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Direito Ambiental 2

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Direito Ambiental - Exame de Ordem - 2017 
Prof. Rosenval Júnior ± Aula 01 
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ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias 
fluviais; 
IV ± as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros 
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, 
excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto 
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, 
e as referidas no art. 26, II; 
V ± os recursos naturais da plataforma continental e da zona 
econômica exclusiva; 
VI ± o mar territorial; 
VII ± os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
VIII ± os potenciais de energia hidráulica; 
IX ± os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
X ± as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e 
pré-históricos; 
XI ± as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
 
Bens dos estados 
 
 Os bens ambientais dos estados estão dispostos no art. 26 da 
Constituição e são os seguintes: 
As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em 
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de 
obras da União; 
As áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, 
excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; 
As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 
As terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
 
Bens municipais 
 
 Os bens municipais não foram expressamente listados na 
Constituição; no entanto, os municípios têm domínio sobre bens como 
unidades de conservação municipais, jardins públicos, hortos florestais, 
praças, entre outros. 
Importante dizer que o fato de o constituinte ter anunciado que os 
bens do inciso III do art. ��� ³VmR� GD� 8QLmR´� QmR� WUDQVIRUPD� R� 3RGHU�
3~EOLFR� )HGHUDO� HP� ³SURSULHWiULR´� GD� iJXD�� PDV� VLP� HP� JHVWRU� GDTXHOH�
bem em benefício do e no interesse de todos. Da mesma forma os bens 
indicados no inciso I do art. 26, entre eles as águas subterrâneas, são 
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bens que devem ser gerenciados pelos respectivos estados que os 
tenham sob o domínio dos seus respectivos territórios. 
O meio ambiente está inserido na categoria dos direitos difusos, isto 
é, daqueles direitos pertencentes a uma coletividade indeterminada e que 
transcende a classificação tradicional de Direito Privado e Direito Público. 
O conceito de dominialidade das águas não pode ser visto sob o ângulo do 
Direito Privado; é preciso entender que a dominialidade inerente, por 
exemplo, aos recursos hídricos não tem sinônimo de apropriação do bem, 
mas sim de gerenciamento. 
Isso se dá porque, de acordo com a definição contida no art. 225 da 
Constituição Federal, R�PHLR�DPELHQWH�p�³EHP�GH�XVR�FRPXP�GR�SRYR´�H�
por isso não pode ser qualificado como um bem que pertença a uma 
pessoa física ou jurídica privada ou pública, mas sim como um bem 
pertencente a uma coletividade indeterminada. 
 
Competências Constitucionais em Matéria Ambiental 
 
 O Brasil adotou o federalismo cooperativo, em que há 
coordenação entre a União e os demais entes. 
 A repartição da competência legislativa está fundamentada no 
princípio da predominância do interesse. Dessa forma, competem à 
União assuntos de interesse nacional; aos estados, temas de interesse 
regional; e aos municípios, assuntos de predominante interesse local. Ao 
Distrito Federal foram atribuídas as competências de interesse 
predominantemente local (municipais) e regional (estaduais). 
 
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 Obs.: Os municípios também podem legislar sobre matéria 
ambiental, no caso de interesse local (art. 30, I, da CF/88) e para 
suplementar a legislação federal e a estadual no que couber (art. 
30, II, da CF/88). 
 Diante disso, muito cuidado! Se a questão afirmar que município 
pode legislar sobre meio ambiente, marque CERTO. 
 Os municípios podem legislar sobre meio ambiente e 
também devem protegê-lo. 
 Entretanto, é importante observar que eles não possuem 
competência legislativa concorrente, de acordo com a literalidade do art. 
24 da CF/88. 
 A competência legislativa dos municípios é nos termos do art. 30 da 
CF/88. Se o item afirmar que os municípios possuem competência 
concorrente com fundamento no art. 24 está errado. 
 Pessoal, essa é a posição da doutrina majoritária. No entanto, há 
autores que denominam essa competência dos municípios de 
³concorrente implícita´. 
 Fiquem atentos, pois a diferença é muito sutil e pode causar 
confusão na hora da prova. 
 
Vejam como esse assunto foi cobrado em concurso: 
 
(FGV ± OAB ± Set./2010) 
Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição é 
de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, com fundamento no artigo 24 da 
Constituição Federal. 
ERRADO. 
 
(CESPE/UnB ± Procurador de Estado ± PGE-PE ± 2009) 
O município não está elencado no artigo constitucional que trata 
da competência concorrente, mas pode legislar acerca do tema 
meio ambiente. 
CERTO. 
 
Competência MATERIAL ou ADMINISTRATIVA em matéria 
ambiental 
 
 São aquelas que indicam o campo de atuação político-
administrativa do ente federado. São competências para atuação 
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estados, o Distrito Federal e os municípios, tendo em vista o equilíbrio do 
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 
 Em dezembro de 2011, foi publicada a Lei Complementar nº 
140/11, que fixou normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput 
e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a 
cooperação entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios 
nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência 
comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção 
do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e 
à preservação das florestas, da fauna e da flora; e alterou a Lei nº 6.938, 
de 31 de agosto de 1981. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, 
observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. 
 
Meio Ambiente Cultural 
 
 Segundo o art. 216 da CF/88, constituem patrimônio cultural 
brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados 
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à 
ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade 
brasileira, nos quais se incluem: 
I ± as formas de expressão; 
II ± os modos de criar, fazer e viver; 
III ± as criações científicas, artísticas e tecnológicas; 
IV ± as obras, objetos, documentos, edificações e demais 
espaços destinados às manifestações artístico-culturais; 
V ± os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, 
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, 
ecológico e científico. 
 Observem que o patrimônio cultural é constituído de bens materiais 
e imateriais, singulares ou coletivos, móveis ou imóveis. 
 Muitas questões afirmam que são bens culturais apenas os bens 
materiais. Errado!!! Não caiam nessa pegadinha! 
 Outra coisa: o rol apresentado pela Constituição é exemplificativo, 
não taxativo, pois o constituinteutilizou a expressão ³nos quais se 
incluem´, o que nos leva a aceitar outros além dos apresentados na 
CF/88. 
 O Poder Público, com a colaboração da comunidade, 
promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio 
de: 
9 inventários; 
9 registros; 
9 vigilância; 
9 tombamento e desapropriação; 
9 outras formas de acautelamento e preservação. 
 
 Farei alguns comentários sobre o tombamento por ser o 
instrumento mais comum em provas. 
 Tombamento é o ato administrativo de inscrição de um bem 
material em um dos livros do Tombo. 
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 Uma vez que a proteção do patrimônio cultural é uma 
competência comum, admite-se o tombamento de um mesmo bem 
por mais de um ente político. 
 Podem ser objeto de tombamento bens materiais de interesse 
cultural ou ambiental, móveis ou imóveis, tomados individualmente ou 
em sua coletividade. 
 Obs.: De acordo com a doutrina ambiental, os bens imateriais serão 
objeto de registro, e não do tombamento! 
 Como todo bem ambiental, o patrimônio cultural tem natureza 
jurídica de bem difuso, que pertence a todos. Cabe não só ao Poder 
Público, mas a toda sociedade o dever de preservá-lo. 
 Sobre a competência sobre o patrimônio cultural, é suficiente 
que vocês saibam que a competência material ou administrativa é comum 
e a competência legislativa é concorrente, de acordo com os arts. 23 e 24 
da CF/88, respectivamente. 
 ³Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios: III ± proteger os documentos, as 
obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os 
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios 
arqueológicos; IV ± impedir a evasão, a destruição e a 
descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor 
histórico, artístico ou cultural; V ± proporcionar os meios de 
acesso à cultura, à educação e à ciência.´ 
 ³Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal 
legislar concorrentemente sobre: VII ± proteção ao patrimônio 
histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico.´ 
 
Meio Ambiente Artificial 
 
 Constituem o meio ambiente artificial todo o espaço construído, os 
equipamentos públicos e todos os espaços habitáveis pelo homem. 
 A política de desenvolvimento urbano executada pelo Poder Público 
municipal tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções 
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. 
 A propriedade urbana cumprirá a sua função social quando atender 
às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano 
diretor (instrumento básico da política de desenvolvimento e de 
expansão urbana), que deve ser aprovado pela Câmara Municipal e é 
obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes. 
As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e 
justa indenização em dinheiro. 
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É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para 
área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do 
proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, 
que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, 
de: 
I ± parcelamento ou edificação compulsórios; 
II ± imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana 
progressivo no tempo; 
III ± desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida 
pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com 
prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e 
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. 
Aquele que tiver posse de área urbana de até 250 m, por cinco anos, 
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de 
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de 
outro imóvel urbano ou rural. O título de domínio e a concessão de uso 
serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, 
independentemente do estado civil. Esse direito não será reconhecido ao 
mesmo possuidor mais de uma vez. Importante destacar que os imóveis 
públicos não serão adquiridos por usucapião. 
 
Meio Ambiente do Trabalho 
 
 Diz respeito às condições existentes no local de trabalho. Refere-se 
às condições inerentes à qualidade de vida do trabalhador. 
 O meio ambiente do trabalho adequado é um direito fundamental, 
essencial à sadia qualidade de vida do trabalhador. 
 De acordo com o art. 200, VIII, da CF/88, compete ao sistema 
único de saúde (SUS), além de outras atribuições, nos termos da lei, 
colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 225 da Constituição Federal de 1988 
 
 De acordo com o art. 225, caput, da CF/88, todos têm direito ao 
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder 
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para 
as presentes e futuras gerações. 
 Vejam que no caput temos a norma matriz ³todos têm direito 
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado´, que consagra o 
princípio da sadia qualidade de vida. Cabe dizer que o caput do art. 225 
da CF/88 tem inspiração na doutrina ANTROPOCÊNTRICA, haja vista 
que dispôs o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado como bem de uso comum do povo, ou seja, o equilíbrio 
ambiental serve aos interesses humanos. 
 Em ³impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-OR´� WHPRV� R� 3ULQFtSLR� GD� 2EULJDWRULHGDGH� GH�
Intervenção do Poder Público e da Participação. ³Para as presentes e 
futuras gerações´ temos disposto o Princípio do Acesso Equitativo aos 
Recursos Naturais ou Equidade Intergeracional ou Solidariedade 
Intergeracional, pois aqui temos um pacto entre gerações. As gerações 
presentes podem utilizar os recursos ambientais, mas de forma 
sustentável, sem comprometer o desenvolvimento das futuras gerações. 
 Quando a Constituição diz ³bem de uso comum do povo´ quer 
dizer que o meio ambiente é um bem jurídico autônomo, de 
titularidade difusa, indisponível e insuscetível de apropriação. 
 Observem que não só o Poder Público, mas também a coletividade 
tem o dever de defender e preservar o meio ambiente de modo a permitir 
a satisfação das necessidades das gerações presentes sem comprometer 
as gerações futuras. 
 O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é difuso, 
bem de uso comum do povo, que não pertence a indivíduos 
isolados, mas a toda a coletividade, e é direito de terceira 
dimensão ou geração, que está relacionado à 
fraternidade/solidariedade. 
 Para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, a Constituição elencou uma séria de 
obrigações e instrumentos impostos ao Poder Público (Princípio da 
Obrigatoriedade de Intervenção Estatal), sendo de competência 
comum da União, dos estados, do DF e dos municípios a proteção do meio 
ambiente. 
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 Notem que o Poder Público não tem a faculdade de proteger o 
meio ambiente, na verdade, ele tem um dever constitucional, a 
obrigação de fazer, de zelar pela defesa e proteção do meio 
ambiente. Assim como o cidadão também tem o dever de preservar e 
defender o meio ambiente. 
 
Jurisprudência 
 
³O direito à integridade do meio ambiente ± típicodireito de 
terceira geração ± constitui prerrogativa jurídica de titularidade 
coletiva, refletindo, dentro do processo de afirmação dos direitos 
humanos, a expressão significativa de um poder atribuído, não ao 
indivíduo identificado em sua singularidade, mas, num sentido 
verdadeiramente mais abrangente, à própria coletividade social. Enquanto 
os direitos de primeira geração (direitos civis e políticos) ± que 
compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais ± realçam o 
princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos 
econômicos, sociais e culturais) ± que se identificam com as liberdades 
positivas, reais ou concretas ± acentuam o princípio da igualdade, os 
direitos de terceira geração, que materializam poderes de 
titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as 
formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e 
constituem um momento importante no processo de desenvolvimento, 
expansão e reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados, 
enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial 
inexauribilidade.´ 
(MS 22.164, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-10-1995, 
Plenário, DJ de 7-11-1995.) No mesmo sentido: RE 134.297, Rel. Min. 
Celso de Mello, julgamento em 13-6-1995, Primeira Turma, DJ de 22-9-
1995. 
 
 A seguir, os incisos que trazem os instrumentos de garantia para a 
proteção do direito disposto no caput do art. 225. 
 
Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover 
o manejo ecológico das espécies e ecossistemas. 
 
Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do 
País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação 
de material genético. 
 
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 O estudo prévio de impacto ambiental é uma espécie do gênero 
Avaliação de Impactos Ambientais. 
 É um estudo exigido no licenciamento ambiental de 
empreendimentos ou atividades efetiva ou potencialmente causadoras de 
significativa degradação do meio ambiente. 
 No caso de atividade ou empreendimento não causador de 
significativo impacto ambiental, outros estudos ambientais mais 
simplificados serão exigidos. 
 A Constituição, em respeito ao Princípio da Informação, determina a 
publicidade do EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental). 
 
Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, 
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a 
qualidade de vida e o meio ambiente. 
 
 Positiva no Direito Ambiental o Princípio do Limite. Uma aplicação 
seria o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus 
componentes e afins. Outra seria o controle pelo Poder Público da 
produção e destinação de resíduos sólidos, gases e efluentes. 
 
Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente. 
 
 A educação ambiental é um componente essencial e permanente da 
educação nacional, presente em todos os níveis formais ou informais. É 
um instrumento importante na conscientização pública para a preservação 
do meio ambiente. 
 Educação ambiental é um processo permanente, no qual os 
indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio e adquirem 
conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os 
tornam aptos a agir ± individual e coletivamente ± e resolver problemas 
ambientais presentes e futuros. 
 Segundo os arts. 1º e 2º da Lei nº 9.795/99, educação ambiental 
é o conjunto de processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade 
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e 
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso 
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua 
sustentabilidade. 
 Os poderes públicos devem definir políticas que incorporem as 
dimensões ambientais e promovam a participação da sociedade na 
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modalidades do ensino formal. NÃO deve ser implantada como 
disciplina específica no currículo de ensino. Isso se deve ao seu caráter 
multidisciplinar e transversal. 
 Isso é muito cobrado em prova. Portanto, fiquem atentos! A 
educação ambiental deve estar presente de forma integrada e não de 
forma isolada, como uma disciplina específica. 
 No entanto, nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas 
voltadas ao aspecto metodológico da educação ambiental, quando se 
fizer necessário, é facultada a criação de disciplina específica. Nesse 
caso é facultativa a criação da disciplina específica. 
 Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, 
em todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética 
ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas. 
 A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação 
de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas. 
 A coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental 
ficará a cargo de um órgão gestor, que será dirigido pelos Ministros 
do Meio Ambiente e Ministério da Educação. 
 Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito 
à educação ambiental, incumbindo: 
I ± ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição 
Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão 
ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de 
ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e 
melhoria do meio ambiente; 
II ± às instituições educativas, promover a educação ambiental de 
maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem; 
III ± aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente ± 
Sisnama, promover ações de educação ambiental integradas aos 
programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; 
IV ± aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira 
ativa e permanente na disseminação de informações e práticas 
educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão 
ambiental em sua programação; 
V ± às empresas, entidades de classe, instituições públicas e 
privadas, promover programas destinados à capacitação dos 
trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o 
ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo 
produtivo no meio ambiente; 
VI ± à sociedade como um todo, manter atenção permanente à 
formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a 
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atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a 
identificação e a solução de problemas ambientais. 
 
Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas 
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a 
extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. 
 
 Esse inciso tem clara inspiração nas linhas eco e biocêntricas 
(preservação da fauna e flora). Não confundir com o caput do art. 
225, que segue a linha antropocêntrica. 
 Convém citar que o STF tem declarado a inconstitucionalidade de 
leis estaduais que permitam práticas como as ³rinhas de galo´ ou a ³farra 
do boi´, pois o pleno exercício de direitos culturais não prescinde da 
observância do inciso VII do art. 225 da Constituição, o qual veda práticas 
que submetam os animais à crueldade. (Não prescindir = Não dispensar) 
 Ademais, atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais 
silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime com 
pena de detenção, de três meses a um ano, e multa, de acordo com o art. 
32 da Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). Incorre nas mesmas 
penas quem realizaexperiência dolorosa ou cruel em animal vivo 
(vivissecção), ainda que para fins didáticos ou científicos, quando 
existirem recursos alternativos. Se houver a morte do animal, a pena é 
aumentada de um sexto a um terço. 
 
 A seguir os parágrafos 2º, 3º, 4º, 5º e 6º do art. 225, muito 
recorrentes em provas. Vocês precisam ter esses dispositivos no sangue! 
 
Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o 
meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida 
pelo órgão público competente, na forma da lei. (Art. 225, § 2º) 
 
 Aplicação do princípio do poluidor-pagador, da reparação ou da 
responsabilidade, com a exigência do PRAD ± Plano de Recuperação de 
Áreas Degradadas. 
 A exploração de recursos minerais exige a recuperação do meio 
ambiente da região afetada por esse tipo de atividade, em que, ao final 
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3- Serra do Mar 
4- Pantanal Mato-Grossense 
5- Zona Costeira 
 
 Vocês podem memorizar assim: 
FAB MATA SERRA PANTA ZONA 
 Memorizem os cinco! Nas questões os examinadores inserem outros 
biomas ou ecossistemas no intuito de confundir ou simplesmente afirmam 
que um ou outro não é patrimônio. As questões mais elaboradas cobram 
a posição do STF acerca do tema. 
 Observem que não é patrimônio nacional de acordo com o art. 225: 
o Cerrado, a Caatinga e os Pampas, embora sejam biomas brasileiros. 
 Patrimônio nacional NÃO quer dizer que seja bem público, que 
esteja entre o patrimônio disponível da União. São na verdade bens cuja 
preservação é do interesse de toda a coletividade. 
 
 
[...] O preceito consubstanciado no art. 225, § 4º, da Carta da 
República, além de não haver convertido em bens públicos os 
imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele 
referidas (Mata Atlântica, Serra do Mar, Floresta Amazônica 
brasileira), também não impede a utilização, pelos próprios 
particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam 
sujeitas ao domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e 
respeitadas as condições necessárias a preservação ambiental. [...] 
(RE 134.297/SP, Rel. Min. Celso Mello, Julgamento:12/06/1995, DJ 
22/09/1995) 
 
 Logo, não há conversão de propriedades privadas em bens da 
União e nem a desapropriação indireta em decorrência do regime especial 
de proteção conferido a essas áreas pela constituição. 
 
São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos 
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos 
ecossistemas naturais. (Art. 225, § 5º) 
 
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 Terras devolutas seriam as existentes no território brasileiro que 
não se incorporaram legitimamente ao domínio particular e sem finalidade 
pública específica. 
 As terras devolutas não compreendidas entre as da União 
pertencem aos estados (art. 26, IV, da CF/88). Já as terras devolutas 
indispensáveis à preservação ambiental são bens da união (art. 20, II, da 
CF/88) e podem ser classificadas como bens públicos de uso especial e de 
uso comum, por possuírem destinação pública específica: a proteção dos 
ecossistemas naturais, sendo assim bens públicos indisponíveis. 
 Dessa forma, as terras devolutas que concorrem para a proteção 
ambiental são indisponíveis! 
 A ação discriminatória visa discriminar, separar, delimitar, demarcar 
aquilo que é devoluto daquilo que legitimamente tenha se incorporado ao 
domínio particular ou que seja de domínio público. 
 
As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua 
localização definida em LEI FEDERAL, sem o que não poderão ser 
instaladas. (Art. 225, § 6º) 
 
Vocês verão que nas questões os examinadores colocam decreto, lei 
estadual, municipal, resolução... enfim, não interessa! As usinas que 
operem com reator nuclear deverão ter sua LOCALIZAÇÃO definida em 
LEI e precisa ser FEDERAL! Sem isso NÃO poderão ser instaladas! 
 Cabe dizer que, além da lei federal definindo a sua localização, a 
usina que opere com reator nuclear deverá observar o prévio 
licenciamento ambiental e outras exigências legais. 
 
Ação Popular Ambiental 
 
É a ação intentada por qualquer cidadão com o objetivo de 
anular judicialmente atos lesivos ou ilegais aos interesses 
metaindividuais garantidos constitucionalmente, quais sejam, a 
moralidade administrativa, o patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, o meio ambiente e o patrimônio histórico e 
cultural. 
Art. 5º, LXXIII, da CF/88: ³qualquer cidadão é parte legítima para 
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência´� 
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Dessa forma, a Ação Popular é um remédio constitucional que 
possibilita ao cidadão brasileiro (aquele que esteja em pleno gozo de seus 
direitos políticos) tutelar em nome próprio e no interesse da coletividade a 
anulação de atos lesivos ao patrimônio público ou de entidade custeada 
pelo Estado, ou ainda à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico cultural. 
Há três requisitos ou pressupostos principais para o cabimento da 
ação, quais sejam: a) o autor ser cidadão; b) que ocorra ilegalidade no 
ato; e c) que exista lesividade do ato. 
 
Função Socioambiental da Propriedade 
 
 A função social da propriedade foi reconhecida expressamente pela 
Constituição de 1988, no art. 5º, XXIII; art. 170, III; art. 182, § 2º; e 
art. 186, II. 
 A Constituição impõe ao proprietário o dever de exercer o 
seu direito de propriedade em conformidade com a preservação 
do meio ambiente. No sentido de que, se ele não o fizer, o exercício do 
seu direito de propriedade não será legítimo. 
 
³Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 XXII ± é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII ± a propriedade atenderá a sua função social;´ 
 
³Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho 
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência 
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os 
seguintes princípios: 
 I ± soberania nacional; 
 II ± propriedade privada; 
 III ± função social da propriedade; 
 IV ± livre concorrência; 
 V ± defesa do consumidor; 
 VI ± defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento 
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de 
seus processos de elaboração e prestação; 
 VII ± redução das desigualdades regionais e sociais; 
 VIII ± busca do pleno emprego; 
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tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e 
fazer respeitar todos os seus bens. 
São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles 
habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades 
produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais 
necessários a seu bem-estar e as necessárias à sua reprodução física e 
cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. 
Consoante dispõe o art. 231, § 2º, da CF/88,as terras 
tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse 
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, 
dos rios e dos lagos nelas existentes. No entanto, conforme o art. 20, XI, 
da CF/88, as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da 
União. 
O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais 
energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras 
indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso 
Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada 
participação nos resultados da lavra, na forma da lei. 
Cabe destacar que as terras indígenas são inalienáveis e 
indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. 
É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, ad 
referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia 
que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, 
após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer 
hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. 
São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que 
tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se 
refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios 
e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da 
União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade 
e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na 
forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé. 
Por fim, o art. 232 dispõe que os índios, suas comunidades e 
organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de 
seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos 
do processo. 
 
 
 
 
 
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Artigos importantes sobre meio ambiente na CF/88 
 
Art. 5º, LXXIII 
Art. 129, III 
Art. 170 
Art. 174, § 3º 
Art. 176 
Art. 177 
Art. 182 
Art. 186 
Art. 200, VIII 
Art. 216 
Art. 225 
Arts. 231 e 232 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MEMOREX do art. 225 da CF/88 para véspera de prova 
 
x ETEP: Espaços Territoriais Especialmente Protegidos 
x UF: Unidade da Federação 
x PF: Pessoa Física 
x PJ: Pessoa Jurídica 
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Questões resolvidas 
 
1) (CESPE/UnB ± Juiz ± TRF 5ª REGIÃO ± 2011) 
É competência privativa da União a proteção, por meio do IPHAN, 
dos documentos, das obras e de outros bens de valor histórico, 
artístico e cultural, dos monumentos, das paisagens naturais 
notáveis e dos sítios arqueológicos. 
 
ERRADO. Trata-se de competência COMUM. Art. 23, III, da CF/88. 
 
2) (CESPE/UnB ± Juiz ± TRF 5ª REGIÃO ± 2011) 
Se determinado estado da Federação editar lei instituindo código 
florestal, a referida lei deverá ser considerada inconstitucional, 
visto que cabe à União, em caráter privativo, legislar sobre a 
matéria. 
 
ERRADO. Legislar sobre florestas é competência CONCORRENTE da 
União, dos estados e do DF. Art. 24, VI, da CF/88. 
 
3) (CESGRANRIO ± Advogado ± Petrobrás ± 2011) 
É concorrente entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal a 
competência para proteger o meio ambiente, combater a poluição 
e preservar as florestas, a fauna e a flora. 
 
ERRADO. Proteger o meio ambiente, combater a poluição e preservar as 
florestas, a fauna e a flora é competência COMUM. Art. 23, VI e VII, da 
CF/88. 
 
4) (PGE-RO ± Procurador ± 2011) 
É competência privativa da União legislar sobre responsabilidade 
civil ambiental. 
 
ERRADO. Legislar sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente é 
competência CONCORRENTE da União, dos estados e do Distrito 
Federal. Art. 24, VIII, da CF/88. 
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5) (CESPE/UnB ± Juiz ± TRF 5ª REGIÃO ± 2011) A pesquisa e a 
lavra de recursos minerais e o aproveitamento de energia 
hidráulica constituem atividades da esfera de competência da 
União. Assim, uma vez que os recursos minerais pertencem a esse 
ente federativo, e não ao proprietário do solo, cabe à 
administração federal autorizar sua exploração. 
 
CORRETO. A propriedade do solo não abrange jazidas, minas e demais 
recursos minerais, e os potenciais de energia hidráulica. Esses se 
submetem ao regime de dominialidade pública, sendo assegurada ao 
proprietário do solo a participação nos resultados da lavra. Além disso, 
segundo o art. 21, XII, b, é competência da União o aproveitamento 
energético dos cursos de água, em articulação com os estados onde se 
situam os potenciais hidroenergéticos. 
 
6) (FGV ± OAB ± Primeira Fase ± Set./2010) 
Deverá ser editada lei ordinária com as normas para a cooperação 
entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para 
o exercício da competência comum de defesa do meio ambiente. 
 
ERRADO. Não é lei ordinária, mas sim Lei COMPLEMENTAR. Essa lei, 
finalmente, foi editada em dezembro de 2011. Trata-se da LC nº 
140/2011. 
 
 
 
7) (FGV ± OAB ± Primeira Fase ± Set./2010) 
Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição é 
de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, com fundamento no artigo 24 da 
Constituição Federal. 
 
ERRADO. PEGADINHA CLÁSSICA! Vocês vão encontrar outras questões 
com essa abordagem. 
 De acordo com a literalidade do art. 24, a competência concorrente 
cabe apenas à União, aos estados e ao DF. A competência legislativa dos 
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municípios está no art. 30 da CF/88. Notem que a questão afirma que os 
municípios possuem competência concorrente com fundamento no art. 
24, o que está errado! 
 
8) (FGV ± OAB ± Primeira Fase ± Set./2010) 
A competência executiva em matéria ambiental não alcança a 
aplicação de sanções administrativas por infração à legislação de 
meio ambiente. 
 
ERRADO. Óbvio que alcança. É competência comum exercer o poder de 
polícia no intuito de proteger o meio ambiente e para isso os entes 
federativos podem e devem fiscalizar, monitorar e impor sanções. 
 
9) (TJ-PR ± Juiz ± 2010) 
A competência material dos Municípios é suplementar, cabendo-
lhes proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer 
de suas formas subsidiariamente, nos termos de Lei 
Complementar. 
 
ERRADO. TODOS (U, E, DF e M) devem proteger o meio ambiente e 
combater a poluição. É competência material ou executiva 
COMUM. Art. 23, VI, da CF/88. 
 
10) (TJ-PR ± Juiz ± 2010) 
A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao 
meio ambiente é privativa da União. 
 
ERRADO. A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao 
meio ambiente é CONCORRENTE. Art. 24, VIII, da CF/88. 
 
11) (TJ-PR ± Juiz ± 2010) 
Na competência legislativa em matéria ambiental, a 
superveniência de Lei Federal revoga dispositivo de Lei Estadual 
no que lhe for contrário. 
 
ERRADO. Suspende apenas aquilo que for contrário. Art. 24, § 4º, da 
CF/88. 
 
12) (CESPE/UnB ± Promotor de Justiça ± MPE-RR ± 2008) 
No tocante à competência legislativa a ser exercida pelos estados, 
deve-se considerar que, no âmbito da legislação concorrente, a 
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competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais e 
que esta exclui a competência suplementar dos estados. 
 
ERRADO. ³A competência da União para legislar sobre normas gerais 
não exclui a competência suplementar dos Estados.´ Art. 24, § 2º, da 
CF/88. 
 
13) (FGV ± TJ-PA ± Juiz ± 2008) 
A proteção do meio ambiente, o combate à poluição e a 
preservação das florestas, da fauna e da flora são de competência 
comum da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito 
Federal. 
 
CERTO. Art. 23, VI e VII, da CF/88. 
 
14) (FGV ± TJ-PA ± Juiz ± 2008) 
União, Estados, Municípios e Distrito Federal têm competência 
comum para proteger os documentos, as obras e outros bens de 
valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens 
naturais notáveis e os sítios arqueológicos, bem como para 
preservar as florestas, a fauna e a flora. 
 
CERTO. Art. 23, III e VI, da CF/88. 
 
15) (FGV ± TJ-PA ± Juiz ± 2008) 
As normas para a cooperação entre União, Estados, Municípios e o 
Distrito Federal no exercício de sua competência executiva comum 
para proteger o meio ambiente deverão ser fixadas por decreto 
federal. 
 
ERRADO. De novo! Como gostam do parágrafo único do art. 23. 
É por Lei Complementar. A LC nº 140/2011. 
 
16) (CESPE/UnB ± Procurador de Estado ± PGE-PE ± 2009) 
Com fulcro no princípio da predominância do interesse, compete 
privativamente à União legislar sobre florestas, caça e pesca. 
 
ERRADO. Competência CONCORRENTE. Art. 24, VI, da CF/88. 
 
 
 
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17) (CESPE/UnB ± Procurador de Estado ± PGE-PE ± 2009) 
Mesmo que exista atuação normativa por parte da União, o 
estado-membro pode tratar das normas gerais. 
 
ERRADO. Cabe à União estabelecer normas gerais, o que não exclui a 
competência suplementar dos estados. No caso de a União não editar as 
normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa plena para 
atender as suas peculiaridades. Art. 24, §§ 1º, 2º e 3º, da CF/88. 
 
18) (CESPE/UnB ± Procurador de Estado ± PGE-PE ± 2009) 
O município não está elencado no artigo constitucional que trata 
da competência concorrente, mas pode legislar acerca do tema 
meio ambiente. 
 
CERTO. Perfeito. Segundo o art. 24 da CF/88, apenas U, E e DF possuem 
competência concorrente. O que não impede que os municípios legislem 
sobre matéria ambiental de interesse local. 
Fiquem ligados. Encontrei esse tipo de cobrança em outras provas da 
banca Cespe. 
 
19) (CESPE/UnB ± Procurador de Estado ± PGE-PE ± 2009) 
O DF não pode legislar concorrentemente com a União na matéria 
ambiental, por ser a sede da República brasileira. 
 
ERRADO. Viagem total... Lógico que pode. Não só o DF, como a União e 
os estados. Art. 24 da CF/88. 
 
20) (CESPE/UnB ± Procurador de Estado ± PGE-PE ± 2009) 
Os estados podem legislar concorrentemente sobre jazidas e 
minas encontradas em seus territórios. 
 
ERRADO. Legislar sobre jazidas, minas e outros recursos minerais é 
competência PRIVATIVA da União. Art. 22, XII. Lembrando que os 
recursos minerais, inclusive os do subsolo, são bens da União. Art. 20, IX, 
da CF/88. 
 
21) (CESPE/UnB ± Promotor de Justiça ± MPE-AM ± 2007) 
Matéria relacionada a atividade nuclear de qualquer natureza é de 
competência exclusiva da União. 
 
CERTO. Art. 21, XXIII, e art. 22, XXVI, da CF/88. 
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22) (CESPE/UnB ± Promotor de Justiça ± MPE-AM ± 2007) 
No âmbito da legislação concorrente, os estados não podem 
legislar sobre matéria ainda não tratada pela União. 
 
ERRADO. Podem sim! Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os 
estados exercerão a competência legislativa plena para atender as suas 
peculiaridades. Art. 24, § 3º, da CF/88. 
 
23) (CESPE/UnB ± Promotor de Justiça ± MPE-AM ± 2007) 
As normas gerais no âmbito da competência concorrente são 
atribuídas à União. 
 
CERTO. Art. 24, § 1º, da CF/88. 
 
24) (MPE-PR ± Promotor de Justiça ± 2011) 
É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal 
legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da 
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do 
meio ambiente e controle da poluição, bem como, sobre 
responsabilidade por dano ao meio ambiente. 
 
CERTO. Art. 24, VI e VIII, da CF/88. 
 
25) (CESGRANRIO ± Advogado ± Petrobrás ± 2011) 
É princípio informador da ordem econômica brasileira a defesa do 
meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado, 
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus 
processos de elaboração e prestação. 
 
CERTO. Art. 170, VI, da CF/88. 
 
26) (CESGRANRIO ± Advogado ± Petrobrás ± 2011) 
É função institucional do Ministério Público promover o inquérito 
civil e a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e 
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e 
coletivos. 
 
CERTO. Art. 129, III, da CF/88. 
 
27) (CESGRANRIO ± Advogado ± Petrobrás ± 2011) 
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É função do Estado favorecer a organização da atividade 
garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio 
ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros. 
 
CERTO. Art. 174, § 3º, da CF/88. 
 
28) (CESGRANRIO ± Advogado ± Petrobrás ± 2011) 
Compete ao Sistema Único de Saúde, dentre outras atribuições, 
colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do 
trabalho. 
 
CERTO. Art. 200, VIII, da CF/88. 
 
 
29) (PGE-RO ± Procurador ± 2011) 
A instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de 
degradação ambiental exige estudo prévio de impacto ambiental. 
 
ERRADO. O EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental) ou EIA (Estudo 
de Impacto Ambiental) é exigido para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de SIGNIFICATIVA degradação do meio 
ambiente. 
 ATENÇÃO! 
 EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório 
de Impacto Ambiental) é exigido para impactos SIGNIFICATIVOS! Não 
é qualquer obra ou atividade potencialmente poluidora. Tem que 
causar impactos SIGNIFICATIVOS! 
 Obs.: EPIA ou EIA são sinônimos. A CF/88 utiliza o termo Estudo 
Prévio de Impacto Ambiental (EPIA). Já a Lei nº 6.938/81 e as Resoluções 
do Conama nº 237/97 e nº 01/86 utilizam EIA. Ambos querem dizer a 
mesma coisa, e são estudos ambientais prévios que subsidiam o 
licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos de 
significativo impacto ambiental. 
 
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 ³As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, 
civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a 
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou 
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua 
entidade.´ (Art. 3º da Lei nº 9.605/98) 
 ³As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções 
penais e administrativas, independentemente da obrigação de 
reparar os danos causados.´ (Art. 225, § 3º, da CF/88) 
 
32) (FGV ± TJ-PA ± Juiz ± 2008) 
A Constituição da República conferiu tratamento especial ao meio 
ambiente, dedicando a esse um capítulo específico, incluído no 
Título ³Da Ordem Social´. 
 
CERTO. Título VIII, Capítulo VI,Art. 225, da CF/88. 
 
33) (MPE-PR ± Promotor de Justiça ± 2011) 
Para assegurar a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, as usinas que operem com reator nuclear 
deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não 
poderão ser instaladas. 
 
CERTO. Art. 225, caput, § 6º, da CF/88. 
 
 
34) (TRT ± 23ª REGIÃO ± MT ± Juiz ± 2011) 
A proteção ao meio ambiente deve ser assegurada em todas as 
suas dimensões, a despeito de a Constituição de 1988 não ter 
feito menção expressa ao meio ambiente do trabalho. 
 
ERRADO. A CF/88, no art. 200, VIII, dispõe expressamente sobre o meio 
ambiente do trabalho. 
³Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos 
termos da lei: colaborar na proteção do meio ambiente, nele 
compreendido o do trabalho.´ 
 
35) (CONSULPLAN ± Advogado ± Prefeitura de Santa Maria 
Madalena ± RJ ± 2010) 
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São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos 
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos 
ecossistemas naturais. 
 
CERTO. Art. 225, § 5º, da CF/88. 
 
36) (CONSULPLAN ± Advogado ± Prefeitura de Santa Maria 
Madalena ± RJ ± 2010) 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
 
CERTO. Art. 225, caput, da CF/88. 
 
37) (CONSULPLAN ± Advogado ± Prefeitura de Santa Maria 
Madalena ± RJ ± 2010) 
As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua 
localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser 
instaladas. 
 
CERTO. Art. 225, § 6º, da CF/88. 
 
38) (CONSULPLAN ± Advogado ± Prefeitura de Santa Maria 
Madalena ± RJ ± 2010) 
Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o 
meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida 
pelo órgão público competente, na forma da lei. 
 
CERTO. Art. 225, § 2º, da CF/88. 
 
39) (Analista Jurídico ± Arquitetura ± PG-DF ± 2011) 
O meio ambiente ganhou muito relevo com o advento da 
Constituição Federal vigente, chegando-se a prever a 
responsabilização administrativa, cível e, mesmo penal, tanto para 
as pessoas físicas quanto as jurídicas. 
 
CERTO. ³As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções 
penais e administrativas, independentemente da obrigação de 
reparar os danos causados.´ Art. 225, § 3º, da CF/88. 
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40) (Analista Jurídico ± Arquitetura ± PG-DF ± 2011) 
Em relação às terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, a 
Constituição garante a eles propriedade, sendo, portanto, 
inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas são 
imprescritíveis. 
 
ERRADO. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são 
patrimônio da União, art. 20, XI. Sendo de propriedade do ente federal, 
portanto, bens públicos de natureza especial ou sui generis, inalienáveis, 
indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis, art. 231, § 4º. 
 
³>...] as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, embora 
pertencentes ao patrimônio da União (CF, art. 20, XI), acham-se 
afetadas, por efeito de destinação constitucional, a fins específicos 
voltados, unicamente, à proteção jurídica, social, antropológica, 
econômica e cultural dos índios, dos grupos indígenas e das comunidades 
tribais. A QUESTÃO DAS TERRAS INDÍGENAS ± SUA FINALIDADE 
INSTITUCIONAL. ± As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios 
incluem-se no domínio constitucional da União Federal. As áreas 
por elas abrangidas são inalienáveis, indisponíveis e insuscetíveis de 
prescrição aquisitiva. A Carta Política, com a outorga dominial atribuída à 
União, criou, para esta, uma propriedade vinculada ou reservada, que se 
destina a garantir aos índios o exercício dos direitos que lhes foram 
reconhecidos constitucionalmente (CF, art. 231, §§ 2º, 3º e 7º), visando, 
desse modo, a proporcionar às comunidades indígenas bem-estar e 
condições necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo seus 
usos, costumes e tradições. A disputa pela posse permanente e pela 
riqueza das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios constitui o 
núcleo fundamental da questão indígena no Brasil. A competência 
jurisdicional para dirimir controvérsias pertinentes aos direitos indígenas 
pertence à Justiça Federal comum.´ 
(Primeira Turma, RE nº 183188/MS, Relator Ministro Celso de Mello, 
Julgamento:09/12/1996, DJU de 14.02.1997.) STF 
 
41) (CESPE ± OAB ± Exame de Ordem Unificado ± 1ª Fase ± 
Maio/2008) 
As usinas que operem com reator nuclear devem ter sua 
localização definida em lei estadual. 
 
ERRADO. Lei FEDERAL, consoante art. 225, § 6º, da CF/88. 
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42) (MPE-SP ± Promotor de Justiça ± 2011) 
Ao indicar a defesa do meio ambiente como um dos princípios da 
ordem econômica, a Constituição Federal submete o exercício da 
atividade econômica à preservação do meio ambiente. 
 
CERTO. Art. 170, VI, da CF/88. 
 
43) (CESPE ± Advogado ± IBRAM-DF ± 2009) 
O Ministério Público da União está legitimado para promover o 
inquérito civil e a ação civil pública visando proteção do meio 
ambiente, mas não para defender direitos difusos e coletivos. 
 
ERRADO. Conforme o art. 129, III, da CF/88, o Ministério Público está 
legitimado a promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de 
outros interesses difusos e coletivos. 
 
44) (CESPE ± Advogado ± IBRAM-DF ± 2009) 
A administração pública das cidades brasileiras com mais de 
20.000 habitantes está obrigada a elaborar o plano diretor do 
município a ser submetido e aprovado pela Câmara Municipal. A 
exigência ampara-se em preceito constitucional e visa orientar a 
política de desenvolvimento e de expansão urbana. 
 
CERTO. Art. 182, § 1º, da CF/88. ³O plano diretor, aprovado pela 
Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil 
habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento 
e de expansão urbana.´ 
 
45) (FUMARC ± Advogado ± BDMG ± 2011) 
Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o 
meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida 
pelo órgão público competente, na forma da lei. 
 
CERTO. Art. 225, § 2º, da CF/88. 
 
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46) (CESPE ± TJ-PB ± Juiz ± 2011) 
A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, 
o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são considerados 
patrimônio nacional pela CF, razão pela qual é vedada a utilização 
dos recursos naturais existentes nessas áreas, ainda que sujeitas 
ao domínio privado. 
 
ERRADO. Vejam a decisão do STF. 
³>...] O preceito consubstanciado no art. 225, § 4º, da Carta da 
República, além de não haver convertido em bens públicos os 
imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele 
referidas (Mata Atlântica, Serra do Mar, Floresta Amazônica 
brasileira), também não impede a utilização, pelos próprios 
particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam 
sujeitas ao domínio privado, desde que observadas as prescrições legais erespeitadas as condições necessárias a preservação ambiental. [...@´ 
(RE 134.297/SP, Rel. Min. Celso Mello, Julgamento:12/06/1995, DJ 
22/09/1995) 
 
47) (CESPE ± OAB ± 2009.3) 
O § 4º do art. 225 da CF estabelece que ³a Floresta Amazônica 
brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua 
utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que 
assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao 
uso dos recursos naturais.´ Em face desse dispositivo os 
proprietários dos imóveis particulares inseridos nas florestas e 
matas referidas nesse dispositivo constitucional podem utilizar os 
recursos naturais existentes nessas áreas, desde que observadas 
as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias à 
preservação ambiental. 
 
CERTO. De acordo com decisão do STF reproduzida na questão anterior. 
 
48) (CESPE ± Analista Ambiental ± 2011) 
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A Constituição Federal de 1988, ao consagrar a proteção à 
Floresta Amazônica brasileira, à Mata Atlântica, à Serra do Mar, ao 
Pantanal Mato-Grossense, e à Zona Costeira, definidos como 
patrimônio nacional, converteu em bens públicos os imóveis 
particulares abrangidos pelas referidas florestas e matas. 
 
ERRADO. E aí, pessoal? Ficou fácil, né? Cópia da decisão do STF. 
 
49) (Advogado Júnior ± UEGA ± 2009) 
O direito ao desenvolvimento econômico tem sido um dos 
obstáculos à preservação do meio ambiente em Estados soberanos 
como o Brasil, motivo pelo qual a Constituição de 1988 promoveu 
uma clivagem entre desenvolvimento e meio ambiente. 
 
ERRADO. O que mais se busca atualmente é o chamado desenvolvimento 
sustentável, que vocês viram na primeira aula, busca conciliar 
desenvolvimento econômico, equilíbrio ambiental e justiça ou equidade 
social. 
 A ordem econômica deverá observar, conforme os ditames da 
justiça social, entre outros princípios, a função social da propriedade e a 
defesa do meio ambiente. Art. 170, caput, III e VI, da CF/88. 
 Só o art. 170 é suficiente para afirmar que o item está errado. 
Notem que o constituinte buscou harmonizar o desenvolvimento 
econômico e social e a defesa do meio ambiente. Portanto, não há uma 
clivagem ou separação entre meio ambiente e desenvolvimento como 
afirmado na questão. 
 
50) (Juiz ± TRT ± 9ª REGIÃO ± 2006) 
Através do princípio do desenvolvimento sustentável, o direito 
ambiental busca realizar uma harmonização entre o 
desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. 
 
CERTO. Conforme explicado na questão anterior. 
 
51) (Advogado Júnior ± UEGA ± 2009) 
A utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a 
preservação do meio ambiente constituem, nos termos da 
Constituição brasileira, um requisito da função social da 
propriedade rural. 
 
CERTO. 
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56) (CESPE ± Técnico Judiciário ± TRE-MT ± 2010) 
Constituem patrimônio nacional a floresta amazônica, a mata 
atlântica, o pantanal mato-grossense, o cerrado e os pampas 
gaúchos, devendo sua utilização ocorrer segundo condições que 
assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao 
uso dos recursos naturais. 
 
ERRADO. Cerrado e Pampas não são considerados pela Constituição 
como Patrimônio Nacional. 
 
57) (Advogado Júnior ± UEGA ± 2009) 
³2�PHLR�DPELHQWH�p��DVVLP��D�LQWHUDomR�GR�FRQMXQWR�GH�HOHPHQWRV�
naturais, artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento 
equilibrado da vida em todas as suas formas´. (SILVA, José 
Afonso da. Direito Ambiental Constitucional. 7. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2009). 
A Constituição confere legitimidade para qualquer cidadão propor 
ação popular em defesa do meio ambiente em qualquer dos seus 
três aspectos. 
 
CERTO. Art. 5º, LXXIII, da CF/88 ± ³Qualquer cidadão é parte legítima 
para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência.´ 
 
58) (FUMARC ± Advogado ± BDMG ± 2011) 
As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua 
localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser 
instaladas. 
 
CERTO. Estão vendo como esse assunto é cobrado. Art. 225, § 6º, da 
CF/88. 
 
59) (Juiz ± TRT ± 9ª REGIÃO ± 2006) 
A defesa e preservação do meio ambiente, para as presentes e 
futuras gerações, não é dever apenas do Poder Público, mas 
também da coletividade, o que justifica a necessidade de 
conscientização pública e promoção da educação ambiental. 
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CERTO. Art. 225, caput, VI, da CF/88. 
 
60) (CESPE ± Procurador Federal ± 2010) 
O meio ambiente é um direito difuso, direito humano fundamental 
de terceira geração, mas não é classificado como patrimônio 
público. 
 
ERRADO. O meio ambiente é um direito difuso, ou seja, de natureza 
indivisível, de que são titulares pessoas indeterminadas. É também um 
direito de 3ª dimensão ou geração, que são os direitos de fraternidade 
ou solidariedade, destinados a assistir todo o gênero humano. Além disso, 
é um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido 
para as presentes e futuras gerações. 
 
61) (CESPE ± Juiz Federal ± TRF 5ª Região ± 2007) 
Por ser comum a competência material para proteção do 
patrimônio cultural, a União, o Estado e o município podem, 
simultaneamente, instituir tombamento sobre um mesmo bem, 
desde que haja relevância histórico-cultural de âmbito local, 
regional ou nacional. 
 
CERTO. Consoante o art. 23, III, da CF/88, a proteção do patrimônio 
cultural é competência material ou administrativa comum. 
 
62) (CESPE ± Juiz Federal ± TRF 5ª Região ± 2007) 
Os modos de criar e de fazer enraizados no cotidiano de 
comunidades, tais como técnicas tradicionais de construção naval, 
integram o patrimônio cultural brasileiro, sendo meio idôneo para 
a sua proteção o registro. 
 
CERTO. De acordo com o art. 216 da CF/88, constituem patrimônio 
cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados 
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à 
ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade 
brasileira, nos quais se incluem, entre outros, as formas de expressão; os 
modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e 
tecnológicas. O meio de proteção de bens intangíveis é o registro, 
conforme Decreto nº 3.551/00. 
 
63) (CESPE ± Juiz Federal ± TRF 5ª Região ± 2007) 
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As formas de acautelamento e preservação do patrimônio cultural 
brasileiro são previstas pela Constituição Federal de forma 
taxativa. 
 
ERRADO. Como vimos na aula, as formas de acautelamento estão 
exemplificadas na CF/88. 
 
64) (CESPE ± Juiz Federal ± TRF 5ª Região ± 2007) 
Incumbe ao poder público preservar a diversidade e a integridade 
do patrimônio genético do país e fiscalizar as entidades dedicadas 
à pesquisa e manipulação de material genético. 
 
CERTO. Literalidade do art. 225, § 1º, II, da CF/88. 
 
65) (CESPE ± Juiz Federal ± TRF 5ª Região ± 2006) 
Acerca das normas constitucionais de proteção ao meio ambiente 
cultual, julgue o item que se segue. 
As manifestações das culturas populares, indígenase afro-
brasileiras, e dos demais grupos participantes do processo 
civilizatório nacional estão constitucionais previstas como objeto 
de proteção estatal. 
 
CERTO. Art. 216 da CF/88. 
 
66) (FCC ± TJ/AP ± Analista Judiciário) 
A tutela constitucional do direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado abrange previsão segundo a qual são 
indisponíveis as terras devolutas ou arrecadas pela União, por 
ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas 
naturais. 
 
Errado. Art. 225, § 5º, da CF/88. O erro foi dizer terras devolutas ou 
arrecadas pela União. O correto é pelos ESTADOS! 
 
³São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por 
ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas 
naturais.´ 
 
67) (FCC ± TJ/AP ± Analista Judiciário) 
A tutela constitucional do direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado abrange previsão segundo a qual as 
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jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os 
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta 
da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e 
pertencem ao Estado em cujo território estiverem localizados. 
 
Errado. Art. 176 da CF/88. Novamente o erro está em afirmar que 
pertence ao Estado. 
³As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais 
de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para 
efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida 
ao concessionário a propriedade do produto da lavra.´ 
 
68) (FCC ± TJ/AP ± Analista Judiciário) 
As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções 
penais e administrativas, independentemente da obrigação de 
reparar os danos causados. 
 
Certo. Art. 225, § 3º, da CF/88. 
³As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções 
penais e administrativas, independentemente da obrigação de 
reparar os danos causados (responsabilidade civil).´ 
 
Lembrem-se de que estão sujeitas a sanções tanto as Pessoas Físicas 
quanto as Pessoas Jurídicas. Além disso, podemos ter uma tríplice 
responsabilização: penal, administrativa e civil. 
 
69) (FCC ± Promotor de Justiça ± MPE/PE ± 2008) 
Incumbe ao Poder Público federal, com exclusividade, preservar e 
restaurar processos ecológicos essenciais e prover o manejo 
ecológico das espécies e ecossistemas. 
 
Errado. Art. 225, § 1º, I, da CF/88. Incumbe ao Poder Público (União, 
estados, Distrito Federal e municípios). 
No Direito, sempre que aparecer ³sempre´, ³nunca´, ³sem exceção´, 
³exclusivamente´, pode ficar com um pé atrás, pois muito provavelmente 
a questão estará errada. 
 
Vejam: 
 
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³Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo 
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder 
Público: I ± preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e 
prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;´ 
 
70) (FCC ± Promotor de Justiça ± MPE/PE ± 2008) 
As terras devolutas ou as arrecadadas pelos Estados, por ações 
discriminatórias, são disponíveis e dispensam sua desafetação 
pelo Poder Público em geral. 
 
Errado. Art. 225, § 5º, da CF/88. 
 
 
³São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por 
ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas 
naturais.´ 
 
71) (FCC ± Promotor de Justiça ± MPE/PE ± 2008) 
A Serra do Mar Paulista, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona 
Costeira de Pernambuco, entre outras, são patrimônios estaduais 
e sua utilização far-se-á livremente, na forma da lei dos 
respectivos estados. 
 
Errado. Art. 225, § 4º, da CF/88. 
 
É para memorizar! 
 
³A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, 
o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio 
NACIONAL, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de 
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive 
quanto ao uso dos recursos naturais.´ 
 
72) (FCC ± Procurador ± PGE/SP ± 2009) 
O controle da poluição do ar é de responsabilidade exclusiva do 
Município. 
 
Errado. Art. 24, VI, da CF/88. 
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 Combater a poluição é uma competência material COMUM! E 
legislar sobre controle da poluição é uma competência CONCORRENTE. 
 
³Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios: VI ± proteger o meio ambiente e combater a 
poluição em qualquer de suas formas;´ 
 
³Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: VI ± florestas, caça, pesca, fauna, 
conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, 
proteção do meio ambiente e controle da poluição;´ 
 
73) (FCC ± Secretário de Diligências ± MPE-RS ± 2010) 
A pessoa jurídica não é passível de sanção penal. 
 
Errado. 
Item muito comum em provas! 
Confiram o art. 225, § 3º, da CF/88 e o art. 3º da Lei nº 9.605/98. 
³As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções 
penais e administrativas, independentemente da obrigação de 
reparar os danos causados.´ (Art. 225, § 3º, da CF/88) 
 
³As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil 
e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a 
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou 
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua 
entidade.´ (Art. 3º da Lei nº 9.605/98) 
 
74) (Cesgranrio ± Advogado ± BNDES ± 2010) 
A responsabilidade da pessoa física por crimes ambientais é 
objetiva. 
 
Errado. A responsabilidade penal é SUBJETIVA. 
ATENÇÃO! Responsabilidade objetiva é a civil, pois independe de 
comprovação de culpa, sendo suficiente a comprovação de dano e do 
nexo causal. 
 
75) (CESPE ± Analista Ambiental ± III ± MMA ± 2011) 
A Constituição Federal de 1988, apesar de reconhecida por parte 
significativa da doutrina como avançada no campo dos direitos 
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relacionados ao meio ambiente, não trata expressamente da 
educação ambiental. 
Errado. Art. 225, § 1º, VI, da CF/88: 
³$UW�� ����� 7RGRV têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo 
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder 
Público: VI ± promover a educação ambiental em todos os níveis de 
HQVLQR�H�D�FRQVFLHQWL]DomR�S~EOLFD�SDUD�D�SUHVHUYDomR�GR�PHLR�DPELHQWH�´ 
 
76) (CESPE ± Promotor de Justiça ± MPE-ES ± 2010) 
A responsabilização do poluidor pela indenização ou reparação 
dos danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por 
sua atividade exige comprovação de culpa. 
 
Errado. Independe da comprovação de culpa. A responsabilidade civil por 
dano ambiental é OBJETIVA. 
 
77) (CESPE ± Procurador de Estado ± PGE-PE ± 2009) 
A responsabilidadecivil ambiental independe de culpa. 
 
Certo. Perfeito. Responsabilidade Civil por dano ambiental OBJETIVA, 
basta comprovação do dano e do nexo causal. 
 
78) (CESGRANRIO ± PROFISSIONAL JÚNIOR ± DIREITO ± 
PETROBRAS ± LIQUIGÁS ± 1/2012) 
A obrigação de reparar os danos ambientais causados depende da 
prévia aplicação de sanções administrativas e penais. 
 
Errado. Art. 225, § 3º, da CF/88. 
³$V� FRQGXWDV� H� DWLYLGDGHV� FRQVLGHUDGDV� OHVLYDV� DR� PHLR� DPELHQWH�
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e 
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os 
danos causados.´ 
 No caso de dano ambiental, tanto a pessoa física quanto a pessoa 
jurídica podem ser responsabilizadas nas três esferas: civil, penal e 
administrativa. É uma tríplice responsabilização! 
 
79) (CESGRANRIO ± PROFISSIONAL JÚNIOR ± DIREITO ± 
PETROBRAS ± LIQUIGÁS ± 1/2012) 
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Lei ordinária deve estabelecer as normas para cooperação entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios relativas à 
competência comum de proteção do meio ambiente. 
 
Errado. É lei complementar! E essa lei já existe, é a LC nº 140/2011. 
 
80) (CESGRANRIO ± PROFISSIONAL JÚNIOR ± DIREITO ± 
PETROBRAS ± LIQUIGÁS ± 1/2012) 
Redução dos limites de uma unidade de conservação da natureza 
pode ser feita por decreto. 
 
Errado. Uma unidade de conservação até pode ser criada por decreto, 
afinal ela é criada por ato do Poder Público, que pode ser uma lei ou um 
decreto. No entanto, dependerá de lei a redução dos seus limites ou até 
mesmo a sua extinção, ainda que ela tenha sido criada por decreto. 
 Nesses termos, vejam o que está disposto no art. 225, § 1º, III, da 
CF/88: 
³$UW�� 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo 
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder 
Público: 
III ± definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e 
seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração 
e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer 
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem 
VXD�SURWHomR´. 
 
81) (CESGRANRIO ± PROFISSIONAL JÚNIOR ± DIREITO ± 
PETROBRAS ± LIQUIGÁS ± 1/2012) 
Princípio da avaliação prévia dos impactos ambientais não restou 
consagrado em tais normas constitucionais. 
 
Errado. Princípio previsto no art. 225 da CF/88. 
³$UW�� ����� 7RGRV� WrP� GLUHLWR� DR� PHLR� DPELHQWH� HFRORJLFDPHQWH�
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo 
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder 
Público: 
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IV ± exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, 
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade.´ 
 Instrumento conhecido como EPIA (Estudo Prévio de Impacto 
Ambiental) ou EIA (Estudo de Impacto Ambiental). 
 
82) (CESGRANRIO ± PROFISSIONAL JÚNIOR ± DIREITO ± 
PETROBRAS ± LIQUIGÁS ± 1/2012) 
Plano Diretor é o instrumento básico da política de 
desenvolvimento urbano, sendo obrigatório para as cidades com 
mais de vinte mil habitantes, nos termos do artigo 182, § 1º, da 
Constituição Federal. 
 
Certo. Art. 182, § 1º, da CF/88. 
³2� SODQR� GLUHWRU�� DSURYDGR� SHOD� &kPDUD� 0XQLFLSDO�� obrigatório para 
cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da 
políticD�GH�GHVHQYROYLPHQWR�H�GH�H[SDQVmR�XUEDQD�´ 
Lembrando que o Estatuto da Cidade traz situações em que municípios, 
ainda que com mesmo de 20 mil habitantes, terão que ter plano diretor. 
Vejam o art. 41 do Estatuto da Cidade. 
³2�SODQR�GLUHWRU�p�REULJDWyULR�para cidades: 
I ± com mais de vinte mil habitantes; 
II ± integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; 
III ± onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos 
previstos no § 4º do art. 182 da Constituição Federal; 
IV ± integrantes de áreas de especial interesse turístico; 
V ± inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades 
com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional; 
VI ± incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à 
ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou 
processos geológicos ou hidrológicos correlatos. (Incluído pela Lei nº 
��������GH������´ 
 
 Assim, por exemplo, se o município integrar área de especial 
interesse turístico deverá ter plano diretor, ainda que não tenha mais de 
20 mil habitantes. 
 De qualquer forma, questão correta, uma vez que todo município 
com mais de 20 mil habitantes é obrigado a ter plano diretor! 
 
83) (CESGRANRIO ± PROFISSIONAL JÚNIOR FORMAÇÃO DIREITO 
± PETROBRAS DISTRIBUIDORA ± 1/2011) 
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A Constituição Federal de 1988 apresenta os fundamentos do 
Direito Ambiental brasileiro em diversas normas sobre o assunto, 
inclusive dedicando um de seus capítulos à proteção do meio 
ambiente ecologicamente equilibrado. 
A esse respeito, é INCORRETO afirmar que a(o) 
(A) localização das usinas que operem com reator nuclear deve 
ser definida em lei federal. 
 
Certo. Art. 225, § 6º, da CF/88 ± ³As usinas que operem com reator 
nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o 
que não poderão ser instaladas�´ 
 
(B) competência para legislar sobre recursos naturais é 
concorrente entre a União e os Estados. 
 
Certo. Art. 24 da CF/88. 
³&RPSHWH� j� 8QLmR�� DRV� (VWDGRV� H� DR� 'LVWULWR� )HGHUDO� OHJLVODU�
concorrentemente sobre: 
VI ± florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do 
solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da 
poluição; 
VII ± proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e 
paisagístico; 
VIII ± responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a 
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e 
SDLVDJtVWLFR�´ 
 
(C) utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e a 
preservação do meio ambiente não são consideradas para 
verificar o cumprimento da função social da propriedade rural. 
 
Errado. Art. 186 da CF/88. 
³$� função social é cumprida quando a propriedade rural atende, 
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos 
em lei, aos seguintes requisitos: 
I ± aproveitamento racional e adequado; 
II ± utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e 
preservação do meio ambiente; 
III ± observância das disposições que regulam as relações de 
trabalho; 
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IV ± exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos 
WUDEDOKDGRUHV�´ 
 
(D) defesa do meio ambiente consta como um dos princípios da 
ordem econômica, expressos no artigo 170 da Constituição 
Federal. 
 
Certo. Art. 170 da CF/88. 
³$� RUGHP� HFRQ{PLFD�� IXQGDGD� QD� YDORUL]DomR� GR� WUDEDOKR� KXPDQR� H� QD�
livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme 
os ditames da justiça social, observados

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