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Aula 01 OK DIA 31-3-17

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Aula 01
Direito Ambiental p/ Delegado Polícia Civil-PE
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2. A Constituição Federal e o meio ambiente. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
A Constituição de 1988 e o meio ambiente 2 
MEMOREX do art. 225 37 
Questões comentadas 38 
Lista de questões + gabarito 81 
Teste Final 101 
 
 
"Quanto mais estudo, mais sorte eu tenho.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Constituição Federal de 1988 e o meio ambiente 
 
 A Constituição Federal de 1988 foi a primeira das Constituições 
brasileiras a dedicar um capítulo exclusivo para tratar especificamente 
sobre o meio ambiente, com enfoque protecionista. O art. 225 traz as 
diretrizes do direito ambiental. No entanto, a abordagem ambiental da 
CF/88 não fica restrita a esse artigo, estando presente ao longo de toda a 
Carta referências à proteção e defesa do meio ambiente. 
 Vamos iniciar o estudo com as competências, mas antes vamos ver 
a classificação dos bens públicos. Em seguida analisaremos os dispositivos 
do artigo 225, o mais importante em matéria ambiental. 
 
Bens Públicos Ambientais 
 
Classificação dos bens públicos quanto à finalidade: 
Bens de uso comum: Podem ser usados por todos, indistintamente. 
Ex.: rios, mares, ilhas oceânicas, praias, estradas, ruas e praças. 
Bens de uso especial: Possuem uma destinação pública específica. 
Ex.: Terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental (art.20, 
II da CF/88) e as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios (art. 20, 
XI da CF/88). 
Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade especial, 
nem são de uso comum. Constituem o patrimônio da União, Estados ou 
dos Municípios, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma 
dessas entidades. Os bens dominicais representam o patrimônio 
disponível do Estado, pois não estão destinados ou afetados. 
 
 
 
 
 
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Bens ambientais da União 
 
 Os bens pertencentes à União estão previstos no art. 20 da 
Constituição Federal. 
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das 
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e 
à preservação ambiental, definidas em lei; 
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de 
seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites 
com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou 
dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias 
fluviais; 
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros 
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, 
excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto 
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, 
e as referidas no art. 26, II; 
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona 
econômica exclusiva; 
VI - o mar territorial; 
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
VIII - os potenciais de energia hidráulica; 
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e 
pré-históricos; 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
 
 
 
Bens dos Estados 
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 Os bens ambientais dos Estados estão dispostos no artigo 26 da 
Constituição e são os seguintes: 
As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em 
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de 
obras da União; 
As áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, 
excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; 
As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 
As terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
 
Bens municipais 
 
 Os bens municipais não foram expressamente listados na 
Constituição, no entanto os municípios possuem o domínio de bens como 
unidades de conservação municipais, jardins públicos, hortos florestais, 
praças, entre outros. 
Importante dizer que o fato de o constituinte ter anunciado que os 
bens do inciso III do artigo 20 “são da União”, não transforma o Poder 
Público Federal em “proprietário” da água, mas sim em gestor daquele bem 
em benefício de e no interesse de todos. Da mesma forma os bens indicados 
no inciso I do art. 26, dentre eles, as águas subterrâneas, são bens que 
devem ser gerenciados pelos respectivos Estados que os tenham sob o 
domínio dos seus respectivos territórios. 
O meio ambiente está inserido na categoria dos direitos difusos, isto 
é, daqueles direitos pertencentes a uma coletividade indeterminada e que 
transcende a classificação tradicional de direito privado e direito público, 
tem-se que o conceito de dominialidade das águas não pode ser visto sob 
o ângulo do Direito Privado. Nesse sentido é preciso entender que a 
dominialidade inerente, por exemplo, aos recursos hídricos não tem 
sinônimo de apropriação do bem, mas sim de gerenciamento. 
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Isso se dá porque de acordo com a definição contida no art. 225 da 
Constituição Federal o meio ambiente é “bem de uso comum do povo” e 
por isso não pode ser qualificado como um bem que pertença a uma pessoa 
física ou jurídica privada ou pública, mas sim como um bem pertencente a 
uma coletividade indeterminada. 
 
Competências Constitucionais em Matéria Ambiental 
 
 O Brasil adotou o Federalismo cooperativo, em que há 
coordenação entre a União e os demais entes. 
 A repartição da competência legislativa está fundamentada no 
princípio da predominância do interesse, dessa forma compete à União 
assuntos de interesse nacional, aos Estados temas de interesse regional, e 
aos Municípios assuntos de predominante interesse local. Ao Distrito 
Federal foram atribuídas as competências de interesse predominantemente 
local (municipais) e regional (estaduais). 
 
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 Há uma divisão das competências em Legislativa (poder de 
normatizar: elaborar leis e atos normativos) e material ou 
administrativa (atuação concreta, exercício do poder de polícia). 
 
 A Constituição Federal de 1988 enumera expressamente as 
competências da União (artigos 21 e 22), a competência comum (art. 23) 
Princípio da 
predominância 
do interesse
UNIÃO
Interesse 
Nacional
Estados
Interesse 
Regional
DF Regional/Local
Municípios 
Interesse 
Local
Competência
Material ou 
Administrativa
Poder de 
Polícia
Legislativa
Poder de 
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e a concorrente (art. 24). No art. 25 temos as competências dos Estados e 
no art. 30 as dos Municípios. 
Assim temos: 
 Expressamente as competências da União (Material: art. 21 e 
Legislativa: art. 22); 
 Competência administrativa ou material comum outorgada a todos 
os entes federativos (U, E, DF e M) no art. 23; 
 Competência legislativa concorrente entre a União, os estados e o 
Distrito Federal no art. 24; 
 Competência remanescente ou residual aos Estados no art. 25, § 1°; 
 Expressamente as competências dos municípios no art. 30; 
 Ao Distrito Federal, regra geral, cabe as competências estaduais e 
municipais, de acordo com o art. 32, § 1°. 
 
Competência material: 
• Exclusiva da União (art. 21) - É indelegável. 
• Comum, c u m u l a t i v a o u paralela (art. 23) - 
Compete a todos os entes (U, E, DF e M) 
Competência legislativa: 
• Privativa da União (art. 22) - Cabe somente à União 
legislar sobre determinados temas. No entanto, lei complementar 
poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas. É 
delegável. 
• Concorrente (art. 24) - União, Estados e Distrito Federal 
podem legislar sobre determinados assuntos. A União estabelece 
normas gerais. 
 
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 Vou fazer uma breve explicação que já ajudará a resolver as questões 
sem precisar memorizar uma lista gigante de competências. 
 Importante que vocês saibam que compete a todos os entes 
políticos proteger o meio ambiente (é uma competência material ou 
administrativa COMUM, art. 23). Essa é a regra, ok?! 
 A exceção é que determinadas competências materiais ou 
administrativas são EXCLUSIVAS da União, art. 21. Exemplo: explorar 
os serviços e instalações nucleares. 
 No que se refere a legislar sobre meio ambiente, a regra é a 
competência CONCORRENTE, na qual cabe à União, aos Estados e ao 
Distrito Federal legislar sobre meio ambiente, art. 24. Nesse caso, compete 
à União editar normas gerais. Os municípios também podem legislar 
sobre meio ambiente em se tratando de interesse local e no intuito 
de suplementar a legislação estadual e federal no que couber, de 
acordo com o art. 30. 
 No que diz respeito à competência legislativa, temos uma exceção: 
Cabe PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre águas, energia, 
jazidas, minas e outros recursos minerais, e também sobre 
atividades nucleares de qualquer natureza, conforme preceitua o art. 
22. 
 Visto isso, vamos apresentar as competências em matéria ambiental 
de conhecimento obrigatório para a prova. 
 
Competência LEGISLATIVA PRIVATIVA 
 
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 Segundo o artigo 22 da CF/88, somente a União poderá legislar 
sobre os temas inseridos nesse dispositivo. Entretanto, há uma única 
exceção: Lei Complementar poderá autorizar os Estados a legislar 
sobre questões específicas das matérias relacionadas no art. 22. 
 
Competência 
LEGISLATIVA 
PRIVATIVA 
É aquela outorgada à União, com possibilidade de 
delegação aos Estados, por meio de Lei 
Complementar. 
 
 Do artigo 22 é importante que vocês saibam que compete 
privativamente à União legislar sobre: 
 
 Direito Agrário 
 Águas, Energia 
 Jazidas, Minas, outros Recursos Minerais 
 Populações Indígenas 
 Atividades Nucleares 
 
Competência LEGISLATIVA CONCORRENTE 
 
 Tem fundamente no artigo 24 da CF/88. Caracteriza-se por atribuir 
a competência de legislar sobre a mesma matéria a mais de um ente 
federativo. 
 Cabe à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
 
 Direito Urbanístico 
 Florestas 
 Caça, Pesca, Fauna 
 Conservação da Natureza 
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 Defesa do Solo dos Recursos Naturais 
 Proteção do Meio Ambiente 
 Controle da Poluição 
 Proteção do Patrimônio 
 Responsabilidade por Dano ao Meio 
Ambiente 
 
 Resumo da história: 
 Memorizem que cabe à U, E e DF legislar concorrentemente 
sobre: 
 MEIO AMBIENTE (Regra geral) e 
 RESPONSABILIDADE POR DANO AO MEIO AMBIENTE. 
 No âmbito da competência legislativa concorrente caberá à União 
estabelecer normas gerais. O que não exclui a competência suplementar 
dos Estados. 
 Os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender 
as suas peculiaridades, no caso de não existir Lei Federal sobre normas 
gerais. 
 A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a 
eficácia da lei estadual ou distrital, no que lhe for contrário. Notem que não 
é revogar, mas sim suspender aquilo que for contrário. Caso não haja 
contrariedade, as normas (federal e estadual) podem coexistir. 
 
 
 Obs.: Os Municípios também podem legislar sobre matéria 
ambiental, no caso de interesse local (Art. 30, I da CF/88) e para 
suplementar a legislação federal e a estadual no que couber (Art. 
30, II da CF/88). 
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 Diante disso, muito cuidado! Se na prova a questão afirmar que 
município pode legislar sobre meio ambiente, marque CERTO. 
 Os municípios podem legislar sobre meio ambiente e também 
devem protegê-lo. 
 Entretanto, é importante observar que eles não possuem 
competência legislativa concorrente, de acordo com a literalidade do art. 
24 da CF/88. 
 A competência legislativa dos Municípios é nos termos do art. 30. Se 
o item afirmar que os municípios possuem competência concorrente com 
fundamento no art. 24 está errado. 
 Pessoal, essa é a posição da doutrina majoritária. No entanto, há 
autores que denominam essa competência dos municípios de "concorrente 
implícita". 
 Fiquem atentos, pois é muito sutil a diferença e pode causar confusão 
na hora da prova. 
 
Vejam como esse assunto foi cobrado em concurso: 
 
(FGV - OAB - Set/2010) 
Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição é 
de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, com fundamento no artigo 24 da 
Constituição Federal. 
ERRADO. 
 
(CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009) 
O município não está elencado no artigo constitucional que trata da 
competência concorrente, mas pode legislar acerca do tema meio 
ambiente. 
CERTO. 
 
 
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Competência MATERIAL ou ADMINISTRATIVA em matéria 
ambiental. 
 
 São aquelas que indicam o campo de atuação político-administrativa 
do ente federado. São competências para atuação efetiva, para a 
exploração de atividade, que confere aos entes federativos poder de 
execução, de administrar. 
 Divide-se em exclusiva e comum. 
 
Competência MATERIAL EXCLUSIVASão matérias de interesse geral, que competem apenas à 
União. É indelegável. 
 Assim, no que diz respeito ao meio ambiente, compete à União: 
Competência Administrativa (Material) EXCLUSIVA da UNIÃO - 
Art. 21 
Competência 
Material
Exclusiva 
(União)
Art. 21
Comum 
(U, E, DF e M)
Art. 23
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Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão 
os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento 
energético dos cursos de água. 
Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e 
definir critérios de outorga. 
Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive 
habitação, saneamento básico e transportes urbanos. 
Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e 
exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento 
e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares 
e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: 
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida 
para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a 
utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e 
industriais; 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização 
e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da 
existência de culpa. (Responsabilidade Civil Objetiva) 
Estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de 
garimpagem, em forma associativa. 
 
Competência MATERIAL COMUM, CUMULATIVA ou PARALELA 
 
 É atribuída conjuntamente à União, aos Estados, ao DF e aos 
Municípios com o objetivo de executarem o poder de polícia para 
proteção do meio ambiente, com fundamento no art. 23. 
 
Competência comum da U, DF, E e M - Art.23 
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Proteger os Documentos, Obras e outros Bens de Valor Histórico, 
Artístico e Cultural, os Monumentos, Paisagens Naturais Notáveis 
e os Sítios Arqueológicos. 
Proteger o Meio Ambiente 
Combater a Poluição 
Preservar as Florestas, a Fauna e a Flora 
Saneamento Básico 
Combater as Causas da Pobreza 
Registrar, Acompanhar e Fiscalizar as Concessões de Direitos de 
Pesquisa e Exploração de Recursos Hídricos e Minerais em seus 
Territórios. 
 
 Resumindo: Preservar e proteger o meio ambiente é 
competência COMUM da União, dos Estados, do DF e dos Municípios. 
 
 De acordo com o parágrafo único do art. 23, leis complementares 
fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e 
do bem-estar em âmbito nacional. 
 Em dezembro de 2011 foi publicada a Lei Complementar 140/11, 
que fixou normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do 
parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações 
administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas 
à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, 
ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das 
florestas, da fauna e da flora; e alterou a Lei 6.938, de 31 de agosto de 
1981. 
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RESUMÃO sobre as competências em Matéria Ambiental 
 
COMPETÊNCIAS EM MATÉRIA AMBIENTAL 
Competência Legislativa PRIVATIVA da União - Art. 22 
Direito Agrário 
Águas, Energia 
Jazidas, Minas, outros Recursos Minerais 
Populações Indígenas 
Atividades Nucleares 
Competência Administrativa (Material) EXCLUSIVA da União - 
Art.21 
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão 
os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento 
energético dos cursos de água. 
Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos 
e definir critérios de outorga. 
Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive 
habitação, saneamento básico e transportes urbanos. 
Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e 
exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento 
e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios 
nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e 
condições: 
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida 
para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; 
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muito bom esse resumo 
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b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a 
utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e 
industriais; 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, 
comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou 
inferior a duas horas; 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da 
existência de culpa. (Responsabilidade Civil Objetiva) 
Estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de 
garimpagem, em forma associativa. 
Competência ADMINISTRATIVA COMUM da U, DF, E e M - Art.23 
Proteger os Documentos, Obras e outros Bens de Valor Histórico, 
Artístico e Cultural, os Monumentos, Paisagens Naturais Notáveis 
e os Sítios Arqueológicos. 
Proteger o Meio Ambiente 
Combater a Poluição 
Preservar as Florestas, a Fauna e a Flora 
Saneamento Básico 
Combater as Causas da Pobreza 
Registrar, Acompanhar e Fiscalizar as Concessões de Direitos de 
Pesquisa e Exploração de Recursos Hídricos e Minerais em seus 
Territórios. 
Competência LEGISLATIVA CONCORRENTE (U, E, DF) 
Art. 24 
Direito Urbanístico 
Florestas 
Caça, Pesca, Fauna 
Conservação da Natureza 
Defesa do Solo dos Recursos Naturais 
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Proteção do Meio Ambiente 
Controle da Poluição 
Proteção do Patrimônio 
Responsabilidade por Dano ao Meio Ambiente 
Competência Legislativa (E, DF) Art. 25, § 3º 
Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, 
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para 
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas 
de interesse comum. 
Competência Administrativa (E, DF) Art. 25, § 1º 
São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam 
vedadas pela Constituição. 
Explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado. 
Competência Legislativa (Municípios) Art.30 
Legislar sobre assuntos de interesse local; 
Suplementar a legislação federal e a estadual no que couber. 
Competência Administrativa (Municípios) Art.30 
Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, 
mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da 
ocupação do solo urbano; 
Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, 
observada a legislação e a ação fiscalizadorafederal e estadual. 
 
 
 
 
 
 
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Meio Ambiente Cultural 
 
 Segundo o art. 216 da CF/88, constituem patrimônio cultural 
brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados 
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à 
ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, 
nos quais se incluem: 
I - as formas de expressão; 
II - os modos de criar, fazer e viver; 
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; 
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais 
espaços destinados às manifestações artístico-culturais; 
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, 
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico 
e científico. 
 Observem que o patrimônio cultural é constituído de bens materiais 
e imateriais, singulares ou coletivos, móveis ou imóveis. 
 Muitas questões afirmam que são bens culturais apenas os bens 
materiais. Errado!!! Não caiam nessa pegadinha! 
 Outra coisa: o rol apresentado pela constituição é exemplificativo, 
não taxativo, pois o constituinte utilizou a expressão "nos quais se 
incluem", o que nos leva a aceitar outros além dos apresentados na CF/88. 
 O Poder Público, com a colaboração da comunidade, 
promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio 
de: 
 inventários, 
 registros, 
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 vigilância, 
 tombamento e desapropriação, 
 outras formas de acautelamento e preservação. 
 
 Vou fazer alguns comentários sobre o tombamento por ser o 
instrumento mais comum em provas. 
 Tombamento é o ato administrativo de inscrição de um bem 
material em um dos livros do Tombo. 
 Uma vez que a proteção do patrimônio cultural é uma 
competência comum, admite-se o tombamento de um mesmo bem 
por mais de um ente político. 
 Podem ser objeto de tombamento bens materiais de interesse 
cultural ou ambiental, móveis ou imóveis, tomados individualmente ou em 
sua coletividade. 
 Obs.: De acordo com a doutrina ambiental, os bens imateriais serão 
objeto de registro, e não do tombamento! 
 Pessoal, como todo bem ambiental, o patrimônio cultural tem 
natureza jurídica de bem difuso, que pertence a todos. Cabendo não só ao 
Poder Público, mas a toda sociedade o dever de preservá-lo. 
 Sobre a competência sobre o patrimônio cultural é suficiente que 
vocês saibam que a competência material ou administrativa é comum e a 
competência legislativa é concorrente, de acordo com os artigos 23 e 24 da 
CF/88 respectivamente. 
 "Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios: III - proteger os documentos, as obras e 
outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, 
as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - 
impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de 
arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - 
proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência." 
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 "Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal 
legislar concorrentemente sobre: VII - proteção ao patrimônio 
histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico." 
 
 
Meio Ambiente Artificial 
 
 Constituem o meio ambiente artificial todo o espaço construído, os 
equipamentos públicos e todos os espaços habitáveis pelo homem. 
 A política de desenvolvimento urbano executada pelo Poder Público 
municipal tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções 
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. 
 A propriedade urbana cumprirá a sua função social quando atender 
às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano 
diretor (instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão 
urbana), que deve ser aprovado pela Câmara Municipal, e é obrigatório 
para cidades com mais de vinte mil habitantes. 
 
Meio Ambiente do Trabalho 
 
 Diz respeito às condições existentes no local de trabalho. Refere-se 
às condições inerentes à qualidade de vida do trabalhador. 
 O meio ambiente do trabalho adequado é um direito fundamental, 
essencial à sadia qualidade de vida do trabalhador. 
 De acordo com o art. 200, VIII da CF/88, compete ao sistema único 
de saúde (SUS), além de outras atribuições, nos termos da lei, colaborar 
na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
 
 
 
 
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Artigo 225 da Constituição Federal de 1988 
 
 De acordo com o art. 225, caput da CF/88, todos têm direito ao 
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder 
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações. 
 Vejam que no caput temos a norma matriz "todos têm direito ao 
meio ambiente ecologicamente equilibrado" consagra o princípio da 
sadia qualidade de vida. Cabe dizer que o caput do art. 225 da CF/88 
tem inspiração na doutrina ANTROPOCÊNTRICA, haja vista que dispôs o 
direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como 
bem de uso comum do povo, ou seja, o equilíbrio ambiental serve aos 
interesses humanos. 
 Em "impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá- lo” temos o Princípio da Obrigatoriedade de 
Intervenção do Poder Público e da Participação. "Para as presentes e 
futuras gerações" temos disposto o Princípio do Acesso Equitativo aos 
Recursos Naturais ou Equidade Intergeracional ou Solidariedade 
Intergeracional, pois aqui temos um pacto entre gerações. As gerações 
presentes podem utilizar os recursos ambientais, mas de forma 
sustentável, sem comprometer o desenvolvimento das futuras gerações. 
 Quando a Constituição diz "bem de uso comum do povo" quer dizer 
que o meio ambiente é um bem jurídico autônomo, de titularidade 
difusa, indisponível e insuscetível de apropriação. 
 Observem que não só o Poder Público, mas também a coletividade 
tem o dever de defender e preservar o meio ambiente de modo a permitir 
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a satisfação das necessidades das gerações presentes sem comprometer 
as gerações futuras. 
 O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é difuso, 
bem de uso comum do povo, que não pertence a indivíduos 
isolados, mas a toda a coletividade, e é direito de terceira dimensão 
ou geração, que está relacionado à fraternidade/solidariedade. 
 Para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, a Constituição elencou uma sériade 
obrigações e instrumentos impostos ao Poder Público (Princípio da 
Obrigatoriedade de Intervenção Estatal), sendo de competência 
comum da União, dos Estados, do DF e dos Municípios a proteção do meio 
ambiente. 
 Notem que o poder público não tem a faculdade de proteger o meio 
ambiente, na verdade, ele tem um dever constitucional, a obrigação de 
fazer, de zelar pela defesa e proteção do meio ambiente. Assim como 
o cidadão também tem o dever de preservar e defender o meio ambiente. 
 
Jurisprudência 
 
"O direito à integridade do meio ambiente – típico direito de terceira 
geração – constitui prerrogativa jurídica de titularidade coletiva, 
refletindo, dentro do processo de afirmação dos direitos humanos, a 
expressão significativa de um poder atribuído, não ao indivíduo identificado 
em sua singularidade, mas, num sentido verdadeiramente mais 
abrangente, à própria coletividade social. Enquanto os direitos de primeira 
geração (direitos civis e políticos) – que compreendem as liberdades 
clássicas, negativas ou formais – realçam o princípio da liberdade e os 
direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) – que 
se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas – acentuam 
o princípio da igualdade, os direitos de terceira geração, que 
materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos 
genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio 
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da solidariedade e constituem um momento importante no processo de 
desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos humanos, 
caracterizados, enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de 
uma essencial inexauribilidade." 
(MS 22.164, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-10-1995, 
Plenário, DJ de17-11-1995.) No mesmo sentido: RE 134.297, Rel. 
Min. Celso de Mello, julgamento em 13-6-1995, Primeira Turma, DJ de 22-
9-1995. 
 
 Abaixo os incisos, que trazem os instrumentos de garantia para a 
proteção do direito disposto no caput do artigo 225. 
 
Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover 
o manejo ecológico das espécies e ecossistemas. 
 
Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do 
País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação 
de material genético. 
 
 Dispositivo regulamentado pela Lei 11.105/2005, Lei de 
Biossegurança, que estabelece normas de segurança e mecanismos de 
fiscalização sobre o cultivo, a produção, a manipulação, a pesquisa, a 
comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de 
organismos geneticamente modificados (OGM) seus derivados. 
 Diversidade ecológica ou biodiversidade é "a variabilidade de 
organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os 
ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os 
complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a 
diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.” (art. 
2º, III, da Lei n. 9.985/2000). 
 
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Definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e 
seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a 
alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada 
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos 
que justifiquem sua proteção; 
 
 
Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio 
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará 
publicidade. 
 
 O estudo prévio de impacto ambiental é uma espécie do gênero 
Avaliação de Impactos Ambientais. 
 É um estudo exigido no licenciamento ambiental de 
empreendimentos ou atividades efetiva ou potencialmente causadora de 
significativa degradação do meio ambiente. 
Espaços Territoriais 
Especialmente Protegidos 
(ETEP):
Unidades de Conservação 
(UC) 
(Lei 9.985/00)
Áreas de Preservação 
Permanente (APP) 
(Código Florestal)
Reserva Legal (RL) 
(Código Florestal)
Outros: Jardins Zoológicos, 
Hortos, Jardins Botânicos, 
Quilombos, Terras 
Indígenas...
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 No caso de atividade ou empreendimento não causador de 
significativo impacto ambiental, outros estudos ambientais mais 
simplificados serão exigidos. 
 A Constituição em respeito ao Princípio da Informação determina a 
publicidade do EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental). 
 
Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, 
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a 
qualidade de vida e o meio ambiente. 
 
 Positiva no direito ambiental o Princípio do Limite. Uma aplicação 
seria o controle, inspeção e fiscalização de agrotóxicos, seus componentes 
e afins. Outra seria o controle pelo Poder Público da produção e destinação 
de resíduos sólidos, gases e efluentes. 
 
Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente. 
 
 A educação ambiental é um componente essencial e permanente da 
educação nacional, presente em todos os níveis formais ou informais. É um 
instrumento importante na conscientização pública para a preservação do 
meio ambiente. 
 Educação ambiental é um processo permanente, no qual os 
indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio e adquirem 
conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os 
tornam aptos a agir – individual e coletivamente – e resolver problemas 
ambientais presentes e futuros. 
 Segundo o art. 1º e 2º da Lei 9.795/99, educação ambiental é o 
conjunto de processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade 
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e 
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso 
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. 
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 Os poderes públicos devem definir políticas que incorporem as 
dimensões ambientais e promovam a participação da sociedade na 
conservação, recuperação e manutenção das condições ambientais 
adequadas. 
 
Princípios básicos da educação ambiental: 
I - o enfoque: 
 humanista, 
 holístico, 
 democrático e 
 participativo; 
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, 
considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-
econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; 
III - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva 
da inter, multi e transdisciplinaridade; 
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as 
práticas sociais; 
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; 
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo; 
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, 
regionais, nacionais e globais; 
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade 
individual e cultural. 
 
 Aplicada na educação ambiental, a transversalidade deve ser vista 
como uma forma de se tratarem temas que devem ser difundidos 
continuamente no ensino formal (através de todasas disciplinas e níveis 
de ensino) e não formal. 
 As questões socioambientais são temas transversais, de natureza 
distinta das áreas convencionais. Sua complexidade perpassa diferentes 
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campos do conhecimento, não podendo ser tratada isoladamente por uma 
disciplina. 
 A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de 
ação, além dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de 
Meio Ambiente - Sisnama, instituições educacionais públicas e 
privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não-
governamentais (ONGs) com atuação em educação ambiental. 
 A educação ambiental será desenvolvida como uma prática 
educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e 
modalidades do ensino formal. NÃO devendo ser implantada como 
disciplina específica no currículo de ensino. Isso se deve ao seu caráter 
multidisciplinar e transversal. 
 Isso é muito cobrado em prova. Portanto, fiquem atentos! A educação 
ambiental deve estar presente de forma integrada e não de forma isolada, 
como uma disciplina específica. 
 No entanto, nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas 
voltadas ao aspecto metodológico da educação ambiental, quando se 
fizer necessário, é facultada a criação de disciplina específica. Nesse 
caso é facultativa a criação da disciplina específica. 
 Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, 
em todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética 
ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas. 
 A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação 
de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas. 
 A coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental 
ficará a cargo de um órgão gestor, que será dirigido pelos Ministros 
do Meio Ambiente e Ministério da Educação. 
 Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à 
educação ambiental, incumbindo: 
I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição 
Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, 
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promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o 
engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do 
meio ambiente; 
II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de 
maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem; 
III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - 
Sisnama, promover ações de educação ambiental integradas aos 
programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; 
IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa 
e permanente na disseminação de informações e práticas 
educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental 
em sua programação; 
V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e 
privadas, promover programas destinados à capacitação dos 
trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente 
de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no 
meio ambiente; 
VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à 
formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação 
individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a 
solução de problemas ambientais. 
 
Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que 
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de 
espécies ou submetam os animais a crueldade. 
 
 Este inciso tem clara inspiração nas linhas eco e biocêntricas 
(preservação da fauna e flora). Não confundir com o caput do art. 225, 
que segue a linha antropocêntrica. 
 Convém citar que o STF tem declarado a inconstitucionalidade de leis 
estaduais que permitam práticas como as "rinhas de galo" ou a "farra do 
boi", pois o pleno exercício de direitos culturais não prescinde da 
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observância do inciso VII do art. 225 da Constituição, o qual veda práticas 
que submetam os animais à crueldade. (Não prescindir= Não dispensar) 
 Ademais, atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais 
silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime com 
pena de detenção, de três meses a um ano, e multa, de acordo com o art. 
32 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). Incorre nas mesmas penas 
quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo (vivissecação), 
ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos 
alternativos. Se houver a morte do animal a pena é aumentada de um sexto 
a um terço. 
 
 A seguir os parágrafos 2º, 3º, 4º, 5º e 6º do art. 225, muito 
recorrentes em provas. Vocês precisam ter esses dispositivos no sangue! 
 
Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o 
meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida 
pelo órgão público competente, na forma da lei. (Art. 225, § 2º) 
 
 Aplicação do princípio do poluidor-pagador, da reparação ou da 
responsabilidade, com a exigência do PRAD - Plano de Recuperação de 
Áreas Degradadas. 
 A exploração de recursos minerais exige a recuperação do meio 
ambiente da região afetada por esse tipo de atividade, em que ao final da 
extração, o órgão competente fará vistoria e indicará a solução técnica 
cabível para a sua recuperação. 
 
As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções 
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penais e administrativas, independentemente da obrigação de 
reparar os danos causados. (Art. 225, § 3º) 
 
 A CF/88 prevê a possibilidade de responsabilização da pessoa 
física e jurídica nas esferas penal, civil e administrativa (Art. 225,§3º 
da CF/88). É uma Tríplice responsabilização. 
 
 
 
 A Lei 9.605/98 regulamenta a norma constitucional e dispõe sobre 
os crimes ambientais e as infrações administrativas. 
 
A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o 
Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio 
nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de 
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, 
inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. (Art. 225, § 4º) 
 
PATRIMÔNIO NACIONAL: 
1-Floresta Amazônica brasileira 
Responsabilidade
pessoa física e 
pessoa jurídica
PENAL
CIVIL
ADMINISTRATIVA
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2-Mata Atlântica 
3-Serra do Mar 
4-Pantanal Mato-Grossense 
5-Zona Costeira 
 
 Vocês podem memorizar assim: 
FAB MATA SERRA PANTA ZONA 
 Memorizem os 5! Nas questões os examinadores inserem outros 
biomas ou ecossistemas no intuito de confundir ou simplesmente afirmam 
que um ou outro não é patrimônio. As questões mais elaboradas cobram a 
posição do STF acerca do tema. 
 Observem que não é patrimônio nacional de acordo com o art. 225: 
o cerrado, a caatinga e os pampas. Embora sejam biomas brasileiros.Patrimônio nacional NÃO quer dizer que seja bem público, que esteja 
entre o patrimônio disponível da União. São na verdade bens cuja 
preservação é do interesse de toda a coletividade. 
 
 
(...) O preceito consubstanciado no art. 225, § 4º, da Carta da 
República, além de não haver convertido em bens públicos os 
imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele 
referidas (Mata Atlântica, Serra do Mar, Floresta Amazônica 
brasileira), também não impede a utilização, pelos próprios 
particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam 
sujeitas ao domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e 
respeitadas as condições necessárias a preservação ambiental. (...) 
(RE 134.297/SP, Rel. Min. Celso Mello, Julgamento:12/06/1995, DJ 
22/09/1995) 
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 Logo, não há conversão de propriedades privadas em bens da União 
e nem a desapropriação indireta em decorrência do regime especial de 
proteção conferido a essas áreas pela constituição. 
 
São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos 
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos 
ecossistemas naturais. (Art. 225, § 5º) 
 
 Terras devolutas seriam as existentes no território brasileiro, que não 
se incorporaram legitimamente ao domínio particular e sem finalidade 
pública específica. 
 As terras devolutas não compreendidas entre as da União pertencem 
aos Estados (Art. 26, IV da CF/88). Já as terras devolutas indispensáveis à 
preservação ambiental são bens da união (art. 20, II da CF/88) e podem 
ser classificadas como bens públicos de uso especial e de uso comum, por 
possuírem destinação pública específica: a proteção dos ecossistemas 
naturais, sendo assim bens públicos indisponíveis. 
 Dessa forma, as terras devolutas que concorrem para a proteção 
ambiental são indisponíveis! 
 A ação discriminatória visa discriminar, separar, delimitar, demarcar 
aquilo que é devoluto daquilo que legitimamente tenha se incorporado ao 
domínio particular ou que seja de domínio público. 
 
As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua 
localização definida em LEI FEDERAL, sem o que não poderão ser 
instaladas. (Art. 225, § 6º) 
 
Vocês vão ver que nas questões os examinadores colocam decreto, 
lei estadual, municipal, resolução...enfim, não interessa! As usinas que 
operem com reator nuclear deverão ter sua LOCALIZAÇÃO definida em 
LEI e precisa ser FEDERAL! Sem isso NÃO poderão ser instaladas! 
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 Cabe dizer que além da lei federal definindo a sua localização, a usina 
que opere com reator nuclear deverá observar o prévio licenciamento 
ambiental e outras exigências legais. 
 
Ação Popular Ambiental 
 
É a ação intentada por qualquer cidadão com o objetivo de anular 
judicialmente atos lesivos ou ilegais aos interesses metaindividuais 
garantidos constitucionalmente, quais sejam a moralidade administrativa, 
o patrimônio público ou de entidade que o Estado participe, o meio 
ambiente e o patrimônio histórico e cultural. 
“Art. 5º, LXXIII da CF/88- qualquer cidadão é parte legítima para 
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público 
ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência;” 
Dessa forma, a Ação Popular é um remédio constitucional, que 
possibilita ao cidadão brasileiro (aquele que esteja em pleno gozo de seus 
direitos políticos) tutelar em nome próprio e no interesse da coletividade a 
anulação de atos lesivos ao patrimônio público ou de entidade custeada 
pelo Estado, ou ainda à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico cultural. 
Há três requisitos ou pressupostos principais para o cabimento da 
ação, quais sejam: a) o autor ser cidadão, b) que ocorra ilegalidade no ato 
e c) que exista lesividade do ato. 
 
 
 
 
 
Função Socioambiental da Propriedade 
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 A função social da propriedade foi reconhecida expressamente pela 
Constituição de 1988, no art. 5º, XXIII; 170, III; Art. 182 § 2º; e 186, inc. 
II. 
 A Constituição impõe ao proprietário o dever de exercer o seu 
direito de propriedade em conformidade com a preservação do 
meio ambiente. No sentido de que, se ele não o fizer, o exercício do seu 
direito de propriedade não será legítimo. 
 
"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
 XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;" 
 
"Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho 
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência 
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os 
seguintes princípios: 
 I - soberania nacional; 
 II - propriedade privada; 
 III - função social da propriedade; 
 IV - livre concorrência; 
 V - defesa do consumidor; 
 VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento 
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de 
seus processos de elaboração e prestação; 
 VII - redução das desigualdades regionais e sociais; 
 VIII - busca do pleno emprego; 
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 IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte 
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração 
no País." 
 
 A propriedade rural cumpre a sua função social quando atende, 
simultaneamente, quatro requisitos, entre eles aproveitamento racional e 
adequado e a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e 
preservação do meio ambiente. 
 
"Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural 
atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência 
estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: 
 I - aproveitamento racional e adequado; 
 II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e 
preservação do meio ambiente; 
 III - observância das disposições que regulam as relações de 
trabalho; 
 IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos 
trabalhadores. 
 Já a propriedade urbana para desempenhar a sua função social 
deve atender às exigências fundamentais de ordenação da cidade 
expressas no plano diretor. 
 
 
 
 
 
 
A função social da propriedade 
não se limita à propriedade rural. 
A propriedade urbana também deve 
cumprir a sua função social. 
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Artigos importantes sobre meio ambiente na CF/88 
 
Art. 5º, LXXIII 
Art. 129, III 
Art. 170 
Art. 174, §3º 
Art.176 
Art. 177 
Art. 182 
Art. 186 
Art. 200, VIII 
Art. 216 
Art. 225 
Art. 231 e 232 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MEMOREX do art. 225 da CF/88 para véspera de prova 
 
 ETEP: Espaços Territoriais Especialmente Protegidos 
 UF: Unidade da Federação 
 PF: Pessoa Física 
 PJ: Pessoa Jurídica 
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Questões resolvidas 
 
1) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO – 2011) 
É competência privativa da União a proteção, por meio do IPHAN, 
dos documentos, das obras e de outros bens de valor histórico, 
artístico e cultural, dos monumentos, das paisagens naturais 
notáveis e dos sítios arqueológicos. 
 
ERRADO. Trata-se de competência COMUM. Art. 23, III da CF/88. 
 
2) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO – 2011) 
Se determinado estado da Federação editar lei instituindo código 
florestal, a referida lei deverá ser considerada inconstitucional, 
visto que cabe à União, em caráter privativo, legislar sobre a 
matéria. 
 
ERRADO. Legislar sobre florestas é competência CONCORRENTE da 
União, dos Estados e do DF. Art. 24, VI da CF/88. 
 
3) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011) 
É concorrente entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal a 
competência para proteger o meio ambiente, combater a poluição 
e preservar as florestas, a fauna e a flora. 
 
ERRADO. Proteger o meio ambiente, combater a poluição e preservar as 
florestas, a fauna e a flora. é competência COMUM. Art. 23, VI e VII da 
CF/88. 
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4) (PGE-RO - Procurador – 2011) 
É competência privativa da União legislar sobre responsabilidade 
civil ambiental. 
 
ERRADO. Legislar sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente é 
competência CONCORRENTE da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
Art. 24, VIII da CF/88. 
 
5) (CESPE/UnB - Juiz - TRF 5ª REGIÃO – 2011) A pesquisa e a lavra 
de recursos minerais e o aproveitamento de energia hidráulica 
constituem atividades da esfera de competência da União. Assim, 
uma vez que os recursos minerais pertencem a esse ente 
federativo, e não ao proprietário do solo, cabe à administração 
federal autorizar sua exploração. 
 
CORRETO. A propriedade do solo não abrange jazidas, minas e demais 
recursos minerais, e os potenciais de energia hidráulica. Esses se 
submetem ao regime de dominialidade pública, sendo assegurada ao 
proprietário do solo a participação nos resultados da lavra. Além disso, 
segundo o art. 21, XII, b é competência da União o aproveitamento 
energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se 
situam os potenciais hidroenergéticos. 
 
6) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010) 
Deverá ser editada lei ordinária com as normas para a cooperação 
entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para 
o exercício da competência comum de defesa do meio ambiente. 
 
ERRADO. Não é lei ordinária, mas sim Lei COMPLEMENTAR. Essa lei, 
finalmente, foi editada em dezembro de 2011. Trata-se da LC 140/2011. 
 
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7) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010) 
Legislar sobre proteção do meio ambiente e controle da poluição é 
de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, com fundamento no artigo 24 da 
Constituição Federal. 
 
ERRADO. PEGADINHA CLÁSSICA! Vocês irão encontrar outras questões 
com essa abordagem. 
 De acordo com a literalidade do art. 24 a competência concorrente 
cabe apenas à União, aos Estados e ao DF. A competência legislativa dos 
Municípios está no art. 30 da CF/88. Notem que a questão afirma que os 
municípios possuem competência concorrente com fundamento no art. 24 
o que está errado! 
 
8) (FGV - OAB - Primeira Fase - Set/2010) 
A competência executiva em matéria ambiental não alcança a 
aplicação de sanções administrativas por infração à legislação de 
meio ambiente. 
 
ERRADO. Óbvio que alcança. É competência comum exercer o poder de 
polícia no intuito de proteger o meio ambiente e para isso os entes 
federativos podem e devem fiscalizar, monitorar e impor sanções. 
 
9) (TJ-PR - Juiz- 2010) 
A competência material dos Municípios é suplementar, cabendo-
lhes proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer 
de suas formas subsidiariamente, nos termos de Lei Complementar. 
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ERRADO. TODOS (U, E, DF e M) devem proteger o meio ambiente e 
combater a poluição. É competência material ou executiva COMUM. 
Art. 23, VI da CF/88. 
 
10) (TJ-PR - Juiz- 2010) 
A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao 
meio ambiente é privativa da União. 
 
ERRADO. A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao 
meio ambiente é CONCORRENTE. Art. 24, VIII da CF/88. 
 
11) (TJ-PR - Juiz- 2010) 
Na competência legislativa em matéria ambiental, a superveniência 
de Lei Federal revoga dispositivo de Lei Estadual no que lhe for 
contrário. 
 
ERRADO. Suspende apenas aquilo que for contrário. Art. 24, § 4º da 
CF/88. 
 
12) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-RR – 2008) 
No tocante à competência legislativa a ser exercida pelos estados, 
deve-se considerar que, no âmbito da legislação concorrente, a 
competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais e 
que esta exclui a competência suplementar dos estados. 
 
ERRADO. "A competência da União para legislar sobre normas gerais não 
exclui a competência suplementar dos Estados". Art. 24, § 2º da CF/88 
 
13) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008) 
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A proteção do meio ambiente, o combate à poluição e a preservação 
das florestas, da fauna e da flora são de competência comum da 
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 
 
CERTO. Art. 23, VI e VII da CF/88. 
 
14) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008) 
União, Estados, Municípios e Distrito Federal têm competência 
comum para proteger os documentos, as obras e outros bens de 
valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens 
naturais notáveis e os sítios arqueológicos, bem como para 
preservar as florestas, a fauna e a flora. 
 
CERTO. Art. 23, III e VI da CF/88. 
 
15) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008) As normas para a cooperação entre 
União, Estados, Municípios e o Distrito Federal no exercício de sua 
competência executiva comum para proteger o meio ambiente 
deverão ser fixadas por decreto federal. 
 
ERRADO. De novo! Como gostam do parágrafo único do art. 23. 
É por Lei Complementar. A LC 140/2011. 
 
16) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009) 
Com fulcro no princípio da predominância do interesse, compete 
privativamente à União legislar sobre florestas, caça e pesca. 
 
ERRADO. Competência CONCORRENTE. Art. 24, VI da CF/88. 
 
 
 
17) (CESPE/UnB - Procurador deEstado - PGE-PE – 2009) 
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Mesmo que exista atuação normativa por parte da União, o estado-
membro pode tratar das normas gerais. 
 
ERRADO. Cabe à União estabelecer normas gerais, o que não exclui a 
competência suplementar dos Estados. No caso da União não editar as 
normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para 
atender as suas peculiaridades. Art. 24, §§ 1º, 2º e 3º da CF/88. 
 
18) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009) 
O município não está elencado no artigo constitucional que trata da 
competência concorrente, mas pode legislar acerca do tema meio 
ambiente. 
 
CERTO. Perfeito. Segundo o art. 24 da CF/88, apenas U, E e DF possuem 
competência concorrente. O que não impedi que os Municípios legislem 
sobre matéria ambiental de interesse local. 
Fiquem ligados. Encontrei esse tipo de cobrança em outras provas da banca 
Cespe. 
 
19) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009) 
O DF não pode legislar concorrentemente com a União na matéria 
ambiental, por ser a sede da República brasileira. 
 
ERRADO. Viagem total...Lógico que pode. Não só o DF, como a União e os 
Estados. Art. 24 da CF/88 
 
20) (CESPE/UnB - Procurador de Estado - PGE-PE – 2009) 
Os estados podem legislar concorrentemente sobre jazidas e minas 
encontradas em seus territórios. 
 
ERRADO. Legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais é 
competência PRIVATIVA da União. Art. 22, XII. Lembrando que os 
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recursos minerais, inclusive os do subsolo são bens da União, Art. 20, IX 
da CF/88. 
 
21) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007) 
Matéria relacionada a atividade nuclear de qualquer natureza é de 
competência exclusiva da União. 
 
CERTO. Art. 21 XXIII e Art. 22, XXVI da CF/88. 
 
22) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007) 
No âmbito da legislação concorrente, os estados não podem legislar 
sobre matéria ainda não tratada pela União. 
 
ERRADO. Podem sim! Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os 
Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender as suas 
peculiaridades, Art. 24, § 3º da CF/88. 
 
23) (CESPE/UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007) 
As normas gerais no âmbito da competência concorrente são 
atribuídas à União. 
 
CERTO. Art. 24, § 1º da CF/88. 
 
24) (MPE-PR - Promotor de Justiça – 2011) 
É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal 
legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da 
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio 
ambiente e controle da poluição, bem como, sobre responsabilidade 
por dano ao meio ambiente. 
 
CERTO. Art. 24, VI e VIII da CF/88. 
 
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25) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011) 
É princípio informador da ordem econômica brasileira a defesa do 
meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado, 
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus 
processos de elaboração e prestação. 
 
CERTO. Art. 170, VI da CF/88. 
 
26) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011) 
É função institucional do Ministério Público promover o inquérito 
civil e a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e 
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 
 
CERTO. Art. 129, III da CF/88. 
 
27) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011) 
É função do Estado favorecer a organização da atividade garimpeira 
em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e 
a promoção econômico-social dos garimpeiros. 
 
CERTO. Art. 174, § 3º da CF/88. 
 
28) (CESGRANRIO - Advogado - Petrobrás – 2011) 
Compete ao Sistema Único de Saúde, dentre outras atribuições, 
colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do 
trabalho. 
 
CERTO. Art. 200, VIII da CF/88. 
 
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29) (PGE-RO - Procurador – 2011) 
A instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de 
degradação ambiental exige estudo prévio de impacto ambiental. 
 
ERRADO. O EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental) ou EIA (Estudo de 
Impacto Ambiental) é exigido para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de SIGNIFICATIVA degradação do meio 
ambiente. 
 ATENÇÃO! 
 EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório 
de Impacto Ambiental) é exigido para impactos SIGNIFICATIVOS! Não é 
qualquer obra ou atividade potencialmente poluidora. Tem que 
causar impactos SIGNIFICATIVOS! 
 Obs.: EPIA ou EIA são sinônimos. A CF/88 utiliza o termo Estudo 
Prévio de Impacto Ambiental (EPIA). Já a Lei 6.938/81 e as Resoluções do 
Conama 237/97 e 01/86 utilizam EIA. Ambos querem dizer a mesma coisa, 
e são estudos ambientais prévios que subsidiam o licenciamento ambiental 
de atividades ou empreendimentos de significativo impacto ambiental. 
 
 
30) (PGE-RO - Procurador – 2011) 
A desafetação de Unidade de Conservação de categoria Reserva 
Legal depende de lei. 
 
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ERRADO. 
ATENÇÃO! Reserva Legal (RL) não é categoria de unidade de conservação. 
Trata-se na verdade de uma espécie de Espaço Especialmente Protegido, 
assim como as Áreas de Preservação Permanente (APP) e as Unidades de 
Conservação (UC). 
 
 
 
 Esse assunto será estudado na aula sobre Código Florestal e Unidades 
de Conservação. 
 Apenas no intuito de não deixar dúvidas para depois, adianto que as 
Unidades de Conservação (UC) dividem-se em 2 grupos: UC de proteção 
integral e UC de uso sustentável. Cada grupo é dividido em categorias, com 
características específicas. 
 O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a 
natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos 
naturais, com exceção dos casos previstos na lei do SNUC (Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação). Já as Unidades de Uso 
Sustentável visam compatibilizar a conservação da natureza com o uso 
sustentável de parcela dos seus recursos naturais. 
Espaços 
Territoriais 
Especialmente 
Protegidos (ETEP):
Unidades de 
Conservação (UC) 
Lei 9.985/00
Áreas de 
Preservação 
Permanente (APP) 
Lei 12.651/2012
Reserva Legal (RL)
Lei 12.651/2012
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UC Proteção Integral Preservar a natureza+uso indireto 
UC Uso Sustentável Conservação da natureza+uso sustentável 
5 categorias de UC no grupo de UC de PROTEÇÃO INTEGRAL 
I - Estação Ecológica (EE); 
II - Reserva Biológica (ReBio); 
III - Parque Nacional (ParNa); 
IV - Monumento Natural (MN); 
V - Refúgio de Vida Silvestre (RVS). 
7 categorias de UC no grupo de UC de USO SUSTENTÁVEL 
I - Área de Proteção Ambiental (APA); 
II - Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE); 
III - Floresta Nacional (FloNa); 
IV - Reserva Extrativista (ResEx); 
V - Reserva de Fauna (RF);VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS); e 
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). 
 
 Pessoal, revisando: RL, APP e UC são espaços territoriais 
especialmente protegidos. RL e APP são áreas protegidas pelo Código 
Florestal. Unidades de Conservação também são espaços territoriais 
protegidos presentes na lei que institui o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação (SNUC). São classificadas em 2 grupos, que se subdividem 
em categorias, conforme a tabela acima. Assim, se o item no lugar de RL 
colocasse APA (Área de Proteção Ambiental) aí estaria certo, pois APA é 
uma das categorias de unidade de conservação. 
 
31) (PGE-RO - Procurador – 2011) 
A responsabilidade penal da pessoa jurídica no direito ambiental 
está prevista em legislação ordinária, não tendo previsão 
constitucional. 
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ERRADO. A responsabilidade administrativa, civil e penal (Tríplice 
responsabilização) da pessoa jurídica está prevista no art. 3º da Lei de 
Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) e no art. 225,§ 3º da CF/88. 
 Confiram: 
 "As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, 
civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a 
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou 
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua 
entidade." Art. 3º da Lei 9.605/98. 
 "As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções 
penais e administrativas, independentemente da obrigação de 
reparar os danos causados." Art. 225, § 3º da CF/88. 
 
32) (FGV - TJ-PA – Juiz - 2008) 
A Constituição da República conferiu tratamento especial ao meio 
ambiente, dedicando a esse um capítulo específico, incluído no 
Título "Da Ordem Social". 
 
CERTO. Título VIII, Capítulo VI, Art. 225 da CF/88. 
 
33) (MPE-PR - Promotor de Justiça – 2011) 
Para assegurar a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, as usinas que operem com reator nuclear 
deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não 
poderão ser instaladas. 
 
CERTO. Art. 225, Caput, § 6º da CF/88. 
 
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34) (TRT - 23ª REGIÃO - MT - Juiz – 2011) 
A proteção ao meio ambiente deve ser assegurada em todas as suas 
dimensões, a despeito de a Constituição de 1988 não ter feito 
menção expressa ao meio ambiente do trabalho. 
 
ERRADO. A CF/88 - no Art. 200, VIII - dispõe expressamente sobre o meio 
ambiente do trabalho. 
"Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos 
termos da lei: colaborar na proteção do meio ambiente, nele 
compreendido o do trabalho." 
 
35) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria 
Madalena - RJ - 2010) 
São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos 
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos 
ecossistemas naturais. 
 
CERTO. Art. 225, § 5º da CF/88. 
 
36) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria 
Madalena - RJ - 2010) 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
 
CERTO. Art. 225, caput da CF/88. 
 
37) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria 
Madalena - RJ - 2010) 
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As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua 
localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser 
instaladas. 
 
CERTO. Art. 225, § 6º da CF/88. 
 
38) (CONSULPLAN - Advogado - Prefeitura de Santa Maria 
Madalena - RJ - 2010) 
Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o 
meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida 
pelo órgão público competente, na forma da lei. 
 
CERTO. Art. 225, § 2º da CF/88. 
 
39) (Analista Jurídico – Arquitetura - PG-DF - 2011) 
O meio ambiente ganhou muito relevo com o advento da 
Constituição Federal vigente, chegando-se a prever a 
responsabilização administrativa, cível e, mesmo penal, tanto para 
as pessoas físicas quanto as jurídicas. 
 
CERTO. "As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais 
e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os 
danos causados." Art. 225, §3º da CF/88. 
 
40) (Analista Jurídico – Arquitetura - PG-DF - 2011) 
Em relação às terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, a 
Constituição garante a eles propriedade, sendo, portanto, 
inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas são 
imprescritíveis. 
 
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ERRADO. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são 
patrimônio da União, art. 20, XI. Sendo de propriedade do ente federal, 
portanto bens públicos de natureza especial ou sui generis, inalienáveis, 
indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis, art. 231, §4º. 
 
(...) as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, embora 
pertencentes ao patrimônio da União (CF, art. 20, XI), acham-se 
afetadas, por efeito de destinação constitucional, a fins específicos 
voltados, unicamente, à proteção jurídica, social, antropológica, econômica 
e cultural dos índios, dos grupos indígenas e das comunidades tribais. A 
QUESTÃO DAS TERRAS INDÍGENAS - SUA FINALIDADE INSTITUCIONAL. - 
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios incluem-se no 
domínio constitucional da União Federal. As áreas por elas abrangidas 
são inalienáveis, indisponíveis e insuscetíveis de prescrição aquisitiva. A 
Carta Política, com a outorga dominial atribuída à União, criou, para esta, 
uma propriedade vinculada ou reservada, que se destina a garantir aos 
índios o exercício dos direitos que lhes foram reconhecidos 
constitucionalmente (CF, art. 231, §§ 2º, 3º e 7º), visando, desse modo, a 
proporcionar às comunidades indígenas bem-estar e condições necessárias 
à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e 
tradições. A disputa pela posse permanente e pela riqueza das terras 
tradicionalmente ocupadas pelos índios constitui o núcleo fundamental da 
questão indígena no Brasil. A competência jurisdicional para dirimir 
controvérsias pertinentes aos direitos indígenas pertence à Justiça Federal 
comum. 
(Primeira Turma, RE nº 183188/MS, Relator Ministro Celso de Mello, 
Julgamento:09/12/1996, DJU de 14.02.1997.) STF 
 
41) (CESPE - OAB - Exame de Ordem Unificado – 1ª Fase - 
Maio/2008) 
As usinas que operem com reator nuclear devem ter sua localização 
definida em lei estadual. 
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ERRADO. Lei FEDERAL, consoante Art. 225, § 6º da CF/88. 
 
42) (MPE-SP - Promotor de Justiça – 2011) 
Ao indicar a defesa do meio ambiente como um dos princípios da 
ordem econômica, a Constituição Federal submete o exercício

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