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01 Fundacoes Notas de Aulas 15 02 2018

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Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. 
Engenharia de Fundações – 1º Semestre de 2018 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTAS DE AULAS DE ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES 
1º SEMESTRE DE 2018 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSORES: 
RIDECI FARIAS 
HAROLDO PARANHOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA / DF 
FEVEREIRO / 2018 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. 
Engenharia de Fundações – 1º Semestre de 2018 2 
 
SUMÁRIO 
1.0. INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DAS 
SONDAGENS .................................................................................................................... 12 
1.1. SONDAGENS DE SIMPLES RECONHECIMENTO ....................................................... 12 
1.1.1. Perfuração acima do nível d’água ................................................................................ 12 
1.1.2. Determinação do nível d’água ..................................................................................... 12 
1.1.3. Perfuração abaixo do nível d’água ............................................................................... 12 
1.1.4. Amostragem de solos ................................................................................................... 13 
1.1.5. Resistência à penetração - SPT .................................................................................... 15 
1.1.6. Apresentação dos resultados ........................................................................................ 17 
1.1.7. Programação de sondagens .......................................................................................... 17 
1.1.8. Principais Vantagens da Sondagem SPT ..................................................................... 17 
1.2. Sondagem de Penetração Estática – “Cone Penetration Test” (CPT) - NBR 12069 .......... 22 
1.2.1. Relação entre os resultados do CPT e SPT .................................................................. 26 
1.3. Programação de Sondagens de Simples Reconhecimento dos Solos para Fundações de 
Edifícios (Número e Locação das Sondagens) .............................................................................. 27 
1.4. Critérios de Paralisação da Sondagem SPT (Item 6.4 da NBR 6484:2001) ....................... 28 
1.5. Sondagem Rotativa (SR) ..................................................................................................... 29 
1.5.1. RQD (Rock Quality Designation) ou Índice de Qualidade da Rocha.......................... 32 
1.5.2. Percentagem de Recuperação ....................................................................................... 33 
2.0. TIPOS DE FUNDAÇÕES ........................................................................................ 35 
2.1. FUNDAÇÃO SUPERFICIAL (RASA OU DIRETA) ........................................................ 35 
2.1.1. Sapata ........................................................................................................................... 36 
2.1.1.1. Sapata isolada ....................................................................................................... 37 
2.1.1.2. Sapata associada ................................................................................................... 38 
2.1.1.3. Sapata corrida ....................................................................................................... 39 
2.1.1.4. Sapata em divisa (Sapata excêntrica) / Sapata alavancada ................................... 40 
2.1.2. Bloco ............................................................................................................................ 42 
2.1.3. Radier ........................................................................................................................... 43 
2.2. FUNDAÇÃO PROFUNDA ................................................................................................ 46 
2.2.1. Estaca ........................................................................................................................... 46 
2.2.1.1. Estaca pré-moldada ou pré-fabricada de concreto ................................................ 46 
2.2.1.2. Estaca de reação (mega ou prensada) ................................................................... 47 
2.2.1.3. Estaca de concreto moldada “in loco” .................................................................. 47 
2.2.1.4. Estaca mista .......................................................................................................... 63 
2.2.1.5. Estaca metálica ou de aço ..................................................................................... 63 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
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2.2.2. Tubulão ........................................................................................................................ 64 
2.2.2.1. Tubulão a céu aberto ............................................................................................. 64 
2.2.2.2. Tubulão a ar comprimido ...................................................................................... 65 
3.0. CRITÉRIOS BÁSICOS PARA A ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÕES .............. 67 
3.1. PRINCIPAIS TIPOS DE FUNDAÇÕES E CRITÉRIOS A SEREM CONSIDERADOS 
NAS ANÁLISES PARA A ESCOLHA DA FUNDAÇÃO .......................................................... 67 
3.1.1. Fundação rasa ............................................................................................................... 67 
3.1.1.1. Métodos para Estimativa de Tensões Admissíveis ............................................... 67 
3.1.1.2. Resistência à Penetração em Sondagens SPT ....................................................... 68 
3.1.2. Fundações profundas.................................................................................................... 69 
4.0. DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES ............................................................. 71 
4.1. DIMENSIONAMENTO DE BLOCOS DE FUNDAÇÃO ................................................. 71 
4.2. DIMENSIONAMENTO DE SAPATA ISOLADA ............................................................74 
5.0. DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE SAPATAS ISOLADAS ......................... 83 
5.1. MÉTODO DAS BIELAS .................................................................................................... 83 
5.1.1. Sapatas isoladas............................................................................................................ 83 
5.1.1.1. Cálculo do volume de concreto de uma sapata isolada ........................................ 84 
6.0. DIMENSIONAMENTO DE TUBULÕES .................................................................. 88 
6.1. TUBULÕES A CÉU ABERTO .......................................................................................... 88 
6.2. FASES DE EXECUÇÃO DE TUBULÃO A CÉU ABERTO............................................ 89 
7.0. CARGA ADMISSÍVEL DE ESTACAS ................................................................... 104 
8.0. DIMENSIONAMENTO DE ESTACAS ................................................................... 106 
8.1. CAPACIDADE DE CARGA DAS ESTACAS ................................................................ 106 
8.2. DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DA ESTACA ....................................................... 110 
9.0. BLOCOS DE COROAMENTO DE ESTACAS E TUBULÕES ............................... 117 
9.1. BLOCO PARA UMA ESTACA ....................................................................................... 117 
9.2. BLOCO SOBRE DUAS ESTACAS ................................................................................. 122 
9.3. BLOCO SOBRE TRÊS ESTACAS .................................................................................. 127 
9.4. BLOCO SOBRE QUATRO ESTACAS ........................................................................... 131 
9.5. BLOCO SOBRE MAIS DE QUATRO ESTACAS .......................................................... 134 
10.0. PROVAS DE CARGA (TESTE DE CARGA) ...................................................... 139 
10.1. PROVA DE CARGA DIRETA SOBRE TERRENO DE FUNDAÇÃO (ABNT NBR 
6489: 1984) .................................................................................................................................. 139 
10.2. PROVA DE CARGA ESTÁTICA (ABNT NBR 12131:2006) .................................... 140 
10.3. PROVA DE CARGA COM CARREGAMENTO DINÂMICO (ABNT NBR 
13208:2007) ................................................................................................................................. 144 
10.4. QUANTIDADE DE PROVAS DE CARGA ESTÁTICA EM ESTACAS .................. 147 
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10.5. QUANTIDADE DE PROVAS DE CARGA COM CARREGAMENTO DINÂMICO
 148 
10.6. CONTROLE DE CRAVAÇÃO DE ESTACAS (NEGA, REPIQUE ELÁSTICO E 
DIAGRAMA DE CRAVAÇÃO)................................................................................................. 148 
10.6.1. Nega........................................................................................................................ 148 
10.6.1.1. Cálculo da nega .................................................................................................. 149 
10.6.2. Repique ................................................................................................................... 149 
10.6.3. Diagrama de cravação ............................................................................................ 149 
11.0. LISTA DE EXERCÍCIOS ..................................................................................... 151 
 
LISTA DE FOTOS 
Foto 1.1 – Trépano de lavagem (http://www.contenco.com.br). ....................................................... 13 
Foto 1.2 - Amostrador-padrão de parede grossa “Raymond” (NBR 6.484 / 2001) – Fechado. ....... 14 
Foto 1.3 - Amostrador-padrão de parede grossa “Raymond” (NBR 6.484 / 2001) – Aberto. .......... 14 
Foto 1.4 – Execução de sondagem. Avanço por lavagem. ................................................................ 18 
Foto 1.5 – Execução de sondagem SPT. ............................................................................................ 18 
Foto 1.6 – Material da lavagem do furo de sondagem. ...................................................................... 19 
Foto 1.7 – Limpeza do furo de sondagem com o balde. .................................................................... 19 
Foto 1.8 - Limpeza do furo de sondagem com o balde. ..................................................................... 19 
Foto 1.9 – Material da lavagem retirado do furo de sondagem. ........................................................ 19 
Foto 1.10 – Solo recuperado no amostrador da sondagem. ............................................................... 19 
Foto 1.11 – Solo recuperado no amostrador da sondagem. ............................................................... 19 
Foto 1.12 – Cone instrumentado para CPT (CPTU = Piezocone = CPT + poro-pressão). ................ 25 
Foto 1.13 – Cone instrumentado para CPT (CPTU = Piezocone = CPT + poro-pressão). ................ 25 
Foto 1.14 – Ponteira cônica do cone CPT. ......................................................................................... 25 
Foto 1.15 – Caminhão dotado para execução de ensaio CPT (CPTU = Piezocone = CPT + poro-
pressão). ............................................................................................................................................. 25 
Foto 1.16 – Maquinário em esteira dotado para execução de ensaio CPT (CPTU = Piezocone = CPT 
+ poro-pressão). ................................................................................................................................. 25 
Foto 1.17 – Coroa com pastilha de vídia. .......................................................................................... 29 
Foto 1.18 – Barrilete. ......................................................................................................................... 29 
Foto 1.19 – Caixa com testemunhos obtidos em sondagem rotativa. ................................................ 30 
Foto 1.20 – Caixas com testemunhos obtidos em sondagem rotativa. .............................................. 30 
Foto 1.21 – Sonda rotativa motorizada e Bomba de água (Fabricante Maquesonda). ...................... 31 
Foto 1.22 – Sonda rotativa motorizada (Fabricante Sondeq)............................................................. 31 
Foto 2.1 – Área a ser escavada para execução de sapata. .................................................................. 36 
Foto 2.2 – Montagem da forma para a execução de sapata. .............................................................. 36 
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Foto 2.3 – Montagem da forma para a execução de sapata. .............................................................. 36 
Foto 2.4 – Montagem da forma para a execução de sapata. .............................................................. 36 
Foto 2.5 – Montagem da forma para a execução de sapata. .............................................................. 36 
Foto 2.6 – Bomba para a concretagem da sapata. .............................................................................. 36 
Foto 2.7 – Execução de sapata. .......................................................................................................... 37 
Foto 2.8 – Sapata concretada. ............................................................................................................ 37 
Foto 2.9 – Sapata concretada. ............................................................................................................ 37 
Foto 2.10 – Sapata já executada. ........................................................................................................ 37 
Foto 2.11 – Radier armado. ................................................................................................................ 44 
Foto 2.12 – Radier armado. ................................................................................................................ 44 
Foto 2.13 – Radier armado. ................................................................................................................ 44 
Foto 2.14 – Radier armado. ................................................................................................................ 44 
Foto 2.15 – Radier armado. ................................................................................................................ 44 
Foto 2.16 – Radier protendido. .......................................................................................................... 44 
Foto 2.17 – Fotos relativas a radier protendido. ................................................................................ 45 
Foto 2.18 – Estaca pré-moldada circular de concreto. ....................................................................... 46 
Foto 2.19 – Estaca pré-moldada de concreto. Estacas quadradas e circular vazada. ......................... 46 
Foto 2.20 – Bate-estaca de gravidade (convencional). ...................................................................... 46 
Foto 2.21 – Bate-estaca hidráulico. .................................................................................................... 46 
Foto 2.22 – Fuste circular para estaca mega. ..................................................................................... 47 
Foto 2.23 – Fuste hexagonal para estaca mega. ................................................................................. 47 
Foto 2.24 – Fuste circular, execução e ilustração para estaca mega. ................................................. 47 
Foto 2.25 – Estaca mega executada em concreto. .............................................................................. 47 
Foto 2.26 – Estaca mega executada em concreto. .............................................................................. 47 
Foto 2.27 – Execução de estaca-raiz em rocha. Obra Ponte Estaiadas – São Paulo/SP. ................... 50 
Foto 2.28 – Execução de estaca-raiz. ................................................................................................. 50 
Foto 2.29 – Cortina de estaca-raiz. São Paulo. .................................................................................. 50 
Foto 2.30 – Estaca-raiz em local com pé-direito reduzido – Edifício Núncio Malzoni, Santos/SP. . 50 
Foto 2.31 – Estaca-raiz com utilização de martelo de fundo. Jurubatuba/SP. ................................... 50 
Foto 2.32 – Martelo de fundo utilizado em rocha. ............................................................................. 50 
Foto 2.33 – Perfuratriz montada sobre caminhão. ............................................................................. 52 
Foto 2.34 – Perfuratriz montada sobre esteira. .................................................................................. 52 
Foto 2.35 – Perfuração com trado mecânico. ..................................................................................... 52 
Foto 2.36 – Perfuração com trado mecânico. ..................................................................................... 52 
Foto 2.37 – Esquema básico de execução da estaca Strauss. ............................................................. 53 
Foto 2.38 – Esquema básico de execução da estaca Strauss. ............................................................. 53 
Foto 2.39 – Execução da estaca Strauss. ............................................................................................ 53 
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Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
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Foto 2.40 – Execução da estaca Strauss. ............................................................................................ 53 
Foto 2.41 – Execução da estaca Strauss. ............................................................................................ 53 
Foto 2.42 – Execução da estaca Strauss. ............................................................................................ 53 
Foto 2.43 – Equipamento para execução de parede diafragma e estaca barrete, montado em 
guindaste Bucyrus (Geyer)................................................................................................................. 55 
Foto 2.44 – Clam Shell hidráulico (Brasfond). .................................................................................. 55 
Foto 2.45 – Equipamento para estaca Franki. .................................................................................... 57 
Foto 2.46 – Equipamento para estaca Franki. .................................................................................... 57 
Foto 2.47 – Pilão Franki. .................................................................................................................... 57 
Foto 2.48 – Pilão Franki. .................................................................................................................... 57 
Foto 2.49 – Camisas metálicas Franki. .............................................................................................. 58 
Foto 2.50 – Brita da bucha. ................................................................................................................ 58 
Foto 2.51 – Concretagem da estaca Franki. ....................................................................................... 58 
Foto 2.52 – Cravação da camisa metálica. ......................................................................................... 58 
Foto 2.53 – Concreto da estaca Franki. .............................................................................................. 58 
Foto 2.54 – Concretagem da estaca Franki. ....................................................................................... 58 
Foto 2.55 – Concretagem da estaca Franki. ....................................................................................... 59 
Foto 2.56 – Concretagem da estaca franki. ........................................................................................59 
Foto 2.57 – Concretagem da estaca franki. ........................................................................................ 59 
Foto 2.58 – Extração da camisa. ........................................................................................................ 59 
Foto 2.59 – Concreto da estaca Franki. .............................................................................................. 59 
Foto 2.60 – Concretagem da estaca Franki. ....................................................................................... 59 
Foto 2.61 – Hélice contínua (Modelo EM 1000/32, CZM). .............................................................. 60 
Foto 2.62 – Hélice contínua (Modelo EM 800/30, CZM). ................................................................ 60 
Foto 2.63 – Equipamento para hélice contínua de deslocamento monitorada. .................................. 62 
Foto 2.64 – Equipamento para hélice contínua de deslocamento monitorada. .................................. 62 
Foto 2.65 – Processo básico de execução da estaca hélice contínua de deslocamento. ..................... 62 
Foto 2.66 – Estaca trado vazado segmentado. ................................................................................... 63 
Foto 2.67 – Estaca trado vazado segmentado. ................................................................................... 63 
Foto 2.68 – Estaca trado vazado segmentado. ................................................................................... 63 
Foto 2.69 – Estaca trado vazado segmentado. ................................................................................... 63 
Foto 2.70 – Cravação de perfil metálico. ........................................................................................... 64 
Foto 2.71 – Cravação de perfil metálico. ........................................................................................... 64 
Foto 2.72 – Escavação de fuste para tubulão. .................................................................................... 64 
Foto 2.73 – Sarilho para retirada de material do tubulão a céu aberto. ............................................. 64 
Foto 2.74 – Alargamento de base de tubulão a céu aberto. ............................................................... 65 
Foto 2.75 – Ferragem para tubulão. ................................................................................................... 65 
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Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
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Foto 2.76 – Tubulão a ar comprimido................................................................................................ 66 
Foto 2.77 – Tubulão a ar comprimido................................................................................................ 66 
Foto 2.78 – Tubulão a ar comprimido................................................................................................ 66 
Foto 2.79 – Concretagem do tubulão a ar comprimido...................................................................... 66 
Foto 9.1 – Exemplo de 2 estacas para receberem o bloco de coroamento. ...................................... 126 
Foto 9.2 – Exemplo de Bloco de coroamento para 2 estacas. .......................................................... 126 
Foto 9.3 – Execução para bloco de coroamento de 3 estacas (Rossi Bizerris). ............................... 130 
Foto 9.4 – Execução para bloco de coroamento de 3 estacas (Rossi Bizerris). ............................... 130 
Foto 9.5 – Execução para bloco de coroamento de 3 estacas (Rossi Bizerris). ............................... 130 
Foto 9.6 – Bloco de coroamento de 3 estacas. ................................................................................. 130 
Foto 9.7 – Execução para bloco de coroamento para 4 estacas. ...................................................... 133 
Foto 9.8 – Execução para bloco de coroamento para 4 estacas. ...................................................... 133 
Foto 9.9 – Execução para bloco de coroamento para 4 estacas. ...................................................... 133 
Foto 9.10 – Preparo de 4 estacas para receber o bloco de coroamento. ........................................... 133 
Foto 10.1 – Teste da nega. ............................................................................................................... 148 
Foto 10.2 – Teste da nega. .............................................................................................................. 148 
Foto 10.3 – Teste da nega. .............................................................................................................. 148 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1.1 - Estados de compacidade e de consistência dos solos (NBR 6484 / 2001). ................... 16 
Tabela 1.2 – Valores sugeridos de k (Danzinger e Velloso, 1986, 1995). ......................................... 26 
Tabela 1.3 – Número mínimo de furos de sondagens. ....................................................................... 27 
Tabela 1.4 – Diâmetros mais comuns de furos e testemunhos. ......................................................... 30 
Tabela 1.5 – Qualidade do maciço rochoso pelo RQD. ..................................................................... 32 
Tabela 1.6 – Tipo de rocha em função da recuperação. ..................................................................... 33 
Tabela 6.1 – Estacas moldadas “in loco”: parâmetros para dimensionamento (Norma ABNT NBR 
6122:2010). ........................................................................................................................................ 92 
Tabela 6.2 – Aço CA 50: Características de massa e seção. .............................................................. 93 
Tabela 6.3 – Aço CA 60: Características de massa e seção. .............................................................. 93 
Tabela 7.1 – Estacas pré-moldadas de concreto (Velloso & Lopes, 1996). .................................... 104 
Tabela 7.2 – Estacas de madeira (Velloso & Lopes, 1996). ............................................................ 104 
Tabela 7.3 – Estacas de aço (Velloso & Lopes, 1996). ................................................................... 105 
Tabela 7.4 – Estacas escavadas. ....................................................................................................... 105 
Tabela 7.5 – Outros tipos de estacas. ............................................................................................... 106 
Tabela 8.1 – Valores de C em função do tipo de solo (Décourt e Quaresma, 1978). ...................... 108 
Tabela 8.2 – Valores de C em função do tipo de solo para estacas escavadas com lama bentonítica 
(Décourt, 1986). ............................................................................................................................... 108 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
CREA/ PA 9736 – D.CREA/DF 9649 – D. 
Engenharia de Fundações – 1º Semestre de 2018 8 
Tabela 8.3 – Valores de coeficientes α. ........................................................................................... 109 
Tabela 8.4 – Valores de coeficientes β. ........................................................................................... 110 
Tabela 10.1 – Quantidade de provas de carga. ................................................................................ 147 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1.1 – Trépano de lavagem (NBR 6484 / 2001). ...................................................................... 13 
Figura 1.2 - Dimensões do corpo do amostrador tipo raymond de 50,8 mm (NBR 6.484 / 2001). ... 13 
Figura 1.3 – Esquema de perfuração por percussão e amostragem. .................................................. 15 
Figura 1.4 - Perfil de uma sondagem realizada em Brasília/DF com N. A. não encontrado. ............ 20 
Figura 1.5 - Perfil de uma sondagem realizada em Brasília/DF com N. A. encontrado. ................... 21 
Figura 1.6 – Ensaio CPT (a) princípio de funcionamento e (b) vista de um equipamento 
(desenvolvido pela COPPE / UFRJ com a GROM – Automação e Sensores) .................................. 22 
Figura 1.7 – Penetrômetros para CPT (a) Delft, (b) Begemann, (c) cone elétrico (FUGRO, tipo 
subtração) e (d) piezocone (COPPE / UFRJ, modelo 2), estando indicados: (1) luva de atrito; (2) 
anel de vedação de solo; (3) anel de vedação de água; (4) célula de carga total; (5) célula de carga 
de ponta; (8) transdutor (medidor) de poro-pressão; (9) elemento poroso. ....................................... 23 
Figura 1.8 – Ponteira mecânica (Begemann) com luva de atrito lateral (dimensões em mm). ......... 23 
Figura 1.9 – Resumo de execução da sondagem CPT (Pini). ............................................................ 24 
Figura 1.10 – Perfil típico de um ensaio CPTu. ................................................................................. 24 
Figura 1.11 – Esquemático da execução do ensaio CPT. .................................................................. 25 
Figura 1.12 – Sugestão de locação de furos de sondagem para edificações. ..................................... 28 
Figura 1.13 – Exemplo de determinação do RQD (Rock Quality Designation). ............................... 33 
Figura 1.14 – Laudo de uma sondagem mista (SPT + Rotativa). ...................................................... 34 
Figura 2.1 – Principais tipos de fundações. ....................................................................................... 35 
Figura 2.2 – Esquema de uma sapata isolada. .................................................................................... 37 
Figura 2.3 – Perspectiva de uma sapata isolada. ................................................................................ 38 
Figura 2.4 – Perspectiva de uma sapata associada. ............................................................................ 38 
Figura 2.5 – Esquema de uma sapata corrida. .................................................................................... 39 
Figura 2.6 – Perspectiva de uma sapata corrida. ................................................................................ 39 
Figura 2.7 – Sapata em divisa. ........................................................................................................... 40 
Figura 2.8 – Perspectiva de uma sapata alavancada. ......................................................................... 40 
Figura 2.9 – Sapata como viga de equilíbrio. .................................................................................... 41 
Figura 2.10 – Sapata com viga alavanca. ........................................................................................... 41 
Figura 2.11 – Sapata com viga alavanca. ........................................................................................... 42 
Figura 2.12 – Esquema de blocos de fundação. ................................................................................. 42 
Figura 2.13 – Perspectiva de bloco de fundação sem escalonamento. .............................................. 42 
Figura 2.14 – Esquema de radier de fundação. .................................................................................. 43 
Figura 2.15 – Perspectiva de um radier. ............................................................................................. 43 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
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Engenharia de Fundações – 1º Semestre de 2018 9 
Figura 2.16 – Fases de execução de estaca-raiz. ................................................................................ 48 
Figura 2.17 (a) - (j) – Fases de execução de estaca-raiz. ................................................................... 49 
Figura 2.18 – Micro estaca. Perfuração, instalação e injeção. ........................................................... 51 
Figura 2.19 – Detalhe do obturador de injeção. ................................................................................. 51 
Figura 2.20 – Sequência executiva de parede-diafragma e estaca barrete moldada in loco 
(Brasfond). ......................................................................................................................................... 54 
Figura 2.21 – Processo básico da estaca Franki. ................................................................................ 56 
Figura 2.22 – Processo básico de execução da estaca hélice contínua. ............................................ 60 
Figura 2.23 – Detalhe do elemento de perfuração. ............................................................................ 61 
Figura 2.24 – Processo básico de execução de tubulão a ar comprimido (Pine). .............................. 65 
Figura 3.1 – Estimativa de N médio. ................................................................................................. 69 
Figura 4.1 – Esquema de blocos de fundações. ................................................................................. 71 
Figura 4.2 – Gráfico para retirada do ângulo α. ................................................................................ 71 
Figura 4.3 – Esquema de uma sapata isolada. .................................................................................... 74 
Figura 4.4 – Resposta do Exercício 4.2. ............................................................................................ 76 
Figura 4.5 – Resposta do Exercício 5.3. ............................................................................................ 78 
Figura 4.6 – Pilar em L. ..................................................................................................................... 79 
Figura 4.7 – Resposta do Exercício 4.4. ............................................................................................ 80 
Figura 4.8 – Pilar em C. ..................................................................................................................... 81 
Figura 4.9 – Resposta do Exercício 4.5. ............................................................................................ 82 
Figura 5.1 – Caminhamento da carga do pilar em direção à base da sapata. ..................................... 83 
Figura 5.2 – Detalhe de sapata isolada. ..............................................................................................83 
Figura 5.3 – Resposta do exercício 5.1. ............................................................................................. 87 
Figura 6.1 – Perspectiva e corte longitudinal de um tubulão. ............................................................ 88 
Figura 6.2 – Tubulões com base circular e falsa elipse. .................................................................... 89 
Figura 6.3 – Fases de execução do tubulão a céu aberto. .................................................................. 89 
Figura 6.4 – Cálculo do volume da base do tubulão falsa elipse. ...................................................... 91 
Figura 8.1 – Laudo de sondagem SPT. ............................................................................................ 113 
Figura 9.1 – Distribuição de tensões no bloco para uma estaca. ..................................................... 118 
Figura 9.2 – Exemplo de disposição da ferragem no bloco para uma estaca. ................................. 118 
Figura 9.3 – Dimensões do bloco..................................................................................................... 120 
Figura 9.4 – Disposição das armaduras no bloco............................................................................. 121 
Figura 9.5 – Exemplo de configuração para bloco com duas estacas. ............................................. 122 
Figura 9.6 – Exemplo de distribuição de estacas em torno do centro de carga do pilar para blocos 
padronizados. ................................................................................................................................... 137 
Figura 10.1 - Curva tensão x recalque de ensaio de placa em argila (Vargas, 1951). ..................... 139 
Figura 10.2 - Curva tensão x recalque de ensaio de placa em areia (Macacari, 2001). ................... 139 
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Figura 10.3 – Esquema básico de prova de carga direta sobre terreno de fundação (Profa. Deyse 
Macêdo). .......................................................................................................................................... 140 
Figura 10.4 – Prova de carga direta em placa sobre o terreno de fundação. .................................... 140 
Figura 10.5 – Prova de carga direta em placa sobre o terreno de fundação. .................................... 140 
Figura 10.6 – Prova de carga direta em placa sobre o terreno de fundação. .................................... 140 
Figura 10.7 – Prova de carga direta em placa sobre o terreno de fundação. .................................... 140 
Figura 10.8 – Macaco hidráulico para 100 toneladas. ..................................................................... 141 
Figura 10.9 – Macaco hidráulico para 800 toneladas. ..................................................................... 141 
Figura 10.10 – Bomba manual para acionamento de cilindro hidráulico. ....................................... 141 
Figura 10.11 – Bomba motorizada e macaco hidráulico. ................................................................ 141 
Figura 10.12 – Instalação de extensômetro para medidas de deslocamentos. ................................. 142 
Figura 10.13 – Macaco hidráulico e extensômetros para medidas de deslocamentos. .................... 142 
Figura 10.14 – Macaco hidráulico e extensômetros para medidas de deslocamentos. .................... 142 
Figura 10.15 – Prova de carga estática. ........................................................................................... 142 
Figura 10.16 – Sistema de prova de carga para 6.000 toneladas. .................................................... 142 
Figura 10.17 – Montagem de prova de carga à compressão. ........................................................... 142 
Figura 10.18 – Montagem de prova de carga à compressão com reação em tirantes de cordoalha. 143 
Figura 10.19 – Montagem de prova de carga à compressão com reação em estacas. ..................... 143 
Figura 10.20 – Macaco hidráulico e acessórios para prova de carga (http://anson.com.br). ........... 144 
Figura 10.21 – Perfuração da estaca para instalação de sensores (geodactha.com.br). ................... 145 
Figura 10.22 – Estaca perfurada para instalação de sensores (geodactha.com.br). ......................... 145 
Figura 10.23 – Estaca com sensores instalados (geodactha.com.br). .............................................. 145 
Figura 10.24 – Detalhe dos sensores (geodactha.com.br). ............................................................... 145 
Figura 10.25 – Sistema de aquisição de dados (geodactha.com.br). ............................................... 146 
Figura 10.26 – Sistema de aquisição de dados durante a execução do ensaio (geodactha.com.br). 146 
Figura 10.27 – Estaca preparada para execução do ensaio (concredol.com.br). ............................. 146 
Figura 10.28 – Detalhe dos sensores (dynamistechne.com). .......................................................... 146 
Figura 10.29 – Execução do ensaio (dynamistechne.com). ............................................................ 146 
Figura 10.30 – Execução do ensaio (indaiatubafacil.com.br). ........................................................ 146 
Figura 10.31 - (a) Medida simples da nega. (b) Medida da nega e do repique (Velloso e Lopes, 
2002). ............................................................................................................................................... 149 
Figura 10.32 - Planilha preenchida em campo e representação gráfica do diagrama de cravação 
(Vieira, 2006). .................................................................................................................................. 150 
 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
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APRESENTAÇÃO 
 
Estas Notas de Aulas foram organizadas para alunos de graduação em Engenharia Civil na 
disciplina Engenharia de Fundações com o objetivo de familiarizar os futuros Engenheiros com as 
fundações mais comumente utilizadas no Brasil. Este material pode também ser utilizado por 
qualquer Faculdade, desde que seja para fins educacionais, sem consulta prévia aos autores. 
O material que serviu de base para a elaboração deste material foi, dentre outros: 
a) Experiências dos professores Rideci Farias e Haroldo Paranhos na Área Geotécnica; 
b) Normas ABNT/ NBR; Normas ASTM; Normas DNIT; etc.; 
c) Livros, apostilas, notas de aulas, entre outros materiais diversos, tais como dos professores: 
Yopanan C. P. Rebello; Márcio M. Fabrício; João A. Rossignolo. 
d) “Sites” diversos consultados na “Internet”, tais como: 
http://www.radierprotendido.com.br/;http://www.estacasipr.com.br/produtos.php; 
http://www.benaton.com.br/html/estacas-benaton.htm; 
http://www.perfurac.com.br/reforcos-fundacoes-mega.htm; 
http://www.solotrat.com.br/; 
http://www.fundesp.com.br; 
http://www.brasfond.com.br; 
http://www.fxsondagens.com.br; 
http://www.tecgeo.com.br/; 
http://www.engeconfundacoes.com.br; 
http://www.franki.com.br; 
http://www.geofix.com.br; 
http://www.solossantini.com.br; 
http://www.geone2010.com.br/download/Palestra_GeoNE_2010.pdf; 
http://www.acharimoveis.com/blog_imobiliario/?m=201103; 
http://www.dicionariogeotecnico.com.br. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
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1.0. INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DAS 
SONDAGENS 
Para os projetos de engenharia, deve ser feito um reconhecimento dos solos envolvidos para sua 
identificação, avaliação de seu estado e, eventualmente, para amostragem visando à realização de 
ensaios especiais. Amostragem em taludes, abertura de poços e perfurações no subsolo são os 
procedimentos empregados com este propósito. 
1.1. SONDAGENS DE SIMPLES RECONHECIMENTO 
O método mais comum de reconhecimento do subsolo é a Sondagem de Simples Reconhecimento, 
que é objeto de uma norma Brasileira, a NBR – 6484. A sondagem consiste essencialmente em dois 
tipos de operação: perfuração e amostragem. 
1.1.1. Perfuração acima do nível d’água 
A perfuração do terreno é iniciada com trado tipo cavadeira, com 10 cm de diâmetro. Repetidas 
operações vão aprofundando o furo e o material recolhido vai sendo classificado quanto a sua 
composição. O esforço requerido para penetração do trado dá uma primeira indicação de 
consistência ou compacidade do solo, mas uma melhor informação sobre este aspecto será obtida 
com a amostragem (relatada adiante) que costuma ser feita de metro em metro de perfuração, ou 
sempre que ocorre mudança de material. 
Atingida certa profundidade, introduz-se um tubo de revestimento, com duas e meia polegadas de 
diâmetro, que é cravado com o martelo que será também usado para a amostragem. Por dentro desse 
tubo, a penetração progride com o trado espiral. 
1.1.2. Determinação do nível d’água 
A perfuração com o trado é mantida até ser atingido o nível d’água, ou seja, até que se perceba o 
surgimento de água no interior da perfuração ou no tubo de revestimento. Quando isto ocorre, 
registra-se a cota do nível d’água e interrompe-se a operação, aguardando-se para determinar se o 
nível se mantém na cota atingida ou se ele se eleva no tubo de revestimento. Se isto ocorrer, é 
indicação de que a água estava sob pressão. Aguarda-se o nível d’água ficar em equilíbrio e 
registra-se a nova cota. A diferença entre esta e a cota em que foi encontrada a água indica a pressão 
a que está submetido o lençol. 
Níveis d’água sob pressão são bastante comuns, principalmente em camadas de areias recobertas 
por argilas que são muitos menos permeáveis. A informação referente à pressão do lençol é bastante 
importante, pois estas pressões interferem, por exemplo, na estabilidade de escavações que se façam 
neste solo. 
Algumas vezes, ocorre mais do que um lençol d’água. São lençóis suspensos em camadas argilosas. 
Cada um destes lençóis deve ser detectado e registrado. A data em que foi determinado o lençol 
também deve ser anotada, pois o nível d’água, geralmente varia durante o ano. 
1.1.3. Perfuração abaixo do nível d’água 
Depois de atingido o nível d’água, a perfuração pode prosseguir com a técnica de circulação de 
água, também conhecida como percussão e lavagem. Uma bomba d’água motorizada injeta água na 
extremidade inferior do furo, através de uma haste de menor diâmetro, por dentro do tubo de 
revestimento. Na extremidade deste, existe um trépano com ponta afiada e com dois orifícios pelos 
quais a água sai com pressão (Figura 1.1 e Foto 1.1). 
A haste interna é repetidamente levantada e deixada cair de cerca de 30 cm. A sua queda é 
acompanhada de um movimento de rotação imprimido manualmente pelo operador. Estas ações 
provocam o destorroamento do solo no fundo da perfuração. Simultaneamente, a água injetada 
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pelos orifícios do trépano ajuda a desagregação e, ao retornar à superfície, pelo espaço entre a haste 
interna e o tubo de revestimento, transporta as partículas do solo que foram desagregadas. 
 
Figura 1.1 – Trépano de lavagem (NBR 6484 / 
2001). 
 
Foto 1.1 – Trépano de lavagem 
(http://www.contenco.com.br). 
 
 
De metro em metro, ou sempre que se detectar alteração do solo pelos detritos carreados pela água 
de circulação, a operação é suspensa e realiza-se uma amostragem. O material em suspensão trazido 
pela lavagem não permite boa classificação do solo, mas mudanças acentuadas do tipo de solo são 
detectáveis. A perfuração por lavagem é mais rápida do que pelo trado. Ela é geralmente empregada 
abaixo do nível d’água porque acima dele estaria alterando a umidade do solo e, conseqüentemente, 
as condições de amostragem. 
1.1.4. Amostragem de solos 
Para a amostragem, utiliza-se um amostrador padrão, que é constituído de um tubo com 50,8 mm 
(duas polegadas) de diâmetro externo e 34,9 mm de diâmetro interno, com a extremidade cortante 
biselada. A outra extremidade, que é fixada à haste que a leva até o fundo da perfuração, deve ter 
dois orifícios laterais para saída de água e ar, e uma válvula constituída por uma esfera de aço. A 
Figura 1.2 e Foto 1.2 e 1.3 ilustram o amostrador. 
 
 
Figura 1.2 - Dimensões do corpo do amostrador tipo raymond de 50,8 mm (NBR 6.484 / 2001). 
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Foto 1.2 - Amostrador-padrão de parede grossa “Raymond” (NBR 6.484 / 2001) – Fechado. 
 
 
Foto 1.3 - Amostrador-padrão de parede grossa “Raymond” (NBR 6.484 / 2001) – Aberto. 
 
O amostrador é conectado à haste e apoiado no fundo da perfuração. A seguir, é cravado pela ação 
de uma massa de ferro fundido (chamada martelo) de 65 kg. Para a cravação, o marteloé elevado a 
uma altura de 75 cm e deixado cair livremente. O alteamento do martelo é feito manualmente ou 
por meio de equipamento mecânico, através de uma corda flexível ou cabo de aço que passa por 
uma roldana existente na parte superior do tripé. A cravação do amostrador no solo é obtida por 
quedas sucessivas do martelo, até a penetração de 45 cm. Ver Figura 1.3. 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
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Roldana
Tripé
Peso de 65 kg
Corda ou cabo de aço
Sarilho
Operação Manual
ou Mecânica
Ressalto
Haste
Furo de 2 1/2"
Barrilete
A
ltu
ra
 
de
 
qu
ed
a 
=
 
75
 
cm
 
Figura 1.3 – Esquema de perfuração por percussão e amostragem. 
A mostra colhida é submetida a exame táctil-visual e suas características principais são anotadas. 
Estas amostras são, então, guardadas em recipientes impermeáveis para análises posteriores. 
1.1.5. Resistência à penetração - SPT 
Ainda que o exame da mostra possa fornecer uma indicação da consistência ou compacidade do 
solo, geralmente a informação referente ao estado do solo é considerada com base na resistência que 
ele oferece à penetração do amostrador. 
Durante a amostragem, são anotados os números de golpes do martelo necessários para cravar cada 
trecho de 15 cm do amostrador. Desprezam-se os dados referentes ao primeiro trecho de 15 cm e 
define-se resistência à penetração como sendo o número de golpes necessários para cravar 30 cm do 
amostrador, após aqueles primeiros 15 cm. 
A resistência à penetração é também referida como o número N do SPT ou, simplesmente, como 
SPT do solo, sendo o SPT as iniciais de “Standard Penetration Test”. 
Quando o solo é tão fraco que a aplicação do primeiro golpe do martelo leva a uma penetração 
superior a 45 cm, o resultado da cravação deve ser expresso pela relação deste golpe com a 
respectiva penetração. Por exemplo, 1/58. 
Em função da resistência à penetração, o estado do solo é classificado pela compacidade, quando 
areia ou silte arenoso, ou pela consistência, quando argila ou silte argiloso. Estas classificações são 
apresentadas na Tabela 1.1, de acordo com a norma NBR 6484/2001 e com a proposta original de 
Terzaghi. As diferenças decorrem do fato da energia de cravação do amostrador ser diferente no 
Brasil e nos Estados Unidos, em virtude, principalmente, da maneira diferente como o martelo é 
acionado. 
 
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Tabela 1.1 - Estados de compacidade e de consistência dos solos (NBR 6484 / 2001). 
 
 
Observação 1.1: Como forma de resumo, tem-se que a sondagem a percussão SPT é um 
procedimento geotécnico de campo, capaz de amostrar o subsolo. Quando associada ao ensaio de 
penetração dinâmica (SPT), mede a resistência do solo ao longo da profundidade perfurada de 
forma que ao se realizar uma sondagem pretende-se conhecer principalmente: 
a) o tipo de solo atravessado pela retirada de uma amostra deformada, a cada metro perfurado; 
b) a resistência (N) oferecida pelo solo à cravação do amostrador padrão, a cada metro perfurado; 
c) a posição do nível ou dos níveis d’água, quando encontrados durante a perfuração. 
Observação 1.2: São muitas as maneiras de se relacionar os números do SPT, obtidos na sondagem 
à percussão, com a resistência do solo. Uma maneira bastante rápida de se correlacionar esses 
valores é usando a fórmula empírica a seguir: 
 
1−= Nadmσ (kgf/cm2) 
Onde: 
admσ é a tensão admissível à compressão do solo, também denominada “taxa do solo”; e, 
N é o número de golpes para cravar os últimos 30 cm, ou SPT. 
 
Como exemplo, ao se ter o valor do SPT igual a 10 (N = 10), tem-se para a tensão admissível: 
1−= Nadmσ → 110 −=admσ 
2/)116,3( cmkgfadm −=σ → 2/16,2 cmkgfadm =σ ou 2/6,21 mtonadm =σ 
Observação 1.3: Outra forma bastante utilizada é dividir o valor do SPT por 3; 4 ou 5, dependendo 
se o solo for areia, silte ou argila, respectivamente, e assim tem-se a resistência do solo em kgf/cm2. 
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1.1.6. Apresentação dos resultados 
Os resultados são apresentados em perfis do subsolo, como se mostra nas Figura 1.4 e 1.5, onde são 
apresentadas as descrições de cada solo encontrado, as cotas correspondentes a cada camada, a 
posição do nível d’água (ou níveis d’água) a sua eventual pressão, a data em que foi determinado o 
nível d’água e os valores da resistência à penetração do amostrador. Quando não ocorre penetração 
de todo o amostrador, registra-se o SPT em forma de fração (por exemplo, 30/14, indicando que 
para 30 golpes houve penetração de 14 cm). 
Sondagens feitas com proximidade (por exemplo, a cada 20 m) permitem o traçado de seções do 
subsolo, que ligam as cotas de materiais semelhantes na hipótese de que as camadas sejam 
contínuas. 
1.1.7. Programação de sondagens 
A programação das sondagens, número, disposição e profundidade dos furos dependem do 
conhecimento prévio que se tenha da geologia local, do solo e da obra específica para a qual se está 
fazendo prospecção. Recomendações sobre a programação de sondagens são feitas na norma NBR 
8036/1983. 
Observação 1.4: Recomenda-se também, além das Normas NBR 6484/2001 e 8036/1983, a leitura 
das Normas NBR 6122/2010; NBR 9603/1986 e NBR 13441/1995. 
As Fotos 4.4 a 1.11 mostram execução de sondagens e as Figuras 1.4 e 1.5 mostram boletins 
resultantes da investigação. 
1.1.8. Principais Vantagens da Sondagem SPT 
a) Custo relativamente baixo; 
b) Facilidade de execução e possibilidade de trabalho em locais de difícil acesso; 
c) Permite descrever o subsolo em profundidade e a coleta de amostras; 
d) Fornece um índice de resistência à penetração correlacionável com a compacidade ou a 
consistência dos solos; 
e) Possibilita determinação do nível freático (com ressalvas). 
 
 
 
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Foto 1.4 – Execução de sondagem. Avanço por lavagem. 
 
 
Foto 1.5 – Execução de sondagem SPT. 
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Foto 1.6 – Material da lavagem do furo de 
sondagem. 
 
Foto 1.7 – Limpeza do furo de sondagem com 
o balde. 
 
Foto 1.8 - Limpeza do furo de sondagem com 
o balde. 
 
Foto 1.9 – Material da lavagem retirado do 
furo de sondagem. 
 
 
Foto 1.10 – Solo recuperado no amostrador da 
sondagem. 
 
Foto 1.11 – Solo recuperado no amostrador da 
sondagem. 
 
 
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Folha n.° 01
Altitude Latitude
Longitude
Nível do terreno 
Nível d'água (m) / Data da observacão
Inicial: 
Final: 
DATA INÍCIO: DATA TÉRMINO: 
5 10 15 20 25 30 35 40 45
1
8 5
2
Argila siltosa pouco 
arenosa
vermelha úmida Mole
2 2
3
Argila siltosa pouco 
arenosa
vermelha úmida Muito mole
2 2
4
Argila siltosa pouco 
arenosa
vermelha úmida Muito mole
2 2
5
Argila siltosa pouco 
arenosa
vermelha úmida Muito mole
2 2
6
Argila siltosa pouco 
arenosa
vermelha úmida Muito mole
2 2
7
Argila siltosa pouco 
arenosa
vermelha úmida Muito mole
2 2
8
Argila siltosa pouco 
arenosa
vermelha úmida Muito mole
2 2
9
Argila siltosa pouco 
arenosa
vermelha úmida Muito mole
2 2
10
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Muito mole
2 2
11
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Muito mole
2 2
12
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Muito mole
3 4
13
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
com pedregulho de 
fino a médio vermelha úmida Mole
4 4
14
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Mole
4 7
15
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Média(o)
10 16
16
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Rija(o)
21 38
17
Areia vermelha à variegada úmida Compacta(o)
41 48
18
Areia vermelha à variegada úmida
Muito 
Compacta(o)
54 58
19
Areia vermelha à variegada úmida
Muito 
Compacta(o)
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Amostrador: Ø Externo = 50,8 mm e Ø Interno = 34,9 mm
MÉTODO DE AVANÇO
TC - Trado Concha Rideci Farias, DSc.
TH - Trado Helicoidal Engenheiro Civil e Geotécnico
CA - Circulação de Água CREA 9736/D PA
N
A
 
n
ão
 
en
co
n
tr
ad
o
 
n
o
 
di
a 
5/
8/
20
11
(SPT)
30
cm
 
FI
N
A
IS
SPT- 01
Referência: P251-08
Engenheiro Civil e Geotécnico
CREA 9649/D DF
Consistência/ 
Compacidade
SI
M
BO
LO
G
IA
CLASSIFICAÇÃO DAS CAMADAS
PR
O
FU
ND
ID
AD
E 
(m
)
SONDADOR: Elias
W%
Revestimento: Ø Interno = 2 1/2" 
Camada Superficial - Argila siltosa vermelha
Glanulometria
Limite da sondagem = 18,45m (58 golpes / 30 cm) Areia vermelha à 
variegada, úmida, muito compacta.
Haroldo Paranhos, MSc.
Cor
4/8/2011
CLIENTE:
PENETRAÇÃO GRÁFICO
LOCAL:
ESCALA: 4/8/2011
NÍ
VE
L 
DO
 
LE
NÇ
O
L 
FR
EÁ
TI
CO
ÍNDICE DE RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO
30
cm
 
IN
IC
IA
IS
30cm INICIAIS
30cm FINAIS
NÚMERO DE GOLPES
 
 
 
Figura 1.4 - Perfil de uma sondagem realizada em Brasília/DF com N. A. não encontrado. 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. 
Engenharia de Fundações – 1º Semestre de 2018 21 
Folha n.° 01
Altitude Latitude
Longitude
Nível do terreno 
Nível d'água (m) / Data da observacão
Inicial: 
Final: 
DATA INÍCIO: DATA TÉRMINO: 
5 10 15 20 25 30 35 40 45
1
4 4
2
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenoso
vermelha úmida Mole
4 4
3
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Mole
4 4
4
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Mole
4 4
5
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Mole
5 6
6
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Média(o)
6 6
7
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Média(o)
6 7
8
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Média(o)
7 7
9
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Média(o)
6 7
10
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Média(o)
7 7
11
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Média(o)
6 6
12
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Média(o)
7 7
13
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Média(o)
7 8
14
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Média(o)
8 8
15
Argila pouco 
siltosa
pouco 
arenosa
vermelha úmida Média(o)
25 25
16
Silte argiloso pouco 
arenoso
variegado úmido Dura(o)
26 28
17
Silte argiloso pouco 
arenoso
variegado úmido Dura(o)
40 52
18
Silte argiloso pouco 
arenoso
variegado úmido Dura(o)
19
20
21
22
23
24
25
 
26
 
27
 
28
 
29
 
 
Amostrador: Ø Externo = 50,8 mm e Ø Interno = 34,9 mm
MÉTODO DE AVANÇO
TC - Trado Concha Rideci Farias, DSc.
TH - Trado Helicoidal Engenheiro Civil e Geotécnico
CA - Circulação de Água CREA 9736/D PA
N
A 
en
co
n
tr
ad
o
 
a 
13
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24
/0
1/
20
09
Limite da sondagem = 17,45 m (52 golpes / 30 cm)
CLIENTE:
PENETRAÇÃO GRÁFICO
LOCAL:
ESCALA: 23/1/2009
NÍ
VE
L 
DO 
LE
NÇ
O
L 
FR
EÁ
TI
CO
ÍNDICE DE RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO
30
c
m
 
IN
IC
IA
IS
SPT- 02
TC
30cm INICIAIS
30cm FINAIS
Consistência/ 
Compacidade
NÚMERO DE GOLPES
Haroldo Paranhos, MSc.
Cor W%
Revestimento: Ø Interno = 2 1/2" 
Camada Superficial - Argila vermelha, pouco siltosa, pouco arenosa.
30
c
m
 
FI
N
A
IS
-13,50m
-13,70m
23/1/2009 SONDADOR: Hildeman
Referência: P251-08
CLASSIFICAÇÃO DAS CAMADAS
Engenheiro Civil e Geotécnico
CREA 9649/D DF
PR
O
FU
ND
ID
A
DE
 
(m
)
SI
M
B
O
LO
G
IA
Glanulometria
(SPT)
 
 
 
Figura 1.5 - Perfil de uma sondagem realizada em Brasília/DF com N. A. encontrado. 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. 
Engenharia de Fundações – 1º Semestre de 2018 22 
1.2. Sondagem de Penetração Estática – “Cone Penetration Test” (CPT) - NBR 12069 
Esta sondagem recebe também o nome de sondagem com cone holandês, por ter sido criada, na 
década de trinta, no Laboratório de Mecânica dos Solos de Delf, na Holanda. O equipamento 
utilizado consta de hastes emendáveis que apresentam em sua ponta um cone com ângulo de 60º e 
uma área de 10 cm2. A penetração do cone é contínua, a uma velocidade de 2 cm/s. O esforço 
necessário para a penetração do cone no solo é registrado continuamente. Os valores registrados 
medem tanto a resistência de ponta (qc) como o atrito lateral. 
A grande vantagem deste tipo de sondagem, em relação à de percussão, é que os resultados são 
apresentados ao longo de toda a profundidade da sondagem, ininterruptamente, ao contrário da 
percussão que mede o número de golpes em 30 cm de cada metro. 
Os resultados obtidos na sondagem com cone recebem o nome de CPT (“Cone Penetration Test”). 
Nos equipamentos mais modernos, o cone é elétrico, permitindo que os resultados sejam registrados 
em um gráfico simultaneamente à realização da sondagem. 
Um dos problemas apresentados por este tipo de sondagem é a possibilidade de desvio do cone 
durante a penetração no solo. Por isso, a Norma Brasileira recomenda o uso de inclinômetro, 
aparelho que mede ângulos, para profundidades acima de 25 metros. Experiências têm mostrado 
que não são obtidos resultados satisfatórios quando a sondagem é realizada em argilas muito moles. 
No Brasil, essa modalidade de sondagem ainda não é muito comum, mas vem se desenvolvendo 
bastante e não é de duvidar que, em um futuro próximo, substitua a sondagem à percussão. 
As Figuras 1.6 a 1.11 mostram o ensaio e tipos de penetrômetros. Já as Fotos 1.12 a 1.16 mostram o 
cone, bem como a montagem para execução do ensaio. 
 
 
Figura 1.6 – Ensaio CPT (a) princípio de funcionamento e (b) vista de um equipamento 
(desenvolvido pela COPPE / UFRJ com a GROM – Automação e Sensores) 
 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. 
Engenharia de Fundações – 1º Semestre de 2018 23 
 
Figura 1.7 – Penetrômetros para CPT (a) Delft, (b) Begemann, (c) cone elétrico (FUGRO, tipo 
subtração) e (d) piezocone (COPPE / UFRJ, modelo 2), estando indicados: (1) luva de atrito; (2) 
anel de vedação de solo; (3) anel de vedação de água; (4) célula de carga total; (5) célula de carga 
de ponta; (8) transdutor (medidor) de poro-pressão; (9) elemento poroso. 
 
 
 
Figura 1.8 – Ponteira mecânica (Begemann) com luva de atrito lateral (dimensões em mm). 
 
 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. 
Engenharia de Fundações – 1º Semestre de 2018 24 
 
Figura 1.9 – Resumo de execução da sondagem CPT (Pini). 
 
 
A Figura 1.10 mostra um perfil típico do ensaio CPTu. 
 
 Figura 1.10 – Perfil típico de um ensaio CPTu. 
 
 
 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. 
Engenharia de Fundações – 1º Semestre de 2018 25 
 
Figura 1.11 – Esquemático da execução do 
ensaio CPT. 
 
Foto 1.12 – Cone instrumentado para CPT 
(CPTU = Piezocone = CPT + poro-pressão). 
 
Foto 1.13 – Cone instrumentado para CPT 
(CPTU = Piezocone = CPT + poro-pressão). 
 
 
Foto 1.14 – Ponteira cônica do cone CPT. 
 
Foto 1.15 – Caminhão dotado para execução de 
ensaio CPT (CPTU = Piezocone = CPT + poro-
pressão). 
 
Foto 1.16 – Maquinário em esteira dotado para 
execução de ensaio CPT (CPTU = Piezocone = 
CPT + poro-pressão). 
Rideci Farias. Haroldo Paranhos. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. Engenheiro Civil e Geotécnico, M. Sc. 
CREA/ PA 9736 – D. CREA/DF 9649 – D. 
Engenharia de Fundações – 1º Semestre de 2018 26 
1.2.1. Relação entre os resultados do CPT e SPT 
Na sondagem, se a opção for pelo CPT, deve-se fazer a conversão para o SPT, para se determinar a 
resistência do solo usando as fórmulas e tabelas usuais. 
A Tabela 1.2, proposta por Danzinger e Velloso, fornece os valores de k que relaciona o número de 
golpes do SPT à resistência de ponta (qc) fornecida pela sondagem CPT. 
Para se fazer a transposição dos valores de qc para N, usa-se a seguinte relação: 
k
qN c= 
Observar que para entrar nessa relação o valor de qc deverá ser expresso em MPa (Mega Pascal). 
 
Tabela 1.2 – Valores sugeridos de k

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