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Resumo de Direito Institucional – Ministério Público Estadual

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meu MATERIAL deESTUDO
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Resumo de Direito Institucional -
Ministério Público Estadual
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
2a Edição - Revisada, atualizada e ampliada
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO 
 
A segunda edição do presente trabalho, revista e ampliada, tem a 
finalidade de servir de roteiro de estudos sobre o Ministério Público 
Estadual, abordando a parte constitucional e também a Lei Orgânica 
Nacional que dispõe sobre normas gerais para os Ministérios Públicos dos 
Estados (Lei 8.625/93). Não há a pretensão de substituir o texto legal ou 
a doutrina, mas recomenda-se o estudo deste roteiro juntamente com 
aqueles. Buscou-se tratar dos pontos principais, mais questionados em 
provas de concurso ou polêmicos, portanto, nem todos os dispositivos 
foram trabalhados. Buscou-se, também, fornecer suporte legislativo e 
administrativo, apontando leis e resoluções correlatas aos textos tratados. 
Dicas sugestivas de interpretação foram colocadas ao logo do texto, a 
fim de que eventuais dúvidas pudessem ser dirimidas. Por fim, recomenda-
se o estudo integral das leis pedidas nos editais de concurso, em conjunto 
com uma (ou mais) doutrina institucional, além da atualização 
jurisprudencial. A preparação para o concurso do Ministério Público 
também pode ser complementada por cursos específicos com professores 
especializados. Também é recomendável o estudo orgânico do Ministério 
Público em conjunto com os Códigos de Processo Civil e Penal. 
 
 
Rol de abreviaturas: 1- PGR Procurador – Geral da República; 2- PGJ 
Procurador- Geral de Justiça; 3- MPE Ministério Público Estadual; 4- CF/88 
Constituição Federal de 1988; 5- LONMP, Lei 8.625/93, lei orgânica 
nacional dos MPEs; 6- CNJ Conselho Nacional de Justiça; 7- CNMP 
Conselho Nacional do Ministério Público. 8- MP Ministério Público. 9- MPU 
Ministério Público da União; 10- CE Constituição Estadual. 
 
 
 
 
 
 
1Henrique da Rosa Ziesemer. Promotor de Justiça em Santa Catarina desde 2004. Especialista 
em Direito Administrativo e Direito Processual Penal. Mestre e Doutorando em Direito. Professor 
da Escola do MPSC desde 2009. 
 
 
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Ministério Público (Conceito constitucional, art. 127 CF/88) – Constituição 
Federal, Arts. 127/130 – A – Leis Orgânicas: LC 75/93 (MP da União) – Lei 
Federal Ordinária 8.625/93. (Normas gerais sobre MP dos Estados) – Verificar 
em cada Estado a respectiva lei orgânica do MP. 
 
Art. 127 CF/88: MP é instituição permanente e essencial à função jurisdicional 
do Estado. 
 
Art. 127, §1º: Princípios institucionais: 
 
1) Indivisibilidade – Guarda relação com a atuação em juízo. O MP e suas 
funções não podem ser fragmentados. Os membros podem ser substituídos por 
outros da mesma carreira, de acordo com as previsões legais; 2) Unidade – Os 
membros do MP integram um só órgão. Quando um Promotor que atua, qualquer 
que seja, quem está atuando é o Ministério Público, ainda que haja repartição 
de competências. Possui caráter administrativo; 3) Independência funcional – 
Liberdade para atuar, dentro da Constituição, das leis, e de sua própria 
consciência. (Ver enunciado nº 6 CNMP de 2009) 
 
Sobre independência funcional: 
 
A independência ou autonomia funcional significa que no exercício de 
suas funções institucionais o Ministério Público, assim como cada um 
de seus integrantes, individualmente considerados, não está jungido a 
imposições de terceiros, no sentido de atuar desta ou daquela 
maneira. No desempenho de suas atividades o MP não deve 
obediência a terceiros, estando vinculado apenas aos fatos e às 
normas jurídicas que, segundo sua interpretação, devam regê-los1. 
 
 
 
Art. 127, §§ 2º/6º 
Autonomia institucional – administrativa e financeira. A fiscalização contábil e 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do MP é exercida pelo Poder 
Legislativo, mediante controle externo, e também pelo sistema de controle 
																																																								
1Decomain. Pedro Roberto. Comentário à Lei Orgânica Nacional do Ministério Público. 2ª 
ed. Belo Horizonte, Editora Fórum, 2011. p. 37. 
 
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interno, de acordo com cada lei orgânica (Art. 4º, §2º Lei 8.625/93 - LONMP). A 
autonomia tem o sentido de que a instituição possui capacidade de autogestão, 
não dependendo de órgãos externos; observar que nos termos do §2º do Art. 
127, o MP propõe ao legislativo a criação e extinção de seus cargos, sua 
política remuneratória e os planos de carreira. 
 
Sobre a autonomia administrativa, já decidiu o STF: 
[...] O Ministério Público, embora não detenha personalidade 
jurídica própria, é órgão vocacionado à preservação dos valores 
constitucionais, dotado de autonomia financeira, administrativa 
e institucional que lhe conferem a capacidade ativa para a tutela 
da sociedade e de seus próprios interesses em juízo, sendo 
descabida a atuação da União em defesa dessa instituição2. [...] 
 
Art. 128 CF/88 – 
Divisão do Ministério Público: 1. Da União (MPF, MPT, MPM, MPDFT); 2. Dos 
Estados. 
Chefe do MPU: Procurador - Geral da República - Art. 128, §1º CF - 
Chefe dos MPEs: Procurador-Geral de Justiça – Art. 128, §3º CF 
Destituição dos Procuradores-Gerais: §§2º e 4º do Art. 128 da CF 
 
ATENÇÂO – Procurador – Geral de Justiça é permitida uma recondução. 
Procurador- Geral da República não menciona quantas reconduções pode 
haver. Formas de investidura e destituição diferentes. O PGR não é o chefe dos 
Ministério Públicos Estaduais. Nesse sentido, colhe-se do STF3: 
 
Repercussão geral. Recurso extraordinário representativo da 
controvérsia. Constitucional. Separação dos poderes. Penal e 
processual penal. Poderes de investigação do Ministério 
Público. 2. Questão de ordem arguida pelo réu, ora recorrente. 
Adiamento do julgamento para colheita de parecer do 
Procurador-Geral da República. Substituição do parecer por 
sustentação oral, com a concordância do Ministério Público. 
Indeferimento. Maioria. 3. Questão de ordem levantada pelo 
Procurador-Geral da República. Possibilidade de o Ministério 
Público de estado-membro promover sustentação oral no 
																																																								
2 ACO 1936 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 28/04/2015, PROCESSO 
ELETRÔNICO DJe-099 DIVULG 26-05-2015 PUBLIC 27-05-2015. 
3 RE 593727, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Tribunal 
Pleno, julgado em 14/05/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-175 
DIVULG 04-09-2015 PUBLIC 08-09-2015. 
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Supremo. O Procurador-Geral da República não dispõe de 
poder de ingerência na esfera orgânica do Parquet estadual, 
pois lhe incumbe, unicamente, por expressa definição 
constitucional (art. 128, § 1º), a Chefia do Ministério Público 
da União. O Ministério Público de estado-membro não está 
vinculado, nem subordinado, no plano processual, 
administrativo e/ou institucional, à Chefia do Ministério 
Público da União, o que lhe confere ampla possibilidade de 
postular, autonomamente, perante o Supremo Tribunal 
Federal, em recursos e processos nos quais o próprio 
Ministério Público estadual seja um dos sujeitos da relação 
processual. Questão de ordem resolvida no sentido de 
assegurar ao Ministério Público estadual a prerrogativa desustentar suas razões da tribuna. Maioria. [...] (grifos) 
 
ATENÇÃO – Apesar de fazer parte do MPU, o MPDFT possui formas de escolha 
e destituição de seu Procurador – Geral semelhantes aos Ministérios Públicos 
Estaduais, de acordo com os §§ 3º e 4º do Art. 128. 
 
ATENÇÃO – As formas de destituição dos Procuradores – Gerais de Justiça e 
do Procurador – Geral da República são diferentes e por iniciativas diferentes. 
 
Art. 128, §5º, I e II CF/88 – 
 
O Art. 128, §5º, caput, assegura a reserva de lei aos Procuradores-Gerais para 
encaminhar projetos de lei sobre organização, as atribuições e o estatuto de 
cada Ministério Público. 
 
Garantias – 1) Vitaliciedade (após dois anos de exercício só perde o cargo por 
sentença transitada em julgado) 2) Inamovibilidade (só pode ser removido 
 
 
se assim desejar, ou por interesse público, assegurada ampla defesa) 3) 
Irredutibilidade de subsídio; 
A vitaliciedade pode ser também entendida como uma garantia da sociedade. 
 
Vedações: 1) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, 
percentagens ou custas processuais; 2) exercer advocacia; 3) participar de 
sociedade comercial, salvo na forma da lei; 4) exercer, ainda que em 
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disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; 5) 
exercer atividade político-partidária (ver Recomendação de caráter geral 
CNMP nº1 de novembro de 20164); 6) receber, a qualquer título ou pretexto, 
auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, 
ressalvadas as exceções previstas em lei. 7) exercer advocacia no juízo ou 
tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo 
por aposentadoria ou exoneração – quarentena (art. 128, II, §6º c/c art. 95, p. 
único, V). 
 
Art. 129, CF/88 
 
Funções institucionais – Incisos, I até IX. O rol é exemplificativo. Outras 
funções institucionais não previstas expressamente na Constituição podem ser 
previstas em lei, por força do inciso IX do Art. 129 da CF. A título de exemplo, 
cita-se: Art. 66 do Código Civil. Art. 25 da Lei 8.625/93. Art. 74, §2º, da Lei 
10.741/2003. Art. 26 da Lei 11.340/2006. Recomenda-se artigo publicado no 
“meusitejudídico5”, em maio de 2017. 
O poder de investigação criminal do Ministério Público decorre dos incisos, I, VI, 
VIII e IX. 
 
 
 
O inciso V compete, em tese, ao MPF, havendo discussão acerca da 
possibilidade pelos MPEs. 
 
O §1º cuida de legitimação concorrente para as ações civis previstas no Art. 129 
da CF/88. Contudo, só o Ministério Público pode instaurar e conduzir inquérito 
civil. 
																																																								
4http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Recomenda%C3%A7%C3%A3o_-_03-11-
2016_doc_final1_1.pdf Acesso em 18/01/2017. 
 
5http://meusitejuridico.com.br/2017/05/17/o-ministerio-publico-e-suas-funcoes-institucionais-o-que-sao-
para-que-servem-como-interpretar/ 
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Ver	Resoluções	do	CNMP:	164/2017	 (Disciplina	a	expedição	de	 recomendações	pelo	
Ministério	 Público	 brasileiro);	 179/2017	 (Regulamenta	 o	 §	 6º	 do	 art.	 5º	 da	 Lei	 nº	
7.347/1985,	disciplinando,	no	âmbito	do	Ministério	Público,	a	tomada	do	compromisso	
de	ajustamento	de	conduta);	23/2007	(Regulamenta	os	artigos	6º,	inciso	VII,	e	7º,	inciso	
I,	 da	 Lei	 Complementar	 nº	 75/93	 e	 os	 artigos	 25,	 inciso	 IV,	 e	 26,	 inciso	 I,	 da	 Lei	 nº	
8.625/93,	disciplinando,	no	âmbito	do	Ministério	Público,	a	instauração	e	tramitação	do	
inquérito	civil. 
 
Art. 130 - A - CF/88 – Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) – 
Controle externo do Ministério Público. Mandato de 2 anos, com uma 
recondução. 
 
Composição (Art.130 – A, I a VI da CF/88): Procurador- Geral da República 
(Presidente); quatro membros do MPU, assegurada a participação de cada uma 
de suas carreiras; três membros dos MPEs; dois juízes, sendo um indicado pelo 
STF e outro pelo STJ; dois advogados indicados pelo Conselho Federal da OAB; 
dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela 
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
 
Competência do CNMP - Art. 130 – A, §2º – Compete ao Conselho Nacional do 
Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério 
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. 
 
 
 
ATENÇÂO: O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é composto de 15 membros. 
O Conselho Nacional do MP é composto de 14 membros, com 3 cadeiras 
destinadas aos Ministério Públicos Estaduais. 
 
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Corregedor Nacional do MP - Art. 130 –A, §3º CF/88. Escolha em votação 
secreta, sem recondução, podendo concorrer apenas membros do MP que 
integrem o Conselho Nacional. 
 
ATENÇÂO: O Corregedor apenas recebe reclamações e denúncias de 
qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus 
serviços auxiliares. O Conselho Nacional, enquanto órgão colegiado, recebe e 
conhece. 
 
ATENÇÃO: O CNMP pode rever processos disciplinares apenas de membros, 
julgados há menos de um ano. Não pode rever processos disciplinares de 
servidores, por ausência de previsão. (Art. 130-A, §2º, IV) 
 
ATENÇÂO: Pelo Art. 130 – A, §4º da CF/88, o presidente do Conselho Federal 
da OAB oficia junto ao CNMP, mas não vota. 
 
LEI 8.625/93 
 
Preâmbulo: “Institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, dispõe sobre 
normas gerais para a organização do Ministério Público dos Estados e dá 
outras providências.” Somente pode ser modificada pelo Presidente da 
República (art. 61, §1º II, ‘d’ da CF). 
 
Art. 1º Conceito de Ministério Público e princípios institucionais (art. 127 da CF). 
Art. 2º Iniciativa das leis orgânicas estaduais é facultada aos Procuradores- 
Gerais. Art. 128, §5º da CF. 
 
 
Art. 3º Autonomia funcional, administrativa e financeira. Destaques: I, II, V, VII 
e p. único. 
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O dispositivo consagra a autonomia do MP no âmbito funcional, ou 
seja, no terreno relacionado ao desempenho de suas atribuições 
institucionais, no âmbito administrativo, isto é, no tocante à gestão 
própria dos assuntos da administração interna da Instituição, inclusive 
no que diz respeito ao pessoal de carreira e de seus serviços 
auxiliares, e à autonomia no setor financeiro, quer dizer, no terreno da 
destinação e aplicação dos recursos orçamentários que lhe são 
reservados6. 
Parágrafo único: As decisões do Ministério Público fundadas em sua autonomia 
funcional, administrativa e financeira, obedecidas as formalidades legais, têm 
eficácia plena e executoriedade imediata, ressalvada a competência 
constitucional do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas. 
ATENÇÃO: Observar as competências do CNMP, no controle da atuação 
administrativa do Ministério Público. 
 
Art. 4º - Autonomia Financeira. Fiscalização contábil, financeira, operacional e 
patrimonial quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de 
dotações e recursos próprios e renúncia de receitas, será exercida pelo Poder 
Legislativo, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno 
estabelecido na Lei Orgânica. (§2º - agora também do CNMP). 
 
Da Organização do Ministério Público 
Órgãos de Administração 
 
ATENÇÃO: A lei difere os órgãos da Administração superior, dos órgãos de 
Administração. Órgãos da Administração Superior são os órgãos de cúpula da 
instituição.Art. 5º - Administração Superior - Procuradoria - Geral de Justiça, Colégio de 
Procuradores. Conselho Superior e Corregedoria – Geral. (PCCC). 
 
																																																								
6 Decomain. Pedro Roberto. Comentário à Lei Orgânica Nacional do Ministério Público. 2ª 
ed. Belo Horizonte, Editora Fórum, 2011. p.40 
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Art. 6º - (São também) Órgãos de Administração – Procuradorias de Justiça e 
Promotorias de Justiça (unidades administrativas). 
 
Art. 7º - Órgãos de Execução: Procurador – Geral, Conselho Superior, 
Procuradores de Justiça e Promotores de Justiça. 
 
ATENÇÂO: Os órgãos de execução exercem atividade fim. O PGJ possui 
atribuição penal originária, o Conselho Superior revisa o arquivamento do 
inquérito civil, em atividade fim. Os Procuradores de Justiça atuam perante os 
Tribunais no segundo grau e os Promotores de Justiça atuam no juízo de 
primeiro grau. 
 
Art. 8º - Órgãos auxiliares, além de outros criados pela lei orgânica: Centros 
de Apoio, Comissão de Concurso (transitório), CEAF, órgãos de apoio 
administrativo e Estagiários. As ouvidorias também são auxiliares e possuem 
previsão no Art. 130 – A, §5º da CF) 
 
Art. 9º - Escolha do Procurador – Geral, formação de lista tríplice e voto 
plurinominal. Mandato de 2 anos. Permitida uma recondução. Destituição do 
PGJ, por iniciativa do Colégio de Procuradores, precedida de autorização de 1/3 
dos membros da Assembleia Legislativa (§2º). 
(Destaque: §4º. Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do 
Procurador-Geral de Justiça, nos quinze dias que se seguirem ao recebimento 
da lista tríplice, será investido automaticamente no cargo o membro do Ministério 
Público mais votado, para exercício do mandato). 
 
Parecer do Procurador-Geral da República em ADI perante o Supremo: 
CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 147 DA 
CONSTITUIÇÃO DO AMAPÁ. ART. 12 DA LEI 
COMPLEMENTAR 9/1994, E ARTS. 2º A 11 DA 
 
RESOLUÇÃO 119/2012, DA ASSEMBLEIA 
LEGISLATIVA DO AMAPÁ. PRELIMINAR: REVOGAÇÃO DA 
LEI COMPLEMENTAR PREJUDICIALIDADE PARCIAL. 
MÉRITO. DESTITUIÇÃO DO PROCURADOR-GERAL DE 
JUSTIÇA. MATÉRIA RESERVADA À LEI COMPLEMENTAR 
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ESTADUAL DE INICIATIVA DO 
CHEFE DO MINISTÉRIO PÚBLICO LOCAL: CR, ARTS. 61, § 
1º, II, d, E 128, §§ 4º E 5º. INCONSTITUCIONALIDADE 
FORMAL. INICIATIVA E DELIBERAÇÃO DA DESTITUIÇÃO 
DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA CONFERIDAS À 
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA: OFENSA À AUTONOMIA E 
INDEPENDÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. 1. A revogação 
do ato normativo impugnado após ajuizamento de ação direta de 
inconstitucionalidade prejudica-lhe a análise por perda 
superveniente de objeto. Isso ocorre quanto à Lei Complementar 
9/1994, do Estado do Amapá, revogada pela Lei Complementar 
79/2013, a qual suprimiu o suporte de validade da Resolução 
119/2012, da Assembleia Legislativa amapaense. 2. O art. 128, 
§ 4º, da Constituição da República reserva à lei 
complementar a forma pela qual os procuradores-gerais de 
justiça nos Estados e no Distrito Federal, por maioria 
absoluta do Poder Legislativo, serão destituídos. A reserva 
constitucional de lei complementar impõe-se às 
constituições estaduais e suas emendas. Precedentes. 3. O 
art. 147 da Constituição do Estado do Amapá, ao admitir que 
a destituição do Procurador-Geral de Justiça se dê por 
iniciativa da Assembleia Legislativa, tratou de matéria cuja 
iniciativa pertence ao Presidente da República e ao Chefe 
do Ministério Público estadual. Precedentes. 4. O modo de 
nomeação e destituição do chefe de cada Ministério 
Público, previsto na Constituição da República (art. 128, §§ 
1º a 5º), constitui garantia de autonomia e independência da 
instituição. A concentração do processo de destituição do 
procurador-geral de justiça nas mãos da Assembleia 
Legislativa fere a autonomia e independência do Ministério 
Público e atenta contra o Estado Democrático de Direito. 5. 
Parecer pela prejudicialidade parcial da ação e, nessa extensão, 
pela procedência do pedido7. 
 
ATENÇÃO: Voto plurinominal em lista tríplice significa que o eleitor pode votar 
em até três nomes dentre os concorrentes, mas não pode votar três vezes no 
mesmo, por exemplo. A destituição do PGJ é diferente da destituição do 
PGR, que se dá pelo Senado. O Chefe do Executivo é quem está no momento 
exercendo tais funções, não necessariamente o Governador. A escolha pode ser 
qualquer um dos que integre a lista, mesmo o menos votado. 
Art. 10 - Compete ao Procurador-Geral de Justiça: Destaques –I - exercer a 
chefia do Ministério Público, representando-o judicial e extrajudicialmente; II - 
integrar, como membro nato, e presidir o colégio de Procuradores de Justiça e o 
Conselho Superior do Ministério Público; III - submeter ao Colégio de 
																																																								
7 Ação direta de inconstitucionalidade 4.807/AP 
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Procuradores de Justiça as propostas de criação e extinção de cargos e serviços 
auxiliares e de orçamento anual; IV - encaminhar ao Poder Legislativo os 
projetos de lei de iniciativa do Ministério Público; VIII - delegar suas funções 
administrativas; X - dirimir conflitos de atribuições entre membros do 
Ministério Público, designando quem deva oficiar no feito; XI - decidir 
processo disciplinar contra membro do Ministério Público, aplicando as 
sanções cabíveis; 
ATENÇÂO: Estas funções do PGJ são de caráter administrativo, enquanto 
Chefe do Ministério Público, diferentes das funções de órgão de execução. 
Art. 12- Colégio de Procuradores (natureza mais recursal, inciso VIII). 
Composto por todos os Procuradores de Justiça. Destaques – Compete ao 
Colégio: I - opinar, por solicitação do Procurador-Geral de Justiça ou de um 
quarto de seus integrantes, sobre matéria relativa à autonomia do Ministério 
Público, bem como sobre outras de interesse institucional; II - propor ao 
Procurador-Geral de Justiça a criação de cargos e serviços auxiliares, 
modificações na Lei Orgânica e providências relacionadas ao desempenho das 
funções institucionais; IV - propor ao Poder Legislativo a destituição do 
Procurador-Geral de Justiça, pelo voto de dois terços de seus membros e 
por iniciativa da maioria absoluta de seus integrantes em caso de abuso de 
poder, conduta incompatível ou grave omissão nos deveres do cargo, 
assegurada ampla defesa; V - eleger o Corregedor-Geral do Ministério Público; 
VI - destituir o Corregedor-Geral do Ministério Público, pelo voto de dois 
terços de seus membros, em caso de abuso de poder, conduta 
incompatível ou grave omissão nos deveres do cargo, por representação 
do Procurador-Geral de Justiça ou da maioria de seus integrantes, 
assegurada ampla defesa; VIII - julgar recurso contra decisão: a) de 
vitaliciamento, ou não, de membro do Ministério Público; XI - rever, 
mediante requerimento de legítimo interessado, nos termos da Lei 
Orgânica, decisão de arquivamento de inquérito policial ou peças de 
informações determinada pelo Procurador-Geral de Justiça, nos casos de 
sua atribuição originária; 
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ATENÇÂO: O inciso XI equivale ao Art. 28 do CPP, nas ações originárias do 
PGJ. Se o Chefe do Ministério Público for Promotor de Justiça, este também 
compõe o Colégio, transitoriamente, enquanto durar seu mandato. 
Art. 13- Para exercer as atribuições do Colégio de Procuradores de Justiça com 
número superior a quarenta Procuradores de Justiça, poderá ser constituídoÓrgão Especial, cuja composição e número de integrantes a Lei Orgânica 
fixará. 
Art. 14 – Conselho Superior (CSMP): Organizado pela Lei orgânica Estadual, 
observadas as disposições desta lei. – Membros natos apenas o PGJ e CGMP. 
Composto por Procuradores de Justiça não afastados da carreira. 
Art. 15 – Compete ao CSMP (mais ligado à carreira): - Destaques – Incisos, I, 
II, III, VII, XI e §3º. Na indicação por antiguidade, o Conselho Superior do 
Ministério Público somente poderá recusar o membro do Ministério Público mais 
antigo pelo voto de dois terços de seus integrantes, conforme procedimento 
próprio, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação, após o julgamento de 
eventual recurso interposto com apoio na alínea e do inciso VIII do art. 12 desta 
lei. 
Art. 16 – Corregedor – Eleito pelo Colégio de Procuradores, dentre Procuradores 
de Justiça, para mandato de 2 anos. Permitida uma recondução. 
ATENÇÃO: Promotor de Justiça pode ser Procurador – Geral de Justiça em 
alguns estados, mas não pode ser Corregedor. 
Art. 17. – A Corregedoria- Geral do Ministério Público (CGMP) é órgão orientador 
e fiscalizador das atividades funcionais e conduta dos Membros do MP. 
Incumbências (dentre outras): Inspeções e correições, recomendações, sem 
caráter vinculativo, propor ao CSMP o não vitaliciamento de Membro do MP; 
Art. 18- Somente Promotores da mais alta entrância podem assessorar o 
Corregedor. Se o PGJ se recusar a designar os Promotores indicados pelo 
Corregedor, este pode submeter a indicação ao Colégio de Procuradores. 
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Art. 19 – Procuradorias de Justiça, órgãos da administração do Ministério 
Público, com cargos de Procurador de Justiça. § 2º Os Procuradores de 
Justiça exercerão inspeção permanente dos serviços dos Promotores de 
Justiça nos autos em que oficiem, remetendo seus relatórios à 
Corregedoria-Geral do Ministério Público. 
Art. 23 – Promotorias de Justiça, órgãos de administração do MP, podem ser 
judiciais ou extrajudiciais, especializadas, gerais ou cumulativas. Suas 
atribuições são fixadas mediante proposta do Procurador – geral, aprovada pelo 
Colégio de Procuradores. § 3º. A exclusão, inclusão ou outra modificação nas 
atribuições das Promotorias de Justiça ou dos cargos dos Promotores de Justiça 
que a integram serão efetuadas mediante proposta do Procurador-Geral de 
Justiça, aprovada por maioria absoluta do Colégio de Procuradores. 
ATENÇÂO: Diz a LONMP que cada Promotoria de Justiça deve ter pelo menos 
um cargo de Promotor e serviços auxiliares. 
Art. 24. O Procurador-Geral de Justiça poderá, com a concordância do 
Promotor de Justiça titular, designar outro Promotor para funcionar em feito 
determinado, de atribuição daquele. 
Funções dos Órgãos de execução 
Art. 25- Além das funções previstas nas Constituições Federal e Estadual, na 
Lei Orgânica e em outras leis, incumbe, ainda, ao Ministério Público: Destaques: 
incisos, IV, VI, VII, VIII e p. único. 
ATENÇÃO: São as funções institucionais do MP, as quais a Constituição 
exemplifica, mas não exaure. Além das funções aqui dispostas, pode a lei 
estabelecer outras, como o art. 66 do Código Civil (velar pelas fundações). 
Recomenda-se especial atenção no estudo deste artigo, pois ele 
fundamenta a legitimidade para ingresso com várias ações judiciais e 
atuações extrajudiciais não tão comuns, como os incisos VI, VII e VIII. 
Art. 26 – Poderes no exercício da função (as funções do Art. 129 da CF). São 
as ferramentas utilizadas para que se possa exercer as funções institucionais. 
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Importante dizer que para que o membro do Ministério Público possa fazer valer 
quaisquer dos poderes previstos neste artigo, deve necessariamente estar no 
exercício da função, devidamente instaurada. 
Incisos I/VIII. Também regulamentado por atos internos dos Ministério Públicos 
e Resoluções do CNMP. 
ATENÇÂO: Destaques – Inciso I – Inquérito Civil (e outras medidas e 
procedimento administrativos). Ver Lei 7.347/85. Resolução nº 23 de 2007 
CNMP. Outros procedimento, por exemplo o PIC, Procedimento Investigatório 
Criminal. Ver Resolução nº 181 de 2017 CNMP. Inciso II – Poder requisitório de 
entidades privadas. Inciso III – Poder de requisitar abertura de procedimento 
administrativo. §1º Notificações de Governador do Estado, os membros do Poder 
Legislativo e os desembargadores, serão encaminhadas pelo Procurador-Geral 
de Justiça. 
Ver Art. 10 da Lei 7.347/85. 
Art. 27. Cabe ao Ministério Público exercer a defesa dos direitos assegurados 
nas Constituições Federal e Estadual, sempre que se cuidar de garantir-lhe o 
respeito: I - pelos poderes estaduais ou municipais; II - pelos órgãos da 
Administração Pública Estadual ou Municipal, direta ou indireta; III - pelos 
concessionários e permissionários de serviço público estadual ou municipal; IV 
- por entidades que exerçam outra função delegada do Estado ou do Município 
ou executem serviço de relevância pública. Parágrafo único. No exercício das 
atribuições a que se refere este artigo, cabe ao Ministério Público, entre outras 
providências: I - receber notícias de irregularidades, petições ou reclamações de 
qualquer natureza, promover as apurações cabíveis que lhes sejam próprias e 
dar-lhes as soluções adequadas; II - zelar pela celeridade e racionalização dos 
procedimentos administrativos; III - dar andamento, no prazo de trinta dias, às 
notícias de irregularidades, petições ou reclamações referidas no inciso I; IV - 
promover audiências públicas e emitir relatórios, anual ou especiais, e 
recomendações dirigidas aos órgãos e entidades mencionadas no caput deste 
artigo, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata, assim 
como resposta por escrito. 
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ATENÇÂO: O Art. 27 consagra a separação do Ministério Público de outros 
órgãos da Administração Pública. Coloca o MP na função de contestar os entes 
mencionados nos incisos I a IV, para que estes respeitem os direitos 
assegurados na Constituição. Para tanto, o parágrafo único estabelece os 
mecanismos para tanto. Destaca-se o inciso III, prazo de 30 dias para dar 
impulso às notícias de irregularidades, petições ou reclamações referidas no 
inciso I. 
Art. 29 – Atribuições do Procurador – Geral de Justiça. Neste artigo as 
atribuições do PGJ são as de órgão de execução. Destaques - Incisos I, III –
plenárias e IX- delegação de funções de órgão de execução. 
ATENÇÂO: Verificar o inciso VIII, que estabelece atribuição do PGJ para atuar, 
em razão de determinadas autoridades reclamadas (Governador, Presidente da 
Assembleia Legislativa e de Tribunais). O inciso I cuida do ajuizamento de ADI 
pelo PGJ. Verificar a lei orgânica local e Constituição Estadual. Em SC, Promotor 
de Justiça também pode ajuizar ADI. 
Art. 30 – Conselho Superior – Arquivamento do Inquérito Civil, na forma da lei. 
É a atribuição de atividade fim do CSMP, o que o coloca como órgão de 
execução (Art. 7º, II). 
Art. 32- Promotores. Destaques – Impetrar HC, MS (ver legitimidade para MS 
coletivo) e Correição Parcial. Inciso III. Oficiar perante à Justiça Eleitoral de 
primeira instância, com as atribuições do Ministério Público Eleitoral, 
previstas na Lei Orgânica do MPU. 
Órgãos auxiliares (não fazem função de órgão de execução) 
Art. 33- Centros de Apoio Operacional. Auxiliares das atividades funcionais do 
Ministério Público. 
Art. 34 – Comissão de concurso (natureza transitória – melhor regulamentado 
pela lei orgânica estadual). Ver Resolução nº 14 de 2006 CNMP.Distribuição gratuita jurídicomeu site comPara mais conteúdos como este, acesse: www.meusitejuridico.com
Art. 35 - O Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) é órgão 
auxiliar do Ministério Público destinado a realizar cursos, seminários, 
congressos, simpósios, pesquisas, atividades, estudos e publicações visando ao 
aprimoramento profissional e cultural dos membros da instituição, de seus 
auxiliares. 
Art. 36 – Órgãos de apoio administrativo. Serão disciplinados por lei de iniciativa 
do PGJ. 
Art. 37 – Estagiários. Ver lei nacional do estágio. 
Garantias e prerrogativas 
Art. 38- Garantias: I - vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo 
perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; II - 
inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público; III - irredutibilidade de 
vencimentos, observado, quanto à remuneração, o disposto na Constituição 
Federal. §1º Perda do Cargo. Sentença transitada em julgado em ação civil 
própria para este fim (ver incisos I, II e III, casos de perda do cargo). §2º Ação 
Civil para perda do cargo será proposta pelo PGJ perante o Tribunal de Justiça, 
após autorização do Colégio de Procuradores. 
ATENÇÂO: CNMP não pode decretar perda de cargo de Promotor vitalício. A lei 
orgânica estadual regulamenta a autorização do Colégio de Procuradores para 
ingresso com a ação de perda do cargo. Não se confunde com a demissão de 
membro não vitalício após processo administrativo8. 
Art. 39- Em caso de extinção do órgão de execução, da Comarca ou mudança 
da sede da Promotoria de Justiça, será facultado ao Promotor de Justiça 
remover-se para outra Promotoria de igual entrância ou categoria, ou obter a 
disponibilidade com vencimentos integrais e a contagem do tempo de serviço 
como se em exercício estivesse. 
																																																								
8 Mazzilli, Hugo Nigro. Ministério Público. Editora Damásio de Jesus. 3ª ed. São Paulo, 2005. 
p.58. 
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Art. 40 – Prerrogativas9 do membro do Ministério Público. Destaques - I, II, III e 
IV. 
Art. 41 – Prerrogativas no exercício da função. Destaques - I, II, V, IX, XI e P. 
único: “Quando no curso de investigação, houver indício da prática de infração 
penal por parte de membro do Ministério Público, a autoridade policial, civil ou 
militar remeterá, imediatamente, sob pena de responsabilidade, os respectivos 
autos ao Procurador-Geral de Justiça, a quem competirá dar prosseguimento à 
apuração”. 
ATENÇÂO: O rol não é taxativo. A lei orgânica estadual pode prever outras 
prerrogativas no exercício da função. 
 Art. 42 – Expedição de carteira funcional, válida como porte de arma, 
independentemente, neste caso, de qualquer ato formal de licença ou 
autorização. (Ver Lei 10.826/03). 
ATENÇÃO: O porte de arma funcional não exclui os exames de aptidão 
aplicados pela Polícia Federal. 
Deveres e vedações do Membro do MP. 
Art. 43 – Deveres funcionais dos membros do Ministério Público. Destaques - 
I, II, VIII, XIII e XIV (não se confunde com independência funcional). 
ATENÇÂO: O rol não é taxativo. A lei orgânica estadual pode prever outros 
deveres funcionais. 
																																																								
9“Em relação às prerrogativas, estas podem ser classificadas em gerais, quando relacionadas 
ao status institucional, ou funcionais, quando relacionadas ao exercício da função”. 
Ziesemer, Henrique da Rosa e Zoponi, Vinícius Secco. Ministério Público. Desafios e Diálogos 
Interinstitucionais. Atuação – Prerrogativas – Administração Pública – Conselhos Nacionais. 
Editora Lumen Juris. Rio de Janeiro. 2017. p. 216. 
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Art. 44- Vedações. Este artigo deve ser conjugado com Art. 128, §5º, II da 
Constituição. A constituição apresenta seis10 vedações, ao passo que a Lei 
8.625/93 apresenta apenas cinco. 
ATENÇÂO: A vedação prevista na alínea ‘d’ do Art. 128, §5º, II da CF “exercer, 
ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de 
magistério”, cuja redação é mesma do inciso IV do Art. 44 da LONMP, difere da 
vedação constitucional dos juízes, Art. 95, p. único, I. cujo teor é:” I - exercer, 
ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério”. 
Vencimentos, vantagens e direitos 
Art. 45- O membro do Ministério Público, convocado ou designado para 
substituição, terá direito à diferença de vencimento entre o seu cargo e o que 
ocupar. 
Art. 46- A revisão da remuneração dos membros do Ministério Público far-se-á 
na forma da lei estadual. 
ATENÇÂO: Atentar par ao regime de subsídio, em parcela única e o teto dos 
Ministros do STF. 
Art. 50- Vantagens. Compatibilizar com o regime de subsídio e as normas 
previdenciárias constitucionais, Destaques - VI e VII e XII “outras vantagens 
previstas em lei, inclusive as concedidas aos servidores públicos em geral”. 
Art. 53 - São considerados como de efetivo exercício, para todos os efeitos 
legais, exceto para vitaliciamento, os dias em que o membro do Ministério 
Público estiver afastado de suas funções em razão: Destaques - I/IX. 
																																																								
10 f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades 
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
 
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ATENÇÂO: A constituição, quando menciona sobre vitaliciamento, não fala em 
efetivo exercício. Art. 128, §5º, I, ‘a’11. 
Carreira 
 Art. 59 – Ingresso (art. 129, § 3º CF). Obrigatoriedade de concurso, §1º, 
quando o número de vagas atingir a um quinto dos cargos iniciais da carreira. 
Requisitos para ingresso, §3º, além dos constitucionais. Ver Resoluções nº 14 
de 2006, nº 40 de 2009 e 141 de 2016, todas do CNMP (e as respectivas 
alterações). 
Art. 60 - Suspensão de vitaliciamento. “Suspende-se, até definitivo julgamento, 
o exercício funcional de membro do Ministério Público quando, antes do decurso 
do prazo de dois anos, houver impugnação de seu vitaliciamento. 
§ 1º A Lei Orgânica disciplinará o procedimento de impugnação, cabendo ao 
Conselho Superior do Ministério Público decidir, no prazo máximo de sessenta 
dias, sobre o não vitaliciamento e ao Colégio de Procuradores, em trinta dias, 
eventual recurso. 
§ 2º Durante a tramitação do procedimento de impugnação, o membro do 
Ministério Público perceberá vencimentos integrais, contando-se para todos os 
efeitos o tempo de suspensão do exercício funcional, no caso de vitaliciamento. 
Art. 61 – Remoção e promoção. Orientações gerais. (ver lei orgânica 
estadual). São formas de provimento derivado. A remoção é forma de 
provimento horizontal (mesma entrância) e a promoção é vertical (ascende na 
carreira). A promoção é sempre voluntária. A remoção pode ser voluntária ou 
compulsória. Alternância entre os critérios de antiguidade e merecimento. 
Obrigatoriedade de promover o Promotor de Justiça que figurar por três vezes 
consecutivas em lista de merecimento. A lista de merecimento resulta dos três 
nomes mais votados, desde que obtida a maioria dos votos. 
																																																								
11 a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por 
sentença judicial transitada em julgado. 
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ATENÇÃO: Ver e estudar as formas de provimento de cargo. Em síntese, podem 
seroriginária, quando em razão do primeiro ingresso por concurso, e derivada, 
quando derivam de cargos já existentes – promoção, remoção, opção, permuta, 
reversão, reintegração e aproveitamento. 
Art. 64 - Será permitida a remoção por permuta12 entre membros do Ministério 
Público da mesma entrância ou categoria, observado, além do disposto na Lei 
Orgânica: 
I - pedido escrito e conjunto, formulado por ambos os pretendentes; 
II - a renovação de remoção por permuta somente permitida após o decurso de 
dois anos; 
III - que a remoção por permuta não confere direito a ajuda de custo. 
ATENÇÂO: As leis orgânicas estaduais podem prever outras condições para a 
permuta. 
Art. 66 - A reintegração, que decorrerá de sentença transitada em julgado, é o 
retorno do membro do Ministério Público ao cargo, com ressarcimento dos 
vencimentos e vantagens deixados de perceber em razão do afastamento, 
inclusive a contagem do tempo de serviço. Ver parágrafos. 
Art. 67. A reversão dar-se-á na entrância em que se aposentou o membro do 
Ministério Público, em vaga a ser provida pelo critério de merecimento, 
observados os requisitos legais. 
ATENÇÃO: Não confundir reintegração com reversão. A primeira, decorre 
afastamento. A segunda, de aposentadoria. 
Art. 68. O aproveitamento é o retorno do membro do Ministério Público em 
disponibilidade ao exercício funcional. 
																																																								
12 A permuta entre membros de Ministérios Público estaduais, aprovada pelo CNMP no pedido 
de providências 0.00.000.000229/2015-39, foi suspensa pelo STF, na ADPF 482, Relator 
Ministro Alexandre de Moraes. 
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§ 1º O membro do Ministério Público será aproveitado no órgão de execução 
que ocupava quando posto em disponibilidade, salvo se aceitar outro de igual 
entrância ou categoria, ou se for promovido. 
§ 2º Ao retornar à atividade, será o membro do Ministério Público submetido a 
inspeção médica e, se julgado incapaz, será aposentado compulsoriamente, 
com as vantagens a que teria direito se efetivado o seu retorno. 
Disposições finais 
 
Art. 72- Vedação ao nepotismo. “Ao membro ou servidor do Ministério Público é 
vedado manter, sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro, ou parente até o segundo grau civil.” Ver Resolução nº1 
de 2005 CNMP e suas alterações. 
Art. 73 - Para exercer as funções junto à Justiça Eleitoral, por solicitação do 
Procurador-Geral da República, os membros do Ministério Público do Estado 
serão designados, se for o caso, pelo respectivo Procurador-Geral de Justiça. 
Ver parágrafos. 
 Art. 80- (aplicação subsidiária da Lei do MPU). “Aplicam-se aos Ministérios 
Públicos dos Estados, subsidiariamente, as normas da Lei Orgânica do 
Ministério Público da União”. 
 
Este artigo deixa bem claro que referida Lei é aplicável aos Ministérios 
Públicos Estaduais apenas em caráter subsidiário. Desta sorte, regras 
daquele diploma serão aplicáveis a eles apenas quando a presente 
Lei, e as Leis Orgânicas Estaduais de cada Ministério Público, não 
contenham disposições, expressas ou explícitas, a regular 
determinada matéria. Caso contrário, prevalecerão, em relação a cada 
MP Estadual, as regras da presente lei (como acontece, segundo já 
seu viu, com a definição do exercício das funções de Promotor 
Eleitoral), e de sua Lei Orgânica Estadual13. 
 
 
Art. 82 - O dia 14 de dezembro será considerado "Dia Nacional do Ministério 
Público". 
																																																								
13 Decomain, Pedro Roberto, idem, p. 773.

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