Buscar

Queloide SBCD

Prévia do material em texto

Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD)
Quelóide
O que é o quelóide?
Quelóide é uma cicatriz imperfeita que surge por uma resposta cicatricial intensa do organismo, que extrapola os limites de um dano cutâneo ocasionado por uma inflamação, queimadura ou incisão cirúrgica.
Trata-se de um distúrbio constitucional que afeta mais comumente indivíduos negros do que caucasianos, na proporção de 5:1 a 15:1.
Esse tipo de cicatriz pode ocorrer em qualquer lugar do corpo, como nos lóbulos da orelha, ombros, região peitoral e tronco superior, mas raramente se desenvolve nas mãos, pés, axilas ou couro cabeludo.
Como as características da pele variam nas diferentes regiões do corpo, em um determinado paciente, por exemplo, um ferimento no ombro pode fazer quelóide e na mão, não.
É fundamental que o paciente, ao se submeter a um procedimento cirúrgico, informe ao médico que apresenta história familiar e/ou pessoal de quelóide. É impossível ao médico predizer que a cirurgia não formará quelóide num paciente predisposto, mas o profissional pode tomar condutas para reduzir essa possibilidade.
Como se manifesta?
Clinicamente, o quelóide mostra-se como uma lesão tumoral benigna endurecida, rósea, com prurido, por vezes dolorosa, localizada num ferimento cirúrgico ou não. Eventualmente, ultrapassa os limites do ferimento. Inicialmente, em geral tem coloração avermelhada, adquirindo um tom mais escuro ou semelhante à pele com o passar do tempo.
Quelóide X Cicatriz hipertrófica
É muito frequente a confusão do quelóide com a cicatriz hipertrófica. No entanto, embora tenham um aspecto visual semelhante, ambos são diferentes. O que mais comumente se observa são as cicatrizes hipertróficas. Ao contrário do quelóide, elas não ultrapassam os limites da ferida, e podem dimimuir naturalmente ou por meio de tratamentos.
Como tratar?
Existem diversas formas de tratamento para o quelóide, com sucesso variável. Embora existam evidências de a terapêutica combinada seja mais eficiente que a monoterapia, ainda não há consenso quanto às características da lesão que são responsáveis pela melhor resposta terapêutica. Uso de radioterapia local, placas de silicone, injeções de corticosteróides, fitas oclusivas de corticosteróides, cirurgias redutoras, betaterapia (radioterapia), terapia fotodinâmica e a criocirurgia (congelamento). A escolha do tratamento dependerá do local e tamanho do quelóide.

Continue navegando