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NOME EMPRERIAL O nome empresarial tem a função de identificar o empresário perante o mercado consumidor e diferenciá-lo de seus concorrentes. De acordo com o art. 34 da lei 8.934/94, o nome empresarial é regido por dois princípios: a) Princípio da Veracidade: Sob a ótica deste princípio, o nome empresarial tem que ser compatível com: a.1) a atividade exercida — Não é possível ter um bar chamado Escolinha Raio de Sol, pois através desse nome não é possível identificar corretamente a atividade desenvolvida; a.2) o quadro social — Não é possível ostentar no nome empresarial o nome de sócio que não faça parte do quadro social. b) Princípio da Novidade: Por este princípio o nome empresarial tem que se diferenciar de qualquer outro existente, tem que ser inédito. O nome empresarial é um dos elementos do estabelecimento. O caput do art. 1.164 veda expressamente a alienação do nome empresarial. Isso acontece porque pode haver o nome civil dos sócios na formação do nome empresarial, e o nome civil, como direito da personalidade, é inalienável. Não existe um registro próprio para o nome empresarial. O nome consta dos atos constitutivos, e estes é que são levados ao registro. A proteção ao nome empresarial decorre da inscrição dos atos constitutivos no registro competente, conforme leciona o caput do art. 1.166 do CC. Sendo assim, a proteção ao nome empresarial se dá em âmbito estadual. Entretanto, é possível requerer proteção em todo o território nacional se houver registro na forma de lei especial. Caso alguém se sinta prejudicado pelo uso de algum nome empresarial, poderá pleitear sua anulação a qualquer tempo. Destaque-se que o uso indevido do nome configura crime de concorrência desleal, previsto no art. 195, V da lei n. 9.279/96. Espécies de nome empresarial Nome empresarial é gênero, do qual são espécies a firma e a denominação. A firma tem por base o nome civil, e geralmente é usada por sociedades que tem sócios com responsabilidade ilimitada. Na firma o objeto (ramo de atividade) é de uso facultativo. Já a denominação tem como elemento obrigatório o objeto (ramo de atividade), mas há a possibilidade de se incluir o nome dos sócios. Geralmente, as sociedades que adotam denominação têm sócios de responsabilidade limitada. Na denominação é possível inserir o elemento fantasia (nome fantasia). Importante salientar que toda pessoa jurídica tem um nome através do qual é identificada perante a comunidade e perante o mercado. Embora a sistemática do nome empresarial se destine aqueles que desenvolvem atividade empresária, para afeitos de proteção, seus efeitos se estendem também a não empresários. Sendo assim, associações, fundações e sociedades simples devem adotar denominação para ter seu nome protegido, conforme parágrafo único do art. 1.155 do CC.
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