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MÓDULO 04 A CIBERCULTURA E A ARTE

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Texto 07 – O que é a Ciberarte?
          Texto 07 – O que é a Ciberarte?
            Para começar é fundamental compreende no que consiste o termo Ciberarte ou Arte Eletrônica. A palavra deriva do inglês cyber (não há tradução para o português) e remete à tecnologia digital. A Ciberarte abrange então diferentes formas de fazer arte a partir da recombinação dos processos de criação artísticos pré-existentes, aglutinados a outros a partir da relação interativa do artista com as ferramentas de alta tecnologia que visam trazer ao mundo real ideias que sem a tecnologia só existiriam no mundo imaginário. Os exemplos mais importantes de Ciberarte são: a vídeo-arte, a tecno-body-art (Stelarc, Orlan), o multimídia (CD-Rom), a robótica e esculturas virtuais, a arte halográfica, a realidade virtual entre outras.
        As experimentações com a arte em rede eletrônica começaram a partir dos anos de 1970 com a intenção de gerar processos interativos em rede. O importante nas propostas deste momento era o processo de criação coletivo independente do produto final concebido, ou seja, a possibilidade de desenvolver processos de comunicação "todos-todos”.
Figura 1https://digartdigmedia.wordpress.com/2015/04/03/o-uso-de-satelites-por-douglas-davis/
                Douglas Davis é considerado um dos pioneiros da arte eletrônica em rede e em 1976, criou a performance "Seven Thoughts" utilizando satélites e em 1977, o projeto "Sattelite Ars Project" que consiste na primeira transmissão televisiva de perfomances executada por meio de satélites internacionais.  Neste mesmo ano Paik, Beuys e Davois apresentaram a "Performance Television" via satélite, no Documenta VI em Kassel, Alemanha. Em todas essas performances são enfatizadas a utilização do novo espaço eletrônico, do tempo real e da interatividade.
Figura 2 – Hole in Space. Disponivel em:  http://media.rhizome.org/blog/2241/his_windows.jpg
            Em 1980, Galloway e Rabinowitz criam "Hole in Space" interligando Los Angeles e Nova York por satélites através de uma vitrine com monitores e câmeras para transmitir as imagens de uma cidade para a outra. Esta exploração eletrônica de um espaço comum foi considerada por especialistas como a primeira metáfora artística do ciberespaço. Neste mesmoano também foi criada a ARTEX uma das primeiras redes eletrônicas internacionais de artistas que permitia vários eventos telemáticos centrados basicamente em textos desenvolvendo construções coletivas.
           Em 1986, a WELL lança o "ArtCom Eletronic Network", um sistema de conferências (informações, programas, etc.) que incluíam escritores, intelectuais e artistas o objetivo era proporcionar que a arte explorasse o potencial do ciberespaço.
 
 
          A música eletrônica também possui exemplos marcantes da ciberarte, conhecida hoje como música "tecno" e o movimento dos "zippies" e "ravers" , que eclodiram na Inglaterra, na década de 80 e que mostrava a fusão de uma música futurista, minimalista e rítmica com os impulsos tribais contemporâneos.
Para saber Mais:
A arte eletrônica é uma "forma simbólica” em que os artistas utilizam as novas tecnologias de forma crítica e lúdica, com o intuito de multiplicar suas possibilidades estéticas. Os artistas exploram textos, sons, imagens fixas e em movimento, o ciberespaço, a instantaneidade e a interatividade, quebrando a fronteira entre produtor, consumidor e editor.
 
Texto 08 -  A arte tecnológica e suas representações
              Para começar vale retomar o conceito de Tecnologia que resulta da união dos vocábulos latinos “techné” (técnica) e “logia” (estudo).  O uso da tecnologia está presente desde a pré-história quando o homem produzia artefatos para caçar, pescar, ou seja, criava ferramentas que facilitassem sua vida.
           A partir da Revolução Industrial, a tecnologia evoluiu num ritmo nunca antes imaginado o que causou grandes transformações econômicas e sociais em todo mundo. Outro fato marcante em relação à tecnologia ocorreu em meados do século XX com o crescimento das Tecnologias de Informação e Comunicação. Atualmente vivemos em plena revolução digital na qual as Novas Tecnologias de Informação e comunicação estão transformando o modo de viver e de se relacionar por exemplo, com o aparecimento da internet, surgiram novos formatos de divulgação de informações. Os veículos de comunicação migraram para este novo meio, criando espaços de interação com seus públicos. Grandes portais oferecem a cada dia mais serviços aos seus usuários.
               Se retomarmos os fatos históricos temos uma publicação do jornal inglês London Times, de 1944, que tratava sobre equipamentos inteligentes que poderiam substituir o esforço humano de fazer cálculos. Era o ENIAC (Eletronic Numeral Integrator and Calculator) que pesava 28 toneladas, ocupava 167m2.  Já em 1950, surgia a IBM, a maior produtora de computadores do mundo e no final da década 50, surgiu a ArphaNet  com o objetivo de manter as  telecomunicações em caso de Guerra Nuclear. Era a percursora da  Internet.  Em 1989 é criada a World Wide Web.
                 Vale destacar que no Brasil a história da Internet começa em 1991 com uma operação acadêmica subordinada ao Ministério de Ciência e Tecnologia e 1995 começa a ser explorada de forma comercial.
                 Imersos em todo este contexto os artistas também começaram a se interessar em ampliar as formas já conhecidas e praticadas pelos vanguardistas, utilizando agora as novas possibilidades tecnológicas ao que se deu o nome de arte tecnológica.
                A arte tecnológica, então, é aquela que envolve todas as produções artísticas que usam as novas tecnologias como meios para sua criação e desenvolvimento como a videoarte, a arte digital, web arte, instalações, performances, realidades virtuais, dispositivos interativos etc.
               A Arte digital denomina as imagens criadas diretamente no computador através de softwares específicos, ou imagens capturadas por dispositivos digitais, como máquinas fotográficas e filmadoras digitais, scanners, entre outros e editadas no computador.
             Já a Web arte são obras criadas especificamente para circular na internet utilizando-se de  botões e barras de navegação, links, imagens e sons, e que proporciona ao público navegar e interagir.
                    A Vídeoarte tem o vídeo como seu elemento principal. As imagens são digitalmente tratadas, possibilitando ao artista explorar efeitos - cor, forma, luminosidade, tamanho, assim como recursos de edição, entre outros.
 
                 Tem-se ainda as Instalações que são obras montadas com materiais diversos, recursos digitais como computadores, sensores, luzes, entre outros, que permitem que o público interaja com a obra
 
                  Já as Performances são apresentações visuais, que podem também utilizar recursos do teatro, dança, música, poesia, e no caso da arte tecnológica, envolver a tecnologia  projeção de imagens, vídeos, robôs, entre outros.
                   Por fim tem-se a Realidade virtual que são ambientes gerados por computador em que imagens 3D e sons articulam-se. O público pode interagir via mouse/controle, luvas ou capacetes com sensores.
LEMOS, André. Cibercultura. Tecnologia e vida social na cultura contemporânea, Porto Alegre. Sulinas, 2ª ed. 2004. 295 p.
LEVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34. Tradução de Carlos Irineu da Costa: 1999. 264 p.
______________. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34. Tradução de Paulo Neves, 1996. 160 p.
______________. As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34. Tradução de Carlos Irineu da Costa. 1993. 208 p.
______________. A inteligência coletiva. São Paulo: Edições Loyola, 1998.p.212.
 
SANTAELLA, Lúcia. Cultura e artes do pós-humano – Da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003. 357p.

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