o peso do elefante. FLUIDOS A figura representa uma prensa hidráulica. Determine o módulo da força F aplicada no êmbolo A, para que o sistema esteja em equilíbrio. FLUIDOS
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