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Cirurgia plástica e reparadora_FINAL

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Brasília-DF. 
Cirurgia PlástiCa e reParadora
Elaboração
Juliana Silva Vidal Pereira
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA ..................................................................... 5
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS ................................................................................... 9
CAPÍTULO 1 
CIRURGIAS PLÁSTICAS ............................................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
OUTRAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DA CIRURGIA PLÁSTICA ................................................... 18
UNIDADE II
FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA ................................................................ 22
CAPÍTULO 1
O SISTEMA LINFÁTICO ........................................................................................................... 22
CAPÍTULO 2
O PRÉ-CIRÚRGICO ............................................................................................................... 28
CAPÍTULO 3
O PÓS-CIRÚRGICO ............................................................................................................... 31
PARA (NÃO) FINALIZAR ...................................................................................................................... 35
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 36
4
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem 
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela 
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade 
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos 
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma 
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para 
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar 
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a 
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de 
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões 
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao 
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e 
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos 
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
6
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
7
Introdução
O presente caderno foi desenvolvido com o objetivo de enriquecer seus conhecimentos relativos 
aos princípios fundamentais a respeito das principais cirurgias plásticas realizadas atualmente, 
bem como os cuidados relativos à Fisioterapia Dermato-Funcional direcionados às pessoas que se 
submetem a esses procedimentos.
Cada unidade e capítulo apresentam e discutem tópicos referentes a essa atuação, entretanto, é 
essencial que a busca pelo conhecimento e pelo aprendizado não se restrinja ao final da leitura 
destas páginas. Pelo contrário, saber e desenvolvimento de novas habilidades exige-nos uma busca 
constante e incessante pelo que há de mais novo no mundo científico. Nosso objetivo é orientá-lo (a) 
de uma forma abrangente e, desta forma, despertar seu lado crítico e interesse em aprofundar seus 
conhecimentos nas informações aqui discutidas.
Lembre-se de que o diferencial para destacar-se no mercado de trabalho é justamente a busca 
incessante pelo conhecimento e pelo saber científico, associado a constante atualização, dedicação 
e trabalho.
A área da estética encontra-se em constante expansão e conta atualmente com um vasto mercado 
e a ser explorado. A cada dia, mais e mais recursos e possibilidades de trabalho são desenvolvidos, 
visando a inovação, melhoria e/ou aperfeiçoamento das técnicas existentes. 
Bons estudos!
Objetivos
 » Apresentar a diferença entre cirurgia plástica estética e reparadora.
 » Apresentar as principais cirurgias plásticas realizadas atualmente.
 » Compreender o sistema linfático e o seu funcionamento.
 » Estudar a importância da drenagem linfática manual no pré e pós-cirúrgico.
 » Fornecer dados relacionados à fisioterapia dermato-funcional pré e pós-cirúrgica.
8
9
UNIDADE I
CONSIDERAÇÕES 
SOBRE CIRURGIAS 
PLÁSTICAS
CAPÍTULO 1 
Cirurgias plásticas
Qual a importância da cirurgia plástica no Brasil?
Sabemos que o Brasil encontra-se entre os principais realizadores de cirurgia plástica 
no mundo. Tal fato deve-se à grande exposição dos corpos nas praias brasileiras e 
até mesmo a fatores culturais. Além disso, conta com parte dos melhores cirurgiões 
plásticos do mundo, sendo o turismo focado em cirurgias plásticas uma nova 
tendência. Isso nada mais é do que pacotes turísticos destinados ao Brasil com 
destino não aos belos lugares, mas sim a centros de estética, onde estrangeiros 
podem consultar, hospedar-se, realizar a cirurgia e ter os primeiros cuidados pós-
operatórios antes de retornarem aos países de origem. 
A cirurgia plástica no Brasil
Nos últimos anos, temos observado uma crescente busca pelo corpo perfeito, seja inspiradonos padrões 
de beleza vigentes, seja inspirado nos desejos próprios ou em alguma celebridade ou personalidade. 
O conceito de belo muda conforme o tempo e o período histórico, uma vez que este conceito do que 
é belo é dinâmico, transitório, maleável e subjetivo. 
A sociedade moderna defronta-se, cada vez mais, com a exposição e com o desfile de corpos 
perfeitos, que vêm, pouco a pouco, invadindo as diversas áreas da vida cotidiana. Contudo, nem 
todas as pessoas têm o privilégio de circular com corpos que naturalmente as satisfazem, isto é, sem 
cirurgias, ela se classifica como satisfeita com o corpo que tem. 
A insatisfação com a própria imagem parece ser comum na população geral, embora o nível de 
preocupação causado pela insatisfação com a imagem pode variar entre os indivíduos e atingir um 
grau em que estas preocupações causem interferência no seu dia a dia. Essa insatisfação com a 
imagem corporal apresenta importante papel em um grande número de transtornos psiquiátricos, 
incluindo os transtornos alimentares, a fobia social, o transtorno de identidade de gênero e uma 
condição psiquiátrica relevante para os dermatologistas: o transtorno dismórfico corporal.
Uma variedade de fenômenos são frequentemente confrontados a esse assunto, como a maior 
incidência de bulimia e anorexia, especialmente em adolescentes; a malhação e a prática de atividade 
física e as cirurgias plásticas estéticas.
10
UNIDADE I │ CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS
A busca pelo “ser belo” pode, portanto, ultrapassar os limites da estética conservadora e adentrar o 
território dos métodos invasivos.
Para Goldenberg (2005, p. 70), no Brasil, conforme a ótica analisada, além de o corpo ser muito 
mais importante do que a roupa, ele é a verdadeira roupa: é o corpo que deve ser exibido, moldado, 
manipulado, trabalhado, costurado, enfeitado, escolhido, construído, produzido, imitado. É o corpo 
que entra e sai da moda. A roupa, neste caso, é apenas um acessório para a valorização e exposição 
deste corpo da moda. 
Diante deste cenário atual, sabemos que a cirurgia plástica vem como possibilidade para alcançar o 
corpo perfeito ou o corpo desejado, não conseguido por meios não cirúrgicos. 
A busca pela melhoria da imagem corporal é a principal motivação dos pacientes que procuram um 
cirurgião plástico e a forma ideal pós-cirurgia é aquela que nasce do consenso estético: habilidade e 
experiência do cirurgião, desejo do paciente e padrões de beleza vigentes. 
Um estudo científico, realizado por Auricchio e Massarollo (2007), verificou a percepção do cliente 
quanto ao esclarecimento e à liberdade para tomada de decisão na realização de procedimentos 
estéticos. Utilizando um questionário teve sua construção baseada na Escala de Likert, utilizada 
para medir opiniões e atitudes. O estudo demonstrou que quanto às escalas referentes à percepção 
dos clientes, ele em geral, perceberam-se esclarecidos e livres para a tomada de decisão.
A cirurgia plástica, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)1 é a especialidade 
cirúrgica encarregada de reconstruir o tecido corporal e facial, que devido a doenças, defeitos 
ou transtornos, requeiram remodelação ou remodelado, seja proporcionando ao paciente uma 
aparência o mais aproximada possível do normal, seja reparando sua capacidade de funcionamento.
O Brasil desponta como um dos países campeões de realização deste tipo de procedimento. 
Quando destacamos as cirurgias plásticas estéticas, verificamos que as mulheres são as principais 
interessadas e as que mais realizam tal procedimento. Por outro lado, as cirurgias reconstrutivas são 
realizadas em praticamente igual proporção entre ambos os gêneros (masculino e feminino).
O Brasil encontra-se como uma grande potência na realização de cirurgias plásticas, seja por 
apresentar competentes cirurgiões, considerados os melhores do mundo nesta especialidade, seja 
pela excelente qualidade dos serviços, associado ao baixo custo quando comparado a outros países. 
Além disso, são utilizadas técnicas e equipamentos cada vez mais modernos e, consequentemente, 
seguras. Diante disso, os resultados demonstrados têm, sido cada vez mais bem-sucedidos e as 
cirurgias cada vez mais seguras.
Neste cenário, não apenas as mulheres, mas também os homens têm demonstrado interesse cada 
vez maior pela área estética e pelo cuidado com o corpo. Eles são uma parcela do mercado que se 
encontram cada vez mais interessados em cirurgias plásticas, sejam elas estéticas ou reparadoras.
Um cliente bem-informado é essencial condição para o sucesso da cirurgia e os resultados são 
gratificantes, pois podem aumentar a autoestima e fornecer ao indivíduo um bem-estar físico, mental 
e espiritual.
1 <http://www.cirurgiaplastica.org.br/dic/dicionario.html>.
11
CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS │ UNIDADE I
Cirurgia plástica estética ou reparadora?
Conforme definido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), temos que: “Cirurgia 
plástica estética é um tipo de cirurgia plástica utilizada para remodelar as estruturas normais do 
corpo, principalmente para melhorar a aparência e a autoestima do paciente.”
Já a cirurgia plástica reparadora ou reconstrutiva é definida, conforme essa mesma fonte, como um 
tipo de cirurgia realizada nas estruturas anormais do corpo, cujas anomalias podem ser devidas 
a traumatismo, infecção, defeitos congênitos, doenças, tumores ou ainda no desenvolvimento. 
Normalmente realiza-se este tipo de cirurgia com o objetivo de melhorar a função, podendo no 
entanto, ser igualmente realizada para proporcionar ao paciente uma aparência que se aproxime o 
mais próximo possível do normal.
Ante o exposto, seja qual for o tipo de cirurgia plástica a ser executada, é importante que o cirurgião 
plástico tenha total domínio da técnica, bem como total apoio de uma equipe multidisciplinar 
(ANDRE, 2010). 
Dentro dessa equipe, inclui-se, além da equipe médica (cirurgião plástico, anestesista), os demais 
profissionais da área da saúde, tais como fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, educador físico, 
entre outros.
Cirurgias estéticas faciais e corporais
Discutiremos a seguir as principais cirurgias plásticas realizadas na cabeça e no corpo. 
Cabeça e face
Como consequência do processo de envelhecimento, a pele vai perdendo o turgor e a elasticidade, 
levando a um excesso de pele na face. Associado aos efeitos do tempo, à força da gravidade, a 
exposição solar e ao stress do cotidiano, acabam por propiciar o surgimento de rugas e marcas de 
expressão. Neste caso, a cirurgia plástica facial busca conseguir uma face mais jovem, harmônica e 
com aparência natural.
 » Lifting facial – O lifting, que em inglês significa “levantamento”, é a expressão utilizada 
para designar a operação de levantamento ou estiramento da face. Podendo ser 
tradicional ou cutâneo, subaponeurótico, submuscular, endoscópico etc; dependendo 
do tipo, pode-se estirar apenas a pele ou a pele e o músculo. É o tratamento realizado 
no rosto para alisá-lo.
Para a realização desta cirurgia, pode-se utilizar anestesia geral ou local com sedação 
e a duração média é de 3 a 6 horas. O tempo de internação varia de 12 a 36 horas. São 
realizadas pequenas incisões para retirada de gordura e evidência do contorno ósseo e 
ângulos faciais, proporcionando uma aparência naturalmente mais jovem, saudável e 
descansada. O corte cirúrgico é realizado em áreas estratégicas, de forma que fiquem 
o mais discretas possíveis. A retirada dos pontos acontece após 7 a 10 dias. 
12
UNIDADE I │ CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS
Tal procedimento pode ser associado a procedimentos complementares como 
aplicação de toxina botulínica (botox), laser, peeling, ou outros procedimentos 
cirúrgicos, os quais encontram-se descritos a seguir. Essa associação pode melhorar 
a satisfação com o resultado facial final. 
 » Minilifting – É uma versão simplificada do lifting, que consiste no levantamento da 
pele. É realizado mediante um descolamentomínimo na zona pré-auricular do rosto 
e pescoço. Indicado para os casos de rugas e flacidez pouco acentuadas (SBCP).
 » Blefaroplastia – Também conhecida como levantamento de pálpebras, é o 
procedimento por meio do qual o cirurgião plástico elimina, cirurgicamente, o 
excesso de gordura, de músculo ou de pele da pálpebra superior ou inferior, a fim 
de redefinir a forma do olho. Pode ainda ser definida como a cirurgia plástica que 
elimina rugas profundas nas pálpebras ou bolsas na pele. 
Ela remove bolsas abaixo dos olhos e a flacidez de pálpebras superiores, possibilitando 
um rejuvenescimento da face. A cirurgia dura em média 90 minutos e possibilita, 
portanto, a retirada do excesso de pele, gordura e flacidez muscular da área, 
melhorando o aspecto estético e funcional. Geralmente as incisões são realizadas 
acompanhando as linhas palpebrais superiores naturais e logo abaixo dos cílios nas 
pálpebras inferiores. Neste local é extraído o excesso de gordura e retirada de pele 
flácida. As incisões são suturadas com fios finos e delicados, ficando, posteriormente, 
cicatrizes praticamente imperceptíveis.
O tempo de internação varia de 6 a 12 horas, sendo a anestesia local com sedação. A 
retirada dos pontos acontece de 3 a 5 dias após a cirurgia. 
 » Otoplastia – É a intervenção cirúrgica destinada a corrigir orelhas de abano, ou seja, 
destinada a corrigir os defeitos congênitos ou adquiridos do pavilhão auricular. 
Pode ser realizada por homens e mulheres em diferentes faixas etárias, visando a 
corrigir defeitos congênitos ou outros tipos de deformidades.
O procedimento é realizado com anestesia geral, local ou local com sedação e dura de 
60 a 120 minutos, dependendo se ele for uni ou bilateral. O tempo intra-hospitalar 
pode variar de 12 a 24 horas e os pontos são retirados após 7 a 10 dias.
É realizada mediante uma incisão localizada estrategicamente atrás da orelha para 
remoção de excesso de pele e deslocamento da cartilagem, remodelando uma nova 
dobra superior.
Apesar de o procedimento poder ser realizado em crianças, existe uma preocupação 
do cirurgião em realizar a cirurgia apenas quando o procedimento é desejo dos 
pais juntamente com a criança. Naqueles casos em que o desejo parte apenas dos 
responsáveis não são recomendados procedimentos cirúrgicos e recomenda-se 
aguardar mais algum tempo para realização dela.
 » Mentoplastia – É a cirurgia destinada à correção de deformidades no mento ou 
queixo, realizada por homens e mulheres. Podem ser de redução ou de aumento, 
13
CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS │ UNIDADE I
mediante implante artificial no queixo (prótese) ou reposicionamento do mento. 
Reposicionando, avançando, encurtando ou alongando o queixo, pode-se corrigir 
desvios e alterar a forma e o contorno do queixo. O procedimento proporciona 
naturalidade e equilíbrio ao contorno facial.
A cirurgia dura em média 1 hora e pode ser realizada com anestesia local, local com 
sedação ou geral (em casos especiais). As incisões são realizadas na região perigengival 
(parte interna da boca) ou na parte inferior do queixo, externamente. No primeiro caso, 
as cicatrizes ficam escondidas, não visíveis. O tempo de internação varia de 12 a 48 
horas, conforme o procedimento, a técnica e as condições clínicas do paciente. Já a 
retirada dos pontos ocorre dentro de uma semana a dez dias após a cirurgia.
Para quem deseja aumentar o queixo, é colocado um implante de silicone, 
politetrafluoroetileno ou de um segmento ósseo retirado da própria mandíbula.
 » Rinoplastia – É a reparação cirúrgica de um defeito no nariz, incluindo remodelação 
ou mudanças no tamanho e na forma: estreita fossas nasais, muda o ângulo entre o 
nariz e os lábios, ou seja, esculpindo o osso e a cartilagem o cirurgião cria um novo 
nariz (SBCP). Assim, busca resultados naturais e harmônicos, personalizados ao 
formato de cada rosto. Pode também ser definida como a intervenção destinada a 
corrigir deformidades nasais congênitas ou secundárias a traumatismos, podendo 
ser realizada por homens, mulheres e crianças. Em determinados casos, pode ser 
realizada também para corrigir disfunções respiratórias.
Essa cirurgia, que dura em média 2 a 3 horas, geralmente deixa cicatrizes pouco 
perceptíveis e a técnica utilizada dependerá de cada caso e de cada cirurgião. Pode 
ser realizada sob anestesia geral ou local com sedação. O tempo de internação varia 
de 12 a 24h e a retirada dos pontos ocorre dentro de 7 a 10 dias.
O resultado pode ser verificado após 30 dias, embora o resultado final seja 
geralmente observado após 6 meses. Tiras de gesso para imobilização são colocadas 
ao final da cirurgia. Neste momento, é possível conferir a presença de edema na face 
e de hematomas ao redor dos olhos.
Corporal
 » Mamoplastia de aumento – É o aumento de volume mamário mediante implante 
artificial salino ou de silicone. Também conhecida como mastoplastia de aumento. 
É a cirurgia campeã entre as cirurgias estéticas femininas e tem se tornado muito 
popular no Brasil e em todo o mundo. A cirurgia possibilita aumentar o tamanho 
dos seios e melhorar a harmonia corporal e o aspecto das mamas em mulheres que 
têm mamas pequenas, caídas ou que apresentaram mamas assimétricas após a 
amamentação. 
A prótese pode ser colocada por três vias de acesso principais: pequena incisão no sulco 
abaixo das mamas; na junção entre aureola e pele da mama; via axila. Existem ainda 
14
UNIDADE I │ CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS
outras possibilidades de colocação, dentre as quais a colocação via cicatriz umbilical 
também pode ser utilizada. A escolha do tipo de incisão e do local para colocação 
da prótese dependerá da preferência, do formato das mamas e da recomendação de 
cada cirurgião, embora, independentemente da técnica que será utilizada, a escolha 
acerca do posicionamento das incisões é realizada de forma a tornar as cicatrizes bem 
discretas e pouco perceptíveis.
Pode-se optar por anestesia geral, peridural ou local com sedação, sendo a duração 
do procedimento variável entre 2 e 3 horas, conforme o caso. O tempo de internação 
pode variar de 12 a 24h e a retirada dos pontos ocorrerá em até 10 dias.
 » Mamoplastia de redução – Consiste na redução do volume da mama e correção 
de sua queda, mediante redução de excesso de gordura e pele (SBCP). Também 
conhecida como mastoplastia de redução. 
Também denominada mastoplastia ou mamoplastia redutora, é o tipo de cirurgia 
plástica recomendada para aperfeiçoar a forma da mama e auxiliar na prevenção 
de problemas de coluna e(ou) postura, sendo realizada em geral por mulheres 
com mamas muito grandes, pesadas, volumosas e desproporcionais ao corpo, que 
causam muitas vezes problemas de postura e de coluna. Possibilita a harmonização 
da aparência e elevação da autoestima. 
A cirurgia dura em média de 2 a 6 horas, podendo ser utilizada anestesia geral ou 
peridural. O tempo de permanência intra-hospitalar (tempo de internação) pode 
variar de 24 a 48 horas e a retirada dos pontos acontece em até 10 dias pós-cirurgia. 
A incisão é realizada em local que possibilite uma cicatriz pouco visível, sendo possível 
que seja feita na região periareolar (ao redor da aréola), em forma de “i” (periareolar + 
incisão vertical), “L” (periareolar + vertical + unilateral no sulco inframamário” ou “t 
invertido)” (periareolar + vertical + bilateralmente no sulco inframamário). 
Na escolha do corte cirúrgico, serão avaliados para um novo formato da mama: a 
remoção do tecido mamário, o excesso de pele e gordura e o reposicionamento da 
aréola. Tal escolha ficará a critério do cirurgião plástico.
A mamoplastia ou mastoplastia é a cirurgia estética das mamas. O procedimento 
visa colocá-las em forma e volume adequados, com o mínimo de cicatrizes aparentes 
e sem alterar sua função de amamentação e também a sensibilidade erógena da 
aréola e do mamilo. Ela pode ser de aumento (com colocação da prótese de silicone) 
ou de redução, conforme já descritos anteriormente.» Mastopexia – Consiste no levantamento de mamas caídas ou flácidas, que pode 
ocorrer devido ao excesso de pele e à perda de volume após a gravidez e amamentação. 
É realizada mediante retirada do excesso de pele e reposição de mamilo; podendo 
ocorrer a fixação cirúrgica dos seios caídos à aponeurose dos músculos peitoral maior. 
O tempo de internação, o tempo médio de cirurgia e tempo de retirada dos pontos 
são semelhantes aos da mamoplastia redutora.
15
CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS │ UNIDADE I
 » Abdominoplastia – Também denominada dermolipectomia abdominal ou 
dermolipectomia de abdômen, compreende um conjunto de técnicas cirúrgicas 
que visa a corrigir as alterações da região abdominal. Indicada para remodelar o 
abdômen, corrigindo a flacidez causada pela gravidez ou por alterações de peso, ou 
seja, é o procedimento de redução de zona abdominal que pode ser realizado tanto 
por mulheres quanto por homens. 
Na abdominoplastia, o cirurgião realiza uma grande incisão de um ao outro lado 
do osso do quadril e por meio de uma incisão transversal logo acima dos pelos 
pubianos corrige-se a musculatura (quando necessário) e removem-se os excessos 
de pele da parte inferior da barriga. Retira-se, portanto, cirurgicamente, o excesso 
de gordura e de pele da parte média e baixa do abdômen, estirando os músculos da 
parede abdominal. 
Alterações estéticas no abdômen estão entre as queixas mais frequentes no sexo 
feminino. Evidencia-se o acúmulo de gordura localizada, que pode estar presente 
desde a puberdade, aumentando com a idade, e alterações pós-gravídicas, com 
excesso de pele e diástase da musculatura reto-abdominal, bem como fatores 
genéticos, alterações frequentes de peso e sedentarismo, que também podem alterar 
o aspecto estético abdominal durante as fases da vida.
O cirurgião procura deixar a incisão em local tal que a cicatriz possa ser escondida 
em trajes de banho. Isso é possível, embora em alguns casos o corte cirúrgico precisa 
ser maior que a área naturalmente escondida em sunga, biquíni ou peças íntimas. 
A cirurgia pode durar em média de 1h e meia a 3 horas, podendo ter anestesia geral 
ou peridural. O tempo de internação varia de 24 a 48 horas, conforme a condição 
clínica do paciente e os pontos são retirados em até 10 dias.
 » Abdominoplastia parcial – É a minicirurgia para reduzir o tamanho do abdômen, 
sendo ideal para pessoas que têm depósitos de gordura limitados à região 
infraumbilical. Essa cirurgia se assemelha à abdominoplastia total, apesar de não 
apresentar reposicionamento e sutura da musculatura reto-abdominal e demais 
procedimentos na região acima do umbigo.
 » Gluteoplastia – É a cirurgia plástica que possibilita o aumento do volume e a redução 
da flacidez do bumbum, remodelando ou aumentando a região das nádegas. O 
formato adquirido após a cirurgia dependerá do modelo de prótese implantado. 
A colocação dos implantes pode ser realizada por meio de uma incisão embaixo 
de cada glúteo ou por uma única incisão logo abaixo do osso cóccix, por onde é 
feito o implante da prótese. Outra opção é a colocação via sulco entre as nádegas, 
possibilitando uma cicatriz imperceptível, mesmo quando a pessoa encontra-se 
despida ou utilizando roupas mínimas. 
O tempo médio da cirurgia é de 1h e meia a 2 horas, com anestesia geral ou peridural. 
O tempo de internação varia de 24 a 48 horas e a retirada dos pontos ocorre em até 
duas semanas.
16
UNIDADE I │ CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS
 » Ninfoplastia – É a cirurgia plástica na região genital feminina.
 » Liposucção (ou lipoaspiração) – É o procedimento que elimina o excesso de gordura 
mediante sucção. Não é um substituto para a perda ponderal (perda de peso), mas 
pode moldar e definir o contorno corporal, sendo realizado por homens e mulheres 
em diferentes faixas etárias. As regiões mais aspiradas são abdômen, flancos, culote, 
quadril, coxas, joelhos, costas, braços, entre outros.
Neste método se aspira, por meio de uma cânula, o tecido adiposo em uma parte do 
corpo em que ele esteja em quantidade excessiva, aprimorando a silhueta.
Esta é uma das cirurgias plásticas mais procuradas por todo o mundo, com mais de 
90 mil intervenções ao ano só no território brasileiro.
Por meio de pequenas incisões, em locais estrategicamente escolhidos, são 
introduzidas cânulas de diferentes espessuras, que possibilitarão que a gordura 
seja aspirada. 
As cicatrizes ficam pouco perceptíveis, dado o cuidado na escolha do local da incisão, 
que encontram-se localizadas nas dobras da pele ou em locais cuidadosamente 
escolhidos. O tempo médio de cirurgia é de 2 a 4 horas, podendo ser sob anestesia 
local com sedação ou geral. O tempo de permanência intra- -hospitalar é de até 24 
horas, sendo que a retirada dos pontos acontece em até 10 dias.
 » Lipoenxertia (ou lipoescultura) – É o processo de modelação do contorno corporal. 
O uso de seringas acopladas às cânulas possibilitou o uso de tecido gorduroso na 
forma de enxerto. A gordura retirada por sucção é reintroduzida ao corpo, em local 
diferente de onde foi retirado, preenchendo, remodelando e possibilitando um 
novo delineamento da silhueta. O tempo médio de cirurgia, de permanência intra-
hospitalar e de retirada dos pontos é semelhante ao da lipoaspiração.
 » Ginecomastia – É a cirurgia plástica de redução de mamas em homens que as 
possuem de forma volumosa e projetada. 
É interessante para diminuir o tamanho das mamas masculinas, melhorando a 
harmonia corporal e o aspecto das mamas. Para isso, uma pequena incisão é realizada 
para retirada do excesso de pele, podendo ou não se associar ao procedimento uma 
lipoaspiração para retirada de tecido adiposo (gordura). As incisões são realizadas 
de forma a ficarem pouco perceptíveis e, quando possível, camuflada em dobras 
naturais do corpo. 
O tempo médio de cirurgia é de 1h e meia a 3 horas, sendo o tempo de internação 
de 12 a 24 horas. A anestesia deverá ser local com sedação ou geral e a retirada dos 
pontos de 7 a 10 dias. 
Temos observado na mídia uma constante exploração do tema cirurgia plástica e, 
consequentemente, cada vez mais e mais pessoas têm “sonhado” e vem tendo acesso 
a este procedimento, muitas das vezes sacrificando a saúde. Será que vale a pena 
17
CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS │ UNIDADE I
qualquer sacrifício para ficar (ou sentir-se) bonita? Qual a idade ideal para fazer uma 
cirurgia plástica? Quando saber se o desejo é viável ou não? Vale a pena o sacrifício do 
pós-operatório, as dores e desconfortos em prol de um corpo mais bonito? 
Toda cirurgia plástica deve ser realizada por um cirurgião plástico membro titular da 
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Um cirurgião experiente e competente é 
fundamental para o sucesso da cirurgia! Lembre-se, ainda, que a cirurgia plástica retarda, 
mas não interrompe o processo de envelhecimento do organismo.
18
CAPÍTULO 2
Outras considerações acerca da 
cirurgia plástica
A pessoa que decide pela realização de uma cirurgia plástica deve, antes de tudo, 
estar ciente de que ela trará uma série de incômodos pós-operatórios e estes durarão 
alguns dias ou semanas.
Descolamento tegumentar na cirurgia estética 
Muitas das cirurgias plásticas exigem um descolamento da pele para que ela seja retirada 
posteriormente (o excesso dela, nos casos de flacidez, nas cirurgias de lifting facial, abdominoplastia, 
mamoplastia redutora, entre outras) ou mesmo para facilitar e permitir a retirada de tecido adiposo 
por meio de cânulas e uso de pressão negativa, como ocorre na lipoaspiração. 
Nestes casos, o preparo pré-cirúrgico torna-se importante no intuito de favorecer este descolamento, 
preparando o tecido para tal procedimento. Com um preparo tecidual adequado, os riscos e cuidados 
trans e pós-operatórios tornam-se mais tranquilos e menos susceptíveis a complicações. 
Pontos cirúrgicos e tempo de cicatrização
O tempo de cicatrização sofre interferência de uma série de fatores, taiscomo:
a. Fatores locais: são aqueles ligados à ferida e que podem interferir no processo de 
cicatrização, tais como: dimensão, profundidade da lesão, presença de contaminação 
ou infecção, hematomas e necrose tecidual (se houver).
b. Fatores sistêmicos: são aqueles relacionados diretamente ao paciente, como: faixa 
etária (pessoas de idade avançada têm a resposta inflamatória diminuída); estado 
nutricional (que interfere em todas as fases da cicatrização. A hipoproteinemia, 
por exemplo, diminui a resposta imunológica, a síntese de colágeno e a função de 
fagocitose); presença de doenças crônicas, tais como enfermidades metabólicas 
sistêmicas (diabetes, por exemplo) podem interferir no processo cicatricial; terapia 
medicamentosa associada, já que a associação de medicamentos pode interferir no 
processo cicatricial, como, por exemplo, antiinflamatórios, antibióticos, esteroides 
e agentes quimioterápicos.
c. Tratamento tópico inadequado, tais como o uso de sabão tensoativo (que na lesão 
aberta pode afetar a permeabilidade da membrana) e soluções antissépticas, que 
também podem ter ação citolítica. 
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CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS │ UNIDADE I
Tipos de cicatrizes
As cicatrizes são o resultado inevitável de um comprometimento intencional ou acidental da pele. 
A cicatriz final consequente à essa lesão é secundária a um processo de reparação, variável e nunca 
completamente previsível. 
A cicatriz também pode ser definida como o resultado da cura de uma ferida operatória. Todos os 
tecidos do corpo humano (gorduroso, conjuntivo, epitelial) apresentam um processo de regeneração 
eficaz e eficiente. A pele, por ter origem ectodérmica e conjuntiva, é um órgão mais complexo e cura-
se mediante formação de um tecido fibroso, que é a cicatriz. Por se tratar de um tecido fibroso, essa 
cicatrização nem sempre acontece da maneira desejadas.
As cicatrizes podem ser de diversos tipos. 
a. Normotrófica: esta classificação é dada quando a pele adquire o aspecto de textura 
e consistência anterior ao trauma. 
b. Atrófica: ela é assim designada quando sua maturação cicatricial não atinge o 
trofismo fisiológico esperado, surgindo, normalmente, por diminuição de substância 
tecidual ou sutura cutânea inadequada. 
c. Hipertrófica: nome dado quando o colágeno é produzido em quantidade normal, 
contudo a sua organização na deposição é inadequada, oferecendo aspectos não 
harmônicos, embora a cicatriz respeite o limite anatômico da pele.
d. Brida cicatricial: são cicatrizes indesejadas localizadas nas regiões articulares, logo, 
podem provocar limitações funcionais e diminuição na amplitude de movimento 
do segmento.
e. Queloide: decorrente da contínua produção de colágeno jovem devido à ausência 
de fatores inibitórios. Ela pode estar ligada a fatores raciais, sendo a prevenção a 
melhor forma de tratamento da cicatriz queloidiana, com uso de meios de contenção 
(malha elástica, placa de silicone etc.) ou pomada ou gel adequado.
Cuidados com o sistema venoso na cirurgia
Como complicações decorrentes do sistema venoso durante o procedimento cirúrgico, temos 
a trombose venosa profunda (TVP) e o seu desfecho imediato mais grave, o tromboembolismo 
pulmonar (TEP), que são complicações de incidência elevada em pacientes hospitalizados e 
principalmente naqueles submetidos à cirurgias.
Quando falamos sobre cirurgia plástica, alguns cuidados se fazem necessários para que sejam 
evitadas complicações ocasionadas pela TVP e embolia pulmonar. Encontra-se abaixo partes do 
estudo publicado por Anger, Baruzzi e Knobel (s.d), em que apresentam suas considerações e os 
estudos realizados nesta temática.
20
UNIDADE I │ CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS
A incidência de TVP em cirurgia plástica vem sendo foco de estudo e pesquisa dos cirurgiões. 
Paradoxalmente a essa preocupação, raros são estudos sobre os índices de TVP em cirurgias 
plásticas. Entretanto, quando observadas outras especialidades médicas, são cada vez mais comuns 
estudos científicos que buscam a normatização dos procedimentos de profilaxia da TVP, já tendo 
sido divulgados e testados diversos protocolos.
A American Society of Plastic Surgery (Sociedade Americana de Cirurgia Plástica) organizou 
um Grupo de Estudo (“Task Force”), que discutiu em seus estudos os fatores de risco e algumas 
medidas preventivas, embora não tenha sido formulado um protocolo-modelo, que pudesse 
ser reproduzido nos demais centros de pesquisa e, desta forma, possibilitaria a comparação de 
pesquisas clínicas e o fornecimento de dados reais sobre a incidência e morbidade na TVP neste 
tipo de cirurgia. 
Estudo de 1999 do Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo, cujo objetivo principal foi 
formular um protocolo simples, objetivo e fácil de ser consultado, no qual o médico Cirurgião 
Plástico pudesse identificar e quantificar os fatores de risco no período pré-operatório e que 
pudesse ajudá-lo a indicar a melhor conduta para evitar a TVP e suas complicações. O protocolo 
deveria poder ser integralmente repetido por outros centros médicos permitindo a comparação 
dos dados obtidos. 
Observou-se então que os fatores de risco de formação da TVP são comuns para qualquer paciente, 
entretanto, ao analisar somente as cirurgias plásticas eletivas, muitas das condições clínicas que 
aumentam o risco de TVP contraindicam a realização do procedimento, ou seja, dificilmente 
encontraremos o risco de TVP numa cirurgia plástica, embora existam exceções como nos casos de 
urgências ou reconstruções e que, seguramente, requer um cuidado maior, já pré-estabelecido em 
literatura médica. 
Contrariamente, determinadas cirurgias ou condutas são específicas da cirurgia plástica e aumentam 
o risco da TVP, seja pelo tipo de decúbito e prazo de permanência do paciente durante o ato cirúrgico, 
pelo tempo de cirurgia, pela consequência fisiopatológica do trauma cirúrgico ou por limitações no 
pós-operatório. 
Outras situações de risco são muito frequentes em nossa especialidade, como, por exemplo, o fato 
de que a maioria das cirurgias estéticas são realizadas em mulheres em faixas etárias em que é 
mais evidente o uso de anticoncepcionais ou reposição hormonal, situações que reconhecidamente 
aumentam o risco de TVP. 
As medidas não farmacológicas não apresentam efeitos colaterais de importância clínica, entretanto 
aumentam o custo do procedimento. A finalidade fundamental é a de ativar o fluxo de retorno 
sanguíneo dos membros inferiores. Sabe-se que mais de 95% dos trombos é formada na perna 
em consequência da falta de movimentação dos músculos da panturrilha, importante para o 
retorno de sangue. Em cirurgias mais longas com completa inatividade dos membros inferiores, a 
probabilidade de estase e trombose aumenta gradativamente com o tempo. Uma vez ocorrida a TVP, 
a possibilidade de liberação de parte proximal de um trombo e sua embolização, principalmente 
pulmonar, é grande, muitas vezes ocorrendo horas após o fim da cirurgia, quando o membro inferior 
finalmente é mobilizado.
21
CONSIDERAÇÕES SOBRE CIRURGIAS PLÁSTICAS │ UNIDADE I
Em procedimentos prolongados, a manipulação dos membros inferiores e a deambulação precoce 
são muito importantes. Quando o grau de risco é maior é importante o uso de compressão 
pneumática intermitente, desde o início da anestesia até a recuperação e o início da deambulação, 
seguindo o aparelho com o paciente para o leito de internação. O uso de meias elásticas com 
pressão graduada é recomendado nos pacientes com história prévia de insuficiência venosa ou de 
fenômenos tromboembólicos. Estas meias são largamente usadas em Cirurgia geral, Neurocirurgia 
e em pacientes internados em Terapia Intensiva. O seu uso deve ser prolongado por alguns dias, 
principalmente quando a cirurgia envolve membros inferiores, como no caso das lipoaspirações e 
dos implantes de próteses. 
As medidas farmacológicas incluem as medicações mais frequentemente indicadas na profilaxia da 
TVP. Entretanto é controverso o seu uso pelafalta de dados objetivos sobre alterações de sangramento 
durante e após o ato operatório e é importante citar que não há nenhum relato científico sobre as 
possíveis consequências na cirurgia plástica. 
Torna-se importante utilizar todos os meios não farmacológicos de prevenção que forem acessíveis, 
em especial nos casos de risco moderado, na tentativa de evitar o uso de anticoagulantes, isto até 
que esteja metodizado o seu uso. 
A decisão do uso de anticoagulantes deve considerar também o tipo de anestesia a ser empregada. A 
punção raquidiana é evitada quando do emprego profilático de anticoagulantes. Outros consideram 
a anestesia geral em cirurgias prolongadas com os membros inferiores inativos como um fator de 
risco, mas que poderia ser evitado tomando os cuidados de rotina.
É importante que mais estudos sejam realizados para que se tenha uma real avaliação do índice 
de TVP na cirurgia plástica e, desta forma, minimizar a cada dia a frequência e a incidência de 
complicações.
Uma série de fatores podem influenciar na cicatrização e na cirurgia plástica. 
Lembrando que pré, trans e pós-operatório dependem destes e também da equipe 
de profissionais envolvidos.
O bom resultado da cirurgia plástica dependerá de um bom trabalho e de uma 
boa interação de uma equipe multiprofissional, em conjunto com a disciplina e 
a dedicação do paciente, respeitando e seguindo as recomendações dadas pela 
equipe que o acompanha. Ao somar habilidades e conhecimentos, a equipe poderá 
alcançar um resultado final superior ao que atingiriam separadamente.
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UNIDADE II
FISIOTERAPIA 
DERMATO-FUNCIONAL 
PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA
CAPÍTULO 1
O sistema linfático
Quais sistemas do corpo encontram-se diretamente envolvidos com o processo de 
pré e pós-cirurgia? Dentre todos os envolvidos, destaca-se o Sistema Linfático, que 
justamente devido a suas funções e objetivos, é essencial no pré e pós-operatório de 
qualquer cirurgia, especialmente nas cirurgias plásticas.
O papel do sistema linfático é o de retornar o excesso de líquido extracelular e proteínas plasmáticas 
para a corrente circulatória e, desta forma, prevenir e/ou minimizar a formação de edemas.
São componentes deste sistema: a linfa, as vias linfáticas e os tecidos linfáticos.
A linfa
A linfa é constituída por plasma sanguíneo, plaquetas, linfócitos, macrófagos, granulócitos, 
nutrientes, gases O2 e CO2 dissolvidos, leucócitos, cloreto de sódio, ácido graxos, bactérias e 
fragmentos celulares, que precisam ser retirados do meio intersticial para garantir a homeostase 
(manutenção das condições normais do meio interno). 
Quando encontra-se no interior do vaso, é denominada linfa circulante. Já a linfa que se encontra no 
espaço extracelular é denominada linfa intersticial. Ela é o segundo fluido circulatório do organismo 
e distribui os nutrientes, transporta os gases para o sangue e deste para as células. 
A corrente linfática é constituída pelos líquidos intra e extracelulares, que, juntas, correspondem de 
1 a 2% do fluido corporal total. 
As vias linfáticas
As vias linfáticas começam no meio intersticial por uma rede de capilares que se localizam sempre 
próximo aos capilares sanguíneos. Estes, por sua vez, unem-se formando vasos que percorrem um 
ou mais linfonodos, antes de reunirem-se em troncos linfáticos.
23
FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA │ UNIDADE II
O ponto final das vias linfáticas é o ângulo venoso, localizado na região torácica, onde os troncos 
linfáticos despejam a linfa para dentro da circulação venosa.
 » Capilares linfáticos: por sua estrutura delicada, formam verdadeiras redes. 
Apresentam extremidades aparentemente fechadas, assemelhando-se aos “dedos 
de uma luva”. Em seu interior, são encontradas válvulas que impedem o refluxo 
da linfa. Podem ser destruídos facilmente, mas ao mesmo tempo apresentam uma 
grande capacidade de regeneração, podendo aumentar em número, rapidamente, 
em casos de obstrução.
 » Vasos linfáticos: são formados pela confluência de capilares linfáticos (“vários 
capilares linfáticos formam um vaso linfático, ou seja, um vaso linfático é formado 
por vários capilares linfáticos”). Também apresentam válvulas que impedem o 
refluxo da linfa e encontram-se dispostos em dois planos, um superficial e outro 
profundo, que podem ou não estar interligados. Cada vaso linfático atravessa pelo 
menos um linfonodo. Os vasos reúnem-se formando vasos cada vez maiores, até 
constituírem os troncos linfáticos. Os vasos linfáticos maiores são denominados de 
vasos coletores, os quais correm ao lado das artérias e veias e desembocam no ducto 
torácico ou no ducto linfático direito.
 » Os troncos linfáticos compreendem o ducto torácico, o ducto esquerdo e o ducto 
direito.
O ducto esquerdo forma-se pela junção do ducto jugular esquerdo, que traz a linfa do lado esquerdo 
da cabeça, com o ducto subclávia esquerdo, que traz a linfa do ducto esquerdo. Os dois ductos 
reúnem-se originando assim o ducto braquiocefálico, pouco antes de penetrarem no ducto torácico. 
O ducto torácico é o maior tronco linfático. Inicia-se na cisterna do quilo, na altura da cicatriz 
umbilical, e recebe a linfa dos membros inferiores e dos órgãos abdominais, seguindo em direção 
ao pescoço, onde desembocará no ângulo venoso esquerdo, que é a junção das veias jugular interna 
esquerda com a subclávia esquerda, onde as duas formam o tronco braquiocefálico e recebe a linfa 
do ducto linfático esquerdo.
O ducto direito consiste na junção direita, que traz a linfa do lado direito da cabeça, com o ducto 
subclávio direito, que traz a linfa do braço direito, e com o ducto broncomediastinal ascendente, que 
traz a linfa da parte superior do tórax direito.
A junção desses três ductos ocorre próximo à clavícula e seu escoamento dá-se no ângulo venoso 
direito.
Os tecidos linfáticos
 » Linfonodos: são também conhecidos como gânglios ou nodos linfáticos, dispostos 
em cadeias e se encontram interpostos no trajeto da corrente linfática. A 
terminologia anatômica estabelece que o termo gânglio seja restrito ao sistema 
nervoso, muito embora também seja vastamente encontrado na literatura 
24
UNIDADE II │ FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA
denominando também esta estrutura do sistema linfático. São estruturas 
efetuadoras de reações imunológicas, por serem estruturas imunologicamente 
ativas, superficiais ou profundas, presentes por todo o corpo, apesar de algumas 
regiões apresentarem maior concentração que outras. Seu interior consiste de 
seios (espaços) e tecido linfoide, por onde a linfa percorre quando atravessa o 
nodo linfático. Ela chega ao linfonodo pelos vasos aferentes e depois deixa-o pelos 
vasos eferentes. 
 » Timo: é uma massa de tecido linfoide localizada posteriormente do esterno, na 
região do mediastino anterior. Apresenta seu tamanho máximo após o nascimento 
e após a puberdade sofre involução fisiológica, quando quase desaparece, mas 
continua funcionando. Em pessoas de maior idade, ainda encontra-se presente, 
com pequena capacidade de reagir quando estimulado, incrementando a produção 
de linfócitos T. Também pode sofrer involução por radiação, infecção e doenças 
prolongadas, o que tornaria incapaz de reagir adequadamente. Ele ainda confere a 
determinados linfócitos a capacidade de se diferenciarem e maturarem em células 
que podem efetuar o processo de imunidade mediada por células. Há evidências 
de que o timo também produz um hormônio que pode continuar a influenciar os 
linfócitos após eles terem deixado seu local de origem.
 » Baço: é o maior órgão linfoide de nosso corpo e encontra-se localizado entre o fundo 
do estômago e o diafragma. Apresenta tamanho e peso variados, com cerca de 10 a 
12cm e 50 a 250g. Encontra-se interposto no trajeto da corrente sanguínea e tem 
como funções principais a produção de linfócitos B, remoção das hemácias em vias 
de degeneração, importante órgão de defesa contra agentes nocivos transportados 
pelo sangue (pois serve tambémcomo “filtro”), possui macrófagos (que realizam 
fagocitose) e também funciona como pequeno reservatório de sangue (cerca de 200 
a 250ml).
 » Nódulos linfáticos: são estruturas esféricas, situadas na mucosa de diversos 
órgãos como tubo digestivo, vias respiratórias superiores e o trato urinário, 
sendo estruturas linfoides temporárias que podem aparecer e desaparecer de um 
local, dependendo de estímulos antigênicos. Encontram-se abundantemente em 
processos infecciosos localizados.
 » Tonsilas: também chamadas de amígdalas, são aglomerados de tecido linfoide, 
embora não fiquem dispostos no trajeto de vasos linfáticos. Estão situadas na mucosa 
do tecido digestivo, distinguindo-se dos nódulos, por serem permanentes. Podem 
ser de três tipos: palatinas, faríngeas e linguais. Tal classificação ocorre conforme o 
posicionamento e a localização de cada uma. As tonsilas palatinas estão localizadas 
na parede póstero-lateral da cavidade oral. As linguais localizam-se na base da 
língua. As faríngeas localizam-se na parede posterior da parte nasal da faringe. 
Como na maioria dos tecidos linfoides, estas formações são mais desenvolvidas 
na infância e também produzem linfócitos. Elas atuam também como uma defesa 
adicional contra invasão bacteriana.
25
FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA │ UNIDADE II
Funções do sistema linfático
Estas são as funções do sistema linfático.
 » Favorecer o retorno do líquido extracelular para a corrente sanguínea. As proteínas 
que são deixadas pelos capilares sanguíneos no líquido extracelular são devolvidas 
ao sangue por meio do sistema linfático. Caso elas permanecessem nos espaços 
extracelulares, elevar-se-ia muito a pressão osmótica.
 » Destruir as bactérias e remover as partículas estranhas através dos fagócitos 
principalmente os macrófagos, presentes nos linfonodos.
 » Participar de respostas imunes específicas, por produzir anticorpos que destroem 
as substâncias invasoras (antígenos).
Drenagem linfática manual
A drenagem linfática manual (DLM) é uma técnica de tratamento com grandes resultados, que 
busca drenar e direcionar os líquidos excedentes, oferecendo equilíbrio hídrico, eliminando toxinas 
e favorecendo a nutrição tecidual. É um método de massagem específica destinada à melhoria das 
funções essenciais do sistema circulatório linfático por meio de manobras suaves, precisas, leves e 
rítmicas, que atuam ativando e melhorando a circulação linfática e favorecendo a eliminação da linfa 
e dos líquidos intersticiais.
Foi criada pelo dinamarquês Emil Vodder e sua esposa Estrid Vodder no início do século XX e, 
posteriormente, divulgaram-na por meio de cursos e congressos de estética por todo o mundo.
Seus objetivos são descritos como:
 » drenar o excesso de líquido acumulado nos espaços intersticiais;
 » melhorar a função do retorno venoso e reduzir as estases capilares e venosas, 
atuando em dois níveis: aumentando o retorno venoso e a pressão venosa;
 » aumentar a velocidade circulatória venosa e linfática, iniciando este processo pela 
microcirculação;
 » aumentar a permeabilidade capilar linfática e diminuir a hipotonia vascular; 
 » reduzir e tratar a sensação de peso em membros inferiores (MMII,) além das dores, 
dos edemas, das varicosidades e das extremidades frias;
 » prevenir ulcerações cutâneas, infecções e feridas;
 » diminuir a pressão hidrostática venosa e a pressão capilar, evitando o refluxo de 
fluidos e proteínas para os tecidos.
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UNIDADE II │ FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA
A DLM é indicada nos casos de tratamentos para fibroedemageloide (“celulite”); edemas faciais e 
corporais; varicosidades e varizes; pós-cirúrgico em cirurgia plástica, visando, primeiramente, a 
absorção do edema pós-cirúrgico; tecidos cicatriciais; revitalização tecidual.
Por outro lado, é contraindicada nos casos de: distúrbios cardíacos recentes ou não (infarto, angina 
pectoris); tumores; infecções agudas; pacientes hipertensos; edema por insuficiência cardíaca 
descompensada; distúrbios tireoideanos; zonas corporais purulentas ou supurantes; presença de 
enfermidades da pele; edema nefrítico; flebite, trombose e tromboflebite.
A DLM utiliza pressões graduadas e constantemente alteradas, imitando as contrações próprias da 
musculatura lisa dos vasos linfáticos e acompanhando o seu ritmo. As manobras seguirão a direção 
do fluxo linfático. Isso exige o conhecimento do percurso das principais vias linfáticas e de seus 
afluentes, por quem deseja trabalhar e /ou utilizar esta técnica. 
O objetivo direto da manobra é o aumento do volume de linfa admitido pelos capilares linfáticos 
e o aumento da velocidade de seu transporte através dos vasos e ductos linfáticos, exercendo uma 
influência sobre outras funções biológicas.
Para cada região que será drenada, deve-se observar uma sequência de distal para proximal, em 
direção às áreas de aglomerados de linfonodos. 
O líquido intersticial extracelular, será impulsionado com a compressão do tecido exercido pelas 
manobras, por ser ele o mais vulnerável a pressões externas, pois suas funções consistem justamente 
em amortecer estímulos mecânicos. Estes líquidos, ao serem impulsionados, abrirão as válvulas 
dos terminais linfáticos. Com a abertura destas válvulas, parte do líquido penetrará nos capilares 
linfáticos até exercer uma pressão hidrostática interna suficiente para fechá-las. Então, o líquido 
que ainda não penetrou nos capilares linfáticos faz um refluxo em direção à região comprimida. 
Já o líquido que já penetrou nos capilares linfáticos não consegue mais sair e, consequentemente, 
refluirá uma quantidade menor de líquido do que tinha sido deslocado no início da compressão. A 
repetição da manobra no mesmo local resultará numa redução significativa do líquido local.
Para realização da DLM, é muito importante que o terapeuta e o paciente estejam bem-posicionados 
e algumas considerações são importantes, a saber.
 » O ambiente: o local de aplicação da drenagem linfática manual deve ser limpo, 
higienizado, calmo e silencioso, com luz indireta sobre o paciente e a temperatura 
da sala agradável.
 » O paciente: deverá estar posicionado confortavelmente em uma maca que possibilite 
a inclinação para a postura de drenagem, utilizando vestimentas adequadas e com a 
pele completamente limpa, sem óleos ou cremes que dificultem o tato.
 » O terapeuta: deverá estar de unhas cortadas, punhos e mãos livres de adornos, 
higiene máxima. Sugere-se a realização de um alongamento prévio, no intuito de 
minimizar lesões a longo prazo. A vestimenta e o posicionamento adequados também 
devem ser levados em consideração. As pressões realizadas devem ser provenientes 
de movimentos rítmicos e suaves, mas enérgicos do corpo do terapeuta, que atuará 
sincronica e conjuntamente os membros superiores e as mãos. 
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FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA │ UNIDADE II
Durante a realização das manobras, a pressão exercida manualmente deverá tanto aumentar quanto 
diminuir gradativamente. Com o objetivo de garantir o livre escoamento da linfa, deve-se passar 
para a região subsequente (distal) somente depois de terminada a região anterior (proximal). 
A drenagem linfática e suas funções pós-cirúrgico
No pós-cirúrgico, o emprego e o uso da DLM é de grande valia, haja vista a sua importância. Ela é, 
normalmente, o único procedimento realizado a partir das 48 horas de um pós-operatório. Deve 
ser feita de forma adequada, respeitando o sentido de drenagem, com manobras precisas, leves, 
rítmicas e de pressão graduada.
Muitas das vezes, nesta fase inicial, o uso de cosméticos é restrito, assim como poderá ser também 
restrito o seu uso em áreas próximas à área operada (por exemplo: uso de shampoos, desodorantes, 
entre outros).
Os movimentos devem ser suaves, de forma que em hipótese alguma haja deslocamento ou 
estiramento do tecido operado, especialmente da região de sutura. Segundo o próprio Dr. Vodder, 
deve-se redobrar o cuidado tátil, hajavista que os linfonodos estarão muito ativos com a filtragem 
da linfa neste período e qualquer pressão ou toque efetuado de forma errônea poderá bloquear a 
circulação linfática, agravando o quadro, ao invés de incrementar seu funcionamento.
Muitas pessoas, por desconhecimento ou desinformação, acabam por ter um 
conceito errado a respeito da drenagem linfática manual. Frequentemente, durante 
sua aplicação clínica, as pacientes perguntam se ficarão hematomas ou será um 
procedimento dolorido. Vale lembrar que, por se tratarem de manobras suaves, 
precisas e rítmicas, não deixa marcas e não tende a ser dolorido (apenas em pós-
operatórios podem surgir incômodos maiores).
Quando realizado de forma correta, a DLM traz inúmeros benefícios ao organismo. 
Podem beneficiar-se da técnica pessoas de diferentes faixas etárias e de ambos 
os sexos.
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CAPÍTULO 2
O pré-cirúrgico
Preparo pré-cirúrgico existe?
Sim, existe e é muito importante para quem deseja uma resultado pós-cirúrgico 
harmonioso e um pós-operatório mais tranquilo. A seguir, veremos alguns 
cuidados importantes, dentro daquelas cirurgias plásticas mais realizadas e que 
exigem uma maior preparação do corpo antes de ser submetido ao procedimento 
cirúrgico.
O preparo do paciente pré-cirurgia
Alguns cuidados são importantes antes de todo e qualquer procedimento cirúrgico, a saber:
 » realizar exames de rotina e apresentá-los ao cirurgião plástico;
 » não ingerir medicamentos a base de ácido acetilsalicílico (Aspirina, Doril, AAS);
 » não fumar por pelo menos 15 dias antes, já que existem relatos de sua interferência 
no processo de cicatrização;
 » evitar bebidas alcoólicas;
 » evitar exposição ao sol;
 » outros cuidados específicos indicados pelo cirurgião;
 » colaboração plena do paciente;
 » acompanhamento multiprofissional com nutricionista, educador físico, psicólogo, 
além do fisioterapeuta dermato-funcional e do cirurgião plástico.
Lembrando que nos dias que antecedem a cirurgia e na sua data, qualquer alteração de saúde e/ou 
no estado geral do corpo devem ser comunicados ao médico. 
No pré-operatório, os cuidados estéticos possibilitam melhorar as condições da pele e dos tecidos 
da região que será operada. Esses cuidados devem ser realizados de maneira regular, uma ou duas 
vezes por semana, por um período de no mínimo 30 dias antes da cirurgia , visando estimular a 
elasticidade cutânea dos tecidos nos planos superficiais e profundos, usando produtos com maior 
concentração de princípios ativos e observando alguns procedimentos, conforme descritos por 
Tariki e Pereira (in MAUAD, 2001):
 » preparação prévia da pele para realização da cirurgia;
 » hidratações locais (neste caso a cosmetologia será uma boa aliada);
29
FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA │ UNIDADE II
 » afinamentos (esfoliações suaves);
 » manipulações do tecido por meio de massagens manuais;
 » exercícios isométricos, buscando fortalecer a musculatura envolvida;
 » estimulações eletroeletrônicas e microcorrentes;
 » drenagem linfática manual, técnica clássica e consagrada, presente no pré e no 
pós-operatório de qualquer cirurgia plástica;
 » ionizações ou iontoforeses, como recurso potencializador de ativos cosméticos.
Esses mesmos autores descrevem que, nos dez dias que antecedem a cirurgia, os cuidados deverão 
ser a higienização e limpeza da pele, tonificação com ativos calmantes e extratos vegetais, drenagem 
linfática manual (focando descongestionar vias linfáticas e reduzir a espessura do tecido), uso de 
máscara de ação descongestionante sem oclusão.
Com relação ao preparo do corpo para o procedimento cirúrgico, alguns cuidados são importantes. 
Seguem abaixo as orientações acerca dos principais procedimentos:
a. Abdominoplastia: o pré-operatório objetiva diminuir a espessura do tecido 
abdominal pelo uso da drenagem linfática manual, que visa a minimizar o excesso 
de líquido intersticial. Desta forma, por aumentar a elasticidade tecidual, facilitará 
a sua remoção pelo cirurgião posteriormente. Outros cuidados sugeridos são o 
uso de microcorrentes, especialmente na região suprapúbica e próximo à cicatriz 
umbilical, com o objetivo de incrementar a circulação sanguínea local, haja vista 
a dificuldade circulatória no pós-operatório. São contraindicadas técnicas que 
possam desencadear a formação de edemas locais que irão aumentar ainda mais 
o edema pós-operatório. O uso de peelings químicos também não são indicados, 
por serem candidatos a provocarem pequenas lesões na pele.
b. Lipoaspiração: o pré-operatório é bem semelhante ao da abdominoplastia, 
envolvendo cuidados de preparo do tecido, visando a diminuir sua espessura, a 
estimular trocas metabólicas e a favorecer a microcirculação. A hidratação corporal 
também é recomendada, embora deva ser concluída aproximadamente uma 
semana antes da cirurgia, no intuito de diminuir o risco de formação de edema. 
Procedimentos e massagens que favorecem o aparecimento de edemas, também 
devem ser evitados.
c. Mamoplastia ou mastoplastia: as cirurgias estéticas das mamas têm um preparo 
muito comum, sejam elas de aumento (silicone), de redução ou para correção de 
flacidez. Alguns cuidados variarão conforme a idade da paciente. Aquelas acima 
de 35 anos, por exemplo, serão recomendadas fazer uma mamografia e exame de 
ultrassonografia, visando a investigar possíveis comprometimentos mamários que 
possam contraindicar a plástica.
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UNIDADE II │ FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA
O preparo adequado no pré-cirúrgico é condição fundamental para um resultado 
mais harmônico, simétrico e mais tranquilo para o paciente posteriormente, quando 
ele se deparar com os incômodos pós-cirúrgicos.
Ele também é importante na diminuição da ansiedade que antecede a cirurgia, 
contudo, os profissionais envolvidos devem ter sensibilidade suficiente para saber 
diferenciar a ansiedade fisiológica, natural, daquela ansiedade patológica, que pode 
ser prejudicial ao processo. 
31
CAPÍTULO 3
O pós-cirúrgico
A cirurgia já passou... e agora, como ficará o corpo? Os resultados esperados serão 
compatíveis aos resultados reais? O que fazer para favorecer este processo? 
No pós-cirúrgico, o fisioterapeuta dermato-funcional terá como um de seus objetivos a estimulação 
do local, favorecer a redução do edema, minimizar o quadro doloroso e promover um melhor 
resultado no processo de cicatrização.
É importante, sempre que possível, o diálogo entre todos os profissionais envolvidos no tratamento 
deste paciente, a fim de, juntos, conseguirem um melhor resultado final.
Os cuidados gerais para todo e qualquer pós-operatório são os seguintes.
 » Evitar esforços físicos.
 » Evitar exposição ao sol, principalmente exposição da cicatriz.
 » Evitar transpiração excessiva.
 » Cuidados específicos indicados pelo cirurgião.
Os objetivos do acompanhamento fisioterapêutico no pós-operatório incluem: diminuição de 
edema; apoio ao paciente e diminuição da dor, realização de drenagem linfática manual; melhora 
da microcirculação; e trabalho com a cicatriz, favorecendo a cicatrização. 
Alguns cuidados específicos de determinadas regiões podem ser descritas, a saber.
a. Abdominoplastia: o pós-operatório visa a diminuir os inchaços e a favorecer o 
processo cicatricial, melhorando a tonificação muscular e a microcirculação. Os 
cuidados com o cliente incluem ainda um auxílio em seu estado psicológico, que 
mesmo sabendo do que poderá apresentar no pós-cirúrgico, acaba encontrando-se 
assustado quando se depara com os sinais em seu próprio corpo. 
A drenagem linfática manual tem uma grande importância, pois favorece a diminuição 
do edema, auxilia na desintoxicação dos tecidos, melhora a nutrição e oxigenação 
celular, além de promover estímulo aos receptores, que ao serem interpretados 
diminuirão a sensação de dor. Lembrando que é muito importante o direcionamento 
do fluxo linfático de maneira suave, com manobras lentas e rítmicas.b. Lipoaspiração: a drenagem linfática manual também é a técnica mais indicada neste 
pós-cirúrgico, haja vista a sua importância na diminuição de edemas, hematomas e 
desintoxicação do tecido. Entretanto, sua realização de forma adequada é fundamental 
32
UNIDADE II │ FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA
para o bom andamento do pós-operatório. A realização de manobras lentas, rítmicas 
e delicadas, irão reproduzir o bombeamento fisiológico e, além de diminuir o acúmulo 
de líquido intersticial excedente, evitarão o rompimento de vasos.
c. Mamoplastia ou mastoplastia: evitar decúbitos lateral ou ventral são importantes 
ao deitar. O uso de sutiã que cubra e comprima suavemente a mama também são 
importantes, haja vista que a leve compressão promoverá a sua sustentação. 
Ocorrências inevitáveis
Independentemente de qual cirurgia foi realizada, algumas ocorrências são inevitáveis no pós-
cirúrgico. Elas já são esperadas e geralmente são temporárias, a saber:
 » presença de dores;
 » desconforto para dormir;
 » insensibilidade temporária (sensação de parestesia), já que, devido aos descolamentos, 
as terminações nervosas ficam temporariamente prejudicadas;
 » hematomas e equimoses, devido ao rompimento dos vasos sanguíneos;
 » edemas, devido ao comprometimento tecidual;
 » retração cicatricial;
 » prurido (coceira), devido à formação de novas fibras colágenas e ao incremento da 
circulação sanguínea local.
Possíveis complicações
São complicações possíveis decorrentes de uma cirurgia plástica:
 » trombose venosa profunda (TVP), já descrita anteriormente;
 » deiscência de sutura (abertura dos pontos);
 » infecções;
 » lesão de nervos;
 » necrose tecidual;
 » seroma.
O início da fisioterapia após a cirurgia: 
cuidado com pontos e auxílio na cicatrização
Logo após a cirurgia, o fisioterapeuta dermato-funcional trabalha a reabilitação do paciente com o 
retorno precoce e sua reinserção nas atividades cotidianas. 
33
FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA │ UNIDADE II
Sabe-se que o ato cirúrgico constitui uma forte agressão tecidual e a atuação deste profissional 
torna-se de suma importância para minimizar estes danos.
Ao optar pela realização de uma cirurgia plástica, o paciente deve procurar um bom cirurgião, 
que seja membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Então, chega a ele repleto 
de desejos e anseios, visando a obtenção de uma melhora de seu corpo. Entretanto, apesar disso, 
deve estar ciente de que nem tudo será fácil. Até alcançar o corpo desejado, ele passará por um pós-
operatório dolorido e desconfortante. 
Neste ponto que se encontra o fisioterapeuta dermato-funcional, que trabalhará com os mais 
diversos recursos, visando a um breve restabelecimento do cliente física e psicologicamente. Vale 
lembrar que a satisfação dele talvez seja o critério mais importante na avaliação dos resultados dos 
procedimentos cirúrgicos.
Na avaliação inicial, ainda na fase pré-operatória, o fisioterapeuta terá a possibilidade de avaliar 
fatores que estejam relacionados à disfunção estética, tais como retrações musculares, deformidade 
articular, mobilidade muscular e articular, desvios posturais que podem desencadear alterações 
estéticas e/ou funcionais; avaliar cicatriz de cirurgias plásticas prévias; avaliar sistema circulatório 
e linfático: presença de edemas, linfedemas, celulites. 
Já no pós-operatório, é importante salientar que a fisioterapia dermato-funcional cuida do cliente 
usando de seus mais diversos recursos, dentre os quais destacam-se drenagem linfática manual, 
massoterapia, liberação tecidual, crioterapia, ultrassom, eletroterapia (microcorrentes, corrente 
galvânica, alta frequência), agentes fototerapêutico (laser) e mecanoterapêuticos (vacuoterapia).
A cinesioterapia é outra técnica de domínio fisioterapêutico e deve ser utilizada nesses casos, 
haja vista que exercícios para correção da postura antálgica, para prevenção de encurtamentos e 
contraturas musculares, análise da cicatriz, do edema, da dor e da sensibilidade, além de ganho de 
amplitude articular e comparação com os dados documentados em avaliação prévia são essenciais 
nesta fase do tratamento.
Os cuidados com os pontos e o auxílio na cicatrização iniciam-se desde o período pré-operatório, com 
o preparo do tecido que será operado. Infelizmente, em boa parcela dos procedimentos cirúrgicos, 
a fisioterapia dermato-funcional é recomendada ao paciente apenas no pós-operatório, seja por 
desconhecimento ou outro fator. Perde-se, portanto, um período valioso de preparo do paciente e 
da região a ser cirurgicamente mobilizada.
Os cuidados com os pontos são importantes para evitar complicações como infecções, deiscência de 
sutura (abertura dos pontos) ou saída destes. 
Como prevenir/tratar cicatriz hipertrófica
Tacon, Santos e Castro (2008) avaliaram as principais modalidades de prevenção e tratamento 
para o queloide e a cicatriz hipertrófica, considerando as melhores evidências científicas disponíveis 
correntemente. Parte do estudo realizado e dos resultados encontrados encontram-se descritos a seguir.
A etiologia da cicatriz hipertrófica e do queloide (Khele = garra, pinça e oiedes = semelhante a) ainda 
estão insuficientemente esclarecidas. Parte dessa dificuldade encontra-se no fato do queloide ser 
34
UNIDADE II │ FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL PRÉ E PÓS-CIRÚRGICA
descrito apenas em seres humanos. Apesar de ser algo ainda não totalmente conhecido, não é algo 
novo para a Medicina. Papiro cirúrgico de Edwin Smith, em 1700 a.C., já fazia menção à formação 
anormal de cicatrizes. O queloide foi primeiramente descrito em 1806 por Alibert.
Acredita-se que a falta de um modelo experimental em animais proporciona uma difícil definição 
dos métodos mais adequados para se tratar cada uma delas.
Cicatrizes hipertróficas são derivadas de mudanças no processo normal de cicatrização de feridas 
cutâneas. Elas são caracterizadas por proliferação de tecido dérmico com deposição excessiva de 
fibroblastos derivados de proteínas da matriz extracelular, principalmente colágeno, durante longos 
períodos, e por inflamação persistente e fibrose. A frequência de cicatriz hipertrófica é provavelmente 
maior que a do queloide, mas ainda não existem estudos estatísticos específicos acerca deste assunto.
Um ponto importante na prevenção e no tratamento de cicatriz hipertrófica e de queloide é justamente 
identificar sua diferenciação, sendo assim mais efetivo o tratamento. Queloides assumem uma 
crescente além dos limites da ferida original e estão frequentemente associadas com prurido e dor. 
Cicatrizes hipertróficas têm a aparência clínica de um nódulo vermelho levantadas sobre a pele, não 
se estendem além da área original da pele trauma e, muitas vezes, regridem com o tempo, até certo 
ponto. Além de sua aparência, características clínicas e histológicas também distinguem cicatrizes 
hipertróficas e queloides.
Entre as técnicas para tratamento, podemos citar: remoção cirúrgica, radioterapia, crioterapia, gel 
de silicone, injeção intralesional de agentes diversos ou injeção de corticoides e laserterapia.
Dentre as técnicas estudas para prevenção, o controle do fator de crescimento transformador beta 
– I, o silicone gel e o laser parecem ser a melhor opção, porém, entre eles existem fortes evidências 
científicas de que o laser é um grande promissor tanto na prevenção quanto no tratamento de cicatrizes 
hipertróficas e queloides.
Hematomas e edemas: recursos utilizados 
para tratá-los
Seromas, edemas, hematomas e alterações cicatriciais são complicações potenciais no pós-operatório. 
A drenagem linfática manual encontra-se ainda como a principal aliada no tratamento de edemas, 
especialmente aqueles decorridos do processo cirúrgico, quando o tecido sofreu agressões e tem o 
inchaço como consequência deste ato.
Existem alternativas para quem deseja alcançar o corpo desejado, sem recorrer à via 
cirúrgica? Sim! Dependendo dos anseios e desejos,aquele (a) paciente que deseja 
modificar a silhueta conseguirá isso de forma segura e não invasiva usando técnicas 
não cirúrgicas e muito saudáveis, como uma alimentação adequada, prática de 
atividade física, ingestão hídrica adequada (aproximadamente 2 litros de água ao 
dia). Ressaltando que tais medidas deverão ser acompanhadas por um profissional 
habilitado para tal: nutricionista, educador físico, fisioterapeuta, ou outro que esteja 
envolvido na equipe multiprofissional.
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Para (não) Finalizar
Tivemos, ao longo de dezenas de páginas, a possibilidade de estudar sobre as cirurgias plásticas, 
discutir alguns tópicos e cuidados pertinentes a essa temática.
Diversos conceitos foram abordados e outros proeminentes conceitos também foram descritos. 
De alguma forma, belo e beleza encontram-se dispersos e influenciam o cotidiano das pessoas, tal 
como a vontade de alcançar o elixir da juventude. 
Para alguns, o que é facilmente dado de forma natural, pode significar sacrifício sem medida para 
outros, chegando a ser o gatilho de doenças ou distúrbios dos mais diversos.
Será que vale tudo pela beleza? Qual a importância que a beleza tem em seu dia a dia? Vale a pena 
tamanho sacrifício do pós-operatório, levando em conta os resultados que serão alcançados? Com 
qual idade seria viável uma pessoa começar a realizar cirurgias plásticas? 
Tivemos, ao longos de dezenas de páginas, a possibilidade de estudar sobre as cirurgias plásticas, 
discutir alguns tópicos e cuidados pertinentes a essa temática. Mas nosso estudo não termina aqui. A 
cada dia que passa, novas técnicas e novos recursos estéticos vão surgindo, o que favorece (e muito) 
o tratamento estético. Associados à eles, temos ainda o desenvolvimento de novos equipamentos 
e cosméticos, que sempre são lançados no mercado e possibilitam um preparo e uma recuperação 
mais adequada e eficaz, durante o pré e pós-cirúrgico. 
Portanto, consideramos importante que você aprofunde seus conhecimentos e sempre procure se 
atualizar, a fim de parimorar a sua atividade profissioal e ter em mãos o melhor tratamento estético 
para seu cliente.
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Referências
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