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08 Contabilidade Publica 1

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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TCE-SP 
Agente da Fiscalização 
 
 
 
Patrimônio nas entidades públicas: bens públicos, classificação dos bens públicos, dívida pública 
fundada ou consolidada, dívida flutuante, patrimônio financeiro e patrimônio permanente.. ..................... 1 
Receita Pública: conceito, receita efetiva, categorias econômicas, fontes de receitas orçamentárias, 
renda e receita pública. Despesa Pública: conceito, despesa efetiva, categorias econômicas, fixas e 
variáveis, elementos de despesa pública. ................................................................................................ 7 
Entradas e Saídas Extraorçamentárias. ............................................................................................. 42 
Adiantamentos: conceito, concessão, aplicação e comprovação. ...................................................... 46 
Sistemas de contas: orçamentário, financeiro e patrimonial. .............................................................. 68 
Plano de Contas: características fundamentais, codificação das contas, função das contas e 
escrituração... ......................................................................................................................................... 73 
Balancetes periódicos. ...................................................................................................................... 93 
Balanços: orçamentário, financeiro, patrimonial e demonstração das variações patrimoniais. ........... 93 
Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas do Setor Público (NBC TSP) vigentes. ................... 123 
Legislação: Normas Gerais de Direito Financeiro para Elaboração e Controle dos Orçamentos e 
Balanços da União, Estados e Municípios (Lei Federal n' 4.320/1964). ................................................ 235 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
1364174 E-book gerado especialmente para RITA GISELE MOREIRA MENDONCA
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
BENS PÚBLICOS 
 
CONCEITO 
 
Bens Públicos são todos aqueles que integram o patrimônio da Administração Pública direta e indireta. 
Todos os demais são considerados particulares. 
 Segundo HELY LOPES MEIRELLES, bens públicos, “em sentido amplo, são todas as coisas, 
corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam, a 
qualquer título, às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e empresas governamentais.”. Portanto, 
segundo este conceito, a categoria de bem público abrange inclusive o patrimônio das entidades estatais 
dotadas de personalidade jurídica de direito privado. Seguindo esta linha, domínio público é o conjunto 
de bens públicos, não importando se o bem pertence realmente ao Estado, pois, bens particulares que 
estejam ligados à realização de serviços públicos também são considerados bens públicos. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
O art. 99 do Código Civil utilizou o critério da destinação do bem para classificar os bens públicos. 
- Bens de uso comum: São aqueles destinados ao uso indistinto de toda a comunidade, bens que 
não devem ser submetidos à fruição privada de ninguém. Exemplo: Mar, rio, rua, praça, estradas, 
parques. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecido por 
meio da lei da pessoa jurídica a qual o bem pertencer (art. 103 CC). Ex: Zona azul nas ruas e zoológico. 
O uso desses bens públicos é oneroso. 
- Bens de uso especial: São aqueles destinados a uma finalidade específica. Exemplo: Bibliotecas, 
teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições públicas em geral. 
- Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade comum e nem a uma especial. 
“Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real, 
de cada uma dessas entidades” (art. 99, III do CC). Os bens dominicais representam o patrimônio 
disponível do Estado, pois não estão destinados a nenhuma finalidade, e em razão disso o Estado figura 
como proprietário desses bens. Exemplo: Terras devolutas. 
 
Dica!!! 
Fique sempre atento as alterações nos normativos legais, pois, são muito exigidas pelas bancas de 
forma geral. Nesse sentido, destacamos uma dessas alterações que muito provavelmente será em alguns 
das provas que você irá prestar: 
 
Os bens públicos de uso comum do povo nunca foram objeto de registro pela Contabilidade 
Pública (nenhum deles). Todavia, atualmente, com as novas regras para a Contabilidade Pública, 
aqueles que observaram ou observarão ser objeto de registro contábil. 
Resolução CFC n° 1.137/2008, que aprova a NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e 
Passivo em Entidades do Setor Público, itens 30 e 31: 
Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles 
eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade 
responsável pela sua administração ou controle, estejam ou não afetos a sua atividade 
operacional. 
A mensuração dos bens de uso comum será efetuada, sempre que possível, ao valor de 
aquisição ou ao valor de produção e construção. 
 
Patrimônio nas entidades públicas: bens públicos, classificação dos 
bens públicos, dívida pública fundada ou consolidada, dívida 
flutuante, patrimônio financeiro e patrimônio permanente. 
1364174 E-book gerado especialmente para RITA GISELE MOREIRA MENDONCA
 
. 2 
Um outro aspecto que deve ser destaca a respeito dos bens públicos é segregação dos bens de uso 
comum pela STN. 
A partir da 4ª edição do MCASP (Parte II) STN passou a segregar os bens de uso comum do povo em 
duas classes de ativos, conforme segue: 
 
Ativos de Infraestrutura: tais como redes rodoviárias, sistemas de esgoto, sistemas de 
abastecimento de água e energia e rede de comunicação, estão abrangidos na definição de ativos 
imobilizados. Para serem classificados como ativos de infraestrutura, os mesmo deverão ser partes de 
um sistema ou de uma rede, especializados por natureza e não possuírem usos alternativas. O 
reconhecimento e a mensuração desses ativos são obrigatórios e seguem os mesmos critérios utilizados 
para os ativos imobilizados. 
 
Bens do Patrimônio Cultural: são aqueles assim chamados devido a sua significância histórica, 
cultural ou ambiental, tais como monumentos e prédios históricos, sítios arqueológicos, áreas de 
conservação e reservas naturais. Estes ativos raramente são mantidos para gerar entradas de caixa e 
pode haver obstáculos legais ou sociais para usá-los em tais propósitos. O reconhecimento e a 
mensuração de “bens do patrimônio público” são facultativos e podem seguir critérios diferentes dos 
utilizados para os ativos imobilizados.Atenção!!! 
Observe que a STN informa que os bens do patrimônio cultural são de registro FACULTATIVO. 
Todavia, entendemos que esses bens passam a ser de registro obrigatório caso sejam utilizados 
recursos públicos para sua construção ou aquisição, ou ainda, aqueles recebidos em doação, 
conforme o item 30 da NBC T 16.10. 
 
A seguir apresentamos o Capítulo III do Código Civil que trata dos Bens Público: 
 
CAPÍTULO III 
Dos Bens Públicos 
 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público 
interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
 
 
PATRIMÔNIO FINANCEIRO E PATRIMÔNIO PERMANENTE 
 
Cibilis da Rocha Viana, em Teoria Geral da Contabilidade, denomina substancia do patrimônio a forma 
de sua apresentação material e contra-substancia a forma de indicação das origens dos recursos 
investidos 
 
SUBSTANCIA PATRIMONIAL 
1364174 E-book gerado especialmente para RITA GISELE MOREIRA MENDONCA
 
. 3 
Os bens públicos formam a substancia patrimonial do Estado e, não obstante as diversas formas e 
finalidades de que se revestem, podem ser distribuídos em dois Grupos distintos: 
 
Financeiro – É caracterizado pela extrema mobilidade, já que por ele transitam todas as entradas e 
saídas financeiras. 
 
Permanente (Não Financeiro) – É caracterizado pela necessidade de autorização para sua 
mobilidade e alienação. 
 
Assim, por bem público deve ser entendido o conjunto de coisas corpóreas ou incorpóreas, Móveis, 
Imóveis e Semoventes, Créditos, direitos e ações, sobre as quais o Estado exerce o direito de soberania 
em favor da coletividade. 
 
DÍVIDA PÚBLICA 
 
Dívida pública é a obrigação passiva contraída pelos entes públicos com outros Estados, instituições 
financeiras nacionais ou internacionais, fundos internacionais, organizações multinacionais etc., 
objetivando satisfazer a necessidade de financiamento do Estado. 
Em sentido amplo, a dívida pública no Brasil compreende a dívida interna e externa (fundada e 
flutuante), abrangendo inclusive a Administração direta e indireta, de todas as esferas, federal, estadual 
e municipal, em suas formas monetárias (financeira), mobiliária (em títulos emitidos) e contratual 
(empréstimos ou aquisição financiadas/parceladas mediante contrato). 
 
A constituição de uma dívida poderá ser para atender objetivos diversos, dentre os quais: 
- financiamento de parte dos gastos não cobertos com a arrecadação interna de impostos e demais 
receitas; 
- alcançar objetivos de gestão econômica, quais sejam: controle do nível da atividade econômica, do 
crédito e do consumo, captação de recursos externos etc. 
 
DÍVIDA FLUTUANTE PÚBLICA 
 
A dívida pública flutuante, que é aquela contraída a curto prazo, para atender às momentâneas 
necessidades de caixa, surgindo no momento em que as receitas referentes à respectiva despesa ainda 
não tenham sido percebidas. Esta dívida caracteriza-se por não depender de autorização legislativa, 
somente podendo ser contraída internamente e por curto prazo, compreendendo, segundo o art. 92 da 
Lei n°4.320/1964: 
 
I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; 
II – os serviços da dívida a pagar; 
III – os depósitos; 
IV – os débitos de tesouraria. 
 
Restos A Pagar 
Os Restos a Pagar, de acordo com a Lei Federal n. 4.320/64, estão definidos da seguinte forma: 
 
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de 
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas. 
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não tenham 
sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito. 
 
O art. 92 da Lei Federal n. 4.320/64 impõe, ainda, a necessidade de registro dos Restos a Pagar por 
exercício e por credor. A mesma exigência deveria ser imposta às Despesas de Exercícios Anteriores, 
pois é indiscutível a necessidade de identificar a quais exercícios específicos tais despesas se referem. 
 
Serviços Da Dívida A Pagar: 
Dívida flutuante correspondente aos serviços da dívida fundada (juros, prêmios e títulos a resgatar) 
legalmente empenhada em obediência ao regime de competência, porém não paga em seu vencimento. 
 
 
1364174 E-book gerado especialmente para RITA GISELE MOREIRA MENDONCA
 
. 4 
Depósitos: 
Representam os compromissos financeiros, relativos a consignações em folha, cauções, fianças, 
pensões alimentares e diversos depósitos de terceiros. Constituem elementos financeiros somente 
quando realizados em dinheiro 
 
Débitos De Tesouraria: 
Representam as dívidas provenientes de operações de créditos por Antecipação da Receita 
Orçamentária (ARO) 
 
DÍVIDA FUNDADA 
 
A definição do que seja “dívida pública” na LRF está prevista no artigo 29, no qual encontramos duas 
qualificações distintas para o endividamento: a “dívida pública consolidada ou fundada” e a “dívida pública 
mobiliária”. 
A dívida pública consolidada, que engloba as obrigações relativas aos empréstimos de longo prazo, 
juntamente com todas as demais obrigações estatais, tais como as obrigações previdenciárias, com o 
pagamento de salários, aquisição de móveis ou imóveis, pagamento de fornecedores e prestadores de 
serviços, precatórios etc. 
 
Segundo o art. 29 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n° 101/2000): 
 
 I – dívida pública consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade, das 
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios 
ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze 
meses; 
 II – dívida pública mobiliária é a dívida pública representada por títulos emitidos pela União, 
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios 
 
DIVIDA FUNDADA X DÍVIDA FLUTUANTE 
 
 DÍVIDA FUNDADA DÍVIDA FLUTUANTE 
BASE LEGAL 
- Art. 98, Lei 4.320/64 
- Art. 29, LRF 
- Art. 92, Lei 4.320/64 
- Art. 115, Dec 93.872/86 
FINALIDADES 
- Atender o desequilíbrio 
orçamentário de obras e 
serviços públicos. 
- Atender a eventuais 
insuficiências de caixa; 
- Administrar bens e valores de 
terceiros 
PRAZO DE RESGATE 
Regra: Longo Prazo. 
Exceção: Operações de 
créditos, prazo inferior a 12 
meses, previstos no orçamento. 
Regra: Curto prazo 
Exceção: Cauções 
ÂMBITO Interno e Externo Interno 
ORIGEM (Inscrição) 
Receita Orçamentária 
(normalmente operação de 
crédito – Receita de Capital) 
Receita extraorçamentária 
Oriunda de Despesas 
Orçamentárias não pagas 
AMORTIZAÇÃO (resgate) Despesa Orçamentária (Capital)Despesa Extraorçamentária 
ENCARGOS FINANCEIROS 
Regra: Sujeitam-se, sendo 
registrado como Despes Efetiva 
(Corrente) 
Regra: Não se sujeitam 
Exceção: ARO, sendo 
registrado como Despesa 
Efetiva 
PATRIMÔNIO (Balanço 
Patrimonial) 
- Passivo Permanente. 
- Passivo Financeiro. 
Passivo Financeiro 
AUTORIZAÇÃO 
Dependem de Autorização 
Orçamentária 
Não dependem de Autorização 
Orçamentária 
DENOMINAÇÕES Dívida consolidada 
Dívida não consolidada ou 
Dívida Administrativa 
Fonte:https://www.editoraferreira.com.br/Medias/1/Media/Professores/ToqueDeMestre/CarlosEduardoFaria/carloseduardo_toq4.pdf 
 
1364174 E-book gerado especialmente para RITA GISELE MOREIRA MENDONCA
 
. 5 
CONTABILIZAÇÃO1 
 
A escrituração da Dívida Pública é feita para permitir, a qualquer momento, a verificação da posição 
dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros. A Dívida Pública classifica-
se em Flutuante ou Administrativa e Fundada ou Consolidada. Aqui, vamos tratar somente dos 
empréstimos ou financiamentos que são compreendidos nesses dois tipos de dívida pública. Assim, a 
escrituração contábil da Dívida Púbica processa-se da seguinte forma: 
 
1 – Pela contratação da operação de crédito 
 
- Registro contábil do direito contratual da operação de crédito a receber, no subsistema de 
compensação – Lançamento SC n° 1 
 
D – 711.31 Direitos Contratuais 8.000,00 
C – 811.3 Execução de Direitos Contratuais 8.000,00 
Pelo registro do direito contratual 
 
2 – Pela constituição da Dívida 
 
a) Registros relativos à constituição da dívida Flutuante 
- Registro contábil da constituição da dívida flutuante, no Subsistema de Informações Patrimoniais – 
Lançamento SP n° 1 
 
111.1 Caixa e Equivalente de Caixa em Moeda Nacional 2.000,00 
212.2 Empréstimos a curto prazo 2.000,00 
Pelo recebimento de empréstimos de curto prazo 
 
 
 
 
 
 
- Registro contábil da constituição da dívida flutuante, no Subsistema de Informações Patrimoniais – 
Lançamento SP n° 2 
 
D – 
811.3 
Execução de Direitos 
Contratuais 
2.000,00 
C – 
711.31 
Direitos Contratuais 2.000,00 
Pela baixa de direito contratual 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Registro contábil da disponibilidade de recursos no Subsistema de Compensação – Lançamento SC 
n° 2 
 
721.1 Controle de disponibilidade de 
Recursos 
2.000,00 
821.1 Disponibilidade por destinação de 
Recursos 
2.000,00 
Pelo controle da disponibilidade de recursos 
 
 
1 HELIO KOHAMA. Contabilidade Pública: teoria e prática – 12 ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
Observação: 
Este lançamento representa a constituição da dívida flutuante, porém não proveniente de 
empréstimos ou financiamentos. 
Observação: 
Note-se que no subsistema de Compensação registra-se o direito contratual, isto é, os 
empréstimos ou financiamentos que foram obtidos através de contratação e, este lançamento, 
registra a baixa do direito contratual quando do recebimento do numerário 
1364174 E-book gerado especialmente para RITA GISELE MOREIRA MENDONCA
 
. 6 
- Registro contábil da disponibilidade de recursos por entrada compensatória, no Subsistema de 
Compensação – Lançamento SC n° 3 
 
821.11 Disponibilidade por Destinação de Recursos 2.000,00 
821.13 Liquidação e Entradas compensatórias 2.000,00 
Pelo controle da disponibilidade de recursos comprometida 
 
b) Registros relativos à constituição da dívida fundada 
 
- Registro contábil da constituição da dívida fundada, no Subsistema de Informações Patrimoniais – 
Lançamento SP n° 3 
 
111.1 Caixa e Equivalente de Caixa em Moeda Nacional 5.000,00 
222.2 Financiamentos a Longo Prazo 5.000,00 
Pelo recebimento de empréstimo de longo prazo 
 
 
 
 
 
 
- Registro contábil da Receita Orçamentária, no subsistema de Informações Orçamentárias – 
Lançamento SO n° 1 
 
D – 621.1 RECEITA A REALIZAR 
D – 621.12 RECEITA DE CAPITAL 
D – 621.12.01 Operações de Crédito 5.000,00 
C – 621.2 RECEITA REALIZADA 
C – 621.22 RECEITA DE CAPITAL 
C – 621.22.01 Operações de Crédito 5.000,00 
Pelo recebimento da receita de Empréstimo de Longo Prazo 
 
- Registro contábil da disponibilidade de recursos, no Subsistema de Compensação – Lançamento SC 
n° 4 
 
721.1 Controle da Disponibilidade de Recursos 5.000,00 
821.11 Disponibilidade por Destinação de Recursos 5.000,00 
Registro do controle da disponibilidade de recursos 
 
- Registro contábil da baixa do direito contratual da operação de crédito recebida no subsistema de 
compensação – Lançamento SC n° 5 
 
D – 811.3 Execução de Direitos contratuais 5.000,00 
C – 711.31 Direitos Contratuais 5.000,00 
Registro de baixa do direito contatual 
 
Observação 
Note-se que no subsistema de compensação registra-se o direito contratual, isto é, os empréstimos ou 
financiamentos que foram obtidos através de contratação e, este lançamento, registra a baixa do direito 
contratual quando do recebimento do numerário. 
 
Questões 
 
01. (TCE-AP – Analista – Contabilidade – FCC) Os compromissos assumidos por entidade pública 
gerando a obrigação de pagamento do principal e acessórios, como a contraída pelo Tesouro Nacional, 
por um breve e determinado período de tempo, quer como administrador de terceiros, confinados à sua 
guarda, quer para atender às momentâneas necessidades de caixa, conforme art. 92 da Lei n° 4.320/64, 
constituem a dívida pública: 
 
Observação: 
Este lançamento representa a constituição da dívida fundada, com pagamento de resgate superior 
a um ano. 
1364174 E-book gerado especialmente para RITA GISELE MOREIRA MENDONCA
 
. 7 
(A) fixa; 
(B) flutuante; 
(C) fundada; 
(D) consolidada; 
(E) não circulante. 
 
02. (TCE-SP – Agente de Fiscalização – FCC) A dívida pública fundada: 
(A) deve ter prazo de amortização inferior a 12 (doze) meses e como destino o refinanciamento da 
dívida mobiliária; 
(B) é representada por títulos de dívida pública emitidos pela União, Estados Municípios; 
(C) inclui o montante total, apurado sem duplicidade das obrigações financeiras assumidas por ente 
federado, em virtude de operação de crédito, para amortização em prazo superior a 12 (doze) meses; 
(D) engloba as despesas totais com pessoal que excedem a 75% dos limites legais e são pagas 
mediante operação de crédito por antecipação de receita; 
(E) integra os restos a pagar, desde que tenham sido processados e não pagos até o final do exercício 
financeiro. 
 
03. (TCE-SP – Auditor – FCC) Determinado Estado-membro obtém empréstimos com prazo de 
resgate superior a 12 meses. O crédito obtido pelo ente federado refere-se à dívida: 
(A) flutuante, já que foi contraída para pagamento a longo prazo; 
(B) flutuante, já que foi contraída para pagamento a curto prazo; 
(C) fundada, já que foi contraída para pagamento por prazo superior a um exercício financeiro; 
(D) fundada, já que o crédito foi contraído para pagamento dentro do exercício financeiro; 
(E) flutuante ou fundada, já que esta classificação não mantém relação com o prazo para resgate do 
crédito. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: B. 
A questão trata da dívida pública flutuante, que é aquela contraída a curto prazo, para atender às 
momentâneas necessidades de caixa, surgindo no momento em que as receitas referentes à respectiva 
despesa ainda não tenham sido percebidas. 
 
02. Resposta: C. 
Segundo o art. 29 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n° 101/2000): 
I – dívida pública consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade, das 
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios 
ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze 
meses; 
 
03. Resposta: C. 
A dívida fundadapossuí como característica uma amortização de prazo superior a 12 meses. 
 
 
 
RECEITAS 
 
Receita consiste na soma de valores recebidos durante um determinado período de tempo. No setor 
público, é a soma de ingressos, impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos, arrecadados 
para atender às despesas públicas. 
Receitas orçamentárias são disponibilidades de recursos financeiros que ingressam nos cofres 
públicos. Instrumento por meio do qual se viabiliza a execução das políticas públicas, a receita 
Receita Pública: conceito, receita efetiva, categorias econômicas, 
fontes de receitas orçamentárias, renda e receita pública. Despesa 
Pública: conceito, despesa efetiva, categorias econômicas, fixas e 
variáveis, elementos de despesa pública. 
1364174 E-book gerado especialmente para RITA GISELE MOREIRA MENDONCA
 
. 8 
orçamentária é fonte de recursos utilizada pelo Estado em programas e ações, cuja finalidade principal é 
atender às necessidades públicas e demandadas da sociedade. 
 
Receitas Públicas são todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidas pelo poder público, em 
qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o 
ingresso orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas 
públicas. 
 
A Lei nº 4.320/64 regulamenta os ingressos de disponibilidades de todos os entes da federação 
classificando-os em dois grupos: orçamentários e extraorçamentários. 
 Os ingressos orçamentários são aqueles pertencentes ao ente público arrecadados exclusivamente 
para aplicação em programas e ações governamentais. Estes ingressos são denominados Receita 
Pública. 
 Os ingressos extra orçamentários são aqueles pertencentes a terceiros arrecadados pelo ente público 
exclusivamente para fazer face às exigências contratuais pactuadas para posterior devolução. Estes 
ingressos são denominados recursos de terceiros. 
Os recursos financeiros canalizados para os cofres públicos ostentam, na prática, natureza e conteúdo 
bastante diversificados. 
Nem sempre derivam da atividade impositiva do Estado, campo de abrangência do Direito Tributário, 
podendo resultar de contratos firmados pela administração, com caráter de bilateralidade. 
 
Classificação das Receitas 
 
Origem (Fontes): Originárias X Derivadas 
 
Receitas Originárias: provenientes da exploração do patrimônio da pessoa jurídica de direito público, 
ou seja, o Estado coloca parte do seu patrimônio a disposição de pessoas físicas ou jurídicas, que 
poderão se beneficiar de bens ou de serviços, mediante pagamento de um preço estipulado. Elas 
independem de autorização legal e pode ocorrer a qualquer momento, e são oriundas da exploração do 
patrimônio mobiliário ou imobiliário, ou do exercício de atividade econômica, industrial, comercial ou de 
serviços, pelo Estado ou suas entidades. Exemplos: Rendas obtidas sobre os bens sujeitos à sua 
propriedade (aluguéis, dividendos, aplicações financeiras). 
 
Receitas Derivadas: são cobradas pelo Estado, por força do seu poder de império, sobre as relações 
econômicas praticadas pelos particulares, pessoas físicas ou jurídicas, ou sobre seus bens. Na 
atualidade, constitui-se na instituição de tributos, que serão exigidos da população, para financiar os 
gastos da administração pública em geral, ou para o custeio de serviços públicos específicos prestados 
ou colocados à disposição da comunidade. Exemplos: Taxas, Impostos e Contribuições de Melhoria. 
 
Natureza: Receitas Orçamentárias X Receitas Extra Orçamentárias 
 
Receitas Orçamentárias: são todos os ingressos financeiros de caráter não devolutivo auferidos pelo 
Poder Público. A receita orçamentária se subdivide ainda nas seguintes categorias econômicas: receitas 
correntes e receitas de capital. 
 
Receita Extra Orçamentária2: correspondem as receitas que não fazem parte do orçamento de modo 
que não serão consideradas quando da fixação das despesas públicas. São receitas públicas apenas na 
acepção mais ampla do termo, uma vez que não poderá o administrador público contar com elas para 
custear despesas públicas previstas na peça orçamentária. O único motivo que justifica sua inserção no 
conceito de receita, malgrado não se incorporem ao patrimônio público, é que como adentram nos cofres 
públicos deverão ser precedidas de lançamento. 
 
O Poder Público adquire tais receitas extraorçamentárias em atenção a futura despesa 
extraorçamentária, o que em termos contábeis seria um passivo exigível. Assim, tais entradas já possuem 
destino certo, de modo a inviabilizar seu aproveitamento no custeio de outras despesas (inclusive aquelas 
previstas no orçamento). De acordo com a classificação de Aliomar Baleeiro, são meros movimentos de 
caixa. 
 
2 Despesas Extraorçamentárias. Disponível em: <http://marcelloleal.jusbrasil.com.br/artigos/121943060/receitas-publicas-orcamentarias-e-extraorcamentarias> 
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. 9 
Desta feita, a arrecadação das receitas extraorçamentárias prescinde de autorização legislativa e a 
realização desta receita não se vinculará a execução do orçamento. 
 
São exemplos de receitas extraorçamentárias os recursos financeiros que adentram nos cofres 
públicos a título de fiança, caução, depósitos para garantia, etc. Atenção, contudo, para alguns casos 
peculiares: 
 
a) Retenção na fonte: será considerada receita extraorçamentária se a retenção for realizada pelo ente 
que não ficará com os recursos para si. Se se tratar de retenção de tributo cuja arrecadação pertencer ao 
mesmo ente que a efetuou, como por exemplo o imposto de renda retido na fonte pelo Estado, DF ou 
Município, na forma dos artigos 157, I e 158, I da Constituição, será considerada receita orçamentária; 
 
b) Operação de Crédito X Operação de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária: 
 
a. A operação de crédito é o compromisso financeiro assumido pelo ente público em razão de mútuo, 
abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, etc., devendo o ente apontar 
de onde sairão os recursos que custearão esta nova despesa e tem como finalidade atender ao 
desequilíbrio orçamentário ou financiar investimentos. Será considerada receita orçamentária e, portanto, 
depende de autorização legislativa. 
 
b. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante 
o exercício financeiro, devendo ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de 
dezembro de cada ano, sendo proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não 
integralmente resgatada, além de outros requisitos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, podendo 
o ente dar em garantia a receita dos impostos de sua competência tributária. Será considerada receita 
extraorçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa. 
 
Repercussão Patrimonial: Efetivas X Não efetivas 
 
Receitas Públicas Efetivas: são receitas nas quais os ingressos de disponibilidades de recursos não 
foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações correspondentes: 
Por isso, aumentam a situação liquida do patrimônio financeiro e a situação líquida patrimonial. Exemplos: 
Receita Tributária, Receita Patrimonial, Receita de Serviços, etc. 
 
Receitas Públicas Não efetivas: são aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos 
foram precedidos de registro de reconhecimento do direito. Por isso, aumentam a situação líquida do 
patrimônio financeiro, mas não altera a situação líquida patrimonial. São exemplos: Alienação de bens; 
Operações de crédito; Amortização de empréstimo concedido; Cobrança de dívida ativa. 
 
Regularidade: Ordinárias XExtraordinárias 
 
Receitas Ordinárias: representam certa regularidade na sua arrecadação, sendo normatizadas pela 
Constituição ou por leis específicas. Exemplos: Arrecadação de Impostos (Federais, Estaduais ou 
Municipais), Transferências do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, do Fundo de 
Participação dos Municípios, Cota parte do ICMS destinado aos Municípios, etc. 
 
Receitas Extraordinárias: são inconstantes, esporádicas, às vezes excepcionais, e que, por isso, não 
se renovam de ano a ano na peça orçamentária. Como exemplo mais típico, costuma-se citar o imposto 
extraordinário, previsto no art. 76 do Código Tributário Nacional, e decretado, em circunstâncias anormais, 
nos casos de guerra ou sua iminência. As receitas patrimoniais devem, também, ser consideradas como 
extraordinárias, sob o aspecto orçamentário. 
 
Forma de sua realização: Receitas Próprias, de Transferências e de Financiamentos. 
 
Receitas Próprias: surgem quando o ingresso é promovido pela própria entidade, diretamente, ou 
através de agentes arrecadadores autorizados. Exemplo: tributos, aluguéis, rendimento de aplicações 
financeiras, multas e juros de mora, alienação de bens, etc. 
 
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. 10 
Transferências: referentes a arrecadação proveniente de outras entidades, em virtude de dispositivos 
constitucionais e/ou legais, ou ainda, mediante celebração de acordos e/ou convênios. Exemplo: cota 
parte de Tributos Federais aos Estados e Municípios (FPE e FPM), Cota parte de Tributos Estaduais aos 
Municípios (ICMS e IPVA), convênios, etc. 
 
Financiamentos: caracterizam-se por serem operações de crédito realizadas com destinação 
específica, vinculadas à comprovação da aplicação dos recursos. São exemplos os financiamentos para 
implantação de parques industriais, aquisição de bens de consumo durável, obras de saneamento básico, 
etc. 
 
Classificação Econômica da receita orçamentária 
 
A classificação econômica da receita orçamentária é estabelecida pela Lei nº 4.320/64 para sustentar 
o conceito com base no ingresso de recursos financeiros e não pelo reconhecimento do direito, conforme 
o princípio contábil da competência de registro. Portanto, deve-se proceder ao registro da receita 
orçamentária, mas antes disto deve-se proceder ao registro do direito no momento em que for 
reconhecido para refletir o real estado patrimonial da entidade. 
A classificação econômica da receita orçamentária é sustentada por conceitos próprios, sem nenhuma 
ligação com os princípios fundamentais de contabilidade e qualquer utilização de mesmas terminologias 
é mera coincidência. O fato de serem diferentes os conceitos e os princípios orçamentários dos conceitos 
e princípios contábeis não elimina a condição de serem refletidos harmonicamente pela contabilidade. 
 A Lei nº 4.320/64 classificou a receita pública orçamentária em duas categorias econômicas: Receitas 
Correntes e Receitas de Capital. 
 
Receitas Correntes: definidas como ingressos de recursos financeiros oriundos das atividades 
operacionais, para aplicação em despesas correspondentes, também em atividades operacionais, 
correntes ou de capital, visando o atingimento dos objetivos constantes dos programas e ações de 
governo. São denominados receitas correntes porque são derivadas do poder de tributar ou da venda de 
produtos e serviços, que contribuem para a finalidade fundamental do órgão ou entidade pública. 
 
Receitas Tributárias: resultam da arrecadação de impostos, taxas e contribuições de melhoria. Dessa 
forma, é uma receita privativa das entidades investidas do poder de tributar: União, Estados, Distrito 
Federal e os Municípios. 
 
Receitas de Contribuições: são provenientes da arrecadação de contribuições sociais e econômicas; 
por exemplo: contribuições para o PIS/PASEP, contribuições para fundo de saúde de servidores públicos 
e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas 
respectivas áreas. Apesar da controvérsia doutrinária sobre o tema, suas espécies podem ser definidas 
da seguinte forma: 
 Contribuições sociais – destinadas ao custeio da seguridade social, compreendendo a previdência 
social, a saúde e a assistência social; 
 Contribuições de Intervenção no domínio econômico – deriva da contraprestação à atuação estatal 
exercida em favor de determinado grupo ou coletividade. 
Contribuições de Interesse das categorias profissionais ou econômicas – destinadas ao fornecimento 
de recursos aos órgãos representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas ou a 
órgãos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados. 
 
Receita Patrimonial: provem do resultado financeiro da fruição do patrimônio, decorrente da 
propriedade de bens mobiliários ou imobiliários; por exemplo: Aluguéis, dividendos, receita oriunda de 
aplicação financeira, etc. 
É o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de 
disponibilidades em opções de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. 
 
Receita Agropecuária: decorre da exploração das atividades agropecuárias de origem vegetal ou 
animal. Incluem-se nesta classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo do solo), 
da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais de pequeno porte) e das atividades de 
beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios 
estabelecimentos. 
 
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. 11 
Receita Industrial: obtida com atividades ligadas à indústria de transformação, extração mineral e 
outras, provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística – IBGE. Exemplos: indústria editorial e gráfica, reciclagem de lixo, etc. 
 
Receitas de Serviços: surgem por meio das prestações de serviços de transporte, saúde, 
comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário, processamento de dados, 
vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. 
Por exemplo: serviços comerciais (compra e venda de mercadorias), etc. 
 
Transferências Correntes: originária de outros entes ou entidades, referentes a recursos pertencentes 
ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivados mediante condições 
preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas 
correntes. 
 
Outras Receitas Correntes: providas de outras origens não classificáveis nas subcategorias 
econômicas anteriores. (Redação alterada conforme retificação publicada no Diário Oficial da União – 
29.06.2004). São o grupo que compreende as Receitas de Multas e Juros de Mora, Indenizações e 
Restituições, Receita da Dívida Ativa, etc. 
 
Receitas de Capital: ingressos de recursos financeiros oriundos de atividades operacionais ou não 
operacionais para aplicação em despesas correntes ou de capital, visando ao atingimento dos objetivos 
traçados nos programas e ações de governo. São denominados receita de capital porque são derivados 
da obtenção de recursos mediante a constituição de dívidas, amortização de empréstimos e 
financiamentos e/ou alienação de componentes do ativo permanente, constituindo-se em meios para 
atingir a finalidade fundamental do órgão ou entidade, ou mesmo, atividades não operacionais visando 
estímulo às atividades operacionais do ente. 
 
É POSSÍVEL APLICAR RECEITA DE CAPITAL EM DESPESA CORRENTE? 
 
Conforme o conteúdo das Perguntas e Resposta no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público – MCASP 6ª Edição. 
A legislação atual atribui uma série de restrições para aplicaçãode determinadas origens da receita 
de capital em despesas correntes, a saber: 
A Constituição Federal de 1988, no art. 167, inciso III, estabelece que as realizações de operações de 
crédito não podem exceder as despesas de capital, ressalvadas as provenientes de créditos adicionais 
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. Esse procedimento, 
conhecido como “regra de ouro”, objetiva inibir, em uma análise global, que haja aumento de 
endividamento para financiar despesa corrente. 
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) também contempla restrição para a aplicação de receitas 
provenientes de conversão em espécie de bens e direitos, tendo em vista o disposto em seu art. 44, o 
qual veda o uso de recursos de alienação de bens e direitos em despesas correntes, exceto se aplicada 
aos regimes de previdência, mediante autorização legal, conforme transcrito a seguir: 
Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que 
integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos 
regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. 
Como se observa, a legislação procura restringir a aplicação de receitas de capital no financiamento 
de despesas correntes. No entanto, essa análise deve ser feita sobre os valores totais. O gestor público 
ainda encontra espaço para custear seus gastos correntes utilizando receitas de operações de crédito, 
desde que autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade específica e 
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta, assim como a possibilidade de aplicar receitas de 
alienação de bens e direitos nos regimes de previdência. 
Em suma, é possível a aplicação de receita de capital em despesas correntes, desde que 
observadas as restrições legais. Geralmente elas são destinadas ao atendimento das Despesas 
de Capital e classificam-se em: 
 
Operações de Crédito: financiamentos obtidos dentro e fora do País; trata-se de recursos captados de 
terceiros para obras e serviços públicos. Exemplos: colocação de títulos públicos, contratação de 
empréstimos e financiamentos, etc.; 
 
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. 12 
Alienação de Bens receitas resultantes da venda de bens móveis e imóveis; 
 
Amortização de Empréstimos receitas provenientes do recebimento do principal mais correção 
monetária, de empréstimos efetuados a terceiros; 
 
Transferências de Capital recursos recebidos de outras entidades; aplicação desses recursos deverá 
ser em despesas de capital. O recebimento desses recursos não gera nenhuma contraprestação direta 
em bens e serviços. 
 
Estágios da Receita Pública 
Estágios da Receita Pública são as etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e percorridas 
pelos órgãos e repartições encarregados de executá-las. Nos tempos atuais, em face das técnicas 
utilizadas, a receita deverá percorrer três estágios, a saber: 
 
a. Previsão; 
b. Lançamento; e 
c. Arrecadação e Recolhimento. 
 
Como fica evidenciado à primeira vista, somente a receita orçamentária reúne condições de percorrer 
esses três estágios, porquanto a receita extraorçamentária não terá necessidade de percorrê-los, isto 
porque os requisitos de que são revestidos, como no caso da previsão, por exemplos, são dispensados. 
 
PREVISÃO 
Corresponde aos valores que a lei do orçamento consignar, pois são estimativas de receitas que se 
originam de estudos de previsão, antes de comporem o projeto de lei orçamentária com o advento de 
novas técnicas de elaboração orçamentária, preconizando a integração do planejamento empírico 
começou a sofrer alterações com a introdução de métodos e processos, calcados em bases técnicas e 
independentes, todavia autônomas, cujo significado moderno é precisamente ligar os sistemas de 
planejamento e finanças pela expressão quantitativa financeira e física aos objetivos e metas 
governamentais. 
Contrariamente ao que muitos pensam, a previsão da receita orçamentária tem um significado 
importante na elaboração dos programas do governo, pois a viabilização deles dependerá de certa forma 
da existência de recursos, que a máquina arrecadadora da receita for capaz de produzir. 
Daí porque passou-se a dar atenção maior aos aspectos que envolvem a arrecadação de receitas e, 
inclusive, a institucionalização de um processamento com o elevado grau de segurança e confiabilidade 
que torna possível a operacionalização dos planos governamentais, porque os monetariza, isto é, coloca-
os em função dos recursos financeiros disponíveis. 
 
Neste ponto, vale ressaltar o Artigo 12 da Lei Complementar n° 101/200 – Lei de Responsabilidade 
Fiscal. 
 
“As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das 
alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de 
qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativos de sua evolução nos 
últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia 
de cálculo e premissas utilizadas.” 
 
Também merecem destaques o Artigo 29 e parágrafo único e artigo 30, da Lei Federal n° 4.320/64: 
 
“Caberá aos órgãos de contabilidade ou de arrecadação organizar demonstrações mensais da 
receita, na proposta orçamentária. Quando houver órgão central de orçamento, essas 
demonstrações ser-lhe-ão remetidas mensalmente. 
A estimativa da receita terá por base as demonstrações a que se refere o artigo anterior, a 
arrecadação dos três últimos exercícios, pelo menos, bem como as circunstâncias de ordem 
conjuntural e outras que possam afetar a produtividade de cada fonte de receita.” 
 
Observamos que existe uma perfeita sintonia entre os dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal 
(Lei Complementar federal n° 101/2000) com a Lei Federal n° 4.320/64 a respeito da previsão da receita 
orçamentária, quanto aos aspectos relativos às implicações de ordem econômica e ao demonstrativo com 
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. 13 
a evolução da arrecadação nos últimos três anos, da projeção para os dois anos seguintes àquele a que 
se referirem. De certa forma, ambos os textos são coincidentes no que se relacionam ao conteúdo, tendo 
a Lei de Responsabilidade Fiscal realçado a interação do planejamento ao orçamento, ao inserir a questão 
relativa a metodologia de cálculo e premissas utilizadas para a previsão da receita. 
Portanto, a Receita Orçamentária deverá sofrer o processo de elaboração da previsão e estimativa, 
bem como de sua execução e acompanhamento e análise da efetiva arrecadação em relação a previsão 
feita, num procedimento evolutivo e dinâmico, visando ao seu desenvolvimento e aperfeiçoamento. 
Finalizando, podemos dizer que o estágio correspondente à previsão, por ser o contrário da etapa 
desenvolvida, visando à organização das estimativas da receita, que deverá servir de base às cifras 
indicadas na proposta do orçamento que aliás, é o documento originário do início da escrituração contábil 
da receita do exercício. 
 
LANÇAMENTO 
É o ato administrativo que o Poder Executivo utiliza, visando identificar e individualizar o contribuinte 
ou o devedor e os respectivos valores, espécies e vencimentos. 
Geralmente, utiliza-se para a arrecadação de tributos, mas pode-se também aplicar a casos em que o 
Governo tenha direitos líquidos e certos, em virtude de leis, regulamentos ou contratos. 
Nota-se que o segundo estágio da receita orçamentária, denominado Lançamento, é um ato 
administrativo que visa à identificação e individualização do contribuinte ou devedor, com os respectivos 
valores, espécies e vencimentos, ou seja, procedimento administrativo que permite verificar a ocorrênciado fato gerador da obrigação correspondente, calculara o montante devido, identificar o devedor e, se for 
o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
 
São objetivos de lançamento: 
1. os impostos diretos e outras receitas como vencimento determinado em leis especiais, regulamentos 
ou contratos, mediante relação nominal do contribuinte; 
2. os aluguéis, arrendamentos, foros e quaisquer outras prestações periódicas relativas a bens 
patrimoniais do Governo, mediante relação organizada à vista dos respectivos contrato, títulos ou d 
apropria escrituração, que deverá ser remetida aos agentes encarregados para proceder à cobrança; 
3. os serviços industriais do Governo, a débito de outras administrações ou de terceiros, cuja 
impotência não tenha sido imediatamente arrecadada após a prestação dos mesmos serviços; 
4. todas as outras rendas, taxas ou proventos que decorram de direitos preexistentes do Governo 
contra terceiros ou que possam originar-se de direito novo prescrito em leis, regulamentos ou contratos 
aprovados ou concluídos no decurso do ano financeiro, conforme Artigo 143 do Decreto n° 15.783/1922 
do Código de contabilidade Pública. 
 
ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO 
São, no nosso entendimento, fases que se complementam, mesmo porque, nos dias atuais, o 
desenvolvimento experimentado no setor, como o aproveitamento e a introdução do processamento de 
dados, cada vez mais dificulta a compreensão dessas etapa, separadamente. 
Vamos tentar esclarecer o nosso pensamento, ao mesmo tempo em que procuraremos abordar os 
conceitos pertinentes. 
Arrecadação é ato em que são pagos os tributos ou as diversas receitas ao agente arrecadador. 
Endente-se como agentes arrecadadores todas as repartições competentes, na forma da lei, como: 
delegacias fiscais, alfândegas, mesas de rendas, coletorias, tesourarias e outras que estejam ou venham 
a ser legalmente autorizadas a arrecadar rendas previstas em leis, regulamentos, contratos ou outros 
títulos assecuratórios dos direitos do Governo. 
Verifica-se a existência de um grande número de agentes arrecadadores, entre os quais se encontram 
os agentes ou repartições públicas competentes, e outros que estejam legalmente autorizados a 
arrecadar rendas. 
Propositalmente, deixamos de destacar, entre os agentes arrecadadores que estejam legalmente 
autorizados a arrecadar receitas, a rede de agências bancárias dos diversos estabelecimentos existentes. 
O recolhimento é o tato que se relaciona com a entrega dos valores arrecadados pelos agentes 
arrecadadores ao Tesouro Público. É óbvio que existe toda uma sistemática para que esse recolhimento 
seja procedido. 
Aliás, deve-se mencionar a obrigatoriedade de que o recolhimento de todas as receitas far-se-á em 
estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de 
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. 14 
caixas especiais3, isto é, toda receita arrecadada deve ser recolhida, integralmente, para uma conta 
bancária geral em nome do Tesouro Público. No Estado de São Paulo, para atender a esse princípio da 
unidade de tesouraria, foi criada uma conta bancária denominada Tesouro c/ Geral. 
 
Observemos, por oportuno, que os fundos especiais constituem exceção ao princípio de unidade de 
tesouraria mencionado. O artigo 71 da Lei Federal 4.320/64 apresenta a razão para essa exceção: 
 
“constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que, por lei, se vinculam à 
realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de 
aplicação”. 
 
O recolhimento configura-se com a entrada dos valores arrecadados pelos agentes no Tesouro 
Público, e serão escriturados nos livros próprios das diversas repartições públicas, consoante se verifica 
pela sistemática atualmente em uso, onde, na maioria e quase totalidade dos casos, o contribuinte ou o 
devedor geralmente é compelido a preencher uma guia de recolhimento, previamente instituída pelo 
órgão público, onde deverá colocar todos os dados relativos ao valor que está recolhendo, e o pagamento, 
certamente, será feito em uma agência bancária. Há também a possibilidade de utilizar a Internet pelas 
chamadas netbanking. Feito o pagamento, recebe uma das vias autenticada mecanicamente e com o 
carimbo da agência ou pelo sistema de informática (Internet), devidamente datada e quitada. 
A transferência dessa arrecadação, com os respectivos documentos, é feita pelos estabelecimentos 
bancários diretamente aos representantes do tesouro público. 
Gostaríamos, nesta altura, de alertar para o aspecto da prestação de contas que deve ser observado, 
pois é um dos dispositivos integrantes da lei de responsabilidade fiscal que consta no seu Artigo 58: 
 
“A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação à previsão, 
destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à 
sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativas e judicial, bem 
como as demais medidas de incremento das receitas tributárias e de contribuições” 
 
Aliás, tal dispositivo tem o intuito de evitar que medidas mais severas possam vir a ser aplicadas, uma 
vez que “o Poder Executivo publicará, até tenta dias após o encerramento de cada bimestre, 
relatório resumido da execução orçamentária”4 
 
E, caso a execução orçamentária das receitas não seja suficiente para atender às metas fiscais 
estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, poderá estar sujeito: 
 
“Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas 
fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes 
necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, 
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.” 
 
Questões 
 
01. (UFRB - Assistente em Administração – FUNRIO/2015) Considerando-se as normas gerais de 
Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos 
Municípios e do Distrito Federal, é correto afirmar que previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento, 
constituem 
(A) princípios da receita extraorçamentária. 
(B) estágios da despesa pública. 
(C) princípios do orçamento público. 
(D) estágios da receita orçamentária. 
(E) estágios de amortização da dívida flutuante. 
 
02. (TJ-RO - Administrador – FGV/2015) Texto l: O orçamento do Município de Brevidade para o 
exercício de 2x12 foi estimado em R$ 198.000.000. 
 
3 Artigo 56 da Lei Federal n° 4.320/64. 
4 § 3°, do artigo 165, da Constituição Federal. 
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. 15 
Durante o exercício de 2x12, a arrecadação mensal estava superando, em média, 2,5% do previsto, 
de forma que no mês de agosto havia um excesso de arrecadação acumulado de R$ 3.300.000. 
O balanço patrimonial do exercício de 20x11 apresentou um superávit financeiro de R$ 950.000. 
Os dados da execução orçamentária ainda revelam que houve abertura de créditos adicionais 
extraordinários, no montante de R$ 780.000 e reabertura de créditos adicionais especiais do exercício 
anterior, no total de R$ 425.000. 
Foi apurado ainda, no mês de agosto que havia despesas fixadas passíveis de anulação, totalizando 
R$ 390.000. 
Além de uma dotação genérica (reserva de contingência) de R$ 10.000,00, passível de destinação 
para abertura de créditos adicionais. 
As receitas públicas arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela administração 
pública, decorrentes de rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel),de 
preços públicos, de prestação de serviços comerciais e de venda de produtos industriais ou agropecuários 
são denominadas: 
(A) derivadas; 
(B) extraorçamentárias; 
(C) originárias; 
(D) permutativas; 
(E) primárias. 
 
03. (Prefeitura de São José do Rio Preto – SP - Auditor Fiscal Tributário Municipal – VUNESP) 
Nos últimos anos, a União tem recebido dividendos das empresas que controla para tentar atingir a meta 
de superávit primário. Esses dividendos são receitas 
(A) extraorçamentárias 
(B) derivadas. 
(C) de capital. 
(D) vinculadas. 
(E) originárias. 
 
04. (CEDAE-RJ - Contador – CEPERJ) Com base na doutrina, os recursos financeiros arrecadados 
por um determinado ente governamental, proveniente do poder de coerção do Estado, de acordo com a 
sua procedência, são classificados como sendo receitas: 
(A) orçamentárias 
(B) derivadas 
(C) especiais 
(D) efetivas 
(E) correntes 
 
Repostas 
01. Resposta: D. 
Estágios da Receita Pública são as etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e percorridas 
pelos órgãos e repartições encarregados de executá-las. Nos tempos atuais, em face das técnicas 
utilizadas, a receita deverá percorrer três estágios, a saber: 
a. Previsão; 
b. Lançamento; e 
c. Arrecadação e Recolhimento. 
 
02. Resposta: C. 
Receitas Originárias: são aquelas provenientes da exploração do patrimônio da pessoa jurídica de 
direito público, ou seja, o Estado coloca parte do seu patrimônio a disposição de pessoas físicas ou 
jurídicas, que poderão se beneficiar de bens ou de serviços, mediante pagamento de um preço estipulado. 
Elas independem de autorização legal e pode ocorrer a qualquer momento, e são oriundas da exploração 
do patrimônio mobiliário ou imobiliário, ou do exercício de atividade econômica, industrial, comercial ou 
de serviços, pelo Estado ou suas entidades. Exemplos: Rendas obtidas sobre os bens sujeitos à sua 
propriedade (aluguéis, dividendos, aplicações financeiras). 
 
03. Resposta: E. 
Receitas Originárias: Exemplos: Rendas obtidas sobre os bens sujeitos à sua propriedade (aluguéis, 
dividendos, aplicações financeiras). 
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04. Resposta: B. 
Receitas Derivadas: são aquelas cobradas pelo Estado, por força do seu poder de império, sobre as 
relações econômicas praticadas pelos particulares, pessoas físicas ou jurídicas, ou sobre seus bens. Na 
atualidade, constitui-se na instituição de tributos, que serão exigidos da população, para financiar os 
gastos da administração pública em geral, ou para o custeio de serviços públicos específicos prestados 
ou colocados a disposição da comunidade. Exemplos: Taxas, Impostos e Contribuições de Melhoria. 
 
Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na situação 
líquida patrimonial em: 
a. Despesa Orçamentária Efetiva - aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação 
líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo. 
b. Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não reduz a 
situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. 
 
Em geral, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente. Entretanto, pode haver despesa 
corrente não efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição de materiais para estoque e a 
despesa com adiantamentos, que representam fatos permutativos. 
A despesa não efetiva normalmente se enquadra como despesa de capital. Entretanto, há despesa de 
capital que é efetiva como, por exemplo, as transferências de capital, que causam variação patrimonial 
diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva. 
 
Despesa Orçamentária Não Efetiva - são as despesas que não provocam alteração no Patrimônio 
Público, já que possuem como fundamento um fato contábil permutativo, constituindo-se em alterações 
compensatórias por meio de mutações nos elementos patrimoniais. Em regra, as despesas de capital são 
despesas não efetivas (investimentos, inversões financeiras, amortização da dívida, outras despesas de 
capital (excetuadas as citadas como efetivas)), porém dentro das despesas correntes encontramos a 
aquisição de material permanente que também é uma despesa não efetiva. 
 
DESPESAS PÚBLICAS 
 
Despesa pública ou gastos públicos é a aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear 
os serviços de ordem pública ou para investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. As 
despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, através do ato administrativo chamado 
orçamento público. Exceção são as chamadas despesas extra-orçamentárias. 
 
As despesas públicas devem obedecer aos seguintes requisitos: 
 
- Utilidade (atender a um número significativo de pessoas); 
- Legitimidade (deve atender uma necessidade pública real); 
- Discussão pública (deve ser discutida e aprovada pelo Poder Legislativo e pelo Tribunal de Contas); 
- Possibilidade contributiva (possibilidade da população atender à carga tributária decorrente da 
despesa); 
- Oportunidade; 
- Hierarquia de gastos; 
- Deve ser estipulada em lei; 
 
As despesas podem ser classificadas entre despesas orçamentárias e extra-orçamentárias: 
 
Despesa Orçamentária é aquela que depende de autorização legislativa para ser realizada e que não 
pode ser efetivada sem a existência de crédito orçamentário que a corresponda suficientemente. 
 
Despesa extra-orçamentária é a despesa que não consta da lei do orçamento, compreendendo as 
diversas saídas de numerário decorrentes do levantamento de depósitos, cauções, pagamento de Restos 
a Pagar, resgate de operações de créditos por antecipação de receita, bem como quaisquer valores que 
se revistam de características de simples transitoriedade, recebidos anteriormente e que, na 
oportunidade, constituíram receitas extraorçamentárias. 
 
Classificam-se em categorias econômicas as quais se dividem conforme o esquema abaixo: 
 
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Despesas correntes 
 
Despesas de custeio: destinadas à manutenção dos serviços criados anteriormente à Lei Orçamentária 
Anual, e correspondem entre outros gastos, os com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros 
e gastos com obras de conservação e adaptação de bens imóveis. 
 
Transferências correntes: são despesas que não correspondem a contraprestação direta de bens ou 
serviços por parte do Estado e que são realizadas à conta de receitas cuja fonte seja transferências 
correntes. Dividem-se em: 
 
Subvenções sociais: destinadas a cobrir despesas de custeio de instituições públicas ou privadas de 
caráter assistencial ou cultural, desde que sem fins lucrativos; 
 
Subvenções econômicas: destinadas a cobrir despesas de custeio de empresas públicas de caráter 
industrial, comercial, agrícola ou pastoril. 
 
Despesas de capital 
 
Despesas de investimentos: despesas necessárias ao planejamento e execução de obras, aquisição 
de instalações, equipamentos e material permanente, constituição ou aumento do capital do Estado que 
não sejam de caráter comercial ou financeiro, incluindo-se as aquisições de imóveis considerados 
necessários à execução de tais obras; 
 
Inversões financeiras: são despesas com aquisição de imóveis, bens de capital já em utilização, títulos 
representativos de capital de entidades já constituídas (desde que a operação não importe em aumento 
de capital), constituição ou aumento de capital de entidades comerciais ou financeiras (inclusive 
operações bancárias e de seguros). Ou seja, operações que importem a troca de dinheiro por bens. 
 
Transferências de capital: transferência de numerário a entidades para que estas realizem 
investimentos ou inversões financeiras. Nessas despesas, inclui-seas destinadas à amortização da dívida 
pública Podem ser: 
- Auxílios: se derivadas da lei orçamentária; 
- Contribuições: derivadas de lei posterior à lei orçamentária. 
As categorias econômicas dividem-se em elementos que se separam em subelementos, estes por sua 
vez bifurcam, por fim, em rubricas e sub-rubricas. 
 
Classificação da Despesa Orçamentária por Natureza 
A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, compõe-se de: 
a. Categoria Econômica 
b. Grupo de Natureza da Despesa 
c. Elemento de Despesa 
 
A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada “Modalidade de 
Aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou 
entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas 
entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos 
transferidos ou descentralizados. 
 
Estrutura da Natureza da Despesa Orçamentária 
Os arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/1964, tratam da classificação da despesa orçamentária por categoria 
econômica e elementos. Assim como na receita orçamentária, o art. 8º estabelece que os itens da 
discriminação da despesa orçamentária mencionados no art. 13 serão identificados por números de 
código decimal, na forma do Anexo IV daquela Lei, atualmente consubstanciados na Portaria 
Interministerial STN/SOF nº 163/2001, e constantes deste Manual. 
O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma um código 
estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento. Essa 
estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo. 
O código da natureza de despesa orçamentária é composto por seis dígitos, desdobrado até o nível 
de elemento ou, opcionalmente, por oito, contemplando o desdobramento facultativo do elemento. 
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A classificação da Reserva de Contingência bem como a Reserva do Regime Próprio de Previdência 
Social, quanto à natureza da despesa orçamentária, serão identificadas com o código “9.9.99.99”, 
conforme estabelece o parágrafo único do art. 8º da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001. 
 
Categoria Econômica 
 
A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes 
códigos: 
 
 
 
Despesas Correntes 
Classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação 
ou aquisição de um bem de capital. 
 
Despesas de Capital 
Classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou 
aquisição de um bem de capital. 
 
Observação: 
É importante observar que as despesas orçamentárias de capital mantêm uma correlação com o 
registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou investimento (no caso dos grupos de natureza 
da despesa 4 despesa 6 – amortização da dívida). 
 
Grupo de Natureza da Despesa (GND) 
 
É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, 
conforme discriminado a seguir: 
 
 
 
1 – Pessoal e Encargos Sociais 
Despesas orçamentárias com pessoal ativo e inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, 
cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies 
remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da 
aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais 
de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de 
previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar nº 101, de 2000. 
 
2 – Juros e Encargos da Dívida 
Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de 
crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. 
 
3 – Outras Despesas Correntes 
Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, 
subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica 
“Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. 
 
 
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4 – Investimentos 
Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com 
a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de 
instalações, equipamentos e material permanente. 
 
5 – Inversões Financeiras 
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de 
títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando 
a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, 
além de outras despesas classificáveis neste grupo. 
 
6 – Amortização da Dívida 
Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização 
monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. 
 
Observação: 
A Reserva de Contingência e a Reserva do RPPS, destinadas ao atendimento de passivos 
contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, inclusive a abertura de créditos 
adicionais, serão classificadas, no que se refere ao grupo de natureza de despesa, com o código “9”. 
 
Modalidade de Aplicação 
A modalidade de aplicação tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por 
órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas 
respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela unidade detentora do 
crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou privadas. A modalidade também permite a 
eliminação de dupla contagem no orçamento. 
Observa-se que o termo “transferências”, utilizado nos arts. 16 e 21 da Lei nº 4.320/1964, compreende 
as subvenções, auxílios e contribuições que atualmente são identificados em nível de elementos na 
classificação da natureza da despesa. Não se confundem com as transferências de recursos financeiros, 
representadas pelas modalidades de aplicação, e são registradas na modalidade de aplicação constante 
da seguinte codificação atual: 
 
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20 – Transferências à União 
Despesas orçamentárias realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante 
transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entidades da administração indireta. 
 
22 – Execução Orçamentária Delegada à União 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de 
delegação ou descentralização à União para execução de ações de responsabilidade exclusiva do 
delegante. 
 
30 – Transferências a Estados e ao Distrito Federal 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos 
Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive para suas entidades da administração indireta. 
 
31 – Transferências a Estados e ao Distrito Federal - Fundo a Fundo 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos 
Municípios aos Estados e ao Distrito Federal por intermédio da modalidade fundo a fundo. 
 
32 – Execução Orçamentária Delegada a Estados e ao Distrito Federal 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de 
delegação ou descentralização a Estados e ao Distrito Federalpara execução de ações de 
responsabilidade exclusiva do delegante. 
 
35 – Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal à conta de recursos de 
que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos 
Municípios aos Estados e ao Distrito Federal por intermédio da modalidade fundo a fundo, à conta de 
recursos referentes aos restos a pagar considerados para fins da aplicação mínima em ações e serviços 
públicos de saúde e posteriormente cancelados ou prescritos, de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da 
Lei Complementar nº 141, de 2012. 
 
36 – Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal à conta de recursos de 
que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos 
Municípios aos Estados e ao Distrito Federal por intermédio da modalidade fundo a fundo, à conta de 
recursos referentes à diferença da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde que deixou 
de ser aplicada em exercícios anteriores, de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012. 
 
40 – Transferências a Municípios 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos 
Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta. 
 
41 – Transferências a Municípios - Fundo a Fundo 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União, dos 
Estados ou do Distrito Federal aos Municípios por intermédio da modalidade fundo a fundo. 
 
 
 
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42 – Execução Orçamentária Delegada a Municípios 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de 
delegação ou descentralização a Municípios para execução de ações de responsabilidade exclusiva do 
delegante. 
 
45 – Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de recursos de que tratam os §§ 1º 
e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União, dos 
Estados ou do Distrito Federal aos Municípios por intermédio da modalidade fundo a fundo, à conta de 
recursos referentes aos restos a pagar considerados para fins da aplicação mínima em ações e serviços 
públicos de saúde e posteriormente cancelados ou prescritos, de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da 
Lei Complementar nº 141, de 2012. 
 
46 – Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de recursos de que trata o art. 25 da 
Lei Complementar nº 141, de 2012. 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União, dos 
Estados ou do Distrito Federal aos Municípios por intermédio da modalidade fundo a fundo, à conta de 
recursos referentes à diferença da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde que deixou 
de ser aplicada em exercícios anteriores de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012. 
 
50 – Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem 
fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública. 
 
60 – Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades com 
fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública. 
 
67 – Execução de Contrato de Parceria Público-Privada - PPP 
Despesas orçamentárias do Parceiro Público decorrentes de Contrato de Parceria Público-Privada - 
PPP, nos termos da Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, e da Lei nº 12.766, de 27 de dezembro 
de 2012. 
 
70 – Transferências a Instituições Multigovernamentais 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil, 
exclusive as transferências relativas à modalidade de aplicação 71 (Transferências a Consórcios Públicos 
mediante contrato de rateio). 
 
71 – Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
criadas sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, mediante 
contrato de rateio, objetivando a execução dos programas e ações dos respectivos entes consorciados, 
observado o disposto no § 1º do art. 11 da Portaria STN nº 72, de 2012. 
 
72 – Execução Orçamentária Delegada a Consórcios Públicos 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de 
delegação ou descentralização a consórcios públicos para execução de ações de responsabilidade 
exclusiva do delegante. 
 
73 – Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio à conta de recursos de 
que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012. 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
criadas sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, por meio 
de contrato de rateio, à conta de recursos referentes aos restos a pagar considerados para fins da 
aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde e posteriormente cancelados ou prescritos, de 
que tratam §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, observado o 
disposto no § 1º do art. 11 da Portaria STN nº 72, de 1º de fevereiro de 2012. 
 
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74 – Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio à conta de recursos de 
que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de 2012 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
criadas sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, por meio 
de contrato de rateio, à conta de recursos referentes à diferença da aplicação mínima em ações e serviços 
públicos de saúde que deixou de ser aplicada em exercícios anteriores, de que trata o art. 25 da Lei 
Complementar nº 141, de 2012, observado o disposto no § 1º do art. 11 da Portaria STN nº 72, de 2012. 
 
75 – Transferências a Instituições Multigovernamentais à conta de recursos de que tratam os 
§§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil, 
exclusive as transferências relativas à modalidade de aplicação 73 (Transferências a Consórcios Públicos 
mediante contrato de rateio à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei 
Complementar nº 141, de 2012), à conta de recursos referentes aos restos a pagar considerados para 
fins da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde e posteriormente cancelados ou 
prescritos, de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012. 
 
76 – Transferências a Instituições Multigovernamentais à conta de recursos de que trata o art. 
25 da Lei Complementar nº 141, de 2012 
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil, 
exclusive as transferências relativas à modalidade de aplicação 74 (Transferências a Consórcios Públicos 
mediante contrato de rateio à conta de recursos de que

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