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Empresarial II

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BREVE INTRODUÇÃO – PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Teoria de Malthos: a população cresce em escala geométrica e a economia cresce em escala aritmética. Isso levaria a uma separação a um nível de exigência e um nível de produção que chegasse ao aumento da mortalidade.
É fácil visualizar que as demandas humanas sempre serão tendentes ao limitado. A nossa sociedade em um determinado momento teve acesso a uma tecnologia, que hoje já não mais tem interesse na tecnologia anterior. Há uma tendência a sempre querer algo a mais.
A terra não comporta toda essa população. Os recursos se esgotam.
Proteção de Patentes: incentivo a criação humana.
A Constituição adota um modelo econômico capitalista não é um modelo econômico capitalista puro, pois ele deve ser compatibilizado com outros valores constitucionais, com o valor social do trabalho.
O Modelo econômico da Constituição da República de 1988
Foi proposital manter a valorização do trabalho humano à frente da livre iniciativa. 
Princípio da Justiça Social – O princípio irá obrigar a repartição dos proveitos e das vantagens da atividade econômica. Não poderá existir só proveitos para o empresário. Repartir o proveito naquele resultado econômico. Possibilidade de intervenção para a participação nos lucros.
Se o capitalismo atuar, como deveria, ele estaria apenas voltado ao benefício do empresário. 
Princípio da soberania nacional – Eu, Estado, devo fomentar um modelo de desenvolvimento que incentive a formação do mercado interno e reduza a dependência desses mercados centrais.
A ideia de um princípio da soberania econômica nacional, é evitar a dependência econômica para com os países centrais.
Função Social da propriedade e propriedade privada: Eu devo fazer com que aqueles bens gerem recursos em prol da coletividade. A ideia é que ali ocorre a função social ativa.
Busca do pleno emprego: Trata-se do pleno emprego dos bens: dos recursos naturais e humanos que existem para a ordem econômica. É a ideia de pleno emprego dos recursos.A perspectiva de um pleno emprego, traduz que você não deve adotar políticas recessivas, que gere desemprego. Toda política econômica que fosse recessiva, seria inconstitucional.
E) Defesa do meio ambiente: Você pode produzir, desde que respeite as normas de sustentabilidade, a fim de garantir que não esgote os recursos naturais
Proteção do consumidor: nas relações de consumo, que são econômicas. Eles possuem toda uma qualidade de produtos que deve ser respeitada pelo produtor. De alguma maneira, limita a atividade do fornecer.
Livre iniciativa - Qualquer pessoa pode realizar qualquer atividade econômica.E ai, é ampla ou restrita? No parágrafo único, há um limite a essa liberdade. É possível que se limite essa liberdade de iniciativa, quando isso interferir em outro direito da ordem econômica.
Livre concorrência: O mercado é aberto. É um princípio que complementa a livre iniciativa. Por isso, o sistema capitalista precisa de uma dose de livre concorrência.
Esse jogo entre consumidor e produtor, há um benefício do consumidor. Não se pode criar reserva de mercado. Se for livre a abertura de empresas, isso não pode ser restringido.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
NATUREZA JURÍDICA: Há três correntes acerca da natureza jurídica da propriedade industrial:
A. Direito pessoal: equivale aos direitos da personalidade (não prevalece).
B. Bem imaterial: traz características patrimoniais (majoritária).
C. Dualista: une as duas anteriores, trazendo características pessoais e patrimoniais (contemporânea).
Art. 5º Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade industrial”.
Veremos que a proteção se dá por prazo determinado e que, cessado o prazo o “invento” cai em domínio público.
PATENTE: É um documento que retrata uma exploração exclusiva de alguém, concedida pelo Estado por intermédio do INPI.
INVENÇÃO: Pode-se dizer que a invenção é produto da inteligência humana que objetiva criar bens até então desconhecidos, para aplicação industrial
MODELO DE UTILIDADE:É o objeto de uso prático ou parte dele, suscetível de aplicação industrial que apresente nova forma, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria no seu uso ou em sua fabricação.
PRAZOS DA PATENTE
a) Invenção: é protegida pela patente, por um prazo de 20 anos, a partir do depósito.
b) Modelo de Utilidade: é protegido pela patente, por um prazo de 15 anos, a partir do depósito. O prazo da patente, diferentemente do registro, não se prorroga.
REQUISITOS (NOVIDADE, ATIVIDADE INVENTIVA E INDUSTRIABILIDADE):
Licitude: ou desimpedimento como preferem alguns autores. Confira o que estabelecem os artigos 10 e 18 da Lei n. 9.279/1996:
Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;
II - concepções puramente abstratas;
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética;
V - programas de computador em si;
VI - apresentação de informações;
VII - regras de jogo;
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.
Art. 18. Não são patenteáveis:
I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à
saúde públicas;
II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico; e
III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais.
Novidade: O Brasil adota a novidade relativa. Para alguns, mesmo em se tratando de vazamento, não deixaria de ser absoluta.
O vazamento é chamado de estado da técnica. Novo é aquilo que não está compreendido no estado da técnica quando do depósito da patente. Ou seja, não pode ser de conhecimento do público antes da data do depósito do pedido da patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior. Contudo, há exceções. Não se compreende no estado da
técnica:
1) Houve o vazamento. O solicitante tem até 12 meses para pedir a patente sem que ofenda a novidade.
2) Houve o pedido de patente na Bélgica. Após, tem-se o vazamento. Nesse ínterim, um terceiro pede a patente a patente no Brasil. Em até 12 meses quem pediu a patente na Bélgica pode ir ao INPI e impugnar.
Confira o que estabelecem os artigos 12 e 16 da Lei n. 9.279/1996:
Art. 12. Não será considerada como estado da técnica a divulgação de invenção ou modelo de utilidade, quando ocorrida durante os 12 (doze) meses que precederem a data de depósito ou a da prioridade do pedido de patente, se promovida:
I - pelo inventor;
II - pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, através de publicação oficial do pedido de patente depositado sem o consentimento do inventor, baseado em informações deste obtidas ou em decorrência de atos por ele realizados; 
III - por terceiros, com base em informações obtidas direta ou indiretamente do inventor ou em decorrência de atos por este realizados.
Parágrafo único. O INPI poderá exigir do inventor declaração relativa à divulgação, acompanhada ou não de provas, nas condições estabelecidas em
Regulamento.
Art. 16. Ao pedido de patente depositado em país que mantenha acordo com o
Brasil, ou em organização internacional, que produza efeito de depósito nacional, será assegurado direito de prioridade, nos prazos estabelecidos no acordo, não sendo o depósito invalidado nem prejudicado por fatos ocorridos nesses prazos.
§ 1º A reivindicação de prioridade será feita no ato de depósito, podendo ser suplementada dentro de 60 (sessenta) dias por outras prioridades anteriores à data do depósito no Brasil.
§ 2º A reivindicação de prioridade será comprovada por documento hábil da origem, contendo número, data, título, relatório descritivo e, se for o caso, reivindicações e desenhos, acompanhado de tradução simples da certidão de depósito ou documento equivalente, contendo dados identificadores do pedido, cujo teor será de inteira responsabilidade do depositante.
§ 3º Se não efetuada por ocasião do depósito, a comprovação deverá ocorrer em até 180 (cento e oitenta) dias contados do depósito.
§ 4º Para os pedidos internacionais depositados em virtude de tratado em vigor no Brasil, a tradução prevista no § 2º deverá ser apresentada no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data da entrada no processamento nacional.
Industriabilidade: ocorre quando a invenção ou o modelo de utilidade são suscetíveis de aplicação industrial. Por exemplo, o motor de um carro que só funciona com um combustível que não existe na face da Terra não pode ser considerado invenção, pois falta-lhe o requisito da aplicação industrial.
Originalidade: é algo original para o técnico. 
Art. 13. A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica.
Art. 14. O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica.
CESSÃO DA PATENTE E/OU PEDIDO DA PATENTE
· Por ato inter vivos;
· Por sucessão;
· Total ou Parcial.
LICENÇA VOLUNTÁRIA
O titular de patente ou o depositante poderá celebrar contrato de licença para exploração. O licenciado poderá ser investido pelo titular de todos os poderes para agir em defesa da patente. O aperfeiçoamento introduzido em patente licenciada pertence a quem o fizer, sendo assegurado à outra parte contratante o direito de preferência para seu licenciamento. A licença não transfere a propriedade (titularidade), mas transfere a exploração da patente.
LICENÇA COMPULSÓRIA
Poderá ser concedida, de ofício, licença compulsória, temporária e não exclusiva, para a exploração da patente, sem prejuízo dos direitos do respectivo titular. Ocorre quando o titular utiliza a patente com abuso do direito, sem beneficiar a sociedade, em caso de emergência nacional ou interesse público.
ATENÇÃO:
· Não há exclusividade.
· Não há sublicenciamento.
PATENTE LIGADA A VÍNCULOS TRABALHISTAS
Invento de serviço/de empresa (art. 88): Determinada empresa contrata um funcionário para criar algo. A patente é do empregador.
 Art. 88. A invenção e o modelo de utilidade pertencem exclusivamente ao empregador quando decorrerem de contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos serviços para os quais foi o empregado contratado. 
§ 1º Salvo expressa disposição contratual em contrário, a retribuição pelo trabalho a que se refere este artigo limita-se ao salário ajustado.
§ 2º Salvo prova em contrário, consideram-se desenvolvidos na vigência do contrato a invenção ou o modelo de utilidade, cuja patente seja requerida pelo empregado até 1 (um) ano após a extinção do vínculo empregatício
b) Invento livre/do empregado (art. 90): por exemplo, o empregado, na sua casa, sem qualquer vínculo com seu empregador, cria uma invenção. A patente é do empregado.
Art. 90. Pertencerá exclusivamente ao empregado a invenção ou o modelo de utilidade por ele desenvolvido, desde que desvinculado do contrato de trabalho e não decorrente da utilização de recursos, meios, dados, materiais, instalações ou equipamentos do empregador.
Invento comum/misto/conexo (art. 88, §§ 1.° e 2.°): por exemplo, “A” é contratado por uma indústria de engenharia, mas trabalha na área administrativa. “A” inventa algo utilizando recursos da indústria. A titularidade da patente é do empregador, mas o recurso da exploração é dividido entre o empregado e o empregador.
E quando o servidor inventa algo? Premiação de parcela do valor das vantagens auferidas pelo órgão ou entidade com a exploração da patente ou do registro.
EXTINÇÃO DA PATENTES
Prazo: como visto anteriormente, com o fim do prazo, que é MPRORROGÁVEL, o bem cai em domínio público.
Renúncia expressa do titular: é possível a renúncia, ressalvados os direitos de terceiro, como por exemplo, não se pode renunciar patente licenciada, pois prejudicará direito.
Caducidade: ocorre pelo não uso.
Falta de retribuição anual: a falta de pagamento implica na perda da patente, consoante estabelece o artigo 86 da Lei n. 9.279/1996:
“Art. 86. A falta de pagamento da retribuição anual, nos termos dos arts.84 e 85, acarretará o arquivamento do pedido ou a extinção da patente”.
Ausência de procurador no Brasil: “Art. 217. A pessoa domiciliada no exterior deverá constituir e manter procurador devidamente qualificado e domiciliado no País, com poderes para representá-la administrativa e judicialmente, inclusive para receber citações”.
Nulidade de concessão da patente: a análise é realizada perante a Justiça Federal. 
Confira o que estabelecem os artigos da Lei n. 9.279/1996:
Art. 46. É nula a patente concedida contrariando as disposições desta Lei.
Art. 47. A nulidade poderá não incidir sobre todas as reivindicações, sendo condição para a nulidade parcial o fato de as reivindicações subsistentes constituírem matéria patenteável por si mesmas.
Art. 48. A nulidade da patente produzirá efeitos a partir da data do depósito do
Pedido (efeitos retroativos).
Pode ser instaurada de Ofício. Cabe pedido administrativo e judicial. 
MARCAS
Segundo um conceito informal, marca é um sinal visual que identifica um produto ou um serviço.
Quanto à licitude:
Art. 124. Não são registráveis como marca:
I - brasão, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e monumento oficiais, públicos, nacionais, estrangeiros ou internacionais, bem como a respectiva designação, figura ou imitação;
II - letra, algarismo e data, isoladamente, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva;
III - expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou idéia e sentimento dignos de respeito e veneração;
IV - designação ou sigla de entidade ou órgão público, quando não requerido o registro pela própria entidade ou órgão público;
V - reprodução ou imitação de elemento característico ou diferenciador de título de estabelecimento ou nome de empresa de terceiros, suscetível de causar confusão ou associação com estes sinais distintivos;
VI - sinal de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmente descritivo, quando tiver relação com o produto ou serviço a distinguir, ou aquele empregado comumente para designar uma característica do produto ou serviço, quanto à natureza, nacionalidade, peso, valor, qualidade e época de produção ou de prestação do serviço, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva;
VII - sinal ou expressão empregada apenas como meio de propaganda;
VIII - cores e suas denominações, salvo se dispostas ou combinadas de modo peculiar e distintivo;
IX - indicação geográfica, sua imitação suscetível de causar confusão ou sinal que possa falsamente induzir indicação geográfica;
X - sinal que induza a falsa indicação quanto à origem, procedência, natureza, qualidade ou utilidade do produto ou serviço a que a marca se destina;
XI - reprodução ou imitação de cunho oficial, regularmente adotada para garantia de padrão de qualquer gênero ou natureza;
XII - reprodução ou imitação de sinal que tenha sido registrado como marca coletiva ou de certificação por terceiro, observado o disposto no art. 154;
XIII - nome, prêmio ou símbolo de evento esportivo, artístico, cultural, social, político, econômico ou técnico, oficial ou oficialmente reconhecido, bem como a imitação suscetível de criar confusão, salvo quando autorizados pela autoridade competente ou entidade promotora do evento;
XIV - reprodução ou imitação de título, apólice, moeda e cédula da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios, ou de país;
XV - nome civil ou sua assinatura, nome de família ou patronímico e imagem de terceiros, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores;
XVI - pseudônimo ou apelido notoriamente conhecidos, nome artístico singular ou coletivo, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores;
XVII - obra literária, artística ou científica, assim como os títulos que estejam protegidos pelo direito autoral e sejam suscetíveis de causar confusão ou associação, salvo com consentimento do autor ou titular;
XVIII - termo técnico usado na indústria, na ciência e na arte, que tenha relação com o produto ou serviço a distinguir;
XIX - reprodução ou imitação, no todo ou em parte, ainda que com acréscimo, de marca alheia registrada, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com marca alheia;
XX - dualidade de marcas de um só titular para o mesmo produto ou serviço, salvo quando, no caso de marcas de mesma natureza, se revestirem de suficiente forma distintiva;
XXI - a forma necessária, comum ou vulgar do produto ou de acondicionamento, ou, ainda, aquela que não possa ser dissociada de efeito técnico; XXII - objeto que estiver protegido por registro de desenho industrial de terceiro; e
XXIII - sinal que imite ou reproduza, no todo ou em parte, marca que o requerente evidentemente não poderia desconhecer em razão de sua atividade, cujo titular seja sediado ou domiciliado em território nacional ou em país com o qual o Brasil mantenha acordo ou que assegure reciprocidade de tratamento, se a marca se destinar a distinguir produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com aquela marca alheia.
Natureza jurídica da marca
A marca é um bem imaterial, assim como os bens da propriedade industrial.
É um direito de propriedade incorpóreo.
Funções da marca
 Função diferenciadora: a marca diferencia produtos ou serviços;
 Identificação: é possível identificar o produto que se gosta quando se observa a marca;
 Qualidade – “origem não enganosa”: é possível ter ciência de onde a marca veio e observar se o valor corresponde ao produto ou serviço prestado;
 Publicitária: a publicidade pode levar a uma marca de alto renome ou como uma marca notoriamente reconhecida.
Legitimados: A marca, assim como o desenho industrial, é protegida por um registro e não por uma patente.
Classificação/Espécie/Tipos de marca:
Marca de produto ou serviço: é o sinal visual que serve para identificar o produto ou serviço prestado.
Exemplo: “M” de McDonald’s, a vírgula da Nike, a Asa do Emporio Armani, o Itaú com i e o pingo.
 
Marca de certificação: é o sinal visual que identifica a aprovação em testes, o cumprimento de etapas de segurança, por exemplo.
Exemplo₁: Inmetro – significa que o produto passou por testes, serviços adequados, programações.
 
Marca coletiva: é um sinal visual que identifica um produto ou serviço em conjunto.
 
Características
Nominativa/verbal: é quando se tem escrito.
Exemplo: Nike, Emporio Armani, Puma, Adidas, Bradesco.
 Figurativa: é quando, por exemplo, visualiza-se a vírgula da Nike, a asa do Emporio Armani, o cavalo da Ferrari.
 
 Mista: é quando há, por exemplo, em uma camiseta a escrita Nike e mais a vírgula ou a asa do Emporio Armani e seu nome acima. Ou seja, junta-se a escrita com a figura.
 
 Tridimensional: também é uma forma.
Exemplo₁: Ao tomar uma Coca-Cola em uma garrafinha de vidro é possível perceber a diferença de quando se bebe uma garrafa de guaraná, vez que a garrafa da Coca-Cola é cheia de ondinhas, enquanto que a garrafa da Fanta é cheia de pontinhos. Língua de Gato; Toblerone.
Singular/específica: é quando a marca representa especificadamente um produto ou serviço.
Exemplo: o triângulo do chocolate Toblerone – a marca possui vários chocolates, mas utiliza o triângulo apenas para um deles.
 Geral/genérica: representa uma séria de serviços ou produtos.
Exemplo₁: o “i” do Itaú que pode representar uma conta corrente, uma aplicação, uma conta poupança ou cartão.
Marca de Alto Renome: O princípio da especificidade/especialidade determina que a marca registrada no INPI ganhará exclusividade no seu ramo de atividade. Nos casos de marca de alto renome, a proteção possui vinculação ao ramo de atividade/ramos. Necessita de registro no Brasil.
Marca Notória: A marca notória é uma exceção ao princípio da territorialidade, vez que se ganha proteção além do território nacional. Há proteção contra todos os ramos que porventura vierem a ser criados. 
Direitos decorrentes: O período de proteção/exclusividade nacional da marca será de 10 anos, prorrogáveis por igual período, sem limitações. É possível realizar a cessão da marca, como ocorre com os outros bens de propriedade industrial.
O licenciamento é algo absolutamente normal na franquia, sendo um dos contratos a ela anexos. A franquia é quando um empresário cede a outrem a possibilidade de explorar a sua marca, seu produto, seu serviço.
O McDonald’s, por exemplo, realiza a franquia voluntariamente a diversos estabelecimentos.
Logo, o contrato de licença voluntária pode ser realizado com diversas pessoas e não apenas com uma, ou seja, diversas pessoas podem explorar a marca.
A única observação a ser feita, é que não é possível licenciar marca coletiva ou marca de certificação, por motivos óbvios da sua própria conceituação.
A renovação deve ser requerida no último ano de vigência do registro com o pagamento de determinado valor. Caso a renovação não seja realizada, poderá realizar dentro de 6 meses, desde que efetue o pagamento de um adicional.
Caso a renovação não seja efetuada, a proteção será perdida, caindo em domínio público.
EXTINÇÃO DA MARCA: 
1) Prazo
São as hipóteses em que a renovação não é efetuada, como visto acima.
2) Renúncia: Atenção! Quando se tem um vínculo com terceiro não se pode sair renunciando, é necessário que haja autorização.
3) Extinção da pessoa jurídica
Com a extinção da pessoa jurídica que a criou acabar, a marca acabará também.
Atenção! Esse ponto não está presente nas outras extinções.
4) Caducidade
É a ausência do uso decorridos 5 (cinco) anos da sua concessão e extingue o registro da marca.
Observações finais
Se alguém utilizar uma marca sem autorização, poderá a pessoa prejudicada pleitear ressarcimento pelos prejuízos sofridos, sendo que tal direito prescreve em 5 anos.
STJ – Súmula 143: “Prescreve em cinco anos a ação de perdas e danos pelo uso de marca comercial”.
Esse prazo também vale para os demais. Lembrando que a ação pode ser requerida pela pessoa jurídica, com o benefício da assistência gratuita: Súmula 481, STJ
(SÚMULA) Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.
A simples contrafação (Falsificação) gera direito a dano material? SIM
E o dano moral? Segundo a jurisprudência, a indenização por dano moral é devido, em razão da vulgarização
de marca alheia.
Prazo prescricional: 5 anos;
Competência: Justiça Federal;
Intervenção do INPI;
Direito de zelar pela reputação/integridade da marca
Como vimos, o procedimento do INPI realiza com o depósito e o requerimento de proteção da marca, sendo que o registro é realizado somente posteriormente depois do procedimento administrativo.
Com o certificado de registro adquire-se a proteção.
Atuação de Ofício pelo INPI: SÚMULA 473 do STF
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

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